REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202504070851
Valmiro Araujo dos Santos1
RESUMO – A Psicopedagogia surgiu para auxiliar na compreensão e intervenção sobre problemas de aprendizagem, essenciais para o desenvolvimento integral do aluno. Ela atua no ambiente escolar e clínico, identificando causas e criando estratégias que atendam às diversas necessidades dos estudantes. Com foco no desenvolvimento cognitivo, psicomotor e emocional, o psicopedagogo contribui de forma preventiva e terapêutica, promovendo uma escuta empática e orientando o corpo docente para intervenções mais eficazes. A escuta psicopedagógica permite uma relação mais acolhedora e inclusiva, apoiando o sucesso escolar e fortalecendo a autoestima dos alunos. Diante do exposto os objetivos são identificar sinais de dificuldades e perturbações no processo de aprendizagem dos alunos; implementar ações preventivas que visem minimizar ou evitar futuras dificuldades de aprendizagem; inserir-se ativamente na dinâmica da comunidade educativa, promovendo uma colaboração integrada; e trabalhar em parceria com os professores, oferecendo assessoramento e suporte especializado para aprimorar o processo educacional. A metodologia utilizada foi uma revisão bibliográfica de cunho qualitativa. O texto explora o papel do psicopedagogo no ambiente escolar e os desafios enfrentados para implementar intervenções eficazes em parceria com o trabalho docente. São discutidas as intervenções da psicopedagogia na escola, destacando sua importância na minimização das dificuldades de aprendizagem e evidenciando a efetividade da prática psicopedagógica. Também aborda a escuta psicopedagógica e sua relevância na construção de uma relação positiva e acolhedora com os alunos. Nas considerações finais, são apresentados os principais insights obtidos, reforçando a importância do psicopedagogo na promoção de um ambiente de aprendizagem mais inclusivo.
Palavras-Chaves: Psicopedagogo. Psicopedagogia. Escuta Psicopedagógica.
INTRODUÇÃO
A Psicopedagogia é uma área que surgiu a partir da necessidade de os profissionais da educação compreenderem e lidarem com os problemas de aprendizagem, dada sua importância no desenvolvimento integral do aluno. Esses problemas, muitas vezes, afetam não apenas o desempenho acadêmico, mas também o desenvolvimento cognitivo, psicomotor e emocional dos estudantes. Segundo Fenichel (2014), o trabalho psicopedagógico é fundamental para identificar as causas dessas dificuldades e intervir de forma adequada, promovendo uma aprendizagem mais acessível e inclusiva.
Esse campo de estudo dedica-se a entender o comportamento humano e o processo de aprendizagem, com atenção especial às crianças em fase escolar inicial, quando questões de desenvolvimento são particularmente influentes. A Psicopedagogia atua tanto na esfera clínica, com atendimentos individualizados, quanto na institucional, em ambientes escolares, onde sua função é ajudar a criar estratégias que possibilitem ao professor atender, de maneira mais eficiente, às diversas necessidades dos alunos. Veiga (2014) reforça que a atuação psicopedagógica na escola é essencial, pois abrange intervenções focadas no desenvolvimento cognitivo e psicomotor das crianças.
O papel do psicopedagogo na escola é, assim, multifacetado. Além de atuar na identificação e tratamento das dificuldades de aprendizagem, ele também contribui de maneira preventiva, identificando fatores internos e externos que possam interferir no aprendizado, como o ambiente escolar, metodologias de ensino e o estado emocional dos alunos. Através de uma escuta atenta e empática, o psicopedagogo tem condições de perceber questões emocionais e contextuais que impactam a relação do aluno com o aprender, oferecendo ao corpo docente orientações para uma intervenção mais eficaz (CAMPAGNOLO; MARQUEZAN, 2019).
Ao promover um ambiente de escuta psicopedagógica, as escolas conseguem desenvolver uma relação mais próxima e compreensiva com os alunos, o que é crucial para que eles se sintam seguros e acolhidos. Esse espaço de escuta possibilita que os alunos compartilhem suas dificuldades e inseguranças, e, a partir disso, o psicopedagogo pode auxiliar na elaboração de estratégias pedagógicas que considerem o desenvolvimento integral, respeitando as particularidades de cada um. Assim, a Psicopedagogia contribui não apenas para o sucesso escolar, mas também para a construção de uma autoestima positiva nos alunos (SANTOS, 2023).
A importância da escuta psicopedagógica reside, portanto, na sua capacidade de promover uma educação mais inclusiva e individualizada, que valoriza a diversidade dos estilos e ritmos de aprendizagem. Essa abordagem ajuda a reduzir o estigma em torno das dificuldades acadêmicas, incentivando uma percepção mais positiva e acolhedora sobre as diferenças entre os alunos. Como resultado, o ambiente escolar torna-se mais propício ao desenvolvimento de todos, possibilitando que cada aluno atinja seu potencial máximo (ANDRADA et al., 2018).
Assim, ao garantir uma escuta qualificada e atenta, a Psicopedagogia cumpre seu papel de facilitar a relação entre ensino e aprendizagem, abordando tanto aspectos cognitivos quanto socioemocionais que influenciam o processo educativo. Dessa forma, o trabalho psicopedagógico não só enriquece a prática docente, mas também transforma a vivência escolar em um espaço de crescimento e acolhimento, essencial para o desenvolvimento integral dos alunos (SILVA; PITOMBO, 2020).
Diante do exposto os objetivos são identificar sinais de dificuldades e perturbações no processo de aprendizagem dos alunos; implementar ações preventivas que visem minimizar ou evitar futuras dificuldades de aprendizagem; inserir-se ativamente na dinâmica da comunidade educativa, promovendo uma colaboração integrada; e trabalhar em parceria com os professores, oferecendo assessoramento e suporte especializado para aprimorar o processo educacional.
A justificativa para este estudo se fundamenta na importância de uma atuação psicopedagógica eficaz na escola, especialmente por meio da escuta atenta e acolhedora dos alunos. Problemas de aprendizagem são, muitas vezes, influenciados por fatores emocionais, familiares e contextuais que nem sempre são perceptíveis em sala de aula. Compreender e identificar essas dificuldades requer um olhar especializado e preventivo, capaz de propor intervenções que atendam de forma individualizada às necessidades de cada aluno. A Psicopedagogia, ao atuar nesse contexto, não apenas contribui para o desenvolvimento cognitivo, mas também para a promoção de um ambiente escolar mais inclusivo e acessível.
Além disso, o papel colaborativo do psicopedagogo junto aos professores e à comunidade escolar favorece uma abordagem integral do processo educativo. Ao apoiar os professores, o psicopedagogo facilita a criação de estratégias pedagógicas ajustadas ao ritmo e estilo de aprendizagem de cada aluno, promovendo uma educação mais equitativa. A presença de um profissional psicopedagógico, assim, contribui para o fortalecimento de práticas que buscam minimizar as desigualdades e os obstáculos no aprendizado, justificando a relevância de uma escuta psicopedagógica contínua e comprometida dentro do ambiente escolar.
O texto explora o papel do psicopedagogo no ambiente escolar e os desafios enfrentados para implementar intervenções eficazes em parceria com o trabalho docente. São discutidas as intervenções da psicopedagogia na escola, destacando sua importância na minimização das dificuldades de aprendizagem e evidenciando a efetividade da prática psicopedagógica. Também aborda a escuta psicopedagógica e sua relevância na construção de uma relação positiva e acolhedora com os alunos. Nas considerações finais, são apresentados os principais insights obtidos, reforçando a importância do psicopedagogo na promoção de um ambiente de aprendizagem mais inclusivo.
A ATUAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA COM OS ALUNOS
O psicopedagogo exerce um papel essencial na identificação e resolução de problemas de aprendizagem, operando em colaboração com outros profissionais em contextos institucionais e clínicos. Seu papel é aliviar o professor da responsabilidade exclusiva por lidar com dificuldades que, muitas vezes, exigem abordagens especializadas. Conforme destacado por Serafini et al. (2011), o psicopedagogo traz para o ambiente educacional uma perspectiva diferenciada, que considera as complexidades e singularidades do processo de aprender, atuando de forma integrada para proporcionar um apoio mais profundo e efetivo ao aluno.
A prática psicopedagógica, inserida em equipes multidisciplinares, integra psicólogos, terapeutas e outros especialistas que, juntos, desenvolvem estratégias voltadas para as múltiplas dimensões do aprendizado. A abordagem psicopedagógica reconhece que o processo de aprendizagem vai além da assimilação de conteúdos; ele envolve fatores emocionais, sociais e cognitivos que se interligam e requerem um olhar holístico. Trabalhar em equipe permite que cada especialista ofereça seu conhecimento específico, criando um suporte mais robusto e ajustado às necessidades do aluno, o que é importante para a superação de barreiras no aprendizado (PONTES, 2010).
Para Serafini et al. (2011), a aprendizagem é um processo complexo, que engloba tanto as conexões do indivíduo com o ambiente quanto às interações sociais e afetivas. A aprendizagem não é apenas cognitiva; é um fenômeno integral que envolve desejo, subjetividade e o contexto socioafetivo no qual o indivíduo está inserido. Essa visão ampliada da aprendizagem permite que o psicopedagogo identifique não só as lacunas cognitivas, mas também as influências emocionais e ambientais que impactam o processo de aquisição de conhecimento. A compreensão dessas conexões é fundamental para intervenções mais precisas e efetivas.
A atuação do psicopedagogo, portanto, é direcionada a oferecer um atendimento personalizado que atenda às necessidades específicas dos alunos. Essa personalização permite que os alunos encontrem estratégias de aprendizagem adaptadas ao seu perfil, auxiliando-os na superação de dificuldades e no desenvolvimento de competências para lidar com conteúdos complexos. Além disso, o apoio psicopedagógico promove benefícios adicionais, como a melhora da integração social, o aumento da autoestima e o fortalecimento das habilidades interpessoais, aspectos fundamentais para um desenvolvimento global (CAMPAGNOLO; MARQUEZAN, 2019).
Com a contribuição do psicopedagogo, o ambiente escolar se torna mais inclusivo e sensível às diferenças individuais, possibilitando que cada aluno seja compreendido em sua singularidade. Essa abordagem favorece a criação de um espaço educativo que valoriza e respeita os diversos ritmos e estilos de aprendizagem, permitindo que todos os alunos possam desenvolver seu potencial máximo. Em um contexto que valoriza a diversidade, o trabalho do psicopedagogo é fundamental para construir uma educação que não apenas ensina, mas também transforma e acolhe (BITTENCOURT et al., 2019).
Segundo Portilho (2003), a Psicopedagogia dedica-se ao estudo da aprendizagem humana, considerando a complexidade integral do ser humano, que é ao mesmo tempo social, emocional e cognitivo. A aprendizagem ocorre de forma integrada, exigindo que o indivíduo harmonize pensamentos, sentimentos e ações dentro de um ambiente que é objetivo e subjetivo, individual e coletivo. O processo envolve também o equilíbrio entre experiências e conhecimentos, identidade e transformação, ignorância e sabedoria. Nessa perspectiva, a Psicopedagogia valoriza a singularidade do sujeito, levando em conta seu contexto social e as relações que o cercam.
Reconhecendo o sujeito como um ser que se desenvolve em um ambiente em constante transformação, a Psicopedagogia entende a necessidade da presença do psicopedagogo como um mediador essencial no desenvolvimento educacional dos alunos. Especialmente no ensino da leitura, essa intervenção permite aplicar ações fundamentadas em diferentes abordagens teóricas, como o behaviorismo, para ajudar a superar as dificuldades específicas de cada aluno (NASCIMENTO, 2013).
Dessa forma, a Psicopedagogia atua em várias dimensões — social, pessoal e emocional — validando e compreendendo tanto os aspectos internos quanto externos do processo de aprendizagem. No entanto, o êxito dessa intervenção não depende apenas do psicopedagogo; envolve também a participação ativa de outros agentes, especialmente do próprio aluno, que é o núcleo do processo educacional. A atuação psicopedagógica deve ser preventiva e terapêutica, focando-se nas dificuldades do aluno para contribuir com seu desenvolvimento educacional e nas atividades escolares que ele realiza. Além disso, o psicopedagogo deve considerar o ambiente familiar e a comunidade como elementos relevantes para o processo (BOSSA, 2007).
Bossa (2007) ressalta que grande parte do trabalho psicopedagógico ocorre em instituições escolares, que desempenham um papel central na produção e difusão do conhecimento, promovendo o desenvolvimento da sociedade em diferentes contextos socioeconômicos. A Psicopedagogia, portanto, destaca-se por sua intencionalidade educativa, em que o psicopedagogo atua na construção do conhecimento sobre o sujeito e sua interação com a própria instituição, respeitando os valores, a filosofia e a ideologia desse ambiente.
Assim, a Psicopedagogia visa não só à superação das dificuldades de aprendizagem, mas também à construção de um espaço de reflexão e transformação, onde o aluno possa desenvolver sua autonomia e potencial. Ao contribuir para o desenvolvimento integral do aluno e para o fortalecimento de uma educação inclusiva e humanizadora, a Psicopedagogia reforça o papel da escola como um local de crescimento e construção de saberes, promovendo a integração entre os aspectos emocionais, cognitivos e sociais (SANTOS, 2023).
A atuação do psicopedagogo é imprescindível na promoção do desenvolvimento de estudantes que apresentam obstáculos na aprendizagem, no entanto, é necessário destacar que a escola e seus recursos desempenham um papel crucial nesse contexto, contribuindo para o avanço dos alunos que a frequentam. Assim,
o papel do psicopedagogo escolar é muito importante, e pode e deve ser considerado do lado da instituição, que desempenha uma importante função social: socializar o conhecimento existente, promover o desenvolvimento cognitivo, ou seja, por meio da educação, o sujeito está inserido mais organizado no mundo cultural e simbólico, que inclui a sociedade (NASCIMENTO. 2013, p. 6).
Pois, os primeiros sinais de dificuldades de aprendizagem geralmente são detectados no ambiente escolar. Nesse sentido, o trabalho do psicopedagogo é de extrema importância, pois ele atua como mediador entre o aluno e o professor, buscando soluções para esses problemas. Além disso, ele questiona as práticas de ensino e os métodos utilizados pelos docentes para auxiliar no desenvolvimento do aluno.
De acordo com Gasparian (2011), a psicopedagogia pode ser aplicada em diversas áreas de atuação dentro do ambiente escolar, tais como elaboração de planos de aula, elaboração do Projeto Político Pedagógico (PPP), realização de avaliações e reuniões com pais de alunos, com o objetivo de promover a educação de qualidade. Dessa forma, o presente tópico de discussão tem como objetivo analisar as implicações da atuação do psicopedagogo em escolas públicas de educação básica no Brasil, ampliando a abrangência da pesquisa para abarcar os processos reflexivos diante de diferentes contextos de ensino e aprendizagem em diversos níveis.
Por fim, é importante compreender que a atuação da psicopedagogia no contexto educacional envolve múltiplos domínios, incluindo o social, o pessoal e o emocional, com enfoque nas dificuldades do aluno e uma abordagem preventiva e terapêutica. A escola e seus recursos são fundamentais para o desenvolvimento do aluno e a psicopedagogia pode contribuir em diversos aspectos, como planos de aula, PPP, avaliações e reuniões com pais. É necessário destacar a importância da atuação do psicopedagogo nas escolas, visando à promoção de uma educação de qualidade.
A PSICOPEDAGOGIA E AS INTERVENÇÕES ESCOLARES
A psicopedagogia é uma área de atuação que busca compreender e intervir nos processos de aprendizagem, identificando as dificuldades e promovendo estratégias para superá-las. Segundo Santos (2017), o trabalho do psicopedagogo é essencial para compreender as razões que impedem o aprendizado, permitindo uma intervenção eficaz. Nesse sentido, é fundamental compreender as diferentes dimensões do trabalho do psicopedagogo e a importância da escola como um ambiente de promoção do conhecimento.
A intervenção do psicopedagogo nas dificuldades de aprendizagem no contexto educacional é fundamental. É importante salientar que existem diversos fatores que podem influenciar no processo de ensino-aprendizagem dos alunos, e para compreendê-los, é necessária uma interação com o estudante, que pode ser realizada tanto pelo professor quanto pelo psicopedagogo. A Psicopedagogia busca investigar e entender como ocorre a aprendizagem e as principais dificuldades encontradas nesse processo. De acordo com Portela e Silva (2019), o psicopedagogo utiliza técnicas de intervenção para tratar os problemas de aprendizagem identificados.
Desse modo, observa-se que a presença de um psicopedagogo nas esferas educacionais será fundamental para auxiliar os docentes no processo de aprendizagem. Esses profissionais possuem técnicas próprias de identificar as principais dificuldades de aprendizagem que seus pacientes possuem.
O Psicopedagogo Institucional é o profissional que está preparado para auxiliar os educadores e alunos […] contribuindo para a compreensão de problemas na sala de aula, permitindo ao professor ver alternativas de ação e ver técnicas que pudessem intervir, bem como participar com diagnóstico dos distúrbios de aprendizagem e realizar a atendimento a pequenos grupos de alunos (CASTRO; CHAGAS, 2020, p.85).
Além disso, é importante destacar que muitos professores podem não conseguir identificar todas as dificuldades enfrentadas pelos alunos. Segundo Castro e Chagas (2020), alguns educadores podem não possuir o conhecimento necessário para realizar intervenções pedagógicas, enquanto outros podem não conseguir atender individualmente todos os estudantes. É nesse momento que o psicopedagogo entra em cena, oferecendo suporte ao processo de aprendizagem. Esse profissional tem como função garantir a assistência aos educadores e outros profissionais da escola, e está preparado para realizar atendimentos pedagógicos com os alunos. Dessa forma, o psicopedagogo pode contribuir para a compreensão de problemas na sala de aula, permitindo que o professor enxergue alternativas de ação e identifique como outras técnicas podem intervir (CASTRO; CHAGAS, 2020).
De acordo com as afirmações de Castro e Chagas (2020), uma das atribuições do psicopedagogo é identificar as dificuldades de aprendizagem que os estudantes enfrentam. É comum que esses profissionais elaborem relatórios detalhados sobre as dificuldades encontradas, que podem ser compartilhados com outros especialistas, como psicólogos e fonoaudiólogos, a fim de realizar avaliações complementares que contribuam para o desenvolvimento da aprendizagem.
Assunção e Araújo (2020) destacam que os psicopedagogos contam com diversas estratégias de intervenção para ajudar os alunos em suas dificuldades de aprendizagem, tais como jogos lúdicos, entrevistas, trabalho em equipe multidisciplinar, grupos terapêuticos, técnicas de recolocação de informação diagnóstica, estratégias terapêuticas, entre outras. Essas estratégias permitem ao profissional realizar uma avaliação completa e eficaz do quadro do aluno.
Novamente se recorre a Assunção e Araújo (2020) que afirmam que, apesar das diversas estratégias utilizadas pelo psicopedagogo para compreender a forma como a criança adquire conhecimento, é fundamental que esse profissional mantenha contato com todos os envolvidos no processo de aprendizagem do aluno. Essa abordagem possibilita identificar se as dificuldades de aprendizagem estão relacionadas a fatores externos ou internos.
Sendo assim, entende-se que a Psicopedagogia, de acordo com Santos (2017, p.04-05), está focada:
[…] no próprio ato de aprender e ensinar, percebendo que é necessário considerar simultaneamente aspectos da realidade interna e da realidade externa da aprendizagem, visando compreender as dimensões sociais, subjetivas, afetivas e cognitivas que interagem dialeticamente na constituição do sujeito que se movimentam na complexidade inerente ao processo do conhecer.
Assim, Santos (2017) destaca que a intervenção do psicopedagogo se torna crucial para compreender as dificuldades de aprendizagem vivenciadas pelos alunos nas escolas. A autora ressalta que muitas famílias não costumam buscar ajuda especializada para investigar a fundo as dificuldades de seus filhos, o que pode prejudicar o processo de aprendizagem e o desenvolvimento dos mesmos. Por isso, a atuação do psicopedagogo pode ser determinante para identificar e solucionar esses problemas.
Para Santos (2016), o psicopedagogo desempenha um papel crucial no processo de ensino-aprendizagem, e a avaliação psicopedagógica é uma etapa fundamental para uma intervenção eficiente. Por meio da coleta de informações e testes, o profissional pode compreender o funcionamento cognitivo do aluno e identificar suas dificuldades. Com base nesses resultados, os educadores podem elaborar atividades mais adequadas às necessidades dos alunos em questão.
Segundo Felipe (2013), existem diversas categorias de dificuldades de aprendizagem, como dislexia, disgrafia, disortografia, dislalia, discalculia e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Quando esses problemas são identificados de forma precoce, o trabalho em conjunto entre professores e psicopedagogos pode ser realizado para amenizar as dificuldades encontradas pelos alunos.
Portanto, é essencial que as famílias busquem a ajuda desses profissionais o mais rápido possível para compreender o processo de aprendizagem de seus filhos. É crucial entender a relevância do diagnóstico do psicopedagogo e as estratégias que ele utiliza para intervir. De acordo com Santos (2017), o objetivo principal do diagnóstico do psicopedagogo é identificar as barreiras que o paciente enfrenta para adquirir o conhecimento, bem como as causas que impedem o processo de aprendizagem.
De acordo com Santos (2017, p.08), o diagnóstico deste profissional contém características afetivas e cognitivas.
[…] na visão clínica, os aspectos afetivos retratam uma relação entre o aprendente e o Psicopedagogo, que poderá ser uma relação amigável ou não, em que o sujeito projeta de forma inconsciente suas emoções para a relação entre pessoa em atendimento e Psicopedagogo.
Essa relação afetiva será essencial para o psicopedagogo começar a realizar a sua intervenção, orientando seu aprendente a solucionar suas dificuldades de aprendizagem. Santos (2017, p.08) menciona que esses diagnósticos serão uma “investigação daquilo que não vai bem com o sujeito, em relação a uma conduta esperada, portanto é esclarecer uma queixa da família, escola ou do próprio sujeito. Assim trazendo suas expectativas em relação ao conhecimento”.
Pode-se perceber que cabe ao psicopedagogo orientar o aluno a encontrar soluções para superar suas dificuldades de aprendizagem no ambiente escolar. Segundo Smith e Strick (2001), o diagnóstico psicopedagógico não apenas identifica as dificuldades, mas também indica se houve oportunidades de aprendizagem que foram perdidas.
Assim, é crucial que o psicopedagogo utilize técnicas e instrumentos específicos para avaliar o desempenho escolar de seu paciente, a fim de identificar possíveis falhas no processo de ensino e aprendizagem. Segundo Smith e Strick (2001), a análise dessas informações permitirá ao psicopedagogo verificar se o aluno apresenta dificuldades em áreas específicas do conhecimento, como leitura, escrita ou matemática, por exemplo. Isso possibilitará a adoção de estratégias mais eficazes para auxiliar o aluno a superar suas dificuldades.
Conforme destaca Algeri (2014), é comum que crianças encaminhadas ao psicopedagogo apresentem queixas relacionadas a dificuldades de aprendizagem e sintomas associados. Para investigar essas queixas, o psicopedagogo segue uma série de etapas, conforme apontado por Bossa (2000), com o objetivo de compreender as dificuldades enfrentadas pelo aluno.
Cruz (2013) salienta que o diagnóstico psicopedagógico envolve a utilização de uma variedade de recursos e instrumentos. Dentre os principais recursos utilizados pelos profissionais da área, destacam-se a anamnese, as sessões lúdicas, as provas operatórias e o teste de desempenho escolar (TDE). Essas ferramentas são essenciais para que o psicopedagogo possa identificar as dificuldades de aprendizagem enfrentadas pelas crianças e desenvolver intervenções adequadas para auxiliá-las.
Por fim, deve-se compreender que o psicopedagogo é um profissional importante na escola, pois ele tem como objetivo auxiliar os alunos a superarem as dificuldades de aprendizagem e garantir um melhor desempenho escolar. Através de diversas ferramentas, como a anamnese, sessões lúdicas e testes, o psicopedagogo é capaz de realizar um diagnóstico eficiente para identificar os problemas de aprendizagem que as crianças enfrentam. Com esse diagnóstico, os professores podem elaborar atividades específicas e adaptadas para cada aluno, garantindo um ensino mais inclusivo e efetivo. Além disso, o psicopedagogo também trabalha com as famílias, orientando-as sobre como auxiliar o desenvolvimento educacional de seus filhos.
A ESCUTA PSICOPEDAGÓGICA E A RELAÇÃO COM OS ALUNOS
A escuta psicopedagógica desempenha um papel essencial na construção de uma relação positiva e produtiva entre psicopedagogos e alunos. Esse processo de escuta vai além da simples compreensão das palavras; ele envolve entender o contexto emocional, social e cognitivo dos estudantes, permitindo que o psicopedagogo se aprofunde nas dificuldades de aprendizagem e nos desafios que eles enfrentam. A escuta ativa, nesse caso, é uma ferramenta valiosa para captar sinais não-verbais, como o tom de voz e a linguagem corporal, que muitas vezes revelam informações sobre o estado emocional do aluno e suas necessidades educacionais específicas (SANCHES, 2023).
Na relação psicopedagógica, a escuta ativa facilita a criação de um ambiente seguro e acolhedor, onde o aluno se sente valorizado e compreendido. Quando um aluno percebe que o psicopedagogo está genuinamente interessado em ouvir suas dificuldades e opiniões, ele tende a se abrir mais, compartilhando aspectos de sua vida que podem estar afetando seu desempenho acadêmico. Esse vínculo de confiança é crucial, pois a segurança emocional é um dos pilares do processo de aprendizagem, e a escuta psicopedagógica é a ponte que conecta o aluno a esse suporte afetivo e educativo (TRIVELLATO; CARVALHO; VECTORE, 2013).
O papel da escuta psicopedagógica vai além de identificar problemas; ele visa promover o autoconhecimento e a autoestima dos alunos. Por meio de conversas cuidadosas, o psicopedagogo ajuda o aluno a entender seus próprios processos de pensamento e a desenvolver uma maior consciência de suas habilidades e dificuldades. Esse processo de autorreflexão, apoiado pela escuta qualificada, permite que o aluno se sinta mais confiante para enfrentar os desafios acadêmicos e pessoais, fortalecendo seu desenvolvimento integral (SANCHES, 2023).
Outro aspecto importante da escuta psicopedagógica é sua função preventiva. Ao observar e escutar atentamente os alunos, o psicopedagogo pode identificar sinais precoces de dificuldades que, se não tratados, podem comprometer o progresso escolar. Problemas como a falta de concentração, a baixa autoestima ou dificuldades em interagir com os colegas podem ser percebidos pela escuta sensível e, a partir disso, o psicopedagogo pode propor intervenções adequadas. Assim, a escuta não só apoia o aluno na resolução de problemas atuais, mas também atua na prevenção de futuras barreiras ao aprendizado (SANTOS, 2023).
Além disso, a escuta psicopedagógica favorece o fortalecimento dos laços entre o aluno e o ambiente escolar. Muitas vezes, os estudantes que enfrentam dificuldades de aprendizagem se sentem marginalizados ou inadequados dentro da sala de aula, o que pode levar ao desinteresse e à evasão escolar. Quando o psicopedagogo se mostra presente e disposto a ouvi-los, esse vínculo é fortalecido, e o aluno passa a ver a escola como um local de acolhimento e apoio, o que aumenta seu engajamento com o processo educativo (CAMPAGNOLO; MARQUEZAN, 2019).
A escuta também é essencial para uma abordagem individualizada do aprendizado. Cada aluno possui um ritmo, um estilo e uma forma de compreender o mundo que lhe são próprios, e a escuta permite ao psicopedagogo captar essas particularidades. A partir desse entendimento, o psicopedagogo pode adaptar suas estratégias de intervenção, considerando as necessidades e os potenciais específicos de cada estudante. Esse tipo de personalização no atendimento torna o processo educacional mais inclusivo e eficaz, promovendo um ambiente de aprendizado em que todos têm a oportunidade de se desenvolver (ANDRADA et al., 2018).
Outro fator relevante é que a escuta psicopedagógica auxilia na mediação de conflitos, tanto internos quanto externos. Ao ouvir o aluno com empatia, o psicopedagogo pode ajudá-lo a expressar seus sentimentos de forma construtiva, promovendo o autocontrole e a resolução de conflitos interpessoais. Essa habilidade é especialmente valiosa em um contexto escolar, onde a convivência com outros alunos pode gerar tensões e mal-entendidos. Por meio de um diálogo atento, o psicopedagogo contribui para que o aluno desenvolva habilidades de comunicação e relacionamento, fundamentais para a vida em sociedade (SILVA; PITOMBO, 2020).
A prática da escuta psicopedagógica requer sensibilidade para lidar com temas delicados, como questões familiares, dificuldades emocionais e traumas. Em muitos casos, o psicopedagogo é a única pessoa no ambiente escolar com quem o aluno se sente à vontade para compartilhar suas vivências. Essa abertura, quando conduzida com ética e cuidado, permite que o psicopedagogo compreenda as raízes de certos comportamentos e desenvolvam intervenções que respeitem a história de vida do aluno e promovam seu bem-estar emocional (PONTES, 2010).
No contexto educacional, a escuta psicopedagógica também é uma ferramenta de inclusão. Alunos que apresentam necessidades especiais ou que pertencem a minorias culturais e sociais muitas vezes enfrentam barreiras que dificultam seu pleno desenvolvimento acadêmico. A escuta permite que o psicopedagogo identifique essas barreiras e trabalhe em parceria com professores e familiares para garantir que o aluno receba o apoio necessário. Dessa forma, a escuta não apenas favorece o aprendizado, mas também promove a equidade e a inclusão dentro do ambiente escolar (CAMPAGNOLO; MARQUEZAN, 2019).
Assim, a escuta psicopedagógica reforça o papel do psicopedagogo como um mediador no processo educativo. Em uma época em que os alunos enfrentam pressões e desafios cada vez maiores, a presença de um profissional que saiba ouvir e orientar faz toda a diferença. A escuta permite que o psicopedagogo compreenda os anseios e as dificuldades dos alunos, oferecendo-lhes um suporte que vai além do conteúdo escolar. Dessa forma, a escuta psicopedagógica se torna uma prática transformadora, que contribui para a formação de indivíduos mais seguros, conscientes e preparados para os desafios da vida (POTTKER; LEONARDO, 2014).
A escuta psicopedagógica também desempenha um papel crucial na identificação de fatores externos que podem impactar o desempenho escolar do aluno. Problemas familiares, dificuldades financeiras, questões de saúde ou até mesmo dinâmicas sociais na escola são exemplos de elementos que afetam o bem-estar e a capacidade de concentração dos estudantes. Por meio da escuta sensível e atenta, o psicopedagogo consegue entender esses aspectos e, quando necessário, trabalhar em parceria com outros profissionais ou até com a família para proporcionar ao aluno um ambiente de apoio. Essa intervenção multidisciplinar é essencial para o desenvolvimento integral do aluno, pois considera todos os fatores que influenciam sua aprendizagem e adaptação social (SANCHES, 2023).
Além disso, a escuta psicopedagógica auxilia na construção de uma abordagem mais reflexiva e crítica por parte dos alunos. Ao serem ouvidos e incentivados a expressar suas opiniões, percepções e dúvidas, os estudantes aprendem a se posicionar e a refletir sobre suas próprias experiências de forma construtiva. O psicopedagogo, então, se torna um facilitador do pensamento crítico, promovendo a autonomia do aluno no processo de aprendizagem. Essa postura reflexiva é um recurso que ele levará para a vida toda, ajudando-o a enfrentar diferentes situações e a tomar decisões com mais segurança e consciência (SANTOS, 2023).
A escuta psicopedagógica também beneficia a própria prática do psicopedagogo, pois permite a ele aprender continuamente sobre as especificidades de cada aluno e ajustar suas abordagens conforme necessário. A cada interação, o psicopedagogo pode refletir sobre as melhores maneiras de apoiar cada aluno, adaptando estratégias e métodos para alcançar resultados mais eficazes. Essa capacidade de adaptação e aprimoramento constante torna o psicopedagogo um profissional mais capacitado para lidar com as diversas demandas do ambiente escolar, tornando sua prática mais humana e alinhada às necessidades dos alunos (SILVA; PITOMBO, 2020).
Por fim, a escuta psicopedagógica estabelece um ambiente de respeito mútuo entre o aluno e o psicopedagogo. Esse respeito é essencial para que o aluno sinta que é valorizado e que suas perspectivas sejam levadas em consideração. Quando o aluno percebe que é tratado com empatia e dignidade, ele tende a desenvolver uma relação de reciprocidade com o psicopedagogo, passando a confiar no processo de intervenção e a colaborar mais ativamente. Esse ambiente de respeito e confiança é o que permite que a escuta psicopedagógica atinja seu máximo potencial, criando um espaço onde o aluno possa crescer e superar desafios de forma integral e significativa (POTTKER; LEONARDO, 2014).
METODOLOGIA
A metodologia deste estudo baseou-se em uma pesquisa bibliográfica de caráter qualitativo, com o objetivo de realizar uma busca sistemática de informações pertinentes ao tema em plataformas acadêmicas. Foram selecionados textos que abordam o tema da escuta psicopedagógica, analisados em seus contextos histórico e atual, com o intuito de evitar interpretações anacrônicas. A pesquisa bibliográfica, utilizada como principal método investigativo, consiste na coleta e análise de referências teóricas previamente publicadas em fontes escritas e digitais, como livros, artigos científicos e repositórios, para entender as contribuições e o estado atual das discussões sobre o assunto (FLICK, 2013; MINAYO, 2001; 2012).
A abordagem qualitativa escolhida permitiu explorar as complexidades e nuances da escuta psicopedagógica sem se limitar à padronização de conceitos ou replicação de resultados. Diferente da pesquisa quantitativa, essa abordagem busca compreender o contexto subjetivo e as particularidades dos indivíduos envolvidos, considerando aspectos como suas histórias, desafios e perspectivas. A pesquisa qualitativa, assim, valoriza os significados, crenças, valores e atitudes dos sujeitos pesquisados, explorando aspectos profundos das relações e dos fenômenos, além de ir além da simples mensuração de variáveis (MINAYO, 2001; 2012).
Para compor o referencial teórico, foram utilizados descritores específicos, como “Psicopedagogia”, “atuação psicopedagógica”, “psicopedagogo” e “escuta psicopedagógica”, permitindo uma busca aprofundada em plataformas especializadas, principalmente na base de dados SciELO. O uso desses descritores possibilitou a identificação e análise de materiais relevantes para o entendimento da importância e dos impactos da escuta psicopedagógica na relação com o aluno, atendendo aos objetivos do estudo.
Essa seleção criteriosa de textos e o uso de descritores específicos foram fundamentais para construir uma compreensão sólida e detalhada do tema. A pesquisa bibliográfica contribuiu para identificar as principais perspectivas e práticas relatadas na literatura, que embasam a atuação psicopedagógica no ambiente educacional e destacam a relevância da escuta ativa para a promoção do desenvolvimento integral dos alunos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A escuta psicopedagógica se destaca como uma ferramenta essencial na construção de uma relação sólida e empática entre o psicopedagogo e o aluno, permitindo que esse profissional desempenhe um papel preventivo e de apoio dentro do ambiente escolar. No contexto das escolas, o psicopedagogo colabora com outros educadores para diagnosticar e abordar questões comportamentais e emocionais, promovendo um ambiente de acolhimento e cuidado que valoriza a individualidade dos alunos e suas necessidades de aprendizagem.
A presença do psicopedagogo é fundamental para fortalecer o processo de ensino e aprendizagem, além de contribuir para a saúde mental dos alunos. A escuta psicopedagógica possibilita identificar dificuldades e questões emocionais que podem influenciar o desempenho acadêmico e o bem-estar dos estudantes. Com essa abordagem, o psicopedagogo oferece suporte tanto aos alunos quanto aos educadores, facilitando o desenvolvimento de práticas pedagógicas mais inclusivas e sensíveis às dificuldades que emergem no cotidiano escolar.
Ao atuar como uma ponte entre as necessidades emocionais dos alunos e as práticas educativas, o psicopedagogo viabiliza uma interação mais compreensiva e eficaz entre todos os envolvidos no processo de aprendizagem. Dessa forma, a escuta psicopedagógica auxilia na identificação de fatores internos e externos que impactam o desenvolvimento do aluno, permitindo que os educadores ajustem suas abordagens de ensino para apoiar melhor cada estudante. Essa atuação colaborativa amplia as possibilidades de sucesso educacional e promove uma educação que valoriza a saúde mental e emocional dos indivíduos.
A análise deste estudo confirma a importância da escuta psicopedagógica para o desenvolvimento pleno dos alunos e para o fortalecimento da comunidade escolar como um todo. A presença desse profissional nas escolas representa um suporte essencial, não apenas para resolver dificuldades já estabelecidas, mas para prevenir o surgimento de novos desafios que possam interferir na trajetória acadêmica e pessoal dos alunos.
Dessa forma, este trabalho reafirma a relevância do psicopedagogo e sua prática de escuta no ambiente escolar, evidenciando que esse profissional é indispensável para um sistema educacional mais acolhedor e efetivo. É recomendável que novos estudos continuem investigando a efetividade do psicopedagogo nas escolas, aprofundando a compreensão sobre a importância da escuta psicopedagógica e seu impacto na vida escolar e no desenvolvimento global dos alunos.
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1Bacharel em Teologia pela Universidade Católica do Salvador, Ba. Licenciado em Filosofia pela UNICV – Centro Universitário Cidade Verde, PR. Segunda Licenciatura em Pedagogia pela Faculdade UNIFAHE. Especializações em: Aconselhamento e Psicologia Pastoral pelo Centro Universitário Faveni; Gestão de Pessoas e Liderança pelo Centro Universitário Faveni; Graduado em Psicopedagogia Institucional pela FACUMINAS – Faculdade de Minas; e Graduando em Educação e Família pela Faculdade Mar Atlântico. E-mail: valmirodialogo@gmail.com