THE IMPORTANCE OF TEACHING IN NURSING FOR TECHNICAL TRAINING AND CARE OF PATIENTS WITH STOMAIES
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/fa10202504021541
Valciani Fernandes da Silva1,
Andreia Sueli Oliveira Silva2,
Emerson Piantino Dias3,
Sandra Regina Toffolo4
RESUMO
Objetivo: Analisar a importância da docência em enfermagem na formação técnica profissionalizante, destacando os impactos de uma educação qualificada na melhoria dos cuidados prestados aos pacientes com estomias. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada a partir de um levantamento bibliográfico na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando os seguintes Descritores em Ciências da Saúde: “Estomia”, “Cuidados de Enfermagem” e “Técnico em Enfermagem”, no período de 2015 a 2025. Resultados: A pesquisa evidenciou que o aumento das estomias e das complicações associadas, como dermatites periestomais e infecções, exige profissionais capacitados e bem formados. Também demonstrou que a formação técnica robusta e contínua dos profissionais de enfermagem impacta diretamente na redução de complicações e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes estomizados. A docência, aliada a estratégias educativas inovadoras e à educação continuada, mostrou-se essencial para preparar os profissionais, permitindo uma abordagem integral e humanizada. Ademais, os estudos destacaram a relevância da integração entre teoria e prática, o uso de tecnologias educativas e a implementação de protocolos padronizados para qualificar o cuidado e fortalecer a autonomia dos pacientes. Conclusão: Investir na formação docente e na atualização dos técnicos de enfermagem foi imprescindível para aprimorar a assistência aos pacientes com estomias, promovendo segurança, humanização e qualidade de vida.
Palavras-chave: Estomia. Cuidados de Enfermagem. Técnico em Enfermagem.
ABSTRACT
Objective: To analyze the importance of nursing education in professional technical training, highlighting the impacts of qualified education in improving the care provided to patients with ostomies. Methodology: This is an integrative literature review, carried out based on a bibliographic survey in the Virtual Health Library (VHL), using the following Health Sciences Descriptors: “Ostomy”, “Nursing Care” and “Nursing Technician”, from 2015 to 2025. Results: The research showed that the increase in ostomies and associated complications, such as peristomal dermatitis and infections, requires qualified and well-trained professionals. It also demonstrated that robust and continuous technical training of nursing professionals directly impacts the reduction of complications and the improvement of the quality of life of ostomized patients. Teaching, combined with innovative educational strategies and continuing education, proved to be essential to prepare professionals, allowing for a comprehensive and humanized approach. Furthermore, the studies highlighted the relevance of integrating theory and practice, the use of educational technologies, and the implementation of standardized protocols to qualify care and strengthen patient autonomy. Conclusion: Investing in teacher training and updating nursing technicians was essential to improve care for patients with ostomies, promoting safety, humanization, and quality of life.
Keywords: Ostomy. Nursing Care. Nursing Technician.
1 INTRODUÇÃO
A estomia ou ostomia, consiste em um procedimento cirúrgico que cria uma abertura artificial no corpo, permitindo uma comunicação entre o sistema interno e o meio externo para a eliminação de fezes ou urina (Foà et al., 2019). Essa intervenção frequentemente será indicada em pacientes acometidos por doenças graves, como câncer colorretal, doença de Crohn e traumas abdominais, o que gera transformações significativas na rotina e na qualidade de vida dos indivíduos, o fato de viver com uma estomia implica não só mudanças fisiológicas, mas também alterações relevantes nas esferas emocional e social, afetando a autoestima e as relações interpessoais dos pacientes (Vargas et al., 2022; Santos, 2017).
Mediante a crescente demanda por cuidados especializados em pacientes submetidos a estomias impõem desafios tanto para a prática clínica quanto para a formação dos profissionais de enfermagem, com isso à docência em enfermagem surge como elemento central na formação técnica profissionalizante, capacitando os futuros técnicos em enfermagem para atuarem com segurança e eficácia na assistência a esses pacientes. A preparação acadêmica e a incorporação de práticas avançadas são determinantes para a transformação dos cuidados em saúde, o que levam futuramente a melhorar a assistência prestada aos pacientes e seus familiares, mediante as tecnologias e educação profissional contínua baseadas nas diretrizes práticas, as quais irão garantir a eficácia na prevenção e manejo de complicações nas estomias (Chabal et. al, 2020; Antunes, 2023).
Diante desse contexto, adaptar-se ao novo cenário impõem desafios que demandam uma abordagem multidisciplinar e humanizada, na qual o papel dos técnicos de enfermagem e do enfermeiro serão fundamentais para oferecerem suporte integral ao paciente, e com isso, uma formação técnica profissionalizante, associada a uma docência de qualidade, que ocasionará um elemento-chave para preparar os futuros profissionais para lidarem com as especificidades desse cuidado especializado. Alguns estudos enfatizam a importância da integração entre teoria e prática na formação de técnicos em enfermagem, e destacam que uma capacitação adequada se torna decisiva para reduzir complicações como infecções, irritações cutâneas e falhas na fixação dos dispositivos de coleta (Millard et al., 2020; Oliveira et al., 2019).
A docência em enfermagem não deve se limitar à transmissão de conhecimentos teóricos, mas promover uma formação crítica, reflexiva e prática, sendo capaz de responder às demandas de uma população estomizada que apresenta complexidades fisiológicas e emocionais. Assim, essa abordagem integrada será essencial para desenvolver profissionais que possam atuar com segurança, empatia e competência, e para o paciente, redução das complicações e maior adaptação a esse novo contexto (Vargas et al., 2022; Millard et al. 2020). Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi analisar a importância da docência em enfermagem na formação técnica profissionalizante, destacando quais os impactos de uma educação qualificada para a melhoria dos cuidados prestados aos pacientes com estomias. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, e para guiar essa revisão formulou-se a seguinte pergunta norteadora: Qual a importância da docência em enfermagem na formação técnica profissionalizante e a assistência dos cuidados no manuseio de estomias?
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 O que é Estomia?
A estomia ou ostomia, consiste em um procedimento cirúrgico, onde é realizado a exteriorização de parte do sistema respiratório, digestório e urinário, com a criação de uma abertura artificial (orifício) entre órgãos internos e o meio externo e sua localização pode variar conforme o local acometido, podendo ser temporária ou definitiva (Brasil, 2009: Aguiar et al., 2019). Sendo as modalidades mais comuns a colostomia, a ileostomia e a urostomia. Cada uma delas apresentam suas especificidades em termos de indicação e cuidados específicos na assistência prestada. Segundo Chabal et. al, (2020), o Guia Internacional para a Ostomia (IOG) 2020 do WCET (Conselho Mundial de Terapeutas Enterostomais), reforçam a necessidade de padronização e protocolos seguros, os quais sirvam de base para a formação dos profissionais e para a implementação de práticas que minimizem riscos e otimizem o cuidado prestados.
2.2 Dificuldades no Manejo dos Pacientes Estomizados
Os desafios no manejo aos pacientes estomizados abrangem tanto aspectos técnicos quanto emocionais. A adaptação do paciente à estomia podem afetar negativamente a sua autoestima, dificultando sua reintegração social (Vargas et al., 2022). As estomias podem gerar complicações como irritações cutâneas, infecções e problemas na fixação dos dispositivos de coleta, exigindo uma abordagem cuidadosa e padronizada dos profissionais envolvidos. A importância da educação contínua para o paciente, é essencial para reduzir as complicações como infecções e irritações cutâneas, e a falta de conhecimento específico entre os profissionais de enfermagem pode comprometer a segurança e a eficácia do manejo, reforçando a importância de uma formação especializada (Millard et al. 2020; Oliveira et al., 2019).
2.3 A Docência em Enfermagem e a Educação Técnica
Quanto à formação dos profissionais de enfermagem, essa deve ser orientada por uma docência que integre de maneira efetiva os conhecimentos teóricos e práticos, uma vez que irão exercer um papel essencial na educação do paciente, seus familiares ou cuidadores. Até mesmo orientações e suporte que podem minimizar possíveis complicações com as estomias, de modo a promover uma abordagem crítica e inovadora, onde a preparação acadêmica avançada, aliada a práticas inovadoras, tornará os profissionais de enfermagem, agentes transformadores nos cuidados em saúde (Merandy, 2016; Xu et al.,2019).
O uso de tecnologias de cuidado/educação, fomenta métodos interativos que melhoram o manejo dos pacientes estomizados. Uma educação continuada, sustentada por programas de formação e especialização, serão fundamentais para manter os profissionais atualizados e preparados para os desafios clínicos (Antunes, 2023; Osborne, 2018; Kirkland-Kyhn et al., 2018).
3 METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura que tem como objetivo analisar a importância da docência em enfermagem na formação técnica profissionalizante, destacando quais os impactos de uma educação qualificada para a melhoria dos cuidados prestados aos pacientes com estomias. Conforme Dias e Moreira (2020) e Ganong (1987), a Revisão Integrativa (RI) é um método que busca reunir a produção científica relevante acerca de um determinado tema oferecendo acesso rápido e sintetizado aos resultados científicos de maior importância para a área estudada. A RI compreende seis etapas:
1) Identificação do problema (elaboração da pergunta norteadora, escolha dos descritores e dos critérios para inclusão/exclusão de artigos);
2)Busca dos artigos na literatura;
3)Categorização dos estudos;
4)Avaliação da amostra;
5)Síntese dos artigos analisados;
6)Interpretação dos resultados;
Para a construção desta revisão foi necessário fazer um levantamento de estudos na busca avançada da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando os seguintes Descritores em Ciência da Saúde (DeCS): “Estomia”, “Cuidados de Enfermagem” e “Técnico em Enfermagem”.
A seleção dos artigos e teses foi baseada nos seguintes critérios de inclusão: artigos e teses que foram publicados em periódicos científicos frutos de pesquisas disponibilizadas integralmente, que possuíssem o acesso gratuito e estudos disponíveis em inglês, português e espanhol.
Além disso, de acordo com os critérios de exclusão, não fizeram parte deste estudo artigos que não estavam disponíveis na íntegra, artigos repetidos publicações que não estavam de acordo com a pergunta norteadora e quaisquer outros documentos que não se enquadravam como artigos científicos. Vale ressaltar que foram utilizados outros materiais de órgão governamentais, entre outros artigos científicos para a realização da discussão.
Para esse estudo, foram realizados levantamentos de publicações científicas entre os anos de 2015 e 2025. Inicialmente, foram identificados 84 artigos, dos quais 38 estavam disponíveis na íntegra. Seguindo a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, privilegiando estudos que relacionassem à docência, a formação técnica e os cuidados a pacientes estomizados, e de exclusão, descartando-se artigos com metodologias inadequadas, 24 artigos foram selecionados, dos quais 11 foram analisados na íntegra. Esses artigos resultam de pesquisas qualitativas e quantitativas localizadas nas seguintes bases de dados: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base de Dados de Enfermagem (BDENF), Bibliografia Nacional en Ciências de la Salud Argentina (BNACIS) e Coleciona SUS.
Cumpre acrescentar que, para a análise dos artigos foram realizadas por meio de leitura crítica e sistematizada, permitindo a identificação dos principais achados, desafios e estratégias.
Os dados foram organizados em três categorias temáticas: “Definição de Estomia” apresentada no Quadro 01, “Dificuldades no manejo dos pacientes e as estratégias educativas” apresentada no Quadro 02, e “Impactos dos programas de formação continuada” detalhada no Quadro 03.
Figura 01. Fluxograma do processo de busca e triagem dos artigos, Uberlândia, MG, Brasil, 2025.

Fonte: Elaboração própria, 2025
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na primeira categoria, denominada “Definição de Estomia”, foram elaboradas síntese dos artigos traduzidos para a Língua Portuguesa (Quadro 01), organizadas por título, tipo de estudo, país de origem, referência e resultados/conclusões.
Quadro 01 – Definição de Estomia
Título | Tipo de Estudo | País | Referência | Resultados / Conclusões |
Elaboração e testagem de tecnologia de cuidado-educação para o manejo de complicações tardias em estomias intestinais | Estudo de inovação tecnológica – tese, em duas fases (revisão de escopo e testagem de protótipo) | Brasil | ANTUNES, L. M. S. (2023). | Foram identificadas diversas complicações tardias em estomias intestinais e, a partir dessa síntese, foi desenvolvido um guia de cuidados. Conclui-se que o protótipo possui potencial para orientar enfermeiros no manejo das complicações, reduzindo impactos na qualidade de vida e suprindo lacunas na formação. |
Infectious risk in ostomy patient: the role of nursing competence | Estudo qualitativo – entrevistas semi-estruturadas com enfermeiros | Itália | FOÀ, C. et al. (2019). | Evidenciou variações na competência dos profissionais, demonstrando que treinamentos específicos e o uso de checklists reduziu significativamente a incidência de infecções periestomia. Conclui-se que a qualificação contínua foi crucial para a prevenção de complicações. |
Maintaining peristomal skin integrity | Artigo de orientação prática | Reino Unido | BURCH, J. (2018). | Descreveu os fatores que comprometeram a integridade da pele na região periestomia e apresentou estratégias práticas (uso de produtos específicos e técnicas preventivas). Conclui que o domínio técnico e a padronização dos cuidados foram essenciais para evitar irritações e infecções. |
Fonte: Elaboração própria, 2025.
De acordo com Antunes (2023), a compreensão dos diferentes tipos de estomia – colostomia, ileostomia e urostomia, passou a ser essencial para o desenvolvimento de intervenções educacionais que visavam a capacitação técnica. Nesse estudo de validação tecnológica demonstrou que a aplicação de métodos interativos facilitou o entendimento das particularidades de cada tipo de estomia, contribuindo para a redução de complicações e riscos infecciosos.
Por sua vez, Foà, et al. (2019), destacou que o conhecimento aprofundado acerca da definição e dos cuidados específicos foram determinantes para orientar os profissionais na implementação de práticas seguras e eficazes.
No estudo de orientação da prática de Burch (2018), enfatizou que a manutenção da integridade da pele periestomia depende da aplicação rigorosa de estratégias práticas – como o uso de produtos específicos e técnicas preventivas – ressaltando que o domínio técnico, aliado à padronização dos cuidados, foi indispensável para evitar irritações e infecções.
Segundo as diretrizes internacionais propostas pela WCET® (2020), elas reforçam a necessidade de protocolos padronizados, a sistematização na definição e o manejo das estomias, para garantir a segurança dos pacientes (Chabal et. al, 2020). Logo, a base conceitual sobre a definição de estomia deverá servir de alicerce para o desenvolvimento de estratégias educativas, proporcionando uma formação técnica sólida e fundamentada em evidências científicas.
Na segunda categoria, denominada “Dificuldades no Manejo dos Pacientes Estomizados”, foram elaboradas síntese dos artigos traduzidos para a Língua Portuguesa (Quadro 02), organizadas por título, tipo de estudo, país de origem, referência e resultados/conclusões.
Quadro 02 – Dificuldades no Manejo dos Pacientes
Título | Tipo de Estudo | País | Referência | Resultados / Conclusões |
Perfil de pacientes do núcleo de atenção à saúde da pessoa estomizada | Estudo descritivo –análise do perfil sociocultural e clínico dos pacientes | Brasil (Rio de Janeiro) | RIBEIRO, W. A et al. (2019). | Revelaram vulnerabilidades sociais e econômicas (baixa renda, escolaridade incompleta, dependência familiar) que complicaram o manejo clínico. Concluiu -se que a assistência deverá integrar o cuidado técnico com estratégias que considerem o contexto socioeconômico. |
Rol de enfermería en el proceso de adaptación y autopercepción en pacientes ostomizados | Estudo de caso qualitativo – entrevista e análise documental | Argentina | VARGAS, C.M et al. (2022). | Evidenciou que a adaptação à ostomia impõe desafios emocionais e sociais, impactando negativamente a autoestima dos pacientes, especialmente das mulheres. Conclui-se que o suporte integral do enfermeiro foi fundamental para facilitar a adaptação. |
Improving Self-Care Outcomes in Ostomy Patients via Education and Standardized Discharge Criteria | Estudo piloto de melhoria de qualidade – intervenção educativa (pré e pós) | EUA (Califórnia) | MILLARD, R. et al. (2020). | A intervenção educativa reduziu o tempo de atendimento e o número de visitas necessárias, além de aumentar a autoconfiança dos pacientes para o autocuidado. Conclui-se que critérios padronizados e educação direcionada foram essenciais para a transição e autonomia. |
Conhecimento sobre o manejo de estomias intestinais de eliminação | Estudo quantitativo, descritivo e exploratório – aplicação de questionário a enfermeiros e técnicos | Brasil | OLIVEIRA, A. C. M et al. (2019). | Demonstrou que profissionais apresentam conhecimento insuficiente sobre o manejo das estomias, com taxas de acerto inferiores a 50%. Conclui-se que será necessário maior capacitação e atualização continuada. |
Fonte: Elaboração própria, 2025.
No estudo descritivo de Ribeiro et al., (2019) observamos as questões socioculturais e econômicas que ressaltaram a efetividade dos cuidados, os quais não dependem apenas da técnica, mas também da compreensão do contexto da vida do paciente. Essa diversidade de enfoques evidencia que, para uma prática de excelência, foi necessária a articulação entre conhecimento teórico, habilidades práticas e sensibilidade às demandas individuais. Nesse sentido, a discussão evidenciou que a integração entre avanços tecnológicos, capacitação contínua e abordagem humanizada constituiu o caminho para a melhoria dos cuidados e a redução de complicações em pacientes com estomias.
Por outro lado, no estudo qualitativo de Vargas et al. (2022), o impacto psicológico decorrente da adaptação à estomia foi um dos principais desafios para os pacientes. Essa análise revelou que a baixa autoestima e a dificuldade de reintegração social foram fatores críticos que demandaram um suporte emocional constante. Logo, os autores enfatizaram a importância de intervenções que não se limitaram ao aspecto técnico, mas que também integraram o cuidado psicossocial.
Para Millard et al. (2020), reforçaram a importância da padronização dos cuidados e ainda destacaram que a educação continuada do paciente, por meio de protocolos bem definidos, esses contribuíram significativamente para a redução de complicações, tais como irritações cutâneas e infecções.
Todavia, a implementação de práticas padronizadas enfrenta desafios, principalmente devido à carência de conhecimento especializado entre os profissionais de enfermagem. Como apontado por Oliveira et al. (2019), demonstrou lacunas no manejo das estomias intestinais, devido à falta de investimento na formação específica desses profissionais, podendo comprometer na eficácia dos cuidados prestados, esses autores sugerem a necessidade de uma educação técnica aprofundada e contínua.
Nos estudos de Santos et al. (2024) e Silva et al. (2017), a evolução das práticas assistenciais requer a integração de protocolos padronizados mediante uma abordagem humanizada. Esses estudos ressaltaram que a dificuldade na fixação dos dispositivos de coleta e a incidência de complicações infecciosas podem ser mitigadas por meio de treinamentos específicos e pela atualização dos conhecimentos dos profissionais envolvidos. Segundo os autores, o manejo das estomias deverá ser multifacetado, exigindo uma atuação que combine habilidades técnicas com sensibilidade às necessidades emocionais dos pacientes.
O manejo dos pacientes estomizados ultrapassam não só as questões técnicas, envolvem também problemas emocionais e sociais, os quais se não forem adequadamente abordados, podem comprometer a segurança e a qualidade do atendimento. Assim, os estudos indicam que a padronização dos cuidados, associada a uma formação contínua e especializada, serão imprescindíveis para superar as lacunas existentes e promover um manejo integral e humanizado dos pacientes com estomias, na busca de exercer o seu autocuidado de forma autônoma, mantendo a qualidade de vida.
Na terceira categoria, denominada “Estratégias Educativas e os Impactos dos Programas de Formação Continuada”, foram elaboradas síntese dos artigos traduzidos para a Língua Portuguesa (Quadro 03), organizadas por título, tipo de estudo, país de origem, referência e resultados/conclusões.
Quadro 03 – Estratégias Educativas e os Impactos dos Programas de Formação Continuada
Título | Tipo de Estudo | País | Referência | Resultados / Conclusões |
Specializing Nurses as An Indirect Education Program for Stoma Patients | Estudo observacional comparativo – análise de hospitais com e sem enfermeiros especializados | Espanha | GARCÍA-GOÑI, M. (2019). | Pacientes atendidos por enfermeiros especializados apresentaram melhores resultados, com menor incidência de complicações e melhor qualidade de vida. Concluiu que a especialização dos enfermeiros foi custo-efetiva e promoveu a educação indireta de forma significativa. |
Advanced practice is key | Artigo de opinião/comentário | Reino Unido | OSBORNE, W. (2018). | Discutiu as limitações da prática tradicional e defendeu a importância de práticas avançadas para enfrentar os desafios do manejo de estomias. Concluiu que a evolução para uma prática avançada foi indispensável para melhorar os cuidados e os desfechos clínicos. |
Ostomy Care at Home (Kirkland-Kyhn et al., 2018) | Artigo de orientação – relato de experiência e suporte a cuidadores familiares | EUA | KIRKLAND-KYHN, H. et al. (2018). | Evidenciaram que a educação direcionada a cuidadores melhoraram a gestão domiciliar da ostomia, diminuindo complicações e readmissões. Concluíram que a capacitação dos cuidadores foi essencial para a continuidade segura do cuidado em casa. |
Welcoming Home the Patient with a New Ostomy (Walker et al., 2015) | Relato de prática/descritivo – discussão sobre a transição hospitaldomiciliar | EUA (Baltimo re) | WALKER, C. A. et al. (2015). | Identificaram desafios na transição do hospital para o lar, evidenciaram a necessidade de coordenação e comunicação eficaz para garantir o sucesso do autocuidado. Concluíram que protocolos integrados e educação contínua foram fundamentais para a adaptação segura do paciente. |
Fonte: Elaboração própria, 2025.
Em estudo de intervenção, programas de educação indireta funcionaram como ferramentas eficazes de suporte e acompanhamento dos pacientes com estomias. Essas intervenções educativas, embora indiretas, tiveram o potencial de melhorar os desfechos clínicos ao oferecerem um suporte contínuo que abrangessem tanto aspectos técnicos quanto emocionais. assim, os programas educativos que envolveram o suporte de enfermeiros especializados demonstraram que o aprendizado não se restringiu à sala de aula, mas se estendeu ao ambiente clínico, onde a prática reflexiva e a atualização constante se tornam fundamentais (García-Goñi, 2019).
Encontramos no estudo qualitativo, que a prática avançada em enfermagem, sustentada por uma formação continuada, resultaram em melhorias significativas na segurança dos cuidados prestados. assim, a especialização dos profissionais, por meio de treinamentos regulares e de uma educação que incorporaram novas tecnologias, gerou uma transformação na prática clínica, reduzindo erros e aumentando a eficácia das intervenções (Osborne, 2018).
Ainda, segundo Kirkland-Kyhn et al. (2018), as estratégias de cuidado domiciliar, implementadas com base em programas de formação contínua, asseguraram a continuidade do atendimento fora do ambiente hospitalar, promovendo a segurança e a qualidade desse atendimento domiciliar.
A integração entre práticas avançadas na formação técnica e a constante atualização dos profissionais de enfermagem demonstraram ser essencial para a humanização do cuidado e a melhoria dos resultados em pacientes estomizados. Conforme Walker et al. (2015), a educação continuada foi capaz de superar os desafios inerentes à estomaterapia, integrando a aplicação de tecnologias educativas e a padronização dos protocolos de cuidado. assim, investir na docência em enfermagem, com estratégias que promovam suporte multidisciplinar e a atualização constante, torna-se imprescindível para aprimorar a qualidade dos cuidados prestados e elevar os índices de segurança, bem como a qualidade de vida dos pacientes. Diversos estudos, inclusive os propostos por Martins et al. (2022) e Almeida et al. (2021) e as diretrizes da WCET® de 2020 (Chabal et. al, 2020), corroboraram a ideia de que a integração entre métodos teóricos e práticos, aliados a uma educação continuada, foram determinantes para alcançar desfechos clínicos positivos. Esses estudos enfatizaram que a incorporação de tecnologias de cuidado-educação e o uso de métodos interativos contribuíram para o aprimoramento das habilidades dos profissionais, possibilitando que eles atuassem de forma mais segura e eficaz.
Portanto, os programas de formação continuada não apenas promoveram a atualização dos conhecimentos técnicos, mas também incentivaram o desenvolvimento de competências interpessoais e de liderança, essenciais para a humanização do cuidado. Tais estratégias, proporcionam aos profissionais um ambiente de aprendizado dinâmico, no qual a atualização constante e a incorporação de novas tecnologias resultaram em uma prática mais segura, eficiente e humanizada. Esses achados reforçam a necessidade de se investir na docência em enfermagem como instrumento de transformação e melhoria dos cuidados, elevando a qualidade de vida dos pacientes estomizados e promovendo a excelência na assistência em saúde.
Segundo Merandy(2016) e Antunes (2023), profissionais da enfermagem tem um papel muito importante na educação do paciente e juntamente a padronização dos protocolos e o uso de métodos educativos inovadores irão potencializar a eficácia dos cuidados, contribuindo para uma melhor adaptação dos pacientes, familiares e cuidadores à sua nova condição, com a redução dos índices de complicações. Essa sinergia entre a formação docente e a prática clínica corroboraram a importância de um ensino que seja dinâmico, atualizado e centrado no paciente, fomentando a docência na evolução da estomaterapia.
Observamos ainda nos estudos que a capacitação técnica e a especialização dos profissionais de enfermagem impactaram significativamente a qualidade dos cuidados prestados aos pacientes estomizados, mediante ao fornecimento de cuidados de qualidade ao paciente promovendo o empoderamento, reforçando parcerias, conforme citado na Carta Internacional dos Direitos do Ostomizado (2021). Para Antunes (2023), a eficácia de tecnologias de cuidado-educação levou a redução de complicações tardias, enquanto que Martins et al. (2022) e Almeida et.al. (2021) sustentaram a necessidade de uma abordagem multidisciplinar para o manejo adequado dos pacientes estomizados.
Quanto aos desafios enfrentados no manejo dos pacientes estomizados foram diversos, e incluíram a correta utilização dos dispositivos de coleta, a prevenção de infecções e a oferta de suporte emocional contínuo. Para Millard, et al. (2020), o fato de haver uma padronização para cuidados assistenciais e uma educação contínua em relação ao paciente percebe-se que estas foram fundamentais para redução de complicações, Oliveira et al. (2019) evidenciaram que o fato de haver lacunas no conhecimento comprometeram a segurança e a eficácia no manejo dos estomas. Enquanto que Almeida & Ferreira (2019) e Santos (2017), corroboraram que a formação integrada, combinando teoria e prática foram decisivas para melhorar os desfechos clínicos dos pacientes estomizados.
Logo, a formação técnica dos profissionais de enfermagem, aliada à inovação na docência, exercem papel fundamental na melhoria dos cuidados aos pacientes estomizados. Os dados extraídos das pesquisas indicaram que a capacitação por meio de programas de educação continuada e de tecnologias interativas não só reduziram complicações, mas também promovem a segurança e a humanização dos cuidados prestados. Em síntese, a integração entre teoria e prática permitiram uma abordagem holística atendendo tanto às necessidades técnicas quanto emocionais dos pacientes.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presente pesquisa demonstrou, que a docência em enfermagem desempenha um papel crucial na formação técnica profissionalizante e, consequentemente, na qualidade dos cuidados prestados aos pacientes com estomias. A partir da análise de estudos que abordaram desde a definição estomia, os desafios no manejo dos pacientes até as estratégias educativas e os impactos dos programas de formação continuada, podemos constatar que a integração entre teoria e prática foi indispensável para a superação das dificuldades encontradas na assistência. A capacitação dos profissionais por meio de uma formação continuada e de métodos interativos de ensino promoveram não apenas a segurança técnica, mas também o desenvolvimento de competências emocionais e interpessoais para a humanização do cuidado. Investir na docência em enfermagem é investir na qualidade de vida dos pacientes estomizados, pois irá promover um cuidado seguro, humanizado e eficaz. Além disso, a adoção de programas de educação continuada e a incorporação de tecnologias de cuidado-educação devem ser prioridades nas instituições de ensino, visando a constante atualização dos profissionais.
REFERÊNCIAS
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1Discente do Curso Superior de Enfermagem da Universidade Federal de Uberlândia, Campus Umuarama. E-mail: valciani.fernandes@ufu.br
2Discente do Curso Superior de Enfermagem do Centro Universitário do Triângulo – UNITRI, Campus Uberlândia. E-mail: andreiasueli.vieira@hotmail.com
3Docente do Curso Técnico em Enfermagem da Escola Técnica de Saúde da Universidade Federal de Uberlândia Campus Umuarama. Doutor em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC (PUCMG/PUC). E-mail: emersonpiantino@ufu.br
4Docente do Curso Técnico em Enfermagem da Escola Técnica de Saúde da Universidade Federal de Uberlândia Campus Umuarama. Doutora em Ciência da Saúde Aplicada à Reumatologia (PPG/UNIFESP). E-mail: sandra.toffolo@ufu.br