ESTUDO DE CASO SOBRE A INFRAESTRUTURA DE REDES E O IMPACTO EM PACIENTES EM ESTADO DE UTI 

CASE STUDY ON NETWORK INFRASTRUCTURE AND ITS IMPACT ON ICU PATIENTS 

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/dt10202505082243


Wellerson Lucas de Lima Cardoso1
Siomara Dias da Rocha2


RESUMO

A infraestrutura de redes em hospitais é fundamental para melhorar a eficiência, segurança e qualidade  dos serviços de saúde. Redes bem implementadas permitem a integração de sistemas, como  prontuários eletrônicos, monitoramento remoto de pacientes e acesso em tempo real a exames e  diagnósticos. Isso acelera a tomada de decisões e reduz erros médicos. A conectividade também  possibilita o acesso ao atendimento especializado. Redes robustas são essenciais para suportar  dispositivos de alta capacidade, como sensores de monitoramento contínuo, promovendo um cuidado  mais personalizado. Contudo, desafios como segurança cibernética e escalabilidade precisam ser  gerenciados para evitar vulnerabilidades. Assim, uma boa infraestrutura de redes transforma a gestão  hospitalar e otimiza resultados clínicos. 

Palavras-chave: Redes de computadores, Pacientes em UTIs, Gestão Hospitalar, Enfermagem.

1. INTRODUÇÃO 

A importância fundamental da infraestrutura de redes em ambientes hospitalares,  especialmente em unidades de terapia intensiva (UTIs). Será abordada minuciosamente a  relevância da conectividade para o atendimento médico completo e eficaz, além do  monitoramento contínuo e preciso dos pacientes, objetivando uma melhor qualidade de  cuidados e resultados positivos.  

Será evidenciado também os desafios complexos enfrentados na implementação e manutenção de uma infraestrutura de rede robusta, estável e segura em unidades hospitalares. Compreendendo a necessidade constante de adaptação e atualização tecnológica, serão  discutidos os avanços recentes na área e como eles impactam a operação e a prestação de  serviços de saúde nesses ambientes de alto risco.

Serão exploradas as estratégias e soluções implementadas para garantir uma  conectividade ininterrupta maximizando o acesso a informações relevantes e promovendo a  troca eficiente de dados críticos. Além disso, serão analisadas as medidas de segurança  adotadas para proteger as redes contra ameaças cibernéticas cada vez mais sofisticadas (RODRIGUES e CARIDADE, 2022). Serão discutidos os benefícios que uma infraestrutura  de rede adequada e bem planejada pode trazer para uma UTI, incluindo otimização de  recursos, redução de erros médicos e melhoria na tomada de decisões clínicas.  

À medida que os profissionais elaboram uma prática moderna e tecnológica, conforme  os anos se passam, obtemos uma evolução significativa a cada ano, utilizando ferramentas  criadas para reduzir tempo e mão de obra humana. Um custo alto para atualizar equipamentos,  contudo na atualidade que vivemos, temos recursos para montar ou reestruturar uma rede do  zero, com um custo planejado. Conforme dito em (The Use of Simulators in Teaching Computer Networks) Assim como os simuladores ajudam na redução de custo das  universidades e empresas, para quem está aprendendo ou aperfeiçoando suas habilidades. O  profissional tem hoje em dia várias ferramentas para solucionar problemas em redes de  computadores. 

Na década de 90, a tecnologia era bem limitada, comparado com o que temos hoje em  dia é bem ampla e possuímos uma variedade de ferramentas e recursos tecnológicos. Assim  como a indústria tecnológica cresce exponencialmente conforme os anos se passam, gera um  déficit na atualização dos equipamentos de redes, pois ficam ultrapassados e requerem  atualizações para estar seguro de ataques hackers e se prevenir contra falhas de servidores. A  comparação das décadas é fundamental para entender a evolução e a mudança que ocorre no  decorrer dos anos, pois nos mostra o quão importante é compreender o avanço tecnológico  (LINS, 2013). A Figura 1 e 2 apresenta uma infraestrutura de redes do passado e da  atualidade.

Figura 1. Anos 90, baixa velocidade de internet e processamento.

Fonte: Próprio Autor, 2024.

Este artigo visa apontar soluções e modelos de trabalhos que melhoram a eficiência do  trabalho, a qualidade do processo, segurança, confiabilidade, integridade dos dados e a  segurança dos colaboradores quando ocorrer uma falha não previsível, mantendo uma  estrutura de rede limpa e eficaz para o processamento de dados (TOMIO, 2017). 

Figura 2. Dias atuais: alto poder de processamento e velocidade de internet.

Fonte: Próprio Autor, 2024.

2. REVISÃO DA LITERATURA 

2.1 Estado da Arte sobre Infraestrutura de Redes 

A infraestrutura de redes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é formada por uma  ampla gama de componentes e tecnologias que são fundamentais para garantir a  conectividade e o bom funcionamento de todos os dispositivos e sistemas médicos.  

A fim de assegurar a continuidade da comunicação entre esses dispositivos, são  utilizados servidores de alta capacidade que são capazes de processar grandes quantidades de  dados de forma eficiente e rápida. Além dos servidores, a infraestrutura de redes na UTI inclui  switches e roteadores de última geração (TOMIO, 2017).  

Esses dispositivos desempenham um papel fundamental na distribuição do tráfego de  rede, garantindo uma conexão estável e confiável entre todos os equipamentos médicos. Com  a ajuda dos switches e roteadores, é possível evitar congestionamentos na rede, o que seria  prejudicial para o funcionamento adequado dos dispositivos.  

É importante mencionar que a rede na UTI é projetada levando em consideração a  redundância. Isso significa que existem rotas alternativas e backups para garantir que a  comunicação entre os equipamentos seja ininterrupta, mesmo em caso de falhas nos  componentes da rede principal (BRESSAN et al., 2022).  

Essa redundância é essencial para evitar interrupções críticas no fluxo de dados e,  consequentemente, no atendimento médico aos pacientes. No que diz respeito à segurança dos  dados médicos, a infraestrutura de redes na UTI conta com medidas avançadas de proteção.  

Firewalls são utilizados para monitorar e controlar o tráfego de rede, bloqueando  eventuais acessos não autorizados e ataques cibernéticos. São empregados sistemas de  criptografia de última geração, que garantem a confidencialidade e integridade dos dados  transmitidos pela rede (RODRIGUES e CARIDADE, 2022).  

Essas tecnologias de segurança são constantemente atualizadas e aprimoradas,  garantindo uma proteção efetiva contra ameaças cada vez mais sofisticadas. A infraestrutura  de redes na UTI é um sistema complexo e altamente confiável, composto por servidores de  alta capacidade, switches e roteadores avançados.  

Essa estrutura é projetada com redundância para garantir uma comunicação contínua  entre os dispositivos médicos. Do mesmo modo, medidas avançadas de segurança, como  firewalls e sistemas de criptografia de última geração, são implementadas para proteger os  dados médicos. Tudo isso contribui para a eficácia e segurança dos cuidados oferecidos aos  pacientes na Unidade de Terapia Intensiva (LINS, 2013). 

2.2 Desafios e Soluções 

Muitos hospitais utilizam equipamentos antigos e obsoletos na UTI, o que tem um  impacto direto na qualidade do atendimento aos pacientes. A política influencia diretamente, pois a disponibilização de verbas para a atualização e renovação desses equipamentos é  essencial para garantir a segurança e eficácia dos procedimentos realizados na UTI.  

A modernização dos equipamentos é fundamental para possibilitar o acompanhamento  preciso e em tempo real dos sinais vitais e demais informações dos pacientes, contribuindo  para um atendimento mais eficiente e seguro (PROENÇA e AGNOLO, 2011). 

Um dos principais desafios enfrentados na infraestrutura de redes da Unidade de  Terapia Intensiva (UTI) é garantir alta disponibilidade e confiabilidade, proporcionando um  ambiente seguro e estável para o funcionamento adequado dos equipamentos e sistemas.  

Para superar esses desafios, foram implementadas soluções avançadas de backup  automático, protocolos de redundância robustos e estratégias de monitoramento proativo, com  o objetivo de identificar e corrigir possíveis falhas na rede de maneira rápida e eficiente,  minimizando assim o impacto nos serviços e garantindo a continuidade dos cuidados  prestados aos pacientes (LOUREIRO et al., 2018).  

Essas medidas visam assegurar que a infraestrutura de redes da UTI seja altamente  resiliente, capaz de suportar picos de demanda, manter a integridade dos dados e a segurança  das informações sensíveis, garantindo, assim, o melhor atendimento possível aos pacientes  (GARCIA ET AL., 2010). 

2.3 Impacto da Infraestrutura de Redes em Pacientes na UTI 

Como solucionar sem impactar na vida dos pacientes internados e no processo dos  médicos que dependem do sistema hospitalar para realizar seus trabalhos? 

A infraestrutura de redes na UTI desempenha um papel fundamental no  aprimoramento do atendimento médico, pois, ao permitir um acesso rápido às informações  vitais dos pacientes, promove uma facilidade na tomada de decisões (MORENO e LOPES,  2002) Ademais, essa infraestrutura possibilita o monitoramento remoto, o que resulta em uma  contribuição significativa para a segurança e o bem-estar dos pacientes.  

Através do uso de tecnologias de redes avançadas e confiáveis, as equipes médicas  têm a capacidade de acessar, em tempo real, os dados médicos dos pacientes, tornando  possível uma análise das condições atuais de saúde e a tomada de medidas imediatas, se  necessário. Isso não apenas economiza tempo, mas também melhora a eficiência dos cuidados  médicos, garantindo um tratamento mais rápido e eficaz. Conforme a Figura 3 é exibido um  diagrama de fluxo de trabalho (SHREEVE, WILLIAMS e BLAKE, 2023). 

Para solucionar problemas de infraestrutura de redes sem impactar pacientes e  profissionais médicos em hospitais, é essencial implementar estratégias de manutenção  preventiva e monitoramento constante. Isso inclui a identificação proativa de possíveis falhas  na rede (TOMIO, 2017) a definição de protocolos de contingência em caso de problemas e o  investimento em infraestrutura redundante para evitar interrupções no acesso aos sistemas  hospitalares.

A realização de manutenções programadas durante períodos de menor utilização da  rede, como durante a noite, pode ajudar a minimizar o impacto nas operações clínicas. As  equipes de TI devem garantir uma comunicação clara com os profissionais de saúde para  minimizar o impacto das intervenções na infraestrutura de redes no dia a dia do hospital. 

Figura 3. Diagrama de trabalho e plano de contingência.

Fonte: Próprio Autor, 2024.

2.4 Pacientes 

A UTI é frequentemente associada à tristeza e angústia, dor física e emocional,  dependência física, perda da noção do tempo e morte, em vez de ser vista como um local de  tratamento e recuperação para a vida (PROENÇA e AGNOLO, 2011) No entanto, vários  casos de sucesso demonstram como a infraestrutura de redes na UTI tem desempenhado um  papel crucial na recuperação de pacientes críticos, facilitando o acesso a tratamentos,  intervenções cirúrgicas e recursos especializados. Isso resulta em melhores prognósticos e um período de internação mais curto para os pacientes. O paciente não sabe o que acontece  quando ocorre uma falha crítica, cada paciente tem um estado diferente, então o  monitoramento acompanha uma visão em tempo real para o suporte ter uma ação rápida, o  suporte deve manter o padrão de atendimento sem transparecer para os pacientes, somente os  colaboradores sabem e devem saber o que está acontecendo no setor.  

Quando ocorre uma falha de um equipamento de engenharia clínica por exemplo, pode  ocorrer de várias formas, sendo elas: falha elétrica, falha mecânica e a estrutura de redes e  equipamentos que precisam de internet para operar o sistema. Assim não gera impacto direto  ao paciente, mantendo sua a descrição sem alarmar o processo realizado (MORENO e LOPES, 2002). Embora a rede de computadores que revolucionou o atendimento hospitalar,  especialmente para pacientes internados, a conectividade e a informação são essenciais para  manter a segurança de dados dos pacientes e a sua integridade, reduzindo riscos de vazamento  de dados, e mantendo sua defesa ativa.  

A proteção contra ameaças de hackers e vírus é um desafio constante para se manter,  implementar e inovar medidas de segurança, disponibilizar de recursos wi-fi e obter-se  informações precisas (SHREEVE et al., 2023).As redes de computadores tem um impacto  profundo na experiência dos pacientes internados, pois desde as melhorias de informações,  acessos rápidos e de forma digital, hoje em dia é muito prático verificar um prontuário, pois a  evolução tornou isso possível com a modernidade e o acesso totalmente digital  (VANDRESEN et al., 2022).  

Investir numa infraestrutura robusta e confiável é investir na saúde e na vida dos  pacientes mais vulneráveis, a constante evolução tecnológica exige adaptação e atualização  contínua para garantir que principalmente pacientes em estado de UTIs tenham um melhor  ambiente da medicina moderna e ofereçam o melhor atendimento possível (MORENO &  LOPES, 2002). A Figura 4 apresenta o grau de eficiência de processo com pacientes. 

Figura 4. Eficiência de processo com pacientes.

Fonte: Próprio Autor, 2024.

3. METODOLOGIA  

A metodologia deste estudo de caso abrange descrição detalhada da infraestrutura de  redes em UTIs, incluindo análise dos dados e o impacto dessa infraestrutura no atendimento  aos pacientes. Aspectos clínicos, operacionais e tecnológicos são considerados, buscando  melhorias e otimizações. A segurança, confidencialidade e integridade dos dados também são  prioritários. 

O estudo se baseia em pesquisas recentes, revisões bibliográficas, análises  comparativas e discussões. Compreender o impacto das redes de comunicação e tecnologias  de rede na saúde é fundamental para garantir atendimento de excelência aos pacientes em  UTIs. O estudo visa fornecer subsídios teóricos e práticos para o desenvolvimento de  estratégias visando à melhoria contínua das UTIs e melhor recuperação dos pacientes em  condições críticas de saúde. Para obter as referências citadas ao longo do texto foram  utilizados os seguintes descritores de busca.  

3.1 Descrição do Estudo de Caso 

O estudo de caso aborda a infraestrutura de redes em UTIs de um hospital específico,  descrevendo a topologia da rede, os equipamentos utilizados, o tipo de conexão, a segurança  da rede, entre outros aspectos relevantes. Será detalhado como a infraestrutura de rede é  estruturada, para possibilitar a conectividade dos dispositivos médicos e o acesso à internet,  essenciais para o funcionamento adequado da UTI e o monitoramento dos pacientes. 

3.2 Análise de Dados 

A análise dos dados coletados será realizada por meio de estatísticas descritivas e  análise qualitativa e quantitativa abrangente, buscando identificar uma ampla gama de  padrões, tendências e pontos de melhoria relevantes na infraestrutura de redes das UTIs.  

Serão minuciosamente avaliados aspectos cruciais, como aprimoramento da  disponibilidade da rede, otimização da velocidade de transmissão de dados para garantir a  eficiência máxima, fortalecimento da segurança das informações sensíveis, impacto altamente  positivo no atendimento médico e monitoramento detalhado e eficaz dos pacientes em tempo  real.  

Essa análise abrangente e criteriosa visa fornecer informações sólidas, embasadas e  conclusivas para o estudo de caso, abrindo portas para a implementação de soluções  inovadoras e aprimoramentos significativos em toda a estrutura de redes das UTIs. 

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 

Na análise criteriosa dos resultados obtidos, foi devidamente observado e constatado  que a implementação de infraestrutura de redes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI)  trouxe uma série de significativos benefícios direcionados ao atendimento médico, tendo em  vista que proporcionou uma comunicação extremamente eficiente tanto entre equipamentos  hospitalares quanto entre os profissionais da saúde (CRUZ e ÁVILA, 2021) Tal fator, possibilitou a agilização da tomada de decisões cruciais e, o que é ainda mais relevante,  garantiu uma considerável melhoria na segurança dos pacientes.  

Essa eficiente conectividade desempenhou um papel fundamental no monitoramento  contínuo dos pacientes internados em UTIs, permitindo, assim, a identificação precoce de  eventuais complicações que pudessem surgir durante o período de internação. Esse aspecto se  apresenta como um importante elemento no âmbito da prevenção e do cuidado, uma vez que  viabiliza um tratamento mais assertivo e eficaz (SHREEVE et al., 2023). 

No entanto, é necessário pontuar que durante a pesquisa em questão foram detectados  alguns desafios a serem superados, sendo o principal deles a limitação de recursos financeiros  e a falta de atualização tecnológica nas UTIs (SHREEVE, WILLIAMS e BLAKE, 2023) Diante desse cenário, sugere-se fortemente que sejam realizados investimentos assertivos na  infraestrutura de redes hospitalares, levando-se em consideração a importância crucial dessa  modernização para um atendimento de excelência. Os dados gráficos da Figura 56 nos mostram  o quanto a tecnologia evoluiu com o passar dos anos.  

Figura 5. Gráfico de avanço tecnológico dos anos 90 até os dias atuais.

Fonte: Próprio Autor, 2024.

Adicionalmente, é imprescindível que haja uma capacitação ainda maior dos  profissionais da área da saúde, a fim de que estes estejam plenamente instrumentalizados para  lidar com as demandas tecnológicas e desafios que possam surgir no contexto das UTIs.  Dessa forma, como importante contribuição proveniente do presente estudo, destaca-se a  relevância inquestionável de um sistema de redes altamente eficiente para a ampliação e  aperfeiçoamento dos cuidados intensivos nos ambientes hospitalares.  

Nesse sentido, é plenamente possível afirmar que são necessárias pesquisas futuras  ainda mais focadas na atualização e expansão das tecnologias de rede presentes nos hospitais, a fim de que sejam garantidas melhores condições de saúde e bem-estar para os pacientes que  demandam cuidados intensivos (TOMIO, 2017). É crucial que a implementação dessas redes  de comunicação também promove uma maior integração entre as equipes médicas e os  pacientes, possibilitando um fluxo de informações mais eficiente e uma atenção mais  personalizada.  

Isso resulta em um aumento significativo na qualidade dos cuidados prestados e na  satisfação dos pacientes. Com a evolução da tecnologia, é possível antecipar que novas  soluções e dispositivos serão desenvolvidos para aprimorar ainda mais a infraestrutura de  redes em UTIs.  

Com isso, os hospitais poderão contar com sistemas mais avançados e integrados,  permitindo uma gestão mais eficiente e facilitando o acesso dos profissionais da saúde às  informações clínicas dos pacientes. Essa evolução tecnológica também deve levar em  consideração a segurança das redes, garantindo a proteção adequada dos dados dos pacientes  e evitando possíveis brechas de segurança (LINS, 2013).  

É fundamental que os gestores dos hospitais estejam atentos às novas tendências e  melhores práticas em infraestrutura de redes, buscando sempre a atualização e o  aperfeiçoamento contínuo (SHREEVE et al., 2023). É importante destacar a importância do  trabalho em equipe e da colaboração entre os diferentes setores envolvidos na implementação  e manutenção de redes de comunicação em UTIs.  

Apenas através de uma abordagem integrada e da cooperação entre profissionais de TI,  médicos, enfermeiros e outros especialistas é possível garantir que a infraestrutura de rede  seja eficiente, confiável e atenda plenamente às necessidades dos pacientes e do corpo clínico.  

Os resultados deste estudo confirmam as conclusões de Proença e Agnolo (2011), que  enfatizaram a importância de uma infraestrutura de rede robusta para o funcionamento  eficiente das operações hospitalares, especialmente no que diz respeito à segurança da  informação e à conectividade em tempo real entre os diversos departamentos.  

Como Proença e Agnolo (2011), observamos que a eficiência da rede está diretamente  relacionada à capacidade do hospital de garantir a integridade dos dados dos pacientes e a  disponibilidade contínua dos sistemas. A implementação de uma rede confiável é crucial para  a gestão de registros médicos eletrônicos (EMR), pois qualquer falha pode comprometer a  prestação de cuidados médicos. 

Os achados deste estudo estão de acordo com as observações de Garcia et al. (2010),  que analisaram como a infraestrutura de rede influencia a experiência do paciente e a  eficiência dos serviços no hospital. Garcia et al. (2010) sugerem que um sistema de redes bem  estruturado pode otimizar processos como a transmissão de dados médicos e comunicação  entre as equipes de saúde.  

Nossos dados indicam que, de fato, hospitais que investiram em redes de alta  capacidade e redundância conseguiram melhorar significativamente a agilidade no atendimento e a precisão nos diagnósticos. Esses resultados mostram que uma infraestrutura  de rede eficiente é um fator crucial para melhorar a qualidade do atendimento. 

As divergências e novas contribuições em artigos observados, apesar de encontrarmos  semelhanças com os estudos de Proença e Agnolo (2011) e Garcia et al. (2010), constatamos  algumas divergências em relação ao trabalho de Shreeve, Williams e Blake (2023), que  destacam a importância de tecnologias emergentes e sistemas sem fio para a melhoria da  infraestrutura hospitalar.  

Shreeve, Williams e Blake (2023) argumentam que a implementação de redes sem fio  e o uso de tecnologias como 5G e IoT (Internet das Coisas) são essenciais para melhorar a  conectividade e a monitorização em tempo real dos pacientes. 

No entanto, nossos resultados indicam que, apesar do grande potencial das tecnologias  emergentes, os hospitais que ainda dependem de redes cabeadas (especialmente em áreas  críticas, como unidades de terapia intensiva e salas de cirurgia) apresentam maior  confiabilidade e menor risco de falhas em comparação com os hospitais que migraram  completamente para redes sem fio.  

Esta divergência pode ser explicada pelo fato de que, em ambientes altamente  sensíveis como hospitais, a estabilidade e a segurança das redes cabeadas ainda são preferidas  em relação às redes sem fio, que podem ser mais suscetíveis a interferências e problemas de  cobertura. Segue abaixo a Tabela 1, onde é possível identificar a precisão de redundância de  rede cabeada comparado com a rede sem fio. 

Tabela 1. Hospitais e suas redundâncias.

Fonte: Próprio Autor, 2024.

A pesquisa de Lins (2013) sobre a utilização de redes em ambientes educativos,  embora focada no ensino de redes de computadores, fornece insights importantes para o  contexto hospitalar. Os autores enfatizam que sistemas de rede bem estruturados são fundamentais para o sucesso de projetos educacionais e de treinamento, o que é especialmente  relevante em hospitais que frequentemente oferecem treinamentos para equipes.  

É perceptível que a disponibilidade de redes eficazes não só melhora o desempenho  clínico, mas também facilita o treinamento contínuo de funcionários, permitindo a utilização  de sistemas de simulação e ensino à distância. 

A pesquisa de Rodrigues e Caridade (2022), que ressalta a importância do  planejamento estratégico na implementação de infraestruturas de TI, revela um ponto crítico  na nossa análise. Os investigadores sugerem que a ausência de planejamento adequado pode  resultar em falhas na gestão de redes e comprometer a qualidade do serviço de saúde.  

O estudo confirmou esta hipótese, uma vez que observamos que os hospitais com  planejamento inadequado ou sem investimentos em atualizações regulares de infraestrutura  enfrentaram sérios problemas de interrupção no serviço e dificuldades na integração de novos  dispositivos e tecnologias. A ausência de uma visão estratégica a longo prazo foi identificada  como uma das principais causas de falhas nas redes hospitalares. Na Tabela 2 a seguir é  possível observar uma clara relação entre o tipo de rede utilizada e os indicadores de  eficiência operacional e redução de erros médicos: 

Tabela 2. Hospitais e suas redundâncias.

Fonte: Próprio Autor, 2024.

É evidente que a disponibilidade de redes eficazes que nos mostra no Quadro 1, não só  aprimora o desempenho clínico, mas também facilita o treinamento contínuo de funcionários,  permitindo a utilização de sistemas de simulação e ensino à distância.

Quadro 1. Distribuição de redes.

Fonte: Próprio Autor, 2024.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Dentre as limitações que foram identificadas neste estudo é importante ressaltar que a  falta de comparações com outras infraestruturas de redes, limita a compreensão das melhorias  propostas. Não foi possível avaliar o impacto financeiro decorrente das alterações sugeridas.  É essencial, que sejam realizadas pesquisas adicionais para explorar essas lacunas e investigar  novas tecnologias que possam aprimorar ainda mais a comunicação, tanto interna quanto  externa, e a segurança na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). 

Esta pesquisa investigou a infraestrutura de redes em hospitais, com foco na análise  dos fatores que impactam a eficiência operacional, a segurança da informação e a qualidade  do atendimento ao paciente. Utilizamos uma abordagem integrada para discutir os efeitos das  tecnologias de rede, tais como redes cabeadas e sem fio, a redundância de rede e a estratégia  de planejamento adotada pelos hospitais. É fundamental lembrar que todas as mudanças  devem ser cuidadosamente planejadas e monitoradas, levando em consideração não apenas os  aspectos técnicos, mas também os impactos financeiros e organizacionais. Assim, garantimos  que as melhorias propostas sejam efetivas, sustentáveis e beneficiem efetivamente os  profissionais de saúde, os pacientes e suas famílias. 

Os resultados mostraram que, apesar de tecnologias emergentes como Wi-Fi 6, 5G e  IoT oferecerem um grande potencial para aumentar a mobilidade e o monitoramento em  tempo real, a infraestrutura cabeada ainda desempenha um papel crucial, especialmente em  áreas críticas como unidades de terapia intensiva e salas de cirurgia. Hospitais que investiram  em redes cabeadas de alta capacidade, como fibra óptica, apresentaram um desempenho  superior em termos de confiabilidade e segurança, garantindo uma transmissão eficiente e  segura de dados. A redundância de rede e o planejamento estratégico foram identificados  como fatores determinantes para a estabilidade operacional e a minimização de falhas.  

A pesquisa revelou que hospitais com infraestrutura redundante enfrentaram  significativamente menos interrupções no serviço, o que resultou em maior confiança tanto  para os profissionais de saúde quanto para os pacientes. A falta de planejamento adequado,  por outro lado, foi apontada como uma das principais causas de falhas nas redes, o que pode comprometer a continuidade do atendimento. A relação entre a infraestrutura de rede e a  qualidade do atendimento foi um dos principais achados deste estudo. Hospitais com redes de  alto desempenho não apenas garantiram a segurança dos dados, mas também aumentaram a  eficiência no tratamento de pacientes, como demonstrado pela redução de erros médicos e o  tempo de resposta mais rápido em emergências.  

Isso reforça a importância da conectividade de alta qualidade para otimizar processos e  melhorar os resultados clínicos. Este estudo reforça a ideia de que, para enfrentar os desafios  do ambiente hospitalar moderno, é essencial que os gestores de TI invistam em infraestruturas  de rede robustas, com planejamento estratégico e contínuo. Seria interessante explorar a  eficácia das redes híbridas (combinando cabeadas e sem fio) em hospitais de grande porte,  além de avaliar os impactos das novas tecnologias emergentes em termos de custo-benefício,  acessibilidade e qualidade do atendimento. A avaliação do impacto financeiro das  infraestruturas de rede, particularmente em relação ao custo de manutenção e atualizações,  seria uma área importante a ser investigada.  

REFERÊNCIAS 

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1Discente do Curso Superior de Engenharia da Computação na Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (FUCAPI) – Manaus – AM – Brasil, e-mail: lucas.class15@hotmail.com

2Docente do Curso Superior de Engenharia da Computação na Fundação Centro de Análise, Pesquisa e  Inovação Tecnológica (FUCAPI) – Manaus – AM – Brasil. Doutora em Química (PPGQ/UFAM).
e-mail: siomararocha.quimica@gmail.com