PENSAMENTOS DISFUNCIONAIS E AS SENSOPERCEPÇÕES CORPORAIS

DYSFUNCTIONAL THOUGHTS AND BODY SENSORSEPERCEPTIONS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202507041018


Allyce Pereira Dias1; Eduardo Marques de Jesus1; Kellen Cristina Silva Bessa Lopes1; Laura Alves Carreiro1; Lawanda da Silva Neri1; Lucas Vinicius Nunes Araujo1; Maria Eduarda Ribeiro de Castro Coronado1; Morgana Gabriela Silva Cunha1; Raquel Ferreira Pagotto Gomes1; Ana Cristina Silva de Novais2.


Resumo

Este artigo examina a relação entre pensamentos automáticos disfuncionais e sensopercepções corporais. Pensamentos automáticos são respostas rápidas e involuntárias que podem distorcer a forma como uma pessoa percebe seu corpo e suas sensações físicas. Essas distorções influenciam o bem-estar geral, interferindo na interpretação correta dos sinais corporais. Entender essa interação é fundamental para a criação de estratégias terapêuticas que promovam a reestruturação cognitiva e a melhoria da percepção corporal.

Palavras–chave: Pensamentos. Mente. Sensopercepções.

1. INTRODUÇÃO 

Nos primórdios da ciência, antigos filósofos e estudiosos que estudavam o funcionamento do corpo humano defendiam ideias sobre a anatomia do corpo humano, dentre eles um grande nome para filosofia e fisiologia, René Descartes. O mesmo introduziu a ideia da dualidade cartesiana, introduziu uma abordagem do problema mente-corpo que focalizava a atenção numa dualidade física/psicológica. Ao fazê-lo, desviou a atenção do conceito abstrato da alma para o estudo da mente e suas operações (Schultz pg 39). 

Logo, mente e corpo são duas entidades distintas. Não há semelhança qualitativa entre o corpo (o mundo material ou físico) e a mente (o mundo mental). A matéria, tem extensão (ela ocupa espaço) e trabalha de acordo com princípios mecânicos. A mente é livre, não tem extensão nem substância. Mas a ideia revolucionária é a de que mente e corpo, embora distintos, são capazes de interagir dentro do organismo humano. A mente pode influenciar o corpo e o corpo pode influenciar a mente. (Schultz pg 39). 

Uma fala que demonstra este pensamento de René Descartes está em seu livro L’Homme:

Esses homens [os que ele descreverá em seu Tratado] serão compostos, como nós, de uma alma e de um corpo. É necessário que eu vos descreva, primeiramente, o corpo à parte, depois a alma também separadamente, e, enfim, que eu vos mostre como essas duas naturezas (natures) devem estar juntas e unidas (iointes & vnies) para compor os homens que nos assemelham. (Ad & Tan., v.XI, p.119/120)

Sendo notório que Descartes defendia uma ideia de dualidade entre mente e corpo, porém este pensamento com o desenvolver da ciência caiu em desuso. Saúde Mental não é mais abordada em contraposição à saúde física ou biológica – conforme o velho e o equivocado dualismo corpo/mente – mas como sofrimento de pessoas, e em alguns casos adquire estabilidade e regularidade tal que merecerão enfoque específico (Ministerio da saúde pg15, 2013)

O respectivo projeto tem como objetivos expor que as doenças psicossomáticas e pensamentos disfuncionais podem interferir intrinsecamente no âmbito social e físico do ser e auxiliar no entendimento e na compreensão dos respectivos pensamentos disfuncionais para possíveis desenvolvimentos de técnicas com o enfoque de evitar os pensamentos disfuncionais. Buscando ser nortear por estudos e por dinâmicas qualitativas e quantitativas. Embora a Psicologia seja tradicionalmente encarada como a ciência da mente, o corpo do indivíduo é alvo primordial das pesquisas psicológicas, considerado o enraizamento de qualquer processo psíquico na materialidade corporal (Avila pg2, 2012).

O tema pude auxiliar em estudos posteriores sobre pensamentos disfuncionais e a sensações corporais causadas pelos mesmos, e exprimir para toda uma população as problematizações das doenças psicológicas. Baseando-se na hipótese que toda a população está diretamente suscetível a alguma sensação corpórea causada por algum pensamento disfuncional, verificando-se na dinâmica proposta com a visualização mental e termômetro de emoções o quanto as população em geral pode estar sujeita a sensações desprazerosas quanto aos pensamentos disfuncionais.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Dinâmicas de Grupo

 Grupos são formados quando duas ou mais pessoas estabelecem uma relação significativa, através de uma série de ações em conjunto. Para Ramalho (2010) essa interação acontece visto que as pessoas têm necessidades materiais ou psicossociais e desejam alcançar satisfação por meio delas. Dessa forma a  produção de um grupo é baseada em suas metas, que são diferentes das metas individuais, e requer a colaboração entre os membros. Isso denota que grupos surgem a partir de relações significativas entre pessoas que buscam atender suas necessidades e alcançar suas satisfações. 

A procura de um objetivo comum por pessoas em inter-relação psicológica confere ao grupo sua existência própria: é uma terceira característica. Como tal, de fato, o grupo tem um dinamismo que lhe é próprio: tem seus problemas, suas dificuldades, seus fracassos, seus sucessos, suas alegrias. No interior de um mesmo grupo, as relações entre os membros evoluem constantemente. (AUBRY e ARNAUD, 1978, p. 8).

A realização de um objetivo envolve a definição de tarefas e regras que regulam as relações entre as pessoas, chamadas de normas. Essas normas são estabelecidas para facilitar a comunicação entre todos os participantes e promover o desenvolvimento do grupo em direção ao seu objetivo. As tarefas são as atividades que precisam ser realizadas para alcançar o objetivo, enquanto as normas são as diretrizes que orientam o comportamento e a interação dos membros do grupo. A comunicação efetiva entre os participantes é essencial para garantir que as tarefas sejam cumpridas e que as normas sejam seguidas. (ALEXANDRE, 2002).

Segundo Ramalho (2010, p. 11) “As técnicas de grupo são padrões predeterminados de interação humana, que oferecem melhores condições para que se atingir objetivos, do que o comportamento impulsivo e imprevisível.”. Tais técnicas proporcionam melhores condições para colaboração, comunicação e coordenação entre os membros do grupo. Ao seguir esses padrões, o grupo pode trabalhar de maneira mais organizada, aumentando a produtividade e alcançando resultados positivos.

O coordenador de grupos deve conhecer a natureza do grupo, seu ritmo, seu momento, seus objetivos, além de estar ciente das possibilidades e limitações das  técnicas. Deve ser preferida aquela estratégia capaz de ativar os impulsos e motivações individuais, estimulando a dinâmica interna e externa do grupo, a fim de que as forças melhor se integrem e se dirijam para os objetivos do grupo. (RAMALHO,2010, p.11).

Conforme Wachelke et al. (2005, p.35)  “Técnicas de grupo não possuem valia alguma se descontextualizadas ou desvinculadas de uma investigação ou procedimento embasado solidamente nas características processuais dos grupos em que são aplicadas.” Portanto, para que as técnicas de grupo sejam efetivas, é necessário realizar uma investigação ou procedimento prévio, baseado em sólidos fundamentos processuais dos grupos em questão, significando entender profundamente como o grupo funciona, quais são seus objetivos, suas normas e valores, suas dinâmicas de poder e como ocorre a interação entre seus membros.

Ao embasar solidamente as técnicas de grupo nas características processuais dos grupos, é possível adaptá-las de forma adequada, considerando as necessidades específicas do grupo e maximizando os resultados alcançados. (NASCIMENTO, 2011). Dessa forma, as técnicas de grupo se tornam mais eficazes e relevantes, contribuindo para o desenvolvimento e sucesso do grupo como um todo.

2.2 Psicodrama

“O psicodrama é uma técnica psicoterápica cujas origens se acham no teatro.Na psicologia e na sociologia. Do ponto de vista técnico, constitui, em princípio, um processo de ação e de interação.” (ROJAS-BERMUDEZ, 2016, p. 21).O psicodrama utiliza técnicas como dramatizaçãoe expressão corporal para ajudar o cliente a explorar seus pensamentos, sentimentos e experiências de forma mais profunda,  essa abordagem terapêutica acredita que cada indivíduo é o construtor de si mesmo e do seu mundo, isso significa que o cliente é visto como um ser ativo, capaz de criar sua própria realidade e tomar decisões sobre sua vida. (RAMALHO, 2010)

O psicodrama está centrado no protagonista (no problema privado do protagonista) ou centrado no grupo (no problema do grupo). Em geral, é importante que o tema, privado ou coletivo, seja um problema verdadeiramente sentido pelos participantes (reais ou simbólicos). Os participantes devem representar suas experiências espontaneamente, embora a repetição de um tema possa revestir-se, com frequéncia, de vantagens terapéuticas.(MORENO, 1993, p. 31)

Rojas-Bermudez (2016) conceitua o psicodrama como uma abordagem terapêutica que coloca o indivíduo em seu contexto social, reconhecendo que ele não existe isolado, mas sim em interação com outras pessoas, ao contrário de tratar apenas o indivíduo, o psicodrama busca reconstruir o contexto de cada pessoa e colocá-la em movimento. Durante as sessões de psicodrama, as interações entre os participantes se manifestam, e não é apenas o indivíduo isolado que está envolvido, mas sim um grupo que expressa suas inter-relações, investigando profundamente os vínculos e suas características, não se limitando apenas aos relacionamentos de duas pessoas, mas também estudando e investigando os vínculos entre múltiplas pessoas e suas influências conjuntas, como um todo, sem separá-los.

Em resumo, o psicodrama é um processo terapêutico complexo que permite explorar e manipular diferentes aspectos da vida. Sua essência é simples: ajudar os pacientes a vivenciarem suas situações de forma intensa, expressar pensamentos não ditos, promover o apoio mútuo entre membros de um grupo e desenvolver a criatividade dos pacientes para lidar com os desafios da vida. (BLATNER e BLATNER, 1996).

2.3 Pensamentos Disfuncionais

Na infância, as crianças começam a desenvolver suas crenças fundamentais sobre si mesmas, as outras pessoas e o mundo ao seu redor. Essas crenças, também conhecidas como crenças nucleares, são entendimentos duradouros e profundamente arraigados, que muitas vezes não são expressos conscientemente pela própria pessoa, sendo consideradas verdades absolutas. (BECK, 2013).

BECK (2013) conceitua as crenças nucleares como crenças mais fundamentais que uma pessoa possui. Elas são amplas, inflexíveis e se aplicam a várias áreas da vida.Essas crenças nucleares são essenciais para moldar a visão de mundo de uma pessoa e têm um impacto significativo em sua autoestima e comportamento.

Já os pensamentos automáticos BECK (2013) diz que são pensamentos rápidos e específicos que passam pela mente de uma pessoa em resposta a uma situação específica. Eles são mais superficiais e situacionais em comparação com as crenças nucleares. Por exemplo, se alguém falha em uma tarefa, um pensamento automático pode ser “Eu sou um idiota” ou “Eu nunca vou conseguir fazer isso direito”. Os pensamentos automáticos estão diretamente ligados às situações e podem variar de acordo com as circunstâncias.

Entre as crenças nucleares e os pensamentos automáticos, existe a classe de crenças intermediárias. Essas crenças estão em um nível intermediário de generalidade e especificidade, elas são mais flexíveis do que as crenças nucleares, mas ainda têm um certo grau de generalização. Por exemplo, uma crença intermediária pode ser “Eu sou competente em algumas áreas, mas não em todas”. Essas crenças intermediárias podem influenciar como uma pessoa interpreta e responde a diferentes situações, mas não são tão abrangentes quanto as crenças nucleares. (BECK, 2013).

Os pensamentos automáticos são pensamentos que surgem de forma rápida e involuntária em nossa mente, sem que tenhamos controle consciente sobre eles. Eles podem ser considerados como um fluxo contínuo de pensamentos que ocorre em nossa mente, muitas vezes de forma inconsciente.Esses pensamentos automáticos não são exclusivos de pessoas que sofrem de problemas psicológicos. Na verdade, eles são uma experiência comum a todos nós. A maioria das vezes, não estamos conscientes desses pensamentos, pois eles ocorrem em segundo plano, sem que prestemos atenção consciente neles. (BECK, 2013)

Os pensamentos automáticos coexistem com um fluxo mais manifesto de pensamentos, surgem espontaneamente e não estão baseados na reflexão ou deliberação. As pessoas estão, em geral, mais cientes das emoções associadas, mas, com um pouco de treino, elas podem se tornar mais cientes do seu pensar. Os pensamentos que são relevantes para os problemas pessoais estão associados a emoções específicas, dependendo do seu conteúdo e significado. Eles são geralmente breves e fugazes, abreviados, e podem ocorrer na forma verbal e/ou como imagens. As pessoas costumam aceitar seus pensamentos automáticos como verdadeiros, sem reflexão ou avaliação. A identificação, a avaliação e a resposta aos pensamentos automáticos (de uma forma mais adaptativa) geralmente produzem uma mudança positiva no afeto.(BECK, 2013, p.165).

Quando somos capazes de perceber esses pensamentos automáticos, podemos questioná-los e avaliar se são verdadeiros ou se estão distorcendo a realidade. Essa habilidade é chamada de “verificação da realidade”. Ao questionar nossos pensamentos automáticos, podemos analisar se eles são baseados em fatos ou se são distorções cognitivas, ou seja, interpretações errôneas da realidade.(BECK, 2013).

BECK (2013, p. 62) ainda diz que “Em uma situação específica, as crenças subjacentes influenciam a percepção da pessoa, que é expressa pelos pensamentos automáticos em situações específicas. Esses pensamentos, por sua vez, influenciam a reação emocional, comportamental e fisiológica.”

A hierarquia da cognição explicada assima conceituada na imagem 1.

Conceituação Cognitiva 1

FONTE: (BECK,2013, p.62)

A imagem 2 ilustra a conceituação cognitiva, mostrando como em uma determinada situação particular o funcionamento das suas crenças influenciam seus pensamentos, que, por sua vez, influenciam sua reação.

Conceituação Cognitiva 2

FONTE: (BECK,2013, p.62)

O individuo teve pensamentos desencorajadores que afetaram sua experiência de leitura, porém, ideie que se ele tivesse respondido de forma mais positiva, como: “Posso enfrentar esse desafio! Já consegui entender livros assim antes. Com persistência, vou aprender ainda mais”. Essa atitude teria reduzido a tristeza e permitido que ele continuasse lendo.(BECK, 2013).

BECK (2013, p.62) finaliza dizendo que “As crenças nucleares não articuladas sobre sua incompetência influenciaram a sua percepção da situação.”

2.4 Sensopercpções Corporais

A sensação é o fenômeno primário gerado por estímulos físicos, químicos ou biológicos que são recebidos pelos órgãos receptores e causam alterações neles, esses estímulos podem vir de fora do organismo e são processados internamente, estimulando os órgãos receptores. Por outro lado, a percepção é a consciência que temos de um estímulo sensorial, é quando tomamos consciência do estímulo e o interpretamos, a percepção envolve o processamento das informações sensoriais pelo cérebro, dando significado ao estímulo. (VIEIRA, 2012). De acordo Morbeck (2020, p.12) “A sensopercepção é a habilidade de captar e interpretar os estímulos sensoriais que são recebidos a todo momento.”

Partindo desse pressuposto, é levantado sobre a imagem corporal e sensopercepção do corpo. Tavares (2003) define imagem corporal como a forma que uma pessoa percebe e conceitua o seu próprio corpo, sendo influenciada por fatores sensoriais, processo de desenvolvimento e aspectos psicodinâmicos. Embora esteja relacionada a uma organização cerebral integrada, a imagem corporal não é diretamente uma função cerebral em ação e sim um fenômeno singular que se desenvolve no contexto da experiência existencial e individual de cada ser humano, em um universo de inter-relações entre diferentes imagens corporais.

A imagem corporal é a estruturação terminada do corpo na mente do sujeito, ou seja, é a imagem que ele vê de si mesmo, mais o conjunto de sensações sinestésicas dos sentidos (audição, visão, tato, paladar, olfalto), originários de vivencias individuais, onde o sujeito cria um referencial do seu corpo, para o seu corpo e para o outro, sobre o objeto elaborado. (VIEIRA, 2012, p.150).

Segundo Silva (2010), na visão oriental, as práticas corporais chinesas têm como objetivo fundamental a unificação da mente e o corpo.Já no ocidente, as pesquisas e teorias neurocientíficas têm explorado a relação entre o sistema nervoso, o comportamento e a cognição,buscando compreender como o cérebro influencia o nosso comportamento e as nossas capacidades cognitivas.Esses trabalhos científicos têm investigado experiências que envolvem a consciência e a corporeidade, fazendo interconexões entre cérebro, mente e corpo onde são descritas e mensuradas, explorando como a experiência consciente está relacionada com a forma como percebemos e vivenciamos o nosso corpo.

Dessa forma é valido levar em conta como a abordagem psicodramatica  lida com os pensamentos difuncionais e as sensopercepções corporais. Para Khouri (2018) essa abordagem visa promover a integração e a catarse emocional, permitindo que os indivíduos trabalhem tanto os aspectos cognitivos quanto os emocionais e sensório-motores. No nível sensório-motor, o psicodrama interno busca trabalhar com as reações físicas e sensoriais, sensações e movimentos dos indivíduos. Isso pode envolver a utilização de técnicas como a expressão corporal, o roleplaying e a dramatização, permitindo que os indivíduos vivenciem e explorem suas experiências de maneira mais completa. Já no nível cognitivo, o psicodrama interno busca explorar os pensamentos, crenças e interpretações que os indivíduos têm sobre si mesmos e sobre o mundo ao seu redor, isso pode envolver identificar padrões de pensamento negativos, desafiá-los e substituílos por pensamentos mais positivos e realistas.

3. METODOLOGIA

Essa pesquisa tem por finalidade recolher informações e dissertar sobre o assunto citado acima, nessa busca cerca de 17 artigos foram identificados nos últimos 23 anos (2000-2023). A pesquisa tem um fim qualitativa e quantitativa a fim de recolher informações e realizar as devidas tabulações para um resultado em foco.

Enquanto estudos quantitativos geralmente procuram seguir com rigor um plano previamente estabelecido (baseado em hipóteses claramente indicadas e variáveis que são objeto de definição operacional), a pesquisa qualitativa costuma ser direcionada, ao longo de seu desenvolvimento; além disso, não busca enumerar ou medir eventos e, geralmente, não emprega instrumental estatístico para análise dos dados; seu foco de interesse é amplo e parte de uma perspectiva diferenciada da adotada pelos métodos quantitativos. (Neves pg 1, 1996)

A coleta de dados pela parte qualitativa ocorreu por buscas em artigos científicos encontrados nas bases de dados dos sites Google Acadêmico, Ministério da Saúde, sendo utilizados artigos de estudiosos que relatam sobre o tema escolhido, as buscas também se abrangeram para páginas de livros e para órgãos de saúde. E a parte quantitativa ocorreu por meio de uma dinâmica grupal tendo o enfoque de busca de informações em campo para o enriquecimento do presente artigo.

As buscas foram realizadas entre outubro e novembro de 2023, utilizando descritores os termos “pensamentos disfuncionais”, “sensações” e “corpo e mente”. Foram considerados a exclusão de artigos que eram repetitivos e que fugiram do tema proposto, foram também excluídos artigos que não respondiam à hipótese deste estudo.

Ao todo foram encontrados certa de 23 artigos abordando o tema proposto, tendo sido selecionados apenas 17 para a análise, excluindo os antecedentes por motivos de não serem necessário para a construção do tema, restando 9 artigos que foram estudados e incluídos no artigo, sendo estes não divergentes da ideia principal do estudo proposto.

Palavras Chaves: Pensamentos, Corpo-mente, sensações, grupos e corpo.

A dinâmica começa em pedir aos integrantes para que fechem os olhos e monte uma cena imaginária dele num cinema assistindo a um filme. Os integrantes podem querer ficar de olho aberto e está tudo bem. O filme é a cena protagônica matriz ou “traumatizante” que ele vivenciou; a cena deve ter início, meio e fim e deve ser vista várias vezes; a consigna é para não julgar o que está sendo visto. Comece com “se vier pensamentos, procure deixar ele vir e siga num fluxo contínuo sem ancorar neles com julgamentos. Deixe os pensamentos de lado. Ele entra e sai” e acompanhe as respostas neurofisiológica sempre questionando: “O que acontece em seu corpo?”.

Quando perceber respostas/sinais fisiológicas em diversos graus de intensidade, continue monitorando as respostas neurofisiológica sempre perguntando: “O que acontece em seu corpo?”, “Onde você percebe essa emoção em seu corpo?”, “Em que parte de seu corpo você percebe isso acontecendo?”, “Deixe essas sensações no corpo vir, permita-se perceber, esses resíduos estavam aí esse tempo todo, perceba agora e deixe sair”. Depois peça ao cliente que mude a atenção para as sensações e deixe o “filme” de lado: “Você agora está assistindo a esse filme por meio das sensações de seu corpo. Siga as sensações”.

Solicitar aos integrantes que desloquem sua atenção para as sensações corporais e explore essa sensopercepção corporal (tamanho, forma, cor, temperatura etc.); se aparecer uma emoção temos duas possibilidades de manejo. A primeira é pedir que ancore a emoção no corpo: “em que parte do corpo você sente essa emoção? (concretizar o medo, a raiva, a dor, o desespero, a tristeza etc.)”; a segunda é procurar expandir a fisiologia que está envolvida na emoção e construir uma maior capacidade para tolerá-la: “veja como e em que lugar do corpo essa emoção aflora e expanda em todas as direções. Deixe fluir e sair essa emoção”. Focalize a atenção nas sensações corporais ou na expansão das emoções.

O manejo deve sempre buscar alternâncias entre o foco de atenção plena no ponto de sensopercepção corporal de muita tensão/intensidade e um ponto mais organizado/relaxado do corpo. No caso de o paciente não identificar o ponto mais organizado, oriente-o para focalizar na respiração (no ar que entra na inspiração e no ar que sai na expiração). Nessa alternância, deve-se manter mais tempo na região que se encontra mais organizada. Não há um tempopadrão, pois o norteador é a observação e a ressonância com as reações e a tolerância do paciente.

Depois que os integrantes ficarem mais estabilizados, mais tranquilos e relaxados e as sensações intensas se atenuarem significativamente ou sumirem, o manejo visa dar suporte às elaborações dos integrantes (reprocessamento cognitivo), retornar à cena inicial do cinema assistindo ao próprio filme e manejar utilizando as técnicas do psicodrama: inversão, duplo, solilóquio: “O que você diria agora nessa situação?”, “Mostre de outra forma como você agiria agora”, “Projete como você vai agir depois disso tudo”, “O que percebeu e aprendeu com essa experiência?”. É importante ressaltar que ressignificar não é esquecer a cena. Ressignificar uma experiência é sobretudo retirar toda a carga afetiva da cena traumática, ou seja, ela se transforma e deixa de provocar sintomas e comportamentos disfuncionais.

Dinâmica elaborada por Georges Salim Khouri.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nos resultados da pesquisa acadêmica, apresentou-se uma variante alta de emoções desprazerosas seguindo à risca o questionário semiestruturado baseando-se em técnicas de abordagem psicológicas como a psicodrama e a TCC (terapia cognitivo comportamental). Os números de estudantes inseridos na dinâmica foram ao total 21 alunos, estudantes de psicologia, com idades variando entre 18 a 60 anos.

As emoções e sensações neste projeto apresentados foram possíveis graças a dinâmica que fez com que os participantes do grupo pudessem acessar seus pensamentos disfuncionais e exprimir as emoções e sensações por eles causados, sendo categorizados por tabelas de emoções presentes pré-dinâmica, durante a dinâmica e pós dinâmica.

Sendo também categorizados e tabulados resultados de pensamentos disfuncionais que surgiram durante a visualização, as sensações que estes causaram no corpo dos participantes e por fim, as regiões corporais afetadas pelos pensamentos disfuncionais.

Tabela 1 – Emoções Pré Dinâmica (n=21)

Fonte: Dados da pesquisa, 2023

Com a tabela acima é possível se notar que as emoções pré dinâmica são em sua maioria sentimentos ligados a felicidade 38%, vergonha 38% e ansiedade 48%. É possível notar-se também que há uma grande parte de neutralidade dentre as emoções que se manifestaram pré dinâmica, 29%. Subsequentemente as outras emoções já existentes também foram levadas em consideração na hora da tabulação dos resultados apresentados no projeto.

Com as emoções menos assinaladas durante a dinâmica seguem sendo o medo 19%, a tristeza com também 19% e as outras emoções que compartilham a mesma porcentagem de votos sendo elas surpresa, amor e depressão; ambas com 5% de votação.

Abaixo segue-se a tabela onde foram apresentados os dados das emoções que surgiram durante a dinâmica, podendo se fazer uma correlação com a tabela 1.

Tabela 2 – Emoções manifestadas no momento da dinâmica (n=21)

Fonte: Dados da pesquisa, 2023.

De acordo com a dinâmica de visualização, os participantes puderam acessar seus pensamentos disfuncionais e que causaram dor, consequentemente as emoções que mais se fizeram presentes durante a dinâmica foram as menos agradáveis, como a tristeza 33%, o medo 29% e a raiva 10%. Com a mesma porcentagem da emoção raiva segue-se também a surpresa 10%, subsequentemente o nojo, a felicidade, outras emoções e nenhuma emoção que seguem com 5%.

Abaixo segue a tabela 3, a qual analisa os pensamentos específicos dos participantes do projeto durante a dinâmica proposta.

Tabela 3 – Pensamentos Disfuncionais Que Surgiram no Momento da Dinâmica (n=21)

Fonte: Dados da pesquisa, 2023

Os pensamentos mais presentes durante visualização foram os de incapacidade 48%, de insegurança 38% e de fragilidade 29%. Os pensamentos subsequentes também tiveram valores altos como os de fracasso e conformidade 19%, e de infelicidade eterna com 10%. Houveram também participantes que relataram não ter tido nenhum pensamento 5% outros pensamentos não listados 5%.

É valido também trazer sentimentos específicos dos indivíduos, como relatado por uma das participantes presentes. “Eu senti uma dor de cabeça muito grande durante a dinâmica” e também, uma outra sensação especifica foi dita por outra participante durante a realização da dinâmica “durante a meditação eu sentia tanta vergonha que meu corpo encolhia, eu fiquei tombando”.

Abaixo, na tabela 4 será possível identificar s reações no corpo dos participantes da dinâmica.

Tabela 4 – Reações no corpo no momento da dinâmica (n=21)

Fonte: Dados da pesquisa, 2023.

Reações como dores no peito foram os mais presentes com 52%, logo em seguida alterações na respiração 48%, mãos e braços trêmulos 38%, corpo inquieto 24%, e dores de cabeça 14% seguiram sendo os mais relatados durante a dinâmica. Dor na barriga, ombros pesados e outros seguiram com 10%. 5% dos participantes também relataram que nada ocorreu em seus corpos, sendo este o menor resultado. 

Essas reações foram totalmente analisadas de forma com que a tabulação dos seus resultados fossem os mais criteriosos possíveis, já que durante a dinâmica, as reações sentidas pelos participantes foram assinaladas de forma pessoal. Foram feitas analises das reações que se assemelhavam e feito assim a tabela 4.

Abaixo segue-se a penúltima tabela, tabela 5, informando as partes do corpo onde mais houveram reações durante a dinâmica.

Tabela 5 – Regiões do corpo com mais reações (n=21)

Fonte: Dados da pesquisa,2023

De acordo com a tabela 5, a região mais afetada pelos pensamentos disfuncionais dos participantes da dinâmica foram a cabeça 62%, o tronco 52% e os membros superiores 48%. Alguns também relataram reações no pescoço 14% e em membros inferiores com 5%. Houveram também participantes que relataram nenhuma reação 5%.

Na última tabela abaixo, tabela 6, foram relatados os sentimentos dos participantes após a dinâmica.

Tabela 6 – Emoções pós dinâmica (n=21)

Fonte: Dados da pesquisa, 2023.

Na tabela 6, é notório o crescimento de sentimentos que antes não haviam se manifestado, em correlação com a tabela 1. Nota-se um crescimento da emoção medo 62%, outras emoções como ansiedade 48% e tristeza 43% seguem logo atrás. Emoções como o orgulho 19%, surpresa 14%, depressão 14%, e felicidade 14% também se destacaram. A emoção nojo, amor e neutro seguiram igualmente com 10% de escolhas, enquanto vergonha, desprezo e outros seguem ambos com 5%. A inveja não foi sentida por nenhum participante após a dinâmica proposta.

Discussão

Segundo Neto e Rossi (2013) as ensopercepção desempenha um papel fundamental na forma como o corpo humano experimenta e processam as memórias, emoções e pensamentos, essa ligação entre as áreas subcorticais e corticais do cérebro nos permite sentir de forma física essas experiências como uma ponte que une as partes mais primitivas do nosso cérebro (o límbico e o reptiliano) com a parte mais “evoluída” (o neocórtex). É por meio dessa ligação que se torna capaz de vivenciar e compreender a intensidade das emoções e memórias, explicando as diferentes reações do corpo ao se imaginar em situações de medo intenso, advinda da ligação dos sentimentos e das emoções que dessa forma mandam respostas para diferentes regiões do corpo, como foi notado nos resultados acima.

De acordo com os resultados apresentados nas tabelas, é notório que os sentimentos de medo, ansiedade e tristeza que se fizeram presentes após a visualização de um pensamento disfuncional, o que causou uma sensação corporal desprazerosa, confirmando a hipótese abordada para o projeto. A afirmação vai de encontro com a fala de ÁVILA, Laslo (p.16, 2012):

“Ficar doente, estar doente, muito além de seu significado médico (história natural da doença, etiologia, diagnóstico e prognóstico, etc.) é sempre, também, e ao mesmo tempo, “sofrer a doença”, ter um fato do maior significado inscrito em sua biografia, vivenciar um processo pleno de significações. O corpo próprio é muito mais do que apenas um instrumento de locomoção e ação no mundo, esse corpo se confunde com o Eu que o vive, na medida em que ambos vão sofrer do mesmo destino desde o nascimento até a morte. A pessoa adoece de corpo e alma; o psiquismo não é uma esfera autônoma, um epifenômeno do corpo: o Eu e o Corpo estão em permanente diálogo entre si e com o mundo. ”

O estudioso afirma que o corpo em si não somente fica doente de forma física, o corpo e a psique humana estão intrinsicamente interligados até o dia de sua morte, o que faz com que as sensações causadas pelas doenças afetem também o consciente do ser e vice-versa. As emoções em si são totalmente únicas e ligadas ao ser, é certo se dizer que cada pensamento disfuncional causará uma sensação ou uma emoção diferente a cada pessoa. WILLIAM, James (1890) é provável que uma tentativa de imitar uma emoção na ausência de sua causa instigadora natural seja “em vão”. Pensamento esse que vai de encontro com a ideia de que cada emoção é única e própria do ser, sendo impossível ter alguma reação corporal se não há emoção presente, o simples fato de não haver emoção, não causa nenhuma reação no corpo do ser, porém, do contrário, os pensamentos disfuncionais, não somente podem como causam reações adversas ao corpo do ser.

Levando em consideração dados estatísticos mais atuais na saúde brasileira, é notório que os agravos na saúde física podem ser interligados também a problematizações da saúde mental. Há evidências sólidas que o sofrimento mental comum tem um impacto significativo em alguns dos mais prevalentes agravos à saúde. Seja como fator de risco, seja piorando a aderência ao tratamento, ou ainda piorando o prognóstico, pesquisas que estudaram sintomas depressivos e ansiosos mostraram que esses estão relacionados à doença cárdio e cerebrovascular e também ao diabetes. (Ministério da Saúde, p. 93, 2013)

Dores crônicas também podem ser interligadas ao campo psicológico, já que estudos atuais apontam que as dores corporais não só estão ligadas ao físico, mas também abrangem outras perspectivas do ser. A Dor Crônica é uma condição que envolve aspectos físicos, psicológicos e socioculturais, consiste num processo que não se pode levar em consideração apenas um desses aspectos, mas a inter-relação entre todos (Barros et al. p. 11, 2014).

Durante o processo de dinâmica grupal, foi notado uma certa dificuldade de entender o sintoma e motivo do pensamento disfuncional, analisando os dados da pesquisa, é visível que um certo número de integrantes marcou “nenhuma reação” ou “nenhuma emoção”. E este sentimento de dificuldade de descrever também suas emoções vai de encontro com a fala de um estudioso:

Proponho que se tome o sintoma psicossomático como um capítulo da história do sujeito que não pôde ser escrito psiquicamente e que tomou a forma de um hieróglifo inscrito no corpo. Visto desta forma, sua dissolução equivale a transcrevê-lo: dar-lhe linguagem verbal e representacional na esfera psíquica (Ávila, 2002: 38-39).

A fala reflete também como a experiência grupal pode ajudar e auxiliar as pessoas com pensamentos disfuncionais e em sofrimento possam finalmente entender e expressar suas emoções e suas sensações corporais de forma mais clara e ter um melhor entendimento sobre suas emoções.

É possível também observar diante da dinâmica grupal, que a troca de experiências do grupo é necessária é muito rica, de acordo com o Ministério da Saúde (p. 121, 2013) O processo grupal, desde que bem pensado em sua finalidade, estrutura e manejo, permite uma poderosa e rica troca de experiências e transformações subjetivas que não seria alcançável em um atendimento de tipo individualizado. Isto se deve exatamente à pluralidade de seus integrantes, à diversidade de trocas de conhecimentos e possíveis identificações que apenas um grupo torna possível. 

Assim como o objetivo da dinâmica, trabalhar de forma grupal auxiliou os indivíduos a compartilharem o que sentiam e o que pensavam durante a visualização, graças a escuta e trabalho ativo de todos os pertencentes do grupo. O grupo deve ser proposto de tal modo a permitir que seus integrantes tenham voz, espaço e corpos presentes; se sintam verdadeiramente como integrantes ativos de um grupo. Não há participação verdadeiramente ativa em um grupo sem que os sujeitos que se colocam tenham condição de ser ouvidos em suas demandas, para depois poder ouvir e colaborar com a demanda alheia e proposta geral; constituindo, somente a partir daí um verdadeiro sentimento de pertencimento grupal. (Ministério da Saúde, p. 123, 2014).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

 Como foi mostrado nos resultados, o corpo é reativo as emoções e sentimentos em que o indivíduo está passando, afetando o bem-estar do paciente de diferentes formas, no entanto tornase preocupante quando o indivíduo deixa de fazer determinadas coisas por medo de como o corpo irá reagir. É notado que esse medo vem de crenças centrais e de pensamentos disfuncionais que induz o sujeito que algo sempre irá dar errado, provocando o pessimismo e a procrastinação.   

Sentimento de culpa e percepções distorcidas de si e do mundo são bastante frequentes, e só podem ser adequadamente restauradas se o indivíduo ressignificar esses medos. Por se tratar de uma dinâmica que foi realizada apenas uma vez, a reestruturação não era o principal foco da pesquisa já que para tal feito seria necessário a realização de mais sessões com os participantes do grupo, visto que seria incapaz de ser realizada com eficiência em apenas uma sessão.

Levando em conta as sensopercepções do corpo é notável que cada indivíduo reaja de uma forma diferente ao passar por situações de medo intenso, porém, também foi notado que na maioria dos casos o corpo apresenta alguma reação em diferentes locais, variando de indivíduo para indivíduo, levando a ideia de controle das reações do corpo ao passar por esses tipos de situações, tornando necessárias mais pesquisas em relação ao controle das reações corporais ao passar por determinadas situações estressantes.

 A técnica utilizada na dinâmica mostrou-se eficiente para analisar as sensopercepções e os pensamentos disfuncionais dos integrantes do grupo, como se tratou apenas de uma dinâmica onde a técnica foi utilizada apenas uma vez não se pode afirmar se a técnica é eficiente em longo prazo, tornando-se necessário a realização mais pesquisas de campo que utilizem essa mesma técnica para verificar a eficácia em longo prazo.

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1Discente do Curso Superior de Psicologia do Instituto ILES/ULBRA – Instituto Luterano de Ensino Superior
Campus Itumbiara e-mail: lawandaneri1984@rede.ulbra.br
2Docente do Curso Superior de Psicologia do Instituto ILES/ULBRA – Instituto Luterano de Ensino Superior
Campus Itumbiara. Mestre em Psicologia da Saúde e Hospitalar. Mestre em Terapia Cognitivo Comportamental email: ana.novais@ulbra.com