NURSING PERFORMANCE IN THE FACE OF POSTPARTUM DEPRESSION DURING THE PUERPERIUM
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202508072158
Yasmim Lívia Gomes Gontijo1
Eliane de Jesus1
Viviane Yllena Vieira de Souza2
RESUMO
Introdução: A depressão pós-parto é um transtorno mental que se manifesta de forma intensa no período após o nascimento do bebê, sendo desencadeada por mudanças fisiológicas, físicas e emocionais vivenciadas pela mulher. Entre os sintomas mais comuns estão alterações significativas de peso (ganho ou perda), insônia, fadiga intensa e uma tristeza persistente. O enfermeiro exerce um papel essencial na prevenção e no cuidado com a mulher, oferecendo acolhimento, apoio emocional e orientações desde o pré-natal até o parto e o pós-parto. Objetivo: O presente trabalho é importante para descrever a depressão pós parto, e o papel do enfermeiro na identificação precoce dos sinais e sintomas dessa condição, bem como para a implementação de estratégias de cuidados que visem prevenir e minimizar seus impactos. Métodos: Este estudo consiste em uma revisão bibliográfica da depressão pós-parto e a atuação da enfermagem, foram utilizados estudos entre 2002 a 2025, utilizando artigos, jornais e revistas científicas. Resultado: Os principais achados foram organizados em quatro eixos temáticos: definição da DPP, fatores biopsicossociais associados, consequências na relação entre mãe e bebê, e a importância da atuação da enfermagem nesse contexto. Os estudos indicam que a DPP é uma condição relativamente comum, especialmente em situações em que há ausência de uma rede de apoio. Além disso, destacam o papel fundamental do enfermeiro na identificação precoce da DPP, especialmente durante as consultas de pré-natal, momento em que é possível reconhecer sinais iniciais e até mesmo prevenir seu desenvolvimento por meio de intervenções adequadas. Conclusão: O estudo possibilitou a compreensão de que a depressão pós-parto (DPP) é um transtorno de natureza multifatorial, envolvendo fatores hormonais, psicológicos e sociais. Trata-se de um tema de grande relevância, destacando-se a importância da intervenção do profissional de enfermagem tanto na prevenção quanto no apoio ao tratamento desse transtorno.
Palavras-Chave: Depressão pós parto, enfermagem na depressão pós parto, puerpério.
ABSTRACT
Introduction: Postpartum depression is a mental disorder that manifests intensely during the period following the birth of a baby, triggered by physiological, physical, and emotional changes experienced by the woman. The most common symptoms include significant weight changes (gain or loss), insomnia, extreme fatigue, and persistent sadness. Nurses play a crucial role in the prevention and care of affected women by providing support, emotional guidance, and education from prenatal care through childbirth and the postpartum period. Objective: This study aims to describe postpartum depression and highlight the role of nurses in the early identification of its signs and symptoms, as well as in the implementation of care strategies designed to prevent and minimize its impact.Methods: This is a literature review focusing on postpartum depression and nursing practice, based on studies published between 2002 and 2025, using articles, journals, and scientific magazines. Results: The main findings were organized into four thematic axes: definition of postpartum depression (PPD), associated biopsychosocial factors, consequences for the mother-infant relationship, and the importance of nursing intervention in this context. The studies indicate that PPD is a relatively common condition, especially in the absence of a support network. They also emphasize the essential role of nurses in the early detection of PPD, particularly during prenatal consultations, which offer an opportunity to identify early signs and even prevent the disorder through appropriate interventions. Conclusion: This study made it possible to understand that postpartum depression (PPD) is a multifactorial disorder involving hormonal, psychological, and social factors. It is a topic of great relevance, highlighting the importance of nursing professionals both in the prevention and in the support of treatment for this condition.
Keywords: Postpartum depression, nursing in postpartum depression, puerperium.
1. INTRODUÇÃO
A depressão pós-parto (DPP) é uma condição caracterizada por um quadro depressivo significativo que se manifesta no período após o parto, uma fase marcada por intensas transformações na vida da mulher, decorrentes dos desafios e incertezas da maternidade. A DPP pode se apresentar por meio de diversos sintomas, como humor depressivo na maior parte do tempo, perda significativa de interesse e prazer em atividades, alterações acentuadas no peso (podendo haver tanto ganho quanto perda), distúrbios do sono, fadiga intensa, sentimento de desesperança, entre outros sinais emocionais e físicos (Fonseca e Canavarro, 2017).
A partir do momento em que a mulher se torna mãe, ela assume novas responsabilidades que, muitas vezes, são exaustivas e podem gerar sobrecarga física e emocional. Essa mudança significativa pode impactar negativamente a relação entre mãe e bebê, especialmente quando o estado mental da mulher está fragilizado, tornando necessário o acompanhamento psicológico. Nesse contexto, é fundamental que os profissionais de saúde ofereçam orientações adequadas sobre os cuidados necessários e realizem um acolhimento humanizado e eficaz, de modo a promover maior confiança e tranquilidade durante o período do puerpério (Ribeiro; Cruz; Prucoli, 2019).
A depressão pós-parto (DPP) apresenta desafios em seu diagnóstico, exigindo que o enfermeiro da atenção básica esteja devidamente capacitado e possua conhecimento aprofundado sobre essa condição, a fim de que os sinais e sintomas não passem despercebidos. Um acompanhamento pré-natal de qualidade é fundamental, pois permite o monitoramento contínuo da saúde mental da gestante e a elaboração de estratégias preventivas com o objetivo de evitar o desenvolvimento desse transtorno psicológico (Alves e De Passos, 2022).
Portanto, o acompanhamento pré-natal torna-se fundamental, uma vez que, de acordo com o Ministério da Saúde (MS), seu principal objetivo é garantir o desenvolvimento de uma gestação saudável, proporcionando benefícios tanto para a mãe quanto para o bebê. Esse acompanhamento visa assegurar o nascimento de uma criança saudável, além de prevenir transtornos para a mãe em todos os aspectos, incluindo os psicossociais (Boska;Lentsck; Wisniewski 2016).
2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS / METODOLOGIA
Segundo Guerra (2023), a pesquisa bibliográfica é uma abordagem que se fundamenta em materiais já existentes, como livros e artigos científicos. As pesquisas descritivas têm como principal objetivo descrever as características de uma determinada população ou fenômeno, bem como estabelecer relações entre variáveis.
De acordo com Gil (2002), a pesquisa básica tem como objetivo primordial a produção de novos conhecimentos, sendo o foco do pesquisador voltado para o saber. Em relação à abordagem do problema, a pesquisa qualitativa utiliza a subjetividade, a qual não pode ser quantificada em números.
O presente estudo consistiu em uma revisão bibliográfica, esse tipo de estudo parte da identificação do problema de pesquisa, com busca nas presentes bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), SciELO, PubMed/MEDLINE, Periódicos Capes e fontes governamentais (Ministério da saúde e Organização Mundial de Saúde) como também em jornais e revistas, sem restrição de idiomas, utilizando os descritores: depressão pós parto, e cuidados de enfermagem, publicados entre 2002 a 2024. Como critério de inclusão serão selecionados os estudos que estejam conforme ao período de publicação e que obtenham o conteúdo esperado e serão excluídos estudos que estejam fora tempo de publicação sugerido para busca de dados como também que não obedeçam o tema proposto e aqueles que não tenham sido realizados no Brasil.
3. REFERENCIAL TEÓRICO / FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 Depressão pós-parto (DPP).
Segundo o Ministério da Saúde (2024), a depressão pós-parto (DPP) é uma condição de tristeza profunda, com crises de desespero, melancolia, desmotivação, ausência de forças para lidar com a rotina, que pode surgir durante alguns dias ou até mesmo meses após o parto. Uma outra condição que pode evoluir para uma forma mais agressiva e extrema da depressão pós-parto, é conhecida como psicose pós-parto. A DPP apresenta sintomas como a impaciência, uma tristeza constante, sensação de vulnerabilidade e abandono, desânimo constante, exaustão, baixa líbido, falta de motivação, mudanças no hábito que acabam prejudicando a alimentação e causando problemas para dormir, dificuldade para enfrentar novas circunstâncias e distúrbios psicossomáticos (Lopes e Gonçalves, 2020).
A condição depressiva é definida por um período mínimo de 14 dias, no qual a pessoa apresenta pelo menos 5 sintomas como a tristeza persistente, pensamentos suicidas, privação do sono, desânimo, perda ou ganho de peso , dormir muito ou não dormir o suficiente, sentimento de indignação ou culpa, vontade súbita de prejudicar ou fazer mal ao bebê. A Secretaria de Saúde orienta que, para o diagnóstico da depressão pós-parto, é recomendada a utilização da Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo (EPDS), um dos instrumentos mais amplamente utilizados para identificar os sintomas característicos desse período. A EPDS consiste em um questionário autoaplicável com 10 perguntas, cujas respostas são pontuadas com valores de 1, 2 ou 3, totalizando um escore máximo de 30 pontos. Uma pontuação igual ou superior a 12 ou 13 sugere a presença de depressão pós-parto (Figura 1). As questões abordam sintomas típicos como sentimentos de culpa, distúrbios do sono, fadiga, anedonia e pensamentos suicidas. A escala pode ser aplicada até oito semanas após o parto, bem como durante a gestação, como medida preventiva. (Pereira e Araújo, 2020).
Figura 1 – Escala de depressão pós parto de Edimburgo (EPDS)

A DPP não está relacionada a uma única causa, uma vez que pode estar associada a fatores físicos, emocionais, estilo e qualidade de vida, além de ter ligação, também, com histórico de outros problemas e transtornos mentais. Entretanto, uma das principais causas da DPP é o desequilíbrio hormonal no término da gestação. Outros fatores que podem ser associados à DPP são: Privação de sono; Isolamento; Alimentação inadequada; Sedentarismo; Falta de apoio do parceiro; Falta de apoio da família; Depressão, ansiedade, estresse ou outros transtornos mentais; Vício em álcool ou outras drogas (Ministério da Saúde, 2024).
A condição da DPP normalmente começa a ser apresentada entre 4 e 8 semanas após o parto mas pode ser que ocorra mais adiante no decorrer de um ano e pode persistir por um ano ou mais. É uma condição mental que pode ser classificada como “Baby blues” e DPP, o que diferencia ambas são a taxa de ocorrência, início, tempo de duração, causas associadas e aspectos socioculturais. O “Baby blues” tem taxa de ocorrência em cerca de 30% a 75% nas mulheres após o parto, costuma iniciar 3 a 5 dias após o parto e tendo uma duração de dias ou até semanas, não tem uma causa associada e normalmente não está associada aos aspectos socioculturais, podendo afetar todos grupos culturais e classes sociais. A DPP diferente do “Baby blues” costuma ter uma taxa de ocorrência entre 10% a 15% nas mulheres no puerpério e tem como início de 4 semanas a 6 meses após estendendo um período maior do que o “Baby blues”, a DPP pode durar meses e até anos se não tiver os cuidados adequados, costuma ter muitas causas e uma das principais é a ausência de um rede de apoio, essa condição afeta fortemente mulheres com o nível socioeconômico menor. Além dessas classificações, ainda temos a psicose pós parto que é a forma mais intensa que traz uma grande instabilidade mental, alucinações e uma grande inquietação, a mulher não consegue distinguir a realidade e alucinação, há presença de episódios de surtos, essa condição é menos comum (Quadro 1) (Muniz; Lima; Duran, 2024).
Quadro 1 – Diferença entre Baby Blues, DPP e Psicose Pós-Parto
Classificação | Início | Duração | Sintomas principais | Gravidade |
Baby blues | 3 a 5 dias após o parto | Poucos dias | Choro fácil, sensibilidade, cansaço leve | Leve e passageira |
Depressão pós-parto | 4 semanas até meses | Sem tratamento: meses ou anos | Tristeza profunda, exaustão, desânimo, culpa | Moderada a grave |
Psicose pós-parto | Até 2 semanas após o parto | Sem tratamento: prolongada e perigosa | Alucinações, delírios, confusão mental | Muito grave (emergência) |
Segundo Lopes e Gonçalves (2020), há pesquisas que evidenciam que a depressão pós-parto pode ser causada por uma relação conturbada com o genitor da criança, a falta de uma rede de apoio como da família nesse momento tão importante, a puérpera não ter uma boa condição de vida, problemas financeiros ou ter um baixo nível de escolaridade.
A DPP é reconhecida como um importante problema de saúde pública. A presença de DPP enfatiza a importância de um atendimento multidisciplinar para gestantes e puérperas. A avaliação integrada multiprofissional é essencial para confirmar o diagnóstico e o tratamento adequado da DPP. A disponibilização de serviços especializados para realização de exames de acompanhamento é vista como uma medida positiva no tratamento e recuperação dessas mulheres, isso porque, se não tratada adequadamente, a DPP pode evoluir para uma doença crônica, causando danos psicológicos, morbidade e mortalidade. Além disso, na maioria dos casos, o monitoramento especializado é possível, um apoio humanizado e qualificado a essas mulheres durante o parto, é essencial para a saúde materna e neonatal (Brandão et al., 2024).
A DPP é um transtorno mental grave que possui predominância no mundo, cerca de 5% e 60,8%. 1 em cada 7 mulheres passam pela experiência da ocorrência de caso de uma depressão mais profunda no pós-parto. Um dos agravantes que a DPP pode trazer é o autoextermínio, por volta de 20% dos óbitos pós-parto ocorrem por conta desse agravante. A predominância da DPP vai depender de vários fatores, como os fatores sociais e econômicos, disponibilidade de cuidados à saúde, e educacionais. No contexto epidemiológico, a DPP é uma questão de saúde pública pois é uma complicação que prejudica cerca de 10 a 15% das mulheres no período do puerpério (Brandão et al., 2024).
No Brasil a depressão pós-parto tem recorrência em cerca de 20%, e acaba afetando na maior parte das vezes mulheres com piores condições socioeconômicas em comparação a mulheres com condições melhores, podendo ser 40% ou mais. Além dos fatores de risco mencionados, complicações no parto, experiências traumáticas, conflitos no relacionamento e problemas de autoestima também podem influenciar significativamente. Identificar esses aspectos é crucial para reconhecer mulheres em risco e possibilitar intervenções precoces (Brandão et al., 2024).
3.2 Fatores de risco para DPP
3.2.1 Fatores biopsicossociais.
A depressão pós-parto é uma condição de saúde mental complexa, resultado de uma interação de fatores biológicos, psicológicos e sociais, que podem influenciar consideravelmente o seu desenvolvimento. Existem diversos fatores que contribuem para essa multifatorialidade, como a gestação não planejada, o nascimento de bebês com baixo peso e a maternidade em idades mais jovens. Além disso, a ausência de um relacionamento conjugal formal, a falta de emprego do parceiro ou a perda de emprego da mãe após a licença maternidade podem agravar o quadro (Porto; Maranhão; Félix, 2017).
Eventos estressantes, como a morte de entes queridos ou a separação durante a gestação, bem como históricos de doenças psiquiátricas e problemas da tireoide, também são elementos de risco que podem potencializar o surgimento da depressão pós-parto. Após o nascimento do bebê, a mulher pode enfrentar uma série de reações emocionais, tanto conscientes quanto inconscientes, que podem ativar ansiedades profundas, como o medo inconsciente relacionado ao trauma do nascimento. A vivência dessa separação, simbolizada pelo corte do cordão umbilical, pode ser interpretada pela mãe como uma perda significativa, já que o bebê, antes parte de si, passa a ser um ser autônomo, gerando ciúmes e sentimentos de confusão (Porto; Maranhão; Félix, 2017).
Os hormônios e outros elementos envolvidos na DPP incluem redução dos níveis de hormônios reprodutivos, alterações tireóideas, disfunções no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, anormalidades do colesterol e ácidos graxos e vulnerabilidade genética. A mulher gestante apresenta um aumento intenso dos níveis de progesterona (20 vezes) e o incremento de estradiol é ainda maior (200 a 300 vezes). Ambos demonstram intensa redução com a expulsão da placenta, levando à hipótese de que um “estado de retirada de estradiol” durante as primeiras semanas após o parto favorece a origem da DPP. (Field, 2010).
Segundo Gao X (2016), os hormônios reprodutivos participam da fisiopatologia da DPP. Eles desempenham função no processamento cognitivo das emoções e, assim, podem contribuir indiretamente para a DPP, influenciando os fatores de risco psíquicos e sociais. No hipocampo, a ovariectomia reduz e o estradiol aumenta os níveis do fator neurotrófico derivado do cérebro (brain-derived neurotrophic factor – BDNF), cujas taxas estão diminuídas na depressão. O estradiol também aumenta a atividade da proteína receptora de neurotrofina trk33 em modelo animal, semelhante ao mecanismo de medicamentos antidepressivos.
A progesterona influencia a síntese, a liberação e o transporte de neurotransmissores, interferindo na expressão de BDNF no hipocampo e no córtex cerebral. Os esteróides modulam a atividade dos circuitos cerebrais envolvidos em estados afetivos normais e psiquiátricos. Em um estudo de mulheres saudáveis, o fluxo sanguíneo cerebral regional foi atenuado no córtex pré-frontal durante hipogonadismo induzido e o padrão característico de ativação cortical ressurgiu com a presença de estradiol e progesterona. Assim, há evidências de que os hormônios reprodutivos influenciam diretamente os sistemas biológicos e os circuitos neurais implicados diretamente na depressão, sugerindo que a instabilidade hormonal inerente ao período perinatal poderia contribuir para a desregulação do humor na DPP (Duan C; Cosgrove J; Deligiannidis KM, 2017).
3.2.2 Fatores sociodemográficos
A DPP afeta aproximadamente 10 a 20% das mulheres no período puerperal, embora algumas populações possam apresentar taxas mais altas, a depender do contexto social. Esta condição pode surgir já nas primeiras semanas de pós-parto até um ano, apesar dos sintomas serem mais comuns nos três primeiros meses (Vasconcelos et al., 2023).
Os principais fatores associados com o surgimento da DPP incluem idade materna precoce, baixa escolaridade, multiparidade, divórcio, além de questões econômicas, como a mulher ou seu parceiro estarem desempregados. As repercussões para mulheres com diagnóstico de DPP incluem desafios nas relações sociais e na interação, além de déficits em saber lidar com o seu estado emocional (Vasconcelos et al., 2023).
Alguns estudos associaram a DPP com a presença de um relacionamento conjugal difícil, a gravidez indesejada, a sobrecarga de trabalho doméstico, as frustrações de uma maternidade ideal e problemas mentais anteriores podem ser fatores de risco para a DPP ,por influência desses fatores a DPP é um dos transtornos mais comum no pós-parto e está envolvido em diferentes fatores sociodemográficos e individuais (Vasconcelos et al., 2023).
3.3 Consequências da relação mãe e bebê na depressão pós-parto.
Segundo Silva (2010), mesmo que a gravidez seja desejada, a depressão pós-parto pode fazer com que a mãe se sinta incapaz de cuidar do filho, levando ao surgimento de sintomas como nervosismo, choro constante e alterações de humor, que são potencializados pela Depressão Pós-Parto (DPP). Azevedo (2017) ressalta que durante a gestação e o puerpério, as mães enfrentam muitas dores e desafios, como as do parto, da amamentação, da recuperação de cesáreas e noites sem dormir, o que pode gerar impactos emocionais negativos, sofrimento e frustrações.
Leão (2020) destaca a teoria do “papel social” estigmatizado da maternidade, que impõe à mulher a responsabilidade de cuidar do bebê, e como as dificuldades enfrentadas durante a gravidez, como enjoos, mal-estar e dores, podem quebrar a idealização da maternidade, gerando conflitos internos sobre o papel de ser mãe.
Segundo Azevedo e Arrais (2005), espera-se que as mães sejam sempre ternas, acolhedoras e dispostas, sem demonstrar tristeza, uma vez que a maternidade é vista como um “milagre da vida”, ligado a um instinto materno e ao sacrifício. No entanto, ser mãe na sociedade moderna pode gerar sentimentos de culpa, frustração e conflitos de identidade, pois a cultura proíbe a plena discussão sobre a ambivalência materna, ou seja, a coexistência de sentimentos contraditórios que são naturais em todas as mães. Nesse contexto, o sacrifício e o amor irrestrito são vistos como o ideal. Por isso, o acompanhamento multiprofissional é essencial para oferecer o suporte necessário e orientações adequadas para as mães.
O período pós-parto com a presença de depressão pode afetar negativamente a relação mãe-filho, uma vez que a vinculação saudável depende de diversos fatores. A mãe em estado depressivo torna-se insegura sobre seu papel materno e pode se afastar física ou emocionalmente do bebê, evitando o contato visual, o toque e a comunicação. No entanto, nos primeiros meses de vida, é essencial que a mãe desempenhe funções fundamentais, como o abraço e o amparo ao bebê, seja durante o choro ou momentos de entusiasmo, para promover uma experiência sensorial rica em vínculos saudáveis. O toque materno, além de proporcionar proteção, também ajuda a criança a desenvolver uma noção de si mesma e de sua existência além do corpo materno. A ausência desse cuidado pode prejudicar o desenvolvimento da criança, dificultando sua percepção de ser uma pessoa distinta do mundo e dos objetos ao seu redor (Konratz, 2017).
A DPP pode interferir no vínculo familiar e mãe-bebê uma vez que o sintoma interfere na personalidade da mãe fazendo com que haja um distanciamento entre eles, devido a isso a criança pode ter alterações negativas quanto ao seu desenvolvimento infantil, motor, mental, amamentação, comunicação, é importante ressaltar que nem todos os filhos de mães com DPP terão essas alterações. Portanto, o toque é essencial para o desenvolvimento da sinestesia, percepção corporal e objetos. A fala e o cuidado são cruciais para o vocabulário e comunicação. Assim, uma mãe depressiva que evita o contato com o filho pode prejudicar seu desenvolvimento afetivo, social e cognitivo (Reis et al., 2018).
3.4 Atuação da enfermagem na depressão pós-parto: Importância da atuação da enfermagem e o seu papel.
Segundo Centa et al., (2002), o período gravídico-puerperal é a fase que apresenta a maior probabilidade do surgimento de transtornos psíquicos na mulher. O puerpério caracteriza-se pelo período após ao parto e é marcado por intensas mudanças biopsicossociais. É um delicado período em que acontecem mudanças e transformações na vida da mulher, bem como o ritmo acelerado, possibilitando produzir sentimentos de ansiedade, expectativa, frustração, preocupações, tanto no âmbito pessoal, familiar e trabalhista, refletindo assim em comportamento isolados e introspectivos.
Diante de todas as mudanças sofridas, como as alterações físicas, hormonais e também psicológicas das puérperas, é fundamental uma rede de apoio familiar para que esse momento melancólico não progrida para o estado de depressão. É de grande importância que a equipe assistencial de saúde estejam todos capacitados para prevenir um quadro de DPP, é essencial realizar um acolhimento eficaz, pois com a visão holística dessas pessoas qualificadas da equipe, é possível minimizar os problemas, sendo necessário que os membros da equipe de saúde obtenham capacitações, ferramentas e materiais para identificar o mais cedo possível e lidar de forma correta para oferecer uma assistência eficaz às mulheres puérperas, porque nesse âmbito o enfermeiro é encarregado de prestar um suporte emocional e acolhimento social (Parreria et alt., 2022).
Com o cenário delicado da maternidade, a equipe de enfermagem deve ter uma visão humanizada, ao prestar apoio e criar um ambiente seguro, é possível identificar de forma antecipada as influências que podem levar a gestante a depressão pós-parto, quanto mais cedo isso ocorrer, melhor é o trabalho para prevenir essa condição e prestar os cuidados necessários nessa fase da mulher (Parreria et alt., 2022).
Sinais e sintomas podem facilitar a identificar os casos de sofrimento psíquico nas mulheres, levando a entender os fatores de risco, entre este podemos destacar: perturbação do apetite e sono, decréscimo de energia, sentimentos de desvalia ou culpa excessiva, pensamentos recorrentes de morte e ideação suicida, sentimentos de inadequação e rejeição ao bebê (Freire e Santos, 2006).
No primeiro mês do puerpério há maior possibilidade de ocorrer vários transtornos. Sintomas como a diminuição ou perda de interesse nas atividades diárias, mudança no peso, insônia ou sono excessivo, fadiga, agitação ou retardo psicomotor, sentimento de falta de valor ou culpa, falta de concentração e idéias de morte. Outros agravantes que poderão levar ao quadro de DPP incluem a ansiedade e a depressão durante a gravidez, suporte pós-natal deficiente, eventos estressores, instabilidade conjugal e/ou com a mãe, gravidez indesejada e/ou na adolescência e baixo nível socioeconômico também são considerados fatores de risco (Freire e Santos, 2006).
No serviço multiprofissional de saúde, o acolhimento deve ser realizado na relação estabelecida entre os profissionais de saúde e usuários, em atitudes como: os profissionais ao se apresentarem, chamando pelo nome, orientando sobre condutas e procedimentos a serem realizados, escutando e valorizando o que é dito pela paciente, garantindo a privacidade e a confiabilidade, incentivando a presença do (a) acompanhante, entre outras atitudes. Portanto é primordial que o enfermeiro ofereça atenção especial às mulheres, acolhendo-as no serviço utilizando esta tecnologia, para uma assistência mais qualificada (Ministério da saúde, 2006).
O acolhimento é um importante instrumento para uma assistência digna e de qualidade. Fazendo com que esta etapa do processo seja vista como uma ação que necessita ocorrer em todos os momentos da atenção desde o pré-natal, parto e o puerpério. Durante o puerpério, a equipe de enfermagem deve garantir estratégias de enfrentamento e adaptação a esse momento da maternidade, oferecendo suporte profissional, tanto no momento da internação ou em seu retorno para a consulta de enfermagem, ficando atenta às mudanças ocorridas com a gestação e a readaptação à sua vida normal (Ministério da saúde, 2006).
A enfermagem tem o papel fundamental na detecção e prevenção da DDP, no momento do pré e pós natal, período de acompanhamento das gestantes e puérperas na unidade básica de saúde. Estimular a compreensão da mulher e do companheiro, bem como nas emoções e sentimentos provenientes deste período, ou seja, somando esforços na detecção e prevenção ou tratamento adequado na DPP, que irão traduzir no exercício materno saudável e essencial ao desenvolvimento futuro no relacionamento entre mãe e bebê (Brasil, 2005).
Para que as mulheres se sintam mais à vontade é importante escolher um acompanhante de sua confiança, durante o pré-natal, no trabalho de parto, no parto e no pós-parto. A presença dos acompanhantes neste momento traz muitos benefícios, principalmente para que a gestante se sinta mais segura e confiante (Brasil, 2005).
O enfermeiro deve verificar as mínimas alterações, seja no humor ou na integridade física das gestantes, para assim atentar a problemas futuros e garantir a detecção e prevenção precoce dos transtornos psíquicos puerperais (Pereira, et al., 2013).
O atendimento em grupo, coordenado pelo enfermeiro, pode trazer um resultado positivo para as gestantes, auxiliando-as a compreensão, a atenção e o interesse juntamente com os familiares. A possibilidade de trocas de experiências e conhecimentos é considerada a melhor forma de promover a compreensão do processo de gestação. Passando a ter uma intervenção mais humanizada e harmônica entre suas dúvidas, contando com o apoio do grupo juntamente com os profissionais de saúde (Pereira, et al., 2013).
Segundo Félix (2013), cabe ao enfermeiro agir com rapidez para encaminhar uma puérpera com DPP à equipe a fim de amenizar a gravidade do problema. O enfermeiro deverá conhecer cientificamente os sintomas da depressão pós-parto, podendo assim estar atento aos transtornos emocionais, pois é seu papel fundamental identificar o mais breve possível a depressão pós-parto para que assim possa minimizar os riscos relacionados precocemente.
No tratamento da depressão deve-se realizar uma abordagem de acordo com as necessidades da paciente, compreendendo os aspectos biológicos, psicológicos e sociais dessa paciente. A psicoterapia pode ser utilizada de diversas formas; como em forma de apoio psicológico, psicoterapia breve, terapia interpessoal, terapia cognitivo-comportamental, e sessões de terapia em grupo, podendo ser entre casal ou familiar, dependendo da necessidade da paciente (Silva e Souza, 2018).
4. DISCUSSÃO
A DPP pode estar associada a diversos fatores e ocorre com elevada frequência, uma vez que os eventos que a desencadeiam, como alterações de humor, transtornos mentais e outras condições, são bastante comuns. Em alguns casos, os sinais podem ser identificados ainda durante as consultas de pré-natal. Por isso, é fundamental que o enfermeiro possua conhecimento técnico e sensibilidade para reconhecer precocemente esses sintomas e, assim, adotar medidas preventivas. No entanto, nem sempre essa identificação ocorre de forma eficaz, e, na maioria dos casos, a DPP acaba passando despercebida.(Gonçalves e Almeida, 2019).
O enfermeiro tem um importante papel na prevenção, tratamento, recuperação e reabilitação da DPP, quanto mais precoce for detectado melhor vai ser o tratamento e a prevenção para um quadro mais grave. É importante prestar um atendimento de qualidade para as mulheres nas consultas de pré-natal, para que a mãe se sinta acolhida com uma assistência de qualidade e que a deixe segura e confortável, resultando assim em um maior bem estar para a mãe e para o bebê, evitando assim impactos negativos nessa relação (Gomes et al., 2024).
Quando ocorre a identificação da depressão pós-parto, o Sistema Único de Saúde (SUS) possui equipes que contribuem no tratamento da gestante. Como os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) para casos mais graves e que precisam de cuidados intensivos e apoio psicológico dentro de unidades básicas de saúde do município ou da região. Lembrando que esses serviços são ofertados para todas as mulheres pelo SUS, para serem acompanhadas em seu pré-natal e puerpério, independente dos problemas relacionados a ele (Brasil, 2023).
O enfermeiro como parte importante da equipe de saúde tem um papel importante no processo assistencial da mulher no ciclo gravídico puerperal nos diversos níveis de atenção à saúde. Sendo, na escuta qualificada, no apoio emocional, encorajando-a a falar sobre suas dificuldades e problemas, incentivando a ter uma boa alimentação e boa noite de sono, orientando sobre a importância do pré-natal e do aleitamento materno (Leonel, 2016).
A assistência apropriada da enfermagem pode diminuir os danos da DPP, na relação mãe-bebê. A enfermagem tem uma atuação primordial em todos os estágios com a puérpera, tendo a capacidade de perceber que a paciente não está bem. Contudo, é essencial que a mulher receba assistência em todas as fases da gravidez e pós-parto, buscando a atuação de forma preventiva e efetiva, criando um ambiente de maior confiança entre os profissionais da saúde envolvidos no processo de acolhimento e cabe ao profissional que assistir o pré-natal da mulher, dentre eles, o enfermeiro informar a futura mamãe sobre as mudanças decorrentes do processo fisiológico do puerpério, principalmente nas alterações de humor. Dessa forma, a assistência à mulher na DPP é uma atividade que exige do profissional de enfermagem uma atuação sensível e particularizada, buscando verificar as características específicas da parturiente (Brandão, 2021).
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho teve como objetivo principal analisar o papel do enfermeiro em frente a depressão pós parto e conhecimento sobre este transtorno mental que atinge muitas mulheres, tendo sido possível alcançar os resultados proposto por meio da fundamentação teórica e análise das informações pesquisadas e como é importante uma assistência adequada e ética, o estudo contribui para um maior conhecimento sobre essa condição e a importância de um enfermeiro qualificado.
A atuação do enfermeiro durante o período gestacional é fundamental para a detecção precoce de possíveis alterações emocionais e psicológicas. Essa identificação pode ocorrer nas consultas de pré-natal, desde que sejam realizadas com qualidade e voltadas para as necessidades individuais da gestante. Cabe ao enfermeiro oferecer orientações claras sobre todo o processo gestacional, incluindo as mudanças hormonais que podem tornar a mulher mais vulnerável emocionalmente. Além disso, é essencial destacar a importância de uma rede de apoio e prestar uma assistência humanizada, acolhendo dúvidas, medos e incertezas, contribuindo para o bem-estar da gestante ao longo da gestação.
REFERÊNCIAS
AZEVEDO, K. R.; ARRAIS, A. R. O mito da mãe exclusiva e seu impacto na Depressão Pós-parto. Scielo, 2005. Disponível em:<https://www.scielo.br/pdf/prc/v19n2/a13v19n2.pdf>. Acesso em: 01 nov. 2024;
AZEVEDO, A. R. “Amo meu filho, mas odeio ser mãe”: reflexões sobre a ambivalência na maternidade contemporânea. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2017. Disponível em: <https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/163940/001025591.pdf?sequence=1&i sAllowed=y>. Acesso em 30 out. 2024.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Depressão pós-parto. Depressão pós-parto. GOV.BR,2024. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/depressao-pos-parto. Acesso em: 02 de outubro de 2024.
BRASIL, Ministério da Saúde, Pré-natal e Puerpério: atenção qualificada e humanizada –Manual técnico/Ministério da Saúde, Secretaria de atenção à saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégias – Brasília, 2006.
CENTA, Maria de Lourdes; OBERHOFER, Patrícia de Resende; CHAMMAS, Jorge. A comunicação entre a puérpera e o profissional de saúde. In: Proceedings of the 8. Brazilian Nursing Communication Symposium, 2002. Disponível em: http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000052002000100058&script=sci_artte xt&tlng=pt. Acesso em: 31 out. 2024.
GIL, Antônio Carlos. Atlas. Como elaborar projetos de pesquisa, 4ª ed., São Paulo, 2002. ISBN 85-224-3169-8. Disponível em: https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/150/o/Anexo_C1_como_elaborar_projeto_de_pesquisa_-_ant onio_carlos_gil.pdf. Acesso em: 31 out. 2024.
Duan C, Cosgrove J, Deligiannidis KM. Understanding peripartum depression through neuroimaging: a review of structural and functional connectivity and molecular imaging research. Curr Psychiatry Rep. 2017;19(10):70. Acesso em: 14 out. 2024.
GUERRA, Avaetê de Lunetta e Rodrigues. Revista OWL (OWL Journal) – Revista interdisciplinar de ensino e educação. Metodologia da pesquisa científica e acadêmica, Brasil, 2023. Disponível em: https://revistaowl.com.br/index.php/owl/article/view/48. Acesso em: 31 out. 2024.
KONRATZ, R. G. F. C. Relação mãe-bebê: a importância do contato físico na amamentação. Faculdade de Educação e meio ambiente, 2017. Disponível em:<http://repositorio.faema.edu.br/bitstream/123456789/1276/1/KONRATZ%2c%20R.%20G.%20 F.%20C.%20-%20A%20IMPORT%c3%82NCIA%20DO%20CONTATO%20F%c3%8dSICO%20NA %20AMAMENTA%c3%87%c3%83O.pdf>. Acesso em 30 out. 2024.
LEÃO, L. C. A. Sintomas depressivos, de estresse e ansiedade em mães primíparas jovens e tardias com recém-nascidos e bebês. Faculdade Meridional, 2020. Disponível em: <https://www.imed.edu.br/Uploads/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20Final%20-%20Vers%C3%A3o %20Parcial%20-%20Luzia%20Leao.pdf>. Acesso em: 3 nov .2024.
LOPES, M. W. P.; GONÇALVES, J. R. Revista JRG de Estudos Acadêmicos. AVALIAR OS MOTIVOS DA DEPRESSÃO PÓS-PARTO: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA DE LITERATURA, São Paulo, 2020. DOI: 10.5281/zenodo.4292361. Disponível em: https://www.revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/108. Acesso em: 3 out. 2024.
PEREIRA, L.B; SOUSA, R.G; VERSIANI, C.C; RIBEIRO, C.B. Depressão pós-parto: identificado os riscos para o seu desenvolvimento. Revista Digital. Buenos Aires- Ano18,n.182. Julho 2013.
PEREIRA, D. M.; ARAÚJO, L. M. B. Brazilian Journal of Health Review. Depressão pós parto: Uma revisão de literatura / Postpartum depression: A literature review, Brasil, 2020. DOI: 10.34119/bjhrv3n4-086. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/13286. Acesso em: 7 out. 2024.
SILVA, Nayana Freitas da; SOUZA, Daniel Cerdeira de. Amazônica -Revista de Psicopedagogia, Psicologia escolar e Educação. O diagnóstico da depressão pós-parto e o uso da hipnoterapia cognitiva no tratamento, Brasil, 2018. Disponível em: https://www.revistaamazonica.ufam.edu.br. Acesso em: 11 out. 2024.
PORTO, R. A. F.; MARANHÃO, T. L. G.; FÉLIX, W. M. ID on line.Revista de Psicologia. Aspectos psicossociais da depressão pós-parto: uma revisão sistemática, Brasil, 2017. Disponível em: https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/824. Acesso em: 19 out. 2024.
BRANDÃO, Marina Prates et al. Depressão pós-parto-uma revisão abrangente sobre a etiologia, epidemiologia, fatores predisponentes, diagnóstico e tratamento. Brazilian Journal of Health Review, v. 7, n. 2, p. e68321-e68321, 2024. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/68321. Acesso em: 19 out. 2024.
PARRERIA, Thania Pires et al. Assistência de enfermagem na depressão pós-parto: Revisão Integrativa. REVISA, v. 11, n. 1, p. 26-35, 2022. Disponível em: https://rdcsa.emnuvens.com.br/revista/article/view/330. Acesso em: 07 nov. 2024.
REIS, Thais Mara et al. Revista Eletrônica Acervo Saúde/Electronic Journal Collection Health. Assistência de enfermagem na depressão pós-parto e interação mãe e filho, Brasil, 2018. ISSN 2178-2091. Disponível em: https://web.archive.org/web/20220226223009id_/https://www.acervosaude.com.br/doc/REAS134.p df. Acesso em: 31 out. 2024.
SILVA, C. S. S. et. al. Depressão pós-parto em puérperas: conhecendo interações entre mãe, filho e família. Scielo, 2010. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103- 21002010000300016&script=sci_arttext&tlng=pt>. Acesso em 01 nov. 2024.
FONSECA, Ana; CANAVARRO, Maria Cristina. Depressão pós-parto. PROPSICO: Programa de Atualização em Psicologia Clínica e da Saúde – Ciclo 1, 2017. Disponível em: https://baes.uc.pt/bitstream/10316/45085/1/Capitulo_Depressaoposparto_AFonseca.pdf. Acesso em: 03 mar. 2025.
RIBEIRO, Natália Marinho; CRUZ, Elizabeth Maria; PRUCOLI, Monique Bessa de Oliveira. Assistência de enfermagem na depressão pós-parto. Múltiplos Acessos, v. 4, n. 1, p. 125-135, 2019. Disponível em: http://www.multiplosacessos.com/multaccess/index.php/multaccess/article/view/106/83. Acesso em: 06 mar. 2025.
ALVES, Lindomar Sousa; DE PASSOS, Sandra Godoi. Fatores de risco para a depressão pós-parto e a atuação da enfermagem. Revista JRG de Estudos Acadêmicos, v. 5, n. 10, p. 269-280, 2022. Disponível em: http://www.revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/363/440. Acesso em: 08 mar. 2025.
BOSKA, Gabriella Andrade; WISNIEWSKI, Danielle; LENTSCK, Maicon Henrique. Sintomas depressivos no período puerperal: identificação pela escala de depressão pós-parto de Edinburgh. Journal of Nursing and Health, v. 6, n. 1, p. 38-50, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/enfermagem/article/view/5525/5327. Acesso em: 08 mar. 2025.
MUNIZ, Gabriella Luchtenberg; LIMA, Mariana Gabrielle Silva de; DURAN, Thais Camila Alves Lessa, Dra. Depressão pós-parto: uma análise acerca dos principais fatores que influenciam a sua incidência. Revista FT Ciências da Saúde, v. 28, Edição 139, 2024. REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch10202410310839. Disponível em: https://revistaft.com.br/depressao-pos-parto-uma-analise-acerca-dos-principais-fatores-que-influen ciam-a-sua-incidencia/. Acesso em: 28 mar. 2025.
GONÇALVES, Fabiana Braga Ataíde Cardoso; ALMEIDA, Miguel Correa. A atuação da enfermagem frente à prevenção da depressão pós-parto. Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde, v. 23, n. 2, p. 140-147, 2019. Disponível em: https://ensaioseciencia.pgsscogna.com.br/ensaioeciencia/article/view/6655/4832. Acesso em: 02 abr. 2025.
GOMES, Elisângela do Nascimento Fernandes et al. Assistência de enfermagem frente à depressão pós-parto: uma revisão de literatura. Revista Pró-UniverSUS, v. 15, n. 3, p. 193-205, 2024. Disponível em: https://editora.univassouras.edu.br/index.php/RPU/article/view/3891/2592. Acesso em: 04 abr. 2025.
BRASIL. Depressão pós-parto. Ministério da Saúde: Gabinete do Ministro, 2023.
LEONEL, F. Depressão pós-parto acomete mais de 25% das mães no Brasil. Fiocruz, 2016. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/noticia/depressao-pos-parto-acomete-mais-de25-das-maes-no-brasil. Acesso em: 18 abr. 2025.
BRANDÃO, C. L. S. C.; NASCIMENTO, E. S. Q.; ARAMAIO, C. M. S. O. A importância da atuação do profissional de enfermagem na assistência preventiva à depressão puerperal: uma revisão integrativa. Revista Eletrônica Acervo Científico, v. 25, 2021. ISSN 2595-7899. Disponível em: https://doi.org/10.25248/REAC.e7322.2021. Acesso em: 18 abr. 2025.
VASCONCELOS, Anailda Fontenele et al. Assistência à mulher com depressão pós-parto na atenção primária: uma revisão integrativa. Brazilian Journal of Health Review, v. 6, n. 6, p. 28785-28795, 2023. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/64961/46517. Acesso em: 04 de jun. 2025.
DISTRITO FEDERAL. Secretaria de Estado de Saúde. Atenção à Saúde da Mulher no Pré-natal, Puerpério e Cuidados ao Recém-nascido. Brasília, 2022. Disponível em: https://www.saude.df.gov.br/documents/37101/87400/Aten%C3%A7%C3%A3o+%C3%A0+Sa%C3 %BAde+da+Mulher+no+Pr%C3%A9-natal%2C+Puerp%C3%A9rio+e+Cuidados+ao+Rec%C3%A9 m-nascido.pdf/a8e8ffb5-1cf2-192d-fbc0-aee6820e35de?t=1648643462300. Acesso em: 17 de jun. 2025.
1Alunas do Curso de Enfermagem
2Professora Mestre do Curso de Enfermagem