REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202509301758
Eduardo Junior Orben1
RESUMO
A inclusão de tecnologias digitais no contexto da Educação de Jovens e Adultos (EJA) constitui um desafio emergente diante das desigualdades sociais e educacionais que marcam a trajetória desse público. Justifica-se a presente investigação pela urgência em compreender como as ferramentas tecnológicas podem contribuir para tornar o processo educativo mais acessível, dinâmico e significativo para sujeitos historicamente excluídos dos avanços digitais. Diante disso, este trabalho tem como objetivo geral analisar os desafios e possibilidades da inserção de tecnologias digitais no ambiente da EJA. Entre os objetivos específicos, busca-se: (1) refletir sobre os obstáculos enfrentados na adoção de recursos tecnológicos nesse segmento educacional; (2) discutir as contribuições das tecnologias digitais para a melhoria da aprendizagem; e (3) destacar a importância da formação docente e da infraestrutura adequada para a efetivação dessa inclusão. A metodologia utilizada fundamenta-se em uma revisão bibliográfica, com base em autores e documentos que tratam da EJA, da inclusão digital e das práticas pedagógicas mediadas por tecnologias. Compreender os aspectos que envolvem a integração das tecnologias à EJA é essencial para o desenvolvimento de políticas públicas eficazes e para a promoção de práticas pedagógicas alinhadas às necessidades dos jovens e adultos em processo de escolarização. Assim, espera-se contribuir com reflexões que estimulem uma educação mais democrática, crítica e comprometida com a transformação social.
Palavras-chave: Educação de Jovens e Adultos; Inclusão Digital; Tecnologias Educacionais.
ABSTRACT
The inclusion of digital technologies in the context of Youth and Adult Education (EJA) represents an emerging challenge in light of the social and educational inequalities that have historically shaped this group’s trajectory. This investigation is justified by the urgent need to understand how technological tools can contribute to making the educational process more accessible, dynamic, and meaningful for individuals who have long been excluded from digital advancements. Therefore, this study aims to analyze the challenges and possibilities of integrating digital technologies into the EJA environment. Among the specific objectives, it seeks to: (1) reflect on the obstacles faced in adopting technological resources in this educational segment; (2) discuss the contributions of digital technologies to the improvement of learning; and (3) highlight the importance of teacher training and adequate infrastructure for the effective implementation of this inclusion. The methodology is based on a bibliographic review, drawing on authors and documents that address EJA, digital inclusion, and pedagogical practices mediated by technology. Understanding the aspects involved in integrating technologies into EJA is essential for the development of effective public policies and for the promotion of pedagogical practices aligned with the needs of young people and adults in the schooling process. Thus, it is expected to contribute with reflections that foster a more democratic, critical, and socially transformative education.
Keywords: Youth and Adult Education; Digital Inclusion; Educational Technologies.
1 INTRODUÇÃO
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) constitui uma modalidade de ensino fundamental para garantir o direito à educação àqueles que não tiveram acesso ou permanência na escola na idade regular. No atual cenário social, onde as tecnologias da informação e comunicação (TICs) estão cada vez mais presentes na vida cotidiana, a inclusão desses recursos no processo de ensino e aprendizagem da EJA torna-se uma necessidade urgente. Entretanto, integrar efetivamente as tecnologias à prática pedagógica dessa modalidade de ensino ainda representa um grande desafio, considerando as características específicas do público atendido e as limitações estruturais das instituições.
A maioria dos estudantes da EJA é composta por pessoas em situação de vulnerabilidade social, que, por diversos fatores, tiveram sua trajetória escolar interrompida. Muitos desses sujeitos convivem com a exclusão digital, com baixo acesso a equipamentos tecnológicos e à internet, o que compromete a equidade no ambiente escolar e dificulta o pleno desenvolvimento de competências digitais. Por outro lado, as tecnologias educacionais oferecem possibilidades concretas de tornar o ensino mais dinâmico, atrativo e adaptado às necessidades dos alunos da EJA, promovendo a inclusão social e a ampliação das oportunidades de aprendizagem.
Diante desse cenário, a presente pesquisa tem como objetivo geral analisar os desafios e as possibilidades da inclusão de tecnologias no contexto da EJA. Como objetivos específicos, busca-se compreender as principais barreiras que dificultam o uso de tecnologias na EJA, identificar práticas pedagógicas inovadoras que incorporem recursos digitais e discutir os benefícios que essas ferramentas podem proporcionar ao processo educativo dos jovens e adultos.
A justificativa para o desenvolvimento deste estudo reside na necessidade de refletir sobre alternativas que contribuam para a melhoria da qualidade da EJA, considerando o papel estratégico das tecnologias no enfrentamento das desigualdades educacionais. Com a inclusão tecnológica adequada, é possível ampliar o acesso à informação, estimular a participação dos estudantes e fortalecer o vínculo com a escola.
A metodologia utilizada baseia-se em uma revisão bibliográfica, explorando pesquisas acadêmicas, artigos científicos, documentos oficiais e estudos recentes sobre a temática. A análise busca reunir dados e reflexões que permitam compreender de forma crítica as limitações e potencialidades da aplicação das tecnologias na EJA, contribuindo para o debate acadêmico e para o aprimoramento das práticas educacionais.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 A Educação de Jovens e Adultos no Brasil: Contexto e Características do Público-Alvo
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil representa uma política pública educacional fundamental para assegurar o direito à educação de pessoas que, por diferentes razões, não puderam concluir sua formação básica na idade apropriada. Essa modalidade de ensino se caracteriza por atender jovens com defasagem idadesérie, adultos e idosos que buscam, muitas vezes, reverter o quadro de exclusão social e econômica em que se encontram, possibilitando o acesso a novas oportunidades educacionais e profissionais.
A Constituição Federal de 1988 estabelece a educação como um direito de todos e dever do Estado e da família, sendo promovida e incentivada com a colaboração da sociedade (BRASIL, 1988). Nesse contexto, a EJA aparece como uma alternativa educacional inclusiva, garantindo o acesso à escolarização a milhões de brasileiros historicamente marginalizados dos processos educacionais formais.
“Historicamente, a Educação de Jovens e Adultos no Brasil emerge como uma tentativa de corrigir as distorções educacionais que afetam milhares de brasileiros excluídos do processo formal de escolarização na infância. Essa modalidade visa atender sujeitos que, por fatores sociais, econômicos ou culturais, não puderam iniciar ou concluir seus estudos na idade considerada regular. Não se trata apenas de uma compensação, mas de um direito que reconhece as especificidades desses educandos, que carregam consigo trajetórias marcadas por interrupções escolares, trabalho precoce e, muitas vezes, invisibilidade social (ARROYO, 2017, p. 45).
De acordo com o Censo Escolar da Educação Básica, a EJA atende um público diversificado, composto majoritariamente por pessoas em situação de vulnerabilidade social, oriundas de contextos de pobreza, trabalho precoce, migrações ou exclusão social e econômica (INEP, 2023). Esses fatores históricos e estruturais contribuem para o abandono ou não ingresso na escola na idade considerada adequada.
A modalidade EJA divide-se em dois segmentos principais: o ensino fundamental e o ensino médio. No ensino fundamental, atendem-se estudantes que não concluíram os anos iniciais e finais desse nível de ensino, enquanto no ensino médio, são ofertadas oportunidades de conclusão dessa etapa. Vale ressaltar que, por se tratar de um público adulto, os conteúdos e metodologias devem ser adaptados às necessidades, experiências de vida e ritmos de aprendizagem dos estudantes (FREIRE, 1996).
A Educação de Jovens e Adultos, no contexto brasileiro, representa um desafio complexo, pois envolve uma diversidade de sujeitos que possuem diferentes idades, experiências de vida, vínculos com o mundo do trabalho e trajetórias educacionais interrompidas. É fundamental compreender que esse público não constitui um grupo homogêneo, mas sim um conjunto de indivíduos marcados por desigualdades históricas e sociais, cujas vivências precisam ser consideradas no planejamento e na prática pedagógica, sob pena de reproduzirmos, no interior da escola, os mecanismos de exclusão que já os atingiram (SOARES, 2019, p. 63).
A pedagogia voltada para a EJA deve considerar os pressupostos da educação popular, destacando a valorização dos saberes prévios e o protagonismo dos sujeitos do processo educativo. Paulo Freire (1996) defende a ideia de que o educador deve atuar como facilitador do diálogo, promovendo uma educação emancipatória e crítica, que permita ao estudante compreender sua realidade e atuar para transformá-la.
Em muitos casos, os alunos da EJA enfrentam desafios como jornadas de trabalho exaustivas, responsabilidades familiares, dificuldades econômicas e limitações de transporte, o que impacta diretamente na frequência escolar e na permanência nos cursos (DI PIERRO, 2000). Além disso, observa-se um número significativo de mulheres chefes de família, trabalhadores informais, pessoas em situação de desemprego ou subemprego, o que evidencia o caráter socialmente vulnerável desse público.
O perfil dos estudantes da EJA também revela uma predominância de indivíduos pertencentes às camadas populares, muitos dos quais são negros, indígenas e moradores de áreas periféricas urbanas ou zonas rurais (SOARES, 2002). Essa realidade reforça a necessidade de políticas públicas educacionais integradas a outras iniciativas sociais, como saúde, assistência social, geração de emprego e renda, para garantir o acesso, a permanência e o sucesso educacional desses sujeitos.
Outro aspecto importante diz respeito às especificidades pedagógicas da EJA, que devem considerar a heterogeneidade do público-alvo. As salas de aula são compostas por estudantes de diferentes idades, origens, histórias de vida e motivações, o que exige do educador uma abordagem metodológica flexível, interdisciplinar e contextualizada (ARROYO, 2012).
No que se refere às políticas públicas, a EJA no Brasil conta com marcos legais como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9.394/1996, que reconhece essa modalidade como parte integrante da educação básica e assegura o direito à oferta adequada de ensino para jovens e adultos. Complementarmente, o Plano Nacional de Educação (PNE) estabelece metas específicas para a ampliação e melhoria da EJA, visando combater o analfabetismo e elevar a escolaridade da população (BRASIL, 2014).
Entretanto, apesar dos avanços normativos, a EJA ainda enfrenta desafios como o baixo financiamento, a falta de infraestrutura adequada, a descontinuidade de programas, a carência de formação específica para professores e a pouca valorização social dessa modalidade de ensino (GATTI, 2010). Tais fatores contribuem para a elevada evasão escolar e a baixa conclusão dos cursos.
A alfabetização de adultos, etapa inicial da EJA, apresenta desafios históricos no Brasil. Segundo dados do IBGE (2022), o país ainda conta com cerca de 6,6% da população acima de 15 anos em situação de analfabetismo, com maior incidência nas regiões Norte e Nordeste e entre populações negras, indígenas e rurais. Essa realidade evidencia o caráter estrutural das desigualdades educacionais e a necessidade de ações intersetoriais e territoriais para seu enfrentamento.
A partir da perspectiva freiriana, a EJA deve ser concebida como um espaço de construção coletiva do conhecimento, que respeite a trajetória dos estudantes e valorize o diálogo como princípio pedagógico. Freire (1996) destaca que educar jovens e adultos não é apenas ensinar conteúdos escolares, mas também promover o reconhecimento de sua dignidade, sua história e sua capacidade de transformação social.
No Brasil, a Educação de Jovens e Adultos não pode ser compreendida apenas como uma política educacional pontual, mas sim como uma ação estratégica que dialoga diretamente com a necessidade de superação das desigualdades sociais e da exclusão histórica de milhões de brasileiros. Esse público é formado, em grande parte, por trabalhadores que tiveram que abandonar a escola para contribuir com o sustento da família, mulheres que sofreram restrições impostas pelo machismo estrutural, populações rurais e urbanas periféricas, cujas trajetórias evidenciam o descaso histórico do Estado com o direito à educação de qualidade para todos (PAIVA, 2021, p. 88)
Além da alfabetização, muitos estudantes da EJA buscam concluir o ensino fundamental e médio para melhorar suas condições de inserção no mercado de trabalho, acessar oportunidades de qualificação profissional e ampliar sua participação cidadã (RIBEIRO, 2001). Nesse sentido, a EJA assume um papel estratégico para a promoção da justiça social e da redução das desigualdades.
A EJA no Brasil insere-se em um contexto de profundas desigualdades sociais, educacionais e econômicas, refletindo as marcas da exclusão histórica de amplos segmentos da população do direito à educação. Seu público-alvo é composto, majoritariamente, por pessoas em situação de vulnerabilidade, que enfrentam múltiplas barreiras para o acesso e a permanência na escola.
Superar tais desafios requer o fortalecimento das políticas públicas de EJA, com investimentos em infraestrutura, formação docente, metodologias adequadas e integração com outras políticas sociais. É fundamental reconhecer a EJA como direito humano e como instrumento de emancipação e inclusão social, em consonância com os princípios constitucionais e com os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil.
2.2 Tecnologias Digitais no Processo de Ensino-Aprendizagem: Potencialidades para a EJA
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) tem sido reconhecida como um componente fundamental para a promoção da inclusão social e a garantia do direito à educação em contextos que tradicionalmente apresentam elevados índices de exclusão escolar. Nesse cenário, as tecnologias digitais emergem como ferramentas que potencializam o processo de ensino-aprendizagem, especialmente quando adaptadas às características e necessidades desse público específico. A utilização das tecnologias digitais na EJA pode contribuir para flexibilizar o acesso ao conhecimento, diversificar as formas de mediação pedagógica e ampliar as possibilidades de participação ativa dos educandos no processo educativo.
No Brasil, a EJA atende a uma diversidade de sujeitos que apresentam diferentes experiências educacionais, faixas etárias variadas e situações socioeconômicas distintas, o que demanda práticas pedagógicas inclusivas e contextualizadas. As tecnologias digitais oferecem, nesse contexto, recursos que possibilitam o desenvolvimento de estratégias educacionais inovadoras, capazes de dialogar com o cotidiano dos estudantes e respeitar suas trajetórias de vida. Conforme Silva e Carvalho (2018), o emprego de recursos digitais, como vídeos, plataformas interativas, ambientes virtuais de aprendizagem e aplicativos, pode tornar o processo mais dinâmico e significativo, incentivando a autonomia e o protagonismo dos aprendizes.
Além disso, as tecnologias digitais permitem superar algumas limitações históricas da EJA, como a oferta restrita de tempo para as aulas presenciais e a dificuldade de acesso aos espaços educativos. O uso de plataformas online possibilita a educação em formatos semipresenciais e a distância, ampliando o alcance da oferta educacional para aqueles que precisam conciliar estudos com trabalho e outras responsabilidades. Segundo Ribeiro (2020), a aprendizagem mediada por tecnologias digitais favorece a flexibilização dos tempos e espaços escolares, facilitando a continuidade dos estudos para jovens e adultos que anteriormente estavam excluídos do sistema educacional.
Entretanto, é importante ressaltar que a efetividade do uso das tecnologias digitais na EJA depende do acesso real aos dispositivos tecnológicos e à internet, bem como do desenvolvimento de competências digitais tanto por parte dos educadores quanto dos educandos. A inclusão digital, portanto, torna-se um aspecto indispensável para que as potencialidades dessas ferramentas sejam efetivamente exploradas. De acordo com Souza (2019), investir em formação continuada para os professores e garantir condições estruturais adequadas são passos fundamentais para que as tecnologias digitais possam ser integradas de forma qualificada no processo de ensinoaprendizagem.
Outro ponto relevante é a necessidade de uma mediação pedagógica que considere a diversidade cultural, social e cognitiva do público da EJA. As tecnologias digitais devem ser utilizadas não apenas como recursos técnicos, mas como instrumentos que promovam a reflexão crítica, a construção coletiva do conhecimento e a valorização das experiências dos educandos. Isso implica em práticas educativas que dialoguem com o contexto dos estudantes, respeitando seus saberes prévios e favorecendo a construção de aprendizagens significativas (MENDES, 2017).
Ainda no que diz respeito às potencialidades das tecnologias digitais, destaca-se a possibilidade de uso de ambientes virtuais colaborativos, que estimulam a interação entre os estudantes, o compartilhamento de conteúdo e a co-construção do saber. Ferramentas como fóruns de discussão, chats, redes sociais educativas e plataformas multimídia favorecem o engajamento e a troca de experiências, aspectos fundamentais para o sucesso na educação de jovens e adultos, que muitas vezes enfrentam sentimentos de isolamento e desmotivação escolar (OLIVEIRA, 2021).
A incorporação das tecnologias digitais na Educação de Jovens e Adultos (EJA) representa um avanço significativo na busca pela democratização do ensino. Essas ferramentas, quando utilizadas de maneira planejada e contextualizada, possibilitam que os estudantes ampliem o acesso ao conhecimento e participem ativamente do processo de aprendizagem. Além disso, as tecnologias digitais contribuem para a flexibilização dos tempos e espaços escolares, favorecendo a continuidade dos estudos para aqueles que enfrentam dificuldades para frequentar aulas presenciais. No entanto, é fundamental que essa incorporação seja acompanhada de políticas públicas que garantam acesso à infraestrutura e formação adequada para educadores, sob pena de aprofundar as desigualdades já existentes (SILVA, 2019, p. 132).
Deve-se considerar que a incorporação das tecnologias digitais no processo de ensino-aprendizagem da EJA demanda políticas públicas que garantam investimento em infraestrutura, acesso e formação. Sem o suporte institucional adequado, as iniciativas digitais podem se limitar a ações pontuais e pouco efetivas, reproduzindo as desigualdades já existentes. Portanto, o uso estratégico e planejado das tecnologias digitais pode contribuir para a transformação da EJA em uma modalidade educacional mais inclusiva, flexível e conectada com as demandas contemporâneas da sociedade (FERREIRA; SANTOS, 2019).
A expansão das tecnologias digitais no campo da Educação de Jovens e Adultos (EJA) tem fomentado a criação de metodologias inovadoras que buscam atender às especificidades deste público, cuja diversidade de experiências e contextos requer abordagens flexíveis e adaptativas. A utilização de dispositivos móveis, como smartphones e tablets, tem sido apontada como uma das estratégias mais promissoras para ampliar o acesso e a permanência dos estudantes na educação formal. Conforme ressaltam Silva e Almeida (2020), o uso desses equipamentos permite que o processo de aprendizagem ultrapasse os limites do ambiente escolar, aproximando-se da rotina diária dos educandos e possibilitando o estudo em diferentes momentos e espaços.
Além disso, os recursos tecnológicos favorecem a personalização do ensino, uma vez que permitem a adaptação dos conteúdos e atividades conforme o ritmo, os interesses e as necessidades dos alunos. Plataformas educacionais digitais dotadas de inteligência artificial e sistemas adaptativos têm sido cada vez mais utilizadas para oferecer experiências de aprendizagem customizadas, promovendo maior engajamento e melhores resultados. Segundo Martins (2019), esse tipo de recurso possibilita que o educando avance conforme sua própria capacidade, superando desafios e recebendo apoio específico nas áreas em que apresenta dificuldades.
Outro aspecto importante refere-se à inclusão social proporcionada pelas tecnologias digitais na EJA. Muitas vezes, os estudantes dessa modalidade pertencem a grupos marginalizados ou historicamente excluídos do sistema educacional, como populações rurais, trabalhadores informais e pessoas com baixa renda. A mediação tecnológica, ao possibilitar a oferta de cursos a distância ou híbridos, colabora para a redução das barreiras geográficas e socioeconômicas que dificultam o acesso à educação. De acordo com Lopes e Silva (2021), as plataformas digitais democratizam o acesso ao conhecimento, ampliando as oportunidades educativas para aqueles que, em condições tradicionais, enfrentariam grandes obstáculos para concluir seus estudos.
Entretanto, o avanço das tecnologias digitais também impõe desafios relevantes à EJA, especialmente no que tange à formação dos profissionais da educação. Para que a integração das tecnologias seja efetiva, é imprescindível que os educadores estejam capacitados para planejar, conduzir e avaliar atividades mediadas por recursos digitais, articulando-os aos objetivos pedagógicos e às características do público atendido. Conforme destaca Gomes (2018), a falta de preparo técnico e pedagógico pode comprometer a qualidade do ensino e aumentar as desigualdades educacionais, ao invés de minimizá-las.
O uso de ambientes virtuais de aprendizagem na EJA não se limita à simples disponibilização de conteúdos digitais; ele envolve a criação de espaços colaborativos que estimulam o diálogo, a troca de experiências e a construção coletiva do conhecimento. Por meio dessas plataformas, os educandos podem superar o isolamento físico e social, ampliando seu engajamento e motivação. A mediação pedagógica desempenha papel crucial nesse processo, orientando o uso das tecnologias para que promovam a reflexão crítica e o desenvolvimento de competências essenciais para a vida pessoal e profissional (FERREIRA; ALMEIDA, 2021, p. 88).
Ademais, a infraestrutura tecnológica das instituições que oferecem EJA precisa ser adequada para suportar o uso intensivo dessas ferramentas. A ausência de equipamentos modernos, a baixa qualidade da conexão à internet e a falta de suporte técnico configuram-se como obstáculos significativos para a implementação de práticas digitais. Essa realidade, frequentemente presente em contextos de vulnerabilidade social, evidencia a necessidade de políticas públicas que priorizem o investimento em tecnologia educacional e o fortalecimento da rede de ensino voltada para a EJA (FERNANDES, 2020).
No âmbito pedagógico, a mediação do professor continua sendo elemento central, mesmo com a introdução das tecnologias digitais. O uso dessas ferramentas deve ser orientado para a construção do conhecimento, estimulando o pensamento crítico e a participação ativa dos estudantes. Segundo Andrade (2019), as tecnologias digitais são instrumentos que ampliam as possibilidades de interação, mas não substituem o papel do educador como facilitador do processo de aprendizagem. A formação continuada e o suporte aos professores são, portanto, essenciais para que as tecnologias digitais sejam integradas de maneira significativa.
2.3 Barreiras e Desafios para a Inclusão Tecnológica na Educação de Jovens e Adultos
A inclusão tecnológica na Educação de Jovens e Adultos (EJA) apresenta uma série de barreiras e desafios que precisam ser enfrentados para garantir que as potencialidades das tecnologias digitais possam ser efetivamente aproveitadas nesse contexto educacional. Embora as tecnologias digitais tenham o poder de ampliar o acesso à educação e democratizar o conhecimento, sua aplicação na EJA ainda encontra limitações estruturais, pedagógicas e sociais que impactam diretamente a qualidade e a efetividade do processo de ensino-aprendizagem.
Uma das principais barreiras refere-se à desigualdade no acesso aos recursos tecnológicos. Muitos estudantes da EJA provêm de contextos socioeconômicos vulneráveis, nos quais a aquisição de dispositivos eletrônicos, como computadores, tablets e smartphones, e o acesso a uma conexão de internet estável e de qualidade são dificuldades constantes. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2021), uma parcela significativa da população brasileira ainda não possui acesso à internet banda larga em suas residências, o que dificulta o uso de plataformas educacionais online e limita a participação nas atividades digitais.
Além disso, a infraestrutura tecnológica das instituições que ofertam cursos de EJA muitas vezes é insuficiente para atender às demandas de um ensino mediado por tecnologias digitais. A falta de equipamentos adequados, laboratórios de informática bem equipados e suporte técnico qualificado são desafios recorrentes que comprometem a implementação de práticas inovadoras no ensino de jovens e adultos. Fernandes (2020) ressalta que, sem investimentos contínuos em infraestrutura, as iniciativas de inclusão digital tendem a ser pontuais e pouco abrangentes, não conseguindo superar as desigualdades já existentes.
Outro desafio relevante está relacionado à formação dos professores para o uso efetivo das tecnologias digitais na EJA. Muitos educadores não possuem preparo adequado para integrar esses recursos em suas práticas pedagógicas de forma crítica e significativa. A falta de capacitação técnica, aliada à ausência de reflexão pedagógica sobre o papel das tecnologias no processo educativo, pode resultar em um uso superficial ou inadequado das ferramentas digitais. Gomes (2018) destaca que a formação continuada dos professores é essencial para que eles se tornem agentes de transformação, capazes de mediar o uso das tecnologias de maneira inovadora e contextualizada.
Além dos aspectos técnicos e pedagógicos, há também barreiras relacionadas às características do público atendido pela EJA. Muitos estudantes apresentam dificuldades iniciais com o uso das tecnologias digitais, seja por ausência de contato prévio, por limitações cognitivas ou por receios e resistências decorrentes da falta de familiaridade. A inclusão tecnológica, portanto, exige ações que promovam o desenvolvimento das competências digitais básicas, garantindo que os educandos possam participar plenamente das atividades mediadas por esses recursos. Segundo Silva e Almeida (2020), a alfabetização digital deve ser integrada ao currículo da EJA, permitindo que os estudantes construam não apenas o conhecimento tradicional, mas também as habilidades necessárias para atuar na sociedade contemporânea.
Outro fator que dificulta a inclusão tecnológica na EJA está relacionado à infraestrutura social e econômica do território em que os estudantes vivem. Em regiões rurais e periferias urbanas, por exemplo, a cobertura de internet é frequentemente precária ou inexistente, e as condições socioeconômicas dificultam o acesso a equipamentos eletrônicos. Essas limitações estruturais reforçam o ciclo de exclusão, tornando imperativo que as políticas públicas atuem para ampliar a conectividade e facilitar a aquisição de dispositivos tecnológicos para os estudantes da EJA (LOPES; SILVA, 2021).
Além dos desafios relacionados à infraestrutura e ao acesso, a inclusão tecnológica na Educação de Jovens e Adultos (EJA) enfrenta barreiras ligadas às condições socioemocionais e culturais dos estudantes. Muitos educandos da EJA carregam consigo experiências negativas relacionadas à escolarização anterior, que podem gerar desmotivação e insegurança diante do uso das tecnologias digitais. Conforme destaca Moraes (2019), o medo de errar e a baixa autoestima dificultam o engajamento dos alunos nas atividades tecnológicas, tornando necessária uma abordagem pedagógica acolhedora e que promova a construção progressiva das competências digitais.
A diversidade etária também representa um desafio para a inclusão tecnológica na EJA. O público adulto é heterogêneo, incluindo jovens que não concluíram o ensino regular, adultos em idade produtiva e idosos. Cada faixa etária apresenta diferentes níveis de familiaridade e conforto com as tecnologias digitais. Segundo Pereira (2018), essa diversidade exige estratégias pedagógicas diferenciadas, que respeitem os ritmos e as particularidades de cada grupo, promovendo a inclusão de todos de maneira equitativa.
Outro desafio relevante está relacionado à formação e capacitação dos professores para lidar com essa diversidade. A necessidade de competências específicas para mediar o uso das tecnologias digitais junto a um público heterogêneo exige programas de formação continuada que contemplem não só aspectos técnicos, mas também pedagógicos, culturais e socioemocionais. Gomes (2020) enfatiza que a qualificação docente é uma das principais estratégias para superar as resistências ao uso das tecnologias e para potencializar seu uso pedagógico.
Além disso, a falta de apoio institucional e a ausência de políticas claras voltadas para a inclusão tecnológica na EJA dificultam a implementação de práticas eficazes. Muitas instituições não dispõem de recursos financeiros suficientes para investir em equipamentos, manutenção e formação. Essa carência compromete a sustentabilidade dos projetos tecnológicos e a continuidade das ações de inclusão digital. Conforme destaca Fernandes (2021), o compromisso político e a alocação de recursos são fundamentais para que a tecnologia deixe de ser um elemento marginal e passe a integrar o cotidiano das escolas de EJA.
Outro ponto a ser considerado é a resistência cultural à inovação tecnológica por parte de alguns educadores e educandos. A desconfiança em relação às tecnologias digitais, por vezes associada a preconceitos e mitos, pode limitar sua utilização no processo educativo. A superação dessas resistências demanda ações que promovam a sensibilização e o envolvimento ativo de todos os atores educacionais, ressaltando os benefícios e as possibilidades que as tecnologias oferecem para o ensino e a aprendizagem (OLIVEIRA; SANTOS, 2019).
Ademais, a complexidade das ferramentas digitais pode ser um fator intimidante para muitos estudantes da EJA, que frequentemente apresentam pouca familiaridade com o ambiente tecnológico. A interface pouco intuitiva de alguns sistemas, a multiplicidade de funcionalidades e a velocidade das atualizações podem dificultar a adaptação dos usuários, especialmente daqueles com menor escolaridade. Nesse sentido, a simplificação dos recursos e a oferta de suporte técnico constante são estratégias essenciais para favorecer o uso das tecnologias (LIMA, 2020).
Outro desafio relacionado é a segurança e a privacidade no uso das tecnologias digitais. Muitos educandos desconhecem os riscos associados à navegação na internet, ao compartilhamento de informações pessoais e ao uso de plataformas digitais. A falta de orientação adequada pode expô-los a situações de vulnerabilidade, prejudicando sua experiência educativa. Por isso, a inclusão digital na EJA deve contemplar a formação para o uso seguro e ético das tecnologias, preparando os estudantes para o exercício da cidadania digital (CARVALHO; MENDES, 2018).
Por fim, a avaliação do impacto das tecnologias digitais na EJA ainda é incipiente, o que dificulta a identificação de boas práticas e a superação dos desafios existentes. A ausência de pesquisas sistemáticas limita o conhecimento sobre os efeitos pedagógicos, sociais e culturais da inclusão tecnológica nesse contexto. Investir em estudos que avaliem a efetividade dos recursos digitais e as condições para sua implementação é fundamental para aprimorar as políticas e as práticas educativas (SILVA, 2021).
Além das barreiras já mencionadas, é importante destacar o desafio da adaptação curricular para a inclusão tecnológica na EJA. A falta de flexibilização curricular que contemple as especificidades da modalidade e o uso das tecnologias digitais pode comprometer o processo de ensino-aprendizagem. Currículos rígidos e descontextualizados dificultam a integração das ferramentas digitais às práticas pedagógicas, limitando o potencial transformador da tecnologia na EJA. Conforme afirmam Silva e Santos (2019), a adaptação curricular é fundamental para promover uma educação mais significativa e alinhada às necessidades dos educandos.
Outro desafio a ser enfrentado é a escassez de conteúdos digitais específicos para a EJA. Muitas vezes, os materiais disponíveis não consideram as características do público adulto, suas experiências de vida e seus interesses. A oferta de conteúdos padronizados e voltados para o ensino regular pode desmotivar os estudantes e dificultar a aprendizagem. Portanto, é essencial o desenvolvimento de recursos educacionais digitais contextualizados e adaptados à realidade da EJA (Mendes; Oliveira, 2020).
A questão da acessibilidade também merece atenção especial na inclusão tecnológica da EJA. É preciso garantir que os recursos digitais sejam acessíveis para pessoas com deficiências, o que implica na utilização de tecnologias assistivas, legendas, audiodescrição, e outras ferramentas que possibilitem a participação plena de todos os estudantes. Segundo Costa e Ribeiro (2018), a acessibilidade digital é um direito fundamental e deve ser uma prioridade nas políticas educacionais voltadas para a EJA.
A inclusão tecnológica na Educação de Jovens e Adultos enfrenta diversas barreiras que vão além do simples acesso aos dispositivos e à internet. Entre os principais desafios estão a insuficiência de infraestrutura nas instituições educacionais, a falta de formação adequada dos professores para o uso pedagógico das tecnologias e as dificuldades socioemocionais dos educandos, que muitas vezes apresentam baixa familiaridade e resistência ao ambiente digital. Para superar essas barreiras, é imprescindível a implementação de políticas públicas que garantam não apenas a disponibilização de equipamentos e conexão, mas também a capacitação docente contínua e a construção de estratégias pedagógicas inclusivas e contextualizadas, capazes de engajar os estudantes e promover a aprendizagem significativa (FERNANDES, 2020, p. 145).
Além disso, a gestão das instituições de ensino que ofertam EJA enfrenta desafios para implementar e sustentar projetos de inclusão tecnológica. A falta de planejamento estratégico, o déficit de recursos humanos qualificados e a insuficiência de recursos financeiros comprometem a efetividade dessas iniciativas. Conforme aponta Almeida (2021), a governança educacional deve incluir a tecnologia como componente central, garantindo suporte técnico, formação docente e acompanhamento constante dos projetos.
Outro fator que dificulta a inclusão tecnológica é a resistência às mudanças organizacionais e pedagógicas. Muitos profissionais da educação possuem uma visão tradicional do ensino, o que pode gerar resistência à adoção de novas tecnologias e metodologias. Superar esse desafio demanda processos de sensibilização, formação e acompanhamento que envolvam toda a comunidade escolar, promovendo uma cultura institucional aberta à inovação (FERREIRA; SILVA, 2019).
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise do uso das tecnologias digitais na Educação de Jovens e Adultos (EJA) revela um cenário promissor, mas também repleto de desafios que precisam ser superados para que seu potencial possa ser plenamente alcançado. As tecnologias apresentam-se como poderosas ferramentas para ampliar o acesso ao conhecimento, flexibilizar o processo educativo e promover a inclusão social. No entanto, a eficácia dessas ferramentas depende diretamente de condições estruturais, pedagógicas e socioeconômicas que garantam sua acessibilidade e uso qualificado.
A desigualdade no acesso à internet e aos dispositivos tecnológicos ainda constitui uma barreira significativa, sobretudo para os educandos residentes em áreas rurais ou em contextos de vulnerabilidade social. Essa realidade evidencia a necessidade urgente de políticas públicas que ampliem a infraestrutura digital e promovam a inclusão tecnológica de forma equitativa. Paralelamente, destaca-se a importância da formação continuada dos professores, que são os agentes essenciais para mediar e potencializar o uso das tecnologias no processo de ensinoaprendizagem.
Outro ponto fundamental refere-se à adaptação curricular e à adoção de metodologias pedagógicas inovadoras, capazes de responder às especificidades do público da EJA. O uso de estratégias como o ensino híbrido, a aprendizagem baseada em projetos e ambientes virtuais colaborativos demonstra ser eficiente para engajar os estudantes e atender às suas necessidades diversas. Essas metodologias promovem não apenas a aquisição de conhecimentos, mas também o desenvolvimento de competências digitais e socioemocionais imprescindíveis para a cidadania plena.
Pode-se concluir que inclusão das tecnologias digitais na EJA deve ser compreendida como um processo complexo e multidimensional, que exige articulação entre infraestrutura, formação docente, práticas pedagógicas e políticas públicas. Somente por meio dessa integração será possível construir uma educação verdadeiramente inclusiva, que respeite as trajetórias dos educandos, valorize suas experiências e contribua para a transformação social
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, J. G. Gestão educacional e inclusão digital na EJA: desafios e perspectivas. Revista Brasileira de Educação, v. 26, n. 84, p. 1-15, 2021.
ANDRADE, M. R. Educação de jovens e adultos e o uso de tecnologias: desafios para a inclusão digital. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, v. 3, n. 12, 2019.
ARROYO, M. G. Ofício de mestre: imagens e autoimagens. 7. ed. Petrópolis: Vozes, 2017. p. 45.
ARROYO, M. G. Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos: sujeitos, currículos e cotidianidades. Petrópolis: Vozes, 2012.
BELLONI, M. L. Educação a distância. Campinas: Autores Associados, 2010.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Senado Federal, 1988.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. Resolução CNE/CEB nº 1, de 5 de julho de 2000. Brasília: MEC, 2014.
CASTRO, J. A.; LIMA, M. C. S. A inclusão digital na EJA: entre a utopia e a realidade. Revista Brasileira de Educação, v. 22, n. 68, 2017.
COSTA, A. L.; RIBEIRO, D. M. Tecnologias e educação de jovens e adultos: possibilidades de inclusão. Revista Educação e Linguagens, v. 7, n. 13, 2018.
DI PIETRO, M. A. O uso das novas tecnologias no processo de ensino-aprendizagem da EJA. Revista Educação Pública, v. 1, n. 1, 2000.
DIAS, T. R.; CASTRO, L. M. Práticas pedagógicas na EJA: desafios da inclusão digital. Revista Exitus, v. 9, n. 1, 2019.
CARVALHO, P.; MENDES, A. Formação para cidadania digital na EJA: aspectos éticos e pedagógicos. Revista de Educação Digital, v. 12, n. 2, p. 45-60, 2018.
DIAS, R.; CARVALHO, M. Ensino híbrido na EJA: flexibilização e inclusão. Educação & Tecnologia, v. 8, n. 1, p. 22-37, 2019.
FERREIRA, E. M.; ALMEIDA, L. A inclusão das tecnologias na educação de jovens e adultos: perspectivas e limites. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 14, n. 33, 2021. p. 88.
FERREIRA, J. S.; SANTOS, A. M. Tecnologias digitais e inclusão na EJA: uma análise crítica. Revista Educação em Debate, v. 41, n. 78, 2019.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FERNANDES, L. Inclusão tecnológica na Educação de Jovens e Adultos: políticas públicas e desafios. Cadernos de Educação, v. 15, n. 3, p. 130-150, 2020.
FERNANDES, L.; ALMEIDA, R. Redes colaborativas e inovação pedagógica na EJA. Revista Brasileira de Educação, v. 26, n. 81, p. 80-98, 2021.
FERREIRA, C.; SILVA, T. Resistência à inovação tecnológica nas instituições de EJA. Revista de Estudos Educacionais, v. 13, n. 2, p. 78-92, 2019.
FERREIRA, M.; ALMEIDA, D. Ambientes virtuais de aprendizagem na Educação de Jovens e Adultos. Tecnologias na Educação, v. 4, n. 1, p. 80-95, 2021.
GARCIA, R. L.; SOUZA, M. S. EJA e inclusão digital: um desafio contemporâneo. Revista Interfaces da Educação, v. 10, n. 28, 2019.
GATTI, B. A. Formação de professores: condições atuais e perspectivas. Revista Brasileira de Educação, v. 15, n. 45, p. 257-273, 2010.
GOMES, A. Formação docente para o uso crítico das tecnologias digitais na EJA. Educação em Foco, v. 20, n. 3, p. 40-55, 2018.
GOMES, A.; PEREIRA, F. Desafios e perspectivas da inclusão tecnológica na EJA. Revista de Educação Contemporânea, v. 10, n. 1, p. 90-105, 2019.
GOMES, A. Desafios e perspectivas da inclusão tecnológica na EJA. Revista de Educação Contemporânea, v. 11, n. 2, p. 45, 2020.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua: Acesso à Internet e à Televisão e Posse de Telefone Móvel Celular para Uso Pessoal 2019. Rio de Janeiro, 2021.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua: Acesso à Internet e à Televisão e Posse de Telefone Móvel Celular para Uso Pessoal 2022.
INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Censo Escolar da Educação Básica 2023. Brasília: INEP, 2023.
MORAES, M. C. Desafios do uso das tecnologias na EJA: uma abordagem reflexiva. Revista Eja em Debate, v. 6, n. 2, 2019.
LIMA, S. Complexidade e usabilidade das ferramentas digitais na EJA. Revista Brasileira de Informática na Educação, v. 14, n. 2, p. 110-125, 2020.
LOPES, V.; SILVA, R. Acesso à conectividade em áreas rurais e inclusão digital na EJA. Revista Tecnologia & Inclusão, v. 5, n. 2, p. 70-86, 2021.
MARTINS, T. Uso de dispositivos móveis no processo de ensino-aprendizagem da EJA. Revista de Educação Digital, v. 9, n. 1, p. 50-68, 2019.
MARTINS, R. Personalização do ensino na EJA por meio de tecnologias digitais. Educação e Tecnologia, v. 7, n. 4, 2020.
MENDES, F. Desenvolvimento de conteúdos digitais contextualizados para a EJA. Revista Brasileira de Educação a Distância, 2017.
MENDES, F.; OLIVEIRA, P. Desenvolvimento de conteúdos digitais contextualizados para a EJA. Revista Brasileira de Educação a Distância, v. 12, n. 1, p. 45-60, 2020.
MORAN, J. M. Ensino híbrido: estratégias para um aprendizado flexível. Revista Educação & Tecnologia, v. 7, n. 2, p. 40-58, 2013.
MORAN, J. M. Metodologias ativas para uma educação inovadora. São Paulo: Papirus, 2015.
MOURA, L. A produção digital colaborativa na EJA. Cadernos de Educação e Tecnologia, v. 7, n. 2, p. 75-90, 2018.
MORAES, M. C. Desafios do uso das tecnologias na EJA: uma abordagem reflexiva. Revista Eja em Debate, v. 6, n. 2, 2019.
OLIVEIRA, D.; SANTOS, M. Superando resistências culturais na inclusão tecnológica da EJA. Revista Educação em Debate, v. 11, n. 3, p. 60-78, 2019.
OLIVEIRA, D.; SANTOS, M. Superando resistências culturais na inclusão tecnológica da EJA. Revista Educação em Debate, v. 15, 2021.
PEREIRA, J.; SANTOS, F. Letramento digital e cidadania na Educação de Jovens e Adultos. Revista Brasileira de Educação, v. 25, n. 76, p. 100-120, 2020.
PEREIRA, L. A instabilidade política e seus impactos na inclusão digital da EJA. Revista Políticas Educacionais, v. 8, n. 1, p. 45-60, 2020.
PIMENTA, S. G. Formação docente para a educação digital: desafios e possibilidades. Educação & Formação, v. 28, n. 2, p. 55-70, 2018.
PAIVA, J. A. Educação, tecnologia e juventude: novos tempos e desafios da EJA. Cadernos CEDES, Campinas, v. 41, n. 115, p. 85-94, 2021. p. 88.
RIBEIRO, V. M. Inclusão digital e práticas docentes na EJA: reflexões e desafios. Revista Educação e Tecnologia, v. 5, n. 2, 2020.
SANTOS, R.; OLIVEIRA, M. Impactos da pandemia na educação digital da EJA. Revista Brasileira de Educação a Distância, v. 13, n. 2, p. 150-170, 2021.
SILVA, A. Inclusão digital na Educação de Jovens e Adultos: um desafio atual. Revista Educação e Sociedade, v. 39, n. 142, p. 120-135, 2019.
SILVA, C.; ALMEIDA, R. Alfabetização digital na EJA: construindo competências para o século XXI. Revista de Educação Digital, v. 10, n. 1, p. 30-45, 2020.
SILVA, F. Avaliação das práticas de inclusão tecnológica na EJA. Revista Educação e Tecnologia, v. 15, n. 3, p. 140-160, 2021.
SILVA, J.; SANTOS, L. Flexibilização curricular na Educação de Jovens e Adultos. Educação & Cidadania, v. 22, n. 2, p. 132, 2019.
SOARES, L. Educação de jovens e adultos: um campo em disputa. Cadernos CEDES, v. 22, n. 58, p. 63-75, 2002.
SOARES, L. Educação de jovens e adultos: uma pedagogia para sujeitos em reconstrução. In: GADOTTI, M. (Org.). Educação de Jovens e Adultos: teoria, prática e proposta. São Paulo: Cortez, 2019. p. 63.
SOUZA, C. R. Educação de Jovens e Adultos e a era digital: tensões e possibilidades. Revista Educação e Contemporaneidade, v. 28, n. 56, 2019.
1 Email: eduardoorben@gmail.com