ESTIMULAÇÃO PRECOCE E MICROCEFALIA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA NO ESTIMULO DO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR.

Adrienny Bezerra de Lima1, Denilson da Silva Veras², Juliane Carneiro Machado3, Karen Suene Fernandes da Silva4.

1Graduanda do Curso de Fisioterapia da Faculdade Metropolitana de Manaus – FAMETRO, Manaus/Am.
²Mestre em ciências da saúde pela UFAM, Docente do Curso de Fisioterapia da Faculdade Metropolitana de Manaus – FAMETRO e na Universidade Paulista – UNIP, Manaus/Am. Fisioterapeuta.
3Acadêmica finalista do curso de Fisioterapia na Universidade Paulista – UNIP, Manaus/AM.
4 Acadêmica finalista do curso de Fisioterapia na Universidade Paulista – UNIP, Manaus/AM.

RESUMO:

Introdução: A microcefalia é uma malformação congênita caracterizada pelo desenvolvimento cerebral inadequado, onde o perímetro cefálico é inferior a 33 centímetros, ocasionando a criança défices neurológicos e atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor. A criança portadora pode apresentar também problemas visuais, auditivos, espasticidade, ou vir associada a outras síndromes. Objetivo: Analisar os efeitos da estimulação precoce em crianças com microcefalia em seu desenvolvimento neuropsicomotor segundo as literaturas. Metodologia: Revisão integrativa da literatura utilizando método hipotético-dedutivo com objetivo explicativo-descritivo, empregando estudos relacionados ao tema, publicados entre 2009 e 2019 nas bases de dados, PUBMED, SCIELO, PEDro, utilizando os descritores: Microcefalia, estimulação precoce, fisioterapia, terapia ocupacional e seus descritores condizentes em inglês. Resultados:20artigos que abordaram o tema foram selecionados e destacaram a relevância da estimulação precoce em crianças com microcefalia. Conclusão: A finalidade deste estudo foi salientar que a criança que recebe a estimulação precoce no auge da sua plasticidade neural tem notórios resultados motores e cognitivos que corroboram para um melhor DNPM.

Palavras-chaves: Fisioterapia, Microcefalia, estimulação precoce

ABSTRACT

Introduction: Microcephaly is a congenital malformation characterized by inadequate brain development, where the head circumference is less than 33 centimeters, causing neurological deficits and delays in neuropsychomotor development. The carrier child may also have visual, hearing, spasticity, or associated with other syndromes. Objective: To analyze the effects of early stimulation in children with microcephaly on their neuropsychomotor development according to the literature. Methodology: Literature review using hypothetical-deductive method with explanatory-descriptive objective, using studies related to the theme, published between 2009 and 2019 in the databases, PUBMED, SCIELO, PEDro, using the keywords: Microcephaly, early stimulation, physiotherapy, therapy. and their descriptors consistent with English. Results: 20 articles addressing the topic were selected and highlighted the relevance of early stimulation in children with microcephaly. Conclusion: The purpose of this study was to point out that children who receive early stimulation at the height of their neural plasticity have notorious motor and cognitive outcomes that corroborate a better DNPM.

Keywords: Physiotherapy; Microcephaly; Early stimulation.

1.INTRODUÇÃO

De acordo com Harris (2013), a microcefalia é uma malformação congênita que ocorre quando o cérebro não se desenvolve de maneira adequada a nível de estrutura óssea do crânio, salientando crescimento anormal do cérebro caracterizando um perímetro cefálico inferior a 33 centímetros. Desta forma, crianças que denotam a transtornos neurológicos e possuem essa diminuição significativa de perímetro cefálico são diagnosticadas ainda no nascimento ou durante os exames de rotina dos bebês como ultrassom ou uma ecografia feita por volta da 28° semana, ou no terceiro trimestre da gravidez.

Segundo o Ministério da Saúde (2016) sua etiologia é muito ampla e atualmente se fala que pode estar ligada ao vírus zika, infecções do útero: toxoplasmose, rubéola, herpes, sífilis, anomalias genéticas, entre outros. As sequelas da microcefalia irão variar mediante a sua etiologia e a idade em que ocorreu, sendo que quanto mais precoce a afecção, mais graves serão as anomalias e patologias associadas como deficiência intelectual, encefalopatia crônica não progressiva, epilepsia, irregularidades do sistema visual, auditivo e atrasos no desenvolvimento motor, ocasionando falta de controle cervical, dificuldade para sentar, se locomover, realizar transições posturais, além de comprometimentos com sua motricidade fina e grossa.

Botelho (2016) afirma que a identificação precoce da Microcefalia realizada através de toda essa avalição e acompanhamento criterioso forneceram a possibilidade de determinar a intervenção adequada a criança, a fim de que tenha a probabilidade de um desenvolvimento mais saudável, assim a estimulação deve se se iniciar o quanto antes para tratar as doenças primarias, minimizar as secundarias e prevenir anomalias.

Segundo Van Eyken (2018), a fisioterapia tem como prioridade proporcionar experiências sensoriais e motoras, estimulando a interação com ambientes e pessoas diferentes, orientar ou prescrever facilitadores para execução de tarefas, prevenir instalações de padrões posturais inadequados, orientar a família sobre o posicionamento facilitador organizacional e controle postural, facilitar seu convívio diário e atividades como brincar e assim proporcionar aquisições motoras e cognitivas, sendo introduzida de inúmeras formas como atividades lúdicas, cinesioterapia, bobath, entre outros.

Basu., (2014) enfatiza que há inúmeras literaturas e comprovações cientificas que a estimulação precoce, a pratica, motivação, repetição, experiência e um ambiente agradável e enriquecido propiciam a criança um melhor processo de neuroplasticidade, favorecendo dessa forma mudanças estruturais, no sistema nervoso, organização e quantidade de conexões entre os neurônios. Sendo assim a estimulação irá proporcionar a criança com microcefalia aquisição de habilidades motoras, experiências e interação com o ambiente além de prevenir deformidades que podem piorar o quadro motor e comprometer outros sistemas.

De acordo com Perin (2010) a carência da estimulação ocasionara a diminuição do processo evolutivo e dificultara as chances de um bom desenvolvimento, levando em consideração que a estimulação prévia busca otimizar e facilitar o DNPM que depende veementemente da plasticidade neural que nos primeiros meses de vida está mais elevada e propensa a receber e processar estímulos pois se trata da capacidade do cérebro em desenvolver novas e intensas conexões sinápticas entre neurônios através de mudanças organizacionais, na localização, a partir de experiências vividas e do comportamental da criança, além de aspectos psicológicos, biomecânicos e ambientais que interferem diretamente nessa fase de desenvolvimento.

Sabe-se que o processo de desenvolvimento de uma criança com Microcefalia é muito complexo e tardio causando sequelas para toda a vida, esta revisão tem intuito de verificar e dar mais ênfase e veracidade da estimulação precoce em crianças com Microcefalia validando os métodos fisioterapêuticos citados nos artigos científicos.

O presente estudo teve como objetivo realizar uma revisão integrativa da literatura para analisar os efeitos da estimulação precoce em crianças com Microcefalia em seu desenvolvimento neuropsicomotor segundos as literaturas.

2.METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão de literatura, utilizando artigos científicos em português e inglês, publicados entre os anos de 2009 a 2019. Foram pesquisadas as bases de dados PUBMED, PEDro (Physiotherapy Evidence Database), MEDLINE (literatura internacionalem ciências da saúde), SCIELO Org (Scientific Eletronic Library Online), no período de setembro a novembro de 2019. Utilizando a combinação dos seguintes descritores: Estimulação Precoce, Microcefalia, Fisioterapia, terapia ocupacional e seus correspondentes em inglês, estes descritores poderiam estar no título ou no resumo. Os termos foram combinados entre si através do operador “AND”; “NOT” e “OR”.

A busca dos artigos resultou em: 16 artigos, sendo 3 artigos no PEDro, 2 artigos no MEDLINE, 5 artigos no SCIELO Org e 6 artigos no PUBMED. Foram incluídos artigos disponíveis na íntegra, publicados no período de 2009 a 2019, escritos nos idiomas inglês e português sobre a estimulação precoce em crianças com microcefalia e os métodos que seriam usados nessa estimulação. Foram excluídos aqueles que tinham associação com outras patologias, que não abordassem o tema proposto, artigos duplicados e incompatíveis após leitura do Título/Abstrat. Seguindo os critérios de inclusão e exclusão foram selecionados 9 artigos que contemplaram o desenho metodológico proposto.

Figura 1. Desenho Metodológico

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Fonte: Autora, 2020.

3.RESULTADOS E DISCUSSÃO

Reis et al., 2018, efetuou um estudo de caso com 24 crianças portadoras de microcefalia com idade de 3 a 10 meses que apresentavam comprometimento neurológico, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, alterações de tônus, dentre outros, o estudo admitiu que apesar da curta duração do estágio foi possível observar notórias aquisições a criança mediante a estimulação precoce, dentre as quais, destaca-se o melhor controle cervical, acomodação da hiper-reatividade sensorial ao toque e aos estímulos vestibulares, e consequentemente melhora nos padrões de retificação e endireitamento.

Lira et al., 2018, realizou uma revisão de literatura baseada estudos de casos que demonstravam efetivamente os benefícios da técnica Bobath quando aplicada nas disfunções causadas pela microcefalia. A realização dos movimentos é ativada e controlada pelo fisioterapeuta com o intuito de mobilizar as articulações, controlar o tônus e estimular a criança a realizar o movimento o mais próximo do seu normal e conforme os marcos do desenvolvimento infantil. Para Silva et al., 2017 a técnica bobath é a mais usada para estimulação precoce pois ela proporciona a criança a facilitação de movimentos e habilidades funcionais, além da inibição de posturas anormais. São utilizados padrões que irão influenciar o tônus muscular, diminuindo espasticidade, auxiliando em atividades funcionais, ajustes automáticos e reações de proteção, aprimorando sua destreza e agilidade

Ministério da Saúde., 2019, abordou a importância e a eficácia que uma equipe multidisciplinar integral e bem articulada proporciona ao portador de microcefalia. Foi realizado também um levantamento sobre os instrumentos de estimulação precoce mais utilizados por instituições brasileiras na área da reabilitação, para oferecer aos profissionais da área da saúde um norte no tratamento e aquele que apresenta mais respaldo e evidencia permitindo a criança um futuro com mais autonomia e inclusão social. Para Hasue et al., 2017 a equipe multidisciplinar deve estar devidamente treinada e preparada para atuar de forma eficaz nessas crianças e estar ciente dos fundamentos teóricos para que possam ter embasamento na pratica e de tal forma estar aptos para elaborar a melhor estratégia de avaliação e tratamento a fim de trabalhar as deficiências e atrasos com estimulação baseada em evidencias, minimizando por fim suas consequências.

Carmos et al., 2019, relata em seu estudo de caso os atendimentos realizados em sua paciente do sexo feminino, 2 anos e 6 meses, diagnosticada com microcefalia. A paciente que durante o processo do tratamento sofreu uma crise convulsiva ocasionando em partes a regressão de algumas aquisições, no entanto ao decorrer dos atendimentos os resultados foram positivos pois em relação ao primeiro atendimento observou-se diminuição da rigidez, melhor controle cervical e rotação lateral da cabeça, além de auxiliar também em novos ganhos após estados convulsivos.

Souza et al., 2018, discorreu em um relato de caso realizado com uma criança de 1 ano e quatro meses, sexo masculino, diagnosticada com microcefalia, paraparesia espástica e atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. A atuação fisioterapêutica baseou-se no conceito de bobath e na hidroterapia que após 1 ano de acompanhamento resultaram no desparecimento de reflexos primitivos, ganho de aquisições motoras que evoluíram para sentar sem apoio e bipedestação mesmo que com uso de órtese, advindo a importantes melhoras para o DNPM.

Oliveira et al., 2019, apresenta um relato de caso sobre o acompanhamento fisioterapêutico e suas abordagens realizado em um paciente de 2 anos e 4 meses de idade, sendo atendida uma vez por semana, com duração de 1 hora cada sessão. O fisioterapeuta tinha como base a cinesioterapia e realizava técnicas de estimulação precoce, fortalecimento muscular e melhora do tônus para prevenir deformidades, notou-se, então com o decorrer das sessões a melhora do controle de tronco e cervical, redução da espasticidade muscular global e melhora do cognitivo do paciente e sua interação com o ambiente, respaldando a importância a intervenção terapêutica. Segundo Maciel et al, 2013, pelo fato da cinesioterapia dominar tanto os conhecimentos teóricos e anatômicos do corpo humano e se tratar da terapia pelo movimento ela se torna um método eficaz no tratamento por utilizar de exercícios com finalidade terapêutica, utilizando de movimentos e atitudes que melhoram a função motor, a resistência a fadiga, coordenação, flexibilidade, reabilitação ou ainda manutenção de determinadas funções motoras.

Marinho et al, 2019, relatou em seu estudo de caso com uma criança de 2 anos e 4 meses com diagnóstico de microcefalia, submetida a 12 sessões de fisioterapia de 30 minutos cada, 2 vezes na semana. O artigo demonstra a efetividade da realidade virtual (RV) como um incentivo mais intenso a criança realizar as atividades propostas comparada as atividades fisioterapêuticas convencionais. É relatado no artigo que após o 7° dia a criança se mostrou menos colaborativa, mas apesar disso os resultados foram significativos, visto que a paciente apresentou evolução no desenvolvimento motor proporcionando um desenvolvimento satisfatório e adaptação acelerada, levando a uma evolução em curto prazo. Segundo Lorenzo et al, 2015 descreve em seu estudo de caso que os resultados das intervenções clínicas realizadas com o uso da Realidade Virtual contribuíram para o desenvolvimento psicomotor do participante da pesquisa, proporcionando a criança melhora nas habilidades de motricidade global, equilíbrio, esquema corporal e organização espacial.

Barbosa et al, 2019, constatou em seu relato de caso realizado no período de março a maio de 2018, com um paciente portador de microcefalia, 2 anos de idade que apresentava padrão flexor de cotovelos, rigidez em membros inferiores e membro superior, além de intensa secreção basal, apical e facial. Após ser submetido a 7 atendimentos com diversas técnicas fisioterapêuticas a criança obteve melhora em sua movimentação global, aumentando sua força e mobilidade nos membros, corroborando para uma maior resistência nas posturas aprimorando e reorganizando padrões patológicos.

Buson et al., 2019, estudo de caso de paciente pediátrico, feminino com microcefalia, sujeita a 9 atendimentos realizados no período de março a maio de 2018, com duração de 60 minutos cada atendimento. O acompanhamento fisioterapêutico baseava-se na ludicidade realizando exercícios e coordenação motora, dissociação pélvica, dentre outros métodos, resultando em uma diminuição de hipertonia, melhor controle de tronco e cervical, mais precisão na busca de objetos e melhora proprioceptiva.

Para Scalha et al; 2010, a atividade lúdica é base de um tratamento em pediatria pois é através do brincar que as elas expressam suas emoções, pensamentos, dificuldades e estimulam seu intelecto. A criança explora o próprio corpo e o ambiente desenvolvendo propriocepção, a curiosidade é estimulada, autonomia e autoconfiança, desenvolve linguagem, raciocínio, e é a atividade que gera mais contato e afinidade na relação da criança com o fisioterapeuta, tornando o tratamento mais atrativo.

Figura 2. Resultados do levantamento bibliográfico

ANOAUTOROBJETIVOTIPO DE ESTUDORESULTADO
2018Reis et alApresentar a experiência de atendimento a bebês com Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZV)Estudo de casoO estudo se mostrou relevante e trouxe contribuições para estimulação das crianças com microcefalia, além de capacitar e atualizar os profissionais que as tratavam.
2018Lira et alRevisar sobre a atuação fisioterapêutica nas disfunções da microcefalia mediante a aplicação do conceito BobathRevisão BibliográficaO conceito mostrou-se eficiente no tratamento terapêutico, porém faltam estudos específicos para ampliação de evidências na prática clínica.
2018Souza et alRelatar a evolução de uma criança com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor decorrente de um comprometimento no sistema nervoso centralRelato de casoApós um ano de tratamento os reflexos primitivos desapareceram e aquisições motoras evoluíram até sentar sem apoio e bipedestação com apoio de órteses.
2019Carmo et alMostrar os benefícios da Fisioterapia no desenvolvimento neuropsicomotor e bem-estar físico do paciente com MicrocefaliaRelato de casoA fisioterapia mostrou-se pertinente proporcionando fortalecimento dos músculos, diminuição da rigidez e auxiliando em novos ganhos após estados convulsivos.
2019Ministério da SaúdeOrientar ás equipes multiprofissionais para o cuidado de crianças portadoras de microcefalia e como estimular precocemente seu desenvolvimento neuropsicomotorDiretriz de estimulação precoceUm trabalho de estimulação integral e bem articulado possibilitará a conquista de uma maior funcionalidade, permitindo a criança um futuro com mais autonomia e inclusão social.
2019Oliveira et alEvidenciar a necessidade primordial da Fisioterapia na Síndrome Congênita do Zika VírusRelato de casoOcorreu melhora do controle de tronco e cervical, redução da espasticidade muscular global e melhora do cognitivo do paciente e sua interação com o ambiente.
2019Marinho et alAdvir sobre a adaptação de uma criança portadora de Microcefalia frente a Realidade VirtualRelato de casoOs resultados manifestados foram significativos, visto que a paciente apresentou evolução no quadro de desenvolvimento motor mesmo com pouco tempo de tratamento.
2019Barbosa et alSuceder sobre a importância do tratamento fisioterapêutico para melhorar a qualidade de vida de pacientes com microcefaliaRelato de casoA fisioterapia pode contribuir durante a estimulação precoce para um bom desenvolvimento motor, aprimorando e reorganizando padrões patológicos, melhorando assim a qualidade de vida da criança.
2019Buson et alVerificar o efeito da estimulação precoce em paciente pediátrico com microcefalia pela síndrome congênita por zika vírus.Relato de casoApós exercícios de coordenação motora, estímulos sensoriais e alongamentos houve diminuição de hipertonia e melhora na coordenação motora para busca de objetos, melhor controle de tronco, assim como da força de seus músculos abdominais e paravertebrais.
Fonte: Autora, 2020.

4.CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tendo em vista o aumento no número de casos de microcefalia devido ao surto do vírus zika se faz necessário a preparação de profissionais capacitados e entendedores da doença e suas respectivas consequências na parte cognitiva, visual, auditiva, motora e cerebral, a fim de reduzir seus efeitos. No entanto devem ser realizadas mais pesquisas relacionadas a fisioterapia e microcefalia para que não haja uma frouxidão metodológica e mais fisioterapeutas tenham conhecimento e informações sobre o tratamento. Conclui-se em unanimidade que a estimulação precoce no DNPM de crianças portadoras de microcefalia tem resultados benéficos devido a plasticidade cerebral presente nos primeiros meses e anos de vida em que elas se encontram e que cada criança é especial e digna de acompanhamento fisioterapêutico tendo assim possiblidade de um desenvolvimento mais adequado.

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