A FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202502261311


Marilis Valente Rodrigues
Orientadora: Profª Drª Jaqueline Mendes Bastos


RESUMO 

Este artigo apresenta fundamentos a respeito da importância que a educação continuada tem para o aprimoramento dos professores da educação infantil no município de Cametá. Tem como objetivo analisar a formação continuada para educadores da educação infantil. A metodologia fundamentou-se na abordagem qualitativa através de pesquisa bibliográfica e documental. Os resultados mostram que a formação inicial não tem sido suficiente para determinar um bom profissional docente, este carece de uma formação continuada a fim de garantir uma boa qualidade no processo ensino aprendizagem dos alunos, neste caso alunos da educação infantil.

Palavras-chave: Educação continuada. Educação infantil. Pesquisa bibliográfica.

INTRODUÇÃO 

A formação continuada é essencial para o desenvolvimento profissional e pessoal, garantindo que os indivíduos acompanhem as mudanças e inovações em suas áreas de atuação. No contexto educacional, empresarial e tecnológico, a atualização constante é um diferencial competitivo e uma necessidade para se manter relevante no mercado. Esse aprimoramento é visto como ferramenta fundamental para o enriquecimento do professor, principalmente, para se adequar a diversidades da realidade em que se enquadra a escola.

O desenvolvimento educacional está cada vez mais ligado à realidade do cotidiano do aluno e da comunidade a qual ele está inserido, é notório que os reflexos de uma boa educação podem trazer outras perspectivas para a realidade de diversos alunos e suas comunidades. Porém os cuidados que o aluno precisa ter para se tornar um bom cidadão, vão além das aulas ministradas pelos professores em seu dia a dia na escola ou além dos saberes que este profissional adquiriu em sua formação inicial, o bem-estar físico e mental também precisam ser preservados quando está pessoa está no ambiente escolar.

O tema que o artigo aborda remete a valorização de uma formação continuada, que possa trazer apoio pedagógico e sustentação metodológica para o profissional da educação. A formação continuada na educação infantil é fundamental para garantir uma prática pedagógica de qualidade, que respeite as especificidades do desenvolvimento infantil e promova aprendizagens significativas (RODRIGUES 2017).

A educação infantil é um campo dinâmico, constantemente influenciado por novas pesquisas, teorias e abordagens pedagógicas. A formação continuada permite que os educadores acompanhem essas atualizações e as incorporem em sua prática (RODRIGUES 2017). Por meio da formação, os professores podem refletir sobre suas práticas, identificar pontos de melhoria e desenvolver estratégias mais eficazes para atender às necessidades das crianças. A formação continuada ajuda os educadores a lidar com a diversidade cultural, social e de aprendizagem presente nas salas de aula. Isso inclui o desenvolvimento de competências para trabalhar com inclusão, equidade e respeito às diferenças.

A formação continuada dos professores da Educação Infantil é essencial para garantir uma prática pedagógica de qualidade, alinhada às novas metodologias, diretrizes curriculares e necessidades das crianças. A primeira infância é um período fundamental para o desenvolvimento cognitivo, emocional e social, exigindo profissionais preparados para mediar experiências significativas de aprendizagem.

Diante das constantes mudanças na sociedade e na educação, os professores precisam estar atualizados sobre novas abordagens pedagógicas, recursos didáticos e estratégias de ensino que favoreçam o desenvolvimento integral das crianças. Além disso, a formação continuada contribui para a valorização profissional, promovendo reflexões sobre a prática docente e incentivando a inovação no ambiente escolar.

Para tanto, o estudo trouxe como objetivo geral, analisar a formação continuada para educadores da educação infantil e como objetivos específicos, Analisar a importância da formação continuada para professores da educação infantil no desenvolvimento das práticas pedagógicas. Identificar desafios e necessidades enfrentados pelos professores da educação infantil no processo de formação continuada. Verificar o impacto da formação continuada na qualidade do ensino e na aprendizagem das crianças na educação infantil.

O artigo é formado por uma pesquisa qualitativa de construção bibliográfica, onde foram resenhados diversas literaturas com variados autores que trabalham o dinamismo do tema. Após foi formado uma discussão acerca do trato com o tema e seus aporte teóricos.

FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DENTRO DO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

É importante ressaltar que o processo de evolução social depende do desenvolvimento do sistema educacional, Porém isso só é possível se por trás de um sistema exista um profissional capacitado para conseguir imergir os conhecimentos teóricos e práticos, fundamentais para a construção de uma sociedade mais abrangente em todos os seus segmentos.

Nesse sentido entrar em uma faculdade podes ser o início de uma jornada em busca de formar novos pensamentos e oportunizar sujeitos, os alunos, esperam sempre aprender coisas novas e que façam a diferença na construção de seu futuro. 

O docente é um formador de si mesmo, bem como de seu processo histórico, sendo que por meio de sua ação é que há a formação da sociedade. O professor é a ponte entre o conhecimento e o aluno, envolvendo-se intimamente na formação de seu futuro. Assim sendo, pode ser afirmado que a influência dos professores, e dos demais profissionais dos centros de ensino, é fundamental para compor um ambiente eficaz de formação escolar. (Silveira, 2018, P.05).

O profissional passa a ter bons resultados quando este, coloca em prática no seu cotidiano escolar todas as suas habilidades e o conhecimento, em sua maioria, é construído na formação inicial desse professor, as faculdades imergem conhecimento formador para esses sujeitos em busca deles prosseguirem a formação em outros níveis de ensino.

É primordial entender a grande participação do professor no desenvolvimento das habilidades educacionais dos alunos, porém é muito relevante aceitar que o professor precisa se adequar à realidade dos alunos e das turmas para que possam executar tal premissa.

Hoje a realidade da educação leva o professor a buscar diversos saberes, não somente os quais a disciplina ou área ele vai fazer parte, uma vez que, a realidade educacional presente na vida do aluno, da escola e da comunidade, tem uma influência gigantesca no modo de trabalho adotado pelo professor. Ditados pela tecnologia, atualidade e pelos costumes regionais, as metodologias precisam ser determinadas pelas necessidades do seu público alvo, no caso o aluno. 

Em valor a isso o professor necessita passar todos os processos que seu curso de formação inicial oferece. Para o MEC (BRASIL, 2002), as DCN (Diretrizes Curriculares Nacionais) estabelecem que o perfil dos egressos de um curso compreenderá uma sólida formação técnica, científica e profissional geral que o capacite a absorver e a desenvolver novas tecnologias estimulando a sua atuação crítica e reflexiva, criativa na identificação e resolução de problemas, considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética e humanística, em atendimento às demandas da sociedade.

Yu Me Yut (2012) coloca que: “A reforma educacional no Brasil, a partir da LDB (Lei nº 9394/96), tem a flexibilidade e a avaliação como eixos articuladores na reconfiguração do ensino da graduação”. Ou seja, o professor precisa entender a realidade de seu ambiente e de seus sujeitos para poder criar as metodologias e assim transcorrer de forma perfeita suas aulas. Assim como é fulcral que os saberes do professor vão além do que ele aprendeu na sala de aula.

O corpo escolar é formado por diversos profissionais com diversos saberes empregados e adquiridos durante suas vidas, entretanto com o passar do tempo, novos desafios serão emergidos a este profissional. A realidade social da escola e de seus sujeitos mudam e com isso proporciona a este funcionário a obrigação de se adequar a novos conhecimentos, saberes e mecanismos de ajuda em seu dia a dia na escola. Nessa perspectiva é de fundamental importância que este profissional esteja preparado para encarar novos desafios dentro deste espaço escolar, para isso os cursos de formação continuada fazem presentes colocando alternativas para que os profissionais se tornem cada vez mais capacitados perante os desafios do cotidiano escolar.

É notório pensar que a grande maioria dos mecanismos que o professor desenvolve em uma sala de aula provém do período que este passa na faculdade, uma vez que, o curso de graduação é tido por muitos autores como o responsável por construir pensamentos pedagógicos acerca da obrigação da transferência de conhecimento. Nesse sentido, o reflexo dessa educação inicial pode manter em perfeita evolução a relação de ensino aprendizagem construída no cotidiano das aulas. 

A respeito da formação inicial é possível perceber que a partir da promulgação da LDB 9394/1996 o saber inicial do professor passou a ser visto com mais valorização, com foco tanto na profissionalização da docência quanto nos diversos entendimentos possíveis acerca da aquisição e da produção de saberes por parte dos professores. A partir desse período os métodos pedagógicos passaram a valer para a criação de um participante social ativo, Tardif (2001). Seguindo as teorias do mesmo autor, as mudanças e crescimento da educação inicial tornou o ensino mais abrangente e com melhores atribuições, aprimorando ainda mais os profissionais da educação.

[…] constatamos que as reformas propõem uma verdadeira e profunda mutação do modelo de formação até então em vigor nas universidades: mais que os conteúdos, disciplinas e pesquisa universitária, doravante são os saberes da ação, os docentes experientes e eficazes, e as práticas profissionais que constituem o quadro de referência da nova formação dos professores. (TARDIFF, 2001, p. 16)

Foi possível perceber a inserção de outras ciências e conhecimentos dentro de áreas que antes pareciam impossíveis de verificar, a força da cultura também e identidade de raça e religião agora trabalhada nas salas de aulas, por diversos níveis de ensino. O aprimoramento do ensino em todos os seus níveis, permitiu ao professor conhecer melhor as realidades das turmas onde lecionam, quais as especificidades dos alunos, assim como identificar as maiores dificuldades que emergem na relação de ensino e aprendizagem no cotidiano escolar além, claro, de permitir que este profissional tenha toda a habilidade sobre sua disciplina e a criação das didáticas emanada por este.

O professor é o sujeito que está diretamente ligado ao aluno em quase todo o momento na escola, portanto é o que precisa está cada vez mais preparado para construir alternativa de repasse de conhecimentos didático e sociais. E também este profissional precisa evidenciar o bem-estar desse aluno em todo o momento de sua aula. Saberes esses que muitas vezes passam despercebidos na faculdade sem um foco que deveria ter por parte do acadêmico. Sendo assim a formação inicial deste profissional precisa ser de forma excelente e coerente, evidenciando essas especificidades.

O ato de aprender pressupõe um processo reconstrutivo que permita o estabelecimento de diferentes tipos de relações entre fatos e objetos, que desencadeie ressignificações e que contribua para a reconstrução do conhecimento e a produção de novos saberes, a partir de uma educação transformadora e significativa que rompa com o marco conceitual da pedagogia tradicional. (Gemignani, 2012, P. 03)

Nesse sentido a criação de estilos específicos também fortalece a formação de tendências e mecanismos que são explicados nas teorias pedagógicas, estas permitem o professor se apropriar de conceitos teóricos que tem grande relevância na execução da prática, uma vez que, as teorias são fundamentos que evidenciam a melhor formação para o sujeito.

A metodologia de ensino é algo que o profissional vai construindo durante sua formação acadêmica e coloca em prática nos estágios e quando se forma pode exercer nas turmas que irá trabalhar. Entretanto, o texto base dessa resenha nos mostra um leque de maneiras para se trabalhar de forma adequada e buscar os objetivos no processo ensino aprendizagem.

Mudanças temporais trouxeram uma nova roupagem para as metodologias pedagógicas. Antes seria uma forma de levar apenas o conhecimento da matéria, memorizar os conteúdos, passar de ano e ser aprovado. Mas esse cenário mudou muito nos últimos anos. Diante dessa indefinição, não é de estranhar que outra ideia muito difundida pelas pedagogias contemporâneas seja a de que o cotidiano do aluno deve ser a referência central para as atividades escolares. Ou melhor, são considerados conteúdos significativos e relevantes para o aluno aqueles que tenham alguma utilidade prática em seu cotidiano, Martins (2010).

Visão que antes eram desprezadas agora fazem parte dos objetivos do professor, como o fortalecimento cultural, a cultura agora faz parte do processo ensino-aprendizados. É compreensível que essa supervalorização do cotidiano conduza a outra supervalorização, desta feita daquele tipo de conhecimento definido por Polanyi (1967) como conhecimento tácito, isto é, um conhecimento pessoal, não verbalizado e circunstancial. Em Duarte (2003) é possível perceber uma crítica à concepção de formação de professores em cujo centro está justamente essa noção de conhecimento tácito e a correspondente desvalorização do conhecimento científico, teórico e acadêmico.

O professor deixa de ser um mediador entre o aluno e o patrimônio intelectual mais elevado da humanidade, para ser um organizador de atividades que promovam o que alguns chamam de negociação de significados construídos no cotidiano dos alunos. É de suma importância então que todo o aluno passe por esses conceitos dentro da faculdade e aí verifica meios e formas de repassar o conhecimento para seus alunos.

Logo o professor precisa se adaptar ao meio em que está inserido a escola e seus alunos, para que possa conhecer a realidade desses, a cultura e como é a forma de vida de cada aluno, o que trata de metodologia de adaptação. O construtivismo tem como referência central a epistemologia genética de Jean Piaget. Nessa epistemologia a gênese e o desenvolvimento do conhecimento humano são promovidos pelo esforço de adaptação do organismo ao meio ambiente.

O formato de buscar o novo dentro da escola busca também enfatizar a história desse aluno e tornar o cidadão consciente de seus ideais para isso é de suma importância que o professor faça uso da linguagem oral desse aluno na busca deste se desenvolver perante seus objetivos. Trazendo as teorias mais propícias conseguidas na sala de aula para pôr em prática na sua turma e assim saber como fazer para que esse aluno precise evoluir.

Dentro da proposta da formação acadêmica é perceptível que exista momentos em que o futuro professor se integre a realidade de seu curso e mesmo ainda não formado possa vivenciar um pouco o cotidiano de sua profissão, não apenas de teoria ou leituras se forma um profissional, mas sim diversos saberes que são construídos no decorrer do curso acadêmico e também das diversas experiências vividas nos estágios, em contato com a realidade.

[…]a formação docente do professor consiste em estudarmos e pesquisarmos os diferentes e variados integrantes deste campo educacional, a saber, os estágios e observações realizados nos ambientes escolares. Ou seja, a formação do educador, não acontece de forma isolada, individual e desconecta da realidade, mas, numa construção coletiva e participativa de seus sujeitos. (Gladstone,2016, P. 5 e 6)

Essa construção coletiva, a qual o autor se refere, está voltada para a união do acadêmico, professor atuante da faculdade, professor da turma, onde o estágio está sendo realizado; e os alunos, que servem de público para a aprendizagem das características práticas pedagógicas. Que são mostradas de forma teórica no cotidiano das faculdades. Isso torna a graduação mais consistente para que o futuro profissional esteja preparado para enfrentar os diversos desafios da realidade escolar.

A troca de experiência, pode ser fundamental para contribuir na formação de um bom profissional. Elementarmente o conhecimento prático repassado pelo professor atuante durante o estágio serve de base para a construção de metodologias e didáticas a ser formada pelo acadêmico. Com isso Borges (2008) coloca:

O estágio supervisionado é o momento em que o futuro profissional, nesse caso, o futuro professor, vivencia momentos práticos em sua área de formação sob a supervisão de um profissional já formado, e essencialmente no seu futuro ambiente de atuação, ou seja, nas unidades escolares. (Barbosa, 2008, P.3)

O profissional tem o contato com a realidade de sua futura profissão, desse modo pode perceber os desafios que emergem o cotidiano da sala de aula. É muito ressaltar que a maioria dos estágios promovem o acadêmico a professor por diversos níveis de ensino. Mas cada um com uma característica diferenciada. A formação inicial precisa ser abrangente e o estágio supervisionado vem fomentar novas possibilidades de utilizar a teoria vista nas aulas da faculdade.

Sendo assim, essa formação não pode ficar presa apenas às teorias e seus autores, mas sim perceber o quão pode ser diferente da realidade escolar. O cotidiano dos alunos durante o horário das aulas, as iniciativas de brincadeiras e ações dos alunos pode mostrar o despreparo do professor em algumas situações. Nessa perspectiva durante o estágio pode ser que este professor presencie acidentes com alunos no ambiente da escola, porém apenas como observador, mas já pode servir como uma preocupação para este acadêmico em procurar formações que vão levar a seus conhecimentos estratégias para ajudar os alunos nessas situações.

O processo de formação de um professor, é a segurança para construir mecanismos que irão contribuir para o progresso de alunos no cenário educacional e social, nesse sentido as mudanças que a sociedade sofre reflete nas necessidades que este profissional precisa ter em sua formação, desafios e passando a exigir posicionamentos e reflexões sobre os caminhos aos quais a educação estaria prestes a seguir. O que antes se entendia como um processo educativo de transmissão e depósito da informação (Freire, 2018), hoje o impacto da sociedade requer outros objetivos e atribuições a este professor.

Cientes que os anseios da sociedade acompanham a necessidade de superar a visão fragmentada do currículo e da ação pedagógica, em dualidades, bem como o olhar sobre a formação inicial de professores, tais fatores acabam por emergir enquanto assunto ganha relevância e urgência.(Lopes, 2020, p.227)

A formação inicial é o pilar do desenvolvimento educacional, porém é possível perceber que essa formação inicial necessita ir além dos registros e formação do currículo dos alunos em seu dia a dia, uma vez que, especificidades como cultura, historicidade. Visto que, os novos fundamentos dessa educação inicial propões causar novas investigações nos alunos.

Ou seja, vindo das novas investigações proposta por uma nova escola de formação é possível verificar novos objetivos desse aluno na escola, se a escola oferece inovações tecnológicas em suas didáticas, incentiva o aluno a buscar o conhecimento e o uso dessas ferramentas em seu dia a dia, ampliando seu universo de conhecimento, nesse sentido, as ações e interpretações dos alunos no dia a dia da comunidade estão diretamente ligados.

Nesse sentido, é fundamental que a formação inicial do futuro professor objetive capacitá-lo a refletir sobre sua prática, desenvolver modelos e desempenhar habilidades como observação, análise, meta cognição e metacomunicação. Uma gama de atribuições presente na formação do educador para este esteja preparado para introduzir o melhor e mais ampliado conhecimento para seus alunos.

O estudo de Freire (1996) coloca que o ensinar exige pesquisa, no sentido da busca contínua, da indagação, da reeprocura, da constatação e da intervenção, exige respeito aos saberes dos educandos, toda vez que é necessário respeitar os conhecimentos socialmente construídos pelos alunos na prática comunitária e discutir com eles a razão de ser de alguns desses saberes em relação ao ensino dos conteúdos. O que permite salientar que a educação da faculdade, voltada para a construção do professor, precisa ir além de currículo de conteúdo, mas sim, voltado a diversos conhecimentos, as grades e as pesquisas precisam ser em prol de outros focos da sociedade.

A falta dos conhecimentos que vão além do currículo dos conteúdos na formação e na atuação do professor pode causar danos no desenvolvimento social e cognitivo dos alunos, assim como, dificulta o atendimento desses alunos no que tange a outros saberes, como a atuação frente a um acidente dentro da sala de aula, é elementar os diversos conhecimentos para a progressão deste profissional na sala de aula. 

A influência dessa desinformação generalizada, trará na sociedade consequências que serão inimagináveis, no que tange a visão de mundo e de sociedade, além de comprometer a visão do cidadão que está em formação, prejudicando-lhes a visão crítica e reflexiva da sociedade em que estão inseridos – alunos e professores. (Lopes, 2020, P.230)

É possível salientar que uma grande parte dos professores quando estão na faculdade podem imaginar que iram atuar em uma escola onde vão apenas ser professores, mas na verdade em muitas situações este profissional emergir saberes distintos aos que foram repassados no seu período acadêmico e esses saberes precisam fazer parte do profissional, independentemente de sua de atuação, um exemplo disso são os conhecimentos tecnológicos é crucial que este profissional tenha noções de informática para poder construir me ferramentas metodologias importante para seu crescimento e de seus alunos.

Assim como os saberes voltados aos primeiros socorros, o que é estudado nas universidades não são suficientes para supri a necessidade deste profissional. Logo ele precisa imergir a seu currículo outros processos de formação independente de sua área de conhecimento, essa nova roupagem educacional é de suma importância pra que o professor possa construir mecanismo e processos que venham desenvolver o aluno tanto em seu estado cognitivo, como social, como também, procura manter uma boa relação do aluno com o ambiente escolar.

É possível que professores que procuram e exigem esses saberes dentro do curso de formação inicial, saberes como os primeiros socorros, certamente que terão mais facilidade em progressão educacional de seus alunos, evidentemente que, é de suma importância que este profissional tenha que se atentar aos processos de sua faculdade e conseguir tirar proveito de todas as fases de seu curso.

Vieira (2014) coloca que:

Em tese as matrizes curriculares têm que serem pautadas especialmente no ensino superior, é em novas demandas sociais, humanas e também portarem a obrigação de dar uma alusão da prática que será vivenciada diariamente pelo profissional em formação baseadas em prática – teoria – prática ou ação – reflexão – ação. (Vieira, 2014, 327)

O autor deixa claro que novas roupagem são criadas nos cursos de formação inicial, isso com o intuito de forma um profissional mais preparado para enfrentar a realidade de suas funções e assim imergir atribuições convincentes para sua área de trabalho. Para o professor no campo educacional, as universidades estão tentando demostrar as diversas variedades da realidade que o professor encontrará. E levar até esse futuro profissional mecanismo para lidar com situações diversas, porém, é plausível que o professor não fique preso apenas em seu curso superior, e sim prosseguir seus estudos em busca de mais conhecimentos a respeito da realidade do cotidiano escolar.

Procurar criar currículo variado a ponto de demonstrar ao aluno outras formas de conhecimento, que servirão como prevenção e adequação social, além dos conteúdos tradicionais e básicos de cada disciplina e de cada nível de ensino. A oferta à procura da formação, coincidindo a ação formativa que é ministrada com os desejos e expectativas dos participantes (PIMENTA, 2007). Para sua concepção, torna-se fundamental que o professor participe do processo formativo desde o início, contribuindo com seus interesses e dificuldades correlacionados ao cotidiano em sala de aula.

Apesar do grande valor educacional e profissional que um curso superior tem na vida de um professor, mas em muitas situações a formação inicial não é suficiente para que este sujeito seja completo em suas atribuições perante a comunidade escolar que está inserida, uma vez que, dependendo as realidades onde está lecionando é possível que este precise de outros saberes para poder ministrar suas aulas.

Os saberes além da graduação são adquiridos a partir do convívio com a realidade e aprendizado de mundo, conhecimento da cultura e hábitos da comunidade, porém o saber teórico que o professor passa a ter após a graduação é responsabilidade da educação continuada, que tem a função de aprimorar o profissional com saberes que vêm além de sua formação acadêmica.

A escola é o espaço onde a pessoa, como aluno, passa dos anos e 4h por dia de segunda a sexta, logo isso proporciona uma vivência que causa uma afinidade entre o sujeito e a escola. Nessa perspectiva a adaptação pode causar atitudes que vão além da presença apenas na sala de aula. No ambiente escolar o aluno percebe que pode correr, pular, fazer coisas que faz na sua casa. Esse espaço potencializador para a formação de cidadãos também pode ser considerado um lugar propício à ocorrência de acidentes, em detrimento do grande número de indivíduos que interagem e desenvolvem as mais variadas atividades físicas e comportamentais (SILVA et al., 2017; CALANDRIM et al., 2017).

A esse sentido o professor necessita explorar outros saberes, que serão de muita importância para a segurança de sua turma. Em uma visão ampla do conceito e objetivos da formação continuada Gadotti, (2011) afirma que:

A formação continuada do professor deve ser concebida como reflexão, pesquisa, ação, descoberta, organização, fundamentação, revisão e construção teórica e não como mera aprendizagem de novas técnicas, atualização em novas receitas pedagógicas ou aprendizagem das últimas inovações tecnológicas. A nova formação permanente, segundo essa concepção, inicia-se pela reflexão crítica sobre a prática. (Gadotti,2011, p. 41),

As técnicas a qual o autor se refere na assertiva depende da necessidade que este profissional está passando em suas turmas e na realidade escolar. Libâneo (2004), conceitua a formação continuada como sendo o prolongamento da formação inicial do professor, uma vez que o mesmo defende que ao sair da formação inicial este profissional não está preparado para todos os desafios que o dia a dia escolar pode lhe oferecer. Assim como a realidade no dia a dia da vida escolar do aluno, também influenciam na necessidade do professor sempre está atualizando seu currículo, nessa visão a formação de cursos além de sua formação é fundamental.

O professor precisa acompanhar as mudanças de brincadeiras e atitudes dos alunos, uma vez que as adaptações a esse respeito podem ser uma obrigatoriedade que vá servir como elo para o bom andamento do cotidiano desse professor e sua turma.

Porém não basta apenas o professor de qualquer que seja o nível de ensino dominar apenas o conhecimento repassado na faculdade o que Severino 2008 cita em suas obras trazendo a assertiva:

[…] é muito presente em nosso meio a crença de que basta o profissional da educação dominar e aplicar competentemente a sua atividade docente, determinadas habilidades técnicas, para que a relação pedagógica surta seus efeitos, independentemente de qualquer outra significação que não aquela funcionalmente implícita no puro conhecimento objetivo produzido pelas ciências. (Severino, 2003, p. 86) 

Esse trecho sugere uma visão tecnicista da educação, na qual o sucesso da relação pedagógica é atribuído exclusivamente ao domínio técnico do professor e à aplicação de métodos científicos no ensino. No entanto, essa perspectiva ignora outros fatores essenciais, como a interação humana, o contexto sociocultural dos alunos e a construção coletiva do conhecimento.

Se considerarmos a educação como um processo que vai além da transmissão de conteúdos, percebemos que a relação pedagógica envolve elementos subjetivos, como empatia, diálogo, mediação de conflitos e a valorização das experiências dos alunos. Dessa forma, ensinar não se resume a aplicar técnicas, mas também a construir sentidos, estimular o pensamento crítico e promover um aprendizado significativo.

Mesmo que não esteja diretamente ligada à área pedagógica, a formação continuada independente de seus objetivos, estabelece um fortalecimento do processo ensino aprendizagem, pois todos os mecanismos que beneficiam o aluno dentro do espaço escolar viabilizam para este um maior âmbito em seu conhecimento.

Quanto a isso o corpo escolar precisa estar preparado para lidar com esse aluno e suas atitudes nos horários das aulas.

A educação ineficiente da população acarreta várias consequências em diversos âmbitos da sociedade, em vista disso o futuro educacional concerne na transdisciplinaridade de conhecimento, com o objetivo de unir os campos da ciência e trazer próximo ao homem os conhecimentos necessários para lidar com as imprevisibilidades. (Rosa,2017, P.798)

Isso requer afirmar que a falta de alguns conhecimentos pode causar não apenas o desespero nas pessoas, mas também, pode provocar algo mais grave no paciente ou em quem está precisando de ajudo, nesse sentido, não saber as técnicas de primeiros socorros pode ser muito prejudicial para encarar ocasiões inesperadas.

Logo no ambiente escolar é corriqueiro verificar quedas e outras situações onde funcionários da escola precisam acudir os alunos da melhor forma possível, tendo em vista, que lidar com essas situações precisa ser estudada e treinada para ter o real conhecimento da situação. Ademais, Oliveira et al. (2015) falam que essa promoção de educação em primeiros socorros, garante o empoderamento da população na tomada de decisões que ajudam o atendimento pré-hospitalar

Em muitos momentos a presença desses cursos na escola torna a formação dos professores e outros profissionais da escola mais adequada para encarar o dia a dia dos alunos. Seguindo as coordenadas de profissionais se aperfeiçoar em ação ante hospitalares, faz-se necessário atenção dos participantes e em todas as fases da formação.

A formação do professor não é suficiente para determinar um bom profissional, uma vez que, atributos extraclasse ou diferentes de conteúdo (matéria) pode determinar diversos aspectos de um professor, nesse sentido, a formação de um professor precisa ser contínua, só o contentamento da graduação, não é ferramenta para se compor todos os requisitos educacionais. Barreto (2009) deixa claro que o professor necessita de uma formação além de seu currículo, que possa ter o conhecimento de conceitos diferenciados, mas que são de muita relevância para a comunidade escolar.

O conceito de educação continuada aproxima as ações de uma lógica escolarizante, de transferência de conhecimentos. Em sentido oposto, a formação continuada desenvolver-se-ia menos sob a perspectiva de um programa escolar e mais de acordo com uma vertente de treinamento, para a qual se pressupõe que os educandos devem e podem ser treinados a fim de melhorarem seu desempenho. (MACEDO, 2015, p 39)

A necessidade de manter uma educação de qualidade, ocasiona o profissional da educação a buscar em estratégias, diferentes as da formação inicial, novos saberes, entretanto muitos desses conhecimentos são vistos como treinos, uma vez que, não constituem algumas especificidades que tange o conceito de curso. Aprimoramento que são necessários para que o professor se adeque a mudanças no cenário educacional. Sendo assim, a formação continuada tem como principal objetivo o desenvolvimento profissional do educador, fazendo com que ele possa aprender como potencializar o processo de ensino aprendizagem Gabriela (2021).

A prática interdisciplinar começou a ser desenvolvida na Educação Brasileira a partir da Lei Nº 5.692/71, foi diante desse contexto que mudou o cenário educacional brasileiro, e a interdisciplinaridade começou a tornasse mais presente com adventos da Lei Nº 9.394/96 e com os Parâmetros (BRASIL, 1997). O que é correto afirmar que a partir do momento do surgimento das teorias interdisciplinar, esse mecanismo educacional, passou a ser evidenciado nas escolas como uma alternativa para que o professor conheça diversos saberes além de sua formação, ou ainda que descubra por meio de outras disciplinas respostas para a realidade de seus alunos, no dia a dia escolar.

Jose (2005), evidência a prática interdisciplinar apontando que:

Para que ocorra a interdisciplinaridade, não necessitamos eliminar os componentes curriculares, mas torná-los comunicativos entre si, concebê-los como processos históricos e culturais, visando o processo de ensino e aprendizagem. A prática pedagógica da interdisciplinaridade não visa a eliminação dos componentes curriculares, pois o conhecimento é um fenômeno com várias dimensões inacabadas, necessitando ser compreendido de forma ampla. O imprescindível é que se criem práticas de ensino, visando o estabelecimento de relações entre os componentes curriculares e que se aliem aos problemas da sociedade. (Jose, 2005, p. 34)

O termo interdisciplinaridade se refere a estabelecer conexões entre duas ou mais áreas do conhecimento. Para uma escola, é algo que envolve a ideia de conectar múltiplas disciplinas para que a qualidade da aprendizagem seja enriquecida em conjunto, com um tema complementando o outro. 

Dessa forma, trabalhar com foco em interdisciplinaridade envolve resgatar as conexões entre esses temas. Um contexto histórico de uma teoria química pode ter raízes na Física, assim como influências geográficas influência o estudo da Matemática em determinados casos. Cabe aos professores enxergarem essas oportunidades e aproveitá-las. A escola também precisa ceder espaço para que essas conexões ocorram ao integrar seu corpo docente adequadamente. 

É importante reforçar a distinção desse para outro termo, a multidisciplinaridade. Ela se refere a analisar um mesmo tópico ou tema sob a ótica de várias disciplinas diferentes. Dessa forma, cada professor pode abordar um mesmo assunto sem fazer ligações diretas com outras disciplinas.

Tratar de temas importante para a sociedade por meio de saberes tradicionais pode ser de suma importância para a formação do processo de ensino aprendizagem, uma vez que, outros saberes, inovadores e de seguridade tornam o aluno mais preparado para se defender de diversas situações no dia a dia escolar.

Na década de 60 e 70 que a educação começava a ganhar novos caminhos na busca de outros objetivos, além de apenas querer repassar conhecimentos. Seguindo o pensamento de Carlos (2007) “a interdisciplinaridade surgiu na Itália e na França, em um momento que foi caracterizado como o período dos movimentos Estudantis”. Tais movimentos buscavam a quebra de um paradigma com relação ao ensino, para esses estudantes é necessário colocar em prática as grandes questões sociais, políticas e econômicas da época. 

Todos esses questionamentos deveriam ser ministrados de forma hormônica com os conteúdos curriculares, é de suma importância que o professor observe as dificuldades de cada aluno e nunca deixar o grupo de lado, se a turma está com dificuldade de leitura, deve-se inserir neste grupo mecanismos para tratar de tal falha, mesmo se a aula é de cálculo ou história, por exemplo, então, precisa-se do esforço dobrado do docente para identificar essas necessidades de cada aluno e levar enfoque para suas aulas.

Esses diversos conceitos de interdisciplinaridade giram em torno de vários atributos e aspectos escolares presentes em um ambiente educacional. Não somente da relação professor e aluno. 

Para Ivani Fazenda (2008)

Se definirmos a interdisciplinaridade como junção de disciplina, cabe pensar em currículo apenas na formação da grade. Porém se definirmos interdisciplinaridade como atitude de ousadia e busca frente ao conhecimento, cabe pensar aspectos que envolvem a cultura do local onde se formam os professores. (Fazenda 2008 p 17)

Fica evidente na literatura de Ivani Fazenda (2008) que levar a cultura e os costumes regionais é muito importante para o aprendizado social de cada estudante, portanto é necessário inserir tais conteúdos em todas as disciplinas não apenas em história ou arte, ingressar tal premissa nas aulas de leitura e cálculo também. 

Tamanho são os desafios de abarcar não apenas o referencial curricular exigido pelas diretrizes educacionais, mas ir além e chegar ao processo de formação do aluno como cidadão. Quebrar esse paradigma tradicional, vai fazer muito esforço, atenção e dedicação do docente, pois ele é o mediador do conhecimento, assim necessita ser o agente transformador, que vai modificar e construir novos métodos de entendimentos sobre os assuntos abordados em sala de aula. Pois para (Gadotti, 2008, p.2). “A interdisciplinaridade visa a garantir a construção de um conhecimento globalizante rompendo com as fronteiras das disciplinas”.

Cada disciplina precisa ser analisada não apenas no lugar que ocupa na grade, nos saberes que contemplam obrigando o docente a rever suas práticas e a redescobrir seus talentos no momento em que incorpora uma visão além de suas matérias ou conteúdos abordados.

Nesse momento em que os múltiplos conhecimentos se interligam, o trabalho interdisciplinar pode fazer parte do cotidiano do aluno. Independente da disciplina (matéria) trazer para as aulas do dia a dia temas sociais da realidade escolar. Como Silva e Santana apontam:

“A vivência interdisciplinar, no âmbito da sala de aula, permite trazer para as práticas pedagógicas elementos do cotidiano e construir uma interdependência e uma inter-relação entre o que se aprende com o que se vive”. (SILVA e SANTANA, 2018, p.109)

Fica claro com as literaturas que a interdisciplinaridade surgiu para aprofundar os conhecimentos dos docentes a respeito dos conteúdos que ele adquiriu na faculdade, adequando seus saberes teóricos a realidade dos alunos ao qual ele ministra as suas aulas, é desafiador para um professor inserir em uma aula de matemática, questões discursivas e interpretativa, entretanto é de grande valia para o educando, aprender os números e contas por meio prática de seu cotidiano, formas que ele ver todos os dias em sua realidade. Essa grande importância de levar a metodologia interdisciplinar trás para a relação ensino aprendizagem, não fica comprimida apenas na escola, mas também é observada na vida e futuro de cada estudante.

RESULTADO 

A formação inicial do professor não é suficiente para determinar um bom profissional, uma vez que, atributos extraclasse ou diferentes de conteúdo (matéria) pode determinar diversos aspectos de um professor, nesse sentido, a formação de um professor precisa ser contínua, só o contentamento da graduação, não é ferramenta para se compor todos os requisitos educacionais. Barreto (2009) deixa claro que o professor necessita de uma formação além de seu currículo, que possa ter o conhecimento de conceitos diferenciados, mas que são de muita relevância para a comunidade escolar.

A necessidade de manter uma educação de qualidade, ocasiona o profissional da educação a buscar em estratégias, diferentes as da formação inicial, novos saberes, entretanto muitos desses conhecimentos são vistos como treinos, uma vez que, não constituem algumas especificidades que tange o conceito de curso. Aprimoramento que são necessários para que o professor se adeque a mudanças no cenário educacional. Sendo assim, a formação continuada tem como principal objetivo o desenvolvimento profissional do educador, fazendo com que ele possa aprender como potencializar o processo de ensino aprendizagem Gabriela (2021).

A escola é o espaço onde a pessoa, como aluno, passa dos anos e 4h por dia de segunda a sexta, logo isso proporciona uma vivência que causa uma afinidade entre o sujeito e a escola. Nessa perspectiva a adaptação pode causar atitudes que vão além da presença apenas na sala de aula. No ambiente escolar o aluno percebe que pode correr, pular, fazer coisas que faz na sua casa. 

Libânio (2004), conceitua a formação continuada como sendo o prolongamento da formação inicial do professor, uma vez que o mesmo defende que ao sair da formação inicial este profissional não está preparado para todos os desafios que o dia a dia escolar pode lhe oferecer. Assim como a realidade no dia a dia da vida escolar do aluno, também influenciam na necessidade do professor sempre está atualizando seu currículo, nessa visão a formação de cursos além de sua formação é fundamental. 

O professor precisa acompanhar as mudanças de brincadeiras e atitudes dos alunos, uma vez que as adaptações a esse respeito podem ser uma obrigatoriedade que vá servir como elo para o bom andamento do cotidiano desse professor e sua turma. Porém não basta apenas o professor de qualquer que seja o nível de ensino dominar apenas o conhecimento repassado na faculdade o que Severino (2008) cita em suas obras trazendo a assertiva:

Mesmo que não esteja diretamente liga a área pedagógica, a formação continuada independente de seus objetivos, estabelece um fortalecimento do processo ensino aprendizagem, pois todos os mecanismos que beneficiam o aluno dentro do espaço escolar viabilizam para este um maior âmbito em seu conhecimento. Quanto a isso o corpo escolar precisa estar preparado para lidar com esse aluno e suas atitudes nos horários das aulas.

É possível salientar que quando tratamos de alunos deficientes, as atitudes podem sair do controle do professor e isso faz com que esse profissional precise está preparado para lidar com todas essas atitudes. Os autistas, por exemplo, é comum eles agirem de forma alteradas e imprevisíveis. Gritam, correm e às vezes não obedecem aos comandos.

Outro ponto importante é que na educação inicial, muitas vezes, o acadêmico não consegue abordar todos os paradigmas que abrangem a realidade dos alunos, para tanto, o cotidiano.

A citação que você compartilhou destaca a importância da interdisciplinaridade no futuro da educação, apontando para a necessidade de integrar conhecimentos de diferentes áreas para preparar os indivíduos para lidar com as complexidades e imprevisibilidades da sociedade. A referência à “educação ineficiente da população” sugere que o sistema educacional atual pode não estar atendendo adequadamente às necessidades da sociedade. Isso pode se manifestar em lacunas no aprendizado, falta de relevância prática e deficiências na preparação para os desafios do mundo contemporâneo.

A proposta de interdisciplinaridade implica na quebra das barreiras entre diferentes disciplinas, integrando conhecimentos de diversas áreas do saber. Isso permite uma compreensão mais holística e abrangente dos problemas, preparando os indivíduos para enfrentar desafios complexos que não podem ser abordados isoladamente por uma única disciplina.

A ideia de “unir os campos da ciência” sugere a importância de integrar o conhecimento científico com aspectos humanísticos. Isso implica não apenas no desenvolvimento de habilidades técnicas, mas também na promoção de competências sociais, emocionais e éticas necessárias para uma participação efetiva na sociedade. 

Destacar a preparação para lidar com “imprevisibilidades” indica a necessidade de cultivar a resiliência, a adaptabilidade e o pensamento crítico. O mundo está em constante mudança, e uma educação transdisciplinar pode capacitar os indivíduos a enfrentar situações desconhecidas e complexas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A formação continuada na educação infantil é um elemento essencial para garantir a qualidade do ensino e o desenvolvimento integral das crianças, considerando suas particularidades e potencialidades. Ela oferece aos educadores a oportunidade de refletir sobre suas práticas, atualizar-se sobre avanços teóricos e metodológicos, e aprimorar suas competências, contribuindo para uma educação mais inclusiva, significativa e alinhada às demandas contemporâneas.

Além disso, a formação continuada fortalece o papel do educador como agente transformador, promovendo a valorização profissional e incentivando o trabalho colaborativo. Dessa forma, investir na formação permanente dos profissionais da educação infantil não é apenas uma necessidade, mas uma estratégia indispensável para assegurar um futuro mais promissor às crianças e, consequentemente, à sociedade como um todo.

REFERÊNCIA

BRASIL, Ministério da educação, 2005

FAZENDA, I. C. A. Dicionário em construção: interdisciplinaridade. São Paulo: Cortez, 2001.

GABRIELA, Andressa de Moura Costa, a importância da formação continuada para o educador nos anos iniciais do ensino fundamental, 2021

GADOTTI, Moacir. Boniteza de um sonho: ensinar-e-aprender com sentido. 2. ed. São Paulo: Instituto Paulo Freire, 2011.

JOSÉ, Mariana Aranha Moreira. Interdisciplinaridade: as disciplinas e a interdisciplinaridade brasileira. In: FAZENDA, Ivani. O que é interdisciplinaridade? São Paulo: Cortez, 2008

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola – teoria e prática. Goiânia: Alternativa, 2004

MACEDO, Marcel Corrêa e Castro. A formação inicial e a continuada: diferenças conceituais que legitimam um espaço de formação permanente de vida. Cad. Cedes, Campinas, v. 35, n. 95, p. 37-55, jan.-abr., 2015.

RODRIGUES, Polyana Marques Lima. A importância da formação continuada de professores da educação básica: a arte de ensinar e o fazer cotidiano. 2017. 

ROSA, Sanches GJC, Gomes ICR, Silva MLM, Duarte ACS, Boery RNSO. Estratégias baseadas em metodologias ativas no ensino aprendizagem de primeiros socorros: relato de experiência. Rev Enferm 2017;2(11):798-803

SEVERINO, Antônio Joaquim. Novos enfoques da pesquisa educacional. In:

FAZENDA, Ivani (Org.). Novos enfoques da pesquisa educacional. São Paulo: Cortez, 2003.