A PARTICIPAÇÃO DAS FAMÍLIAS NA CONSTRUÇÃO DE UMA GESTÃO PÚBLICA ESCOLAR DEMOCRÁTICA

THE PARTICIPATION OF FAMILIES IN THE CONSTRUCTION OF A DEMOCRATIC PUBLIC SCHOOL MANAGEMENT

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202505110921


Fabiana Matos Ramos1; Fabiane Matos Ramos2; Francinara Matos Ramos3; Lucas Vasconcelos Borges4; Carlos Alessandro Lima de Oliveira5


Resumo

O presente trabalho intitulado em A Participação das famílias na construção de uma Gestão Pública Escolar Democrática, trouxe como problema de pesquisa a seguinte questão: quais vantagens a participação da família na escola pode apresentar para a melhoria do processo da gestão pública escolar democrática em uma escola em Maués? E como objetivo principal o artigo pretendeu analisar a participação da comunidade gestão escolar numa perspectiva democrática, no qual a família seja inserida nessa construção. Diante disso, o lócus da pesquisa foi uma escola da rede estadual, localizada no município de Maués, Amazonas. Dessa forma, a temática trouxe reflexões sobre a importância da participação da comunidade e da família nas instituições escolares, permitindo que família acompanhe de perto a aprendizagem de seus filhos, possibilitando proporcionar a criação um ambiente próprio ao desenvolvimento, assim como, melhorias no cotidiano da escola, pois uma gestão participativa, com a participação da família faz todo o diferencial. Metodologicamente, o presente trabalho constitui-se por natureza qualitativa, de cunho bibliográfico e de pesquisa de campo, o método de coleta de dados foi através de observação. Nessa perspectiva, a democratização da gestão escolar, torna-se imprescindível quando se almeja uma educação de qualidade que vise à transformação social, dessa forma, essa temática desencadear uma reflexão sobre o próprio conceito de gestão, em perspectiva crítica.

Palavras-chave: Gestão Pública. Gestão escolar democrática. Relação Família- Escola.

Abstract.

The present work, entitled The participation of families in the construction of a Democratic School Public Management, brought as a research problem the following question: what advantages can the participation of the family in the school present for the improvement of the process of democratic school public management in a school in Maués? And as the main objective of the article was to analyze the participation of the school management community in a democratic perspective, in which the family is inserte in this construction. In view of this, the locus of the research was a state school, located in the municipality of Maués, Amazonas. In this way, the theme brought reflections on the importance of the participation of the community and the family in school institutions, allowing the family to closely monitor the learning of their children, making it possible to provide the creation of an environment suitable for development, as well as improvements in the daily life of the school, because a participatory management, with the participation of the Family makes all the difference. Methodologically, the present work is qualitative in nature, bibliographic and field research, the method of data collection was through observation. In this perspective, the democratization of school management becomes essential when aiming at quality education that aims at social transformation, in this way, this theme triggers a reflection on the very concept of management, in a critical perspective.

Keywords: Democratic management. Family relation

1  INTRODUÇÃO

Este trabalho aborda a importância da gestão pública escolar na perspectiva da construção de uma escola democrática, com participação da família na escola. A parceria família e escola é uma temática que vem ganhando mais espaço no cotidiano escolar, fazer parte de uma gestão participativa significa êxito no desenvolvimento do ensino e da aprendizagem dos alunos, tornando um ambiente escolar saudável. O problema da pesquisa enfatiza na relevância em que a temática tem para a educação e para a administração. Nessa perspectiva, quais vantagens a participação da família na escola pode apresentar para a melhoria do processo da gestão pública escolar democrática em uma escola em Maués? E como objetivo principal o artigo pretendeu analisar a participação da comunidade gestão escolar numa perspectiva democrática, no qual a família seja inserida nessa construção.

Com intuito de responder à questão da pesquisa proposta, este trabalho buscou refletir sobre os benefícios e a importância da participação da família, no cotidiano e que os saberes e tradições possam fazer parte do ensino dos alunos, conhecendo a realidade dos alunos. Diante disso, o interesse pelo tema surgiu durante o estágio obrigatório pelo curso de Administração.

Dessa forma, a gestão escolar, diante dos parâmetros legais deve ser pautada pelo princípio e pelo método democráticos, quem deve construído com a participação da família, da comunidade, funcionários em geram da comunidade. No entanto, há pouca clareza sobre o que significa a tradução de um em outro, ou seja, essa temática é uma ação que precisa ser concreta nas escolas públicas país afora.

No entanto, a relação gestão escolar e família deve ser uma parceria de muita firmeza, no intuito de trazer benefícios para o desenvolvimento do ensino e a da aprendizagem. Nos últimos anos, tem se constatado que a família é muito importante para o aprendizado das crianças na escola e que sua ausência consequentemente gera problemas difíceis de serem resolvidos somente pela escola, pois a família tem sua participação na aprendizagem.

Dessa forma, o presente trabalho está desenvolvido em primeira parte em elementos introdutórios, segunda parte em fundamentação teórica, metodologia e resultados, a última parte é composta por elementos conclusivos. No entanto, foi possível desenvolver essa temática diante das minhas vivências durante o estágio em Gestão escolar, no qual foi satisfatório para dar trazer resultados significativos.

2  GESTÃO PÚBLICA

Diante do cenário em que o setor público vivencia, as mudanças em que o s governos estaduais e, principalmente, os municipais introduziram diversas novidades no campo das políticas públicas: maior participação social, ações mais ágeis, e, no caso específico dos estados, a expansão dos centros de atendimento integrado, uma das maiores revoluções na administração pública brasileira contemporânea necessárias muitas adaptações e novos caminhos para melhorias nas gestões públicas, agilizando assim, melhores investimentos na saúde, educação, meio ambiente e a cultura.

Segundo ABRUCIO, (2007, p.76). Os governos estaduais e, principalmente, os municipais introduziram diversas novidades no campo das políticas públicas: maior participação social, ações mais ágeis, e, no caso específico dos estados, a expansão dos centros de atendimento integrado […]. Sendo assim, as políticas públicas se fortalecem devido essas relações, tanto do governo Federal, Estadual e Municipal, enfatizando uma gestão participativa.

Como afirma o autor a seguir:

Atualmente, existe a necessidade de integrar o cidadão ao processo decisório da administração pública, ou seja, no processo de decisão política. A contribuição dos cidadãos, representantes dos interesses locais, também denominados stakeholders, contribuem, de forma inovadora, para a solução de vários problemas enfrentados pelo governo. (WOLTER e SILVA. 2020, p. 4).

Quando envolve uma gestão pública, nada mais justo que envolver a participação de cidadãos nas tomadas de decisões, principalmente no ensino e na aprendizagem, pois uma gestão para ter um bom resultado, deve ser uma gestão participativa. No entanto, uma gestão participativa deve ser uma prioridade.

2.1  GESTÃO DEMOCRÁTICA

De acordo com Libânio (2001), destaca que Liderança é a capacidade de influenciar, motivar, integrar e organizar pessoas e grupos a trabalharem para a consecução dos objetivos. Nessa perspectiva, pensar em uma gestão participativa é o ponto crucial para o bom desempenho na educação, onde todos tenham voz e vez, não somente a família, mas todos os funcionários em que fazem parte da escola, desde os merendeiros, auxiliares administrativos, auxiliares de serviços gerais, todos fazem parte dos profissionais de educação e precisam ser inseridos em uma gestão participativa.

No entanto, Libânio (2001), destaca que, na concepção democrático- participativa, os profissionais que trabalham na escola precisa desenvolver e pôr em ação competências profissionais específicas para participar das práticas de gestão. Diante disso, enfatizamos a importância da elaboração do projeto político pedagógico (PPP), ele é considerado o principal instrumento de guia para os exercícios da autonomia e da participação, onde em sua elaboração é necessário a participação de todos, no entanto, é o principal instrumento para a realização de uma gestão democrática na escola.

A construção de uma escola democrática começa desde quando a gestão começa ser participativa, um dos pontos cruciais para essa construção é a elaboração do Projeto Político Pedagógico, uma vez que dentro do PPP, onde os saberes, culturas e tradições da família façam partes do ensino e da aprendizagem dos alunos, é um ponto que precisa ser discutido, consideramos esses preceitos como uma construção de uma gestão democrática e uma educação contextualizada. Como afirma a autora a seguir:

O que não se deve é tratar da qualidade de ensino, como um todo, pautando-se somente em termos quantitativos, pois assim não são levados em consideração os importantes fatores subjetivos da educação, como a assimilação de valores, gostos, posturas, crenças e aptidões, bem como aquilo que o autor considera ser um elemento mais relevante que buscar e auferir resultados: verificar e desenvolver os processos educativo. PASSADOR; SALVETTI (2013, p. 480)

Compreendemos que todas as atividades em função da escola envolvem uma estrutura que organiza, gerencia e coordena, onde o corpo docente tem como função realizar como prioridade o ensino, assim como tem responsabilidade de construir o plano escolar, nas realizações das atividades da escola, e nas decisões de conselho da escola , mas que não significa que o corpo docente venha carregar todos os problemas educacionais sozinhos , no que mais tarde venha resultar problemas de saúde, emocional , daí a importância do trabalho coletivo participativo , que não venha resultar somente das capacidades individuais.

Segundo Passador e Salvetti (2013), não se fala em qualidade da educação, sem pensar na diferenciação do conceito “tradicional” e contextualizado, a qualidade de ensino a considera passível de medição. Segundo os autores, a ao mesmo tempo que falamos sobre uma educação tradicional, enfatizamos também a importância do tradicional, dos valores a serem resgatados.

Segundo o autor a seguir:

A gestão democrática é aqui compreendida, então, como um processo político no qual as pessoas que atuam na/sobre a escola identificam problemas, discutem, deliberam e planejam, encaminham, acompanham, controlam e avaliam o conjunto das ações voltadas ao desenvolvimento da própria escola na busca da solução daqueles problemas. SOUZA (2009, p.124).

Seguindo essa linha de pensamento, esse processo que constitui na formalização político, é notável a participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar, família e sociedade. Dessa forma, deve ser respeitado às normas coletivamente construídas, para isso é indispensável a construção do Projeto Político Pedagógico, onde todos participem dos processos de tomada de decisões e a garantia de amplo acesso às informações aos sujeitos da escola.

Segundo Souza (2020), corrobora que a gestão democrática é compreendida, que é um processo político, onde as pessoas que atuam na/sobre a escola identificam problemas, discutem, deliberam e planejam, encaminham, acompanham, controlam e avaliam o conjunto das ações voltadas ao desenvolvimento da própria escola na busca da solução daqueles problemas. Mas tem que ser um processo construtivo.

2.3 RELAÇÃO FAMÍLIA-ESCOLA

Ao abordarmos sobre a construção de uma escola democrática, não tem como deixar de enfatizar a importância da participação da família na construção de aprendizagem participativa, assim como a melhoria do ensino, tendo em vista que a família serve como alicerce para o bom desempenho do aluno em sua trajetória escolar. Salienta-se que a escola é um reflexo e ao mesmo tempo um local de preparação para a vida em sociedade para os al unos, assim como para a família.

O autor a seguir afirma que:

[…] necessário construir a gestão democrática, rompendo com o verticalismo das decisões de cúpula e o particularismo das práticas individuais. Substituir a racionalidade instrumental, que até hoje imperou nas escolas, por uma racionalidade voltada para a emancipação do ser humano implica em investir no coletivo da escola, de tal forma que todos os profissionais, que nela atuam, sejam corresponsáveis pela sua gestão, sem que se perca de vista a especificidade de cada área de atuação no interior da escola e no sistema educacional como um todo. (FILHO, [s.d.]. p. 2).

Nessa Perspectiva, salienta-se que é dever da escola estreitar a participação da família na escola, fazer com que os pais se tornem mais presentes no cotidiano escolar de seus filhos, colaborando com o desempenho escolar, fazendo com que os alunos fiquem mais seguro sobre vivência no espaço formativo. O autor a seguir destaca que: “Além de trazer os pais até a escola, é preciso que a escola vá até as famílias, que as conheça”, (FILHO, 2000, p.48).

Dessa forma, configura-se que é papel da escola promover esse vínculo, trazer a família para dentro da escola, para que elas possam ter suas contribuições no ensino e aprendizagens de seus filhos. Nessa perspectiva, a escola é considerada uma agente de mudança, onde deve preparar o cidadão para o convívio em sociedade, assim como no mercado de trabalho, diante desse fator, a participação da família

nesse processo é necessariamente indispensável. Fazendo com que a família esteja envolvida nas escolhas e decisões escolares.

Os autores a seguir afirmam que:

A escola é um lugar institucional de educação para a cidadania, de uma importância cívica fundamental, não como uma antecâmara para a vida em sociedade mais constituindo os primeiros degraus de uma caminhada que a família e a comunidade se enquadram (DE ASSIS; LIMA, 2011, p.13112).

O papel da escola é promover cidadania, principalmente a escola pública, visto que a maioria dos alunos que frequentam escolas públicas são alunos de classes médias e baixas. Portanto, a escola acolhe a todos, mesmo a educação deve ser o direito de todos, no entanto, deve ser levado em consideração como a família do aluno deve estar estruturada, uma vez que a família pode ser um problema para o desenvolvimento do ensino e aprendizagem.

Segundo Assis; Lima (2011), A família e a comunidade dependem da escola para formar cidadão, com relação a essa afirmação, nota-se que a escola tem um papel fundamental em relação a tudo que contemplamos na sociedade atual. Reflete- se aqui, que muitas vezes a família não tem essa consideração na participação da educação de seus filhos, deixando esse papel somente para a escola, e com isso a escola fica sobrecarregada, o professor acaba tendo que fazer o papel dos pais. E uma gestão escolar não basta apenas se construir sobre uma base unicamente administrativa, envolvendo apenas atores de dentro da escola, como os servidores técnico-administrativos.

3  MATERIAIS E MÉTODOS

A pesquisa foi realizada em uma escola da rede estadual localizada no município de Maués, Amazonas, que atende turmas do ensino médio. Trata-se de uma instituição tradicional, com mais de três décadas de funcionamento, atualmente sob nova gestão.

A pesquisa desenvolvida é de natureza qualitativa, pois o objetivo foi observado a realidade social do cotidiano escolar. Segundo GODAY (1995, p. 21) “Hoje em dia a pesquisa qualitativa ocupa um reconhecido lugar entre as várias possibilidades de se estudar os fenômenos que envolvem os seres humanos e suas intricadas relações sociais, estabelecidas em diversos ambientes”. Destaca a autora que na pesquisa qualitativa, fui entender os aspectos sociais daquele lugar envolvendo as professoras da escola. (GODAY, 1995)

Quanto aos meios da pesquisa é de forma bibliográfica e de campo. Segundo Marconi e Lakatos (2010, p. 166), “a pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc. […]”. Dessa forma, trago autores que contribuem muito para a compreensão da minha temática, livros, artigos e o caderno de campo.

A pesquisa de campo “tem o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queria comprovar, ou, ainda, de descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles”. (MARCONI E LAKATOS, 2010, p.169). No entanto, foi necessário a visita de campo, no qual ocorreu durante o estágio obrigatório na grade curricular do curso de Administração, da Universidade do Estado do Amazonas.

Os dados foram coletados por meio de observação. Durante a pesquisa, observou-se o desenvolvimento do ensino/aprendizagem, o planejamento de ensino, a elaboração dos planos de aula pelos professores e a forma como esses conteúdos foram transmitidos aos alunos. Seguindo a perspectiva de Severino (2007, p. 125), a observação foi adotada como um procedimento fundamental, permitindo acesso aos fenômenos estudados e se tornando uma técnica essencial para alcançar os resultados desejados durante as visitas ao campo de pesquisa.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Neste sentido, observamos uma gestão escolar que se posiciona diante das alternativas para o bem comum da escola desde a coordenação, organização e o gerenciamento das atividades pedagógicas, atendendo conforme os regulamentos e determinações dos órgãos superiores do sistema de ensino em torno do interesses da comunidade, conforme Oliveira et al (2018,p.7) destaca que […] “a gestão escolar não é neutra, pois todas as ações desenvolvidas na escola envolvem atores e tomada de decisões”, vivenciamos no cotidiano da gestão escolar a realidade de um contexto do campo, que tem uma história, em que carrega sonhos , mais que tem um viés político nas relações de poder interno e externo.

No entanto, a participação da comunidade no que foi observado, deixa desejar, pois muitos pais só vão à escola para pegar o boletim de seus filhos. Diante disso, é papel da escola fazer com que relação entre a família tenha essa a proximidade, a gestão da referida é bastante autoritária. A gestão escolar é o guia da escola, ela precisa ser acessível para todos uma vez que ela que tem em mãos o papel de coordenar a escola, atribuir atividades, auxiliar no desempenho pedagógico e trabalhar em conjunto com todos os funcionários administrativos e pedagógicos.

Para OLIVEIRA et al. (2018, p. 2) A gestão, se entendida como processo político-administrativo contextualizado, nos coloca diante do desafio de compreender tal processo na área educacional a partir dos conceitos de sistema e gestão escolar”. Nessa perspectiva, a gestão participativa deve compreender o sistema educacional, dando a oportunidade de uma educação contextualizada.

Dessa forma, compreende-se que uma nova gestão pública tem uma série de desafios e que envolve à necessidade de se ter instrumentos governamentais e democráticos, para combater os problemas que o Estado enfrenta na sociedade atual, principalmente no contexto educacional, pois um bom planejamento, visa em um resultado significativo.

É desejável que precisamos de uma escola transformadora, uma escola que não seja apenas um ciclo. Pois o que vemos hoje, é uma escola com o sistema hierárquico que, no qual concentra todo o poder nas mãos do diretor, onde os demais funcionários, famílias e alunos estão dispostos a fazer somente seu papel, gerando, porém, uma contradição, na construção de uma escola democrática, onde apenas uma pessoa tem autonomia para comandar.

Diante disso, ressalta-se que ao assumir a função na gestão, esse profissional deve possuir conhecimentos sobre o funcionamento da instituição e questões administrativas, sendo necessário que este seja capacitado para exercer um papel tão necessário na melhoria do ensino, pois ser gestor é um papel de muita responsabilidade, para que aconteça uma gestão democrática e participativa onde todos os sujeitos sejam atuantes no ambiente escolar.

Para tanto, considera-se que a educação exige um processo contínuo de aprendizagem, no qual exige comprometimento, e para que essa educação seja satisfatória é necessária a parceria entre gestão escolar e família. Essa temática vem sendo cada vez mais presencial na escola, mostram que essa relação garante um maior desempenho dos envolvidos nesse processo. Diante disso, a busca por melhores resultados educativos propõe a criação de propostas pedagógicas que permitam esses avanços.

No entanto, diante das minhas vivências no campo educacional, nota-se que é de conhecimento da maioria dos profissionais da educação, as escolas concentram muitas crianças com dificuldades de aprendizagem, e a maioria desses problemas são causados no convívio familiar que reflete no seu aprendizado deles, como é visto na escola lócus da pesquisa, essa problemática é muito vista, uma vez que a participação dos pais não é satisfatória.

O acompanhamento necessário dos pais reflete significativamente no desenvolvimento da aprendizagem, isso faz o diferencial no cotidiano escolar e quando não há esse acompanhamento, afeta diretamente na aprendizagem do aluno, assim como, na evolução deles em seu processo de aquisição de conhecimento. Seguindo essa linha de pensamento, faz – se necessário a parceria entre a gestão escolar e família, pois cabe as famílias participarem da vida escolar de seus filhos, essa interação deve ser frequente.

Nessa perspectiva, é dever da escola buscar meios de desenvolver, ações que possam resgatar dos pais a importância de estar presente na vida escolar dos filhos, ou seja, a colaboração da comunidade em geral, principalmente da família no desenvolvimento de atividades educativas. E como ação prática promove – se a reestruturação do PPP com a ajuda dos pais e responsáveis, assim como todos os funcionários em uma construção coletiva.

Destacasse que na escola em que foi realizado a pesquisa, esse problema de coletividade não é muito frequente, pois não tem um consenso, onde a gestão não é participativa diferente do que esperamos em uma escola democrática, então não tem muito a participação dos pais, a falta de incentivo, impede na construção de uma escola democrática, então são desafios que precisam ser enfrentados e pensado nas possibilidades de melhorias nesse cenário em que a escola se encontra.

Nessa perspectiva, é necessário o incentivo para a participação dos pais na escola, pode ser criado o caderno de visitas, inserindo os saberes populares e tradições familiares como temas de aulas, assim como um controle para visitas dos mesmos na escola, e como retribuição a esta participação da família é o bom desenvolvimento do ensino e aprendizagem de seus filhos. Essa é a melhor forma de incentivá-los essa participação.

Outra forma de trazer os pais são as rodas de conversas e os debates, também podem agregar muito a participação das famílias, visto que todas as discussões tem como foco principal assuntos relacionados à educação de seus filhos, assuntos dos quais todos puderam falar e opinar. Sendo assim, dar voz e vez a cada um deles, e fazer com que se sintam parte desse processo tão delicado, isso fará com que os pais estejam cada vez mais inseridos no cotidiano escolar.

A cada nova convocação de reunião na escola, procura-se, desenvolver novas atividades de engajamento desses pais no processo de aprendizagem de seus filhos, fazendo-os sentir que a sua presença nesse ambiente faz toda a diferença. De propósito, isso contribui de forma significativa para o avanço e desenvolvimento do seu filho. Com o desenvolvimento das sugestões deste trabalho espera-se um maior empenho familiar e um maior interesse pelas discussões promovidas pela escola, ou seja, esperasse que dessa forma os pais sejam mais presentes na escola.

Diante disso, quando a escola e a família conseguem manter uma relação de parceria harmônica sem perder de vista o melhor desempenho e interação entre os pais, filhos e os educadores. Fazem-se laços de conquista, significados e estímulo natural indispensável à vida do profissional. Embora se descubra que a escola como um todo ainda falta muito para que de fato se concretize a ideia de Gestão Democrática e participativa como um todo.

5  CONCLUSÃO

A Gestão pública democrática caracteriza-se por ser um modelo de gestão que envolve os indivíduos da equipe, sem depender de qual cargo eles ocupam, nos processos de decisão. Diante disso, este trabalho buscou refletir se essa gestão democrática está sendo compartilhada no cotidiano das escolas, pois é uma temática que precisa de ser levada em consideração, pois a gestão participativa temo intuito de trazer melhorias para o dia a dia da escola.

Dentre as idas e vindas para a escola nos possibilitou a conhecer a realidade, e com isso, vale ressaltar que a participação da família na escola lócus da pesquisa não é frequente, uma vez que os pais só procuram a escola em reuniões, no qual a atual gestão não tem muito espaço para o diálogo, onde a ideia predominante é somente da gestão. Dessa forma, os profissionais atuantes na escola estão muitos desmotivados. Dessa forma, presença da comunidade na construção de uma escola democrática, especialmente dos pais, tem várias implicações, e há várias maneiras de inserir a participações na escola.

No entanto, a necessidade do trabalho conjunto escola e família têm em vista pontos positivos, ainda que assim, essa parceria traz bons resultados no processo de ensino. Além disso, a participação familiar corresponde aos ideais pedagógicos da gestão democrática participativa, começando no conselho escolar, construção pedagógico compreendendo que o trabalho coletivo, especialmente na unidade escolar, tende a ser muito proveitoso e satisfatório para o bem da educação.

Sendo assim, esse fator resulta em uma reflexão conjunta, onde em possibilidades de melhorias, pois a escola sozinha resulta em atrasos. E a família assim como a escola precisa conscientizar seus integrantes de que existem regras que devem ser obedecidas também no seio familiar, haja visto que é na família que as crianças aprendem os primeiros passos de sua vida social, então faz-se necessário essa participação.

Portanto, esse trabalho serve como uma possibilidade para novas pesquisas, é uma temática que deve ser vista nas escolas, onde a participação de todos sejam indispensáveis, quando a equipe é unida e tem o mesmo propósito os resultados são satisfatórios, o líder precisa incentivar, ser aberto para ouvir, dialogar e fazer com que todos participem de sua gestão, principalmente com a família. No entanto, a partir das atividades sugeridas esperasse que haja uma significativa melhora no que se refere à participação dos pais na vida escolar dos filhos e no cotidiano da escola, começando a construção de uma escola democrática.

No entanto, a educação não é apenas uns princípios normativos viabilizadores para o desenvolvimento psico-sóciocultural e econômico do educando. A educação exige muito mais que conhecimento técnico através de conteúdos curriculares, mas exige também os conhecimentos empíricos, exige compromisso de todos os envolvidos, além de respeito com todos os profissionais da educação, onde possam fazer parte de uma construção de uma escola democrática.

REFERÊNCIAS

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1 Discente do Curso Superior de Bacharelado em Administração da Universidade do Estado do Amazonas, do
Núcleo de Ensino Superior de Maués e-mail: fmr.adm19@uea.edu.br
2 Discente do Curso Superior de Bacharelado em Administração da Universidade do Estado do Amazonas, do
Núcleo de Ensino Superior de Maués e-mail fmrm.adm19@uea.edu.br
3 Graduada em Pedagogia do Campo pela Universidade do Estado do Amazonas, do Núcleo Superior de Maués e e-mail: f-matos-ramos@bol.com.br
4 Discente do Curso Superior de Bacharelado em Administração da Universidade do Estado do Amazonas, do
Núcleo de Ensino Superior de Maués e-mail: lvb.adm19@uea.edu.br
5 Professor e Orientador na Universidade do Estado do Amazonas, do Núcleo Superior de Maués e e-mail: caloliveira@uea.edu.br