THE BENEFITS OF COMPETITIVE AND COOPERATIVE GAMES IN SCHOOL PHYSICAL EDUCATION
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202503241050
Gabriele de Oliveira Sousa
RESUMO: Este estudo teve como objetivo buscar nos referenciais teóricos e na prática de intervenção, equilíbrio ao aplicar os jogos cooperativos e competitivos nas aulas de Educação Física, não valorizando um jogo em detrimento do outro, mas mantendo o equilíbrio entre ambos trazendo para o estudo e aplicação das metodologias cabíveis que competir e cooperar torna-se sinônimos de vencer. Portanto, buscamos proporcionar aos alunos, vivências que unissem a prática cooperativa e a competitiva, sem negar a competição e introduzindo o jogo cooperativo. Tendo em vista que, os alunos eram extremamente competitivos, os jogos cooperativos foram utilizados para a inclusão e união. Como objetivo torna-se mostrar que a competição e a cooperação trazem para os alunos não só ensinamentos educacionais, como também, valores necessários para uma vida social. Os procedimentos metodológicos foram baseados nas vivências do colégio e metodologias aplicadas pelos profissionais da área que apontam significativas e problematizadas, para formação de cidadãos críticos.
Palavras Chaves: Educação Física. Competição. Cooperação
ABSTRACT: This study aimed to seek, in theoretical references and intervention practice, balance when applying cooperative and competitive games in Physical Education classes, not valuing one game to the detriment of the other, but maintaining the balance between both, bringing to the study and application of appropriate methodologies that competing and cooperating become synonymous with winning. Therefore, we seek to provide students with experiences that combine cooperative and competitive practice, without denying competition and introducing cooperative play. Considering that students were extremely competitive, cooperative games were used for inclusion and unity. The objective is to show that competition and cooperation bring students not only educational lessons, but also values necessary for a social life. The methodological procedures were based on the experiences of the school and methodologies applied by professionals in the area that point out significant and problematized, for the formation of critical citizens.
Keywords: Physical Education. Competition. Cooperation
1. INTRODUÇÃO
O indivíduo desde que passa a compreender o mundo em que está situado aprende a conviver com as inúmeras situações vivenciadas por ele, seja em casa ou dentre a sociedade. Na Escola, os benefícios dos jogos competitivos e cooperativos na educação física escolar abordam as diferentes formas de agir e pensar, diante a isso cada indivíduo tende a ser consciente de sua posição no convívio com o próximo, tendo assim, ciência das suas ações individualmente ou em grupo. Dentro do âmbito escolar, os jogos passam a ser umas das principais ferramentas para aprimorá-la e desenvolver nos alunos a sua atuação individual ou em grupo, trazendo para si ensinamentos diante aos benefícios e exclusão do que não foi favorável para seu potencial.
Nossa sociedade é definida unicamente como competitiva e individualista, o que predomina meramente sempre é o “ganhar”, para muito isso passa ser além de ‘prejudicar o outro’. O ato de dividir responsabilidades e trabalhar juntamente ao próximo passa a ser uma das soluções para tanto individualismo e competição. Mas será que a competição é tão prejudicial assim? Será que de certa forma ela não possui aspectos positivos?
A Educação Física trabalhada dentro do âmbito escolar prepara crianças e adolescentes a respeitarem os aspectos que favoreçam a boa formação do indivíduo nos aspectos cognitivo, físico e social, seja ela dentro do aspecto competitivo ou cooperativo. O jogo é uma atividade educacional que traz para o indivíduo o despertar de quem participa e de quem o assiste. O mesmo nos desperta emoções pelas quais nos ligam os sentidos de alegria, tristeza, ansiedade e nervosismo, despertados ao perder ou ganhar.
A cooperação passa a ser vista como um ponto de equilíbrio entre essas diversidades, pois trabalha em conjunto, dividindo responsabilidades e trazendo para a equipe resoluções melhores para chegar-se ao objetivo alcançado. A competição e cooperação trabalhadas juntamente passam a ser processos sociais de valores humanos presentes no jogo, no esporte e na vida.
Os objetivos principais foram verificar se a cooperação é hegemonicamente positiva e se a competição é hegemonicamente negativa e, ainda, mediar o equilíbrio entre a competição e a cooperação nas aulas de Educação Física.
Este estudo foi realizado por meios de pesquisas na internet e livros que abordam o tema jogos competitivos e cooperativos no âmbito escolar. E também dados da pesquisa através de questionário com alunos e professores de educação física da escola, tentaremos definir que tipo de jogo eles preferem e porque gostam de tal tipo de jogo.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 O Papel Do Jogo Na Educação
O jogo tem um significado determinado, por meio dele são conferidos sentidos para as ações dos participantes de suas dinâmicas, dentro do jogo existe um papel muito importante e significante de suas dinâmicas, dentro do jogo existe um papel muito importante e significativo para o aluno que é o divertimento, dentro do jogo ele conduz sentimentos fascinantes, a alegria e o prazer do aluno participar,
Segundo Kishimoto (1994), o jogo é o resultado de um sistema linguístico de um contexto social (dependendo do lugar e da época, os jogos assumem significados diferentes). É composto por um sistema de regras pré estabelecido (mesmo que envolva uma situação lúdica); Na maioria dos casos depende de objetos (matérias utilizadas durante a atividade).
A criatividade dentro do jogo é uma das habilidades mais visadas nos dias de hoje, para que melhor se sobressaímos nas diferentes situações de realidade que encontramos hoje, seja no trabalho ou em um simples jogo, de forma que neste o aluno aprenda a descobrir melhoras para o seu conhecimento.
Trata-se de educar o sujeito para que ele possa ser ele mesmo, sua única forma possível de ampla realização mesmo que o resultado final dessa construção não se ajuste aos protótipos, que nós, professores, projetamos. (FREIRE;SCAGLIA, 2009, p 182.)
Na escola o papel do jogo cabe o entendimento e interesse de outras disciplinas sendo adaptadas com os materiais e recursos da escola juntamente com a criatividade do professor tornando assim uma aula mais prazerosa e dinâmica.
.2.2 Inclusão
A inclusão tem sido muito distorcida e muito problematizada pelos mais diferentes níveis educacionais, promovendo a interação de todos os alunos incluindo aqueles que tenham algum tipo de deficiência e também daqueles considerados menos hábeis durante a realização das atividades, independentemente da cor, classe social e condições físicas e psicológicas. Recusar a trabalhar com alunos com algum tipo de deficiência é considerado crime, toda instituição escolar tem por obrigatoriedade oferecer atendimento especializado para esses alunos portadores de deficiências.
O artigo 208 da Constituição Brasileira específica que é dever do Estado garantir “atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino”, condição que também consta no artigo 54 da ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Tratar seus alunos com igualdade, promovendo a interação de todos é papel de um bom professor, hoje ainda é muito visto inclusão com alunos que são menos habilidosos para a realização das atividades, onde deve ser trabalhada durante as aulas de educação física a inclusão, o objetivo é fazer com que os alunos entendam que todos somos iguais onde todos têm os mesmos direitos e deveres. Para que isso aconteça o professor deve ser criativo, procurando sempre dinamizar suas aulas adaptando-as com a realidade e necessidade de seus alunos.
Segundo a teoria da privação cultural, padrões culturais, necessários para o desenvolvimento cognitivo e o adequado desempenho escolar, são definidos a partir do universo cultural das classes privilegiadas (classes médias e altas), os quais estariam ausentes no mundo social e cultural da criança pobre. (Montoya. Adrian Oscar. Dono, pag. 19, 1996).
Modelo cultural é seguido para o desenvolvimento pleno do discente, onde liga-se elos sociais, engajados em seletividades de poderes desfavorecendo os menos privilegiados, mantendo-se a exclusão do ser social que muitas vezes deixa de progredir na transmissão de conhecimentos e aprendizados.
2.3 Jogos Competitivos No Âmbito Educacional
Neste início de século, a competitividade exacerbada acirrou ainda mais a separação entre aqueles que ganham e aqueles que perdem, ou seja, entre os que dominam e os que são dominados.
Para Lima (2008) na sociedade capitalista, os valores de produção, a exacerbação da competição e do individualismo predomina frente ao lúdico, à espontaneidade, à criatividade e à cooperação. Com isso, o jogo também se modificou ao longo da história dos homens.
A competição, assim como a cooperação são valores e atitudes ensinados aprendidos através da educação e da cultura (FREIRE, 2001). Isso acontece principalmente na infância com os jogos e brincadeiras, ou seja, são nas relações sociais que o sujeito estabelece e cria seus valores, transmitindo para outros indivíduos.
Para Brown (1994, p.41), “em situação de competição somos menos capazes de ver as coisas a partir da perspectiva do outro”.
Ao trabalhar a competição na escola deve-se introduzir regras que conduzam a práxis educacional, implementando ações conscientes onde o discente permaneça cogentes transformadores da construção coletiva e individual do ser social.
Mead (1961) define a competição como o ato de procurar ganhar o que outra pessoa está se esforçando para obter, ao mesmo tempo. E, também Brotto (1999), afirma que a competição é um processo onde os objetivos são mutuamente exclusivos e as ações são benéficas somente para alguns.
Algumas características do jogo competitivo são a vitória e a derrota, o que faz parte da essência do jogo. O que não se pode dizer é que todos que perdem se sentem fracassados e que isso causa desprazer em jogar. Entretanto, a derrota não deve ser encarada como processo natural, ao pensar que “o importante é competir”, pois os jogadores podem aprender com seus erros e a partir disto buscar uma melhora em seu desempenho e relacionamento com o grupo, ou seja, podemos acumular experiência na competição.
Além de aprender com o ganhar e perder Huizinga (1990) e Callois (1990) apresenta que na competição, outros valores são exigidos dos jogadores, como por exemplo, a ética, a honra, o cavalheirismo, e o respeito às regras e aos adversários.
No jogo competitivo, há também situações de conflito, o qual este é criticado por Brotto (1999) e Orlick (1989), ao afirmarem que as situações conflituosas aumentam ainda mais a rivalidade entre os participantes do jogo, acentuando momentos de brigas. Outros autores como Lovisolo (1999) e Muniz (2009) afirmam que é no conflito que surgem momentos de desenvolvimento social, desta forma os jogadores debatem problemas que surgem durante o jogo, portanto, nestas ocasiões são construídas as relações sociais em que o consenso é fundamental.
De acordo com Lovisolo (1999 apud Muniz 2010) p.29:
[…] O conflito bom é aquele que aceita mecanismos históricos de regulação e mudanças. Além disso, no conflito surge a possibilidade de debates entre jogadores e o mediador, para que haja uma discussão na resolução de problemas, de sentimento de injustiça e de aflições que possam ser provenientes de um jogo. A competição interfere nas relações sociais entre indivíduos e também na Educação Física escolar.
Segundo Correia (2007) por meio de suas atividades esportivas, essa disciplina consolidou uma visão de que não se pode viver, ou sobreviver, sem competição. Dessa forma, criou-se o mito da competição que permeia a Educação Física escolar, mito esse que acaba perpetuando uma concepção equivocada de que o aluno precisa aprender a competir para sobreviver às adversidades sociais, políticas e econômicas da vida lutando contra seus pares.
A Educação Física escolar não pode ter por finalidade o alto rendimento, valorizando os mais aptos, tornando as aulas um ambiente no qual os sentimentos de fracasso e frustração prevaleçam entre os alunos que não se destacam em uma competição. É necessário que o professor se mantenha atento e pratique uma Educação Física que privilegie princípios da criatividade, da ludicidade, da solidariedade, da inclusão entre outros valores, ou seja, uma Educação Física para todos.
Brotto (1999, p. 63), afirma que os jogos cooperativos surgiram da preocupação com a excessiva valorização dada ao individualismo e à competição exacerbada na sociedade moderna, mais especificamente, na cultura ocidental.
Surge então, a proposta sistematizada dos Jogos Cooperativos, como […] uma das mais adequadas para o desenvolvimento da cooperação e a superação desse processo de esportivização e do mito da competição que permeia a Educação Física escolar. (CORREIA, 2007, p. 25).
2.4 Jogos Cooperativos
A cooperatividade retrata valores essenciais para a formação do ser, visualizando o outro como parte integrante para a progressividade da prática. Legitimando a proporção da educação através do jogo a fim de superar desafios e aperfeiçoar nossa vida em comunidade.
Os Jogos Cooperativos foram criados com o objetivo de promover a autoestima, juntamente com o desenvolvimento de habilidades interpessoais positivas, onde os participantes, “jogam uns com os outros, ao invés de uns contra os outros”. (DEACOVE, 1974, p. 01).
Brotto (1999) nos revela que há diferenças entre os tipos de jogos cooperativos e competitivos e suas características. Os jogos cooperativos são divertidos para todos, todos os jogadores têm um sentimento de vitória, todos se envolvem independentemente de sua habilidade, aprende-se a compartilhar e a confiar, entre outros. E os jogos competitivos são divertidos apenas para alguns, alguns jogadores tem o sentimento de derrota, alguns jogadores são excluídos por sua falta de habilidade, aprende-se a ser desconfiado, egoístas ou se sentirem melindrados com os outros.
Ao reverenciar a cooperação com a prática educativa no jogo, oportuniza o discente a construir valores que reverenciam as habilidades coletivas e individuais trabalhando simultaneamente para o mesmo fim, otimizando a interação e o divertimento entre o grupo, promovendo valores sócios culturais.
Para trabalhar jogos cooperativos Orlick (1989), indica uma categorização, sendo essa de total importância para sua inserção nos locais onde se quer trabalhar esse tipo de jogo, pois quando se acostuma jogar de uma só maneira (como é o caso do jogo competitivo) faz-se necessário introduzir aos poucos a cooperação, para que seus participantes não desestimulem, ou estranhem essa maneira de jogar segundo as categorias dos jogos cooperativos.
A partir desses jogos cooperativos outros podem ser introduzidos na realidade que cerca o perfil dos participantes. A estrutura desses jogos favorece aos participantes a oportunidade de jogar em diferentes posições como em: todos jogam; todos tocam/todos passam a bola; todos marcam ponto; todas as posições; passe misto e resultado misto.
Todavia, trabalhar com uma Educação Física pautada apenas em jogos cooperativos pode ser arriscado, pois na valorização exacerbada de quem coopera o professor pode desvalorizar quem compete. (2009 apud MUNIZ, 2010, p.149)
Nos alerta do perigo de exaltar a cooperação, essa postura de valorização e exaltação daquele que coopera pode gerar competição, conflito, disputa. Seria uma disputa que privilegiaria o mais apto a cooperar progredir conscientemente nas práticas democráticas de situações onde trabalho é coletivo, considerando o parceiro como um integrante da equipe e não como indiferente.
Há pessoas ainda que podem se beneficiar dos efeitos da cooperação sem cooperar. Isto é: Um aluno pode se beneficiar em um trabalho escolar realizado em cooperação por seus colegas de grupo, sem que necessariamente precise cooperar, esses alunos são denominados “caroneiros”, que se beneficiam sem contribuir. (LOVISOLO, 1999, p. 140).
Quando se é distribuído trabalhos em equipes para serem desenvolvidos em grupo a cooperação torna-se algo relevante com base na participação de cada indivíduo para a realização do trabalho. Porém há aqueles que se beneficiam de um estudo mais aprofundado do colega e assim tenta-se sobressair no estudo tomando posse daquilo que não foi feito por ele.
E ainda, Correa (2007) enfatiza o cuidado que se deve ter para que os Jogos Cooperativos e, por sua vez, a cooperação não sejam vistos como uma característica de resignação, modificando os alunos em seres dependentes uns dos outros e sem iniciativa própria.
A educação física escolar é muitas vezes vista como proposta de esportivização prevalecendo o desafio de competir legitimando a seletividade entre os mais habilidosos que desfavorece os menos habilidosos. Assim sendo necessário implementar os jogos cooperativos, a fim de promover a sociabilidade com aprendizados mútuos.
Em suma, Muniz (2010) aponta que talvez seja adequada conciliar a aprendizagem dos Jogos Cooperativos juntamente com os Jogos Competitivos, no qual o papel do professor é despertar a participação crítica do aluno, tornando-o capaz de contestar, discordar, interpretar e compreender as regras do jogo, sem se tornarem submissos e acomodados.
Introduzir o aluno a um aprendizado promissor de qualidade onde construa pontes que garantam a progressividade democrática e coletiva do docente, a fim de garantir uma educação construtivista.
A pesquisa desenvolvida partiu de uma concepção de educação problematizada defendida por Freire (1983) em que não existe uma separação rígida entre educador e educando, ambos fazem parte do processo ensino e aprendizado. A educação libertadora abre espaço para o diálogo, a comunicação, o levantamento de problemas, o questionamento e reflexão sobre o estado atual dos acontecimentos que surgem na sociedade e, acima de tudo, busca a transformação.
As aulas de Educação Física podem possibilitar a abertura de espaços de diálogo, para a transformação de um espaço de vivências significativas, de descobertas, de criações, de debates, de produção de conhecimento e, principalmente, cooperação e reflexão crítica sobre a experiência.
3. METODOLOGIA
O ato de competir passa a ser algo natural com base no convívio social de uma pessoa, porém quando ela em si torna-se obsessão, acaba trazendo ‘prejuízos’ para o mesmo ou para o grupo. O ato de cooperar faz com que o trabalho em equipe chegue com maior êxito ao objetivo alcançado, trazendo para todos o sucesso em qualquer organização.
O presente estudo é de caráter quantitativo e qualitativo onde foi realizado no colégio da rede estadual Escola de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Antonino– Anexos Morrinhos, na cidade de Guaraciaba do Norte, Ceará. A instituição acolhe turmas de Fundamental II e Ensino Médio, disponibilizam materiais necessários, porém enfrenta alguns problemas para conciliar as aulas, principalmente voltadas à Educação Física. A instituição conta com uma equipe de 16 funcionários. Em média aproximadamente 120 alunos no turno da tarde. A escola não possui local adequado para as práticas de Educação Física.
A pesquisa foi realizada através de um questionário, contendo 10 questões relacionadas com o tema, apresentava perguntas fechadas, todas com alternativas para assim tornar os dados mais precisos e claros e foi aplicado aos professores de educação física da instituição e alunos do fundamental II da referida escola.
Primeiro foi necessário realizar um estudo aprofundando sobre o assunto para servir de base para essa pesquisa, para que o questionário fosse realizado em cima desses dados estudados e para tornar a pesquisa mais sólida.
A importância deste tema frisa principalmente a importância do nível de conscientização da necessidade de incentivar e desenvolver o espírito de cooperação e participação no âmbito escolar, onde se é possível ver a transformação do que é se trabalhar em grupo pois os jogos estão presentes nas principais atividades educacionais e tradicionais.
Os seguintes dados abordados na pesquisa de campo realizada serão apresentados em gráficos. O resultado e suas adversidades poderão ser observados através de colunas onde serão expostas as conclusões diante ao que foi respondido os questionários.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.
A partir dos dados constatados, foram elaborados 6 gráficos referentes à pesquisa de campo, eles mostram a opinião dos professores de Educação Física da Escola de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Antonino– Anexos Morrinhos com relação à utilização os benefícios dos jogos competitivos e cooperativos na educação física escolar em suas aulas.
Gráfico 01: Dentre as práticas dos jogos aplicados nas aulas de Educação Física, qual tem maior destaque:

Fonte: Dados de Pesquisa 2023
Mostrou sobre as práticas dos jogos aplicados nas aulas de Educação Física na qual tem menor destaque pode-se perceber que 60% dos professores responderam competitivo, 30% cooperativo e 10% nenhum jogo. Os Jogos têm suas particularidades que devem ser vividas e trabalhadas no âmbito educacional, a fim de tornar-se uma construção de saberes entre o docente, discente e escola, para assim enaltecer o comprometimento com a educação.
A diferença principal entre jogos competitivos e cooperativos é que nos jogos cooperativos todo mundo coopera e todos ganham e estes jogos eliminam o medo e o sentimento de fracasso. O principal objetivo seria criar oportunidades para o aprendizado cooperativo e prazeroso. (ORLICK, 1989, p. 123).
Gráfico 02: Questionamento sobre quais jogos aplicados dentre os alunos de Educação Física os alunos se destacam mais:

Fonte: Dados de Pesquisa 2023
Mostrou sobre os jogos aplicados de maiores destaques percebendo-se que 70% competitivo, 29% cooperativo e 1% nenhum jogo. Sobre essa análise é visível revisar um planejamento engajado no aprendizado em coletividade com intenções de todos trabalharem unidos para os mesmos fins.
O aspecto competitivo é fundamental à medida que possibilite prazer durante a ação e reflita um momento agradável aos jogadores, em que estes não buscam apenas o resultado, mas viver uma experiência rica, lidando com a vitória e derrota (GONÇALVES, 2002).
Gráfico 03: Sobre trabalhar com a prática de jogos, é preferível:

Fonte: Dados de Pesquisa 2023
Mostrou a preferência dos professores na prática de jogos nota-se que 50% responderam a coletividade, 30% a individualidade e 20% manteve-se indiferente a colaboração da Educação Física para o desenvolvimento integral do discente e incontestável, aliada ao jogo dissemina conhecimentos culturais, integrando e adotando as práticas educativa. Dessa forma desenvolve a capacidade de competir, cooperar e conviver em sociedade.
[…] existe a necessidade para criar modelos cooperativos de jogar juntos, para oferecer um equilíbrio diante da competição que nos envolve. Sem alternativas cooperativas as quais passamos escolher, nós não sabemos discernir sobre quando a competição é o modo apropriado (WEINSTEIN & GOODMAN et al., 1993: 26).
Gráfico 04: Mostra o jogo de maior evolução e integração aos discentes na prática educativa:

Fonte: Dados de Pesquisa 2023
Mostrou os jogos que envolvem e integram os discentes na prática educativa, percebe-se que 40% responderam jogo de queimada, 20% respondeu xadrez e 40% responderam outros jogos. O trabalho de jogos deve estimular o respeito e o companheirismo entre oponentes obtendo resultados positivos que automatizem o ensino baseado na boa convivência.
A maioria dos professores de educação física tem experiências variadas com os jogos competitivos, mas poucos procuram uma alternativa com os jogos cooperativos. Até hoje, grande parte dos programas de educação física e de jogos praticados nas escolas pouco ou quase nada ofereceu como alternativa aos jogos competitivos (CORREIA, 2006).
Gráfico 05: Diante ao convívio escolar, é de acordo que a competição seja prejudicial:

Fonte: Dados de Pesquisa 2023
Mostrou a opinião dos professores sobre a competição ser algo prejudicial diante do convívio escolar, percebe-se que 50% responderam às vezes, 30% certamente e 20% respondeu nunca. Os conflitos são necessários mediante o conhecimento, instigando-se a criatividade para haver o respeito às regras, estabelecendo a construção do ser transformado e humano.
Por isso, o profissional não pode negligenciar a competição inerente desses tipos de jogos, mas intervir de maneira coerente, visando à formação de um ser social, que possua espírito de equipe, mostrando aos alunos que todos têm sua função dentro do jogo e que a falta de um deles fará a diferença (FERNANDES, 2006).
Gráfico 06: Questiona sobre a influência dos jogos cooperativos com base na competição:

Fonte: Dados de Pesquisa 2023
Mostrou a influência dos jogos cooperativos influenciam a competição, sendo que 60 % dos professores respondeu que às vezes, 20% certamente e 20% nunca. Não é aceitável favorecer a competição sem experiência primeira à cooperação, pois quando se luta por objetivos comuns, o jogar sobrepõe-se ao jogo contra.
Talvez seja preciso um pouco de paciência para aprender essa “nova” forma de jogar, principalmente se os participantes nunca jogaram de forma cooperativa antes. […] uma vez que os participantes passam pela transição e começam a jogar cooperativamente, a supervisão e a preocupação com regras tornam-se mínimas (ORLICK et al, 1978, 04).
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho teve como finalidade mostrar os benefícios dentre a competitividade e a cooperação, acima de tudo mostrar também que ambas passam a ser complementos diante a formação dos alunos no âmbito social e escolar.
Através desta pesquisa realizada no colégio da rede estadual pôde-se perceber que os jogos e principalmente a competitividade ainda passa a ser mais presente nas aulas de educação física.
De acordo com os professores os benefícios tragos pela a competitividade faz com que os alunos passem, a saber, lidar com desafios, fazendo com que assim ambos possam adaptar-se às regras impostas e com base a cooperatividade faz com que os alunos trabalhem diretamente com parceiros buscando assim uma solução mais rápida para chegar-se a um resultado positivo colocando em tese também o convívio em grupo com a diversidade de gêneros e opiniões.
Contudo, juntamente aos alunos, os professores também tendem a ter maiores desafios diante as adaptações que assim serão necessárias quando se for preciso, trazendo para se e para o grupo um maior conforto para a então socialização.
REFERÊNCIAS
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