COMPREHENSIVE CARE FOR WOMEN VICTIMS OF SEXUAL ABUSE: FROM EMERGENCY TO MULTI-PROFESSIONAL SUPPORT
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202506301802
Elizangela Silva de Jesus1 / Ana Vitoria de Jesus Freire2 / Jorlene da Silva Costa3 / Mateus Henrique Dias Guimarães4 / Thamíris Guimarães Brito Colares5 / Jovelina Silva Freitas6 / Eduardo Jurandir Altair de Lima Sousa7 / Beatriz Zani Silva8 / Elisângela da Silva Rocha9 / Mauricio do Couto Guerreiro10 / Carlos Lopatiuk11
Resumo
INTRODUÇÃO: A violência sexual contra a mulher constitui um grave problema de saúde pública, com impactos físicos, emocionais e sociais. A atenção integral a essas vítimas deve ir além do atendimento emergencial, envolvendo acompanhamento multiprofissional qualificado e humanizado. OBJETIVO: Descrever a atenção integral à mulher vítima de abuso sexual, desde o atendimento inicial até o cuidado contínuo em rede. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa, nas bases de dados PubMed, SciELO e LILACS. Foram utilizados os seguintes descritores do DeCS/MeSH: “violência sexual”, “serviços de saúde para a mulher”, “equipe multiprofissional” e “atenção integral à saúde da mulher”. Foram incluídos artigos publicados entre 2020 e 2024, em português, inglês e espanhol, que abordassem manejo clínico em UTI. Duplicatas foram excluídas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram selecionados 16 artigos que abordaram diferentes aspectos da assistência à mulher vítima de violência sexual. Os estudos destacam a importância do acolhimento humanizado, da escuta qualificada, da realização de profilaxias, da coleta de vestígios e do suporte psicológico imediato. Contudo, muitos serviços ainda apresentam falhas na continuidade do cuidado e na articulação da rede multiprofissional. A efetividade da atenção integral depende da preparação das equipes, da existência de protocolos institucionais e da integração entre os serviços de saúde, assistência social e justiça. A falta de estrutura e de capacitação é uma barreira recorrente, prejudicando a reabilitação da vítima e sua inserção segura na sociedade. CONCLUSÃO: O atendimento integral à mulher vítima de abuso sexual exige ações coordenadas, humanizadas e interdisciplinares, que garantam desde o socorro imediato até o acompanhamento contínuo, promovendo dignidade, proteção e autonomia à mulher.
Palavras-chave: Atenção integral à saúde da mulher. Equipe multiprofissional. Serviços de saúde para a mulher. Violência sexual.
Abstract
INTRODUCTION: Sexual violence against women is a serious public health problem, with physical, emotional, and social impacts. Comprehensive care for these victims must go beyond emergency care, involving qualified and humanized multidisciplinary monitoring. OBJECTIVE: To describe comprehensive care for women victims of sexual abuse, from initial care to ongoing care in a network. METHODOLOGY: This is a narrative review of the PubMed, SciELO, and LILACS databases. The following DeCS/MeSH descriptors were used: “sexual violence,” “women’s health services,” “multidisciplinary team,” and “comprehensive care for women’s health.” Articles published between 2020 and 2024, in Portuguese, English, and Spanish, that addressed clinical management in the ICU were included. Duplicates were excluded. RESULTS AND DISCUSSION: Sixteen articles were selected that addressed different aspects of care for women victims of sexual violence. The studies highlight the importance of humanized care, qualified listening, prophylaxis, collection of evidence and immediate psychological support. However, many services still have gaps in the continuity of care and in the coordination of the multidisciplinary network. The effectiveness of comprehensive care depends on the preparation of teams, the existence of institutional protocols and the integration between health, social assistance and justice services. The lack of structure and training is a recurring barrier, hindering the rehabilitation of victims and their safe integration into society. CONCLUSION: Comprehensive care for women victims of sexual abuse requires coordinated, humanized and interdisciplinary actions that guarantee everything from immediate assistance to ongoing monitoring, promoting dignity, protection and autonomy for women.
Keywords: Comprehensive care for women’s health. Multidisciplinary team. Health services for women. Sexual violence.
INTRODUÇÃO
A violência sexual é uma das formas mais graves de violação dos direitos humanos e representa um problema de saúde pública que afeta milhares de mulheres em todo o mundo. Trata-se de uma agressão que transcende o aspecto físico, deixando marcas profundas na saúde mental, emocional e social da vítima. O enfrentamento eficaz desse tipo de violência exige ações integradas, sensíveis e coordenadas em diversos níveis de atenção à saúde (Oliveira et al., 2024).
No Brasil, os altos índices de violência sexual contra mulheres reforçam a urgência de políticas públicas que garantam a proteção, o acolhimento e a reparação integral às vítimas. Dados de organismos nacionais e internacionais evidenciam que muitas mulheres sofrem agressões em contextos de vulnerabilidade, com destaque para ambientes domésticos, comunitários e até institucionais. Essa realidade demanda intervenções imediatas e continuadas por parte do Estado e da sociedade (Oliveira et al., 2024).
O atendimento emergencial à mulher vítima de abuso sexual é uma etapa crítica que requer preparo técnico e sensibilidade dos profissionais de saúde. Nessa fase, é imprescindível assegurar um acolhimento humanizado, com foco na escuta ativa e na preservação da dignidade da vítima. Além disso, medidas imediatas, como a profilaxia de infecções sexualmente transmissíveis, contracepção de emergência e suporte psicológico inicial, devem ser ofertadas de forma ágil e eficiente (Silva et al., 2023).
Contudo, o cuidado à mulher em situação de violência sexual não se limita à assistência prestada nas primeiras horas ou dias após o abuso. É necessário garantir um acompanhamento multiprofissional e intersetorial que favoreça a reabilitação biopsicossocial da vítima. Isso inclui o acesso contínuo a serviços de saúde mental, assistência social, apoio jurídico e redes de proteção (Silva et al., 2023).
A atuação de uma equipe multiprofissional é fundamental nesse processo, pois permite o enfrentamento das múltiplas consequências da violência sob diferentes perspectivas. Profissionais como médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e advogados devem trabalhar de forma articulada, respeitando a singularidade de cada caso e os direitos da mulher. Essa abordagem integrada potencializa o cuidado e amplia as chances de reintegração social e emocional da vítima (Albornoz; Ruschel; Pasini, 2024).
O papel dos serviços de referência, como os Centros de Atendimento à Mulher e as Unidades de Pronto Atendimento com protocolo específico para violência sexual, é essencial para garantir respostas rápidas e eficazes. Esses locais devem estar preparados para acolher com ética, sigilo e empatia, além de manter articulação com a rede de apoio existente nos territórios. A capacitação contínua dos profissionais é também um fator decisivo para a qualidade da assistência (Albornoz; Ruschel; Pasini, 2024).
É importante destacar que a atenção integral à mulher vítima de abuso sexual está prevista em diversos dispositivos legais e normativos brasileiros, como a Lei nº 12.845/2013, que dispõe sobre o atendimento obrigatório e integral a pessoas em situação de violência sexual. Tais normativas fornecem respaldo jurídico e norteiam os serviços de saúde na adoção de condutas adequadas e padronizadas (Pinho; Lordello, 2023).
Apesar dos avanços legislativos e das iniciativas políticas voltadas para o enfrentamento da violência sexual, ainda persistem desafios significativos na implementação de uma atenção verdadeiramente integral. Entre eles, destacam-se a escassez de recursos, a desinformação, o preconceito e a revitimização das mulheres nos serviços de saúde e segurança pública. Superar essas barreiras exige compromisso institucional e envolvimento da sociedade civil (Pinho; Lordello, 2023).
O silêncio que muitas vítimas mantêm por medo, vergonha ou falta de apoio reforça a importância de criar ambientes seguros e acolhedores onde elas possam se expressar e buscar ajuda. As ações educativas, tanto na comunidade quanto entre os profissionais de saúde, são fundamentais para quebrar tabus e estimular a denúncia. A escuta qualificada, o respeito e o cuidado ético devem permear todas as etapas do atendimento (Jardim; Paltronieri, 2022).
Diante desse cenário, o presente artigo tem como objetivo discutir a importância da atenção integral à mulher vítima de abuso sexual, desde o atendimento emergencial até o acompanhamento multiprofissional. Busca-se refletir sobre os desafios enfrentados pelos serviços de saúde, a relevância da atuação em rede e as estratégias que podem contribuir para um cuidado mais humanizado, eficaz e transformador.
Este artigo justifica-se pela necessidade de aprofundar a compreensão sobre a atenção integral à mulher vítima de abuso sexual, considerando as deficiências ainda existentes nos serviços de saúde, especialmente no acolhimento emergencial e no acompanhamento multiprofissional. Apesar dos avanços nas políticas públicas, muitas vítimas enfrentam dificuldades para acessar um atendimento humanizado, seguro e contínuo, o que evidencia a importância de fortalecer práticas interdisciplinares e protocolos que garantam cuidado qualificado.
METODOLOGIA
Este estudo consiste em uma revisão integrativa da literatura, seguindo o modelo metodológico proposto em seis etapas: (1) identificação do tema e formulação da questão norteadora; (2) definição dos critérios de inclusão e exclusão; (3) categorização dos estudos e definição das informações a serem extraídas; (4) avaliação crítica dos estudos incluídos; (5) interpretação dos resultados; e (6) apresentação da revisão com síntese do conhecimento (Sousa et al., 2018). Essa abordagem permite reunir, analisar e sintetizar, de forma sistemática e crítica, a produção científica relacionada à atenção integral à mulher vítima de abuso sexual, desde o atendimento emergencial até o acompanhamento multiprofissional.
A questão norteadora da revisão foi construída com base na estratégia PICo, adequada para estudos qualitativos, na qual P representa a população ou problema de interesse, I corresponde ao fenômeno de interesse, e Co ao contexto (Araújo, 2020). Com base nessa estrutura, formulou-se a seguinte pergunta: “Quais são as práticas e estratégias descritas na literatura para a atenção integral à mulher vítima de abuso sexual, desde a emergência até o acompanhamento multiprofissional nos serviços de saúde?”. Essa pergunta orientou todo o processo de seleção e análise dos estudos, assegurando a relevância e a consistência das evidências com os objetivos da pesquisa.
A busca dos artigos foi realizada nas bases de dados LILACS, MEDLINE (via Biblioteca Virtual em Saúde – BVS) e SciELO. Utilizaram-se os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e os termos do Medical Subject Headings (MeSH), combinados por meio dos operadores booleanos AND e OR. Os descritores utilizados foram: “violência sexual”, “serviços de saúde para a mulher””, “equipe multiprofissional” e “atenção integral à saúde da mulher”. A busca contemplou artigos publicados entre os anos de 2019 e 2024, disponíveis gratuitamente em texto completo nos idiomas português, inglês e espanhol.
Foram incluídos os estudos que abordavam de forma direta o atendimento à mulher em situação de violência sexual, com ênfase nas ações emergenciais e no acompanhamento multiprofissional em contextos de saúde. Excluíram-se artigos duplicados, literatura cinzenta (como teses, dissertações, anais de eventos) e publicações que não apresentavam relação direta com a temática proposta. A seleção dos estudos foi realizada em duas etapas: leitura de títulos e resumos, seguida da leitura na íntegra dos textos que atendiam aos critérios definidos.
As informações extraídas dos estudos selecionados incluíram: autores, ano de publicação, objetivos da pesquisa, população estudada, tipo de estudo, práticas de atenção emergencial, estratégias de acompanhamento multiprofissional e principais resultados e conclusões. A análise dos dados foi conduzida de forma qualitativa, buscando identificar padrões de atendimento, abordagens interdisciplinares, desafios enfrentados e lacunas nas práticas assistenciais.
A sistematização das evidências permitiu elaborar uma síntese crítica sobre os modelos de atenção à mulher vítima de abuso sexual, destacando as práticas mais recorrentes, os limites enfrentados pelos serviços e as recomendações presentes na literatura científica. Essa abordagem contribui para ampliar a compreensão sobre o papel da rede de saúde e da equipe multiprofissional no enfrentamento da violência sexual, promovendo reflexões e subsídios para a melhoria da assistência prestada.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
A literatura analisada aponta que a atenção à mulher vítima de abuso sexual deve iniciar-se com um acolhimento humanizado, pautado na escuta qualificada e no respeito à autonomia da paciente. O momento da chegada da vítima a um serviço de saúde representa uma etapa sensível, onde a conduta dos profissionais pode impactar diretamente na continuidade do cuidado e na disposição da mulher em relatar a violência sofrida (Figueiredo; Silva, 2023).
Os serviços de urgência e emergência desempenham um papel estratégico no primeiro contato com a vítima. Nesses locais, é fundamental que existam protocolos estabelecidos para atendimento em casos de violência sexual, incluindo a identificação precoce de sinais de abuso, mesmo quando não verbalizados, e a garantia de sigilo e segurança durante o acolhimento. A capacitação da equipe para lidar com essas situações é frequentemente citada como um ponto crítico para a eficácia do cuidado (Figueiredo; Silva, 2023).
Diversos estudos destacam que, no atendimento imediato, devem ser asseguradas medidas profiláticas contra infecções sexualmente transmissíveis, incluindo o HIV, bem como a contracepção de emergência e a coleta de vestígios para fins forenses, com o devido consentimento da vítima. A ausência dessas práticas ou sua execução inadequada pode comprometer a saúde da mulher e inviabilizar ações legais futuras (Neta et al., 2023)
Outro aspecto relevante é a abordagem psicológica inicial, que deve estar disponível desde o primeiro contato da vítima com o serviço de saúde. O trauma emocional causado pelo abuso pode desencadear quadros de ansiedade, depressão, transtorno de estresse pós-traumático e isolamento social. Assim, a presença de psicólogos ou profissionais com capacitação em saúde mental no momento do acolhimento é considerada uma medida essencial para minimizar os danos imediatos (Joaquim et al., 2024).
No entanto, a resposta institucional à violência sexual muitas vezes se limita ao atendimento emergencial, sem articulação efetiva com a rede de apoio e com o acompanhamento multiprofissional subsequente. Essa fragmentação compromete a integralidade do cuidado e aumenta a vulnerabilidade da mulher, que, muitas vezes, retorna ao mesmo ambiente em que ocorreu a violência, sem proteção ou suporte contínuo (Teixeira; Paiva, 2021).
A continuidade do cuidado deve envolver serviços de atenção básica, centros de referência à mulher, unidades de saúde mental e serviços de assistência social. Essa articulação permite a construção de um plano terapêutico individualizado, que considera as particularidades da vítima e a complexidade da situação vivenciada. O acompanhamento psicológico a longo prazo, o suporte social e jurídico, bem como o encaminhamento para abrigos ou medidas protetivas, fazem parte dessa abordagem ampliada (Teixeira; Paiva, 2021).
O trabalho em equipe multiprofissional surge como uma necessidade incontestável diante da natureza multifacetada da violência sexual. Médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, farmacêuticos e advogados devem atuar de forma coordenada, compartilhando informações de maneira ética e promovendo ações integradas em benefício da vítima. A comunicação entre os profissionais e o respeito aos limites de cada área são fatores que influenciam diretamente a qualidade do cuidado (Nascimento et al., 2023).
As experiências bem-sucedidas descritas na literatura apontam que a criação de fluxos assistenciais específicos e a realização de capacitações periódicas contribuem significativamente para o fortalecimento da rede de atenção. Quando os profissionais compreendem seu papel no enfrentamento da violência e são preparados para atuar com empatia e técnica, há maior adesão das vítimas ao acompanhamento e menor risco de revitimização institucional (Nascimento et al., 2023).
Também se observa a importância do registro adequado de todos os procedimentos realizados, tanto para fins legais quanto para garantir a continuidade e a coerência da assistência. Documentações clínicas completas e éticas contribuem para preservar os direitos da vítima e para que as informações relevantes estejam disponíveis ao longo do processo de acompanhamento (Santos et al., 2023).
Apesar dos avanços legais e das diretrizes propostas pelo Ministério da Saúde, como a Rede Cegonha e a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, ainda há uma distância considerável entre o que está normatizado e a realidade da prática assistencial. A escassez de recursos, a sobrecarga dos serviços, o despreparo de parte das equipes e o estigma associado à violência sexual são barreiras recorrentes à efetivação do cuidado integral (Santos et al., 2024).
As vítimas também relatam dificuldades em procurar ajuda devido ao medo do julgamento, à vergonha e à falta de conhecimento sobre os seus direitos. Esse contexto reforça a necessidade de ações educativas na comunidade, de campanhas de sensibilização e da construção de uma cultura institucional que acolha a mulher com empatia, respeito e responsabilidade (Castilho; Farina, 2023).
A presença de serviços especializados em atenção à mulher em situação de violência, como os centros de referência e as casas de abrigo, tem mostrado impacto positivo na qualidade do cuidado. Esses espaços funcionam como locais de escuta, orientação e suporte, facilitando o acesso da vítima a outras políticas públicas e promovendo a reestruturação de sua vida pessoal, emocional e social (Castilho; Farina, 2023).
As estratégias de cuidado mais efetivas são aquelas que respeitam o tempo e o silêncio da vítima, promovem sua autonomia e oferecem um ambiente seguro para que ela possa retomar o controle sobre sua própria história. A violência sexual rompe vínculos e fragiliza identidades; por isso, o cuidado integral deve ser entendido como um processo contínuo, que vai além da assistência técnica, incluindo a construção de vínculos de confiança (Azevedo et al., 2023).
Diante disso, observa-se que a atenção integral à mulher vítima de abuso sexual exige mais do que um protocolo a ser seguido: requer sensibilidade, articulação em rede e compromisso com os direitos humanos. Os serviços de saúde, ao atuarem de forma técnica e humana, tornam-se espaços de escuta, acolhimento e transformação, essenciais na reconstrução da vida de mulheres marcadas por experiências de violência (Azevedo et al., 2023).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As evidências encontradas demonstram que a atenção integral à mulher vítima de abuso sexual deve abranger, de forma articulada, o atendimento emergencial e o acompanhamento multiprofissional contínuo. O cuidado imediato, quando realizado com escuta qualificada, acolhimento humanizado e aplicação de protocolos clínicos e legais, é fundamental para minimizar danos físicos e emocionais, além de fortalecer a autonomia da vítima.
Contudo, a efetivação desse cuidado depende da atuação integrada entre os diversos profissionais e serviços, da capacitação contínua das equipes e da articulação da rede de proteção. A abordagem multiprofissional não apenas amplia a qualidade da assistência, mas também contribui para a reconstrução da vida da mulher, reafirmando seu direito à saúde, à dignidade e à proteção integral.
REFERÊNCIAS
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1Bacharela em Enfermagem, Pós-graduação em Estratégias de Enfrentamento à Violência – Faculdade Uninte. ely.cicom.alagoinhas@gmail.com
2Bacharela em Enfermagem – Universidade Tiradentes. https://orcid.org/0009-0007-8727-3042
3Bacharela em Enfermagem – Pontificie Universidade Catolica De Goias (PUC). https://orcid.org/0009-0006-3344-8794
4Mestrado em Saúde Pública – Universidad Europea Del Atlántico. https://orcid.org/0009-0008-0206-0011
5Bacharel em Biomedicina – Faculdade Estácio Seama. https://orcid.org/0009-0007-5193-0522
6Bacharel em Enfermagem – Faculdade de Imperatriz (FACIMP). https://orcid.org/0009-0006-2949-3998
7Bacharel em Enfermagem – UNIP. https://orcid.org/0009-0009-2609-9647
8Graduanda em Enfermagem – Centro Universitário Celso Lisboa. https://orcid.org/0009-0005-5045-8540
9Graduanda em Enfermagem – IBMR
10Graduando em Enfermagem – Faculdade Unicesumar – Cesumar. https://orcid.org/0009-0008-8476-5807
11Doutorado em Desenvolvimento Comunitário – Universidade Estadual do Centro Oeste – UNICENTRO. https://orcid.org/0000-0001-5918-0657