A ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA DERMATO FUNCIONAL NO TRATAMENTO DA FIBROSE PÓS-OPERATÓRIA EM LIPOASPIRAÇÃO ABDOMINAL FEMININA

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RUTH DE ALMEIDA LIMA

Trabalho de Conclusão do Curso de Fisioterapia, Faculdade Uninassau, para obtenção do título de Fisioterapeuta.
Orientador (a): Prof. Francisco Carlos Cerqueira.

DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por ser meu guia, meu refúgio e fortaleza, sem ele nada sou, aos meus pais Raimundo e Francisca, por acreditarem em mim, por todo apoio e incetivo para que eu chegasse até esta etapa da minha vida, ao meu amor Luimar que está sempre por perto em todos os momentos, por toda ajuda, incentivo, paciência, carinho, amor e por me tranquilizar na correria de cada semestre e aos meus poucos amigos que sempre estiveram por perto, que me ajudaram em oração para que tudo acontecesse conforme a vontade de Deus que é boa, perfeita e agradável. OBRIGADO.

AGRADECIMENTO
Agradeço primeiramente a Deus por tudo. Agradeço aos meus pais Raimundo e Francisca por todo apoio e incentivo, ao meu amor Luimar que sempre esteve o meu lado nesse longo percurso acadêmico.

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Prof. Francisco Carlos Cerqueira.



EPÍGRAFE
“Nós somos o que fazemos repetidamente. Portanto, excelência não é um ato, mas um hábito.”
ARISTÓTELES

RESUMO

Em busca do corpo perfeito, mulheres de várias idades têm optado pelas cirurgias plásticas e dentre as cirurgias, destaca-se a lipoaspiração abdominal, porém, nem sempre obtém um resultado satisfatório, pois, devido a lipoaspiração ser um procedimento invasivo, no momento da cirurgia, ocorrem lesões nas células que resultam em processo inflamatório devido a resposta fisiológica do organismo, nesse processo inflamatório, as células são substituídas por tecido cicatricial que é formado por fibroblastos que por sua vez, produzem as fibras longas de colágeno que são as fibroses. O objetivo desse estudo é mostrar através de revisão bibliográfica a importância do Fisioterapeuta Dermato Funcional no tratamento da fibrose pós-operatório de lipoaspiração abdominal feminina e os procedimentos que esse profissional pode realizar para tratar a fibrose e promover um resultado estético mais satisfatório para cada paciente.

Palavras-chaves: fisioterapia Dermato funcional, Lipoaspiração, Fibrose.

ABSTRACT

In search of the perfect body, women of different ages have opted for plastic surgery and among the surgeries, abdominal liposuction stands out, however, it does not always obtain a satisfactory result, because, due to liposuction being an invasive procedure, at the moment of surgery , lesions occur in the cells that result in an inflammatory process due to the physiological response of the organism, in this inflammatory process, the cells are replaced by scar tissue that is formed by fibroblasts that in turn, produce the long collagen fibers that are the fibrosis. The purpose of this study is to show through bibliographic review the importance of the Physical Therapist Dermato Functional in the treatment of postoperative fibrosis of female abdominal liposuction and the procedures that this professional can perform to treat fibrosis and promote a more satisfactory aesthetic result for each patient.

Keywords: Functional Dermato physical therapy, Liposuction, Fibrosis.

1. INTRODUÇÃO

Atualmente, várias mulheres que almejam ter um corpo perfeito têm optado pelas cirurgias plásticas, em especial, a lipoaspiração que é uma técnica invasiva que consiste na retirada de tecido adiposo através de cânulas de diversos calibres e sucção por uma bomba conectada ao lipoaspirador. No ato da cirurgia, ocorre uma agressão tecidual que altera a funcionalidade dos vasos linfáticos, causando algumas complicações pós-operatórias, dentre elas destaca-se a Fibrose que, segundo Borges (2006), é a formação ou o desenvolvimento em excesso de tecido conjuntivo em um órgão ou tecido como processo reparativo ou reativo.

As células lesionadas são substituídas por tecido cicatricial, composto fundamentalmente por fibras de colágeno que são reabsorvidas durante o crescimento, remodelação, involução, inflamação e reparo dos tecidos. VIEIRA E NETZ. 2012

De acordo com Flores et. al (2011) A atuação do Fisioterapeuta dermato funcional é de fundamental importância no pós-operatório de lipoaspiração, pois trata as complicações causadas no ato da cirurgia avaliando cada paciente, elaborando um plano de tratamento específico para cada deformidade, utilizando diversos recursos como a drenagem linfática que é um dos tratamentos mais importantes no pós-operatório podendo ser feita após 48 horas com movimentos suaves e rítmicos, atua na redução de edemas e na revascularização.

Segundo Altomare e Machado (2006), O ultrassom (3Mhz) também é muito utilizado por ser um ótimo recurso para tratamento de lesões de tecidos moles, atuando na aceleração e reparação tecidual, melhorando a velocidade da cicatrização e a qualidade do tecido cicatricial.

A vacuoterapia utilizada no pós-operatório tardio, é um tipo de massagem mecânica que utiliza a pressão negativa e o vácuo para auxiliar na reabsorção de edemas, deve ser utilizada de forma suave, sem agredir ou danificar o tecido, melhorando a maleabilidade do abdômen das pacientes. BACELAR, VIEIRA, 2006

Outro recurso muito utilizado é a radiofrequência que é utilizada no tratamento de fibroses cicatriciais com o objetivo de amolecer o tecido colágeno e absorver o tecido fibroso. BORGES, 2006.

Diante disto, este estudo tem como objetivo descrever a atuação do fisioterapeuta Dermato Funcional no tratamento da fibrose pós-operatória e os recursos utilizados para tratar essa deformidade, promovendo um resultado estético mais satisfatório para cada paciente.

2.DESENVOLVIMENTO

2.1 LIPOASPIRAÇÃO ABDOMINAL

A lipoaspiração ou lipossucção consiste na remoção cirúrgica de gordura subcutânea por meio de cânulas submetidas a uma pressão negativa e introduzidas por pequenas incisões na pele. Essa técnica pode ser realizada com seringa a vácuo ou lipoaspirador, podendo ainda estar ou não associada a infiltração de soluções como a hialuronidase, substâncias vasoconstritoras, água bidestilada e soro. BORGES, 2006.

Mulheres de várias idades têm optado pela lipoaspiração com a finalidade de remodelar o corpo, eliminando através do ato cirúrgico a camada adiposa localizada no abdômen, melhorando a autoestima de cada paciente, entretanto, após a cirurgia podem ocorrer várias complicações como seromas, infecções, aderências, depressões, necrose, equimose, perfuração abdominal, complicações vasculares e a fibrose que ocorre devido a agressão tecidual ocorridas durante a cirurgia. VIEIRA E NETZ 2012

A lipoaspiração só pode ser feita se não houver intercorrências nos exames clínicos das pacientes como distúrbios da coagulação sanguínea (hemofilias e púrpuras), diabetes, doenças cardíacas graves, alterações pulmonares, anemia, dentre outras.

2.2 FIBROSE

Segundo Vieira e Netz (2012), a fibrose surge logo após a ruptura dos vasos sanguíneos devido a agressão tecidual ocorrida no ato cirúrgico, substituindo as células lesionadas por tecido cicatricial que é formado por fibras longas e espessas de colágeno.

De acordo com Hinz (2010), existem três tipos de fibrose que são a fibrose nodular que é caracterizada pelo surgimento de pequenos nódulos subcutâneos, a fibrose em cordão que é contínua e sua característica se dá devido á profundidade da cânula no abdômen e a fibrose em placa que ocorre a alteração de uma área extensa com rigidez sob a pele.

Macedo (2011) descreve que a fibrose além de ser uma deformidade causada pela agressão tecidual na cirurgia, é também considerada uma das maiores complicações pós lipoaspiração porque compromete o resultado estético da cirurgia, causa dor ao paciente, restringindo os movimentos.

O reparo tecidual é dividido em três fases: inflamatória, proliferativa e remodelamento. A fase inflamatória ocorre no momento da lesão, com reação de defesa que se localiza na área lesionada, esta fase serve para destruir ou mobilizar o agente agressor e em seguida promove vários acontecimentos para curar e reorganizar o tecido que foi lesionado. O sangramento ocorrido trás plaquetas, hemácias e fibrinas que são importantes para a cicatrização, limitando a extensão da lesão tecidual. BORGES, 2006.

Na fase proliferativa, ocorre a remoção dos restos celulares e a reparação temporária do tecido formado na fase inflamatória e o desenvolvimento dos tecidos substitutos novos e permanentes. Essa fase ocorre de três a dez dias de pós-operatório e os sintomas apresentados nessa fase são edema, alteração da sensibilidade e algia no local da lesão. BORGES, 2006.

A fase de remodelação inicia no 11º dia e segue até o 40° dia de pós-operatório. Essa fase é entendida como uma resposta de longo prazo ao ferimento e a resistência do tecido lesionado aumenta com a deposição de colágeno. O processo de remodelamento envolve o equilíbrio entre a síntese e a degradação de colágeno e redução da vascularização e da infiltração de células inflamatórias para que se atinja a maturação. BORGES, 2006.

2.3 ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA DERMATO FUNCIONAL

A fisioterapia possui um importante papel, tanto no tratamento do pós-operatório como também na avaliação prévia a cirurgia, prevenindo e tratando as respostas advindas das intervenções cirúrgicas, possibilitando também a diminuição da ansiedade pós-operatória. TACANI, 2005.

A fisioterapia dermato funcional tem sido amplamente recomendada pelos cirurgiões plásticos como forma de tratamento. É no pós-operatório que a fisioterapia apresenta sua maior atuação e o planejamento do tratamento é variável e depende das características individuais de cada cirurgia. BORGES, 2006.

Os procedimentos fisioterapêuticos podem ser iniciados a partir de 72 horas após o ato cirúrgico, pois, nesse momento, é possível é possível atuar na prevenção de fibroses ou retrações. Durante essa fase, as manipulações devem ocorrer de forma precoce e gradativa, técnicas desobstrutivas e drenagem linfática devem ser realizados nessa fase inicial. LOPES, 2006.

De acordo com Schwuchows (2009), nos primeiros dias após a intervenção cirúrgica, o paciente pode estar com a sensibilidade tátil e dolorosa alteradas e em alguns casos abolidas, porém, com o tempo tende a se normalizar.

O tratamento fisioterapêutico no pós-cirúrgico possibilita uma melhora significativa na textura da pele, ausência de nodulações fibróticas no tecido subcutâneo, redução do edema, minimização de possíveis aderências teciduais, assim como maior rapidez na recuperação das áreas com hipoestesias, ou seja, não só possibilita uma redução das prováveis complicações como possibilita também o retorno do paciente mais rapidamente ao exercício de suas atividades de vida diárias. COUTINHO, 2006.

2.4 RECURSOS TERAPÊUTICOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DA FIBROSE

2.4.1 Drenagem Linfática Manual

Macedo e Oliveira (2011), afirmam que as cirurgias plásticas em especial, a lipoaspiração, altera a estrutura e a funcionalidade dos vasos linfáticos devido a agressão tecidual no ato cirúrgico, resultando em fibrose. A cirurgia modifica o equilíbrio das tensões que resulta em edema. Diante disto, a drenagem linfática manual é indicada para a retirada do edema em excesso do interstício, todavia, a fibrose só será reduzida definitivamente quando a secreção de cortisol for diminuída, essa secreção é liberada durante o processo inflamatório.

De acordo com Borges (2006), a utilização da drenagem linfática manual deve ser iniciada no primeiro dia de pós-operatório, ou seja, 24horas após a cirurgia, com movimentos suaves e rítmicos com o objetivo de reduzir edemas e auxiliar na revascularização.

Os efeitos da drenagem linfática manual foram comprovados em diversos estudos, demonstrando por meio de ultrassonografia e ressonância magnética as ações dessa técnica na redução de edemas e revascularização. MEYER, 2008.

Coutinho (2006), descreve que a drenagem linfática é de suma importância na reabilitação pós-cirúrgica como a mais efetiva para reduzir o tempo de pós-operatório.

2.4.2 Ultrassom

O ultrassom é um excelente recurso físico para o tratamento de lesões de tecidos moles, podendo acelerar a reparação tecidual nos seus diferentes aspectos. Com a irradiação ultrassônica, é possível melhorar tanto a velocidade da cicatrização quanto a qualidade do tecido cicatricial. MENDONÇA, 2006.

O ultrassom tem como benefícios, no processo de cicatrização, aumentar a síntese de colágeno e regeneração da inervação periférica, aumentar a circulação sanguínea, aumentar o metabolismo celular que traz aumento da síntese proteica dos fibroblastos e aumentar a velocidade de regeneração dos tecidos. Os efeitos benéficos do ultrassom, têm sido demonstrado à baixa intensidade (3Mhz) no modo pulsado. Nessa fase é capaz de promover a orientação da matriz cicatricial e dos fibroblastos. FRÉZ, et al, 2006.

Lopes (2006), afirma que na fase proliferativa, a reabsorção de equimoses e hematomas é de suma importância, para que não evolua para a formação de fibrose. Caso seja concluído o processo de reparo e ainda existam aderências e fibroses, o ultrassom é utilizado para a diminuição dessa deformidade, melhorando a elasticidade do tecido conjuntivo.

Conforme a afirmação de Coutinho (2006), o uso do ultrassom tem como finalidade proporcionar a melhora do sistema linfático e circulação sanguínea, auxiliando também na prevenção de cicatrizes hipertróficas e quelóides, acelerando a cicatrização. Na fase de remodelamento, o modo de emissão indicado é o contínuo(térmico), em 3 Mhz, em baixa intensidade 1,5 a 1,8 W/cm², em um tempo de 6 minutos por área com o objetivo de desagregar fibroses persistentes.

2.4.3 Vacuoterapia

A vacuoterapia é um método de massagem que utiliza pressão negativa e sucção, promovendo a mobilização do tecido subcutâneo. Essa técnica é uma opção de massagem para o tratamento de fibroses por meio de uma ação mecânica simples no tecido conjuntivo. Deve ser utilizada de maneira suave, sem causar traumas no tecido e não substitui a massagem manual, apenas auxilia na melhora da sua maleabilidade. BACELAR, VIEIRA, 2006.

Segundo estudos de Lopes (2006), não é recomendado o uso da Vacuoterapia na fase inicial do pós-operatório de lipoaspiração devido ao risco de impedir a aderência da pele, podendo resultar em flacidez, rompimento de capilares e hematomas.

2.4.4 Radiofrequência

De acordo com Borges (2006), a radiofrequência teve origem em 1891com D`Ansorval e com o avanço da tecnologia, as técnicas foram aprimoradas para que esse tipo de terapia ofereça menos riscos e mais efetividade nos tratamentos estéticos. O uso da radiofrequência associada a massagem do tecido conjuntivo promovem resultados rápidos e satisfatório no tratamento da fibrose pós-cirúrgica.

Segundo Ronzio (2009), a radiofrequência faz parte da rotina de tratamento de fibroses recentes e tardias com efetivos resultados, os objetivos deste tratamento no pós-operatório de lipoaspiração são o amolecimento de tecido fibroso (com baixas temperaturas) e o enrijecimento da pele flácida (com temperatura de 36 a 38°c no pós-operatório tardio).

2.5 ANÁLISE, DISCUSSÃO E RESULTADOS

O presente artigo, través da revisão bibliográfica, teve por finalidade mostrar a importância da fisioterapia, a atuação do fisioterapeuta no tratamento da fibrose pós-operatório de lipoaspiração abdominal e os benefícios de cada recursos que esse profissional utiliza como forma de prevenir e/ou tratar a fibrose.

2.5.1 Benefícios da Drenagem Linfática Manual

Alguns autores citam em seus estudos a eficácia e a importância da drenagem linfática no pós-operatório de lipoaspiração abdominal como forma de prevenir o surgimento de fibroses.

De acordo com Meyer (2008) a drenagem linfática deve ser iniciada após 48 horas do pós-operatório com movimentos suaves e rítmicos para maior conforto do paciente.

Guirro e Guirro (2004) afirma que a drenagem linfática manual teve seus efeitos e benefícios na revascularização e redução de edemas comprovados e demonstrados através de ultrassonografia e ressonância magnética.

Coutinho (2006), afirma através de seus estudos que a drenagem linfática manual é o tratamento mais importante na reabilitação do pós-cirúrgico e o mais efetivo para a redução do tempo de pós-operatório.

De acordo com Schwuchows (2009), os sintomas dolorosos e tátil como dor e edemas resultantes do pós-operatório imediato podem ser tratados com o uso da drenagem linfática manual.

2.5.2 Benefícios do Ultrassom

Schwuchows (2009) afirma que o ultrassom pulsado é bastante utilizado no tratamento de fibroses, além de auxiliar no processo de cicatrização, promovendo melhora na circulação sanguínea e linfática.

Gonçalves (2009) cita em seus estudos o uso do ultrassom contínuo como medida de controle de fibroses, equimoses, da orientação do colágeno e da adequação das atividades dos fibroblastos através da mediação de macrófagos.

Guirro e Guirro (2003) citam que através da utilização do ultrassom contínuo é possível “amolecer” o tecido cicatricial sendo eficaz também na mobilização de cicatrizes aderentes.

De acordo com Gonçalves (2005), o ultrassom tem a habilidade de penetrar ativos farmacológicos na pele através da fono forese, agindo na cicatrização.

2.5.3 Benefícios da Vacuoterapia

De acordo com os estudos de Bacelar (2006) a Vacuoterapia é uma técnica muito utilizada no tratamento da fibrose por meio de uma ação mecânica no tecido conjuntivo, sendo realizada de maneira suave, sem causar traumas, auxiliando na melhora do tecido conjuntivo.

Borges (2006) afirma que a Vacuoterapia associada ao ultrassom auxiliam na reabsorção de edemas e ajudam a desagregar fibroses persistentes pós-cirúrgicas, melhorando a qualidade do processo de cicatrização.

Segundo os estudos de Lopes (2006) muitos fisioterapeutas relatam obter melhores resultados como uso da Vacuoterapia no tratamento de fibrose, porém, não recomendam o uso da Vacuoterapia no pós-operatório imediato devido ao risco de impedir a aderência da pele, causando flacidez, rompimento de capilares e hematomas se não for manuseado de forma correta.

2.5.4 Benefícios da radiofrequência

Ronzio (2009), afirma que a radiofrequência é muito utilizada no tratamento de fibrose cicatriciais, pois tem como objetivo amolecer o tecido colagenoso e absorver o tecido fibroso.

Afirma também que a rádio frequência e seus efetivos resultados no tratamento de fibrose pode se utilizada no pós-operatório imediato e tardio.

De acordo com Borges (2006), a radiofrequência associada a massagem do tecido conjuntivo promove resultados rápidos e satisfatórios no tratamento da fibrose pós-cirúrgica.

Os recursos acima citados, utilizados pelo fisioterapeuta promovem um resultado estético mais satisfatório e qualidade de vida para cada paciente.

3 CONCLUSÃO

A lipoaspiração é uma técnica cirúrgica invasiva que gera uma agressão tecidual, acarretando em diversas complicações no pós-operatório, dentre elas a fibrose que é formada por fibras longas de colágeno causando um resultado estético insatisfatório, afetando a autoestima das pacientes. Com isso o fisioterapeuta dermato funcional atua no tratamento da fibrose pós-operatória de lipoaspiração utilizando diversos recursos como a drenagem linfática que auxilia na diminuição de edemas e auxiliando na revascularização, reduzindo os desconfortos do processo inflamatório e reduzindo o tempo de pós-operatório das pacientes. Outros recursos também são utilizados como o ultrassom que tem o objetivo de tratar a fibrose, de melhorar o sistema linfático e melhorar também a circulação sanguínea, ajudando a acelerara a cicatrização, a vacuoterapia que auxilia na mobilização do tecido subcutâneo, reduzindo as deformidades causadas pela fibrose e a radiofrequência que além de tratar a fibrose, trata também a flacidez de pele causada pela remoção da camada adiposa. A atuação do fisioterapeuta é de suma importância no tratamento da fibrose, porque além de tratar as deformidades, melhora a autoestima do paciente, reabilita o paciente para que ele retorne às suas atividades de vida diária o quanto antes, promovendo um resultado estético mais satisfatório e qualidade de vida.

4. TABELAS E FIGURAS

Figura 1: Abdômen 2 dias após a lipoaspiração

Figura 2: Fibrose pós-lipoaspiração

Figura 3: Fibrose: antes e depois do tratamento fisioterapêutico

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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