INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO A  DISTÂNCIA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS¹

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch102025005110947


2Alan Cordeiro Fagundes
3Hellen Patriny Soares Miranda
4Lorena Andrade Costa
5Rômulo Oliveira Chaves
6Walter Paulo de Oliveira C. Calunga


Resumo

A aplicação da Inteligência Artificial (IA) na modalidade de Educação a Distância  (EaD) tem transformado significativamente os processos de ensino e aprendizagem,  promovendo personalização, interatividade e ampliação do acesso à educação. Contudo, a  integração dessa tecnologia apresenta amplos desafios éticos, pedagógicos e técnicos que devem ser enfrentados para garantir seu uso de forma responsável e sustentável. Este artigo  tem intenção de analisar e discutir as principais possibilidades e obstáculos relacionados ao uso da IA na modalidade de EaD, explorando as perspectivas para o futuro dessa  integração, com base em um referencial teórico que inclui contribuições de alguns autores  que discutem o tema, como Pierre Lévy e Seymour Papert. Em resumo, o nosso estudo se baseia em investigar de forma superficial as vantagens, desvantagens e desafios da utilização da IA na modalidade de EaD como meio de contribuir para o processo de ensino aprendizagem. 

Palavras-chave: Inteligência Artificial, Educação a Distância, Personalização do Ensino,  Tecnologia Educacional, Ética na Educação. 

Abstract. The application of Artificial Intelligence (AI) in Distance Education (DE) has  significantly transformed teaching and learning processes, promoting personalization,  interactivity and expanding access to education. However, the integration of this technology  presents wide-ranging ethical, pedagogical and technical challenges that must be addressed  to ensure its responsible and sustainable use. This article aims to analyze and discuss the  main possibilities and obstacles related to the use of AI in distance education, exploring the  prospects for the future of this integration, based on a theoretical framework that includes  contributions from some authors who have discussed the subject, such as Pierre Lévy and  Seymour Papert. In short, our study is based on a superficial investigation of the advantages,  disadvantages and challenges of using AI in distance learning as a means of contributing to  the teaching-learning process. 

Keywords: Artificial Intelligence, Distance Education, Personalization of Teaching,  Educational Technology, Ethics in Education. 

1 Introdução 

A modalidade de Educação a Distância tem contribuído bastante para ampliar o  acesso a educação e atender as várias demandas de tempo e espaço dos estudantes por  todos o mundo. Mesmo com todos os desafios até aqui propostos a modalidade de  educação a distância tem cumprido o seu papel desde de sua concepção, mas agora se  encontra com um desafio maior ainda, que é a inserção em massa da IA nos processos de  ensino aprendizagem na modalidade de EaD. Segundo (Valdati, 2020) a inteligência artificial  está sendo empregada em várias áreas do conhecimento educacional, tendo como princípio  dotar a máquina de inteligência. A inteligência artificial, também conhecida como IA, que  nasce na era da modernização, representa um avanço na área da robótica e automação,  devido às suas versatilidades e aplicabilidade. Com a emergência da inteligência Artificial (IA), novos horizontes se abriram para a EaD, oferecendo ferramentas que podem  personalizar o aprendizado, monitorar o progresso dos estudantes e facilitar a interação  educacional em larga escala (LÉVY, 1999). Apesar de seu potencial transformador, a implementação da IA em ambientes educacionais não é isenta de grandes desafios, como nos outros campos em que a IA vem se instalando. Questões éticas, como a privacidade  dos dados dos estudantes, a dependência tecnológica e os possíveis vieses nos algoritmos de IA, devem ser comprovadas criticamente. Além disso, há a necessidade de capacitação  dos professores para que eles possam integrar essas tecnologias de maneira eficaz  (PAPERT, 1993). Nesse contexto o nosso estudo tem a pretensão de investigar de forma  superficial as vantagens, desvantagens e desafios da utilização da IA na modalidade de  EaD como meio de contribuir para o processo de ensino-aprendizagem. Para tentar  alcançar este objetivo, tendenciamos a analisar as vantagens retratadas na literatura e  tentar apresentar quais as desvantagens relatadas; e também buscar compreender os  desafios e as perspectivas nessa empreitada da implementação da IA na modalidade EaD.  O processo metodológico utilizado foi o de revisão da literatura sobre o tema, através de  artigos publicados sobre o tema a partir do ano de 2010. Após a coleta do referencial teórico,  foi utilizado o método dedutivo analítico. 

2. Potencialidades da IA na EaD 

A inteligência artificial (IA) está cada vez mais presente na EaD, oferecendo  ferramentas para personalizar o aprendizado, otimizar a avaliação e aprimorar a interação  entre alunos e professores. As principais potencialidades da IA na EaD, são a criação de sistemas de recomendação de conteúdo, a avaliação automatizada e a tutoria adaptativa numa análise crítica da sua aplicação. A IA pode contribuir para uma experiência de aprendizagem mais eficaz e personalizada, aumentando o engajamento dos estudantes e  melhorando os resultados educacionais. Nesse sentido, (Rocha e Moreira,2020), afirmam  que o modelo EaD cresceu significativamente ao longo das últimas duas décadas do século  21, com diversos termos presentes na literatura nacional e internacional que descrevem  seus distintos modelos e características. Com isso, os autores argumentaram que, na  contemporaneidade, a internet e as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) permitem, hoje, um intenso e crítico diálogo entre educação e tecnologias, e são  consideradas necessidades básicas, assim como o são as redes de água e eletricidade  para qualquer cidadão do mundo. Ao investigar a literatura acerca do uso da IA na  educação, pode-se encontrar a abordagem de (Costa, Filho e Bottentuit, 2019), os quais  dispõem que a utilização da IA na educação a distância seja eficaz, faz-se imprescindível  investir em infraestrutura e capacitar tanto professores quanto alunos para lidarem de  maneira adequada com essa tecnologia, levando em consideração suas necessidades  específicas. Além disso, os autores destacam a relevância da primazia dos aspectos éticos  e de privacidade na coleta e utilização dos dados dos alunos, enfatizando que a  implementação de tecnologias como a IA no ambiente educacional não deve ocorrer de  maneira indiscriminada. 

Atualmente temos vários exemplos de aplicação de IA por todo o mundo, já existem  exemplos reais de como a IA está sendo aplicada na educação com seus pontos positivos  e negativos. Nos Estados Unidos, por exemplo, a plataforma Knewton  (https://www.knewton.com/) utiliza algoritmos para adaptar o conteúdo e a metodologia de  ensino ao perfil de cada estudante. Já no Brasil temos várias instituições de ensino que já  estão explorando o potencial da tecnologia. Podemos citar como exemplo, a plataforma  Geekie (https://www.geekie.com.br/), que utiliza algoritmos para adaptar o conteúdo e a  metodologia de ensino ao perfil de cada estudante (ARXER et al., 2017); . Em contrapartida,  Santos et al. (2021) apontam que a implementação de IA no contexto da EaD ainda não atingiu um nível satisfatório de acessibilidade para o público em geral, uma vez que sistemas  de alta qualidade exigem investimentos significativos. Nesse sentido, Silveira e Vieira Junior  (2019) sugerem que os educadores devem avaliar cuidadosamente se a IA realmente contribui para a orientação dos aprendizes no processo de aquisição de conhecimento,  considerando a natureza cada vez mais competitiva e tecnológica da sociedade  contemporânea. Silveira e Vieira Junior (2019) também mencionam a experiência do Centro  Educacional SESI, localizado em Arthur Alvim, na cidade de São Paulo, que implementou  um sistema de IA voltado para experiências específicas na modalidade de EaD. No entanto, os autores observam que o feedback online gerado pelo sistema nem sempre reflete com  precisão a realidade do processo de ensino- aprendizagem. Como recomendação, sugerem  a integração de outras estratégias ao modelo, a fim de melhorar o monitoramento da  experiência de cada aluno, especialmente no caso dos jovens. Em suma, a utilização de IA  na educação apresenta benefícios consideráveis, mas também implica desafios significativos que devem ser cuidadosamente administrados para garantir que a tecnologia  cumpra efetivamente seu papel educacional e contribua efetivamente para o processo de  Ensino de Aprendizagem. 

3. Desafios e perspectivas 

Grandes são os desafios, a modalidade de educação a distância já vive uma  imensidão de questionamentos constantes, como por exemplo a importância do contato  face a face e as avaliações presenciais, com a implementação de ferramentas de IA essa  gama de desafios só aumenta. O que identificamos nesse estudo superficial bibliográfico é  que vários autores endeusam a IA como uma solução que veio para melhorar vários  aspectos do processo ensino aprendizagem e a maioria não tem ao certo a dimensão dessa  aplicação, pois está em pleno curso. O que temos certeza é que já temos uma grande precarização no universo do trabalho docente e uma mercantilização do ensino em vários  contextos. Nessa perspectiva é bom lembrarmos que segundo Vieira Pinto (2005), o  “embasbacamento” é uma característica do pensamento acrítico tão presente nas  sociedades contemporâneas. Em resumo, para o autor, a ideologização da tecnologia  envolve um estado de espírito eufórico e uma crença no seu poder demiúrgico.  Supostamente, o ser humano, por meio da tecnologia, irá construir uma vida feliz para  todos. Nessa dimensão o que devemos é ampliar as reflexões para que não deixamos a  modalidade de educação a distância caia em um Colonialismo Digital7. Kaufman (2022)  afirma que a Inteligência Artificial deve ser encarada como parceira dos profissionais  humanos nas tomadas de decisão, e não soberana, que seja capaz de contribuir para  aumentar a inteligência humana e não a substituir. Dentro do exposto percebe-se, o quanto  é necessário o olhar crítico e humano no que diz respeito à integração da IA ao ensino a  distância, mediante uma parceria para os avanços da modalidade de EaD. O grande  processo de Introdução da Inteligência Artificial (IA) no universo da Educação imprimi um  novo ritmo e uma grande revolução na forma como a educação é concebida e aplicada.  Importante é reconhecer que não apenas a inteligência artificial por si só, mas a tecnologia  como um todo. Neste sentido, Freire et al. (2023) destaca que a rápida evolução da  tecnologia da informação e comunicação (TDIC) tem causado uma profunda alteração  na sociedade contemporânea, afetando não somente as nossas interações diárias, mas  também o cenário educacional. A integração das novas tecnologias à educação teve  um grande impacto, desde a forma como os professores ministram as suas aulas até a  forma como os alunos aprendem e interagem com o conhecimento. 

Com relação a parte técnica de implementação da IA na modalidade de EaD, os  desafios são a qualidade dos dados, onde a eficácia da IA depende fortemente da qualidade  dos dados utilizados para treinar os algoritmos. A organização de dados precisos e  relevantes são essenciais para garantir resultados confiáveis. A privacidade e a segurança,  pois o uso da IA na educação envolve o tratamento de grandes volumes de dados pessoais  dos alunos que perpassa no nosso caso pela A Lei Geral de Proteção de Dados  (13.709/2018) que tem como principal objetivo proteger os direitos fundamentais de  liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural.  É fundamental garantir a privacidade e a segurança desses dados, evitando o uso indevido  e possíveis vazamentos. A falta de formação dos professores pois a integração da IA na  EaD exige que os professores estejam preparados para utilizar essas ferramentas de forma  eficaz. É necessário investir em programas de formação continuada para que os docentes  possam acompanhar as mudanças tecnológicas. Outro grande desafio é a excessiva  automatização de processos pode levar à desumanização da educação, reduzindo a  interação entre professores e alunos. É importante encontrar um equilíbrio entre o uso da  IA e a manutenção de um ambiente de aprendizado humanizado. 

Outro ponto importante é o cenário de crescimento da modalidade de educação a  distância no Brasil segundo o Semesp, entidade que representa mantenedoras de ensino  superior, que como demonstra no seu estudo anual intitulado, “O mapa do ensino superior  no Brasil” as Instituições de Ensino Superior – IES de porte pequeno seguem sendo a  maioria no país. Na rede privada, elas representam 82,8% das instituições. Na rede pública, elas são 36,4%. Do total de instituições privadas, 3,4% são IES de porte gigante, com mais  de 20 mil matrículas, e na rede pública elas representam 15,4%. Apesar de serem apenas  4,9% das IES no total, as mantenedoras de porte gigante acumulam 64,9% das matrículas  (68,2% na rede privada e 53,2% na rede pública), um crescimento de 2,4 pontos percentuais de 2021 para 2022, o que mostra uma tendência de concentração do setor em poucas  instituições, o que pode vir a comprometer a diversidade do sistema no futuro,  principalmente com a diminuição da concorrência, impactando também nos valores das  mensalidades e qualidade de ensino através do uso de IA para atender a grande demanda. 

Figura 1 – Cenário da evolução de matrículas em cursos EaD. 

Fonte: SEMESP ( 2024) 

O que podemos observar nesse cenário é como a modalidade de EaD tem crescido  substancialmente, favorecendo aos sistemas em inteligência artificial para ampliar cada vez  mais a sua utilização com intuito de atender e otimizar a grande demanda das plataformas  de ensino que serão acessadas por cada vez mais usuários, tornando-as indispensáveis  perante a este novo cenário educacional e consequentemente criando um novo modelo  educacional. Ou seja, a tendência é de uma ampla automação das ferramentas digitais, que  podemos definir com o conceito de plataformização, que trata da convergência de vários sistemas, protocolos, redes etc., juntando diferentes atores e ações humanas e não  humanas, conectadas por uma constelação dinâmica de tecnologias, mecanismos econômicos e socioculturais. Elas penetraram profundamente na mecânica da vida  cotidiana, afetando as interações informais das pessoas, bem como as estruturas  institucionais e rotinas profissionais (POELL; NIEBORG; VAN DIJCK, 2020). A  plataformização é a interpenetração de infraestruturas digitais, processos econômicos e  governamentais em diferentes setores das esferas da vida, favorecendo os sistemas  sociotécnicos e os atores político-econômicos (empresas, Estados) e como estes  constroem relações simbióticas para criar valor conectivo e desenvolver poder de  coordenação (VAN DIJCK; POELL, 2018). Nesse sentido o que identificamos é que a IA  oferece diversas possibilidades de uso na educação, desde a personalização do ensino até  a criação de sistemas de avaliação mais eficientes. Embora ainda haja muito a ser  explorado nesse campo, a tendência é que a tecnologia continue a transformar o processo de ensino e aprendizagem (GOMES, 2010). A forma e o conteúdo de como será feito é que deve ser amplamente debatida pelos educadores, com um posicionamento firme de que  não estamos nos humanos a serviço da tecnologia e sim ela a nosso serviço para melhorar  a qualidade dos processos de ensino aprendizagem e automaticamente contribuir com isso para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, pois só há um caminho e este  caminho é a educação. 

4. Considerações Finais 

Nosso estudo evidencia algumas considerações iniciais cruciais. A educação a  distância já enfrenta inúmeros desafios, e a implementação de ferramentas de IA tende a  amplificar essa complexidade. O que identificamos nesse estudo bibliográfico é que vários  autores endeusam a IA como uma solução que veio para melhorar vários aspectos do  processo ensino aprendizagem e a maioria não tem ao certo a dimensão dessa aplicação,  pois a mesma está em pleno curso. O que temos certeza é que já temos uma grande  precarização do universo do trabalho, como cita (ANTUNES,1999) no universo das  chamadas empresas flexíveis, empresas enxutas, da lean production, de todo esse ideário  e essa pragmática que caracteriza a empresa capitalista dos nossos dias, há um enorme  processo de precarização dos direitos do trabalho. Faço um parêntese, para dar a dimensão  deste problema: em qualquer aeroporto que você esteja hoje, você tem essa literatura de  aeroporto. Como enxugar a sua empresa, como secar a sua empresa, como reduzir a sua  empresa. Nesse universo é que está embutido o trabalho docente, permeado por uma  mercantilização ampla do ensino em todas as suas dimensões. Iniciar uma reflexão clara e  honesta desse cenário é emergencial para toda nossa sociedade. Pois por meio de  dispositivos técnicos conectados, construímos a nós mesmos e administramos nossa  presença num mundo globalizado (COUTO; COUTO; CRUZ, 2020), seja essa presença  construtivista ou liberal. 

A IA apresenta um potencial significativo para transformar a educação, mas sua  implementação exige uma abordagem holística que considere tanto os benefícios quanto  os desafios. É fundamental que as instituições de ensino invistam em pesquisas e  desenvolvimentos para otimizar o uso da IA garantindo que essa tecnologia seja um aliadono processo de ensino-aprendizagem e não um fim em si mesma. O letramento em IA deve fazer parte do ambiente educacional, nesse sentido como cita o CIEB nas suas notas técnicas em IA em muitos países e instituições já estão trabalhando pela inclusão da IA em seus currículos. Se quisermos trabalhar com a IA de forma apropriada, procurando  uma educação que prepare para a cidadania e o mundo do trabalho, será necessário formar professores tanto para fazer o uso quanto ensinar sobre ela, educar para pensar com e pensar sobre a IA. A escola e a inteligência artificial devem andar de mãos dadas para preparar os futuros cidadãos a lidar com mais uma tecnologia disruptiva. Além disso, a colaboração entre educadores, tecnólogos e especialistas no âmbito da educação é essencial para a construção de um futuro educacional mais justo e equitativo.” O conhecimento é criativo aberto emergindo de um processo transitório, parcial e insuficiente, o qual não é verdadeiro e definitivo, uma vez que “o conhecimento  humano é relativo à inteligência, ao ato de criação, de um lado, numa dimensão discursiva e, do outro, na dimensão social e histórica” (LIMA JUNIOR, 2005) A inteligência artificial representa uma grande oportunidade para a educação a distância, mas é fundamental que sua implementação seja feita de forma cuidadosa e ética. Ao superar os desafios e aproveitar as oportunidades, a IA pode contribuir para a construção de um futuro educacional mais justo e eficaz, mesmo tendo as nossas dúvidas,  visto a atual conjuntura. 

Uma das premissas primordiais que identificamos nessa análise bibliográfica é a de  que, para além dos debates, teorias e métodos da modalidade de Educação a Distância e  da implementação da IA, é necessário ter uma postura crítica perante aos processos de  implementação dessas novas ferramentas digitais, avaliando constantemente os resultados  e sua consequências para melhoria dos processos de ensino aprendizagem nos vários  modos de educar, pois os memos estão cada vez mais ligados as ações algorítmicas das  diversas plataformas que orientam, condicionam, controlam e vigiam todas as aplicações  neste universo digital. Por fim a certeza que temos que esse estudo é a ponta do iceberg  para iniciarmos a ampla discussão em curso com relação a IA na modalidade de Educação  a Distância.

7“O colonialismo digital não é mera metáfora ou discurso de poder, mas um dos traços objetivos do atual estágio


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1Este trabalho foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG)
de  desenvolvimento do modo de produção capitalista”
2Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG; E-mail: professoralnfagundes@gmail.com
3Centro Universitário Única – UNIÚNICA) E-mail: patrinyhellen@gmail.com 
4Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG E-mail: logeografia@gmail.com 
5Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG E-mail: romulochaves3217@gmail.com 
6Escola Superior Pedagógica do Bengo (ESPB) E-mail: waltercalunga@outlook.pt