O IMPACTO NA PAISAGEM NATURAL COM A IMPLEMENTAÇÃO DO ALARGAMENTO DA FAIXA DE AREIA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202504222118


Olegario João da Silva
Orientador: Prof. Dr. Rafael Padilha dos Santos


RESUMO

O objetivo do presente trabalho é analisar os efeitos da implementação do alargamento da faixa de areia nas áreas costeiras, considerando a evolução das intervenções urbanas e os impactos tanto na paisagem natural quanto no meio ambiente costeiro. Para isso, foi realizada uma revisão de estudos científicos e pesquisas relacionadas a matéria, compreendendo o panorama das intervenções costeiras que já ocorreram. Nesses quesitos foram avaliados os contextos históricos, políticas públicas, expansão urbana, suas infraestruturas, impactos econômicos, sociais e ambientais. Posteriormente, foi avaliado os resultados das intervenções e seus efeitos na paisagem também. Como resultado, foi percebido a importância da consciência e de estudos sérios em relação a esta intervenção, considerando todos os aspectos que podem ser impactados pelo alargamento da faixa de areia.

Palavras-chave: alargamento da faixa de areia; impacto ambiental; impacto econômico; impacto social; políticas públicas.

ABSTRACT

The aim of this work is to analyze the effects of implementing the widening of the sand strip in coastal areas, considering the evolution of urban interventions and the impacts on both the natural landscape and the coastal environment. To achieve this, a review of scientific studies and research related to the subject was conducted, covering the panorama of coastal interventions that have already occurred. In these aspects, historical contexts, public policies, urban expansion, infrastructures, and economic, social, and environmental impacts were evaluated. Subsequently, the results of the interventions and their effects on the landscape were also assessed. As a result, the importance of awareness and serious studies regarding this intervention was perceived, considering all aspects that may be impacted by the widening of the sand strip.

Keywords: sand strip widening; environmental impact; economic impact; social impact; public policies.

1. INTRODUÇÃO

As áreas costeiras são ambientes de grande importância ecológica, social e econômica, sendo intensamente ocupadas e modificadas pela ação humana ao longo dos anos. Com o crescente desenvolvimento urbano, aliado ao turismo e à expansão imobiliária, as intervenções em regiões litorâneas têm se tornado cada vez mais frequentes, resultando em significativos impactos na paisagem natural e nos ecossistemas costeiros. Nesse contexto, uma das práticas utilizadas para atenuar os efeitos da erosão costeira e criar espaços de lazer é o alargamento da faixa de areia.

O presente artigo visa analisar os efeitos da implementação do alargamento da faixa de areia nas áreas costeiras, explorando a evolução das intervenções urbanas, seus impactos na paisagem natural e as implicações para o meio ambiente costeiro. Por meio de uma revisão abrangente de estudos científicos e pesquisas relevantes, pretende-se compreender o panorama das intervenções costeiras ao longo do tempo, bem como os resultados e consequências advindas dessa prática.

A compreensão das intervenções urbanas nas áreas costeiras, suas motivações e desenvolvimento histórico, permitirá identificar padrões e tendências que podem subsidiar políticas de planejamento e gestão costeira mais eficientes e sustentáveis. Ademais, a análise dos efeitos do alargamento da faixa de areia na paisagem natural e nos ecossistemas costeiros é essencial para avaliar a viabilidade e os reais benefícios dessa prática, considerando os riscos e impactos associados.

Por meio da discussão dos resultados e implicações dos projetos de alargamento de praia, busca-se fornecer informações relevantes para a tomada de decisões, apontando os desafios e oportunidades para o desenvolvimento costeiro de forma mais consciente e responsável. Dessa maneira, o artigo visa contribuir para o debate acerca da preservação do meio ambiente costeiro e da promoção do desenvolvimento sustentável, considerando a importância dessas áreas para a sociedade e a conservação dos ecossistemas marinhos e terrestres.

2. Evolução das Intervenções Urbanas em Áreas Costeiras

2.1 Contexto histórico das intervenções urbanas em áreas costeiras

As intervenções urbanas em áreas costeiras remontam a diversas épocas e culturas ao redor do mundo, sendo motivadas por diferentes necessidades e interesses socioeconômicos. Historicamente, o homem tem buscado transformar e adaptar as regiões litorâneas para atender às demandas da população em expansão e para explorar o potencial econômico dessas áreas.

De acordo com Peixoto (2020), as primeiras intervenções urbanas em áreas costeiras datam de civilizações antigas, como a egípcia e a Fenícia, que utilizavam técnicas de engenharia para construir portos e ancoradouros, visando facilitar o comércio marítimo e o transporte de mercadorias. Essas intervenções se baseavam na compreensão das dinâmicas naturais da costa e na busca por soluções que possibilitassem a interação humana com o ambiente marinho.

Já no período colonial, as intervenções urbanas nas áreas costeiras das Américas foram impulsionadas pela colonização europeia. Conforme Fernandez et al. (2002) relatam em seu estudo sobre a Rodovia Interpraias e a dinâmica urbana no Bairro da Barra em Balneário Camboriú, as primeiras cidades litorâneas foram estabelecidas para explorar recursos naturais, estabelecer postos de defesa e facilitar o comércio com as metrópoles europeias. Nesse contexto, houve um aumento das atividades portuárias e de infraestruturas para acomodar a crescente população e as atividades econômicas.

O século XX foi marcado por significativas transformações nas áreas costeiras, com a intensificação do turismo e do desenvolvimento imobiliário. Paiva (2014) destaca em sua pesquisa sobre os impactos da “urbanização turística” no litoral de Fortaleza, que a expansão do setor turístico na costa brasileira impulsionou a construção de resorts, hotéis e empreendimentos imobiliários de alto padrão, modificando significativamente a paisagem natural e a estrutura socioespacial das regiões litorâneas.

Porém, essas intervenções nem sempre foram conduzidas de forma planejada e sustentável. Honório e de Oliveira Rocha (2021) analisaram o turismo e a urbanização-metropolização no litoral do Nordeste e Sul brasileiro e apontam que, em muitos casos, o crescimento desordenado e a falta de planejamento resultaram em problemas como a degradação ambiental, a especulação imobiliária e a exclusão social, impactando negativamente as comunidades locais e os ecossistemas costeiros.

O contexto histórico das intervenções urbanas em áreas costeiras reflete a constante busca por equilibrar o desenvolvimento socioeconômico com a preservação ambiental e a valorização dos aspectos culturais e sociais das comunidades costeiras. No entanto, é fundamental compreender os desafios e lições do passado para orientar decisões futuras em relação ao planejamento e gestão costeira, a fim de promover um desenvolvimento mais sustentável e resiliente nas áreas litorâneas.

2.2 Políticas e planos de desenvolvimento urbano costeiro

As políticas e planos de desenvolvimento urbano costeiro são instrumentos essenciais para orientar o uso e ocupação das áreas litorâneas, visando conciliar o desenvolvimento socioeconômico com a preservação ambiental e a qualidade de vida das comunidades locais. Essas diretrizes têm evoluído ao longo do tempo, refletindo a crescente conscientização sobre os desafios enfrentados nas regiões costeiras e a necessidade de uma abordagem mais integrada e sustentável.

Segundo Honório e de Oliveira Rocha (2021), as políticas de desenvolvimento urbano costeiro no Brasil têm passado por uma transformação significativa, com uma maior valorização da conservação dos recursos naturais e do patrimônio cultural das áreas litorâneas. Os autores ressaltam que essa mudança de enfoque se deve, na maioria, à pressão exercida por movimentos sociais, organizações ambientais e pesquisadores, que têm buscado sensibilizar os gestores públicos para a importância de uma gestão mais responsável das áreas costeiras.

Uma das iniciativas relevantes nesse contexto foi a criação da Política Nacional de Gerenciamento Costeiro (PNGC), instituída pela Lei Federal n.º 7.661/1988. De acordo com Peixoto (2020), essa política estabeleceu diretrizes para o planejamento e gestão das zonas costeiras, visando promover o uso sustentável dos recursos naturais, a preservação do patrimônio cultural e a mitigação dos impactos da ocupação humana nas áreas litorâneas.

No entanto, a efetiva implementação das políticas e planos de desenvolvimento urbano costeiro nem sempre tem sido bem-sucedida. Flores et al. (2015) destacam em sua pesquisa sobre a expansão dos imóveis de alto padrão em Balneário Camboriú, que a falta de integração entre as políticas urbanas, ambientais e sociais pode resultar em conflitos de interesses e na predominância de interesses imobiliários em detrimento da conservação ambiental e da inclusão social.

Além disso, a carência de uma abordagem participativa e inclusiva nas decisões sobre o desenvolvimento costeiro também tem sido apontada como um desafio. Bazzo et al. (2016) ressalta que a falta de envolvimento efetivo das comunidades locais nos processos de planejamento e gestão costeira pode gerar resistências e conflitos, comprometendo a sustentabilidade e a aceitação social das intervenções urbanas.

Em suma, as políticas e planos de desenvolvimento urbano costeiro desempenham um papel crucial na busca por um desenvolvimento mais sustentável das áreas litorâneas. No entanto, é necessário promover uma maior integração entre as diferentes esferas de atuação, estimular a participação da sociedade civil e das comunidades locais, e fortalecer a implementação efetiva das diretrizes estabelecidas, para que se possa alcançar uma gestão mais equilibrada e responsável das regiões costeiras.

2.3 Expansão urbana e crescimento populacional nas regiões litorâneas

A expansão urbana e o crescimento populacional nas regiões litorâneas têm sido uma tendência observada em diversas partes do mundo. O litoral, com suas paisagens atraentes, recursos naturais e atividades econômicas, exerce um forte apelo para a migração e o estabelecimento de comunidades. Esses fenômenos são objeto de estudo de diversos pesquisadores que buscam entender os desafios e impactos associados a essa dinâmica.

De acordo com Honório e de Oliveira Rocha (2021), as áreas litorâneas do Brasil têm sido alvo de um intenso processo de urbanização e metropolização, especialmente em cidades como Fortaleza e Florianópolis. Os autores destacam que a combinação de fatores como a oferta de empregos, infraestruturas e atrações turísticas tem atraído um grande fluxo migratório para essas regiões costeiras, resultando em uma rápida expansão urbana.

Esse crescimento populacional nas regiões litorâneas pode ser atribuído, em parte, ao desenvolvimento do turismo e do setor imobiliário. Peixoto (2020) relata que, especialmente em cidades litorâneas brasileiras, a indústria do turismo tem desempenhado um papel fundamental na atração de visitantes e novos moradores em busca de lazer, entretenimento e qualidade de vida. Isso tem levado à crescente construção de empreendimentos turísticos e imobiliários ao longo da costa.

O aumento populacional e a expansão urbana nas áreas costeiras nem sempre ocorrem de forma planejada e sustentável, podendo trazer consigo uma série de desafios socioambientais. Flores et al. (2015) destacam que o rápido crescimento urbano em Balneário Camboriú, por exemplo, tem gerado pressões sobre a infraestrutura, o sistema de saneamento e a qualidade ambiental, resultando em problemas de mobilidade, poluição e degradação de ecossistemas.

Nesse contexto, as políticas de desenvolvimento urbano costeiro e o ordenamento territorial têm papel fundamental em direcionar o crescimento das áreas litorâneas de forma mais equilibrada. Bazzo et al. (2016) ressaltam que é importante implementar estratégias que promovam a concentração de investimentos em infraestrutura em áreas já urbanizadas, evitando a expansão descontrolada para áreas de alto valor ambiental e paisagístico.

Portanto, o crescimento populacional e a expansão urbana nas regiões litorâneas demandam um planejamento adequado e políticas que considerem a sustentabilidade ambiental e a qualidade de vida das comunidades locais. A gestão adequada dessas áreas é essencial para garantir um desenvolvimento equilibrado, minimizando os impactos negativos e potencializando os benefícios socioeconômicos das regiões costeiras.

2.4 Infraestruturas e empreendimento ao longo da costa

A implantação de infraestruturas e empreendimentos ao longo da costa tem sido uma prática comum em áreas litorâneas, impulsionada pelo crescimento urbano, turismo e atividades econômicas. Essas intervenções visam atender às necessidades da população e dos visitantes, proporcionando serviços, lazer e oportunidades de negócios. No entanto, a expansão dessas infraestruturas nem sempre ocorre de forma planejada e sustentável, podendo trazer impactos significativos para a paisagem natural e o meio ambiente costeiro.

Conforme Peixoto (2020) destaca, o litoral brasileiro é caracterizado por uma ampla gama de infraestruturas e empreendimentos, incluindo portos, marinas, hotéis, resorts, restaurantes, entre outros. Essas estruturas são fundamentais para a economia local e regional, sendo responsáveis por atrair investimentos e turistas para as regiões costeiras.

No entanto, a construção dessas infraestruturas muitas vezes implica na ocupação de áreas sensíveis e frágeis do ponto de vista ambiental. Flores et al. (2015) ressaltam que a expansão de empreendimentos imobiliários de alto padrão em Balneário Camboriú, por exemplo, tem levado à supressão de áreas de vegetação nativa e à ocupação de terrenos próximos a encostas, aumentando o risco de deslizamentos e erosão do solo.

A expansão das infraestruturas e empreendimento também pode ter efeitos negativos sobre a biodiversidade marinha e terrestre. Ocke e Ikeda (2013) abordam em sua pesquisa sobre recifes artificiais multifuncionais que a implantação de estruturas artificiais ao longo da costa pode alterar o habitat natural de espécies marinhas, afetando a dinâmica dos ecossistemas costeiros.

Além disso, o adensamento urbano ao longo da costa pode levar à impermeabilização do solo e ao comprometimento da drenagem natural das águas pluviais, aumentando o risco de enchentes e alagamentos. Ouriques (2021) destaca que as ocupações irregulares às margens do rio Itajaí-Açu em Blumenau têm agravado os problemas de inundação na região, resultando em prejuízos para a população e para o meio ambiente.

Diante desses desafios, é fundamental adotar uma abordagem integrada de planejamento e gestão do desenvolvimento urbano costeiro. Soares et al. (2023) enfatizam a importância de aplicar técnicas modernas, como o uso de geossistemas, na proteção costeira de Matinhos-PR, para garantir uma abordagem mais sustentável e resiliente.

Em resumo, a implantação de infraestruturas e empreendimentos ao longo da costa desempenha um papel importante no desenvolvimento das áreas litorâneas. No entanto, é crucial adotar estratégias que considerem os impactos ambientais e sociais, buscando o equilíbrio entre o desenvolvimento urbano e a preservação dos ecossistemas costeiros. A gestão adequada dessas intervenções é essencial para garantir a sustentabilidade e a qualidade de vida nas regiões costeiras.

2.5 Impacto das atividades turísticas e imobiliárias na paisagem costeira

As atividades turísticas e imobiliárias desempenham um papel significativo na transformação da paisagem costeira, moldando a estrutura urbana e a oferta de serviços e equipamentos para atender aos visitantes e novos moradores. No entanto, essas atividades também têm o potencial de causar impactos substanciais na paisagem natural e no meio ambiente costeiro.

Segundo Peixoto (2020), o desenvolvimento do turismo costeiro no Brasil tem levado à construção de uma série de infraestruturas turísticas, como hotéis, restaurantes, parques temáticos e marinas, visando atrair turistas para as áreas litorâneas. Essas intervenções podem levar à descaracterização de ambientes naturais e à perda de habitats importantes para a biodiversidade.

Nesse sentido, Bazzo et al. (2016) apontam que o crescimento acelerado da atividade turística em Balneário Camboriú tem causado a supressão de áreas de vegetação nativa e a ocupação de terrenos antes preservados, resultando em uma paisagem urbanizada e fragmentada.

Além disso, o turismo de massa pode levar à intensificação do uso das praias e de áreas de interesse paisagístico, causando a degradação de ecossistemas frágeis, como dunas e manguezais. Da Silva Flores et al. (2016) destacam em seu estudo sobre a destinação turística emergente na Praia Brava em Itajaí, que o uso inadequado e desordenado das praias pode causar a erosão e o desgaste do solo, comprometendo a estabilidade da paisagem costeira.

Por outro lado, o setor imobiliário também exerce grande influência na paisagem costeira, com a construção de edifícios e empreendimentos residenciais e comerciais ao longo da costa. Fernández et al. (2002) ressalta em seu estudo sobre a Rodovia Interpraias em Balneário Camboriú, que o crescimento de construções verticais pode alterar a estética e a vista da orla marítima, impactando a percepção da paisagem natural pelos moradores e turistas.

Ademais, a construção em áreas vulneráveis, como encostas e zonas de preservação ambiental, pode aumentar o risco de deslizamentos e impactar negativamente a estabilidade das áreas urbanas costeiras. Flores et al. (2015) apontam que a expansão de imóveis de alto padrão ao sul e ao norte da orla de Balneário Camboriú tem gerado desafios para a gestão e preservação dessas áreas sensíveis.

Diante desses impactos, é fundamental promover uma abordagem integrada de planejamento e gestão do desenvolvimento turístico e imobiliário nas áreas costeiras. Soares et al. (2016) destacam a importância de adotar medidas de ordenamento territorial que considerem a sustentabilidade ambiental e a qualidade de vida das comunidades locais, visando equilibrar as demandas do turismo e do setor imobiliário com a conservação da paisagem natural e dos recursos naturais costeiros.

Em resumo, as atividades turísticas e imobiliárias têm um papel relevante na transformação da paisagem costeira, porém, é necessário realizar uma gestão adequada para minimizar os impactos negativos e garantir a preservação e valorização desse importante patrimônio natural. A implementação de políticas de ordenamento e o envolvimento das comunidades locais são essenciais para garantir um desenvolvimento mais sustentável e responsável nas áreas litorâneas.

2.6 Pressões socioambientais nas áreas costeiras

As áreas costeiras estão sujeitas a diversas pressões socioambientais decorrentes da intensa ocupação humana e das atividades econômicas desenvolvidas nessas regiões. Essas pressões podem resultar em impactos significativos no meio ambiente e na qualidade de vida das comunidades costeiras.

Uma das principais pressões socioambientais nas áreas costeiras é o crescimento populacional e a expansão urbana. O aumento da demanda por moradia, infraestrutura e serviços impulsiona a ocupação de áreas sensíveis, como dunas, manguezais e encostas, colocando em risco a integridade dos ecossistemas costeiros (Flores et al., 2015).

Além disso, a atividade turística intensa em regiões litorâneas também exerce pressão sobre o meio ambiente. O turismo de massa pode levar à degradação de praias, alteração de habitats naturais e sobrecarga de recursos hídricos (Peixoto, 2020). O aumento da visitação pode ainda provocar problemas como a geração excessiva de resíduos sólidos e a poluição das águas marinhas.

As atividades portuárias e a navegação também contribuem para a pressão ambiental nas áreas costeiras. O tráfego de embarcações e o transporte de mercadorias podem causar poluição do ar e da água, além de representarem riscos de acidentes ambientais, como derramamentos de óleo (BULHÕES, 2020).

A exploração de recursos naturais, como a pesca e a extração de minerais, também impacta negativamente a biodiversidade marinha e terrestre nas regiões costeiras (Fernández et al., 2002). A sobrepesca e a destruição de habitats naturais ameaçam a sustentabilidade dessas atividades e comprometem a capacidade dos ecossistemas costeiros de se regenerarem.

As mudanças climáticas são outro fator que exerce pressão sobre as áreas costeiras. O aumento do nível do mar, a erosão costeira e eventos climáticos extremos, como tempestades e furacões, representam riscos significativos para as comunidades e infraestruturas nas regiões litorâneas (SOARES et al., 2023).

Essas pressões socioambientais nas áreas costeiras requerem a implementação de políticas e estratégias de gestão integrada e sustentável. É fundamental promover a conservação dos ecossistemas costeiros, o planejamento urbano responsável e a adoção de práticas de uso sustentável dos recursos naturais. A participação das comunidades locais, a conscientização da sociedade e o fortalecimento da governança costeira são elementos essenciais para garantir a proteção e a resiliência das áreas costeiras frente aos desafios socioambientais.

2.7 Conflitos de uso do solo na orla marítima

Os conflitos de uso do solo na orla marítima são uma realidade enfrentada em muitas regiões costeiras ao redor do mundo, resultado da competição por espaço entre diferentes atividades e interesses humanos. Esses conflitos têm se intensificado à medida que o desenvolvimento urbano, o turismo e outras atividades econômicas se expandem nas áreas litorâneas.

De acordo com Flores et al. (2015), os conflitos de uso do solo na orla marítima muitas vezes surgem da disputa entre o setor imobiliário, que busca desenvolver empreendimentos comerciais e residenciais na costa, e as políticas de conservação ambiental, que visam preservar os ecossistemas naturais e áreas de proteção.

A atividade turística também desempenha um papel significativo nos conflitos de uso do solo na orla marítima. Peixoto (2020) destaca que a pressão por infraestruturas turísticas, como hotéis, restaurantes e áreas de lazer, pode entrar em conflito com as atividades tradicionais das comunidades locais, como a pesca artesanal, afetando a dinâmica socioeconômica das regiões costeiras.

Outro ponto de conflito é a ocupação irregular e a expansão desordenada das áreas urbanas em direção à orla marítima. Bazzo et al. (2016) apontam que o adensamento populacional e a falta de planejamento adequado podem levar a problemas de infraestrutura, como a sobrecarga dos sistemas de saneamento e a degradação da qualidade ambiental.

Além disso, os conflitos de uso do solo na orla marítima também podem envolver disputas pelo acesso às praias e ao mar, especialmente entre comunidades de pescadores e o setor turístico (SOARES et al., 2016). A exploração de recursos naturais, como areia e minerais, também pode gerar tensões entre diferentes atores interessados nessas atividades.

A gestão dos conflitos de uso do solo na orla marítima é um desafio complexo que requer uma abordagem integrada e participativa. O envolvimento das comunidades locais, dos setores econômicos, do poder público e de organizações da sociedade civil é fundamental para buscar soluções que considerem a sustentabilidade ambiental, a justiça social e o desenvolvimento econômico equitativo das áreas costeiras.

Em suma, os conflitos de uso do solo na orla marítima são uma manifestação dos diferentes interesses e necessidades que coexistem nas regiões costeiras. A busca por soluções sustentáveis e equilibradas requer o estabelecimento de mecanismos de diálogo e cooperação entre os diversos atores envolvidos, visando garantir a preservação dos recursos naturais, a qualidade de vida das comunidades locais e o desenvolvimento responsável das áreas costeiras.

2.8 Desafios para o ordenamento territorial costeiro

O ordenamento territorial costeiro enfrenta uma série de desafios complexos, dada a multiplicidade de interesses e atividades presentes nas áreas litorâneas. Para alcançar um desenvolvimento sustentável e preservar os recursos naturais das regiões costeiras, é necessário enfrentar esses desafios de maneira integrada e participativa, considerando as dimensões sociais, ambientais e econômicas envolvidas.

Um dos principais desafios é a falta de coordenação entre os diferentes níveis de governo e setores envolvidos na gestão do território costeiro. Bazzo et al. (2016) ressaltam que muitas vezes há uma fragmentação de políticas e regulamentações, o que pode levar a conflitos de interesse e decisões desarticuladas em relação ao uso do solo na orla marítima.

Além disso, o rápido crescimento populacional e a expansão urbana desordenada são fatores que dificultam o ordenamento territorial costeiro. Flores et al. (2015) apontam que a pressão por desenvolvimento urbano pode levar à ocupação de áreas de risco, como encostas e terrenos sujeitos à erosão costeira, comprometendo a segurança das comunidades e a integridade dos ecossistemas.

As mudanças climáticas também representam um desafio significativo para o ordenamento territorial costeiro. O aumento do nível do mar e a intensificação de eventos climáticos extremos, como tempestades e furacões, ameaçam a resiliência das áreas costeiras e requerem estratégias de adaptação para garantir a proteção das comunidades e infraestruturas (SOARES et al., 2023).

Outro desafio importante é a participação e o engajamento das comunidades locais no processo de ordenamento territorial costeiro. Peixoto (2020) destaca a importância de incluir as vozes das populações locais na tomada de decisões, buscando soluções que atendam às suas necessidades e preservem suas práticas culturais e modos de vida.

A escassez de recursos financeiros e técnicos também é uma barreira para o ordenamento territorial costeiro. Bazzo et al. (2016) afirmam que a falta de investimentos em estudos, infraestrutura e capacitação dificulta a implementação de políticas e programas de gestão costeira efetivos.

Por fim, a necessidade de promover uma cultura de sustentabilidade e respeito ao meio ambiente é um desafio transversal ao ordenamento territorial costeiro. Soares et al. (2016), ressaltam que é fundamental sensibilizar a sociedade para a importância da conservação dos recursos naturais e da preservação dos ecossistemas costeiros, a fim de garantir a proteção dessas áreas para as gerações futuras.

Em suma, o ordenamento territorial costeiro enfrenta desafios complexos, que vão desde a coordenação de diferentes atores e setores até a mitigação dos impactos das mudanças climáticas e a promoção da participação e engajamento das comunidades locais. A superação desses desafios requer a implementação de políticas e estratégias integradas, baseadas em evidências científicas e no envolvimento ativo de todos os atores envolvidos, visando alcançar um desenvolvimento sustentável e equilibrado das áreas costeiras.

3. Análise dos Efeitos da Ampliação da Faixa de Areia na Paisagem Natural

3.1 Fundamentos do alargamento da faixa de areia

O alargamento da faixa de areia é uma intervenção realizada em algumas áreas costeiras para aumentar a largura das praias, proporcionando diversos benefícios para a sociedade e o meio ambiente. Essa prática tem sido estudada e implementada como uma estratégia de gestão costeira para enfrentar os desafios da erosão costeira e as mudanças no nível do mar.

Segundo Bulhões (2020), o alargamento da faixa de areia consiste na adição de areia ou sedimentos à praia, criando uma ampliação artificial da área de areia exposta durante a maré baixa. Essa técnica visa compensar a perda natural de sedimentos causada pela erosão costeira e pode ser uma medida eficaz para proteger infraestruturas costeiras, como edifícios, estradas e sistemas de saneamento.

O processo de alargamento da faixa de areia envolve o transporte e a deposição controlada de sedimentos, geralmente obtidos de fontes compatíveis com a praia local. Ocke e ikeda (2013) explicam que a seleção adequada do tipo de areia a ser utilizada é fundamental para garantir a compatibilidade com as características naturais da praia e minimizar os impactos ambientais.

Essa técnica de intervenção costeira pode ser especialmente útil em áreas urbanas densamente ocupadas, onde a erosão costeira representa uma ameaça às atividades econômicas e à qualidade de vida das comunidades locais. Da silva flores et al. (2016) destacam que o alargamento da faixa de areia pode contribuir para a estabilização da linha de costa e para a proteção de bens e serviços ecossistêmicos.

No entanto, é importante ressaltar que o alargamento da faixa de areia não é uma solução definitiva para a erosão costeira. De acordo com Wriztl et al. (2022), essa intervenção é considerada uma medida de curto a médio prazo, pois a dinâmica costeira continua a agir e pode exigir intervenções periódicas para manter os resultados alcançados.

Ademais, o alargamento da faixa de areia deve ser conduzido com cuidado e considerando os possíveis impactos ambientais e sociais. Bazzo et al. (2016) ressalta ser necessário realizar estudos prévios para avaliar a viabilidade da técnica em cada local, considerando as condições naturais da praia, a disponibilidade de sedimentos adequados e os efeitos potenciais sobre a fauna e flora costeira.

Em resumo, o alargamento da faixa de areia é uma intervenção de gestão costeira que busca proteger e estabilizar a linha de costa, mitigando os efeitos da erosão costeira em áreas urbanas e turísticas. Essa técnica pode trazer benefícios significativos para a sociedade, mas requer uma abordagem cuidadosa e baseada em estudos científicos para garantir sua eficácia e minimizar os impactos negativos ao meio ambiente.

3.2 Métodos e técnicas de alargamento da praia

Existem diversos métodos e técnicas utilizados para o alargamento da praia, cada um com suas particularidades e aplicabilidade dependendo das características específicas de cada área costeira. Ocke e ikeda (2013) mencionam que os principais métodos podem ser agrupados em dois tipos: a ação humana direta, que envolve a adição de areia ou outros sedimentos, e a ação de engenharia costeira, que utiliza estruturas para dissipação de energia das ondas.

Uma das técnicas mais comuns de alargamento da praia é a chamada “nourishment” ou alimentação artificial de praias, que consiste na adição controlada de areia na praia para aumentar sua largura. Bulhões (2020) destaca que essa técnica é amplamente utilizada em diversas regiões costeiras do mundo e pode ser realizada através do despejo direto de areia no local ou por meio de dragagem em áreas próximas e a posterior colocação dos sedimentos na praia.

Outro método empregado é a transposição de sedimentos, que consiste no transporte de areia ou outros materiais sedimentares de uma região para outra, visando aumentar a área de praia em locais onde há erosão costeira acentuada. Soares et al. (2016) ressaltam que essa técnica requer estudos detalhados sobre as características dos sedimentos a serem transpostos e as condições de transporte para garantir o sucesso da intervenção.

Além disso, as estruturas de proteção costeira, como quebra-mares e esporões, podem ser utilizadas como parte de um sistema de alargamento da praia. Essas estruturas atuam na dissipação da energia das ondas e na redução da erosão, criando condições favoráveis para a deposição de sedimentos e o alargamento natural da praia (DA SILVA FLORES et al., 2016).

Em alguns casos, técnicas de engenharia costeira são empregadas para promover o alargamento da praia, como a construção de diques e a reconfiguração da linha de costa. Bazzo et al. (2016) mencionam que essas técnicas requerem um planejamento detalhado e considerações sobre os impactos ambientais, especialmente em áreas de valor ecológico e sensíveis à intervenção.

É importante enfatizar que a escolha do método ou técnica de alargamento da praia deve ser baseada em estudos científicos, considerando as características específicas da área costeira em questão, bem como os objetivos e restrições do projeto. Bizarro (2019), destaca que a implementação dessas intervenções deve ser acompanhada de monitoramento constante para avaliar sua eficácia e possíveis efeitos colaterais, ajustando as ações conforme necessário.

Em resumo, o alargamento da praia pode ser alcançado por meio de diferentes métodos e técnicas, envolvendo a adição de sedimentos, a transposição de materiais, o uso de estruturas de proteção costeira e a aplicação de técnicas de engenharia costeira. Cada abordagem apresenta vantagens e desafios específicos, e a escolha da melhor solução requer uma análise cuidadosa das condições locais e dos objetivos do projeto. A implementação dessas técnicas deve ser realizada com base em estudos científicos e monitoramento constante para garantir a eficácia e minimizar os impactos negativos ao meio ambiente costeiro.

3.3 Monitoramento e avaliação dos projetos de alargamento de praia

O monitoramento e a avaliação dos projetos de alargamento de praia são etapas essenciais para verificar a eficácia das intervenções, identificar possíveis impactos ambientais e socioeconômicos, e garantir a sustentabilidade das ações implementadas. Essas atividades permitem obter dados e informações que auxiliam na tomada de decisões e no aprimoramento contínuo das estratégias de gestão costeira.

De acordo com Bazzo et al. (2016), o monitoramento dos projetos de alargamento de praia envolve a coleta sistemática de dados sobre as mudanças na largura da praia, o comportamento das correntes marítimas e as variações da linha de costa. Essas informações são fundamentais para avaliar o desempenho das intervenções e para realizar ajustes e correções ao longo do tempo.

Além disso, o monitoramento também permite identificar possíveis problemas ou efeitos colaterais das intervenções de alargamento de praia. Flores et al. (2015) mencionam que é importante verificar se a adição de sedimentos está ocorrendo conforme o planejado, se não há acúmulo excessivo de areia em áreas inadequadas ou se a intervenção está causando erosão em outros trechos da costa.

A avaliação dos projetos de alargamento de praia deve ser conduzida tanto em termos técnicos quanto em aspectos socioambientais. Ocke e ikeda (2013) destacam que a análise dos resultados deve considerar a efetividade da intervenção na proteção contra a erosão costeira, a estabilidade da praia e a manutenção do aumento da largura ao longo do tempo.

Além disso, é fundamental avaliar os impactos socioeconômicos da intervenção, incluindo os benefícios para a comunidade local, como a proteção de infraestruturas e a promoção do turismo, bem como possíveis impactos negativos, como alterações na dinâmica das atividades pesqueiras e na paisagem costeira (Peixoto, 2020).

A avaliação dos projetos de alargamento de praia deve ser conduzida de forma contínua e adaptativa, de modo a incorporar as novas informações obtidas com o monitoramento. Da silva flores et al. (2016) enfatizam que o processo de avaliação deve ser participativo, envolvendo os diversos atores interessados, como comunidades locais, órgãos governamentais, setor privado e organizações da sociedade civil.

É importante também aprender com experiências anteriores e com projetos realizados em outras áreas costeiras, compartilhando conhecimentos e boas práticas entre as regiões. Writzl et al. (2022) salientam que a troca de informações entre os diversos projetos de alargamento de praia contribui para o aperfeiçoamento das estratégias de gestão costeira e para a obtenção de resultados mais efetivos.

Em resumo, o monitoramento e a avaliação dos projetos de alargamento de praia são fundamentais para garantir a eficácia e a sustentabilidade dessas intervenções. O acompanhamento sistemático das mudanças na praia, a análise dos impactos socioambientais e a participação dos diversos atores envolvidos são elementos essenciais para o sucesso das estratégias de gestão costeira e para a proteção das áreas costeiras contra a erosão e os desafios das mudanças climáticas.

3.4 Mudanças na geomorfologia costeira após o alargamento da faixa de areia

As intervenções de alargamento da faixa de areia podem desencadear mudanças significativas na geomorfologia costeira, afetando a dinâmica natural das praias e áreas adjacentes. Estudos têm sido realizados para compreender os efeitos dessas intervenções sobre o ambiente costeiro, e as descobertas variam conforme as características locais e as técnicas de alargamento utilizadas.

De acordo com Ocke E Ikeda (2013), após o alargamento da faixa de areia, é comum observar uma mudança no perfil da praia. O acréscimo de sedimentos pode resultar em uma elevação da praia, tornando-a mais ampla e com uma superfície mais inclinada. Isso pode influenciar a dinâmica das ondas e correntes na área, alterando os processos de erosão e sedimentação.

As mudanças na geomorfologia costeira também podem ser influenciadas pelas características dos sedimentos adicionados durante o alargamento da praia. Bazzo et al. (2016) ressaltam que a seleção adequada dos materiais é crucial para garantir que sejam compatíveis com a praia local, evitando problemas, assim como a perda rápida dos sedimentos adicionados devido a processos de transporte e dispersão.

Outro fator importante a ser considerado é a estabilidade dos sedimentos adicionados. Da silva flores et al. (2016) mencionam que, em alguns casos, pode ocorrer a compactação ou a erosão desses sedimentos ao longo do tempo, afetando a durabilidade do alargamento da praia. Esse fenômeno pode ser especialmente relevante em áreas de alta energia de ondas e correntes.

Além disso, as intervenções de alargamento da faixa de areia podem ter efeitos na dinâmica das marés e na circulação costeira. Peixoto (2020) destaca que, dependendo da escala da intervenção, a alteração da geomorfologia costeira pode influenciar a retenção e a distribuição de sedimentos, impactando ecossistemas adjacentes, como manguezais e recifes de coral.

É importante ressaltar que as mudanças na geomorfologia costeira após o alargamento da faixa de areia podem ser variáveis e, em alguns casos, imprevisíveis. Soares et al. (2016) mencionam que as condições naturais da área costeira, como a morfologia do fundo marinho, a dinâmica das ondas e a direção das correntes, podem influenciar os resultados das intervenções.

Assim, o monitoramento contínuo das mudanças na geomorfologia costeira é fundamental para compreender os efeitos do alargamento da praia ao longo do tempo e para realizar ajustes e correções, se necessário. Writzl et al. (2022) enfatizam que a coleta sistemática de dados após a intervenção é essencial para verificar a eficácia da técnica utilizada e para avaliar possíveis impactos negativos sobre o ambiente costeiro.

Em resumo, as intervenções de alargamento da faixa de areia podem desencadear mudanças significativas na geomorfologia costeira, afetando a morfologia da praia, a distribuição de sedimentos e a dinâmica das marés e correntes. A seleção adequada dos sedimentos, o monitoramento contínuo dos efeitos e a consideração das características locais são fundamentais para garantir a eficácia e a sustentabilidade dessas intervenções de gestão costeira.

3.5 Impacto nas comunidades e atividades tradicionais costeiras

O alargamento da faixa de areia pode ter impactos significativos nas comunidades e atividades tradicionais costeiras, uma vez que essa intervenção altera a dinâmica natural da praia e do ambiente costeiro. Esses impactos podem ser positivos ou negativos, dependendo das características locais e da forma como a intervenção é planejada e implementada.

De acordo com Peixoto (2020), o alargamento da faixa de areia pode trazer benefícios para as comunidades costeiras ao proteger infraestruturas e áreas urbanas contra a erosão costeira. Isso pode resultar em uma maior segurança para as populações locais e reduzir os riscos de danos materiais causados por eventos climáticos extremos.

No entanto, o alargamento da praia também pode ter impactos negativos para algumas comunidades costeiras, especialmente aquelas que dependem de atividades tradicionais relacionadas ao mar, como a pesca artesanal. Soares et al. (2016), destacam que a modificação da geomorfologia costeira pode afetar a disponibilidade de recursos pesqueiros e alterar a dinâmica de movimentação das espécies, prejudicando a subsistência e a economia dessas comunidades.

Além disso, as intervenções de alargamento da faixa de areia podem influenciar o acesso às praias e ao mar pelas comunidades locais. Da silva flores et al. (2016) mencionam que o aumento da largura da praia pode restringir o espaço disponível para atividades como a pesca e o acesso de barcos e embarcações, afetando as práticas tradicionais dessas comunidades.

Outro ponto a ser considerado é o impacto visual e a modificação da paisagem costeira. Writzl et al. (2022) afirmam que as intervenções de alargamento da praia podem alterar a aparência natural da costa, afetando a experiência dos visitantes e o valor cultural e estético do local para as comunidades costeiras.

É importante ressaltar que os impactos nas comunidades e atividades tradicionais costeiras podem variar conforme o alargamento da faixa de areia é planejado e implementado. Bazzo et al. (2016), enfatizam que o envolvimento das comunidades locais desde a fase inicial do projeto é fundamental para compreender as suas necessidades e preocupações, e para garantir que os impactos negativos sejam minimizados e que os benefícios sejam compartilhados de forma equitativa.

A avaliação dos impactos sociais também é fundamental para identificar e mitigar possíveis problemas decorrentes das intervenções de alargamento da praia. Ocke e ikeda (2013) mencionam que estudos de impacto ambiental e social devem ser conduzidos para avaliar os efeitos da intervenção sobre as comunidades locais e suas atividades tradicionais, buscando soluções que promovam a sustentabilidade socioambiental.

Em resumo, o alargamento da faixa de areia pode ter impactos significativos nas comunidades e atividades tradicionais costeiras. Enquanto é benéfico em termos de proteção de infraestruturas, pode afetar negativamente a pesca artesanal e o acesso às praias e ao mar pelas comunidades locais. A participação das comunidades desde a fase inicial do projeto e a realização de estudos de impacto são fundamentais para garantir uma gestão costeira equitativa e sustentável, que considere as necessidades e preocupações das populações locais.

3.6 Influência do alargamento da praia na biodiversidade marinha e terrestre

O alargamento da praia pode ter impactos significativos na biodiversidade marinha e terrestre das áreas costeiras afetadas. Essa intervenção altera a geomorfologia costeira e a dinâmica dos sedimentos, o que pode afetar diretamente os ecossistemas marinhos e terrestres presentes nessas regiões.

Estudos têm mostrado que o alargamento da faixa de areia pode ter efeitos sobre a biodiversidade marinha, afetando a distribuição e a abundância de espécies. Ocke e ikeda (2013) apontam que as mudanças na morfologia da praia podem criar novos habitats ou alterar as condições de hábitats existentes, influenciando o comportamento e a dinâmica de espécies marinhas.

A deposição de sedimentos durante o alargamento da praia também pode cobrir ou afetar os ecossistemas de fundo marinho, como bancos de corais e pradarias de algas marinhas. Soares et al. (2016) destacam que a cobertura desses ecossistemas pode resultar em perdas de biodiversidade e na diminuição dos serviços ecossistêmicos que eles fornecem, como a proteção costeira e a produção de recursos pesqueiros.

Além disso, o alargamento da praia pode impactar diretamente espécies marinhas que dependem da zona de interação entre o mar e a praia, como moluscos, crustáceos e aves marinhas. Flores et al. (2015) mencionam que as alterações na geomorfologia costeira podem afetar a disponibilidade de alimento e o acesso a áreas de reprodução e nidificação, afetando a dinâmica populacional dessas espécies.

No ambiente terrestre, o alargamento da faixa de areia também pode influenciar a biodiversidade local. Bazzo et al. (2016), apontam que a modificação da paisagem costeira pode afetar a flora e a fauna presentes na região, alterando a estrutura e a composição dos ecossistemas terrestres.

Além disso, o aumento da urbanização e do turismo decorrente do alargamento da praia podem levar à perda de habitats naturais e ao aumento da pressão sobre os ecossistemas terrestres costeiros. Peixoto (2020), destaca que a expansão urbana pode resultar em fragmentação de habitats, isolando populações de espécies e reduzindo a conectividade ecológica.

Para minimizar os impactos na biodiversidade marinha e terrestre, é essencial considerar os aspectos ambientais nas etapas de planejamento e implementação do alargamento da faixa de areia. Da silva flores et al. (2016) enfatizam a importância de realizar estudos de impacto ambiental e de considerar medidas de mitigação, como a seleção adequada de sedimentos, a proteção de áreas sensíveis e a restauração de ecossistemas afetados.

Além disso, a gestão costeira deve ser realizada de forma integrada, buscando a conservação da biodiversidade marinha e terrestre, ao mesmo tempo em que se busca alcançar os objetivos de proteção e desenvolvimento das áreas costeiras. Writzl et al. (2022), ressaltam a importância de uma abordagem participativa, envolvendo cientistas, gestores, comunidades locais e outras partes interessadas para tomar decisões informadas e equilibrar as necessidades sociais, econômicas e ambientais nas intervenções de alargamento da faixa de areia.

Em suma, o alargamento da praia pode ter impactos na biodiversidade marinha e terrestre das áreas costeiras, afetando a distribuição e a abundância de espécies, bem como os ecossistemas marinhos e terrestres. Para minimizar esses impactos, é fundamental realizar estudos de impacto ambiental, considerar medidas de mitigação e adotar uma abordagem integrada e participativa na gestão costeira.

3.7 Aspectos hidrológicos e qualidade da água nas áreas alargadas

O alargamento da faixa de areia pode ter efeitos significativos nos aspectos hidrológicos e na qualidade da água nas áreas costeiras afetadas. Essa intervenção altera a dinâmica das ondas e correntes, bem como a disponibilidade e movimentação de água doce e salgada, podendo influenciar a qualidade da água e os ecossistemas aquáticos presentes nessas regiões.

Segundo Bazzo et al. (2016), o alargamento da praia pode afetar a hidrodinâmica costeira, resultando em mudanças na circulação de água ao longo da costa. A deposição de sedimentos pode modificar a morfologia submarina, criando novos hábitats e influenciando a dispersão de nutrientes e organismos aquáticos.

As alterações na hidrodinâmica costeira podem ter impactos na qualidade da água. Peixoto (2020), destaca que a deposição de sedimentos durante o alargamento da praia pode resultar em aumento da turbidez da água, o que pode afetar negativamente a fotossíntese de organismos aquáticos e reduzir a penetração de luz nas camadas mais profundas.

Além disso, o alargamento da faixa de areia pode afetar os fluxos de água doce e salgada na região costeira. Soares et al. (2016) mencionam que a modificação da geomorfologia costeira pode afetar a intrusão salina em áreas próximas a estuários e manguezais, influenciando a biodiversidade e a produtividade desses ecossistemas.

Outro fator a ser considerado é o impacto da urbanização e da atividade turística nas áreas alargadas. Flores et al. (2015) ressaltam que o aumento da urbanização e a presença de infraestruturas costeiras podem levar à contaminação da água por poluentes como esgoto, óleos e produtos químicos, comprometendo a qualidade da água e prejudicando os ecossistemas aquáticos.

Para mitigar os efeitos sobre a hidrodinâmica e a qualidade da água nas áreas alargadas, é fundamental adotar práticas de gestão costeira adequadas. Ocke e ikeda (2013) destacam a importância de medidas de controle de erosão, como o uso de estruturas de proteção costeira, para minimizar a deposição excessiva de sedimentos na água.

Além disso, é essencial implementar políticas de tratamento de esgoto e controle de poluentes para reduzir a contaminação da água nas áreas urbanas e turísticas. Da silva flores et al. (2016) enfatizam a importância de monitorar a qualidade da água de forma contínua, para identificar e abordar problemas de contaminação e tomar medidas corretivas, se necessário.

Em resumo, o alargamento da faixa de areia pode ter impactos significativos nos aspectos hidrológicos e na qualidade da água nas áreas costeiras. A modificação da hidrodinâmica costeira e a deposição de sedimentos podem afetar a circulação de água e a transparência do meio aquático, comprometendo os ecossistemas aquáticos e a biodiversidade. Para minimizar esses impactos, é fundamental adotar práticas de gestão costeira adequadas, incluindo medidas de controle de erosão e de tratamento de poluentes, bem como o monitoramento contínuo da qualidade da água.

3.8 Resiliência e sustentabilidade do alargamento da praia frente às mudanças climáticas

A resiliência e a sustentabilidade do alargamento da praia frente às mudanças climáticas são aspectos cruciais para garantir a eficácia e durabilidade dessa intervenção em face dos desafios impostos pelas mudanças no clima. Considerando os efeitos do aumento do nível do mar, eventos climáticos extremos e outros impactos climáticos sobre as áreas costeiras, é essencial adotar medidas que tornem o alargamento da faixa de areia resistente e adaptável às mudanças climáticas.

Estudos têm demonstrado que o alargamento da praia pode aumentar a resiliência das áreas costeiras contra a erosão costeira, protegendo infraestruturas e comunidades de eventos climáticos extremos, como tempestades e ressacas. Ocke e Ikeda (2013), mencionam que a deposição de sedimentos durante a intervenção cria uma barreira natural contra a ação das ondas e correntes, reduzindo a vulnerabilidade das áreas costeiras a danos causados por esses eventos.

No entanto, para que o alargamento da praia seja sustentável frente às mudanças climáticas, é necessário considerar a projeção do aumento do nível do mar e a erosão costeira em longo prazo. Flores et al. (2015) ressaltam que as intervenções de gestão costeira devem levar em conta os cenários de mudanças climáticas e serem planejadas com margem de adaptação, para garantir a proteção das áreas costeiras ao longo do tempo.

A sustentabilidade do alargamento da praia também está diretamente relacionada à seleção adequada de sedimentos utilizados na intervenção. Bazzo et al. (2016) apontam que é fundamental utilizar sedimentos compatíveis com a praia local, para garantir a estabilidade do alargamento e evitar perdas rápidas de sedimentos devido a eventos climáticos extremos.

Além disso, a sustentabilidade do alargamento da praia requer a integração de medidas de gestão costeira que abordem os aspectos ambientais, sociais e econômicos. Da Silva Flores et al. (2016), enfatizam a importância de uma abordagem participativa que envolva a comunidade local, cientistas, gestores e outras partes interessadas na tomada de decisões, para garantir que as soluções adotadas sejam viáveis e atendam às necessidades presentes e futuras.

É fundamental também adotar uma visão de longo prazo e adotar práticas de gestão costeira adaptativas. Peixoto (2020), destaca que as intervenções de alargamento da praia devem ser consideradas como parte de um processo contínuo de adaptação às mudanças climáticas, que requer monitoramento e avaliação constante, permitindo ajustes e melhorias ao longo do tempo.

Em resumo, a resiliência e a sustentabilidade do alargamento da praia frente às mudanças climáticas são essenciais para garantir a proteção das áreas costeiras e a durabilidade das intervenções ao longo do tempo. A adoção de medidas que aumentem a resiliência contra eventos climáticos extremos, a seleção adequada de sedimentos, a integração de aspectos ambientais, sociais e econômicos, e uma abordagem adaptativa são elementos fundamentais para uma gestão costeira eficaz e sustentável.

4. Avaliação dos Resultados e Implicações para o Meio Ambiente Costeiro

4.1 Análise dos resultados das intervenções de alargamento da faixa de areia

A análise dos resultados das intervenções de alargamento da faixa de areia é fundamental para compreender a eficácia e os impactos dessas ações na gestão costeira. Estudos têm sido realizados para avaliar os efeitos dessas intervenções sobre a geomorfologia costeira, a qualidade da água, a biodiversidade, as comunidades locais e outros aspectos relevantes.

De acordo com Ocke e Ikeda (2013), a análise dos resultados das intervenções de alargamento da praia tem mostrado que essas ações podem ser eficazes na proteção das áreas costeiras contra a erosão e eventos climáticos extremos. A deposição de sedimentos durante a intervenção cria uma barreira natural contra a ação das ondas e correntes, reduzindo a vulnerabilidade das áreas costeiras a danos causados por esses eventos.

No entanto, os resultados das intervenções de alargamento da faixa de areia podem variar de acordo com as características locais e as técnicas utilizadas. Flores et al. (2015), destacam que o sucesso da intervenção depende da seleção adequada dos sedimentos, da morfologia costeira e das condições de ondas e correntes, entre outros fatores. Estudos empíricos são importantes para entender os efeitos específicos em cada caso.

A análise dos resultados também aponta para a importância do monitoramento contínuo após a intervenção. Da Silva Flores et al. (2016), mencionam que os impactos do alargamento da praia podem se manifestar em diferentes momentos, e a coleta de dados a longo prazo é essencial para verificar a estabilidade do alargamento e identificar possíveis efeitos colaterais.

Além disso, a análise dos resultados tem mostrado que o alargamento da faixa de areia pode ter impactos positivos e negativos sobre a biodiversidade marinha e terrestre. Bazzo et al. (2016), ressaltam que a deposição de sedimentos pode criar novos habitats e influenciar a dinâmica de espécies marinhas, mas também pode afetar ecossistemas sensíveis, como corais e manguezais.

A análise dos resultados das intervenções de alargamento da praia também tem enfatizado a importância de uma abordagem integrada na gestão costeira. Peixoto (2020) destaca que a consideração de aspectos ambientais, sociais e econômicos é fundamental para garantir a sustentabilidade das intervenções e promover o bem-estar das comunidades costeiras.

Em suma, a análise dos resultados das intervenções de alargamento da faixa de areia é crucial para compreender a eficácia e os impactos dessas ações na gestão costeira. Estudos têm mostrado que essas intervenções podem ser eficazes na proteção das áreas costeiras contra a erosão e eventos climáticos extremos, mas os resultados podem variar conforme as características locais. O monitoramento contínuo e a consideração de aspectos ambientais, sociais e econômicos são essenciais para garantir a sustentabilidade e o sucesso dessas intervenções de gestão costeira.

4.2 Efeitos positivos e negativos na paisagem natural e ambientes costeiros

Os efeitos das intervenções de alargamento da faixa de areia na paisagem natural e nos ambientes costeiros podem ser variados, com impactos positivos e negativos identificados em estudos realizados em diferentes regiões costeiras.

Um dos efeitos positivos do alargamento da praia é a criação de novos hábitats e a restauração de áreas degradadas. Segundo Ocke e Ikeda (2013),  a deposição controlada de sedimentos pode criar novos espaços de praia e dunas, proporcionando oportunidades para estabelecer vegetação costeira e a diversificação da fauna local.

Além disso, o alargamento da faixa de areia pode melhorar a proteção costeira contra a erosão. Flores et al. (2015) mencionam que a deposição de sedimentos pode criar uma barreira natural que reduz a velocidade das ondas e correntes, contribuindo para a estabilização da linha de costa e a redução dos danos causados por eventos climáticos extremos.

No entanto, os efeitos positivos podem ser acompanhados por impactos negativos na paisagem natural e nos ambientes costeiros. Bazzo et al. (2016) apontam que a modificação da geomorfologia costeira pode resultar em perda de praias naturais e ecossistemas sensíveis, como bancos de corais e manguezais, afetando a biodiversidade e a qualidade dos habitats.

Além disso, o alargamento da praia pode ter efeitos sobre a disponibilidade de recursos pesqueiros e a pesca artesanal. Soares et al. (2016) destacam que a deposição de sedimentos pode afetar a dinâmica de movimentação de espécies marinhas, impactando as atividades pesqueiras e a subsistência das comunidades que dependem da pesca.

Outro impacto negativo é o potencial aumento da urbanização e da atividade turística nas áreas alargadas. Peixoto (2020), menciona que a expansão urbana pode resultar em perda de áreas naturais, fragmentação de habitats e aumento da pressão sobre os ecossistemas terrestres costeiros.

É importante destacar que os efeitos positivos e negativos do alargamento da faixa de areia podem variar conforme as características locais e como a intervenção é planejada e implementada. Da Silva Flores et al. (2016) enfatizam que é fundamental realizar estudos específicos para cada área costeira, avaliando os impactos em diferentes aspectos, como a geomorfologia, a biodiversidade e as atividades socioeconômicas.

Em resumo, as intervenções de alargamento da faixa de areia podem ter efeitos positivos na criação de novos hábitats e na proteção costeira. No entanto, essas ações também podem acarretar impactos negativos na paisagem natural, na biodiversidade e nas atividades tradicionais costeiras. A consideração das características locais e a realização de estudos de impacto são cruciais para avaliar os efeitos específicos em cada região costeira e para buscar um equilíbrio entre a conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável.

4.3 Impacto nas atividades econômicas e sociais locais

O impacto das intervenções de alargamento da faixa de areia nas atividades econômicas e sociais locais pode ser significativo, afetando tanto positivamente quanto negativamente as comunidades costeiras. Estudos têm analisado como essas intervenções podem influenciar setores econômicos e a dinâmica social das áreas afetadas.

Um dos impactos positivos é o potencial de impulsionar o turismo e as atividades relacionadas. Ocke e Ikeda (2013), ressaltam que o alargamento da praia pode atrair mais turistas, criando novas oportunidades de emprego e renda para as comunidades locais através do setor turístico. A oferta de uma praia mais ampla e estável pode aumentar o apelo do destino para os visitantes.

Além disso, o alargamento da faixa de areia pode beneficiar as atividades pesqueiras locais. Soares et al. (2016), mencionam que, em algumas regiões, a deposição de sedimentos pode contribuir para a melhoria das condições de pesca, aumentando a disponibilidade de recursos pesqueiros e melhorando a sustentabilidade da pesca artesanal.

No entanto, os impactos negativos também são observados nas atividades econômicas e sociais locais. A expansão urbana e o aumento do turismo podem levar à gentrificação e ao encarecimento do custo de vida para os moradores locais. Peixoto (2020) destaca que o crescimento do setor imobiliário e a especulação podem resultar em deslocamento de comunidades tradicionais e alterações na estrutura socioeconômica da região.

Ademais, a intervenção pode gerar conflitos de uso do espaço costeiro. Bazzo et al. (2016), apontam que diferentes atores podem ter interesses conflitantes, como os pescadores artesanais, os empreendedores turísticos e os moradores locais. O alargamento da praia pode criar demanda por espaço e recursos, gerando tensões entre esses grupos.

A análise dos impactos nas atividades econômicas e sociais locais deve levar em conta a participação e o envolvimento das comunidades afetadas nas decisões de planejamento e implementação do alargamento da faixa de areia. Da silva flores et al. (2016) enfatizam que a abordagem participativa e o diálogo com os atores locais são fundamentais para entender as necessidades e preocupações das comunidades e buscar soluções que atendam aos interesses mútuos.

Em resumo, as intervenções de alargamento da faixa de areia podem ter impactos significativos nas atividades econômicas e sociais locais. Enquanto o turismo e a pesca podem ser beneficiados, a expansão urbana e os conflitos de uso do espaço costeiro podem gerar desafios para as comunidades locais. A participação ativa das comunidades no processo de tomada de decisão é essencial para garantir que os impactos sejam gerenciados de forma sustentável e que os benefícios sejam compartilhados de maneira equitativa.

4.4 Resposta da comunidade e dos stakeholders envolvidos

A resposta da comunidade e dos stakeholders envolvidos em intervenções de alargamento da faixa de areia pode ser bastante diversificada, refletindo a variedade de interesses e perspectivas presentes nessas regiões costeiras. Estudos têm examinado as reações das comunidades locais, pescadores artesanais, empresários do setor turístico e outros atores interessados, destacando suas opiniões e preocupações.

Em alguns casos, a comunidade pode apoiar o alargamento da praia, especialmente quando percebe os benefícios potenciais para o turismo e para a proteção costeira. Ocke e Ikeda (2013), mencionam que comunidades que dependem economicamente do turismo costeiro podem ver o alargamento da faixa de areia como uma medida positiva para atrair mais visitantes e impulsionar a economia local.

No entanto, há casos em que a comunidade e os stakeholders expressam preocupações e resistências em relação à intervenção. Peixoto (2020) destaca que comunidades tradicionais que dependem da pesca artesanal podem temer os impactos negativos do alargamento da praia sobre seus meios de subsistência, como a redução de áreas de pesca ou o acesso restrito a recursos pesqueiros.

Os pescadores artesanais também podem se preocupar com a perda de habitats marinhos importantes para a pesca e com possíveis conflitos de uso do espaço costeiro (Bazzo et al., 2016). Empreendedores turísticos podem ter visões divergentes sobre as intervenções, com alguns apoiando a medida como um atrativo para o turismo e outros preocupados com os impactos sobre a infraestrutura e a imagem do destino turístico.

Nesse contexto, a participação e o diálogo com as comunidades e stakeholders são cruciais para compreender suas perspectivas, necessidades e preocupações. Da silva flores et al. (2016), enfatizam a importância de uma abordagem participativa na tomada de decisões, que envolva os interessados desde a fase de planejamento até a implementação das intervenções.

A participação dos stakeholders permite que suas vozes sejam ouvidas, que suas preocupações sejam abordadas e que soluções mais sustentáveis sejam desenvolvidas. A análise das respostas da comunidade e dos stakeholders é essencial para identificar os possíveis conflitos e encontrar soluções que busquem o equilíbrio entre a conservação ambiental, o desenvolvimento socioeconômico e a preservação das atividades tradicionais (BAZZO et al., 2016).

Em síntese, a resposta da comunidade e dos stakeholders envolvidos em intervenções de alargamento da faixa de areia pode ser variada, com apoios e preocupações identificados. A participação ativa e o diálogo com os interessados são fundamentais para compreender suas perspectivas e buscar soluções que promovam o desenvolvimento sustentável das áreas costeiras.

4.5 Perspectivas futuras para o alargamento de praias e desenvolvimento costeiro

As perspectivas futuras para o alargamento de praias e desenvolvimento costeiro são influenciadas por uma série de fatores, incluindo mudanças climáticas, avanços tecnológicos, políticas de gestão costeira e a conscientização sobre a importância da preservação ambiental. Estudos têm abordado essas questões e apontado possíveis direcionamentos para o futuro das intervenções costeiras.

Com relação às mudanças climáticas, é esperado que o aumento do nível do mar e eventos climáticos extremos exerçam maior pressão sobre as áreas costeiras no futuro. Nesse contexto, intervenções de alargamento da faixa de areia podem ser consideradas como parte de uma abordagem adaptativa para proteger as comunidades e infraestruturas costeiras (OCKE; IKEDA, 2013).

Avanços tecnológicos na engenharia costeira podem oferecer novas soluções e técnicas para o alargamento de praias. Bazzo et al. (2016) mencionam que pesquisas e inovações podem resultar em métodos mais eficazes e sustentáveis para a deposição de sedimentos e proteção costeira, minimizando os impactos negativos sobre os ecossistemas.

As políticas de gestão costeira desempenham um papel crucial nas perspectivas futuras para o alargamento de praias. Flores et al. (2015), ressaltam que uma abordagem integrada e participativa é fundamental para garantir o desenvolvimento sustentável das áreas costeiras, equilibrando interesses econômicos com a conservação ambiental e a inclusão social.

Uma perspectiva importante para o futuro é o fortalecimento da consciência sobre a importância da preservação dos ambientes costeiros. Da silva flores et al. (2016) destacam que a educação ambiental e a conscientização pública podem levar a uma maior valorização dos ecossistemas costeiros e a uma maior demanda por medidas de proteção e gestão adequadas.

Nesse contexto, a perspectiva futura para o alargamento de praias e desenvolvimento costeiro deve levar em consideração uma abordagem integrada que considere os aspectos ambientais, sociais e econômicos. Peixoto (2020) enfatiza que soluções sustentáveis requerem uma visão de longo prazo, com planejamento cuidadoso, monitoramento contínuo e a participação ativa das comunidades locais e stakeholders interessados.

Em resumo, as perspectivas futuras para o alargamento de praias e desenvolvimento costeiro estão relacionadas a desafios como mudanças climáticas, avanços tecnológicos, políticas de gestão e conscientização ambiental. Uma abordagem adaptativa, integrada e sustentável é essencial para garantir a proteção das áreas costeiras, a preservação dos ecossistemas e o desenvolvimento socioeconômico das comunidades locais.

4.6 Considerações sobre a gestão e planejamento costeiro sustentável

A gestão e planejamento costeiro sustentável são fundamentais para enfrentar os desafios relacionados ao alargamento de praias e desenvolvimento costeiro. Para isso, é essencial adotar uma abordagem integrada que considere os aspectos ambientais, sociais e econômicos, buscando equilibrar a proteção dos ecossistemas costeiros com o desenvolvimento socioeconômico das comunidades locais.

De acordo com da Silva Flores et al. (2016), a gestão costeira sustentável deve ser baseada em uma visão de longo prazo, levando em conta as mudanças climáticas e seus impactos na linha de costa. Isso implica em adotar medidas adaptativas e flexíveis, que possam ser ajustadas conforme as condições ambientais e socioeconômicas se alterem ao longo do tempo.

A abordagem participativa é essencial para a gestão costeira sustentável, como enfatizado por Peixoto (2020). A inclusão das comunidades locais, cientistas, gestores e outros stakeholders interessados na tomada de decisões promove uma maior compreensão das necessidades e preocupações de cada grupo, possibilitando a criação de soluções mais bem fundamentadas e aceitas pela população.

A gestão costeira sustentável também requer a integração de políticas e planejamento entre diferentes níveis governamentais. Flores et al. (2015), ressaltam a importância de uma coordenação efetiva entre autoridades municipais, estaduais e federais, a fim de garantir uma atuação conjunta na gestão das áreas costeiras e evitar conflitos de competências.

Além disso, a educação ambiental é uma ferramenta poderosa para promover a conscientização sobre a importância da preservação dos ambientes costeiros. Ocke e Ikeda (2013), enfatizam que programas educacionais que informem a população sobre os impactos das intervenções costeiras e a relevância da conservação dos ecossistemas podem aumentar o engajamento das comunidades na proteção do litoral.

A utilização de instrumentos de gestão costeira, como planos diretores e zoneamentos, é essencial para orientar o desenvolvimento das áreas costeiras de forma sustentável. Bazzo et al. (2016), destacam a importância desses instrumentos para estabelecer diretrizes claras, definir áreas prioritárias para conservação e atividades econômicas, e evitar a ocupação desordenada e prejudicial do litoral.

Em resumo, a gestão e planejamento costeiro sustentável são fundamentais para garantir a proteção e preservação dos ecossistemas costeiros, bem como para promover o desenvolvimento socioeconômico das comunidades locais. A abordagem integrada, participativa, coordenada e embasada em educação ambiental e instrumentos de gestão é essencial para enfrentar os desafios presentes e futuros relacionados ao alargamento de praias e desenvolvimento costeiro.

4.7 Necessidade de ações de conservação e proteção do meio ambiente costeiro

A necessidade de ações de conservação e proteção do meio ambiente costeiro é amplamente reconhecida na comunidade científica e entre os gestores ambientais. Estudos têm destacado a importância dessas ações para preservar a biodiversidade marinha e terrestre, garantir a estabilidade das áreas costeiras e proteger as comunidades que dependem desses ecossistemas.

De acordo com Honório e de Oliveira Rocha (2021), as áreas costeiras enfrentam ameaças crescentes devido às mudanças climáticas, como o aumento do nível do mar e eventos climáticos extremos, tornando a proteção do meio ambiente costeiro uma prioridade urgente.

A conservação do meio ambiente costeiro é fundamental para preservar a biodiversidade marinha e terrestre. Wriztl et al. (2022) enfatizam que esses ecossistemas abrigam uma rica diversidade de espécies de animais e plantas, muitas das quais são ameaçadas ou endêmicas, e sua preservação é essencial para manter a saúde e o equilíbrio dos ecossistemas costeiros.

A proteção do meio ambiente costeiro é crucial para garantir a provisão de serviços ecossistêmicos essenciais para a sobrevivência humana. Ocke e Ikeda (2013), destacam que os ecossistemas costeiros fornecem benefícios fundamentais, como a regulação do clima, a filtragem de água, a proteção contra tempestades e a provisão de recursos pesqueiros, entre outros.

Além disso, a conservação do meio ambiente costeiro é importante para a manutenção das atividades econômicas que dependem desses ecossistemas. Bazzo et al. (2016) mencionam que a pesca artesanal, o turismo e outras atividades tradicionais costeiras dependem da saúde dos ecossistemas costeiros, e a sua degradação pode comprometer a subsistência das comunidades locais.

Ações de conservação e proteção do meio ambiente costeiro também são essenciais para enfrentar os impactos negativos das intervenções de alargamento de praias e outras atividades humanas nas áreas costeiras. Flores et al. (2015), ressaltam que essas intervenções podem gerar alterações significativas nos ecossistemas, tornando ainda mais importante a implementação de medidas de conservação e mitigação.

Em resumo, a conservação e proteção do meio ambiente costeiro são fundamentais para preservar a biodiversidade, garantir a estabilidade das áreas costeiras, prover serviços ecossistêmicos essenciais e sustentar as atividades econômicas das comunidades locais. Ações nesse sentido são necessárias para enfrentar os desafios presentes e futuros relacionados ao alargamento de praias e ao desenvolvimento costeiro, bem como para assegurar a sustentabilidade das áreas costeiras para as gerações futuras.

4.8 Lições aprendidas e recomendações para futuros projetos de alargamento da faixa de areia

As lições aprendidas com projetos de alargamento da faixa de areia e intervenções costeiras ao longo do tempo são valiosas para orientar futuros empreendimentos nessa área. Estudos têm apontado recomendações importantes para o planejamento e execução desses projetos, visando maximizar os benefícios e minimizar os impactos negativos sobre o meio ambiente e as comunidades locais.

Uma das principais lições aprendidas é a importância da abordagem integrada na gestão costeira. Da silva flores et al. (2016) destacam que a coordenação entre diferentes setores governamentais e atores interessados é essencial para garantir uma abordagem holística e considerar todos os aspectos envolvidos nas intervenções costeiras.

Outra lição importante é a necessidade de avaliar cuidadosamente os impactos ambientais antes de realizar qualquer intervenção. Peixoto (2020) enfatiza que estudos de impacto ambiental detalhados são fundamentais para identificar os possíveis efeitos das intervenções de alargamento da praia sobre os ecossistemas costeiros e tomar medidas de mitigação adequadas.

O envolvimento das comunidades locais é uma lição fundamental. Ocke e Ikeda (2013), ressaltam que a participação ativa das comunidades no planejamento e execução dos projetos é essencial para garantir que suas vozes sejam ouvidas, suas preocupações sejam consideradas e que eles compartilhem os benefícios dessas intervenções.

A aprendizagem com projetos anteriores também aponta para a importância de adotar soluções adaptativas e flexíveis. Bazzo et al. (2016), mencionam que as intervenções costeiras devem ser capazes de se ajustar às mudanças nas condições ambientais e socioeconômicas, para garantir a eficácia contínua dessas medidas.

Além disso, a consideração das características locais é crucial para o sucesso dos projetos de alargamento da faixa de areia. Flores et al. (2015), enfatizam que cada área costeira tem suas particularidades, e soluções padronizadas podem não ser adequadas. Por isso, é importante realizar estudos específicos para cada região costeira, levando em conta sua geomorfologia, biodiversidade, atividades econômicas e demandas das comunidades locais.

Por fim, é essencial aprender com projetos anteriores e investir em pesquisa e inovação contínuas. Writzl et al. (2022), destacam que a ciência e a tecnologia desempenham um papel importante na busca por métodos mais eficientes, sustentáveis e economicamente viáveis para o alargamento de praias e gestão costeira.

Em resumo, as lições aprendidas com projetos de alargamento da faixa de areia destacam a importância da abordagem integrada, avaliação de impactos ambientais, participação das comunidades locais, soluções adaptativas, consideração das características locais e investimento em pesquisa e inovação. Recomenda-se a aplicação dessas lições em futuros projetos para garantir o desenvolvimento sustentável das áreas costeiras e a preservação dos valiosos ecossistemas costeiros.

5. Considerações Finais

Nas últimas décadas, o alargamento da faixa de areia e outras intervenções costeiras têm se tornado cada vez mais comuns em várias regiões do mundo. Essas intervenções são realizadas visando proteger áreas costeiras, impulsionar o turismo, promover o desenvolvimento urbano e atender às demandas das comunidades locais. No entanto, essas ações podem ter impactos significativos sobre o meio ambiente e as comunidades que dependem dos ecossistemas costeiros.

Ao longo deste artigo, exploramos o contexto histórico das intervenções urbanas em áreas costeiras, as políticas de desenvolvimento urbano, o crescimento populacional nessas regiões, as infraestruturas e empreendimentos ao longo da costa, bem como os impactos das atividades turísticas e imobiliárias na paisagem costeira. Também analisamos os conflitos de uso do solo na orla marítima, a importância da gestão e planejamento costeiro sustentável, os fundamentos e métodos de alargamento da faixa de areia, e os impactos resultantes dessas intervenções.

As lições aprendidas com projetos anteriores de alargamento de praias nos mostram que uma abordagem integrada e participativa é crucial para o sucesso dessas intervenções. É fundamental considerar os interesses e preocupações das comunidades locais, bem como avaliar cuidadosamente os impactos ambientais antes de implementar qualquer intervenção. Além disso, a flexibilidade e a adaptabilidade das soluções são essenciais para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e outras variabilidades ambientais.

As recomendações para futuros projetos de alargamento da faixa de areia destacam a importância de investir em pesquisa e inovação contínuas, levando em conta as características específicas de cada área costeira e buscando soluções que sejam sustentáveis, eficientes e adequadas às necessidades das comunidades locais. Além disso, a integração de políticas e o envolvimento de diferentes setores governamentais e stakeholders são fundamentais para garantir uma abordagem holística e bem coordenada na gestão costeira.

Em última análise, o alargamento da faixa de areia e outras intervenções costeiras devem ser realizados de forma cuidadosa, responsável e sustentável, visando preservar os valiosos ecossistemas costeiros e garantir o bem-estar das comunidades que dependem desses ambientes. A proteção do meio ambiente costeiro é essencial para a conservação da biodiversidade, a provisão de serviços ecossistêmicos, e para enfrentar os desafios presentes e futuros das mudanças climáticas e do desenvolvimento urbano.

Portanto, é crucial que governos, comunidades locais, cientistas e demais stakeholders trabalhem juntos para encontrar soluções equilibradas que atendam às necessidades socioeconômicas e ambientais das áreas costeiras. Somente com uma abordagem integrada e comprometida com a sustentabilidade, poderemos garantir um futuro promissor para as regiões costeiras, preservando seus recursos naturais e promovendo o desenvolvimento humano em harmonia com a natureza.

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