ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA PÉLVICA EM MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA

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PERFORMANCE OF PELVIC PHYSIOTHERAPY IN WOMEN WITH URINARY INCONTINENCE: A SYSTEMATIC LITERATURE REVIEW

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Josienne Santos da Silva

Autores:
Josienne Santos da Silva1;
Ana Rúbia Teixeira Mendonça2;
Daiane Tokuta Figueiredo3;
Diuly Queiroz Rocha4;
Letícia de Pinho Paiva5;
Penielly Martins de Souza Santos6;
Wesley Carvalho Cunha Júnior7.

1,2,3,4,5,6,7 Acadêmicos Finalistas do Curso de Fisioterapia da Faculdade Metropolitana de Manaus – Fametro.


RESUMO

Introdução: A IU é um sintoma comum que afeta mulheres de todas as idades, podendo interferir seriamente no bem-estar físico, psicológico e social dos indivíduos afetados. Sua prevalência é maior em mulheres devido a fatores anatômicos e aumento da idade. Objetivos: Relatar sobre a atuação da Fisioterapia Pélvica, como atuará nos casos de mulheres com incontinência urinária e mostrar sua eficácia. Metodologia: O método aplicado foi uma abordagem de revisão sistemática de literaturas de caráter qualitativo não experimental, onde as bases de dados foram os sites: Scielo, Pubmed, Lilacs e revistas cientificas publicados nos anos de 2011 a 2020. A pesquisa foi realizada no período de 10 julho de 2020 a agosto 2021. Resultados: Ao eleger os artigos foi elaborado uma tabela contendo as análises dos mesmo em ordem cronológica. Discussão: Os cuidados fisioterapêuticos mostrou-se positivo na recuperação e preservação da integridade dos pacientes com incontinência urinaria. Conclusão: É possível observar que a fisioterapia é eficaz sobre a IU. As técnicas contribuem na recuperação da incontinência e devolve ao paciente sua qualidade de vida.

Palavras-chaves: Incontinência urinária. Exercícios- assoalho pélvico. Fisioterapia e Tratamento.

ABSTRACT:

Introduction: UI is a common symptom that affects women of all ages and can seriously interfere with the physical, psychological and social well-being of affected individuals. Its prevalence is higher in women due to anatomical factors and increasing age. Objectives: Report on the performance of Pelvic Physiotherapy, how it will act in cases of women with urinary incontinence and show its effectiveness. Methodology: The method applied was a systematic literature review approach of a non-experimental qualitative character, where the databases were the sites: Scielo, Pubmed, Lilacs and scientific journals published in the years 2011 to 2020. The research was carried out in the period of 10 July 2020 to August 2021. Results: When choosing the articles, a table was created containing their analysis in chronological order. Discussion: Physiotherapeutic care proved to be positive in the recovery and preservation of the integrity of patients with urinary incontinence. Conclusion: It can be seen that physiotherapy is effective on UI. The techniques contribute to recovery from incontinence and restore the patient\’s quality of life

Keywords: Urinary incontinence. Exercises – pelvic floor. Physiotherapy and Treatment.

INTRODUÇÃO

A incontinência urinária (IU) é uma condição comum que pode afetar mulheres de todas as idades, com uma ampla gama de gravidade e natureza. Embora raramente seja uma ameaça à vida, a IU pode influenciar seriamente o bem-estar físico, psicológico e social dos indivíduos afetados. Os dois tipos principais são a incontinência urinária de esforço e de urgência. Um novo e importante termo é usado, a síndrome da bexiga hiperativa (SBA), que é definida como urgência que ocorre com ou sem IU de urgência e geralmente com frequência e noctúria. A incontinência urinária de esforço (IUE) é o resultado da fraqueza do músculo uretral e do suporte. A incontinência urinária de urgência (IUU) é o resultado do músculo da bexiga hiperativo (HUMBURG, 2019).

Para Bo (2020) os fatores de risco para IU é a idade, índice de massa corporal, paridade e tipo de parto, sendo o parto natural o mais significativo. Contudo, a prevalência de IU é maior nas mulheres que praticam exercícios e atletas de elite jovens, nulíparas. A prevalência é maior nas mulheres que atuam nos esportes que envolvem atividades de alto impacto (salto e corrida), mas ainda há poucos estudos de mulheres que fazem levantamento de peso e esportes que exigem força.

Freitas et al., (2020) relata que 33% das mulheres e 16% dos homens, a partir dos 40 anos apresentam sintomas da patologia. Os tipos de IU mais comuns são incontinência urinária de urgência (IUU) que é um desejo repentino de urinar difícil de conter; incontinência urinária de esforço (IUE) causada por espirro, tosse, ou outras situações de esforço físico; e incontinência urinária mista (IUM), são as duas formas anteriores. Há também a incontinência funcional (IUF), cujos os fatores não são do trato urinário, como problemas musculoesqueléticos, psicológicos e fatores ambientais.

A investigação diagnóstica típica envolve história médica, exame físico, análise de urina, avaliação do volume residual pós-vazio e exclusão de condições que requerem encaminhamento a um especialista. Após essas avaliações, um diagnóstico provisório de estresse, urgência ou incontinência urinária mista pode ser feito na maioria dos pacientes. A maioria das mulheres apresenta um grau de incontinência urinária mista, e estabelecer o sintoma predominante pode ajudar a direcionar o tratamento adequado (AOKI et al., 2017).

Conforme Melo et al., (2012) os sinais e sintomas da incontinência urinária é: o aumento da frequência miccional, perda de urina ao esforço, noctúria, urgência, incontinência no intercurso sexual, hiper-reflexia vesicais infecções urinárias e dor na bexiga. Relata que a incontinência urinária não está ligada somente a comprometimentos físicos; pode também gerar consequências que atingem uma esfera envolvendo aspectos psicossociais, deteriorando significativamente a qualidade de vida das pacientes.

Para Tavares et al., (2020) há vários métodos de tratamentos para IU, sendo o mais usado o cirúrgico, e medicamentoso, para o autor o profissional de fisioterapia tem buscado se destacar nesse meio, pois é um recurso utilizado não invasivo e não gera desconforto as pacientes, tornando-se eficaz, dando e priorizando uma melhor qualidade de vida as mulheres.

Lopes et al., (2017) afirma que o tratamento conservador é uma das primeiras opções na conduta terapêutica da IUE. Há muitas outras alternativas disponíveis, que podem ser usadas isoladamente ou em associação, como protocolos que utilizem treinamento dos músculos do assoalho pélvico, treinamento da bexiga, cones vaginais, eletroestimulação, terapia comportamental e biofeedback. Há confirmações que os exercícios de treinamento da musculatura do assoalho pélvico tornaram- se eficazes para o tratamento da IUE, sendo considerada a melhor opção por resultar na melhora da qualidade de vida de mulheres com IU. Estudos mostraram que os exercícios para o assoalho pélvico, se realizados de forma correta com um profissional, ao menos semanalmente, apresentam resultados eficaz quando realizados em domicílio.

Com isso, os relatos e estudos de casos mostram que a incontinência urinária é uma patologia que acomete uma gama parte de mulheres, apesar de ser uma doença que não ameaça a vida, essa patologia afeta muito a vida social das pacientes, o estar físico e psicológico. Apesar de recursos medicamentosos, cirúrgico e conhecimentos para tratar desses pacientes, a fisioterapia mostra que seu papel se faz necessário para esse tratamento, pois é um procedimento não invasivo, que atuará de forma que não gere desconforto nem dor as pacientes. Para isto há um preparo de conhecimentos e técnicas para que se possa atuar na área.

Portanto, o objetivo do presente artigo é abordar sobre a atuação da Fisioterapia Pélvica, como atuará nos casos de mulheres com incontinência urinária e mostrar sua eficácia.

METODOLOGIA

A escolha do tema e objeto da pesquisa é, em grande parte dos casos, revestida de interesses. Em geral pesquisamos assuntos que nos instigam, interrogam, colocam problemas. Desta forma, podemos dizer que toda pesquisa se inicia por um ponto de vista (DIÉGUEZ, 2016).

Dito isto, este artigo foi elaborado por meio de uma revisão sistemática da literatura, onde as bases de dados para pesquisas foram os sites: Scientific Eletronic Library Online (Scielo), Serviço de U.S. National Library of Medicine (Pubmed), Literatura Cientifica e Técnica da América Latina e Caribe (Lilacs). Foi realizada seleção de revista cientificas: Revista Eletrônica Saúde e Ciência, Revista Brasileira de Fisioterapia,Revista Brasileira de Enfermagem, Revista Brasileira Geriatria, Gerontologia, Revista Ciência e Estudos Acadêmicos de Medicina, Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, Revista Kairós Gerontologia, Revista Eletrônica Acervo Saúde, Revista Saúde (Santa Maria) e Journal of Physiotherapy, publicados nos anos de 2011 a 2020.

A pesquisa foi elaborada no período de 10 julho de 2020 a agosto 2021, os descritores para a pesquisa foram: Incontinência urinária. Exercícios- assoalho pélvico. Fisioterapia e Tratamento. Foram inclusos 17 artigos, de acordo com os critérios para inclusão: entre os anos 2011 à 2020, em língua inglesa e portuguesa. Foram exclusos os artigos que não estavam com resultados de relevância e com títulos fora do tema proposto.

Por tanto, essa revisão sistemática da literatura de caráter qualitativo, quantitativo não experimental examinou literaturas onde aborda os conteúdo para que possa ser elaborado uma tabela de resultados significativos para mostrar a qualidade dos tratamentos e cuidados fisioterapêuticos com pacientes de incontinência urinária.

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Figura 1: fluxograma de revisão sistemática da literatura.
Fonte: Josienne Santos da Silva, 2021.

RESULTADOS

AUTORANOMETODOLOGIARESULTADO
Sousa et al2011Estudo ExperimentalEm relação ao grau de força muscular foi observada melhora significativa após o tratamento (p ≤ 0,001) e melhora do pico de pressão e do tempo de contração mensurados pelo perineômetro (p ≤ 0,001). Conclui-se que o tratamento cinesioterapêutico fortaleceu a musculatura do assoalho pélvico e contribuiu para a melhora da qualidade de vida em mulheres pós- menopáusicas com queixa clínica de incontinência urinária de esforço ou mista.
Beuttenmuller et al2011Estudo RandomizadoOs resultados encontrados neste estudo demonstram que tanto os EP isolados quanto associados à eletroterapia para fortalecimento dos MAP podem ser eficazes no tratamento da IUE, conforme as médias da AFA e do PERI encontradas no pré e no pós tratamento, demonstrando eficácia na melhora clínica das pacientes. A fisioterapia, por ser conservadora e representar uma alternativa segura, eficaz e econômica na IUE feminina, tem sido reconhecida pelas pacientes e pelos profissionais da saúde
Oliveira e Garcia2011Estudo de intervenção, prospectivoObservou-se melhora acentuada das pacientes, na perda de urina diária e no alívio dos sinais e sintomas referidos, onde a média da frequência de micções noturnas na presença de noctúria e do número de situações de perda urinária aos esforços foi menor que a anterior ao tratamento com a cinesioterapia. Houve ainda redução no número de pacientes com dificuldade de retenção e perda involuntária de urina ao primeiro desejo forte de urinar e no número de absorventes diários utilizados.
Knorst et al 2012 Estudo experimental. As mulheres com IU, independente da presença ou não de prolapso ou do tipo de incontinência apresentada, não diferiram significativamente em termos de função muscular e na sua resposta ao tratamento. Todas responderam positivamente ao tratamento fisioterapêutico em número semelhante de sessões, apresentando aumento de função muscular do assoalho pélvico após o tratamento, a eletroterapia associada à cinesioterapia é eficaz para tratar e/ou curar os sintomas de IU, associada ou não ao prolapso pélvico, e independente do tipo clínico de incontinência apresentada.
Pereira et al 2014 Estudo de Caso Com a intervenção fisioterapêutica obteve-se um resultado satisfatório, apresentando ao final das sessões uma evolução tanto da força muscular do assoalho pélvico quanto da resistência desta musculatura, melhorando assim, a qualidade de vida da paciente. Exercícios para o assoalho pélvico em pacientes com IUE promovem benefícios como o aumento na resistência e força muscular sendo estes mais efetivos quando a paciente é acompanhada por um fisioterapeuta.
Silva et al 2014 Relato de Caso A paciente apresentou grau de força muscular 5 na AFAP, tônus muscular normal e a sua contração muscular tônica teve duração de 10 segundos. Ao final da intervenção, a paciente não apresentava nenhuma queixa de perda urinária e o ICIQ- SF não foi pontuado devido à melhora total da paciente. O tratamento fisioterapêutico baseou- se em reeducação dos hábitos de vida, alongamentos do MAP, cinesioterapia e utilização do aparelho biofeedback de pressão Perina, mostrando ser eficaz no tratamento de incontinência urinária de esforço e, consequentemente, contribuiu para a melhora da qualidade de vida da paciente.
Silva et al 2017 Estudo de método misto e intervencionista A cinesioterapia para o assoalho pélvico foi positiva para o bem estar físico e emocional das participantes do estudo – mulheres em plena atividade de vida diária, que se encontravam encapsuladas em suas casas pela perda involuntária de urina a abordagem intervencionista desenvolvida em um período de três meses foi capaz de proporcionar melhor fortalecimento do assoalho pélvico, maior controle sobre a perda de urina diária e alívio dos sinais e sintomas, promoção do bem-estar físico social e sua vida sexual, impactando positivamente a expressão de significados de qualidade de vida.
Balduino et al2017 Estudo observacional descritivo quantitativo de corte transversal.A atuação da fisioterapia no tratamento da IU, principalmente da IUE, demonstra-se eficaz em relação à redução das perdas urinárias, satisfação das participantes, eficácia do tratamento fisioterapêutico associando os exercícios perineais com aparelhos da eletroterapia, com uma frequência semanal pequena e em médio prazo. No entanto, para o sucesso desse tratamento, as mulheres devem ter assiduidade, dedicação, perseverança e, após a alta fisioterapêutica, dar continuidade as orientações domiciliares.
Silva et al2019Estudo de CasoA percepção dos profissionais envolvidos no presente relato de experiência indicou uma correlação positiva da Fisioterapia na Atenção Primária na saúde da mulher. Afirmando que o fisioterapeuta não está apenas qualificado para cuidar da reabilitação dos pacientes em ambulatório, mas está apto a desempenhar um papel importante na educação em saúde dos membros da comunidade sobre assuntos pertinentes a saúde integral da população

DISCUSSÃO

Sousa et al., (2011), nota a diferença da melhora do grau de força da musculatura pélvica com o tratamento fisioterapêutico, e que a cinesioterapia é a melhor forma de fortalecimento muscular ou pode ser associada a outras técnicas. O estudo mostrou que a força da contração da musculatura pélvica houve um aumento bastante significativo com o exercício de Kegel em apenas 6 meses do tratamento, isso só afirma a eficácia da fisioterapia em acompanhar essas pacientes.

Beuttenmuller et al., (2011) ressaltam que os exercícios de cinesioterapia associado a eletroterapia e os exercícios que são trabalhados isoladamente, surtem o mesmo efeito de fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico para IU, esse demonstrativo revela como a fisioterapia é eficaz e se faz necessária no acompanhamento da saúde da mulher, por se tratar de um recurso de baixo custo e por ser um tratamento conservador e indolor, o papel do profissional é uma alternativa fundamental na atenção básica nessa área, pós ajuda na prevenção desse distúrbio antes que o caso se torne mais grave.

Para Oliveira e Garcia (2011) a fisioterapia atua de forma ampla no tratamento da IU ela visa a prevenção e por meio do tratamento de curativo da IU com base na educação miccional, explica sobre a forma adequada do uso da musculatura do assoalho pélvico indicando técnicas apropriada para os casos através de exercícios para o fortalecimento muscular. Esses tratamentos fisioterapêuticos auxiliam na reeducação do AP proporcionando qualidade de vida e bem-estar físico e emocional nas pacientes. Os autores concluem que a cinesioterapia do AP, é eficaz na melhora significante na perda da urina diária, e suas pacientes relatam que é um alivio nos sinais e sintomas, se sentem mais confortáveis e confiante, melhorando significativamente sua alta estima ao realizar suas tarefas cotidianas.

Knorst et al., (2012) relata que o tratamento da fisioterapia é eficaz para tratar ou até mesmo curar as mulheres com sintomas de incontinência urinária, o tratamento da eletroterapia associado a cinesioterapia é um método que gera diferença expressiva nas disfunções com esse tratamento, pois os músculos do assoalho pélvico se fortalecem sem a paciente sentir dor ou desconforto.

Pereira et al., (2014) destacam sobre o enfraquecimento do assoalho pélvico onde se encontra um tônus muscular diminuído, observaram que as pacientes no começo do tratamento não conseguiam executar o exercício de maneira correta, daí a necessidade de um tratamento proprioceptivo e com um profissional para orientar a melhor forma de executa-lo, o fisioterapeuta é o instrutor que aplica as técnicas de cinesioterapia nas quais tem por objetivo reforçar a resistência uretral e otimizar a sustentação dos órgãos pélvicos. Após a intervenção do fisioterapeuta os autores notaram um excelente resultado, ficou visível o aumento do fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico, contribuindo para a melhora na qualidade de vida das pacientes. Com isso os autores afirmam que a fisioterapia voltada para a reabilitação dessa disfunção é excelente para resultados positivos na IU mesmo quando aplicada tardiamente.

Para Silva et al., (2014) pacientes com incontinência urinaria podem desenvolver problemas sociais, por isso há necessidade das mesmas buscarem tratamento adequado para tal disfunção. Para isto, os autores relataram em seu estudo que o tratamento realizado pela fisioterapia é o método que não gera desconforto, é indolor e de baixo custo, o método fisioterapêutico para essas pacientes voltou-se para uma reeducação dos seus hábitos de vida, alongamentos para a musculatura do assoalho pélvico, utilizou- se do aparelho biofeedback de pressão perina e da cinesioterapia, onde mostrou eficácia no tratamento da IU onde contribuiu para uma melhor qualidade de vida das pacientes, deixando as confortáveis e com confiança nas suas AVDs.

Silva et al., (2017) descreve no seu estudo a fragilidade das pacientes no assoalho pélvico em relações posturais, através disso foi dado início ao tratamento das mesmas com o fortalecimento do assoalho pélvico das mulheres referidas no estudo. Os autores relatam que a cinesioterapia usada pelo método do fisioterapeuta se mostrou eficaz para o bem estar físico e emocional das mesmas, pois as pacientes do estudo não tinham um convívio social e encontravam-se sempre em casa por vergonha e medo da perda involuntária da urina, ainda ressaltam que muitas informações são ignoradas pelas pacientes por falta de conhecimento e por negligencia das mesmas também, daí a importância dos profissionais de fisioterapia trabalhar não apenas com suas técnicas , mais também com informações em saúde, na prevenção e no melhor tratamento possível para gerar conforto a essas mulheres. O autor finaliza relatando que a incontinência urinaria deve ser enfrentada como um dever de medidas de proteção tomadas pelo poder político, para fins de contribuir na prevenção e redução do índice de IU em mulheres.

De acordo com Balduino et al., (2017) O tratamento conservador nesse caso pode ser válido utilizando recursos fisioterapêuticos reforçando o controle esfincteriano, por meio do fortalecimento da musculatura do AP, diminuindo os sintomas da perda urinária e contribuindo para a melhora da qualidade. A atuação da fisioterapia no tratamento da IU, principalmente da IUE, se mostrou eficaz na redução das perdas urinárias, satisfatório para as participantes, resultado positivo entre tratamento fisioterapêutico associando os exercícios perineais com aparelhos da eletroterapia, com uma frequência semanal pequena e em médio prazo. Mas, para o autor para se obter sucesso nesse tratamento, as mulheres devem ter assiduidade, dedicação, perseverança e, após a alta fisioterapêutica, dar continuidade as orientações domiciliares.

Nos estudos realizados por Silva et al., (2017) deixou evidente a satisfação das pacientes que fizeram parte do estudo, pois, os resultados demonstram o contentamento das pacientes ao final do tratamento. É valido ressaltar que os autores ao final da pesquisa realizam uma entrevista com suas pacientes para comprovar se houve postos positivos após o tratamento, e para o conhecimento de como os exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico impactaram a vida das mulheres, e entrevista foi norteada da seguinte questão: “O quanto você melhorou com as atividades de fortalecimento do assoalho pélvico? ” As respostas foram unânimes ao se reafirmar que “melhorou muito, melhorou bastante”. As pacientes foram além ao afirmarem que isso resultou em ganhos referentes ao controle da micção, satisfação sexual com o parceiro, redução de dores articulares, nas pernas, e na coluna vertebral.

No entanto é importante ressaltar que em muitos casos há negligencia, ou mesmo não tem acesso as informações ou desconhece completamente sobre o problema, levando-as ao descaso com sua saúde. Outros fatores que contribuem com isso é a falta de políticas públicas direcionada a esse segmento, a escassez de profissionais de fisioterapia na saúde pública é grande, e a maioria das mulheres que enfrentam esse problema pertencem a classe baixa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nota-se que a incontinência urinária é uma condição que acomete as mulheres, e é considerada um problema grave, porém não causa ameaça à saúde. Essa condição na saúde da mulher acaba gerando algumas limitações nas suas AVDs, deixando-as fora do seu convívio social, além de influenciar seriamente no bem-estar físico e psicológico.

Por tanto a fisioterapia trata dessa disfunção de forma conservadora trabalhando os músculos do assoalho pélvico. O treinamento do assoalho pélvico é um dos principais recursos utilizado nesse tratamento, é um método seguro, não causa dor nem gera desconforto a paciente. A fisioterapia pélvica atua de forma preventiva e na reabilitação dessa disfunção, por meios de orientações e intervenções, com eficácia no tratamento e se torna um recurso de baixo custo.

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