AVALIAÇÃO FORMATIVA VS. AVALIAÇÃO SOMATIVA: REPENSANDO O PROCESSO AVALIATIVO E SEU IMPACTO NO APRENDIZADO DOS ALUNOS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202504061944


José Carlos Guimarães Junior1; Pablo Rodrigo de Oliveira Silva2; Hilke Carlayle de Medeiros Costa3; Jadilson Marinho da Silva4; Girlandio Pedro Dantas5; Jacks Rodrigues Ferreira Filho6; Valdirene Maria Mendes Bitencourt7; Rinaldo Solano Lopes8


Resumo

A avaliação é um dos componentes essenciais no processo de ensino-aprendizagem, tendo sido estudada por diversos autores ao longo dos anos. Comumente dividida entre avaliação formativa e somativa, essa prática possui implicações profundas sobre o desenvolvimento cognitivo e o engajamento dos estudantes. A avaliação formativa se caracteriza por seu caráter contínuo, oferecendo feedback imediato e permitindo ajustes pedagógicos. Por outro lado, a avaliação somativa é implementada geralmente ao final de uma etapa de ensino, com foco em medir o aprendizado em um único momento, o que oferece uma visão ampla, mas frequentemente limitada do desempenho do aluno. Autores como Bloom (1968) e Black & Wiliam (1998) discutem os benefícios da avaliação formativa, destacando sua capacidade de promover a autorregulação e a reflexão crítica dos alunos. Em contraste, Scriven (1967) e Popham (1987) argumentam que a avaliação somativa, embora possa gerar estresse, é necessária para um diagnóstico eficaz de resultados educacionais e certificação dos conhecimentos adquiridos. Este artigo propõe uma revisão conceitual sobre o tema, analisando as contribuições de diferentes autores para o entendimento das duas abordagens e promovendo uma discussão comparativa entre eles. Conclui-se que ambas as metodologias possuem vantagens e limitações, dependendo do contexto e dos objetivos educacionais. Portanto, integrar os aspectos formativos e somativos no processo de ensino pode potencializar os resultados do aprendizado e criar uma prática avaliativa mais inclusiva e eficaz.

Palavras-chave: Avaliação Formativa; Avaliação Somativa; Processo Avaliativo; Aprendizado.

Abstract

Assessment is one of the essential components in the teaching-learning process and has been studied by various authors over the years. Commonly divided into formative and summative assessment, this practice has profound implications for cognitive development and student engagement. Formative assessment is characterized by its continuous nature, providing immediate feedback and allowing pedagogical adjustments. In contrast, summative assessment is typically implemented at the end of a teaching phase, focusing on measuring learning at a single moment, which offers a broad but often limited view of student performance. Authors like Bloom (1968) and Black & Wiliam (1998) discuss the benefits of formative assessment, highlighting its ability to promote self-regulation and critical reflection in students. In contrast, Scriven (1967) and Popham (1987) argue that summative assessment, while potentially stressful, is necessary for effective diagnostic of educational outcomes and certification of acquired knowledge. This article proposes a conceptual review on the topic, analyzing the contributions of different authors to the understanding of both approaches and promoting a comparative discussion between them. It concludes that both methodologies have advantages and limitations, depending on the educational context and objectives. Therefore, integrating formative and summative aspects into the teaching process can enhance learning outcomes and create a more inclusive and effective assessment practice.

Keywords: Formative Assessment; Summative Assessment; Assessment Process; Learning.

1. Introdução

A avaliação educacional é uma prática fundamental para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem e, consequentemente, para a qualidade da educação oferecida. Em seu sentido mais amplo, a avaliação visa medir o desempenho dos alunos, identificar avanços e dificuldades, e orientar a prática pedagógica, proporcionando dados e evidências para aprimorar tanto o ensino quanto o aprendizado.

Dentro desse contexto, a avaliação é dividida em dois tipos principais: formativa e somativa. Ambos têm papéis específicos e complementares, sendo amplamente discutidos e aplicados nas escolas e instituições de ensino ao redor do mundo.

A avaliação formativa é caracterizada por ser contínua, ocorrendo ao longo de uma disciplina ou curso. Ela proporciona feedback frequente e imediato tanto para os alunos quanto para os professores, permitindo ajustes pedagógicos em tempo real. Essa abordagem visa promover uma aprendizagem ativa e participativa, em que o aluno é envolvido diretamente no processo de avaliação de seu próprio progresso.

Segundo Bloom (1968), um dos principais teóricos da avaliação formativa, essa prática permite que os alunos desenvolvam habilidades de autorreflexão e autorregulação, habilidades essas essenciais para uma aprendizagem eficaz. Black e Wiliam (1998) também destacam a importância da avaliação formativa para a motivação e o engajamento dos estudantes, argumentando que o feedback constante promove uma melhoria contínua e uma compreensão mais profunda dos conteúdos.

Por outro lado, a avaliação somativa é realizada ao final de um período de ensino, como um curso ou semestre, e tem como principal objetivo medir e certificar o conhecimento adquirido em um momento específico.

Scriven (1967) e Popham (1987) apontam que a avaliação somativa é fundamental para determinar o nível de competência dos alunos e garantir uma medida de desempenho comparável, permitindo uma certificação formal dos conhecimentos e habilidades adquiridos.

No entanto, críticos dessa abordagem argumentam que ela pode gerar pressão e ansiedade nos alunos, uma vez que, em muitos casos, os resultados obtidos são determinantes para a conclusão de uma etapa educacional.

Dado o papel central da avaliação na educação, é fundamental refletir sobre a aplicação adequada e equilibrada de ambas as metodologias. As abordagens formativas e somativa possuem vantagens e limitações e, por isso, o uso combinado dessas práticas pode oferecer uma perspectiva mais holística e eficaz para o desenvolvimento dos alunos.

Este artigo, portanto, propõe uma análise das contribuições de diversos autores sobre o tema e uma discussão sobre como a combinação das abordagens formativa e somativa pode fortalecer o processo avaliativo e o aprendizado.

2. Revisão Conceitual

Bloom (1968), influente pesquisador e educador, teve um papel fundamental na conceituação e desenvolvimento da avaliação educacional por meio de sua famosa “Taxonomia de Bloom”. Essa classificação dos objetivos educacionais organiza o aprendizado em níveis hierárquicos, que vão desde habilidades cognitivas básicas, como o simples conhecimento e a compreensão, até competências mais complexas, como a análise, síntese e avaliação crítica.

A Taxonomia de Bloom impactou profundamente a educação e a avaliação formativa, fornecendo uma estrutura que orienta educadores a promover e avaliar o desenvolvimento cognitivo dos estudantes de forma progressiva.

O estudioso acreditava que o aprendizado deveria ser encarado como um processo contínuo, e, nessa perspectiva, a avaliação formativa desempenha um papel essencial. Em vez de se limitar a medir o desempenho dos estudantes de forma isolada ou pontual, a avaliação formativa, segundo esse teórico, oferece um feedback constante e imediato. Esse retorno contínuo permite que os alunos ajustem seus métodos e processos de estudo ao longo do tempo, favorecendo um aprendizado adaptativo e incremental.

Para esse educador, a aplicação de uma avaliação que integre feedback frequente pode aumentar significativamente o desempenho dos estudantes, pois promove a autorregulação e uma compreensão mais profunda dos conteúdos abordados. Ele ressaltava que o objetivo da educação não é apenas a aquisição de conhecimentos, mas o desenvolvimento de habilidades críticas e de resolução de problemas.

Outro ponto destacado pelo especialista é que o feedback proporcionado pela avaliação formativa não beneficia apenas o aluno, mas também o professor. Com ele, o docente pode identificar as dificuldades específicas de cada estudante e adaptar as estratégias de ensino de acordo com as necessidades individuais, promovendo, assim, uma educação mais inclusiva e eficaz.

Essa interação constante entre avaliação e ensino cria um ciclo de aprendizado aprimorado, em que os alunos têm a oportunidade de corrigir erros e aprofundar suas habilidades ao longo do processo educacional.

Esse escritor defendia que a avaliação educacional deveria servir como uma ferramenta para a construção do conhecimento, auxiliando os alunos a ajustarem seus processos de aprendizado e a evoluir em direção a habilidades cognitivas mais avançadas. Ele também apontava que essa prática ajuda a preparar os estudantes para desafios futuros, uma vez que desenvolve habilidades de autorreflexão e de análise crítica.

Ao estruturar a avaliação como um processo contínuo, o teórico promove uma abordagem de ensino que vai além da simples transmissão de conteúdos, concentrando-se no desenvolvimento integral do estudante. Dessa forma, a Taxonomia de Bloom permanece uma referência significativa para educadores que buscam implementar uma avaliação formativa que transcenda a mera medição do aprendizado, incentivando um ensino que realmente contribua para o crescimento intelectual dos alunos e o seu engajamento com o conhecimento.

Paul Black e Dylan Wiliam (1998), renomados pesquisadores na área de educação, são amplamente reconhecidos por sua obra Inside the Black Box, na qual discutem a importância da avaliação formativa como um meio de melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem. Esses estudiosos argumentam que a avaliação formativa desempenha um papel crucial ao fornecer feedback imediato, o que permite aos alunos corrigirem suas trajetórias de aprendizado e aprimorarem sua compreensão dos conteúdos.

Esses especialistas defendem que a avaliação formativa não apenas ajuda a identificar lacunas de conhecimento, mas também promove um ambiente de aprendizado mais responsivo, onde o ensino se adapta continuamente às necessidades dos alunos. A obra de Black e Wiliam enfatiza que o feedback imediato e constante possibilita que os alunos tenham uma participação ativa em seu próprio processo de aprendizagem. Ao receberem retornos frequentes, eles são capazes de ajustar seus métodos e abordagens, desenvolvendo uma compreensão mais aprofundada e uma autossuficiência acadêmica.

O trabalho dos educadores é fundamentado na ideia de que o feedback não deve se limitar a apontar erros, mas sim encorajar o estudante a refletir criticamente sobre seu desempenho e a identificar formas de melhorar. Esse retorno constante e construtivo também permite que os professores façam ajustes em suas práticas pedagógicas de maneira a atender melhor as necessidades específicas de cada aluno.

Para esses teóricos, a interação entre aluno e professor, mediada pela avaliação formativa, contribui para um ensino mais inclusivo e eficaz.

Black e Wiliam argumentam que a avaliação formativa, ao permitir essa troca contínua, cria um ambiente em que os alunos se sentem mais confiantes para arriscar e aprender com os erros, desenvolvendo assim habilidades de autorregulação e perseverança.

Esses escritores também destacam que a avaliação formativa tem potencial para reduzir as disparidades de desempenho, uma vez que permite a personalização do aprendizado, promovendo a equidade dentro da sala de aula.

Dessa forma, o trabalho dos autores permanece uma referência central para educadores que buscam implementar práticas de avaliação formativa que vão além da simples mensuração de resultados. Ao enfatizar a importância do feedback imediato e construtivo, eles inspiram uma abordagem educacional que incentiva o crescimento contínuo dos alunos e o desenvolvimento de habilidades críticas para o aprendizado ao longo da vida.

Scriven (1967), destacado teórico e pioneiro no campo da avaliação educacional, é amplamente reconhecido por seu trabalho que estabelece a distinção fundamental entre avaliação formativa e somativa. Esse pesquisador propôs que esses dois tipos de avaliação desempenham papéis complementares, mas distintos, no processo de ensino-aprendizagem: enquanto a avaliação formativa está voltada para apoiar o desenvolvimento contínuo do aluno, a avaliação somativa tem como objetivo medir o desempenho ao final de um ciclo de aprendizagem.

Scriven argumentava que a avaliação formativa é essencial para o processo educacional porque permite que professores e alunos acompanhem o progresso durante o aprendizado, possibilitando ajustes e intervenções pedagógicas ao longo do caminho. Essa abordagem, para o educador, fomenta uma prática educacional mais flexível, na qual o foco está na melhoria contínua e na construção gradual do conhecimento. A avaliação formativa, segundo esse teórico, possibilita que os alunos compreendam melhor seus pontos fortes e fracos, promovendo um aprendizado mais profundo e engajado.

Em contraste, Scriven via a avaliação somativa como um método de avaliação que ocorre ao final de um período de ensino ou ao término de um conteúdo específico. Essa modalidade, segundo o pesquisador, serve para medir de forma abrangente o nível de aprendizado alcançado pelo aluno, com o intuito de verificar se ele atingiu os objetivos propostos.

Embora a avaliação somativa tenha um caráter mais finalizador, Scriven ressaltava que ela desempenha um papel essencial no processo educacional, pois fornece uma medida clara e objetiva dos resultados alcançados e oferece informações valiosas para o aperfeiçoamento das práticas pedagógicas.

Para esse especialista, a combinação dos dois tipos de avaliação é o que realmente contribui para um ensino mais eficaz. A avaliação formativa permite intervenções pedagógicas estratégicas, enquanto a somativa proporciona uma visão global e conclusiva sobre o aprendizado. Scriven argumentava que, ao utilizá-las de maneira equilibrada, os educadores conseguem uma compreensão mais completa do progresso dos alunos e promovem uma prática educacional que valoriza tanto o desenvolvimento contínuo quanto a verificação de resultados concretos.

O trabalho de Scriven permanece uma referência essencial para educadores e pesquisadores que buscam entender e implementar práticas avaliativas eficazes. Ao estabelecer essa distinção e destacar a importância de ambas as abordagens, ele contribuiu significativamente para a construção de um modelo de avaliação.

Popham (1987), é um especialista em avaliação educacional, é amplamente reconhecido por suas contribuições significativas à área, especialmente no que tange à elaboração de testes e à importância de uma avaliação justa e precisa do progresso dos alunos. Popham dedicou grande parte de sua carreira ao estudo de como as avaliações podem ser usadas de forma mais eficaz para medir o aprendizado dos alunos e orientar a prática pedagógica.

Ele acreditava que as avaliações, especialmente os testes, devem ser construídas de maneira que reflitam fielmente os objetivos educacionais e o conteúdo ensinado em sala de aula, para que possam servir de ferramenta confiável na medição do progresso dos estudantes.

O pesquisador enfatizava que uma avaliação justa não é apenas aquela que mede com precisão o que os alunos sabem, mas também aquela que leva em consideração os diferentes estilos de aprendizado e as diversas formas de expressão dos alunos.

Segundo Popham, uma avaliação bem estruturada deve ser capaz de identificar as áreas de dificuldade de cada aluno, fornecendo dados específicos que ajudem os educadores a ajustarem suas estratégias de ensino de maneira mais eficaz. Para ele, a avaliação não deveria ser vista como um fim em si mesma, mas como um meio para melhorar o aprendizado dos alunos, permitindo uma adaptação contínua das práticas pedagógicas.

Ainda também aborda a importância da avaliação formativa no contexto da avaliação educacional, reconhecendo que o feedback imediato e contínuo tem um papel fundamental no progresso dos alunos. Ele defendeu que, além de medir o conhecimento adquirido, a avaliação deve ser um processo dinâmico que apoie o desenvolvimento contínuo das habilidades dos estudantes, possibilitando que ajustem suas abordagens de aprendizagem conforme necessário.

Nesse sentido, ele argumentou que os educadores devem ser capacitados para construir avaliações que ofereçam esse tipo de retorno contínuo, ao invés de se limitarem a avaliações finais que apenas medem o desempenho em um dado momento.

O escritor também discutiu amplamente as limitações das avaliações, especialmente no que se refere ao uso de testes padronizados, alertando para o risco de esses instrumentos se tornarem uma forma de medir o valor educacional de forma unilateral, desconsiderando as nuances do processo de aprendizagem, e assim defende que a utilização de uma avaliação holística, que leve em conta tanto o progresso quanto o desempenho final do aluno, é crucial para garantir que a avaliação seja justa e eficaz.

Ao longo de sua carreira, foi uma figura central na discussão sobre as práticas avaliativas, defendendo a necessidade de uma avaliação educacional que não apenas mensure o desempenho dos alunos, mas que também apoie e fomente seu desenvolvimento contínuo.

Sua abordagem equilibrada e focada na justiça da avaliação educacional continua a ser uma referência importante para educadores que buscam implementar práticas avaliativas mais eficazes e inclusivas.

Shepard (2000) é uma pesquisadora de destaque na área de avaliação educacional, com uma carreira focada em investigar a validade e o impacto das práticas avaliativas no ensino e no aprendizado. Shepard é amplamente reconhecida por suas contribuições ao estudo de como as avaliações podem ser estruturadas para apoiar o desenvolvimento cognitivo dos alunos, destacando a importância de se criar ferramentas avaliativas que promovam um aprendizado significativo e evitem efeitos negativos decorrentes de avaliações mal aplicadas.

Em seus estudos, alerta para os riscos de usar avaliações que não sejam adequadas ao contexto de ensino ou que não reflitam com precisão os objetivos educacionais, apresentando que avaliações mal projetadas podem ter efeitos prejudiciais, como distorcer o processo de ensino, incentivar práticas de ensino superficiais ou gerar ansiedade nos alunos, o que pode comprometer o verdadeiro aprendizado.

Para a pesquisadora, é fundamental que as avaliações sejam criadas com o objetivo de apoiar o crescimento intelectual dos alunos, fornecendo informações valiosas para os educadores, que, por sua vez, podem usar esses dados para adaptar suas práticas pedagógicas.

Shepard também se destaca por sua crítica à utilização de testes padronizados como principal método de avaliação, especialmente quando usados para fins de classificação ou comparação.

Ela defende que as avaliações devem ser mais flexíveis e adaptadas às necessidades de aprendizagem de cada aluno, permitindo uma compreensão mais completa de seu desenvolvimento, e ainda destaca a importância de uma avaliação contínua e formativa, que não apenas forneça feedback imediato, mas que também ofereça oportunidades para os alunos refletirem sobre seu próprio aprendizado e ajustarem suas abordagens.

Além disso, enfatiza a validade das avaliações, afirmando que elas devem ser baseadas em evidências e refletir de maneira justa o progresso e as competências dos alunos, pois acredita que uma avaliação eficaz deve ser contextualizada, levando em consideração as diferentes formas de aprendizagem e as várias abordagens pedagógicas.

Wiggins (1998), coautor do influente livro Understanding by Design, é conhecido por suas contribuições significativas sobre como a avaliação pode ser planejada de maneira estratégica para promover a compreensão profunda dos conteúdos. Em sua obra, Wiggins discute a importância de desenhar avaliações desde o início do processo educacional, de forma que elas se alinhem com os objetivos de aprendizagem e apoiem o desenvolvimento cognitivo dos alunos.

Para ele, a avaliação deve ser vista como uma ferramenta que facilita a compreensão e não apenas como uma forma de medir o desempenho, e assim argumenta que a avaliação formativa, quando aplicada corretamente, tem um papel crucial no desenvolvimento das habilidades de pensamento crítico dos alunos. Ele defende que, ao invés de focar apenas em resultados, as avaliações devem ser projetadas para ajudar os estudantes a refletirem sobre seu processo de aprendizagem e a desenvolverem a capacidade de transferir o conhecimento adquirido para novas situações e contextos.

Para esse autor, a avaliação formativa não deve ser apenas uma oportunidade de feedback, mas um meio de fomentar a compreensão profunda e a aplicação do aprendizado de maneira significativa.

Além disso, evidencia a importância de construir avaliações que incentivem os alunos a pensarem de maneira independente, desafiando-os a usar o que aprenderam para resolver problemas complexos. Ele vê a avaliação como um processo contínuo de desenvolvimento, que deve acontecer ao longo de todo o ciclo de aprendizagem, em vez de ser apenas uma verificação final do conhecimento adquirido.

Essa abordagem visa promover não apenas o conhecimento factual, mas também a capacidade de aplicar esse conhecimento de maneira crítica e criativa em novas situações.

Stiggins (2001) é amplamente reconhecido por suas contribuições à área de avaliação educacional, com foco em avaliação formativa e motivação dos alunos, onde discute que a forma como as avaliações são planejadas e aplicadas no cotidiano da sala de aula tem um impacto significativo na autoestima e na motivação dos estudantes.

Em suas pesquisas, ele defende que avaliações bem estruturadas e orientadas para o feedback contínuo podem incentivar os alunos a se envolverem mais ativamente no processo de aprendizagem, promovendo um ambiente de aprendizagem mais positivo e eficaz.

O pesquisador destaca que as avaliações devem ser realizadas de maneira a engajar os alunos, oferecendo-lhes uma compreensão clara de seus pontos fortes e áreas de melhoria. Stiggins enfatiza que, ao receber feedback constante, os estudantes não só compreendem melhor seu progresso, mas também ganham confiança em sua capacidade de aprender e superar desafios.

Ele sugere que uma avaliação formativa bem conduzida pode ser uma ferramenta poderosa para aumentar a autoestima dos alunos, pois ela permite que eles vejam o progresso contínuo ao invés de se concentrarem apenas em um resultado, como em avaliações somativas; onde ainda discorre que a motivação dos alunos está intimamente ligada à forma como eles percebem a utilidade e o propósito das avaliações.

Quando as avaliações são vistas como uma oportunidade de aprender e melhorar, em vez de uma simples medida de desempenho, os alunos tendem a se sentir mais motivados e dispostos a investir no processo de aprendizagem.

Para Stiggins, o papel do educador é fundamental, pois ele deve criar um ambiente onde a avaliação seja usada como uma ferramenta para apoiar o crescimento acadêmico e pessoal dos alunos, ao invés de uma fonte de ansiedade ou desânimo.

Marzano (2006) é um renomado pesquisador e autor de diversas obras sobre práticas eficazes em sala de aula, sendo amplamente reconhecido por suas contribuições no campo da avaliação educacional, defendendo o uso de avaliações formativas como uma ferramenta essencial para guiar o processo de ensino e aprendizagem.

Em seus estudos, ele argumenta que, ao invés de avaliar os alunos apenas ao final de um ciclo de aprendizagem, é fundamental realizar avaliações contínuas ao longo do processo, de modo a fornecer informações valiosas tanto para os educadores quanto para os alunos.

Para Marzano, a avaliação formativa desempenha um papel crucial no ensino adaptativo, permitindo que os educadores ajustem suas práticas pedagógicas conforme as necessidades e o progresso dos alunos, pois acredita que, por meio de avaliações regulares e bem estruturadas, os professores podem identificar rapidamente as dificuldades enfrentadas pelos estudantes e, assim, tomar decisões mais informadas sobre como apoiar melhor o aprendizado. Esse tipo de avaliação permite intervenções imediatas, criando oportunidades para que os alunos superem obstáculos antes que estes se tornem grandes problemas.

Marzano também destaca que a avaliação contínua não só ajuda os educadores a entenderem as necessidades dos alunos, mas também proporciona aos próprios alunos a oportunidade de refletir sobre seu progresso, onde ele vê a avaliação como um meio de empoderar os alunos, oferecendo-lhes feedback constante sobre seu desempenho, o que facilita o desenvolvimento de uma aprendizagem mais autônoma e responsável.

Quando bem aplicada, a avaliação formativa pode estimular a motivação dos estudantes, pois ela os envolve ativamente no processo de aprendizagem, mostrando-lhes que seu esforço contínuo é valorizado e que há espaço para melhorar.

Tomlinson (2001), especialista em ensino diferenciado, tem se destacado por suas contribuições sobre como as avaliações devem ser personalizadas para atender às diversas necessidades dos estudantes.

Sua abordagem, ela enfatiza a importância da avaliação formativa como um instrumento que pode e deve ser ajustado de acordo com as características individuais dos alunos, discorrendo que, para garantir um aprendizado eficaz, é essencial que os educadores considerem os diferentes ritmos e estilos de aprendizagem de cada aluno, promovendo um ambiente de avaliação que favoreça a inclusão e o desenvolvimento de todos.

A pesquisadora defende que o feedback contínuo é crucial nesse contexto, pois permite que os alunos compreendam onde estão em seu processo de aprendizagem e identifiquem áreas em que precisam de mais apoio, e ainda observa que, ao adaptar a avaliação formativa para atender às particularidades de cada aluno, o professor pode fornecer uma orientação mais precisa e direcionada, facilitando o progresso acadêmico em diferentes ritmos e estilos de aprendizagem.

Além disso, destaca que, quando o feedback é oferecido de forma contínua e personalizada, os alunos se sentem mais motivados a melhorar e a superar suas dificuldades, uma vez que recebem um suporte constante ao longo de sua trajetória educacional.

Em sua visão, a avaliação formativa não deve ser um processo homogêneo, mas sim um reflexo das necessidades individuais dos alunos, acreditando que, ao realizar ajustes pedagógicos com base nas respostas dos alunos às avaliações, os educadores podem criar um ambiente de aprendizagem mais eficaz e inclusivo.

Hattie (2009) é amplamente reconhecido por sua obra Visible Learning, uma das mais influentes no campo da educação, na qual ele realiza uma síntese de diversas pesquisas educacionais baseadas em meta-análises.

A partir de suas investigações, Hattie destaca a importância do feedback no processo de aprendizagem, concluindo que ele é uma das estratégias mais eficazes para promover melhorias significativas no desempenho dos alunos.

Em sua análise, ele defende que o feedback formativo, quando bem aplicado, tem um impacto profundo no desenvolvimento acadêmico, pois permite aos estudantes perceberem suas falhas e acertos, e ajustarem seu processo de aprendizagem de acordo com essas informações.

O pesquisador enfatiza que o feedback não deve ser apenas uma avaliação dos resultados, mas uma ferramenta contínua para promover a autorreflexão e o aprimoramento das habilidades dos alunos; onde considera essencial que o feedback seja específico e construtivo, de forma que ajude os estudantes a entenderem o que estão fazendo bem e onde precisam melhorar.

Além disso, ele aponta que o feedback formativo deve ser oportuno, dado em tempo hábil para que os alunos possam utilizá-lo para ajustar suas estratégias de aprendizagem antes que se consolidem conceitos errados ou lacunas no conhecimento, e assim, sugere que o impacto do feedback é mais forte quando ele é integrado ao processo de ensino, permitindo que o aluno faça ajustes contínuos em seu aprendizado, de acordo com as orientações fornecidas.

Ele destaca que, para que o feedback seja eficaz, ele precisa ser uma prática constante e não apenas algo aplicado em momentos específicos de avaliação; dessa forma a avaliação formativa e o feedback são vistos como componentes centrais para criar um ambiente de aprendizagem mais eficaz, onde os alunos têm a oportunidade de melhorar continuamente suas competências.

3. Análise Crítica

3.1. Bloom, B. S. (1956).

Esse autor é amplamente reconhecido por sua “Taxonomia de Bloom”, que divide os objetivos educacionais em níveis hierárquicos, desde o conhecimento básico até habilidades cognitivas mais avançadas. Embora a taxonomia seja uma ferramenta fundamental no campo educacional, algumas críticas podem ser feitas à sua rigidez e aplicabilidade atualmente.

A divisão hierárquica entre os diferentes níveis de habilidades pode simplificar excessivamente a complexidade do aprendizado. Hoje, sabemos que o aprendizado não segue uma trajetória linear ou estática. Ele é muitas vezes interdependente, multifacetado e pode não ser facilmente segmentado em categorias rígidas. Além disso, a taxonomia se concentra muito nas habilidades cognitivas, deixando de lado aspectos emocionais e sociais do aprendizado, que são igualmente cruciais. A ênfase excessiva no feedback formativo como ferramenta para o desenvolvimento do aluno também pode ser questionada, pois nem todos os alunos reagem igualmente ao feedback constante. Muitos ainda lutam com a pressão constante de precisar melhorar, o que pode criar uma carga emocional indesejada.

3.2 Paul Black e Dylan Wiliam (1998)

Black e Wiliam são conhecidos por sua obra “Inside the Black Box”, que enfatiza a importância da avaliação formativa no processo de ensino. Embora seu trabalho seja aclamado, uma crítica central é a falta de foco em como as escolas e os professores podem enfrentar as limitações estruturais e de recursos ao implementar essas práticas de avaliação contínua.

O feedback constante exige uma enorme dedicação e tempo dos professores, algo que pode ser problemático em contextos educacionais com salas de aula superlotadas ou com falta de suporte pedagógico. Além disso, a ênfase na avaliação formativa pode desviar a atenção da avaliação somativa, que também é essencial para certificar-se de que os alunos atingiram as metas educacionais estabelecidas.

Sua pesquisa também não aborda suficientemente como equilibrar o uso do feedback formativo com o uso de outras formas de avaliação mais estruturadas e normativas, que muitas vezes são necessárias em sistemas educacionais formais.

3.3 Michael Scriven (1967)

Scriven fez uma contribuição significativa ao estabelecer uma distinção clara entre avaliação formativa e somativa. A crítica mais comum ao trabalho de Scriven está em sua visão de que a avaliação somativa deve ser realizada apenas ao final de um ciclo de ensino.

Essa abordagem desconsidera o potencial da avaliação somativa ao longo do processo, como uma ferramenta para monitorar o progresso e identificar áreas que ainda necessitam de atenção, mesmo no meio do ciclo de aprendizagem.

Outra limitação está no fato de que, ao fazer uma separação muito rígida entre as duas modalidades de avaliação, Scriven pode não reconhecer o valor da integração de ambas as abordagens, algo que muitas escolas já buscam implementar em práticas pedagógicas mais contemporâneas. A separação pode levar a uma visão simplificada e rígida do processo de avaliação.

3.4 W. James Popham (1987)

W. James Popham é conhecido por suas contribuições à avaliação educacional, especialmente no que diz respeito à criação de testes padronizados. Embora seus estudos sobre a construção de avaliações precisas e justas sejam importantes, Popham pode ser criticado por não explorar de forma aprofundada os problemas inerentes aos testes padronizados, como a possibilidade de que tais avaliações não reflitam as reais capacidades cognitivas dos alunos ou sua diversidade de habilidades e conhecimentos.

Sua defesa da construção de avaliações que se alinhem diretamente com os objetivos educacionais pode ser um pouco excessiva, pois em muitos contextos educacionais, as expectativas para o que os alunos devem aprender variam significativamente, tornando difícil o desenvolvimento de um teste único que seja válido para todos.

Além disso, seu foco em avaliações justas e precisas pode ser utópico, dada a ampla diversidade de contextos sociais e culturais que influenciam o processo de aprendizagem.

3.5 Lorrie A. Shepard (2000)

Lorrie A. Shepard é amplamente reconhecida por suas críticas ao uso de testes padronizados e pela ênfase na necessidade de avaliações mais flexíveis e adaptadas às necessidades de aprendizagem dos alunos. Sua crítica aos testes padronizados é válida, mas a autora, em seu trabalho, nem sempre apresenta soluções concretas e viáveis para substituir esses modelos amplamente utilizados.

Seu foco em avaliações formativas e em uma abordagem de feedback contínuo pode ser difícil de implementar em escolas com poucos recursos, especialmente quando o número de alunos é elevado. Além disso, a ênfase na avaliação reflexiva e na autorregulação do aluno pode ser excessivamente idealista em contextos em que os alunos enfrentam dificuldades socioeconômicas ou estruturais, que podem tornar o feedback contínuo menos eficaz.

3.6 Grant Wiggins (1998)

Grant Wiggins é amplamente conhecido por suas ideias sobre o design de avaliações educacionais que promovem uma compreensão profunda dos conteúdos. Embora seus pontos sobre a importância de alinhar a avaliação com os objetivos de aprendizagem sejam válidos, a implementação prática de suas ideias nem sempre é viável.

Wiggins defende que as avaliações formativas devem ser projetadas para ajudar os estudantes a refletirem sobre seu processo de aprendizagem, mas isso depende de um grau significativo de autonomia e de habilidades de metacognição que nem todos os alunos possuem ou podem desenvolver facilmente, especialmente aqueles de contextos educacionais desafiadores.

Sua ênfase na avaliação como ferramenta para reflexão pode ser vista como uma sobrecarga cognitiva para estudantes que já estão lutando para dominar conteúdos básicos. Além disso, ao dar tanta importância à avaliação formativa, Wiggins pode negligenciar a necessidade de avaliações somativas para fornecer um panorama claro do que os alunos realmente aprenderam ao final de um ciclo educativo.

3.7 John Hattie (2009)

John Hattie é um dos maiores defensores da avaliação baseada em evidências, sendo famoso por seu trabalho “Visible Learning”, onde analisa o impacto de diferentes práticas pedagógicas na aprendizagem dos alunos. No entanto, uma crítica comum ao trabalho de Hattie é que ele se baseia principalmente em meta-análises de estudos existentes, o que pode resultar em uma visão generalizada, que não leva em consideração as particularidades dos contextos educacionais.

Além disso, sua ênfase na importância do feedback como fator chave para o sucesso dos alunos, embora fundamentada, pode ser vista como excessivamente simplista. Nem todos os alunos respondem da mesma forma ao feedback, e sua implementação pode ser desafiadora em contextos em que a relação professor-aluno é limitada por questões de tempo ou recursos.

Por fim, Hattie tem sido criticado por não abordar com mais profundidade as influências externas (como fatores socioeconômicos) que impactam diretamente o aprendizado e que são muitas vezes incontroláveis no ambiente escolar.

3.8 Richard Stiggins (2002)

Richard Stiggins é conhecido por sua defesa da avaliação formativa, especialmente no que diz respeito à importância de medir o progresso dos alunos durante o processo de aprendizagem, em vez de esperar até o final de um curso. Embora a ideia de avaliação formativa seja amplamente aceita, a implementação dessa prática pode ser difícil em salas de aula com grande número de alunos, onde o tempo e os recursos são limitados.

Além disso, Stiggins enfatiza que as avaliações devem ser usadas para melhorar o aprendizado, mas muitas vezes as escolas enfrentam desafios estruturais, como a pressão por resultados em testes padronizados, o que pode tornar difícil colocar em prática suas sugestões. Ele também poderia expandir sua abordagem para incluir mais estratégias de avaliação somativa, pois, em muitos casos, os testes padronizados ainda são uma medida necessária de aprendizagem, especialmente em sistemas educacionais mais formais.

3.9 Robert Marzano (2007)

Robert Marzano é conhecido por seu trabalho em estratégias de ensino e avaliação, especialmente pelo desenvolvimento de rubricas e estratégias baseadas em dados. Embora suas metodologias sejam amplamente aplicadas em várias escolas, uma crítica a Marzano é que ele subestima a importância das habilidades interpessoais e emocionais no processo de aprendizagem.

Seu foco em práticas baseadas em dados pode negligenciar a complexidade das relações humanas dentro da sala de aula, que são essenciais para um ambiente de aprendizagem saudável e eficaz. Além disso, sua abordagem pode ser excessivamente técnica, o que pode dificultar sua aplicação em contextos em que os professores não têm acesso a tecnologias ou ferramentas adequadas para coleta e análise de dados.

Referências

Bloom, B. S. (1956). Taxonomy of Educational Objectives: The Classification of Educational Goals. Longmans, Green.

Black, P., & Wiliam, D. (1998). Inside the Black Box: Raising Standards Through Classroom Assessment. Phi Delta Kappan, 80(2), 139-148.

Scriven, M. (1967). The Methodology of Evaluation. In R. W. Tyler, R. M. Gagne, & M. Scriven (Eds.), Perspectives of Curriculum Evaluation (pp. 39-83). Rand McNally.

Popham, W. J. (1987). Educational Evaluation: New Roles, New Means. Allyn & Bacon.

Shepard, L. A. (2000). The Role of Assessment in a Learning Culture. Educational Researcher, 29(7), 4-14.

Wiggins, G. (1998). Educative Assessment: Designing Assessments to Inform and Improve Student Performance. Jossey-Bass.

Hattie, J. (2009). Visible Learning: A Synthesis of Over 800 Meta-Analyses Relating to Achievement. Routledge.

Stiggins, R. (2002). Assessment for Learning: An Action Guide for School Leaders. Assessment Training Institute.

Marzano, R. J. (2007). The Art and Science of Teaching: A Comprehensive Framework for Effective Instruction. ASCD.

Stiggins, R. (2008). Assessing Student Learning: A Guide for Teachers. Allyn & Bacon.


1Pós Doutor em Ciências da Educação- Universidad Martin Lutero- EUA
https://orcid.org/0000-0002-8233-2628
profjc65@hotmail.com

2Pós Doutor em Ciências da Reabilitação Universidade Castelo Branco e Centro Universitário São José/ Rio de Janeiro – Brasil
https://orcid.org/0000-0002-6172-3435
pablo_oliveira@ymail.com

3Orcid:https://orcid.org/0009-0006-3976-910X
Universidade do Estado do Amazonas: Manaus, Amazonas, BR
hilkecarlayle.adv@gmail.com

4Doutor em Ciências da Educação
Instituição:Universidad de la Integración de las AméricasEndereço: Asunción-Paraguai
jadilson.marinho@gmail.com
Orcid: https://orcid.org/0000-0001-9416-8549

5Especialista pela Universidade do Estado do Amazonas- UEA.
Orcid: https://orcid.org/0009-0006-4962-9354
girlandiodantas37@gmail.com

6Doutorando em Educação pela Universidade Estácio de Sá.
https://orcid.org/0000-0001-5535-8956
jacksfilho@gmail.com

7Doutora em Ciências da Educação
https://orcid.org/0000-0002-8233-2628
valdirene-indiaroba@hotmail.com

8Diretor de Escola na Seduc do Estado de São Paulo.
https://orcid.org/0009-0000-2303-2978
Mestrado em Educação.
solano35@yahoo.com.br