ERRORS IN MEASURING BLOOD PRESSURE AND THEIR IMPACT ON THE DIAGNOSIS AND TREATMENT OF HYPERTENSION
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/dt10202506101216
Domício Rocha Santos Firmino1
Gisele Castro dos Santos2
Josemir de Almeida Lima3
Helder Delano Barboza de Farias4
RESUMO
Introdução: A aferição correta da pressão arterial (PA) é essencial para o diagnóstico e manejo adequados da hipertensão arterial sistêmica, condição que demanda precisão para evitar diagnósticos errôneos e tratamentos inadequados. Objetivo: Analisar os principais erros na aferição da pressão arterial e seu impacto no diagnóstico e tratamento da hipertensão. Métodos: Revisão integrativa da literatura, com seleção de artigos publicados entre 2020 e 2025 nas bases SciELO, LILACS, PubMed e Google Acadêmico, conforme critérios de inclusão e exclusão definidos previamente. Resultados: Foram identificados erros recorrentes na aferição da PA, incluindo uso incorreto do manguito (tamanho e posicionamento), falhas na técnica auscultatória, interpretação inadequada dos sons de Korotkoff, não observância do tempo entre aferições e ausência da avaliação das condições prévias dos pacientes. Esses erros comprometem a acurácia das medidas, resultando em diagnósticos falsos ou subestimados de hipertensão, impactando diretamente na prescrição e na eficácia do tratamento. Discussão: As falhas evidenciam deficiências na capacitação técnica dos profissionais e na padronização dos procedimentos, o que pode levar a riscos clínicos significativos, como uso inadequado de medicamentos e aumento de eventos cardiovasculares. Destaca-se a importância de treinamentos contínuos e protocolos claros para garantir a segurança do paciente. Conclusão: Os erros na aferição da pressão arterial são consequência de fatores humanos e institucionais. Investir em educação permanente, treinamento prático e padronização das técnicas é fundamental para melhorar o diagnóstico e o tratamento da hipertensão, assegurando qualidade e segurança na assistência à saúde.
Descritores: Erros de aferição. Profissionais de enfermagem. Pressão arterial.
ABSTRACT
Introduction: Accurate blood pressure (BP) measurement is essential for the proper diagnosis and management of systemic arterial hypertension, a condition that requires precision to avoid misdiagnosis and inappropriate treatment.Objective: To analyze the main errors in blood pressure measurement and their impact on the diagnosis and treatment of hypertension.Methodology: Integrative literature review selecting articles published between 2020 and 2025 from the SciELO, LILACS, PubMed, and Google Scholar databases, according to predefined inclusion and exclusion criteria.Results: Recurring errors in BP measurement were identified, including incorrect cuff use (size and positioning), failures in the auscultatory technique, inadequate interpretation of Korotkoff sounds, failure to observe the time interval between measurements, and lack of assessment of patients’ prior conditions. These errors compromise measurement accuracy, resulting in false or underestimated hypertension diagnoses, directly impacting prescription and treatment effectiveness. Discussion: The errors reflect deficiencies in professionals’ technical training and procedure standardization, which may lead to significant clinical risks such as inappropriate medication use and increased cardiovascular events. Continuous training and clear protocols are essential to ensure patient safety.Conclusion: Errors in blood pressure measurement stem from human and institutional factors. Investing in ongoing education, practical training, and technique standardization is crucial to improve hypertension diagnosis and treatment, ensuring quality and safety in healthcare delivery.
Descriptors: Measurement errors. Nursing professionals. Blood pressure.
1. INTRODUÇÃO
Este estudo aborda os erros na aferição da pressão arterial (PA) e suas consequências no acompanhamento e tratamento de indivíduos. A PA é um dos principais indicadores da saúde cardiovascular e um parâmetro essencial na prática clínica. No entanto, falhas durante sua medição podem resultar em diagnósticos imprecisos, tratamentos inadequados e maior risco de complicações cardiovasculares. Tais equívocos comprometem a eficácia do cuidado médico e podem levar a desfechos clínicos desfavoráveis, reforçando a importância da correta execução das técnicas de aferição para garantir a segurança do indivíduo e a precisão no monitoramento da PA.
A motivação para este estudo surgiu a partir da observação, durante o estágio hospitalar, de que erros na aferição da pressão arterial são recorrentes e comuns. Esses erros, muitas vezes não identificados, podem comprometer o acompanhamento clínico do paciente, prejudicando a precisão das decisões terapêuticas. Diante dessa realidade, percebeu-se a necessidade de investigar as principais causas desses erros, entender suas consequências e, assim, contribuir para a melhoria dos procedimentos de aferição da pressão arterial, garantindo maior confiabilidade e qualidade no acompanhamento e tratamento dos pacientes.
Conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a hipertensão arterial atinge 1,28 bilhão de adultos a nível mundial, sendo responsável por um elevado quantitativo de óbitos evitáveis anualmente (ONU, 2021). No Brasil, o Ministério da Saúde estima que aproximadamente 30% da população adulta é hipertensa e muitos desses casos são diagnosticados ou tratados de forma inadequada devido a medições incorretas da PA (Brasil, 2020).
Os erros na aferição da PA podem ser atribuídos a fatores como técnica inadequada do profissional de saúde, uso incorreto de equipamentos, condições adversas do ambiente e características do paciente, como movimentação excessiva ou ansiedade (Anjos et al., 2023). Segundo as diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a aferição precisa da PA requer cuidados específicos, como o uso de um manguito adequado ao tamanho do braço, postura corporal correta e múltiplas medições para garantir resultados confiáveis (Malachias et al., 2020; Mancia et al., 2022; Silva et al., 2023; Stergiou et al., 2021).
Erros comuns, como o uso de manguitos inadequados, podem levar a classificações errôneas de hipertensão ou normotensão. Um manguito pequeno tende a superestimar os valores pressóricos, enquanto um maior pode subestimá-los (Almeida, Diogo, Pierin, 2025). Fatores externos, como a “hipertensão do jaleco branco” — caracterizada pelo aumento da PA devido à ansiedade em consultas médicas — também podem comprometer a precisão dos resultados (Machacal Jr.; Rezer; Faustino, 2022; Feitosa et al., 2024; Lima et al., 2021; SBC, 2020).
Diante desse contexto, é fundamental que os profissionais de saúde estejam capacitados para realizar a aferição da PA de forma padronizada, minimizando fontes de erro. O avanço tecnológico, com o desenvolvimento de dispositivos automáticos de medição, também contribui para reduzir falhas humanas e aprimorar a precisão dos resultados (Silva et al., 2021; Adeodato et al., 2022; Arie; Parente, 2022).
Com o objetivo de direcionar esta investigação, propõe-se a seguinte questão norteadora: Quais são os erros mais comuns na aferição da pressão arterial e como eles impactam o diagnóstico e o tratamento da hipertensão?
A aferição adequada da pressão arterial (PA) é fundamental para garantir diagnósticos corretos e a condução apropriada dos tratamentos, especialmente no campo da enfermagem, que desempenha um papel crucial no monitoramento da saúde dos indivíduos. Contudo, falhas nesse procedimento podem comprometer o diagnóstico e a escolha terapêutica, aumentando o risco de complicações clínicas. Diante disso, este estudo tem como objetivo geral analisar erros na aferição da pressão arterial e como eles impactam o diagnóstico e tratamento da hipertensão.
Os resultados desta investigação poderão contribuir para aprimorar práticas assistenciais, reforçando a importância de técnicas corretas e atualizadas na aferição da PA. Além disso, espera-se que o estudo ofereça subsídios para ações de capacitação profissional e revisão de procedimentos operacional padrão da PA, visando a redução de erros e a promoção de um cuidado mais seguro e eficiente. Assim, pacientes poderão se beneficiar de diagnósticos mais precisos e intervenções mais adequadas, fortalecendo a qualidade dos serviços de saúde
2. MÉTODO
Este estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura, caracterizada como uma pesquisa bibliográfica, de abordagem qualitativa, com caráter exploratório e descritivo. A revisão integrativa permite a sistematização de dados científicos, reunindo achados de pesquisas anteriores sobre um tema específico e possibilitando a análise crítica desses conteúdos.
Tal abordagem contribui para a ampliação do conhecimento e a identificação de lacunas na produção científica. De acordo com Dantas et al. (2020), as etapas de uma revisão integrativa incluem: definição do tema, formulação da pergunta de pesquisa, amostragem da literatura, categorização, análise e interpretação dos dados, além da síntese final dos achados.
A pergunta norteadora desta pesquisa foi: quais são os principais erros cometidos na aferição da pressão arterial por profissionais de enfermagem e de que forma esses erros impactam o diagnóstico e o tratamento da hipertensão arterial? A partir dessa questão, foram definidos os critérios de busca e seleção dos estudos.
Foram incluídos artigos científicos disponíveis na íntegra, publicados entre 2019 e 2024, redigidos em português ou inglês, que estivessem indexados nas bases Scielo, BVS, LILACS, PubMed e Google Acadêmico. Os estudos deveriam apresentar metodologias bem definidas e abordar diretamente a temática proposta.
Foram excluídos artigos duplicados, relatos de caso, estudos com metodologia inadequada, trabalhos fora do recorte temporal estipulado e publicações que, embora relacionadas à saúde, não abordassem diretamente a aferição da pressão arterial por profissionais de enfermagem.
A coleta de dados ocorreu entre março e abril de 2025. Foram utilizados os descritores “erros de aferição”, “profissionais de enfermagem” e “pressão arterial”, combinados com o operador booleano AND, conforme os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). As buscas foram realizadas nas plataformas Google Acadêmico (n = 403), Scielo (n = 90), BVS (n = 80), LILACS (n = 87) e PubMed (n = 23), totalizando 683 artigos inicialmente identificados.
A seleção dos estudos foi realizada em três etapas. Na primeira, foram excluídos 303 artigos após leitura de títulos e resumos por não atenderem ao objetivo do estudo. Na segunda etapa, os 380 artigos restantes foram lidos na íntegra, sendo excluídos 211 por inadequação metodológica, 271 por ultrapassarem o limite temporal de cinco anos, 99 por serem relatos de caso e 94 por estarem duplicados.
Após esse processo, oito artigos atenderam plenamente aos critérios estabelecidos e compuseram a amostra final da revisão. Esses estudos foram analisados descritivamente, com foco na identificação dos principais erros na aferição da pressão arterial e suas implicações no diagnóstico e tratamento da hipertensão.
Figura 1. Síntese dos artigos

Os dados extraídos foram organizados em uma tabela de síntese, contendo informações como autor, ano de publicação, objetivo, tipo de estudo, principais resultados e conclusões. Essa estrutura possibilitou uma análise crítica e interpretativa dos achados.
No que se refere aos aspectos éticos, este estudo está dispensado de apreciação por Comitê de Ética em Pesquisa, por não envolver seres humanos diretamente nem utilizar dados primários. Tal dispensa encontra respaldo na Resolução nº 510, de 7 de abril de 2016, do Conselho Nacional de Saúde, que regula as pesquisas nas áreas das ciências humanas e sociais.
3. RESULTADOS
Após o processo de seleção, oito artigos compuseram o corpus final desta revisão integrativa. Os estudos variaram quanto ao tipo de metodologia e objetivos, mas convergiram na identificação de erros na aferição da pressão arterial por profissionais de enfermagem e suas consequências no cuidado aos pacientes hipertensos.
O estudo de Bernardo et al. (2020) evidenciou diferenças significativas nos valores da pressão arterial aferida por diferentes tipos de aparelhos (aneroide, semiautomático e automático), especialmente entre pessoas idosas, hipertensas e diabéticas. A pesquisa apontou variações no desvio padrão da pressão diastólica (8,7 mmHg) e sistólica (12,4 mmHg), o que pode comprometer a acurácia do diagnóstico.
Silva et al. (2021) constataram um baixo nível de conhecimento dos profissionais de enfermagem quanto à técnica correta de aferição da pressão arterial. O desempenho satisfatório foi restrito apenas ao preparo do paciente, sendo necessária maior qualificação da equipe de enfermagem.
Machacal Júnior, Rezer e Faustino (2022) observaram que tanto enfermeiros quanto técnicos de enfermagem apresentavam dificuldades semelhantes na aferição da pressão arterial, cometendo erros na escolha da largura do manguito, identificação dos sons de Korotkoff e aplicação do método palpatório. Os autores reforçam a necessidade de programas de capacitação contínua.
O estudo de Anjos et al. (2023) destacou um baixo desempenho teórico e prático dos profissionais na aferição da PA. Os erros mais frequentes incluíram a não avaliação das condições do paciente (como ingestão de bebidas alcoólicas ou volume urinário), falta de higienização das mãos e não observância do tempo mínimo entre aferições.
Falcão et al. (2023), em uma revisão sistemática com metanálise, identificaram que ações educativas conduzidas por enfermeiros foram eficazes na redução dos níveis pressóricos dos pacientes. A atuação do enfermeiro nos grupos educativos, com foco em mudanças de comportamento e estilo de vida, demonstrou impacto positivo no controle da hipertensão.
Silva e Souza (2023) reforçaram a importância da assistência de enfermagem no monitoramento e educação em saúde de pacientes hipertensos. A abordagem sistematizada favorece o autocuidado, contribuindo para a prevenção de agravos e promoção da qualidade de vida.
Cyrino et al. (2024) identificaram inconsistências nos procedimentos de aferição entre profissionais de saúde e pesquisadores. As divergências nas técnicas utilizadas resultaram em diagnósticos equivocados e possíveis falhas no tratamento dos pacientes hipertensos.
Por fim, Moraes Filho et al. (2024) ressaltaram o papel fundamental do enfermeiro no controle da hipertensão arterial sistêmica, por meio de ações preventivas e educativas. Essas práticas contribuem para a redução de complicações cardiovasculares e renais, além de favorecerem a adesão ao tratamento.
De forma geral, os estudos analisados apontam que erros na aferição da pressão arterial estão frequentemente associados à falta de capacitação dos profissionais, uso inadequado de equipamentos e ausência de protocolos padronizados. Tais falhas impactam diretamente o diagnóstico e o manejo da hipertensão, evidenciando a necessidade de investimento em educação permanente e padronização de práticas assistenciais.
4. DISCUSSÃO
A discussão a seguir aborda os principais achados sobre os erros na aferição da pressão arterial (PA) identificados nos estudos selecionados, suas causas e consequências clínicas. Serão explorados os fatores relacionados ao conhecimento técnico e teórico dos profissionais de enfermagem, as falhas metodológicas na prática cotidiana, a importância da capacitação e dos treinamentos, além do papel das intervenções educativas na melhoria do controle da hipertensão arterial. Também será destacado o impacto desses erros na saúde dos pacientes, incluindo os riscos associados a diagnósticos e tratamentos equivocados.
Segundo Bernardo et al. (2020), os erros mais comuns na aferição da pressão arterial estão relacionados a fatores como ambiente inadequado, falhas na leitura e variações entre diferentes modelos de aparelhos. Foi observada uma diferença significativa entre os métodos auscultatório e oscilométrico, o que repercute na interpretação dos valores de pressão arterial. Esses erros podem comprometer a saúde do paciente, gerando diagnósticos falsos e tratamentos inadequados, com risco de superestimativa da pressão e possíveis complicações graves, como insuficiência cardíaca e Acidente Vascular Cerebral (AVC).
O estudo de Machacal, Rezer e Faustino (2022) destacou o déficit de conhecimento e experiência dos profissionais de enfermagem sobre os métodos e técnicas adequadas para aferição da pressão arterial. Além disso, identificou falhas no uso do método palpatório e na utilização dos materiais necessários para a medição correta. Esses achados evidenciam a necessidade de treinamentos e capacitações contínuas para garantir a precisão na mensuração da pressão arterial, reduzindo riscos associados a angina, infarto e AVC.
Conforme Silva et al. (2021), em pacientes hipertensos, os principais erros incluem condições psicofisiológicas não avaliadas, uso inadequado do manguito e deficiências técnicas dos enfermeiros. Também foi constatado conhecimento insuficiente sobre as dimensões corretas do manguito. Tais falhas podem contribuir para o desenvolvimento de arritmias, insuficiência renal, AVC e danos vasculares, afetando negativamente a saúde dos pacientes.
Anjos et al. (2023) reforçam essas preocupações ao evidenciar o baixo desempenho prático e teórico dos profissionais de saúde na aferição da pressão arterial. Problemas relacionados à higienização das mãos, uso correto do manguito e falta de treinamentos pós-formação foram destacados. As consequências mais graves incluem AVC, danos cerebrais, infarto e insuficiência cardíaca, reforçando a urgência de intervenções educativas.
A pesquisa de Cyrino et al. (2024) identificou diversas inconformidades na medição da pressão arterial, como a ausência de calibração semestral dos esfigmomanômetros e o uso de braçadeiras inadequadas para as diferentes circunferências braquiais. Essas falhas comprometem o diagnóstico e o tratamento dos pacientes, podendo resultar em arritmia, angina e insuficiência cardíaca.
Diferentemente dos estudos anteriores, Falcão et al. (2023) ressaltam o papel essencial do enfermeiro nas intervenções educativas, tanto no ambiente clínico quanto em visitas domiciliares e mobilização comunitária. Segundo os autores, a realização frequente de encontros educativos contribui significativamente para a redução dos níveis pressóricos em pacientes hipertensos, evidenciando a importância do cuidado continuado.
De modo semelhante, Moraes Filho et al. (2024) e Silva e Souza (2023) destacam a relevância do cuidado integral promovido pelos enfermeiros, enfatizando ações preventivas e educativas que incentivam o autocuidado e a adoção de hábitos saudáveis. Essas estratégias auxiliam na redução dos agravos associados à hipertensão e na prevenção de complicações vasculares.
A análise conjunta dos artigos revela que, independentemente da categoria profissional, há fragilidades no conhecimento técnico e teórico sobre aferição da pressão arterial. Esse procedimento rotineiro exige padronização, atenção e capacitação adequada para evitar erros que comprometem o diagnóstico e o tratamento dos pacientes.
5. CONCLUSÃO
Os dados apresentados evidenciam que diversos erros na aferição da pressão arterial são comuns entre os profissionais de enfermagem, destacando lacunas significativas no conhecimento teórico e prático. Entre os principais erros observados, encontram-se o uso inadequado do manguito (tamanho incorreto e posicionamento errado), falhas na interpretação dos sons de Korotkoff, não observância do tempo necessário entre as aferições e ausência da avaliação das condições prévias dos pacientes, como consumo de café, álcool, atividade física e volume urinário.
Esses erros comprometem diretamente a precisão das medidas, o que pode levar a diagnósticos falsos de hipertensão ou subdiagnósticos, impactando negativamente no tratamento dos pacientes. Diagnósticos errados resultam em condutas inadequadas, como o uso desnecessário ou insuficiente de medicamentos, aumentando o risco de complicações cardiovasculares graves, como infarto, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca e arritmia.
Dessa forma, a confiabilidade da aferição da pressão arterial depende de um conhecimento técnico específico e da capacitação continuada dos profissionais, assegurando uma prática clínica eficaz e segura. Para garantir um diagnóstico preciso e um tratamento adequado da hipertensão, é fundamental a implementação de programas de educação continuada e a padronização dos procedimentos nas rotinas das unidades de saúde.
Portanto, o estudo reforça a necessidade urgente de intervenções que minimizem os erros de aferição, contribuindo para a melhoria da qualidade do cuidado e para a segurança do paciente hipertenso.
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1Graduando do Curso de Enfermagem da Faculdade Centro Universitário Cesmac; Matrícula: 2114471283; e-mail: domiciorocha21@gmail.com
2Gisele Castro dos Santos, Graduando do Curso de Enfermagem da Faculdade Centro Universitário Cesmac; Matrícula: 2014465279; e-mail: giselecastro9105@gmail.com
3orcid.org/0000-0003-3295-1006, Enfermeiro, Docente do CESMAC e da UNCISAL, Mestre em Ciências da Saúde – UNIFESP; Endereço: Rua Estatístico Teixeira Freitas, 86 – Edf. Spazio Vitá, Apart. 1609 – Pinheiro – Maceió – AL; Instituição: CESMAC e UNICISAL; e-mail: josemir.lima@uncisal.edu.br; Curriculum lattes: http://lattes.cnpq.br/0409382522656260
4orcid: https://orcid.org/0000-0003-0572-8669; Enfermeiro, Docente do CESMAC, Mestre em Análise de Sistemas Ambientais – CESMAC; Endereço: Rua Pastor Manoel Pereira, Condomínio Recanto da Serraria I, Qd B6 – Serraria, Maceió-AL; Instituição: CESMAC; e-mail: helderdbfarias@gmail.com; Curriculum lattes: https://lattes.cnpq.br/9455893925440629