O PLANEJAMENTO EDUCACIONAL NA EDUCAÇÃO FÍSICA BRASILEIRA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

EDUCATIONAL PLANNING IN BRAZILIAN PHYSICAL EDUCATION: CHALLENGES AND PERSPECTIVES

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202505112027


Eva Luciana de Moura Guimarães¹; Douglas Luciano Guimarães²; Aliete Teodoro dos Santos Fernandes³; Ana Cristina da Silva Cardoso⁴; Elisandra Castilho Quaresma Santos⁵; Oséas Oliveira Fernandes⁶; Patrícia Grugel de Oliveira dos Santos⁷; Renilda Gomes de Oliveira Silva⁸; Orientador: Prof. Dr. Diogenes José Gusmão Coutinho⁹.


Resumo

No Brasil, o planejamento educacional no âmbito da Educação Física é um dos problemas mais críticos para a educação moderna. Nesse sentido, este trabalho aborda a importância do planejamento para a formação de professores de Educação Física. As origens históricas do fenômeno, os problemas atuais e as perspectivas futuras são considerados. A Educação Física é compreendida não como atividade física, mas como fator-chave para o desenvolvimento geral que não corrobora apenas para os ensejos de adquirir habilidades motoras, mas ajuda a desenvolver habilidades sociais e emocionais. Atualmente, a legislação abrange atos que abordam os principais aspectos do planejamento. Entre eles, o documento-base sobre o qual se fala é a Base Nacional Comum Curricular. No entanto, a falta de qualificações dos professores e a inópia de livros didáticos sobrecarregam as atividades. O documento apresenta as melhores práticas e experiências de sucesso que podem servir de exemplo de planejamento. Ao mesmo tempo, a avaliação e a supervisão regular da abordagem são uma prioridade essencial. A introdução da tecnologia requer a inovação como um dos pilares do planejamento bem-sucedido. Nesse sentido, o trabalho propõe o futuro da Educação Física no Brasil e frisa os mecanismos de ação realistas, maleáveis e adaptáveis.

Palavras-chave: Planejamento educacional, Educação Física, desafios, perspectivas, formação de professores.

1 INTRODUÇÃO

O tema Planejamento Educacional na Educação Física Brasileira é primordial para a educação do país. Isso porque, devido a um acúmulo de fatores, o que é desenvolvido no âmbito da disciplina pode impactar diretamente o desenvolvimento do estudante. Para propor soluções, é necessário compreender as sutilezas dessa área e do Brasil. Dessa maneira, o objetivo geral desta pesquisa consiste em explorar as práticas vigentes de planejamento educacional da Educação Física brasileira.

A pesquisa bibliográfica busca a resolução de um problema (hipótese) por meio de referenciais teóricos publicados, analisando e discutindo as várias contribuições científicas. Esse tipo de pesquisa trará subsídios para o conhecimento sobre o que foi pesquisado, como e sob que enfoque e/ou perspectivas foi tratado o assunto apresentado na literatura científica. Para tanto, é de suma importância que o pesquisador realize um planejamento sistemático do processo de pesquisa, compreendendo desde a definição temática, passando pela construção lógica do trabalho até a decisão da sua forma de comunicação e divulgação (BOCCATO, 2006, p. 266).

Desse modo, também são sondados os desafios existentes e as perspectivas para o futuro. Por conseguinte, torna-se fundamental o uso de técnicas de pesquisa bibliográfica, somadas à coleta e interpretação de dados, com o objetivo de adquirir informações que sustentem uma discussão sólida e consistente no decorrer das considerações finais.

Contextualização do Tema

No cenário da educação brasileira, faz-se relevante compreender como a Educação Física se projeta atualmente. Para isso, há que se conhecer as diretrizes vigentes em todo o setor educacional, além as disposições sociais e das expectativas dentro da disciplina. Vale ressaltar nesse aspecto a relevância da Educação Física para o desenvolvimento integral do estudante, de modo que aspectos cognitivos, físicos, emocionais e sociais devem ser levados em consideração. A partir disso, pertinente refletir sobre como a prática do planejamento educacional favoreceu o melhor âmbito na direção desses objetivos.

Justificativa da Pesquisa

A realização desta pesquisa se dá pela necessidade de compreensão analisada dos desafios existentes do planejamento educacional desta disciplina no Brasil. Sendo assim, espera-se não só fornecer elementos para a pesquisa teórica, mas para a investigação prática, podendo fornecer subsídios tanto para os profissionais quanto para a criação de políticas públicas que direcionam o futuro da Educação Física no Brasil.

Objetivos da Pesquisa

O objetivo geral desta pesquisa é analisar o planejamento educacional na Educação Física brasileira. Nesse escopo, ela se desdobra nos seguintes objetivos específicos: verificar as diretrizes educacionais vigentes da disciplina; analisar o plano de ensino de instituições de educação e trazer perspectivas de melhorias.

Estrutura do Trabalho

Este trabalho foi dividido em doze seções. A primeira delas introduz questões relacionadas à pesquisa realizada, apresentando a contextualização do tema, a justificativa e os objetivos da pesquisa. Na sequência, traz-se um panorama da Educação Física no Brasil. A seção 2 dedica-se a contextualização da Educação Física no Brasil; a seção 3 resgata os fundamentos teóricos do planejamento educacional; a seção 4 esclarece quais são as metodologias de planejamento na Educação Física. Nas seções 5 e 6, procede-se a uma breve análise, respectivamente, dos obstáculos no planejamento educacional da Educação Física no Brasil e das Tendências Emergentes e Inovações Relevantes no Planejamento Educacional. Já a seção 7 dedica-se ao impacto da legislação educacional no planejamento em Educação Física; a seção 8 faz breve reflexão sobre a formação de professores e o planejamento educacional; a seção 9 aborda as tecnologias e as ferramentas aplicadas ao planejamento educacional; a seção 10 aborda a avaliação e o monitoramento no contexto do planejamento educacional; e a seção 11 finaliza com uma reflexão sobre estratégias eficazes de sucesso e com exemplos que trouxeram resultados positivos nesse cenário. A última seção é dedicada às considerações finais, as quais são acompanhadas por recomendações sobre o universo estudado.

Contextualização da Educação Física no Brasil

Sousa (2022), Corsino et al. (2024) e Froncek (2024) apontam que a Educação Física no Brasil remonta ao período colonial, quando a prática de atividades físicas era voltada para a concepção militar e o controle social.

No entanto, a implementação da Ginástica nas escolas, inicialmente ocorreu apenas em parte do Rio de Janeiro, capital da República, e nas escolas militares (DARIDO; RANGEL; 2005, apud SOARES, 2012, p. 24).

Ao longo dos anos, a disciplina revolucionou e passou a fazer parte do currículo escolar, sendo reconhecida como um direito do educando. No entanto, a trajetória da Educação Física no país também foi assinalada por provocações, como a falta de formação adequada para os profissionais da área e a falta de infraestrutura nas instituições.

O Início da Educação Física escolar no Brasil, inicialmente denominada Ginástica, ocorreu oficialmente com a reforma Couto Ferraz, em 1851 (Ramos, 1982). No entanto, foi somente em 1882, que Rui Barbosa ao lançar o parecer sobre a “Reforma do Ensino Primário, Secundário e Superior”, denota importância à Ginástica na formação do brasileiro (Ramos, 1982). Nesse parecer, Rui Barbosa relata a situação da Educação Física em países mais adiantados politicamente e defende a Ginástica como elemento indispensável para formação integral da juventude (Ramos, 1982) (Soares, 2012, p.02).

Além disso, a disciplina frequentemente é vista como secundária em relação às demais matérias, o que impacta sua importância e relevância no contexto educacional brasileiro.

Fundamentos Teóricos do Planejamento Educacional

De acordo com Garcia e Bungenstab (2023), Souza (2022) e Brotherhood (2024), os fundamentos teóricos do planejamento educacional na Educação Física brasileira são os princípios da pedagogia, da psicologia educacional e dos métodos de ensino. É imprescindível ter em mente as teorias do desenvolvimento humano, abordagens pedagógicas e teorias da aprendizagem. As inópias e qualidades do educando, a diferença cultural e as tendências educacionais são os principais aspectos de fundo do planejamento escolar.

Gandin (1995, p. 22) acredita que planejar é decidir os caminhos que a sociedade e o homem devem seguir. O ato de planejar, segundo o autor, envolve elaborar decisões sobre o tipo de sociedade e ser humano desejados, verificar a distância entre a ação atual e o resultado desejado, propor ações para diminuir essa distância e contribuir para o resultado final, executar as ações propostas e avaliar constantemente cada momento e ação, revisando documentos derivados deles (DOS SANTOS SILVA, 2024, p. 2287-2296).

Portanto, a aplicação de uma base teórica bem fundamentada requer o desenvolvimento eficaz e dirigido do planejamento, o que torna o ensino desse componente mais relevante à vida e às necessidades da sociedade contemporânea.

Metodologias de Planejamento na Educação Física

No âmbito da Educação Física, as metodologias de planejamento demandam a definição de objetivos que sejam não apenas claros, mas também mensuráveis e alcançáveis. Além disso, é fundamental a seleção de conteúdos que se mostrem relevantes e pertinentes, assim como a escolha de estratégias de ensino que sejam adequadas ao contexto específico em que se realiza a prática educativa.

Considerando, portanto, as diferentes naturezas do conhecimento a ser tratado pela Educação Física, refletir coletivamente a metodologia empregada passa a ser fundamental no desenvolvimento de um programa, apresentando-se inclusive como uma alternativa capaz de identificar fatores que proporcionem reflexão e adequação de posturas frente aos objetivos do componente curricular (MARANTE; DOS SANTOS, 2008, p. 70).

Entre as abordagens mais frequentemente adotadas no cenário educacional, ressalta-se o planejamento por projetos, que possibilita a integração de diversas disciplinas e a abordagem de problemas reais e do cotidiano dos alunos.

Outro método igualmente relevante é o planejamento participativo, que promove a colaboração ativa dos alunos na escolha dos temas e das atividades a serem realizadas, aumentando o engajamento e a responsabilidade dos educandos na sua própria aprendizagem. Por fim, o planejamento estratégico procura alinhar o conteúdo programático às habilidades e competências que se pretende desenvolver ao longo do processo educativo.

Segundo Coll (1998), uma das inovações das propostas curriculares são os olhares especiais aos conteúdos do ensino e à aprendizagem. Na reforma educacional atual ficou muito clara a sustentação da importância desses conteúdo, não com foco em métodos tradicionais de ensino, voltados a transferências e somatórias de infinidades de conhecimentos, mas sim destacando o valor do ensinar e do aprender (MARANTE; 2008, P. 70).

Cada uma dessas metodologias possui tanto benefícios significativos quanto desafios inerentes, e a escolha de uma delas deve ser baseada nas especificidades do ambiente educacional, assim como nas características dos educandos envolvidos e nas dinâmicas de grupo que se estabelecem durante as aulas. A combinação adequada dessas metodologias pode resultar em um processo de ensino-aprendizagem mais eficiente e satisfatório (Santos et al., 2024), (Dutra, 2023), (Murari, 2024), (Della, 2024).

Análise dos Obstáculos no Planejamento Educacional da Educação Física no Brasil

Uma das provocações, do planejamento educacional na Educação Física brasileira é, certamente, a falta de uma estrutura adequada e de recursos suficientes nas escolas, o que inibe enormemente a implementação de um planejamento eficaz e de qualidade.

Ora, a carência de formação adequada e específica dos professores de Educação Física também se caracteriza como um grande desafio, especialmente porque a preparação e capacitação adequadas dos docentes são fundamentais para a elaboração e a execução de um planejamento que de fato ofereça resultados positivos.

Outra perspectiva desafiadora que requer destaque é a necessidade de adequação do planejamento às diferentes realidades e necessidades dos educandos, o que implica levar em consideração uma variedade de aspectos, como os socioeconômicos, culturais e de saúde.

O planejamento escolar prevê metodologias para chegar aos objetivos, pois o ato de planejar não consiste apenas na sistematização do conteúdo, mas também em determinar a metodologia que melhor atenda e auxilie no ensino aprendizagem. As formas de avaliação que serão utilizadas também são previamente definidas, bem como a escolha dos materiais necessários ao bom andamento das atividades. Este planejamento geralmente contém previsões de curto, médio e longo prazo, que busquem obter sucesso em suas realizações (DE MOURA, 2016, p. 5).

Para Alencar e Costa (2021), Da Silva e Dos Santos (2021), Martins e Morais (2021), Peixoto (2022) e para Rodrigues e Lunardi (2021), é importante superar esses desafios e é necessário um esforço conjunto que requer investimentos significativos na formação contínua dos docentes, melhorias substanciais na infraestrutura das escolas e, sobretudo, a promoção de políticas públicas que realmente valorizem a Educação Física como uma disciplina essencial e indispensável para o desenvolvimento integral e pleno dos educandos, preparando-os não só para o amanhã, mas também para uma vida saudável e equilibrada.

Análise Abrangente das Tendências Emergentes e Inovações Relevantes no Planejamento Educacional.

As perspectivas e inovações no planejamento educacional na Educação Física brasileira incluem a implementação de métodos interdisciplinares e a integração de novas tecnologias no processo de ensino. Além disso, a diversificação das práticas pedagógicas, a promoção da educação inclusiva e a valorização da formação continuada dos professores são elementos essenciais.

O melhor caminho para enfrentar os desafios lançados à escola continua envolto numa incerteza, mas este caminho certamente passa pelo entendimento das diferenças, pela aceitação da mudança cada vez mais rápida e pela capacidade de compreender como as novas tecnologias condicionam a maneira de pensar das novas gerações, bem como de aprender e de comunicar. O ensino da educação física não escapa a esta realidade, pelo que deve trazer para o interior da prática dos docentes de educação física, todas as possibilidades que hodiernamente se oferecem pela mão do progresso tecnológico, de forma particular pelas TIC (ESCOLA, 2018, p. 371-376).

A inserção no planejamento educacional de temas contemporâneos –tais como sustentabilidade e saúde mental –também representa uma inovação necessária para acompanhar as demandas da sociedade atual.

Os professores de educação física deverão compreender os traços com que se vai desenhando este novo mundo, ajustar o seu estilo docente, oferecer aos estudantes de educação física, em determinadas circunstâncias ambientes interativos mais motivadores, ultrapassando fronteiras, proporcionando um novo ambiente de aprendizagem e uma aproximação ao ensino apoiado pela panóplia de recursos TIC disponíveis (ESCOLA, 2018, p. 375).

O uso de dados e de avaliações mais assertivas e o estímulo à prática de atividades físicas fora do ambiente escolar são perspectivas que visam aperfeiçoar o planejamento educacional em educação física no Brasil.

Impacto da Legislação Educacional no Planejamento em Educação Física

Influência da legislação educacional no planejamento em Educação Física é extremamente significativa, pois as diretrizes e políticas educacionais traçam as bases fundamentais para a organização curricular, determinando a carga horária destinada à disciplina e até mesmo as competências que devem ser desenvolvidas pelos educandos ao longo do seu processo educativo. Além disso, a legislação influencia diretamente a formação dos professores, desde a sua qualificação até os recursos disponíveis para o ensino, assim como a importância que é atribuída esse componente dentro do contexto escolar mais amplo.

Compreender e analisar minuciosamente as leis e normas que regem a Educação Física no Brasil é absolutamente fundamental. Essa compreensão é essencial para que se possa planejar de forma adequada as ações pedagógicas e as atividades práticas. A análise crítica e o estudo aprofundado dessas legislações são imprescindíveis para o aprimoramento contínuo da prática docente (Carvalho Filho et al., 2021) (Ananias et al., 2022) (Kreuger & Ramos, 2021) (Tucunduva & Bortoleto, 2022) (Ramalho & de Souza Cardoso, 2021).

Formação de Professores e o Planejamento Educacional

Ao discutir a formação de professores em relação ao planejamento educacional na Educação Física é fundamental destacar a importância de uma base sólida em conhecimentos teóricos e metodológicos.

De fato, quando se observa a perspectiva de formação desse professor destaca-se a docência como a base da sua identidade profissional, as competências formando um corpo de conhecimento na forma de saberes (profissional, específico, pedagógico, experiencial) e as habilidades vinculadas à organização, coordenação, planejamento e avaliação fundamentando a prática profissional desse professor (FUZII, 2012, p. 72).

Os futuros professores precisam adquirir habilidades específicas relacionadas ao planejamento de aulas, considerando as necessidades e as características dos educandos, bem como a legislação educacional vigente. Além disso, é relevante proporcionar experiências práticas e estágios supervisionados que permitam aos alunos compreender na prática como o planejamento educacional é aplicado no contexto da Educação Física. Dessa forma, a formação dos professores torna-se um pilar fundamental para superar os desafios e inovar nas perspectivas do planejamento educacional na área.

Tecnologias e Ferramentas Aplicadas ao Planejamento Educacional

O uso de tecnologias e ferramentas aplicadas ao planejamento educacional na Educação Física tem se mostrado fundamental para acompanhar as demandas da sociedade moderna. A implementação de softwares de gestão escolar, aplicativos de monitoramento de atividades físicas e plataformas de ensino a distância permitem uma maior eficiência no planejamento e acompanhamento das atividades educacionais.

Além disso, a utilização de recursos audiovisuais, de realidade virtual e de gamificação tem se destacado como uma forma inovadora de engajar os educandos e incrementar as aulas de Educação Física. Dessa forma, a incorporação de tecnologias e ferramentas no planejamento educacional contribui significativamente para a melhoria da qualidade do ensino e para a superação de desafios enfrentados na área.

Avaliação e Monitoramento no Contexto do Planejamento Educacional

A avaliação e o monitoramento no contexto do planejamento educacional em Educação Física no Brasil são fundamentais para garantir a eficácia e a qualidade do ensino. A avaliação deve abranger não apenas o desempenho dos alunos, mas também a efetividade das estratégias de ensino e do próprio planejamento.

É importante considerar diferentes métodos de avaliação, como a observação do desempenho dos alunos, a autoavaliação, a avaliação entre pares e a avaliação por meio de instrumentos como testes e trabalhos.

Além disso, o monitoramento constante das ações planejadas é essencial para identificar possíveis desvios e ajustar o planejamento de acordo com as necessidades reais da prática educativa.

Estratégias Eficazes de Sucesso e Exemplos que Trouxeram Resultados Positivos

Um exemplo de boa prática na Educação Física brasileira é o projeto de Ginástica Laboral implementado por empresas – dentre as quais se incluem Petrobras, Banco do Brasil, Google, Empresas Rio Deserto –, que conseguiu reduzir significativamente os índices de afastamento por lesões e dores musculares entre os funcionários.

O primeiro registro sobre o assunto foi o livro Ginástica de Pausa destinada a operários, editado na Polônia em 1925. Alguns anos depois esta modalidade de ginástica foi introduzida na Holanda e Rússia. Durante a década de 1960 disseminou-se para outros países como Alemanha, Suécia, Bélgica e Japão. (KRE DE LIMA,2019, p.15).

Outra experiência de sucesso é a implementação do Futebol Social em comunidades carentes, proporcionando oportunidades de integração, disciplina e desenvolvimento físico e mental para crianças e jovens em situação de vulnerabilidade.

No Brasil, ainda na década de 1990, com o crescimento de empresas que passaram a incorporar programas de ginástica laboral como uma ação de prevenção para evitar a crescente prevalência de distúrbios osteomusculares entre os trabalhadores, a ginástica laboral ganhou importância e espaço nas discussões acadêmicas (KRE DE LIMA,2019, p.17).

Ambos os casos evidenciam a importância do planejamento e da execução de atividades físicas estruturadas para a melhoria da qualidade de vida e social das pessoas.

Considerações Finais e Recomendações

Considerando os desafios apresentados ao longo deste estudo, torna-se evidente a necessidade de promover a formação continuada dos profissionais da Educação Física, visando à atualização constante sobre metodologias, tecnologias e legislação educacional.

Além disso, é fundamental incentivar a pesquisa e a criação de redes de compartilhamento de boas práticas, de modo a fomentar a inovação e o aprimoramento constante do planejamento educacional. Recomenda-se ainda que sejam realizados estudos de avaliação do impacto das inovações no planejamento, a fim de subsidiar futuras decisões e aprimorar a eficácia das práticas adotadas.

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¹Eva Luciana de Moura Guimarães, graduada em Pedagogia. Mestranda em Ciência da Educação pela Christian Businnes School. Professora na rede pública municipal de ensino do Município de Concórdia – Santa Catarina. E-mails: evalucia-na_brand@hotmail.com, guimaraluciana03@gmail.com;
²Douglas Luciano Guimarães – Graduado em Gestão da Produção Industrial pela Universidade Unopar – PR. Professor na rede pública estadual de ensino de Santa Catarina. E-mail: douglas.luciano001@gmail.com;
³Aliete Teodoro dos Santos Fernandes, graduada em Geografia pelo Centro Universitário Claretiano. Mestranda em Ciência da Educação pela Christian Businnes School. E-mail: santosaliete162@gmail.com;
⁴Ana Cristina da Silva Cardoso, graduada em Língua Portuguesa e Literatura. Mestranda em Ciência da Educação pela Christian Businnes School – SBS, USA. Professora da Secretaria de Estado da Educação do Amapá – SEED, Brasil. E-mail: anacristinacrds@gmail.com;
⁵Elisandra Castilho Quaresma Santos, graduada em Geografia pelo Centro Universitário Claretiano. Mestranda em Ciência da Educação pela Christian Businnes School. E-mail: elisandracastilho25@gmail.com;
⁶Oséas Oliveira Fernandes, graduado em Geografia pelo Centro Universitário Claretiano. Mestrando em Ciência da Educação pela Christian Businnes School. E-mail: oseas2489@gmail.com;
⁷Patrícia Grugel de Oliveira dos Santos, graduada em Educação Infantil e Anos Iniciais pelo Grupo Educacional FAVENI. Mestranda em Ciência da Educação pela Christian Businnes School. E-mail: patriciagrugel38@gmail.com;
⁸Renilda Gomes de Oliveira Silva, graduada em Matemática pela Fundação Universitária do Tocantins. Mestranda em Ciência da Educação pela Christian Businnes School. E-mail: nildagomes6824@gmail.com;
⁹Prof. Dr. Diogenes José Gusmão Coutinho, licenciado em Ciências Biológicas, doutor em Biologia pela UFPE. Professor orientador da Christian Businnes School. E-mail: gusmão.diogenes@gmail.com.