Thamires Costa da Silva¹; Jeronice Souza Rodrigues².
¹Acadêmica Finalista do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário de Manaus –FAMETRO.
²Fisioterapeuta Especialista; Docente do Centro Universitário de Manaus – FAMETRO.
RESUMO
O prolapso de órgãos pélvicos (POP) é definido pela Sociedade Internacional de Continência (ICS) como uma procedência de parede vaginal anterior, posterior ou da cúpula vaginal. Acomete mulheres, principalmente idosas e apresenta como principais fatores de risco a multiparidade, parto, doenças do colágeno, fatores hereditários, obesidade, fumo, menopausa e obstipação. O Método de Kegel é um tratamento baseado em exercícios que promovem o endurecimento e a melhora do tônus muscular através da contração voluntaria do pavimento pélvico. Objetivo: Conhecer a eficácia dos exercícios de Kegel para o fortalecimento do assoalho pélvico no tratamento de Prolapso Uterino grau I. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica, de análise quantitativa com finalidade básica do tipo explicativo, uma pesquisa de abordagem qualitativa explicativa com critérios variáveis de revisão bibliográfica, através dos instrumentos de analises de dados que se aprofundam em aspectos subjetivos, fazendo o uso de livros, artigos, revistas e sites que tem como finalidade aprofundar o conhecimento sobre o Método de Kegel no tratamento dos sintomas de paciente com prolapso uterino grau I, visando o fortalecimento do assoalho pélvico. Resultados: Após análise crítica dos dados encontrados, foi possível elaborar uma tabela contendo os resultados desta pesquisa, relacionando os autores com os efeitos do Método de Kegel encontrados, e onde os autores foram classificados em ordem cronológica de publicação dos seus respectivos trabalhos. Conclusão: O tratamento conservador da aplicação do Método de Kegel proporciona significativa retardação dos sintomas de pacientes portadoras de POP, aumenta a mobilidade pélvica, proporciona autoestima, satisfação sexual reduzindo sintomas de disfunção sexual, incontinência urinaria e proporciona qualidade de vida.
Palavras-Chave: Prolapso Uterino. Método de Kegel. Assoalho pélvico. Mobilidade pélvica.
ABSTRACT
Pelvic organ prolapse (POP) is defined by the International Continence Society (ICS) as originating from the anterior, posterior vaginal wall or vaginal dome. It affects women, mainly elderly people and presents as main risk factors multiparity, childbirth, collagen diseases, hereditary factors, obesity, smoking, menopause and constipation. The Kegel Method is a treatment based on exercises that promote the hardening and improvement of muscle tone through voluntary contraction of the pelvic floor. Objective: To know the effectiveness of Kegel exercises for strengthening the pelvic floor in the treatment of Grade I Uterine Prolapse. Methodology: It is a bibliographic review, of quantitative analysis with basic purpose of the explanatory type, a research of qualitative explanatory approach with variable criteria of bibliographic review, through the instruments of data analysis that deepen in subjective aspects, making use of books , articles, magazines and websites that aim to deepen the knowledge about the Kegel Method in the treatment of symptoms of a patient with grade I uterine prolapse, aiming at strengthening the pelvic floor. Results: After a critical analysis of the data found, it was possible to create a table containing the results of this research, relating the authors to the effects of the Kegel Method found, and where the authors were classified in chronological order of publication of their respective works. Conclusion: The conservative treatment of the application of the Kegel Method provides significant delay in the symptoms of patients with POP, increases pelvic mobility, provides self-esteem, sexual satisfaction by reducing symptoms of sexual dysfunction, urinary incontinence and provides quality of life.
Keywords: Uterine Prolapse. Kegel Method. Pelvic Aloor. Pelvic mobility.
INTRODUÇÃO
O assoalho pélvico feminino está dividido em três porções sendo elas: anterior (bexiga e uretra), média (vagina) e posterior (reto). É composto por estruturas de sustentação: fáscias pélvicas (ligamento pubo-vesical, redondo do útero, uterossacro e ligamento cervical transverso), diafragma pélvico (músculo elevador do ânus) e diafragma urogenital (músculo bulbocavernoso, transverso superficial e isquiocavernoso). Quanto à composição das fibras, 70% são do tipo I (lenta) e 30% do tipo II (rápida) (GLISOI, GIRELLI, 2011).
De acordo com Silveira, Pessini e Silveira (2012), o diafragma pélvico é a grande estrutura muscular do assoalho pélvico, e é responsável pela sustentação das estruturas e órgãos da pelve, evitando que ocorra possíveis descimentos dos órgãos pélvicos, causados através dos aumentos da pressão intra-abdominal. Noventa por cento dele é constituída pelo musculo elevador do ânus localizada no períneo, e, cerca de 10% pelo musculo coccígeo. A combinação desses músculos na linha media forma um platô, chamado de placa dos elevadores, sobre o qual, na mulher em posição ortostática, repousam o reto e a vagina.
O prolapso de órgãos pélvicos (POP) é definido pela Sociedade Internacional de Continência (ICS) como uma procedência de parede vaginal anterior, posterior ou da cúpula vaginal. Acomete mulheres, principalmente idosas e apresenta como principais fatores de risco a multiparidade, parto, doenças do colágeno, fatores hereditários, obesidade, fumo, menopausa e obstipação. Apesar de não ser uma doença que leve ao óbito, ela tem um grande impacto na QV dessas pacientes (BARROS et al., 2018).
O prolapso dos órgãos pélvicos (POP) constitui um problema comum, em especial nas mulheres pós-menopausas. Pode ser definido como o deslocamento das vísceras pélvicas no sentido caudal, em direção ao hiato genital. Decorre do desequilíbrio entre as forças que mantêm os órgãos pélvicos em sua posição normal e aquelas que tendem a impeli-los para fora da pelve. Trata-se de importante causa de cirurgia ginecológica nos dias atuais e está associado a problemas psicológicos, sociais e financeiros (JACÓMO et al., 2011).
O prolapso dos órgãos pélvicos (POP) constitui um problema comum, em especial nas mulheres pós-menopausas. Pode ser definido como o deslocamento das vísceras pélvicas no sentido caudal, em direção ao hiato genital. Decorre do desequilíbrio entre as forças que mantêm os órgãos pélvicos em sua posição normal e aquelas que tendem a impeli-los para fora da pelve. Trata-se de importante causa de cirurgia ginecológica nos dias atuais e está associado a problemas psicológicos, sociais e financeiros (JACÓMO et al., 2011).
Relata o Horst e Silva (2016), que os pacientes com prolapso genital podem ter sintomas relacionados especificamente com distopias, como por exemplo, a sensação de peso na região pélvica, sintomas urinários, constipação ou problemas sexuais. Estes sintomas muitas vezes, estão relacionados a posição em que os indivíduos se encontram, sendo marcantes pela manhã e com o passar do dia conforme a locomoção, tornam mais evidentes. Mulheres em estágios iniciais podem não apresentar desconfortos. Sintomas de pressão, sensação de “bola na vagina”, geralmente, são principais características de mulheres com distopia uterino em graus mais avançados.
De acordo com Brody e Hall (2012), os tipos mais comuns de prolapso de órgão são a cistocele que é a protrusão da bexiga para dentro da parede vaginal anterior; prolapso uterino, deslocamento do útero para dentro do canal vaginal e retocele que é a protrusão do reto para dentro da parede vaginal posterior. As pacientes que apresentam algumas destas condições, precisam aprender como proteger os MAP de estresse indevido e a evitar o aumento da pressão intra-abdominal.
Para mulheres assintomáticas ou levemente sintomáticas, o tratamento expectante é apropriado. Para as mulheres sintomáticas o tratamento pode ser conservador ou cirúrgico. A escolha do tratamento depende do tipo e gravidade dos sintomas, da idade e das comorbidades médicas, do desejo de função sexual futura e/ou fertilidade e dos fatores de risco para recorrência. O tratamento deve ter como objetivo o alívio dos sintomas, mas os benefícios devem pesar mais que os riscos (LIMA et al., 2012).
Segundo Filho et al., (2012), o treinamento dos músculos do assoalho pélvico (TMAP) foi iniciado por Arnold Kegel, em 1948. Como a patogênese das disfunções começa com a perda de suporte da musculatura do AP, o treinamento desses músculos vem se mostrando eficaz. Instrução individual e certificação de que a paciente está contraindo adequadamente a musculatura são essenciais antes de se iniciar o tratamento, pois cerca de 30% das mulheres não são capazes de contrair os MAP na primeira avaliação.
O estudo de Cardoso et al., (2018), fala que a fisioterapia tem meios e técnicas que visam o fortalecimento da região pélvica, por meio dos exercícios perineais descrito por Kegel. Seu tratamento é baseado em exercícios que promovem o endurecimento e a melhora do tônus muscular através da contração voluntaria do pavimento pélvico. O principal objetivo da cinesioterapia perineal é o treinamento da resistência uretral e a melhora da sustentação dos órgãos pélvicos e, também auxiliam no fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico e contribuem para uma reeducação perineal, proporcionando benefícios para esse distúrbio.
Segundo Antonioli e Simões (2010), cada contração pode ser permanecida por 5 segundos, em séries de 8 repetições com a paciente em diversas posições para sua execução como por exemplo em decúbito dorsal com os joelhos flexionados e pés apoiados. Podem ser executadas também, contrações perineais curtas de 1 a 2 segundos. Esta técnica contribui tanto no fortalecimento quanto na conscientização perineal, para ter um melhor manejo sobre a musculatura no ato sexual e, ter uma medida preventiva para a saúde com o passar dos anos.
Atuação do método de Kegel foi benéfico para a fisioterapia que mostra a eficácia deste método tanto para o tratamento quanto para retardação de disfunções pélvicas, como o Prolapso Uterino, que são exercícios desenvolvidos para fortalecer a musculatura do assoalho pélvico, que faz a sustentação dos órgãos. Porém, este método não descarta o aparecimento de Prolapso Uterino em mulheres multíparas e com fatores de riscos evidentes, apenas proporciona a contração da musculatura o do diafragma pélvico.
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa que utilizou o método hipotético com objetivo descritivo explicativo que se define como um estudo transversal de natureza quantitativa com o grau e controle das variáveis do tipo não experimental. O processo de desenvolvimento no levantamento e busca de dados foram obtidos através de sites como Scientific Electronic Library Online (Scielo), PUBMED, revisando a literatura, BIREME e, por ser um ambiente vasto de conhecimento, equivalendo a qualquer assunto que necessita de várias formas de abordagem o tema é de interesse a ser incrementado, além de se tratar de recursos gratuitos.
Utilizou- se como critério de inclusão, artigos realizados nos períodos de 2010 a 2019 que fundamentam a pesquisa; artigos devidamente publicados em inglês e português; artigos de outras profissões; e como critério de exclusão, artigo de revista não publicados; artigos que abordam outro tema. Por intermédio, de pesquisas realizadas em sites característicos, dados de artigos bibliográficos, revistas, livros online e plataformas utilizando notebook e, por meio de livros didáticos da biblioteca do Centro Universitário Fametro referente a tese atribuída e o método escolhido de tratamento da patologia citada, adquirindo melhor conhecimento para a elaboração deste projeto.
A administração da análise de dados, obtém uma perspectiva valiosa a descrita da metodologia e objetivos pertencente ao trabalho, aplicando as ferramentas essenciais projetadas para a organização, qualificação e compreensão de conclusões estatísticas de várias fontes de dados, onde foram usados os softwares gratuito bastantes populares que são Excel e Word para o seu aperfeiçoamento.
A conclusão foi alcançada diante uma investigação detalhada dos dados obtidos em levantamento bibliográfico sobre a eficácia do Método de Kegel como recurso terapêutico para Prolapso Uterino grau I, visando uma resistência do diafragma pélvico como sustentação adequada dos órgãos acima, reduzindo sintomas, distúrbios na mecânica correta dos músculos e evitando uma intervenção cirúrgica.
O estudo apresentado, por proceder de uma revisão de literatura, não será subjugado ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) conforme solução 466, de 12 de Dezembro de 2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), contudo, serão respeitados os preceitos éticos no que refere- se a prevenção das informações obtidas sejam apresentadas legitimas e, quando necessária, devidamente referenciadas, possibilitando que os resultados possam se tornar públicos.
FIGURA 1: Fluxograma de identificação e seleção dos artigos para revisão de literatura sobre os benefícios do método de Kegel na prevenção de prolapso uterino grau I.
RESULTADOS
Após análise crítica dos dados encontrados, foi possível elaborar a tabela 1 contendo os resultados desta pesquisa, relacionando os autores com os efeitos do Método de Kegel encontrados, e onde os autores foram classificados em ordem cronológica de publicação dos seus respectivos trabalhos.
Ano | Autor | Protocolo ou tipo de estudo | Principais resultados |
2010 2010 2017 | Antonioli e Simões Piassarolli1 et al. Silva et al. | Revisão de Literatura. 10 sessões, 2x na semana com duração de 50 minutos. 10 sessões, 2x na semana com duração de 10 a 15 segundos. | Melhora disfunções sexuais como dispareunia. |
2011 2012 | Silva e Oliva Fitz et al. | 3x por semana com duração 5 a 10 segundos. 3x por semana, 6 a 8 segundos. | Diminuição da Incontinência Urinaria. |
2018 | Cardoso et al. | 6 sessões, 1x por semana com duração de 45 minutos. | Fortalecimento da musculatura pélvica. |
2010 2012 | Ramos e Oliveira Knorst et al. | 10 sessões, 3 vezes por semana, duração de 30 a 40 minutos. 10 sessões com duração de 6 segundos. | Melhora da função muscular e prevenção de disfunções como prolapsos. |
2010 | Resende et al. | Ensaio Clínico Randomizado. | Redução dos sintomas de prolapsos uterinos grau I ou II. |
Tabela 1. Efeitos do Método de Kegel no Prolapso Uterino.
DISCUSSÃO
Estudos sobre o fortalecimento da musculatura do diafragma pélvico com a utilização do método de Kegel para tratamento de prolapsos uterinos grau I são escassos, porém os tratamentos citados apresentam ganhos significativos para recuperar os sintomas, observando que trabalhar a musculatura perineal promove a reabilitação da hipotonia da musculatura do assoalho pélvico responsável pela sustentação dos órgãos e melhora a qualidade de vida das pacientes com disfunções sexuais.
Segundo Antonioli e Simões (2010), os bons resultados da técnica reside na completa compressão por parte da paciente em como realizar o exercício de Kegel, sua execução deve ser supervisionada e associada a respiração, cada contração pode ser sustentada por 5 segundos em series de 8 repetições. Esta técnica auxilia tanto no fortalecimento quanto na conscientização perineal, disfunções sexuais e acontecimentos que podem interferir no períneo.
Piassarolli et al., (2010), foi realizado um ensaio clinico com a presença de 26 mulheres, diagnosticadas com disfunção sexual, com idade entre 18 a 40 anos e parceiros estáveis, o protocolo foi por meio de exercícios em grupo de 10 sessões, 1 ou 2 vezes por semana, durante 50 minutos, em diversas posições, com 5 contrações rápidas e sustentadas, por 10 segundos. Observou- se que o tratamento fisioterapêutico pode ser um recurso valoroso para auxiliar na resolução das disfunções sexuais e na melhora da qualidade de vida dessas mulheres.
De acordo com os estudos de caso de Silva et al., (2017), 2 pacientes que possuem disfunção sexual, um do sexo feminino e outro do sexo masculino, com idade variando de 75 e 77 anos, realizaram exercício de Kegel com 10 sessões de 45 minutos, 2 vezes por semana, contrações de 5 repetições por 10 segundos e 6 contrações por 15 segundos para cada exercício. Observou uma melhora na disfunção sexual e qualidade de vida nos indivíduos tratados com este método, porem a uma dificuldade na população em assumir que sofrem de tal disfunção.
De acordo com Silva e Oliva (2011), foi realizado um estudo de caso com uma mulher de 59 anos, com 2 filhos de parto cessaria, diagnosticada com IU, foi submetida a 10 sessões de fisioterapia , 3 vezes por semana com duração de 1h de exercício de Kegel, em contração que variou de 5 a 10 segundos, seguindo com o relaxamento da musculatura por um período igual. Sendo possível identificar o aumento da força muscular perineal e diminuição da incontinência urinaria após o tratamento.
O estudo de ensaio clinico de Fitz et al., (2012), visa o treinamento dos músculos do assoalho pélvico em um total de 36 mulheres que realizaram o exercício de Kegel individualmente, sendo proposto 3 series de 10 contrações lentas e 4 contrações rápidas, em um tempo de 6 a 8 segundos, 3 vezes por semana, onde obtiveram através deste estudo, o treinamento da MAP como impacto positivo em mulheres com incontinência urinária por esforço.
Diante Cardoso et al., (2018), realizou um estudo de caso com 1 paciente que foi submetida a uma análise física para detectar a sua força e função perineal, através da avaliação funcional do assoalho pélvico, este protocolo foi por meio de práticas de contração, sendo composto por 6 sessões, 1 vez por semana, durante 45 minutos, dividido a 8 a 10 contrações máxima e lentas, 10 segundos de duração. Após o procedimento foi possível observar o aumento da força muscular do AP com grau 4.
A pesquisa de Ramos e Oliveira (2010), constituiu em um estudo de caso, onde participaram da realização 8 mulheres com faixa etária de 45 a 60 anos, na fase de climatério e com presença de IU. Foram realizadas 10 sessões de 30 a 40 minutos de duração, 3 vezes na semana em dias intercalados por 21 dias de intervenção, foi possível comprovar a eficácia do método de Kegel, mas com a realização de um número maior de procedimentos, demonstrada a importância de tais exercícios não só para o tratamento como prevenção de disfunções.
No estudo experimental de Knorst et al., (2012), foram participadas 48 mulheres, com diagnóstico de incontinência, após as avaliações, as pacientes foram submetidas ao tratamento fisioterapêutico com contrações isotônicas e isométricas com uma serie de 10 repetições mantidas por 6 segundos, respondendo positivamente nos sintomas de IU como forma de tratamento, associado ao prolapso uterino.
O ensaio clinico randomizado de Resende et al., (2010), foram incluídas 23 mulheres no grupo de intervenção e 24 no grupo controle, todas apresentavam prolapsos grau I ou II, sintomáticas. Ambos os grupos receberam orientação sobre mudança saudáveis no estilo de vida, contração correta dos músculos perineais e, um programa domiciliar individualizado de exercícios, a equipe de intervenção, avaliou a força dos MAP por meio da palpação pela escala de Oxford. Ao final, observou diminuição significativa dos sintomas relacionados ao POP e aumento da força muscular do assoalho pélvico (A), com uma melhora no estágio do prolapso (B).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com esta pesquisa foi possível relatar que a fisioterapia tem sido uma grande aliada as mulheres que sofrem com prolapso de órgãos pélvicos, é considerada a primeira opção não invasiva para a redução do mesmo, pois além de tratar o físico da paciente ela melhora a sua condição. Porém, são necessários estudos mais controlados sobre o protocolo de treinamento para avaliar o efeito dos exercícios na redução dos sintomas de pacientes com prolapso uterino grau I.
Este método mostrou exercer uma função importante na conscientização de contração perineal, fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico, promove a reabilitação da hipotonia muscular perineal, auxilio no fluxo sanguíneo pélvico, aumenta a mobilidade pélvica, proporciona autoestima, satisfação sexual reduzindo sintomas de disfunção sexual, incontinência urinaria e proporciona qualidade de vida.
Conclui-se que é de enorme relevância a introdução de um tratamento conservador com o Método de Kegel para a retardação dos sintomas de pacientes portadoras de prolapsos grau I. É importante salientar que muitos estudos ainda são necessários, afim de melhor compreender o uso deste método para redução de sintomas de prolapso uterino, pois o mesmo não descarta o aparecimento desta patologia em mulheres multíparas e com fatores de risco evidentes, apenas permiti a consolidação da musculatura e do diafragma pélvico.
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