MOSTRA CULTURAL: MÉTODO PEDAGÓGICO PARA O ENSINO DE HISTÓRIA DA ÁFRICA

EXPOSITION CULTURAL: PEDAGOGICAL METHOD FOR TEACHING AFRICAN HISTORY

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202502191323


Robert de Souza Valois Batista¹;
Rafaela Braga Rodrigues².


RESUMO:

Este artigo tem por finalidade apresentar os resultados de uma mostra cultural no ensino de História para alunos do ensino básico, por se tratar de um método de ensino atraente e inovador, visto que supera muitas práticas de ensino tradicionais, possibilitando um aprendizado mais significativo, o desenvolvimento do aluno e o protagonismo juvenil. Nesta pesquisa buscou-se analisar de que forma a mostra cultural pode agregar-se ao processo de ensino e aprendizagem de história da África e dos povos africanos para os alunos do ensino médio. Os resultados evidenciaram a importância desta ferramenta pedagógica, pois sua aplicação ajuda o estudante no processo de aprender. Na análise dos dados coletados ficou perceptível que esta ferramenta pedagógica estimula a participação ativa do estudante para a aquisição de uma aprendizagem mais significativa.

Palavras-chave: Mostra Cultural, Ensino de História, Prática pedagógica.

ABTRACT:

The purpose of this article is to present the results of a exposition cultural in the teaching of history to primary school students, as it is an attractive and innovative teaching method, as it overcomes many traditional teaching practices, allowing for more meaningful learning, student development and youth protagonism. This research sought to analyze how the cultural show can be added to the teaching and learning process of the history education of Africa and African peoples for secondary school students. The results showed the importance of this pedagogical tool as its use helps students in the learning process. The analysis of the data collected showed that this pedagogical practice stimulates the active participation of the students in order to acquire more meaningful learning.

Keywords: Exposition cultural, history education, pedagogical practice.

1 INTRODUÇÃO

Este estudo demonstra os incentivos e resultados que a mostra cultural pode oferecer ao ensino de história, especialmente por ser um evento diferenciado, desafiador e inovador que rompe com as barreiras impostas pelos métodos tradicionais de ensino. O objetivo principal deste estudo é contribuir de forma significativa para que os educandos do Ensino Médio se sintam estimulados a buscar o conhecimento histórico de forma autônoma a partir da interação com os demais alunos e professores.

A mostra cultural é um instrumento pedagógico complexo atrelado ao planejamento curricular, que tem por finalidade fazer com que os estudantes se apropriem do conhecimento científico e desenvolvam a capacidade de transmiti-los aos seus familiares, amigos e demais membros da comunidade escolar por intermédio da construção de salas temáticas com banner, painéis, maquetes etc.

Para alcançarmos o objetivo proposto pela mostra cultural faz-se necessário que o professor esteja disposto a modificar sua metodologia de ensino, superando práticas pedagógicas ultrapassadas, baseadas em técnicas de memorização e na transmissão de conhecimento por meio de aulas expositivas magistrais, chamada por Paulo Freire de “educação bancária”.

Na atualidade, a educação requer um novo perfil de professor, aquele que facilite o processo de aprendizagem do aluno utilizando práticas de ensino inovadoras. Como bem observou Masseto (2003), a abordagem tradicional, baseada na transmissão de conteúdos pelo professor, precisa dar lugar a práticas de ensino inovadoras, buscando métodos de ensino que facilitem e incentivem o discente a desenvolver um perfil inovador e solucionar os problemas de uma forma facilitadora e prazerosa.

A partir do foi exposto, especificamos o seguinte problema: como a mostra cultural pode facilitar o ensino de história? Pois, nesta proposta de ensino entende-se que o educando seja o ator principal no processo ensino-aprendizagem tornando-se protagonista, produzindo se próprio conhecimento de forma ativa e não passiva.

Neste estudo objetivamos analisar as potencialidades da mostra cultural como ferramenta pedagógica para o processo de ensino de História. Diante disto, investigou- se os pressupostos teóricos-metodológicos que se referem à mostra cultural na educação, verificando como ela pode contribuir para a aquisição de saber pelo educando e para o ensino-aprendizagem de História.

Neste relato utilizou-se a pesquisa bibliográfica, a observação participante e a metodologia quantitativa e qualitativa. Quantitativa para quantificar as informações e testar teorias objetivas. Qualitativa possibilitando a análise e interpretação dos dados coletados.

Com este estudo pretende-se contribuir para debate e reflexão sobre as práticas docentes na atualidade, onde o aluno deixou de ser visto como um sujeito passivo que apenas reproduz conteúdo pronto e acabado. Vale salientar que o aluno de hoje não é o mesmo do passado, pois detém inúmeros saberes, adquiridos no meio em que vive e através das redes sociais e demais tecnologias de informação. Neste sentido, concorda-se com Perrenoud (2000), quando afirma que cada aluno vivencia a aula de um jeito diferente.

Espera-se que o conteúdo deste artigo possa estimular a busca pela apreensão de conceitos que regem os métodos educativos para assimilação e acomodação efetiva da mostra cultural, de modo a inspirar os profissionais de educação a realizar novas experiências que estimulem o engajamento dos estudantes na apropriação de conhecimento científico de forma participativa e engajada.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Vertentes historiográficas contemporâneas

Desde o século XIX, a busca pela cientificidade da história foi e continua sendo um dos principais objetivos dos historiadores. Por este motivo, estes profissionais sempre procuraram se embasar em métodos científicos para compreensão dos acontecimentos históricos ou até mesmo desenvolvê-los. A partir deste objetivo foram surgindo diferentes correntes historiográficas que influenciaram a historiografia mundial.

A partir do exposto, Rojas (2017), divide a historiografia contemporânea em quatro etapas. A primeira, de 1848 a 1870, sob influência do marxismo; a segunda etapa, de 1870 a 1929, com predomínio da escola positivista; a terceira, que se inicia em 1929 e se prolonga até 1968, com hegemonia da Escola dos Annales; e, a quarta etapa, de 1968 até hoje, não ocorre influência hegemônica de nenhuma corrente historiográfica.

Na primeira etapa, baseada na proposta marxista, pela primeira vez houve uma tentativa de promover a história à categoria de ciência, através da análise crítica dos acontecimentos. Assim, Marx e Engels se empenharam numa reconstrução da história das sociedades humanas a partir do método que ficou conhecido como materialismo histórico e dialético. Porém, esta tendência encontrou forte resistência da ideologia liberal burguesa para estabelecer-se.

Na segunda etapa, a história alcançou nas universidades o status de ciência pelo trabalho dos historiadores da escola positivista. Os positivistas tinham uma visão linear da história; defendiam que somente o conhecimento científico é verdadeiro; reconhecia como fonte histórica somente os documentos oficiais; que o historiador deveria apenas relatar a verdade dos documentos sem atribuir qualquer crítica; contribuíram com a periodização clássica da história. Entre inúmeras críticas a esta interpretação do documento, Rojas (2017, p.13) afirma que o positivismo se limitava apenas a inventariar e descrever os documentos oficiais de maneira monográfica e empobrecida, o que acabava reproduzindo a visão histórica das classes dominantes.

A terceira etapa iniciou-se na França com o surgimento da Escola dos Annales, cujo objetivo era combater a perspectiva positivista da história. Além dos documentos oficiais, esta corrente historiográfica considera como fontes históricas outros textos escritos, fontes arqueológicas, pinturas rupestres, tradição oral, cultura material e imaterial. Esta tendência adotou uma abordagem interdisciplinar utilizando métodos científicos das demais ciências sociais, e passou a formular questões para direcionar suas pesquisas.

A quarta etapa, iniciada a partir da Revolução Cultural de 1968, inaugurou um período no qual não há predomínio de nenhuma vertente historiográfica. Por este motivo, a busca pela renovação da historiografia tem a participação de vertentes que ora são confluentes e ora são divergentes. Esta realidade atual surgiu como um fator positivo, pois conforme a afirmação de Rojas (2017, p. 70), o fato de não haver a hegemonia de nenhuma vertente, colabora para que todas contribuam para inovação da historiografia.

2.2 O ensino de História no Brasil

No século XIX, o filósofo irlandês Edmund Burke afirmou que um povo que não conhece a sua história está condenado a repeti-la. Comprovadamente, percebe-se que uma grande parcela da população desconhece os acontecimentos que resultaram na formação do Estado brasileiro e sua história. Este fato é preocupante porque nos últimos anos, assim como acontece nos países europeus, estão proliferando nas redes sociais versões históricas negacionistas que se recusam a aceitar a validade dos fatos históricos apesar de todas as evidências que os confirmam.

O ensino de História começou efetivamente no Brasil durante o período regencial quando a história apareceu como disciplina escolar a partir da criação do Colégio Pedro II, instituição elitista, cuja finalidade era preparar os jovens da nobreza para exercerem os cargos mais importantes do Império. O papel da disciplina História neste momento, estava relacionado ao projeto de construção da identidade nacional da jovem nação.

Em fins de 1870, o ensino de História no Brasil sofreu algumas mudanças devido à forte influência de uma corrente historiográfica, conhecida como Escola Positivista. Conforme salientado nos Parâmetros Curriculares Nacionais, esta tendencia entendia que a história deveria ser ensinada na seguinte maneira:

[…], a ordem dos acontecimentos era articulada pela sucessão de reis e pelas lutas contra os invasores estrangeiros, de tal forma que a história culminava com os grandes eventos da Independência e da Constituição do Estado Nacional, responsáveis pela condução do Brasil ao destino de ser uma grande nação (BRASIL, 1997, p. 21).

A Proclamação da República em 1889, em nada contribuiu para que ocorressem mudanças significativas na educação, tampouco no ensino de História. O governo republicano não estava interessado em melhorar ou ampliar a educação para as classes populares, continuou destinado às classes abastadas e preocupado com o projeto de consolidação da nação brasileira. Conforme observou Manoel (2012, p.14), o principal objetivo do ensino de História era construir uma nação moderna, industrializada, republicana, com espírito cívico e consciente no “conceito internacional das Nações.

A Revolução de 1930, contribuiu bastante para que a educação conquistasse avanços importantes. Ao longo dos 15 anos que Getúlio Vargas esteve no poder, as políticas educacionais transformaram a educação no Brasil. Em 1930 foi criado o Ministério da

Educação e Saúde Pública que sob influência do movimento Escola Nova procurou modernizar o ensino público, através da Reforma de Francisco Campos, em 1931.

Esta reforma implantou políticas públicas destinadas à alfabetização e formação de professores. A partir desta, ocorreu a uniformização dos conteúdos curriculares que passaram a valer para todos os estados da União. Quanto ao ensino de História, essas medidas acabaram privilegiando o ensino de História Geral, enquanto a História do Brasil ficava em segundo plano.

A Constituição de 1934, inovou ao criar o ensino primário público e obrigatório, oferecido gratuitamente por instituições públicas, cuja frequência também passou a ser obrigatória. Vale destacar que, naquele contexto histórico onde predominavam as ideias liberais, não era função do Estado Nacional garantir políticas públicas que englobavam a educação. Neste sentido, a educação escolar permaneceu sendo um privilégio de uma pequena parcela da população.

Nas décadas de 1950 e 1960, a educação brasileira sofreu forte influência do modelo educacional norte-americano que, naquele contexto, adotava a explicação marxista na história que adotava nas universidades e no ensino secundário (atual Ensino Médio), a história era ensinada através dos modos de produção.

Entretanto, a partir da implantação da ditadura civil-militar a partir do Golpe de 1964, os conteúdos de História e Geografia foram diminuídos e, a partir da LDB de 1971, criou-se a disciplina de Estudos Sociais para substituir estas disciplinas. Nas escolas primárias se implantou Estudos Sociais e a História foi excluída do currículo. Também foi criada a disciplina Educação Moral e Cívica cuja finalidade era, segundo Fonseca (2003, p. 32), legitimar o regime militar substituindo os conceitos de moral, democracia, livre pensamento e debate de ideias, por subserviência, patriotismo, repressão do pensamento e culto aos heróis da pátria, ou seja, o que importava para o governo naquele momento era a doutrinação ideológica.

Como as demais disciplinas escolares, a História no Brasil sofreu reformulações somente a partir dos anos 80, devido à pressão social e da ampliação da rede ensino público. Conforme Bittencourt (2002, p. 13), pela frequência de grupos de trabalhadores nas escolas que haviam sido construídas para setores privilegiados da sociedade.

Com o fim do regime ditatorial, deu-se início ao processo de reformulação do ensino no Brasil, principalmente a partir da aprovação da LDB 9.394/96. Esta legislação foi criada para garantir o direito ao acesso à educação gratuita e de qualidade para toda a população brasileira, valorizando os profissionais da educação e estabelecendo como dever da União, dos Estados e dos Municípios com a educação.

A partir destas mudanças, no período pós ditadura, o ensino de História passou a exercer um papel mais importante na formação do aluno/cidadão procurando oferecer subsídios para desenvolver uma participação maior na sociedade. Conforme os Parâmetros Curriculares Nacional de História:

O ensino de História possui objetivos específicos, sendo um dos mais relevantes o que se relaciona à constituição da noção de identidade. Assim, é primordial que o ensino de História estabeleça relações entre identidades individuais, sociais e coletivas, entre as quais se constituem como nacionais (BRASIL, 1999, p.26)

Partindo desta perspectiva, as modificações ocorridas no ensino de História buscaram estabelecer conexões entre fatos históricos e a vida do aluno, independentemente de sua classe social, incentivando os jovens a compreender o presente através do passado, facilitando o desenvolvimento do raciocínio crítico, da interpretação bem como a aplicação de conceitos e análises. Conforme afirmou Matta:

O ensino de História, para ser útil e motivador, deve ter o objetivo de desenvolvimento o pensamento crítico e a capacidade de envolver os alunos e os professores como autores e atores, agentes do processo. As problemáticas integradas nas questões de vida dos envolvidos (2004, p.55).

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Contexto da Pesquisa

O projeto com o tema “Mama África”, foi idealizado no mês de maio de 2023. A partir desse momento começaram os preparativos para a realização da Segunda Mostra Cultural de História da Escola Estadual Tiradentes, escola da rede estadual de ensino (SEDUC-AM), localizada na rua Coronel Ferreira de Araújo, S/Nº, bairro de Petrópolis, na zona Centro-Sul da cidade de Manaus, capital do Estado do Amazonas.

A escola funciona atualmente nos três turnos cujo níveis de modalidade de ensino estão distribuídos na seguinte forma: Anos finais do Ensino Fundamental no turno matutino com 18 salas de aula; Ensino Médio no turno vespertino com 18 salas de aula; e no turno noturno com 10 salas de aula em funcionamento sendo 6 para o Ensino Médio Regular e 4 para a Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Considerando o contexto sociopolítico e econômico dos moradores do bairro de Petrópolis, observou-se que a maioria da população são trabalhadores autônomos e assalariados, comerciantes, donas de casa e de pessoas que ainda não foram absorvidos pelo mercado de trabalho.

A proposta pedagógica da Escola Estadual Tiradentes está embasada na Pedagogia Crítico Social dos Conteúdos, possuindo um modelo sócio interacionista e socioconstrutivista desenvolvendo uma prática pedagógica reflexiva na difusão dos conteúdos contextualizados conforme a realidade do corpo discente, dando possibilidade para que o aluno possa produzir seus próprios saberes, enquanto o professor assume o papel de mediador do processo educativo. Segundo Libâneo:

A escola é necessária para se fazer frente a essas realidades é a que provê formação cultural e científica, que possibilita o contato dos alunos com a cultura, pela ciência, pela técnica, pela linguagem e pela ética. Especialmente, uma escola de qualidade é aquela que inclui uma escola contra a exclusão econômica, política, cultural e pedagógica (2004, p.40).

O projeto “Mama África” foi planejado para que os resultados fossem demonstrados a partir de exposições que foram preparadas para realização da Segunda Mostra Cultural de História da Escola Estadual Tiradentes. O tema foi escolhido devido a percepção de que a sociedade brasileira tem grande deficiência em conhecimentos sobre assuntos referentes à história e à cultura africana.

A temática foi escolhida devido a necessidade de aprofundamento sobre a cultura africana e afro-brasileira, já que o Brasil foi povoado por inúmeros grupos étnicos de origem africana e cada um deixou sua marca na cultura brasileira. Sendo assim, pensou- se na mostra cultural como uma grande oportunidade para abrir espaços para debates e aquisição de saberes relacionados com a temática.

Desta maneira, comtemplou-se o que preconiza a Lei Nº 10.639/03 – MEC, “que institui a obrigatoriedade do ensino da História da África e dos africanos no currículo escolar do ensino fundamental e médio” (Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, p.8, 2005). Com apoio da equipe gestora, buscou-se desenvolver um projeto voltado para as raízes e resgate da cultura e história da África, para com isso entendermos nossa relação estreita com esse continente e identificarmos a nossa identidade afro-brasileira.

Segundo Moran (2015), é necessário que as metodologias utilizadas permitam que os estudantes tenham iniciativa para desenvolver atividades mais complexas a fim de tomarem decisões e avaliarem os resultados. Sendo assim, percebe-se que a escolha da mostra cultural para apresentação e exposição dos resultados das pesquisas dos alunos vem de encontro com o que foi colocado pelo autor.

Escolheu-se a mostra cultural por ser um método de ensino com potencial para atrair os alunos visando um maior envolvimento nas pesquisas, maior interação entre eles porque aprendem melhor os assuntos e a superar suas dificuldades. Salienta-se que a mostra cultural é apenas dos nomes utilizados para definir as Feiras de Ciências. Assim, este tipo de evento é considerado uma prática inovadora, como bem observou Lima:

As Feiras de Ciências (ou Feiras de Conhecimentos, ou Feiras de Ciência e Cultura) se apresentam então como um convite para abrir todas as janelas: da curiosidade e interesse do aluno, da criatividade e mobilização do professor, da vida e sentido social da Escola” (LIMA, Apud BRASIL, p. 20).

Neste estudo também se contempla o que determina a LEI Nº 14.560 DE 26 DE ABRIL DE 2023, que inseriu no art. 70 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), o inciso IX:

Realização de atividades curriculares complementares voltadas ao aprendizado dos alunos ou à formação continuada dos profissionais da educação, tais como exposições, feiras ou mostras de ciências da natureza ou humanas, matemática, língua portuguesa ou estrangeira, literatura e cultura.

Definiu-se que o evento ocorreria no dia 18 de agosto de 2023, a partir das 13:30hs até as 16:30hs. A mostra aconteceria em dois ambientes, a saber: Cerimônia de Abertura dos Trabalhos na quadra da escola e o segundo momento nas salas de aula para exposição e apresentação dos trabalhos. Definiu-se também que alguns professores atuariam como avaliadores das exposições conforme os critérios estabelecidos, a saber: bandeira do país, ornamentação da sala de aula, e o conteúdo apresentado.

As orientações iniciaram-se no dia 1º de julho de 2023. Cada professor coordenador orientou suas turmas e distribuiu os temas. Em seguida os alunos pesquisaram sobre seu tema, abrangendo diversos aspectos como organização social, regime político, localização geográfica, economia, cultura incluindo culinária, música, dança e religião.

Determinou-se que cada turma deveria organizar uma planilha contendo os nomes dos alunos, demonstrando a participação deles nos seguintes quesitos: pesquisa, impressão de material, ornamentação, recepção, apresentação, organização e limpeza. A partir desta planilha tornou-se possível aferir a participação de cada um durante todo o processo de preparação e realização do evento.

De julho a agosto cada turma reuniu-se periodicamente para debater os assuntos e planejar a apresentação e exposição do tema. Nesse período procurou-se idealizar a melhor maneira para expor os trabalhos no dia do evento. Nas duas semanas que antecederam o evento, foram realizados ensaios pelos membros da equipe de apresentação visando alcançar melhor desempenho diante dos demais alunos e professores.

Tipologia da pesquisa

Para estruturação da pesquisa, utilizou-se o método misto, quantitativo e qualitativo. Quantitativo por ser conclusivo, fornece dados numéricos facilitando a aferição de teorias através de técnicas estatísticas para entender a dimensão do problema. Segundo Soares:

No tocante aos métodos de pesquisa quantitativa, estes são utilizados quando se quer medir opiniões, reações, sensações, hábitos e atitudes etc. de um universo (público-alvo) através de uma amostra que o represente de forma estatisticamente comprovada (2019, p. 164).

O método quantitativo permiti a coleta de informações numéricas que podem ser analisadas estatisticamente, facilitando a testagem de hipóteses e teses. O método qualitativo facilita a interpretação das informações sobre o objeto de estudo. Neste não é possível quantificar apenas com números e dados adquiridos com o formulário, pois visa a compreensão profunda de aspectos subjetivos, como opiniões, pensamentos, comportamentos, pontos de vista, visão de mundo e conceitos sobre o tema pesquisado. Segundo Creswell (2014) a pesquisa qualitativa pode ser definida como um conjunto de práticas que transformam o mundo visível em dados representativos, incluindo notas, entrevistas, fotografias e lembretes.

Escolheu-se o método misto porque inúmeros estudiosos, das ciências sociais e humanas, defendem que os métodos quantitativos e qualitativos se completam e possibilitam a elaboração de um quadro mais complexo do objeto de estudo. Conforme afirmou Minayo (1997), “… numa pesquisa científica, os tratamentos quantitativos e qualitativos dos resultados podem ser complementares, enriquecendo a análise e as discussões finais”.

No período de planejamento, pesquisadores e pesquisados interagiram harmonicamente conversando, debatendo os assuntos, tirando dúvidas, planejando estratégias de exposição e apresentação. No dia 18 de agosto de 2023, ocorreram as apresentações dos trabalhos nas salas temáticas conforme, utilizaram-se de banners, cartazes, painéis, além de materiais como por exemplo balões, faixas, fitas, tecidos e outros materiais.

O evento iniciou às 14:00hs na quadra de esportes da escola, onde ocorreu a apresentação do tema da mostra e dos objetivos, desfile dos alunos com as bandeiras dos seus respectivos, em seguida deu-se a execução do hino nacional brasileiro. Após o hino, os professores coordenadores passaram as orientações finais, agradeceram a presença de todos e deram início à exposição dos trabalhos.

A comunidade escolar passou a visitar as salas temáticas. Os alunos assistiram atentamente as apresentações das equipes com o intuito de prepararem um relatório individual sobre as temáticas. Enquanto os professores assistiam as exposições com a missão de avaliar os trabalhos nas salas temáticas e as equipes de apresentação. Para avaliação da Mostra Cultural de História foram organizados questionários, um para os professores e o outro para os alunos, contendo questões fechadas e abertas.

População e amostra

A população composta por 500 alunos matriculados no Ensino Médio do turno vespertino e 32 professores. Utilizou-se a amostra aleatória simples por facilitar a aplicação e favorecer que toda população possa participar. Neste tipo de amostragem, os participantes de um grupo maior são escolhidos aleatoriamente. Segundo Gil: “Consiste basicamente em atribuir a cada elemento do universo em número único para, depois, selecionar alguns desses elementos de maneira casual” (2002, p. 121).

Instrumentos e técnicas de coleta

Para coleta de dados foram utilizados três recursos, a saber: pesquisa documental; observação participante e entrevistas estruturadas. Pesquisa documental com o fim de revisar o que outros autores fizeram sobre o assunto pesquisado. Lakatos e Marcone (2001, p.14) salientam que: “Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato com tudo aquilo que foi escrito sobre determinado assunto”.

Observação participante para acompanhar o desenvolvimento das pesquisas sobre os temas de cada turma, bem como os preparos e planejamentos para apresentação dos resultados na Mostra Cultural de História. Barros (1990, p.54) afirma que, neste caso “o observador se incorpora natural ou artificialmente no grupo ou comunidade pesquisados”.

Entrevista porque segundo Gil (2008), é uma técnica muito utilizada nas ciências sociais, por facilitar a interação social entre entrevistador e entrevistado. A entrevista semiestruturada combina questões fechadas e abertas, possibilita a coleta de dados mais relevantes e facilita a análise, porque o entrevistado pode posicionar-se a respeito do tema.

Aplicação da coleta de dados

As entrevistas semiestruturadas deram mais liberdade para o entrevistado se expressar e relacionar pensamentos importantes. A observação participante serviu para analisar os documentos produzidos para a realização da Mostra Cultural. A entrevista com os docentes foi realizada na sala dos professores em um ambiente amigável e de companheirismo. Com os alunos ocorreu nas salas de aula, onde primeiramente foi explicado a intenção e objetivos deste procedimento, foram realizados sorteios e por fim, os sorteados responderam aos questionamentos existentes no formulário.

4 RESULTADOS DA DISCUSSÃO

Este estudo contou com a participação tanto de professores quanto de alunos. No grupo dos professores contamos com 7 professores, de várias áreas de conhecimento, que responderam ao questionário de entrevista, sendo 6 do sexo feminino e um masculino, todos atuando nas três séries do Ensino Médio. Quanto ao tempo de atuação em sala de aula apenas um está em estágio probatório com 2 anos na profissão, enquanto os demais tem de 5 a 31 anos de experiência no magistério. Quanto à formação profissional 3 possuem Licenciatura Plena, 3 possuem Especialização e somente um tem titulação de Mestre. A partir destes dados, detecta-se que alguns professores possuem apenas graduação em suas disciplinas, acendendo-se um sinal para que haja mais iniciativas das secretarias de educação no tocante à formação continuada dos profissionais de educação.

Quando foi perguntado aos professores qual a importância da História da África, todos concordaram ser muito relevante porque consideram importante estudar as características sociais, políticas, econômicas e culturais dos reinos africanos antes da dominação europeia. Um dos entrevistados respondeu que contribui para a melhoria do senso crítico, alguns destacaram ser importante para conhecer as raízes africanas da sociedade brasileira.

Outro entrevistado afirmou que, “a população brasileira foi constituída a partir da diáspora africana (por força da escravidão) e hoje representa a maior população negra fora da África. Logo, conhecer a história da África é entender o processo de construção da sociedade brasileira”. A partir destas informações verifica-se o quanto o estudo da

História da África é relevante, principalmente no sentido da contribuição para formação da identidade cultural do estudante, assim para o combate à discriminação racial e outras práticas racistas ainda existentes em nossa sociedade.

Sobre a pergunta, qual a sua avaliação sobre a Mostra Cultural de História, os professores avaliaram este evento de forma positiva, considerando que foi muito relevante, identificando inúmeros motivos. Um entrevistado afirmou que foi de extrema importância porque trata-se de uma atividade dinâmica e didática, alguns entrevistados destacaram o emprenho dos alunos para que tudo desse certo.

Um entrevistado afirmou que foi um momento de muito aprendizado porque muitos conhecimentos foram compartilhados, contribuindo para melhorar a visão de mundo da comunidade escolar sobre o continente africano e sua população. A este questionamento, um entrevistado respondeu da seguinte maneira: “Excelente, transmissão e diversidade cultural para nossos alunos. Junção de conhecimento e experiência inovadora, transformando a educação”.

Na última pergunta destinada aos professores, questionou-se se estes consideram ou não a Mostra Cultural como ferramenta pedagógica importante. Todos responderam sim, consideram importante porque os alunos aprendem muito, se envolvem mais porque gostam muito desta atividade. Um dos entrevistados destacou que os alunos aprendem a pesquisar, a apresentar os assuntos porque é uma experiência nova para eles. Neste sentido, tais respostas lembram a afirmação de Perrenoud (2000) ao dizer que cada aluno vivencia a aula de maneira diferente porque tem vivencias e interesses diferentes.

Outro entrevistado respondeu “Sim, é fundamental para o aprendizado dos alunos, quebra a rotina das aulas cansativas, eles aprendem na prática e até se divertem. Daí a importância de o professor refletir e se reinventar e buscar métodos de ensino que despertem o interesse do aluno. Conforme Schon (1992), um professor reflexivo contribui para que o aluno encontre o seu próprio processo de conhecimento.

No grupo dos estudantes, contamos com a participação de 100 alunos entrevistados. Destes, 52 do sexo feminino e 48 do sexo masculino, com idade variando entre 15 e 18 anos, distribuídos nas três séries do Ensino Médio. Contou-se com 50 alunos da 1ª Série, 20 da 2ª Série e 30 da 3ª Série. Referente aos questionamentos listados no formulário de entrevista coletou-se respostas importantes.

A respeito da pergunta, na sua opinião a Mostra Cultural é relevante para o ensino de História, 1% respondeu que não é importante e 99% responderam que sim. Quando se perguntou se recomendam a Mostra Cultural para o ensino de História, 94% recomendam, enquanto apenas 6% não recomendam. Quando questionados se a Mostra Cultural contribuiu para o aprendizado sobre a história da África, 92% disseram que facilitou bastante, enquanto 8% responderam que não contribuiu.

Sobre estas perguntas, constatou-se a alta receptividade dos alunos para com a organização da mostra cultural. Verificou-se que a maioria recomenda o uso deste evento para o ensino de História e que a realização deste evento foi fundamental para aprendizagem dos alunos sobre a história da África. No tocante às respostas negativas, compreende-se a partir das respostas de outros questionamentos explicitados a seguir.

Na questão, qual a importância do Ensino de História no Ensino Médio, obtivemos tanto respostas parecidas, quanto variadas. Vários responderam que é importante para “compreender os processos e sujeitos históricos envolvidos, descobrindo relações entre diversos grupos sociais e suas variações ao longo do tempo. Alguns disseram que contribui para desenvolver o pensamento crítico e para a vida em sociedade. Vários destacaram a importância para conhecer nossas origens e para não cometermos os mesmos erros do passado.

Vários alunos reconheceram a importância de conhecer a realidade de outras sociedades, sua diversidade étnica e cultural. Enfim, enfatizou-se que o conhecimento histórico é um fator importante para “melhorar o presente e construir um futuro melhor”. Neste sentido, as respostas dos alunos aproximam-se do objetivo da História, conforme Libâneo:

A História estuda o homem nos diferentes tempos da sua existência e nos lugares onde ele vive; como ele vai estabelecendo relações com os seus semelhantes através do trabalho, como vão sendo criadas as instituições sociais, como o homem vai resolvendo os conflitos entre os interesses das classes sociais (1994, p. 46).

Constatou-se que 3% dos alunos não responderam à questão. Com estas respostas, percebeu-se que boa porcentagem dos alunos ainda não compreendeu totalmente o concito de História. Mesmo assim, a maioria reconhece a importância da disciplina História como componente curricular para o Ensino Médio. Verificou-se que as respostas, em seu conjunto, vêm de encontro com as competências específicas da disciplina História.

Na questão, quais as suas dificuldades para aprender História, 51% dos alunos responderam não ter nenhuma dificuldade, enquanto 49% afirmaram ter alguma. Dentre as dificuldades, coletou-se as seguintes informações: 1% afirmou ter preguiça; 1% citou a falta de livros didáticos na escola; 2% não respondeu: 3% afirmaram não ter interesse pela disciplina; 4% apontaram o excesso de conteúdo ministrado; 4% citaram a falta de atenção; por fim, 17% disseram ter dificuldade em decorar nomes e datas.

Percebe-se que a maioria das dificuldades dos alunos estão relacionadas à assimilação de nomes e datas, de certa forma relacionadas as técnicas decorativas vinculadas à pedagogia tradicional. Assim percebe-se a importância de utilizar metodologias diferenciadas nas aulas de história, tais como as Tecnologias de Informação e Comunicação e as Metodologias Ativas. A saber, as metodologias ativas são, conforme afirma Bastos (2006), são processos de ensino interativos que buscam solucionar problemas onde a aprendizagem depende do próprio aluno.

Na pergunta, como a Mostra Cultural contribuiu para melhorar seus conhecimentos sobre a história da África, identificou-se respostas bem diversificadas. Muitos salientaram que gostaram de aprender um pouco sobre a história da África, dos povos africanos e sua cultura. Um dos alunos respondeu “aprendei coisas que nunca imaginei” que “contribui para ver o mundo com outros olhos”.

A partir destas respostas, percebeu-se que a maioria dos alunos tinham pouco ou nenhum conhecimento sobre a história da África e a Mostra Cultural acabou por despertar o interesse em ampliar seus conhecimentos. Esta resposta, constata a afirmação de Santos:

A realização de projetos que envolvem pesquisas científicas pelos estudantes de ensino básico, para apresentação em feiras de ciências, tem se mostrado uma importante metodologia no desenvolvimento de novas competências nos estudantes, ao mesmo tempo em que a realização destas feiras cria um importante espaço de desenvolvimento da cultura científica (2012, p.156-157).

Um dos entrevistados afirmou que a Mostra Cultural “é um estilo de ensino fácil, legal e interessante”. Outros que a ornamentação das salas temáticas facilitou a aprendizagem, com a utilização de banner, slides, mapas, além dos cartazes e murais com imagens, contribuindo para a compreensão da versão histórica dos povos africanos. Estas respostas concordam com o que constatou Santos (2012, p.159) ao afirmar que estes trabalhos contribuem para desenvolver a criatividade que adicionados às pesquisas contribuem para produção de novos conhecimentos, promovendo a iniciação científica.

[…], os trabalhos de montagem, que possibilitam o desenvolvimento da capacidade criativa e de invenção, ao lado dos trabalhos investigatórios, que possibilitam aos estudantes a produção de conhecimento novo, promovem um efetivo exercício de iniciação científica e tecnológica, em total concordância com o objetivo de fomentar habilidades para desenvolvimento da cultura científica (2012, p. 159).

Para finalizar, um dos entrevistados respondeu da seguinte maneira: “Graças à mostra cultural pude me envolver bastante. Às origens e as culturas destes países me prenderam neste assunto, de forma tão curiosa, adorei aprender os diversos temas envolvidos”. Assim, verifica-se a importância da Mostra Cultural no ensino de História, contribuindo de maneira significativa para fomentar competências e habilidades nos jovens estudantes.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa foi realizada com o intuito de verificar as potencialidades pedagógicas da mostra cultural no ensino de história para alunos do Ensino Médio da Escola Estadual Tiradentes. Para isto, desenvolveu-se um projeto destinado ao estudo da história dos países africanos, com a intenção de facilitar a aprendizagem dos alunos, de maneira a superar as dificuldades enfrentadas no cotidiano das salas de aula.

Realizou-se a mostra cultural como um concurso estudantil onde cada turma responsabilizou-se em apresentar a exposição dos seus trabalhos, que foram avaliados por um grupo de avaliadores selecionados entre os professores da própria escola. Destaca-se que os resultados das apresentações foram surpreendentes pois todas as turmas alcançaram excelentes notas, utilizadas para a classificação das turmas vencedoras.

Ao analisar os dados sobre as dificuldades dos alunos para o aprendizado de história, constata-se que parte destas delas estão relacionadas a falta de interesse pela disciplina e, principalmente, pela influência do ensino tradicional que receberam nas séries do ensino fundamental. Pelas respostas dadas, percebe-se que tiveram professores que ainda trabalham com métodos tradicionais de ensino, em particular técnicas de memorização.

Muitos alunos têm dificuldades para aprender com aulas tradicionais, havendo necessidade do professor diversificar suas abordagens de ensino, utilizando recursos audiovisuais ou tecnológicos. Neste caso, confirma-se a necessidade de se promover a educação continuada para professores, para que estes possam se apropriar de ferramentas pedagógicas inovadoras, facilitadoras do processo de ensino e aprendizagem.

A respeito das análises referentes ao estudo de história da África, africanidades e demais assuntos relacionados, constatou-se que a maioria dos alunos que participaram da Mostra Cultural de História possuíam escassos conhecimentos sobre a história dos países africanos, marcados por estereótipos marcados por preconceito racial e social adquiridos ao longo do processo de formação da sociedade brasileira.

A partir desta constatação, conclui-se que a realização da Mostra Cultural de História foi bastante relevante pois contribui significativamente para que os alunos do ensino médio se apropriassem de saberes e inúmeras informações sobre o tema abordado. Contribuiu também para afirmação da identidade cultural dos alunos com ancestralidade africana, bem como para o fortalecimento do combate às práticas preconceituosas e racistas, ainda existentes na sociedade brasileira.

A partir das informações coletadas através da observação participante durante a realização dos trabalhos, pode-se concluir que a mostra cultural é um método inovador com grande potencial pedagógico, confirmando o que já havia sido afirmado pela literatura consultada para elaboração deste projeto de pesquisa. Confirma-se que para a disciplina de história trata-se de uma ferramenta pedagógica poderosa, dinâmica e atraente aos olhos dos alunos do ensino médio, pois através dos trabalhos em equipe, contribui bastante para assimilação de conceitos e processos históricos.

Para finalizar, salienta-se que a realização da Mostra Cultural de História foi um fator importante para tirar a escola da rotina porque ocorreu uma grande mobilização dos alunos que se envolveram no processo de pesquisa, ornamentação das salas temáticas e apresentação para comunidade escolar, assumindo com muita responsabilidade seu próprio processo de aprendizagem.

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¹Graduação em Licenciatura Plena em História (UFAM); Especialista em Metodologia do Ensino de História (UEA); Mestre em Ciências da Educação (UNADES – PY). bob.valois@gmail.com
²Graduação em Licenciatura Plena em História (UFAM). rafaela.braga.rodrigues@gmail.com