A ORDEM DE CRISTO E A INCORPORAÇÃO DO BRASIL AO IMPÉRIO PORTUGUÊS: SÍMBOLOS E PERMANÊNCIA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202505132039


Getúlio Felipe de Souza Barros.1


Resumo

Este artigo analisa a presença histórica da Ordem de Cristo no processo de incorporação do Brasil ao Império Português e investiga a permanência de sua simbologia — especialmente a cruz vermelha sobre fundo branco — em marcos históricos coloniais e em bandeiras de municípios brasileiros. A pesquisa adota uma abordagem qualitativa, fundamentada em revisão bibliográfica, análise documental e levantamento iconográfico. São examinados, como objetos centrais, os marcos com a cruz da Ordem de Cristo presentes em Porto Seguro (BA) e Touros (RN), além da presença desse símbolo em brasões e bandeiras municipais. Argumenta-se que a simbologia da Ordem, inicialmente vinculada à missão religiosa e expansionista da Coroa portuguesa, foi ressignificada e incorporada à construção de identidades locais. A permanência desses elementos iconográficos evidencia a continuidade de valores religiosos, culturais e políticos da tradição luso-cristã no imaginário simbólico brasileiro contemporâneo.

Palavras-chave: Ordem de Cristo; simbologia; identidade; marcos históricos; bandeiras municipais.

Abstract

This article analyzes the historical presence of the Order of Christ in the process of Brazil’s incorporation into the Portuguese Empire and investigates the persistence of its symbolism — especially the red cross on a white background — in colonial historical landmarks and in the flags of Brazilian municipalities. The research adopts a qualitative approach, based on a bibliographic review, document analysis and iconographic survey. The central objects examined are the landmarks with the cross of the Order of Christ present in Porto Seguro (BA) and Touros (RN), in addition to the presence of this symbol in municipal coats of arms and flags. It is argued that the symbolism of the Order, initially linked to the religious and expansionist mission of the Portuguese Crown, was reinterpreted and incorporated into the construction of local identities. The persistence of these iconographic elements demonstrates the continuity of religious, cultural and political values of the Luso-Christian tradition in the contemporary Brazilian symbolic imagination.

Keywords: Order of Christ; symbolism; identity; historical landmarks; municipal flags.

1. Introdução

A expansão marítima portuguesa, iniciada no século XV, não foi apenas um empreendimento de natureza comercial e geográfica, mas também espiritual e simbólico. A Ordem de Cristo, sucessora direta da Ordem dos Templários em Portugal, desempenhou papel central nesse processo, financiando expedições, legitimando a conquista de novos territórios e marcando com seu símbolo — a cruz vermelha sobre fundo branco — as embarcações e as terras incorporadas ao domínio português (Boxer, 2002). A cruz da Ordem, presente nas velas das caravelas, não era um mero ornamento religioso: simbolizava a união entre a fé cristã, o poder da monarquia lusitana e a missão evangelizadora que acompanhava o projeto de colonização do Novo Mundo (Cortesão, 2000).

No caso específico do Brasil, a presença da cruz da Ordem de Cristo é documentada desde os primeiros relatos de cronistas e nas representações cartográficas do século XVI. Essa simbologia, contudo, não desapareceu com o fim do período denominado colonial; ao contrário, perpetuou-se no imaginário coletivo brasileiro e permanece visível na cultura visual contemporânea, especialmente nas bandeiras de diversos municípios que adotaram esse emblema em seus brasões e símbolos oficiais (Silva, 2010). Essa permanência revela um processo de apropriação e ressignificação local da herança imperial e religiosa portuguesa, que ainda influencia as formas de representação identitária de muitas cidades brasileiras.

Este artigo tem como objetivo investigar, à luz da história cultural e da semiótica, de que maneira o símbolo da Ordem de Cristo foi ressignificado ao longo do tempo, transitando das velas das naus dos séculos XV e XVI para as bandeiras municipais contemporâneas. Com base em uma metodologia qualitativa de cunho exploratório, fundamentada em revisão bibliográfica e levantamento iconográfico, a pesquisa busca compreender os sentidos atribuídos a esse emblema e sua função na construção da identidade visual de municípios brasileiros. Ao fazê-lo, pretende-se demonstrar como elementos simbólicos herdados da colonização continuam operando na memória coletiva e na representação institucional de comunidades locais.

2. A Ordem de Cristo e a Expansão Marítima Portuguesa

A Ordem de Cristo foi oficialmente fundada em 1319, após a extinção da Ordem dos Templários, herdando seus bens, propriedades e parte de sua missão espiritual e militar. Sob a proteção da Coroa portuguesa, a Ordem não apenas preservou os ideais cruzadistas, mas os adaptou ao novo cenário da expansão marítima e à lógica de um império cristão global. No século XV, com o Infante Dom Henrique, o Navegador, como Grão-Mestre, a Ordem tornou-se peça central na organização das navegações atlânticas, financiando diretamente expedições e construindo infraestruturas náuticas em Sagres e Lagos, no Algarve (Saraiva, 2007).

A cruz vermelha da Ordem de Cristo, em forma de cruz patente, tornou-se então mais do que um símbolo religioso: ela passou a funcionar como marca de autoridade espiritual, militar e política nos territórios conquistados. A iconografia dessa cruz estava presente não apenas nas velas das caravelas, mas também nas bandeiras hasteadas durante as cerimônias de posse de terras e nas indumentárias dos capitães e navegadores (Cortesão, 2000; Boxer, 2002). Com isso, o símbolo da Ordem consolidouse como um instrumento de dominação simbólica, ao mesmo tempo em que comunicava aos indígenas e às outras potências europeias que aquelas terras estavam sob o domínio cristão e lusitano.

No caso da chegada ao Brasil, em 1500, as embarcações da armada de Pedro Álvares Cabral ostentavam a cruz da Ordem de Cristo, como é atestado em representações cartográficas e crônicas coevas. Segundo Oliveira (2014), o uso dessa cruz no contexto do descobrimento representa uma continuidade da missão evangelizadora das cruzadas, agora transposta para o ultramar. A cerimônia de celebração da primeira missa, em Porto Seguro, onde uma grande cruz de madeira foi erguida na praia, é interpretada por estudiosos como o gesto inaugural de incorporação simbólica do território à cristandade e ao domínio da Coroa portuguesa, legitimado pela Ordem.

Além disso, a presença da cruz nos mapas elaborados por cartógrafos portugueses dos séculos XVI e XVII, como no Planisfério de Cantino (1502) e nos mapas de Lopo Homem e Diogo Ribeiro, reforça essa dimensão iconográfica e estratégica do símbolo. Como aponta Subrahmanyam (2015), o uso persistente da cruz da Ordem em tais documentos representava uma forma de territorialização simbólica e geopolítica, sustentada por uma ideologia que unia religião, comércio e poder régio.

Por meio dessa presença simbólica e material, a Ordem de Cristo não apenas esteve envolvida na logística e no financiamento da expansão marítima, mas também forneceu os elementos visuais e ideológicos que moldaram o imaginário da conquista e da incorporação do Brasil. Seu papel foi, portanto, tão prático quanto simbólico, deixando marcas que permanecem até os dias de hoje em monumentos, documentos históricos e bandeiras municipais.

3. A Chegada ao Brasil e a Presença Simbólica da Ordem de Cristo

No contexto do descobrimento do Brasil em 1500, a Ordem de Cristo estava diretamente ligada à estrutura das expedições. Pedro Álvares Cabral, comandante da armada que chegou ao litoral da Bahia, navegava em embarcações que ostentavam o símbolo da cruz patente, como forma de afirmação do domínio português e da missão cristã sobre as novas terras. Como destaca Boxer (2002), a cruz não era apenas uma marca heráldica, mas uma ferramenta de ocupação espiritual e cultural, representando a aliança entre a fé católica, a autoridade régia e o projeto imperial português.

O marco do descobrimento, conforme ilustrado por registros como o Diário de Pero Vaz de Caminha, aponta para uma cerimônia de tomada de posse imbuída de significados religiosos, onde a presença da cruz estava associada ao anúncio do Cristianismo aos povos indígenas. Para Oliveira (2014), a cruz da Ordem de Cristo funcionava como uma “marca de batismo político” das novas terras, inserindo-as imediatamente na lógica do império cristão português.

Dois marcos históricos com a cruz patente atestam visualmente essa presença: o Marco do Descobrimento em Porto Seguro (BA) e o Marco de Touros (RN). O primeiro, localizado no local tradicionalmente associado ao desembarque da frota de Cabral, ostenta a cruz da Ordem de Cristo talhada em pedra calcária, possivelmente datada de 1503. Sua simbologia é inequívoca: além de representar a posse do território, afirma o caráter evangelizador e cristão da missão portuguesa.

Já o segundo marco, instalado na praia de Touros, no Rio Grande do Norte, também traz a cruz patente em alto-relevo. Datado de 1501, ele foi erguido como um marco geográfico e simbólico, representando o limite norte do território português no Brasil e reafirmando a vigilância espiritual e territorial do império. Segundo Subrahmanyam (2015), esses marcos com a cruz da Ordem de Cristo eram “extensões visuais da soberania lusitana”, reforçando o projeto de dominação pelo símbolo antes mesmo da ocupação física permanente.

A celebração da primeira missa no Brasil, no domingo da Pascoela, 26 de abril de 1500, conduzida por Frei Henrique de Coimbra, foi realizada sob a bandeira da Ordem de Cristo, e não sob a bandeira régia portuguesa. Conforme aponta Ferreira (1980), tal escolha simbólica representava a posse espiritual das terras recém-descobertas, uma vez que o rei de Portugal, D. Manuel I, acumulava o título de Grão-Mestre da Ordem de Cristo. Esta, por sua vez, havia recebido das bulas papais de Martinho V, Nicolau V e Calisto III a incumbência de evangelizar os territórios ultramarinos. Esse ato inaugural, como destaca o autor, representa o nascimento do Brasil como patrimônio espiritual da Ordem de Cristo, reforçado pelo uso exclusivo da bandeira da cruz patente, e contrasta com a ausência de religiosos em outras empreitadas de incorporação ou colonização, como a de Colombo em 1492.

4. A Cruz da Ordem de Cristo nas Bandeiras Municipais Brasileiras

A permanência da cruz da Ordem de Cristo na simbologia visual brasileira ultrapassa o período denominado colonial e encontra continuidade na heráldica de inúmeros municípios, especialmente naqueles ligados à história da colonização portuguesa. A presença desse símbolo em bandeiras municipais não é apenas um vestígio histórico, mas sim um indicador de como a memória da expansão ultramarina, do cristianismo e da presença lusitana foi incorporada à identidade local.

Em diversas cidades brasileiras, principalmente no litoral e nas regiões nordestinas e sudeste, observa-se o uso explícito da cruz patente em bandeiras, brasões ou selos oficiais. Isso pode ser interpretado como uma forma de reafirmar a origem portuguesa dessas localidades, muitas vezes fundadas por expedições religiosas ou militares diretamente ligadas à Ordem de Cristo ou ao projeto evangelizador do Reino de Portugal.

Por exemplo, a bandeira do município de Porto Seguro (BA) — ponto de chegada da expedição de Cabral — ostenta a cruz vermelha da Ordem em seu centro, reforçando o vínculo histórico e simbólico com o descobrimento e com a missão religiosa do início da colonização. De modo semelhante, cidades como Santa Cruz (RN) e Cruz (CE) também incorporam o símbolo em suas bandeiras, revelando uma clara herança imagética que remonta à presença dos navegadores portugueses e dos missionários católicos.

Segundo Barbuy (2009), “a permanência de elementos heráldicos ligados à Ordem de Cristo nas bandeiras municipais demonstra como a cultura visual portuguesa foi naturalizada na formação da identidade cívica brasileira”. Esses elementos simbólicos operam como marcas de continuidade histórica, associando o presente políticoadministrativo ao passado colonizador e evangelizador.

Além disso, a cruz da Ordem, que nos séculos XV e XVI era sinal de soberania, passou a operar como ícone de pertencimento e identidade regional. Muitas prefeituras e câmaras municipais justificam a escolha do símbolo em documentos oficiais, referindo-se à “tradição cristã portuguesa”, ao “descobrimento do Brasil” ou à “presença missionária no território”.

A difusão da cruz patente nas bandeiras municipais brasileiras é, portanto, um fenômeno que articula história, memória, identidade e religiosidade, revelando como um símbolo medieval europeu foi ressignificado no imaginário político-cultural do Brasil republicano.

5. A Permanência e Ressignificação da Cruz da Ordem de Cristo no Brasil Contemporâneo

A cruz da Ordem de Cristo, símbolo marcante do período das grandes navegações e da colonização portuguesa, transcendeu seu contexto original e permanece presente na iconografia de diversos municípios brasileiros. Essa permanência não é apenas um resquício histórico, mas também uma manifestação de identidade cultural e memória coletiva.

5.1. A Cruz nas Bandeiras Municipais

Diversas cidades brasileiras incorporaram a cruz da Ordem de Cristo em suas bandeiras, refletindo a influência portuguesa em sua fundação e desenvolvimento. Exemplos notáveis incluem:

São Paulo (SP): A bandeira paulistana apresenta uma cruz vermelha da Ordem de Cristo sobre um fundo branco, com o brasão municipal ao centro. Essa escolha simboliza a fundação da cidade sob a égide da fé cristã e da missão evangelizadora dos jesuítas.

Paranaguá (PR): A bandeira municipal exibe quatro cruzes da Ordem de Cristo nos cantos, representando a herança portuguesa e a importância da fé na história da cidade.

Porto Seguro (BA): Local do desembarque da expedição de Cabral, a cidade utiliza a cruz da Ordem de Cristo em sua bandeira, rememorando o início da colonização e a influência religiosa.

Além dessas, outras cidades como Alcântara (MA), Angra dos Reis (RJ), Arujá (SP), Barra Mansa (RJ), Barueri (SP), Batatais (SP), Caraguatatuba (SP), Florianópolis (SC), Iguape (SP), Joinville (SC), Lins (SP), Paranaguá (PR), Pelotas (RS), Piracicaba (SP), Porto Alegre (RS), Praia Grande (SP), Santa Bárbara d’Oeste (SP), São Sebastião (SP), São Vicente (SP) e Várzea Paulista (SP) também incorporam a cruz em seus símbolos municipais.

5.2. Ressignificação e Identidade Cultural

A presença contínua da cruz da Ordem de Cristo nas bandeiras municipais evidencia uma ressignificação do símbolo ao longo do tempo. Originalmente associado à expansão marítima e à missão cristã, o emblema passou a representar a identidade histórica e cultural das cidades, reforçando laços com o passado e promovendo um sentimento de pertencimento entre os habitantes.

Essa ressignificação também reflete a valorização do patrimônio histórico e a preservação da memória coletiva, elementos fundamentais na construção da identidade local. Ao manterem a cruz da Ordem de Cristo em seus símbolos, os municípios brasileiros reconhecem e homenageiam as raízes de sua formação e os valores que moldaram sua trajetória.

Conforme argumenta Nora (1993), os símbolos históricos que persistem no tempo adquirem a função de “lugares de memória”, pois concentram em si significados múltiplos: religiosos, políticos, afetivos. Nesse sentido, a cruz da Ordem de Cristo funciona como marcador identitário, sendo atualizada segundo os contextos sociais e culturais de cada época.

Os lugares de memória nascem e vivem do sentimento de que não há memória espontânea. Se há lugares de memória, é porque já não há meios milenares de memória. (NORA, 1993, p. 7).

Dessa forma, a presença da cruz nas bandeiras municipais atua como um elo simbólico entre o passado e o presente, demonstrando a capacidade dos signos históricos de serem reapropriados pela comunidade. Não mais como ícone da conquista, mas como herança cultural, a cruz remete à origem fundacional, à religiosidade primitiva, ao ethos coletivo que ainda hoje estrutura imaginários sociais.

Além disso, a incorporação desses elementos visuais em símbolos oficiais também revela um processo de construção de narrativas locais que desejam se inserir em uma memória nacional mais ampla. Ao assumirem conscientemente uma herança luso-cristã, os municípios não apenas afirmam sua história, mas também reivindicam um lugar dentro da complexa tapeçaria identitária brasileira.

Essa prática heráldica pode ser compreendida, portanto, como um mecanismo de continuidade cultural, no qual a iconografia medieval da cruz se torna um instrumento moderno de afirmação municipal. Ela transforma-se em emblema de pertencimento, orgulho e coesão comunitária — um processo que revela a força dos signos históricos em sociedades marcadas pela diversidade e pela constante negociação de suas memórias.

Considerações Finais

A Ordem de Cristo foi um dos pilares institucionais mais relevantes do processo de expansão ultramarina portuguesa e, por consequência, da colonização do Brasil. Herdeira espiritual e material dos Templários, a Ordem foi integrada à estrutura do Estado português, servindo tanto a propósitos religiosos quanto políticos e militares. A cruz vermelha patente — seu principal símbolo — tornou-se uma imagem emblemática da empresa imperial lusa, estampada em velas de caravelas, marcos territoriais e, posteriormente, em monumentos e construções coloniais.

No território brasileiro, a presença da Ordem de Cristo manifestou-se de modo simbólico e concreto. Desde a chegada da expedição de Pedro Álvares Cabral, cuja frota exibia a cruz da Ordem, até os marcos em pedra cravados no litoral e a edificação de igrejas e fortalezas que exibiam discretamente o emblema, a simbologia da Ordem serviu como um instrumento de afirmação da fé cristã e de legitimação do domínio português sobre as novas terras e seus povos.

A investigação também demonstrou que essa simbologia não se limitou ao período colonial. A cruz da Ordem de Cristo sobreviveu à monarquia e à independência do Brasil, permanecendo viva na cultura visual do país, sobretudo nas bandeiras de inúmeros municípios. Essa permanência reflete um processo de ressignificação, no qual o símbolo foi apropriado por comunidades locais para exprimir vínculos históricos, identitários e religiosos, funcionando como um elo entre o passado colonial e a construção de uma memória coletiva nacional.

Portanto, a cruz da Ordem de Cristo representa mais que um mero ornamento heráldico: ela é testemunho da complexa relação entre religião, poder, identidade e cultura que moldou as bases do Brasil. Reconhecer sua presença na arquitetura e nos símbolos municipais é compreender como os legados do passado continuam a influenciar e formar a paisagem simbólica brasileira contemporânea.

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¹Bacharel em Direito e Filosofia pela Universidade Cruzeiro do Sul; Bacharel em Teologia pela Faculdade Católica Paulista; Especialista em História da Guerra pela Faculdade Venda Nova do Imigrante; Especialista em Ciências da Religião pela Faculdade de Minas; Mestre em Psicologia Forense pela Universidad Europea del Atlántico-Espanha; Mestrando em Estudos sobre a Europa pela Universidade Aberta de Portugal. E-mail: getulio.barros@pm.ba.gov.br.Lattes: http://lattes.cnpq.br/5355650161633290