O USO DA CINESIOTERAPIA ATIVA NA PREVENÇÃO DE QUEDAS EM IDOSOS

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SANDRELÚCIA DA COSTA OLIVEIRA
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JERONICE SOUZA RODRIGUES

Trabalho de Conclusão do Curso de Fisioterapia, Faculdade Uninassau, para obtenção do título de Fisioterapeuta.
Orientador (a): Profª. Jeronice Souza Rodrigues.

DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho primeiramente à Deus, à minha família, aos meus futuros pacientes e ao curso de fisioterapia. OBRIGADO

AGRADECIMENTO

À Deus meu Único e Suficiente Salvador, Jesus Cristo, que deu sua vida em lugar da minha, que me guarda e livra de toda maldade. Ao Espírito Santo, o Consolador, amigo fiel que me acalma e renova minhas forças sempre que me sinto fraca, me trazendo a memória tudo que me dá esperança.

Aos meus irmãos, aos meus amados pais, Mario e Maria, que mesmo sem condições financeiras e estrutura familiar, transcenderam todos os seus limites para dar o melhor em prol da minha educação e de meus irmãos. A eles expresso minha mais profunda gratidão, pelos seus conselhos e por suas orações em favor à mim. Agradeço por nunca desistirem de mim e compreenderem minha ausência nesse tempo de curso, por não me abandonarem, torcerem, chorarem e se alegrarem comigo, no mais, me comprometo a honrá-los enquanto viver, pois, além de ser meu dever, vocês mais do que merecem!

Agradeço à minha Orientadora, Dr.ª Jeronice Souza Rodrigues, que em todo tempo me direcionou com todo seu conhecimento e me fez enxergar além dos obstáculos que encontrei nesta trajetória, minha gratidão, respeito, admiração e consideração por todo tempo, paciência e incentivo dedicado a mim em cada etapa deste trabalho.

Obrigado aos professores e coordenadores que tivemos nessa caminhada de cinco anos, todo esforço e empenho de vocês causam em nós desejo de sermos bons profissionais e de buscarmos a evolução como pessoa humana. Minha gratidão aos colegas de turma pelo tempo de convivência, as experiências vividas e o apoio recíproco em cada dificuldade.

Finalizo agradecendo a todos que de alguma forma, sendo de maneira direta ou indireta, contribuíram para que eu chegasse até aqui. Todos foram essenciais e eu não teria conseguido sem esse apoio.

De todo meu coração, obrigado!

EPIGRAFE
“Deus não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos. Fazer ou não fazer algo só depende de nossa vontade e perseverança.”
ALBERT EINSTEIN

RESUMO

O envelhecimento é baseado em alterações estruturais do organismo, sendo um processo progressivo e natural envolvendo mecanismos e a incapacidade de realizar funções, podendo gerar disfunções no sistema corporal como no aparelho locomotor, sensorial e nervoso, que irão afetar principalmente as causas de instabilidade postural, limitando a capacidade de coordenação e equilíbrio. A ocorrência de quedas entre idosos representa um problema de saúde pública, apresentando alto índice de mortalidade e está entre a sexta causa de óbitos em idosos, sendo uma das principais causas de hospitalização. O presente estudo tem como objetivo investigar se a cinesioterapia ativa pode trazer potencial benefício como forma de prevenção dos principais fatores relacionados às causas de quedas em idosas. A pesquisa foi realizada com base em dados já existentes na literatura, através de uma revisão bibliográfica. Com base nos estudos revisados, conclui-se que o uso da cinesioterapia ativa pode contribuir na prevenção de quedas em idosas, melhorando a coordenação, equilíbrio, propriocepção, flexibilidade, funcionalidade, aumento da resistência e força muscular, reduzindo o risco de quedas, quebrando o ciclo vicioso e consequentemente promovendo o bem-estar físico, mental e melhor qualidade de vida.

Palavras-chaves: Cinesioterapia, Quedas, Idosos, Prevenção.

ABSTRACT

Aging is based on structural changes of the organism, being a progressive and natural process involving mechanisms and the inability to perform functions, and can generate dysfunctions in the body system as in the locomotor, sensory and nervous apparatus, which will mainly affect the causes of postural instability, limiting the ability to coordinate and balance. The occurrence of falls among the elderly represents a public health problem, presenting a high mortality rate and is among the sixth cause of death in the elderly, being one of the main causes of hospitalization. The present study aims to investigate whether active kinesiotherapy can bring potential benefit as a way of preventing the main factors related to the causes of falls in the old women. The research was conducted based on data already existing in the literature, through a literature review. Based on the studies reviewed, it is concluded that the use of active kinesiotherapy can contribute to the prevention of falls in the old, improving coordination, balance, proprioception, flexibility, functionality, increased endurance and muscle strength, reducing the risk of falls, breaking the vicious cycle and consequently promoting physical, mental well-being and better quality of life.

Keywords: Kinesiotherapy, Falls, Elderly, Prevention.

1. INTRODUÇÃO

O envelhecimento é baseado em alterações estruturais do organismo, sendo um processo progressivo e natural envolvendo mecanismos e a incapacidade de realizar funções, podendo gerar disfunções no sistema corporal como no aparelho locomotor, sensorial e nervoso, que irão afetar principalmente as causas de instabilidade postural, limitando a capacidade de coordenação e equilíbrio.

Baseado nos estudos, a queda tem por definição o deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial, sem correção em tempo hábil, tendo como causa circunstâncias multifatoriais intrínsecas e extrínsecas que comprometem a estabilidade. Podendo resultar ainda em comprometimentos físicos, funcionais e psicossociais, além da redução da qualidade de vida e da capacidade para realizar tarefas de vida diária.

O objetivo geral deste estudo é demonstrar a importância da fisioterapia quanto ao uso da cinesioterapia ativa na prevenção de quedas em idosas, bem como a efetividade de sua utilização como método de prevenção relacionado aos principais fatores causais de quedas em mulheres entre 65 à 75 anos, buscando assim verificar se através deste recurso é possível prevenir quedas, proporcionar uma melhor qualidade de vida e independência em suas atividades cotidianas, bem como, apresentar os conceitos básicos de queda e envelhecimento, apontar os fatores intrínsecos e extrínsecos suscetíveis à causas de quedas e dessa forma compreender sobre sua eficácia como um recurso fisioterapêutico utilizado para prevenção de quedas em idosas.

A pesquisa aborda um tema relevante, pois a queda em idosas é algo bastante frequente na atualidade, à vista disso, o objetivo quanto ao tema será esclarecer de forma mais detalhada a importância sobre o uso da cinesioterapia ativa como prevenção de quedas, despertando assim melhor interesse à sociedade fisioterapêutica sobre a utilização da técnica, aprimorar de formal geral meus conhecimentos e dos profissionais da área da saúde e proporcionar melhor entendimento à população idosa no sentido de aprender sobre quais medidas preventivas devem tomar para evitar assim possíveis eventos de quedas.

Este trabalho teve como base, um estudo bibliográfico de caráter qualitativo. Para seleção dos artigos científicos foram utilizadas as bases de dados SciELO(Scientific Eletronic Library Online), BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) e Google Acadêmico.

Verificou-se por meio deste estudo que o uso da cinesioterapia ativa como intervenção fisioterapêutica, é de extrema importância na prevenção de quedas em idosos, pois através de técnicas de exercícios de alongamento muscular, treino de equilíbrio, coordenação motora e fortalecimento muscular global, é possível melhorar o desempenho físico do idoso, a funcionalidade, melhorar o equilíbrio e aspectos da marcha, aumentar a resistência muscular, reduzindo o risco de quedas e contribuindo assim, para a promoção do bem-estar físico, mental e social.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 CONCEITOS BÁSICOS DE QUEDA E ENVELHECIMENTO.

2.1.1 Queda

A queda tem por definição o deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial, sem correção em tempo hábil, tendo como causa circunstâncias multifatoriais extrínsecas ou intrínsecas que comprometem a estabilidade. Pode resultar em comprometimentos físicos, funcionais e psicossociais, além da redução da qualidade de vida e da capacidade para realizar tarefas do dia a dia. (OLIVEIRA et al. 2017, p. 44)

Estudos estimam que o percentual de quedas que acometem pessoas idosas entre 65 à 75 anos pelo menos uma vez ao ano, varia em torno de 28 a 35% podendo chegar até aos 42% uma vez que, esta proporção tende à aumentar com o avançar da idade. Outro aspecto a ser considerado são as fraturas resultantes de quedas, a quais são responsáveis por aproximadamente 70% das mortes em idosas. No entanto, ao se tratar de quedas, a atenção voltada à prevenção deve ser priorizada, pois evitar seu evento, além de ser uma conduta de boa prática que deve ser adotada, cabe-se ainda como indicadores de qualidade de vida e saúde à este segmento etário (MANSO et al. 2018).

De acordo com Oliveira et al. (2019), as quedas também podem causar grandes danos e impactos psicossociais, tanto à saúde física quanto à saúde psicológica e acarretar como consequências inúmeras reações negativas tais como; sentimentos de insegurança, desamparo, ansiedade, dependência, vulnerabilidade, aumento das limitações funcionais, redução na realização de tarefas e atividades de vida diária, o medo de sair sozinho, o medo de ficar dependente dos cuidados de outras pessoas, a reclusão do idoso na sociedade e até mesmo levá-lo ao isolamento social.

2.1.2 Envelhecimento

Fechine e Trompieri (2015), ressaltam que segundo os dados apresentados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a estimativa considerável sobre o aumento da população idosa com idade superior à 65 anos esperada para as próximas décadas à computar o ano de 2025, é que haja para mais de 800 milhoes de idosos. Visto que, a tendência para esta estimativa continuará cada vez mais decrescente nos próximos anos, calculando que o número de idosos no mundo terá ultrapassado o número de pessoas jovens.

Segundo Mendonça e Del (2018), o envelhecimento é um processo comum vivido por todos os seres humanos, a senescência é alterações próprias do envelhecimento natural e senilidade, alterações desenvolvidas pelas várias doenças que podem afetar o idoso. Existem diversos fatores que podem levar o idoso à perder massa corporal, afetando vários órgãos, mas os músculos são os que mais sofrem com essa perda de massa com o passar do tempo, a massa óssea sofre perdas caracterizadas pela instabilidade no procedimento de modelagem e remodelagem, consequência do envelhecimento. Essa perda contínua de massa óssea pode ser denominada de osteoporose, alterações denominadas da própria senescência.

Mari et al. (2016, p. 41), asseguram que, ‘‘o envelhecimento ocorre de forma individualizada e sofre influência do estilo de vida e dos fatores genéticos. A ocorrência de fatores como a diminuição da capacidade funcional e a suscetibilidade para doenças crônicas, adquiridas com a idade, pode ser diminuída com a adoção de um estilo de vida saudável’’.

Neste sentido:

O envelhecer com qualidade de vida é uma meta constante de todo ser humano. A respeito, os fisioterapeutas têm o importante papel de minimizar e prevenir doenças, tornando os indivíduos idosos mais saudáveis, mais aptos, bem dispostos, independentes, reintegrados, com melhores condições de vida, valorizando-se e sendo valorizados. (PETYK et al. 2011, p. 105).

2.2 PRINCIPAIS FATORES SUSCETÍVEIS OU ASSOCIADOS À CAUSAS DE QUEDAS EM IDOSAS.

2.2.1 Fatores Intrínsecos

A total estabilidade do corpo depende de uma adequada receptividade de informações, componentes e bom funcionamento dos sistemas neuromuscular, sensorial, cognitivo, musculoesquelético e sistema nervoso central de forma altamente integrada, afim de impedir ou minimizar os efeitos cumulativos desencadeados pelas possíveis alterações associadas a idade, doenças, meio ambiente inadequado e entre outros fatores que podem predispor quedas.

Os fatores intrínsecos podem ser definidos como aqueles relacionados ao próprio sujeito, o qual pode apresentar redução da função dos sistemas que compõem o controle postural, doenças, transtornos cognitivos e comportamentais, apresentando incapacidade em manter ou recuperar o equilíbrio. (ALMEIDA et al. 2012, p. 428).

Buksman et al. (2008), afirmam que dentre esses fatores pode-se destacar também uma relação entre histórias prévias de queda, idade avançada, sexo feminino, problemas de visão, condições clínicas decorrentes de doenças, distúrbios de marcha e equilíbrio decorrentes do próprio envelhecimento podendo levar a indução de quedas devido ao declínio da força e resistência muscular, sedentarismo, estado psicológico e funcional, bem como deficiência nutricional e visual do idoso.

Bento et al. (2010, p. 472), reforçam também que, ‘‘dentre os fatores intrínsecos, destacam-se a redução da força muscular, alterações de equilíbrio, modificações no padrão da marcha, déficit visual, perdas funcionais e cognitivas’’.

2.2.2 Fatores Extrínsecos

“Os fatores extrínsecos têm-se aqueles relacionados ao ambiente, tais como iluminação, superfície para deambulação, tapetes soltos, degraus altos ou estreitos e também fatores culturais, religiosos, etários e étnicos.” (ALMEIDA et al., 2012, p. 428).

Ao se tratar dos referidos fatores relacionados ao favorecimento de quedas no ambiente doméstico, é importante reforçar sobre a importância do autocuidado com os idosos e alertar os familiares e cuidadores quanto a questão da adaptação da infraestrutura e ergonomia nos domicílios, além disso são necessárias ações preventivas de atenção primária à saúde, sobretudo em relação à oferta de atividades físicas que certamente contribuíram para a redução dos riscos de quedas (CAVALCANTE, AGUIAR e GURGEL, 2012).

Relacionado a tais fatores, Bento et al., manifestam-se reafirmando que:

Dentre os fatores extrínsecos pode-se destacar a qualidade e intensidade da iluminação, superfícies irregulares, tapetes soltos, condições do piso, uso combinado de medicações e os riscos associados às próprias atividades que o idoso está realizando. (BENTO et al. 2010, p. 472).

O estudo de Beck et al. (2011), verificou que a maioria dos episódios de quedas ocorrem de forma acidental e geralmente dentro do ambiente domiciliar ou em seus arredores, porém, em relação aos fatores extrínsecos, pode-se mencionar uma associação entre as atividades desenvolvidas de forma irregular pelos idosos no momento da queda, o deslocamento realizado pelos mesmos à determinado local por calçadas mal projetadas, pisos molhados, e até mesmo a falta de atenção e pressa durante o desempenho de tarefas de vida diária bem como, mudar de posição, ir ao banheiro, subir e descer escadas entre outras, ou seja, todos esses fatores contribuem para que os mesmos tornem-se mais vulneráveis à ocorrências de quedas.

2.3 EFICÁCIAS DA CINESIOTERAPIA ATIVA COMO RECURSO FISIOTERAPÊUTICO UTILIZADO PARA PREVENÇÃO DE QUEDAS EM IDOSAS.

Oliveira et al. (2017, p. 46), afirmam que ‘‘a prática regular de exercícios físicos promove melhoras significativas nos aspectos equilíbrio, flexibilidade, funcionalidade e aumento da resistência muscular, reduzindo o risco de quedas e consequentemente quebrando o ciclo vicioso de quedas’’.

Através da implementação de programas de exercícios físicos orientados e aplicados de forma individualizada a cada idoso, é possível obter controle de equilíbrio, melhorar a força muscular e reduzir riscos de quedas, visando assim efetividade na redução de alterações fisiológicas decorrentes do envelhecimento e prevenção de lesões possivelmente provocadas em decorrência à quedas (BUKSMAN et al. 2008).

Conforme estudo de Tomicki et al. (2016), os resultados indicam que em decorrência de programas de exercícios físicos baseados em alongamentos, circuitos, treinos de resistência, atividades lúdicas, dança e relaxamento, é possível estimular os fatores cognitivos e motores dos idosos, normalizar ou recuperar a força muscular, restaurar o equilíbrio e reduzir o consumo de medicamentos, prevenindo assim os riscos estimados à ocorrência de quedas.

Diante do exposto, no que se refere a prevenção de agravo dos fatores suscetíveis a ocorrência de quedas, o profissional fisioterapeuta pode estar contribuindo através de investigação de evidências comprobatórias sobre a efetividade de programas e ações referente à práticas de cinesioterapia/atividade física, visto, como recursos à ser utilizado para prevenção de incapacidades, deformidades decorrente de eventuais casos de quedas e readaptação do desempenho funcional dos idosos, baseado em um plano de intervenção resultante em ganho de coordenação e equilíbrio, propriocepção, alongamento e força muscular, proporcionando aos mesmos, expectativas favoráveis à saúde, bem-estar psicossocial, autonomia, independência funcional e um estilo de vida ativo e mais saudável.

2.4 ANÁLISE

Analisando o tema proposto sobre o uso da cinesioterapia ativa na prevenção de quedas em idosos, foi possível observar a importância quanto ao uso da cinesioterapia como intervenção fisioterapêutica para prevenção dos principais fatores causais de quedas, bem como ressaltar, sobre os principais benefícios ofertados tanto ao sistema musculoesquelético, quanto ao corpo como um todo. Foram selecionados 11 artigos onde apresentavam estudos e conceitos que se encaixavam no objetivo da pesquisa. O trabalho teve como base, um estudo bibliográfico de caráter qualitativo. A seleção dos artigos científicos foi realizada por meio das bases de dados SciELO (Scientific Eletronic Library Online), BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), Pubmed e Google Acadêmico utilizando como indexadores as palavras-chaves Cinesioterapia, Quedas, Idosos e Prevenção.

2.4.1 DISCUSSÃO

Em termos de discussão, a pesquisa trouxe uma abordagem detalhada sobre o conceito de “queda”, onde este evento só aumenta em termos de gravidade quando se trata de queda em idosas, um fenômeno incapacitante, que pode levar a óbito, e que infelizmente tornou-se comum na vida de muitas idosas a partir dos 65 anos de idade.

Destacando os dois principais fatores causais de quedas em idosas, o presente estudo verificou que a medida em que o individuo envelhece, ocorre algumas alterações no sistema musculoesquelético, como perda de massa muscular, diminuição de força e equilíbrio, consequentemente aumentando os riscos de quedas, seja por fatores ligados a senilidade, ou mesmo pelo próprio meio que os cercam.

A fisioterapia com uma gama de técnicas, atua diretamente para melhora da autonomia dessas idosas, oferecendo através da cinesioterapia ou exercícios terapêuticos, ganho de força, equilíbrio, flexibilidade, bem estar, melhora da respiração e consciência corporal, se colocando como um grande aliado à saúde funcional da pessoa idosa.

Ressalta-se, que independente da idade, a idosa poderá apresentar ganhos funcionais com a prática de protocolos de exercícios, desde que haja um acompanhamento de um profissional fisioterapeuta, em consonância com a família ou equipe de saúde, e sendo observadas quaisquer outras limitações físicas e metabólicas que poderão afetar essas idosas.

2.4.2 RESULTADOS.

Após feita a análise da presente pesquisa e estudos revisados, chegou-se ao resultado de que, a queda é um fenômeno que pode acometer pessoas idosas a partir dos 65 anos pelo menos uma vez ao ano, variando em torno de 28 a 35%. (MANSO et al. 2018). Os principais fatores que ocasionam as quedas estão ligados a senilidade, como as doenças, instabilidade postural, somados a idade e ao meio ambiente inadequado, trazendo complicações a saúde das idosas. ALMEIDA et al., 2012.

A fisioterapia através de vários protocolos de exercícios terapêuticos, atua diretamente na prevenção de quedas em idosas, no aumento da força muscular, equilíbrio, propriocepção, flexibilidade, dentre outros benefícios fisiológicos que a prática regular de atividades físicas/cinesioterapêuticas promove ao sistema musculoesquelético (Oliveira et al.2017).

Com base nesses resultados é possível afirmar, que as quedas em pessoas idosas principalmente do sexo feminino podem ser evitadas, associando-se as práticas de cinesioterapia supervisionada pelo fisioterapeuta, em consonância com os cuidados das equipes de saúde e das famílias, sempre atentas aos fatores intrínsecos e extrínsecos que as predispõem. Tomicki et al 2016.

3. CONCLUSÃO

À vista disso, pode-se observar neste trabalho, que com base na literatura pesquisada e juntamente com os resultados obtidos, é possível concluir, que a utilização da cinesioterapia ativa por meio de implantação de programas de exercícios físicos, tem se mostrado uma importante alternativa tanto para prevenção da redução de variáveis fisiológicas e patológicas do envelhecimento, quanto para prevenção dos principais fatores de risco associados à causas de quedas em idosas, quebrando o ciclo vicioso e consequentemente promovendo melhoras de coordenação, equilíbrio, propriocepção, flexibilidade, funcionalidade, resistência, força muscular e promoção da qualidade de vida, bem-estar físico e mental.

Desta forma, espera-se que este estudo possa contribuir tanto para instigar a ampliação de políticas públicas voltadas para a prevenção e enfrentamento das ocorrências de quedas em idosas, quanto para despertar a atenção e interesse da sociedade sobre o assunto, com o intuito de minimizar a repercussão deste referido evento.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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