ESCOLHA VOCACIONAL E PROFISSIONAL: O IMPACTO NA ADAPTAÇÃO LABORAL DOS PROFESSORES DO MAGISTÉRIO PRIMÁRIO NUMA PERSPECTIVA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, CABINDA – ANGOLA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/dt10202504112223


Maria Augusta César Nobre Gomes1
Josefina Pemba Massiala2
Fernão Osório Afonso3
Vita Tomás4


RESUMO

A Pesquisa sobre escolha vocacional e profissional: O impacto na adaptação laboral dos professores do magistério primário numa perspectiva do desenvolvimento sustentável, Cabinda – Angola, propõe-se a contestar à realidades de adaptação dos professores na atividade que se lhes propõem na conjuntura da sua escolha vocacional e profissional, sendo base fundamental no desenvolvimento pessoal e profissional. A questão em reflexão visa a melhoria da qualidade do ensino e aprendizagem por meio da adaptação profissional dos professores; incentivar articulação entre políticas de empregabilidade e as escolhas vocacionais e profissional na perspectiva da garantia do desenvolvimento sustentável por meio da educação. Os principais objetivos da pesquisa são: refletir o impacto da escolha vocacional e profissional na adaptação laboral dos professores do magistério primário, consequentemente demonstrar a relevância da escolha vocacional e profissional na adaptação da atividade docente; identificar o nível de confiança nas atividades dos professores que acertaram na sua escolha vocacional e profissional. As referidas metas nos remeteram a um estudo de caso, com apoio ao questionário da escala do tipo Likert aplicado a 95 professores. Em resultado constatamos que os lamentos dos professores sobre as complexidades na adaptação profissional no processo de ensino e aprendizagem, surgem porquanto as escolhas vocacionais e profissionais dos docentes serem controvertíveis.

Palavras-chave: Escolha vocacional e profissional; adaptação laboral, desenvolvimento sustentável.

ABSTRACT

The research on vocational and professional choice: The impact on the labour adaptation of primary school teachers from a sustainable development perspective, Cabinda – Angola, sets out to challenge the realities of teachers’ adaptation to the activity proposed to them at the juncture of their vocational and professional choice, which is a fundamental basis for personal and professional development. The question under consideration aims to improve the quality of teaching and learning through the professional adaptation of teachers; to encourage articulation between employability policies and vocational and professional choices from the perspective of guaranteeing sustainable development through education. The main objectives of the research are: to reflect on the impact of vocational and professional choice on the labour adaptation of primary school teachers, consequently to demonstrate the relevance of vocational and professional choice in the adaptation of teaching activity; to identify the level of confidence in the activities of teachers who have been successful in their vocational and professional choice. These goals led us to carry out a case study, using a Likert scale questionnaire applied to 95 teachers. As a result, we found that teachers‘regrets about the complexities of professional adaptation in the teaching and learning process arise because teachers’ vocational and professional choices are controversial.

Keywords: Vocational and professional choice; labour adaptation, sustainable development.

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho faz parte de um vasto estudo de campo, diante da necessidade de resolver problemas práticos, sob uma nova ordem social em volta de um mundo globalizado, em que a escolha vocacional e profissional do professor constitui ponte para o desenvolvimento sustentável das sociedades, mas que em contrapartida tem – se constituído em dificuldade acérrimo no contexto de Angola, e no caso específico em Cabinda.

A questão incide, na preparação profissional, seu direcionamento para ação face a necessidade da sociedade, e sua aplicação no campo de ação. No caso dos professores, sua atuação profissional aquando da orientação do conhecimento.

Parte-se do principio que a projeção do desenvolvimento sustentável parte por outro lado dos procedimentos iniciais para a formação do indivíduo num ramo de saber desde uma perspectiva de qualidade, para finalmente exercer uma ação de qualidade numa perspectiva de desenvolvimento. Tal significa projetar e desenvolver uma formação de qualidade direcionada para o homem de modo a ser capaz de enfrentar os desafios do mercado de trabalho, no caso concreto dos professores enfrentar os desafios do processo do ensino e da aprendizagem e de contribuir para a promoção do nível cultural, psicológico, social enquanto condição necessária, para salvaguardar a qualidade e sucesso da carreira docente e melhoria social. 

Na nossa realidade, nos dias de hoje é comum se observar episódios e reportagens sobre elevados níveis de aprendizagem dos alunos, essencialmente nas escolas públicas ou mesmo nos magistérios primários. Tal situação demonstra a necessidade de uma reflexão sobre a formação dos professores, em particular aqueles que devem atuar para o magistério primário, sendo a base de toda formação para a docência, e a base para a longa caminhada do e para o conhecimento. 

Durante a pesquisa, percebeu-se o sentimento de insatisfação acentuado por políticas e burocracias de profissionalização, privatização do ensino, baixa remuneração, condições precárias de trabalho, fracas atividades de formação e fraco desenvolvimento de atividade que possam motivar os professores na sua adaptação profissional.

Na perspectiva do desenvolvimento sustentável, a educação é apontada como caminho para o atingimento dos objetivos sociais e as práticas educativas são as ações executivas. Nesta conformidade refere-se que a vocação profissional daqueles que que devem e deverão exercer atividade de ensino é de capital importância. Um desenvolvimento sustentável é auspiciado por uma educação sustentável, e uma educação sustentável fundamenta-se em grande medida numa escolha sustentável pelos sujeitos, tendo em conta suas perspectivas para o desenvolvimento pessoal, profissional e social. 

Estudos realizados por Frank Parsons [1] (ap Grings e Jung 2018) o precursor da orientação vocacional propuseram a busca pela harmonia das aptidões, habilidades e interesses do indivíduo com as exigências do trabalho. O que ao nosso pensar está relacionado com escolha vocacional e profissional assim como a política do estado.

É verdade que ao escolher a profissão mais espinhosa das profissões é imprescindível ter em conta todos os aspetos mencionados em busca pela harmonia das aptidões, habilidades e interesses do indivíduo com as exigências do trabalho Frank Parsons, (ap Grings & Jung 2018) op.cit., p.3. A atividade docente deve ser escolhida e desenvolvida com muito zelo e carinho tendo em conta a sua sensibilidade social. 

No entanto, os professores deviam avançar com a sua carreira conhecendo já as espinhas que vão ter de ultrapassar em todas as suas atividades diárias. Investigações recentes que se assemelham ao nosso contexto, segundo alguns investigadores, demonstram que existem, hoje, muitas iniciativas e experiências que buscam um caminho novo para a formação de professores. Nóvoa [2] (2017) as mais interessantes centram-se numa formação profissional dos professores, isto é, numa ideia que parece simples, mas que define um rumo claro: a formação docente deve ter como matriz a formação para uma profissão. Diante disso, programas de orientação profissional voltados para gestão de carreira surgem como possíveis caminhos na busca da superação desses desafios que os professores vivenciam atualmente Silva [3] (2015).

A partir desses pressupostos verificamos que o desenvolvimento do tema “Escolha vocacional e profissional: O impacto na adaptação laboral dos professores do Magistério Primário numa perspectiva do desenvolvimento sustentável” constitui uma problemática com grande impacto e pouco estudada em Angola e particularmente em Cabinda.

1.1 O impacto da escolha vocacional e profissional na carreira 

A perspectiva da escolha vocacional e profissional no contexto angolano tem o seu auspício nos seus documentos reguladores. Podendo se constatar na Lei de Bases do Sistema de Educação [4] (Lei n.º 13/01, de 31 de Dezembro) e suas consequentes atualizações à Constituição da República de Angola, em função da evolução e experiência adquirida na sua gestão e organização, bem como em função das tendências de desenvolvimento de Sistemas Educativos no Mundo, ocorrido a  11 [5] (de Agosto de 2016, lei nº 17/16, de 10 de 2016, ao decreto presidencial nos termos da alínea 1) do artigo 120 e do artigo 125; ambos da constituição da República de Angola que aprova o estatuto da carreira dos agentes da educação. 

Por tanto, o artigo 18º, apresenta a definição do perfil e exigências do professor do ensino secundário, onde enquadramos o professor do magistério primário, na sua alínea g)- conhecer as questões relevantes do mundo em que vivemos, cada vez mais complexo e em rápida mudança. 

Atendendo o objetivo da estrutura escolar de formação de professores, hoje Magistério Primário: assegurar o desenvolvimento do Sistema de Educação e Ensino ao nível básico, médio e profissional e as relevantes exigências e objetivos anteriormente descritos, com as constantes mudanças no mundo laboral somadas a um aumento expressivo das exigências ao nível do processo do ensino e da aprendizagem, assim como a pouca oportunidade de escolha vocacional e profissional, durante a formação a que os professores do magistério primário são submetidos, podemos estar certos que o incumprimento destes podem estar contribuindo para tornar a prática docente um desafio ainda maior. 

Parafraseando Coimbra [6] (2020) a formação dos profissionais do magistério tem compromisso com projeto social, político e ético que contribua para a consolidação de uma nação soberana, democrática, justa, inclusiva e que promova a emancipação dos indivíduos e grupos sociais.

De acordo com estudos realizados em Angola, por Silva [7] (2019) afirma que formação de professores é o desafio central para se alcançar o acesso a uma educação de qualidade e desenvolver-se um sistema de ensino em que a motivação de professores e alunos contribua para o alcance de melhores resultados de aprendizagem. Também referindo-se algumas investigações realizadas em Angola por Santana [8] (2016), Pensava-se que os estudantes universitários, por já possuírem uma «personalidade formada» e saberem o que pretendem, acreditava-se (como alguns ainda hoje acreditam) que não exigiriam de seus professores mais do que competências para transmitir os conhecimentos e para sanar suas dúvidas. Nesse contexto deixavam de parte o quesito vocação na formação de professores formados para a formação de outros professores. Sendo apologista das ideias do mesmo autor Da Silva op.cit., p. O sucesso do processo de ensino-aprendizagem depende em grande parte da qualidade dos professores, e a qualidade, por sua vez, depende da formação que recebem; não só a formação inicial (a teórica e a prática), mais que complementada com a formação vocacional e interesse individual. 

Nesse sentido a escolha vocacional e profissional pode se tornar um aliado importante no desenvolvimento positivo da carreira do professor, e concomitantemente ao desenvolvimento sustentável. AMBIE & PRISCILA P. T [7] (2017). 

A orientação vocacional surge como um meio para auxiliar o indivíduo nas suas escolhas ocupacionais. 

O que segundo Soares (ap GRINGS J. André, JUNG C. Fernando 2018). Op.cit.,p.3 As ferramentas da escolha vocacional e profissional poderiam ser incluídas nas bases curriculares, principalmente no ensino médio. 

Ao contrário, o Magistério primário que tem como finalidade oferecer formação profissional aos professores com o nível médio, deveria ser a referência para outras instituições de ensino secundário no que se relaciona a implementação na sua grelha curricular a orientação vocacional e profissional. Sendo a escola como ponto de partida para a construção do indivíduo cidadão, tem obrigação de fornecer meios para o desenvolvimento pleno do estudante, seja no aspecto cognitivo, educacional, formador e transformador de forma a contribuir para a sociedade que esteja inserida.

A escolha profissional se limita a orientações sobre as profissões e o mercado de trabalho, e a escolha vocacional não se limita a profissão, também a construção da identidade, promover aliança das afinidades do sujeito com a sua vocação Grings J. André [9] (2017).

A escolha vocacional e profissional na carreira docente, faz com que os professores se sintam gratificados quando os alunos aprendem o que lhes é ensinado, ou se eles conseguem atingir seus objetivos. Em outros casos, os docentes entendem que a “boa” docência é produto da vocação, assimilando a profissão como um sacerdócio e/ou apostolado, reafirma-se a ideia de que os docentes são responsáveis por tudo o que acontece em sua aula. Garcia [10] (2016). 

O contrário e porque os cidadãos não escolhem a profissão desejada, mas são lhes impostos pela carência de orientação e de alternativas, a sua formação não somente se torna insustentável como também desemboca numa profissão insustentável, isto é, sem a vocação apropriada trazendo como resultado social um subdesenvolvimento que nasce das profissões. 

1.2 A socialização/ adaptação profissional

Nas primeiras experiências da vida profissional ocorre um processo de adaptação durante o qual o jovem professor aplica os conhecimentos teóricos/ práticos e assimila as normas, princípios, crenças, valores e atitudes da cultura do processo de ensino e aprendizagem. Perfilar a conceção de [11] (Oliveira at all 2017), a socialização profissional refere-se ao processo de adaptação do indivíduo as mudanças inerentes à experiências de trabalho, tais como corresponder as exigência de desempenho das atividades, ajustamento a normas/ regras da instituição e a convivência entre colegas. De modo geral, a adaptabilidade de carreira denota a prontidão e os recursos de um indivíduo para lidar com tarefas atuais e iminentes de desenvolvimento de carreira, bem como as transições ocupacionais e os traumas pessoais Savikas [12] (ap Ladeira et all, 2019).

A dificuldade de adaptação vivida pelos professores, leva ao insucesso escolar e o abandono precoce da escola de alguns alunos que, de certa forma direta e ou indireta são afetados pelo comportamento inadequado dos professores. Aspetos que também foram relevados em uma investigação recente por Pereira [13] (2019), á escola, pode ser responsável pela evasão, pelo fato de como o professor ministra suas aulas, na maneira de transmitir conteúdos, a estrutura física, falta de recursos e uma política da escola que propicie uma maior integração com a família.

No contexto atual, os indivíduos com o curso de professorado no ensino superior, se destacam por serem uns dos mais precisados no país, tanto na modalidade particular como pública. Tal fato gerou um aumento da demanda por profissionais fornecedores de mão-de-obra para ocuparem os espaços vazios nas instituições, ou seja, docentes que tenham competência e conhecimento em áreas de professorado determinadas e que componham a matriz curricular de formação de professor.

Com o aumento deste contingente de professores que atuam no ensino de base e complementar, entre eles do magistério primário, refletimos que a profissão docente não pode ser analisada como mecânica e sem sentido, porque nela estão envolvidos sentimentos, relações, saberes de diferentes ordens, o individual e ao mesmo tempo o coletivo. É fundamental que haja uma preparação extrínseca e intrínseca com relevância na escolha vocacional e profissional.

Em consonância com a opinião de Jesus [14] (2018) essa preparação permite que esses docentes sejam mais comprometidos com a educação e que não sejam apenas técnicos. Já na conceção dos estudos efetuados por Silva [15] (2016), salienta que realizar uma escolha profissional e vocacional torna-se uma circunstância bastante complexa que requer um conhecimento aprofundado não apenas das áreas específicas mas também de si próprio. 

Nesse caso, entendemos que adaptação da carreira do professorado, requer muito mais do que a competência teórica e prática o que, parafraseando Savickas [16] (ap. Fiorini, (2016), a adaptabilidade de carreira, é uma consequência da evolução da maturidade profissional, o que representa um processo psicossocial que denota a prontidão e os recursos do sujeito para lidar com tarefas atuais. Para melhor compreensão vamos nos assegurar no juízo de Cassova [17] (2016), lidar com uma população escolar multicultural exige adaptação por parte do professor e redirecionamento do ensino à diversidade de características pessoais e sociais de cada aluno.

Sabemos, portanto, que os professores competentes e adaptados à sua profissão descobrem, nomeiam, assinalam as características das dificuldades. Situações que podem escapar à atenção dos professores que não se adaptaram à profissão docente.

Consentindo a opinião de Viera [18] (2019), não se trata de onde, o que ou como se ensina, a essência está na relação docentes e discentes, ou seja, vai além de conteúdos e métodos. 

Também na mesma linha de reflexão Silva & Souza [19] (2019), igualmente nele, se inserem um contexto de orientação mais amplo que envolve questões relativas à política, economia, cultura, etnia e localização geográfica.

De acordo com o expressado anteriormente, nos permitiu realizar a seguinte investigação como o propósito de refletir sobre o impacto da escolha vocacional e profissional na adaptação dos professores do Magistério Primário. Tendo em consideração um tema pouco abordado ou mesmo pouco conhecido em Angola e particularmente Cabinda, o que revela grande desassossego por parte de alguns estudiosos atentos aos dilemas sociais e emocionais.  

2. MATERIAL E MÉTODO

Realizou-se uma revisão sistemática de literaturas sobre informações ligadas a escolha vocacional e profissional. Uma reflexão sobre o seu impacto na adaptação laboral dos professores do Magistério primário de Cabinda.  A pesquisa teve por foco artigos, livros e dissertações publicados em periódicos atualizados, sem restrições quanto à nacionalidade dos autores ou à língua de publicação.

A investigação concentrou-se na reflexão que os professores do magistério primário de Cabinda, fazem sobre a sua escolha vocacional e profissional, numa perspectiva de saber se a escolha da profissão que aqueles profissionais exercem foi assertiva, explicar se a escolha vocacional tem resultado em sucesso ou insucesso na adaptação às suas atividades e também e que impacto representa para o desenvolvimento sustentável. 

No contexto real, o estudo foi realizado com a participação dos professores do magistério primário de Cabinda com um universo de 113 professores com as mesmas características dentre eles 33 do género feminino e 80 do género masculino, e uma amostra selecionada a partir de um critério representativo de 95 professores como refere a tabela nº 1.

Tabela nº 1. Amostra representativa

A tabela acima elucida a participação da quantidade de professores que constituem a amostra representativa num universo de 113 professores do Magistério Primário de Cabinda. São  95 professores que representam a amostra sendo 77 do género masculino e 18 elementos são do género feminino, o que representa 18,9% da amostra. Conforme se observa na amostra, até agora o número de mulheres é pouco representativo na atividade de docência em comparação com o gênero masculino.

2.1. Material 

A investigação iniciou com observação constante de certos comportamentos manifestados por professores do Magistério primário e focaliza um estudo de caso descritivo, com selecção minuciosa para leitura e interpretação de diversas bibliografias listadas ao tema com estudo de caso exploratório, num desenvolvimento da abordagem quantitativa comportando a técnica do questionário, elaborado com um conjunto de questões sistematicamente articuladas, que de acordo com Ferreira [20] (2015), a pesquisa quantitativa trabalha com dados coletados diretamente no campo de investigação ou com dados já processados por outras fontes de pesquisa, que buscam quantificar a informação. Na mesma linha de pensamento, Mathias [21] (2016) é de opinião que a pesquisa quantitativa usa questionários estruturados com a maioria das perguntas fechadas, em que os respondentes selecionam entre uma lista de possíveis opções. 

O artigo em causa permitiu-nos efetuar uma análise mais profunda e entendimento das particularidades dos professores sobre a reflexão da escolha vocacional e profissional e seu impacto nas atividades laborais. A pesquisa foi realizada no Magistério Primário de Cabinda, instituição vocacionada para a formação de professores do ensino primário, aplicada num universo populacional de 113 professores e numa amostra participante de 95 professores, tendo passado por um processo de seleção da amostra de 84% que respeita os critérios e proporções da população para representá-la corretamente de forma aleatória simples. Neste processo os investigadores deram a conhecer aos investigados os objetivos da pesquisa, a fiabilidade, e o anonimato das identidades, no mesmo sentido, os investigadores tiveram em conta a disponibilidade dos inquiridos em participar do estudo com o propósito único de levantar informações (opiniões e comportamentos relevantes), com maior credibilidade possível.

2.2.1. Método

Para o alcance dos objetivos, contamos com a seleção do material coletado após várias avaliações das leituras bibliográficas e fundamentalmente com um questionário, contendo perguntas não neutras, que do nosso ponto de vista trata-se de perguntas para medir opiniões, atitudes ou satisfações. 

Para se efetivar a pesquisa foi elaborado um questionário baseado na escala Likerte variando de 1-4, (discordo, pouco de acordo, concordo, plenamente de acordo). Contendo questões pertinentes como: 1- A quanto tempo exerce a profissão, 2- Se atividade docente corresponde a sua opção vocacional e profissional, 3- Se o facto de escolher a sua profissão lhe faz sentir-se seguro e confiante ao exercer a mesma, e a 4-ª questão foi de saber se o facto de ter escolhido a sua profissão ajudou de forma positiva na adaptação da atividade docente.  

Após a coleta dos dados, foram analisados e categorizados de maneira a relacionar as percepções dos autores sobre o tema estudado. Assim sendo, os conteúdos dessa síntese referem-se ao entendimento dos conceitos de escolha vocacional e profissional; adaptação e a satisfação profissional do professor; sucesso do profissional na carreira docente e a confiança em si na atividade docente. De forma a facilitar a análise dos resultados, os mesmos foram tratados com a ferramenta de cálculo utilizada em SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) em que a estatística de confiabilidade, Alfa de Cronbach é de 774. 

3. RESULTADOS

Em função das informações obtidas, iniciamos por observar os resultados representados em análise descritiva do questionário aplicado aos professores da escola de formação de professores do ensino médio (Magistério Primário). A seguir contemplaremos as tabelas e os resumos estatísticos descritivos (média, moda e desvio típico) de todas e cada uma das dimensões e seus respectivos itens. Assim poderemos observar os resultados trabalhados pelo programa estatístico SPSS de frequências, percentagens dos itens e em algumas ocasiões correspondentes gráficos.

Gráfico nº 1 – Tempo que exerce a profissão

Os resultados ilustrados no gráfico, com respeito ao tempo de experiência em exercício do profissional, são relevantes com 52,6% refletem de 5 a 7 anos de experiência, seguido 20% que são os docentes com menos de 4 anos de exercício da atividade docente, com experiência de menos de 4 anos temos 14,7 % e por fim encontramos uma porção menor de 12,6% com mais de 10 anos na profissão.

Tabela nº 2 – Atividade docente corresponde a minha primeira opção de escolha vocacional e profissional.

Gráfico nº 2

Ao verificar os resultados do gráfico, numa primeira instância nos parecem animadores, mas, em seguida, rapidamente percebemos que existe algo mais grave por aí. Vejamos que 58,9% dos professores tiveram a sua atividade profissional como primeira opção, o que é motivante, e um número inesperado de 41,1% surge dos professores que tiveram a escolha da sua profissão como segunda opção.

 Tabela nº 3 – Confiança na atividade que desenvolve.

Os resultados vistos na tabela nº 3 nos surpreendem, pois que uma percentagem cumulativa de 96,8 afirma que sente confiança na atividade que desempenha, portanto, mostra segurança na sua profissão, outra percentagem cumulativa de 15,8 justifica que não sentem confiança na sua atividade docente.

Tabela nº 4
A escolha vocacional da profissão ajuda os professores a adaptar-se facilmente nos seguintes aspetos:

A tabela número 4 nos proporciona dados sobre se a escolha vocacional e profissional individual facilita adaptação no desenvolvimento da tarefa do professor: e como resultado, certificamos que no total de professores investigados, 61,1% dos professores que representam amostra, afirmam estar em pleno acordo, nos ajudando assim a compreender o impacto da escolha vocacional e profissional na adaptação a atividade docente. Seguidamente 38,9% afirmam que estão de acordo.

Gráfico nº 3 – A escolha vocacional e profissional ajuda adaptação no seguinte:

Como podemos observar no gráfico acima, dos 100% dos elementos inquiridos, 61,1%, declara estar plenamente de acordo de que a escolha vocacional e profissional favorece a adaptação do professor e exercício da atividade docente, consequentemente, 38,9% também congrega a mesma opinião, quer dizer que estão de acordo. No mesmo gráfico 77,9% concordam plenamente que a escolha vocacional e profissional facilita a adaptação à instituição onde estão inseridos e ao mesmo tempo 22,1% também estão de acordo que a escolha vocacional e profissional culmina com adaptação à instituição laboral.

4. DISCUSSÃO

Ao analisarmos os primeiros resultados apresentados no gráfico nº 1, nos levam a refletir na ausência de profissionais disponíveis para ajudar na orientação vocacional e profissional, o que certifica a nossa desconfiança quanto as desistências de alguns docentes por falta de vocação e adaptação às atividades, já que a escola existe a mais de 20 anos e o número de professores com mais de 10 anos é muito inferior. Também nos apercebemos que os professores que na sua maioria estão na atividade a 5-7 anos são em boa parte aqueles que por falta de outra opção na sua entrada no ensino superior e consequentemente no emprego, optaram por ser professores, e também neste grupo, existem aqueles que por consequência dos consecutivos despedimentos nas empresas petrolíferas juntaram-se aos professores como profissionais. 

Desta lógica o conceito de carreira docente está atrelado a ideia da sucessão de ciclos da vida profissional, considerando esta como um percurso construído, que se desenvolve seguindo etapas, tempos e contextos diferentes, Tozelto [24] (2017). De acordo com os autores Lima e Lengerte [25] (ap Favotte e Bother 2019), o ciclo de entrada na carreira compreende os professores que atuam até quatro anos no magistério. Tal período é compreendido como uma passagem, quase abrupta, do papel de estudante universitário para o de professor, em que as diferenças entre formação e trabalho são mais intensamente sentidas e que muitas das vezes sem sucesso.

Confirmando de certa forma com os resultados da tabela nº 2 sobre se a atividade docente corresponde a sua primeira opção de escolha vocacional e profissional, o que resulta da inadaptação dos professores na atividade docente e como consequência o abandono escolar de alguns estudantes e professores. O que preocupa a classe é devido as várias inquietações de alguns professores sobre a dificuldade na adaptação da atividade docente. Apesar da situação vivida no país e no resto do mundo, o desemprego e a empregabilidade no sector da educação também faz com que muitos indivíduos, mesmo sem vocação profissional, optem pela profissão de professor como outra opção de vida profissional. O que é por nós compreendido como uma forma de sobrevivência onde o indivíduo com o passar do tempo terá de examinar a si mesmo e ao meio em que se encontra, esgravatando suas próprias aspirações, interesses e, aumentada sua crença de capacidade para a tarefa real por ele escolhida em segundo plano. 

No contexto atual, o indivíduo encara a dualidade de sobrevivência/vocação, na certeza em que é necessário trabalhar para garantir as melhores condições de vida e ao mesmo tempo trabalhar com prazer. Acreditando na reflexão da realidade escrita por Carvalho [26] (2015), as oportunidades de emprego formal decrescem a cada dia, as fronteiras entre as profissões são cada vez mais tênues; um dos grandes desafios é o da inserção no mundo laboral e é inegável que a vocação e a formação profissional podem ter uma influência significativa nessa trajetória. O que compactuando com o Marafelli et all [27] (2017) alguns professores parecem não se identificar imediatamente com a profissão de professor, eles se veem como pedagogos, percebem sua identidade como sendo múltipla, ainda que na grande parte deles diz não queriam ser professor ou, que essa foi a sua segunda opção. 

Estudos realizados por Dias [28] (2015) concluíram que alguns professores que na formação inicial, tinham a convicção de que queriam ser professores, no primeiro ano de exercício profissional foram marcados por sentimentos de receio, nervosismo e ansiedade perante a realidade de assumirem uma turma. Nesta senda, recorremos ao pensamento de Agibo [29] (2016) ao confirmar a necessidade, importância e urgência de serviços de Orientação Profissional e Educação para a Carreira, consolidando a ideia de antecipar a intervenção, numa ótica preventiva, pelo menos, antes do período do vestibular.

A discussão dos dados vistos na tabela nº 3 nos surpreendem, pois que uma percentagem cumulativa de 96,8 afirma que sente confiança na atividade que desempenha, portanto, mostra segurança na sua profissão. Deste modo, e revendo os números anteriores leva-nos a perceber que apesar da escolha não ter sido a primeira, os mesmos envidaram esforços para sentirem-se seguros e confiantes no que fazem. De certa forma a outra percentagem cumulativa de 15,8 justifica que não sentem confiança na sua atividade docente, revelando o seu descontentamento como professores e só estarem ali por falta de outra opção e logo que surgir outra oportunidade abandonam. Numa primeira visão nos parece um número sem significância mas, se prestarmos atenção com certeza que esse é um número representa um grande significado para uma escola que prepara os futuros professores e não só. 

Portanto seguindo o estudo realizado por Fernandez & Amorim [30] (2017), é inegável, que as formas com que o sujeito vai se identificando com a docência perpassa caminhos, muito singulares e isso, sem dúvida, influencia no processo de construção da identidade profissional. A confiança na profissão não passa da auto eficiência que, ao nosso entender é um conjunto de competências, habilidades, atitudes e força de vontade que influenciam no desenvolvimento das atividades do profissional. Na perspetiva de Ambiel & Hernandes [31] (2016), os comportamentos que a autoeficácia influencia, tal qual abordada neste texto, são relativos à exploração de si mesmo e de seu meio ambiente, que são integrantes do conceito de exploração vocacional. Ao mesmo tempo em que se exige muito dos professores, se oferecem poucas recompensas monetárias e pouco reconhecimento social Jacomini & Penna [32] (2016). O que influencia na autoestima sendo essa que pode ser vista como algo que estimula e motiva o profissional. Portanto, é reforçado por Santos [33] (2017) a importância do papel do professor ser entendido como determinante na formação pessoal e profissional dos alunos, uma vez que o professor orienta o aluno na busca de conhecimentos e informações. 

Em volta da escolha vocacional, e refletindo sobre os dados tabela número 5, nos proporciona resultados da questão: se a escolha vocacional e profissional individual facilita adaptação no desenvolvimento da tarefa do professor: e como resultado, certificamos que no total de professores investigados, 61,1% dos professores que representam amostra, afirmam estar em pleno acordo, nos ajudando assim a compreender o impacto da escolha vocacional e profissional na adaptação a atividade docente. Seguidamente 38,9% afirmam que estão de acordo, o que surge agora para reforçar a teoria de que a escolha individual vocacional e profissional representa um impacto na adaptação ao exercício da profissão docente. Considera-se que a compreensão da evolução histórica e dos pressupostos recentes sobre carreira é fundamental tanto para a produção de conhecimento científico consistente por parte dos professores, quanto para adaptação por parte dos profissionais. Referenciando Savickas (ap Fiorini, 2016, pág.10), op. cit., p 6. A adaptabilidade de carreira representa um processo psicossocial que denota a prontidão e os recursos do sujeito para lidar com tarefas atuais e iminentes de desenvolvimento de carreira, transições ocupacionais e traumas pessoais. O que nós destinamos a adaptabilidade como consequência da escolha assertiva vocacional e profissional. 

Portanto, culminando os dados recolhidos e como podemos observar no gráfico 3, dos 100% dos elementos inquiridos, 61,1%, declara estar plenamente de acordo de que a escolha vocacional e profissional favorece adaptação do professor ao curso e exercício da atividade docente, mais uma vez, nos certificamos de que a escolha vocacional da profissão docente é um fator básico a ser refletido para o sucesso na adaptação a atividade exercida. Ser professor implica sentir amor ao próximo, ter vocação para educar e ao mesmo tempo profissionalismo. A educação tem como razão a formação, promovendo o conhecimento constante e a difusão dos valores da sociedade, seja do saber científico e de hábitos, costumes e culturas, formando um cidadão crítico e capaz de intervir na sociedade, Ferreira et all [34] (2018) consequentemente, 77,9% certifica que o fato de o professor escolher a sua própria profissão facilita de que maneira a sua adaptação à instituição, tendo em consideração a vontade de exercer atividade, o que nem sempre condiz com a nossa realidade. 

Conforme nos explana Terrugem at all [35] (2019) a escolha profissional é multifatorial, influenciada por aspectos econômicos, psicológicos, sociais, culturais dentre outros, sendo por vezes a influência exercida pelos amigos e ou familiares a que mais pesa na decisão do indivíduo. Dátilo [36] (2016) escolher a profissão é buscar um sentido e um significado no trabalho que ultrapasse a mera obtenção de sucesso, de prestígio e dinheiro. O que nós fazemos afiançar no pensamento Raimann [37] (2015), o professor, como um profissional, além de dominar conhecimentos e técnicas, deve ser um exemplo moral, ter valores e habilidades emocionais para inspirar colegas e alunos, bem como ser um empreendedor.

5. CONCLUSÕES

Os resultados deste estudo mostraram que o confronto de ideias de vários pensadores, permitiu perceber a evolução do tema em questão, reforçando os conceitos desenvolvidos, fortalecendo a ideia sobre a escolha vocacional e profissional na formação de professores ser fundamental, visto que enfatiza mais uma qualidade que o pedagogo deve ter de formas a facilitar a sua adaptação de atuação na escola e fora da escola, ao considerar que a profissão representa uma das questões importantes na vida dos sujeitos e que os processos de escolha, para integrar vivências da carreira docente deve ser obrigatoriamente de níveis pessoais e contextuais.

Ficamos situados a refletir sobre a escolha vocacional e profissional na atividade docente do Magistério primário é um gesto que irá servir como forma mais consciente, e multideterminada para a eficácia e sucesso da atividade diária do professor. Nesse sentido, avaliar criticamente a profissão, história vocacional e principalmente conhecer as competências individuais, são premissas essenciais que nas intercessões presentes relativas à carreira docente formam conjunturas básicas para adaptação/confiança e o desenvolvimento da execução profissional refletida e assertiva. Comparativamente com a opinião de alguns autores sobre as causas da dificuldade na adaptação da profissão, concordamos com Rocha & Neto [38] (ap Matta at all 2017), onde os fatores psicológicos ou pessoais como: escolha vocacional equivocada do curso e causas socioeconómicas: necessidade de trabalhar desvio de outros cursos, desvalorização da profissão docente e a falta de consciência do papel do professor no contexto, também se fazem presentes.

Observou-se que os professores que tiveram a oportunidade de escolher sua profissão como primeira, têm facilidade motivador em obter informações sobre construção de uma carreira e concomitantemente o controle e o sucesso no processo ensino e aprendizagem. Como referência Aquino [39] (2018) em um ambiente profissional competitivo e exigente, são bem valorizados os profissionais que não perdem o controle em situações mais complicadas e sabem lidar com as emoções. Deste modo, o sucesso escolar, tendo sido atribuído durante décadas a fatores externos à escola, torna-se uma das condicionantes mais relevantes do contexto de trabalho dos professores, os saberes profissionais dos professores que contribuem para melhorar as aprendizagens dos alunos, Felizardo [40] (2019).

Refletindo a escolha vocacional e profissional na atividade docente numa perspectiva do desenvolvimento sustentável nota-se claramente uma dicotomia. Tal realidade, no nosso ponto de vista, fere a qualidade necessária ao trabalho docente que deveria não apenas contribuir na preparação devida dos alunos a agirem corretamente na perspectiva do desenvolvimento sustentável como também a capacitar os próprios professores nesta mesma visão. Quando os professores não se comprometem com a causa educacional por razões da sua escolha vocacional e profissional significa que eles agem de forma superficial e provisória e tornam incapazes de investirem fortemente seus esforços e seu pensamento em modificação da sociedade, pois ficam a maior do seu tempo ansiosos esperando por aparição de novas oportunidades de emprego. Tal pode justificar uma baixa qualidade de ensino, e de aproveitamento dos alunos.   

Refletindo do ponto de vista profissional desde a vocação, o desempenho e os resultados LABORAIS como produto social, pode-se afirmar que a garantia do desenvolvimento sustentável da(s) sociedade(s) somente torna um facto por um lado, desde que  a atuação profissional dos diversos agentes sociais esteja  conectada com a vocação profissional, de modo que estes se comprometam para um contributo, sério, decisivo e sistemático. No campo da educação não é diferente. Se as unidades e os espaços de atuação laboral-educacional estiverem preenchidos por professores sem a vocação requerida, cria-se barreira aos vocacionados que deveriam agir de modo assertivo e produtivo, o que de qualquer forma compromete o desenvolvimento esperado.   Entretanto, esperamos que a presente pesquisa possa ser útil na reflexão sobre o currículo dos cursos de formação dos futuros professores, assim como durante o concurso público para admissão de novos professores, relativamente aos grandes desafios da empregabilidade e vocação no profissionalismo individual. Por outro, o nosso desejo com esse artigo é proporcionar referências que venham futuramente auxiliar outros investigadores interessados sobre a questão da escolha vocacional e sua repercussão no desempenho da atividade docente.

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1Universidade Onze de Novembro – Instituto Superior de Ciências da Educação. Cabinda – Angola; gomesnobre@hotmail.com

2Instituto Superior de Ciências de Educação. Cabinda – Angola; Josefina Pemba Massiala

3Universidade Onze de Novembro – Instituto Superior de Ciências da Educação. Cabinda – Angola; fersorio@gmail.com 

4Universidade Onze de Novembro – Instituto Superior de Ciências da Educação. Cabinda – Angola; vitatomas26@gmail.com