REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102502171744
Carlos Henrique Avelino Duarte1
Pedro Paulo Dias De Sá2
Ricardo Pinheiro De Carvalho3
Wanderson Sant’ana De Almeida4
Resumo
A escetamina emerge como uma intervenção promissora no tratamento da depressão refratária, proporcionando alívio rápido e eficaz dos sintomas depressivos, especialmente em pacientes que não respondem aos antidepressivos convencionais. Estudos clínicos têm demonstrado sua capacidade de atuação diferenciada através da modulação dos receptores de glutamato no cérebro, resultando em uma resposta terapêutica significativa em curto prazo. No entanto, preocupações com a segurança a longo prazo e questões éticas relacionadas ao seu uso off-label destacam a necessidade de um monitoramento rigoroso e diretrizes claras para seu emprego clínico.
Palavras-chave: escetamina, depressão refratária, antidepressivos, tratamento antidepressivo, segurança a longo prazo.
Abstract
Escetamine emerges as a promising intervention in the treatment of refractory depression, providing rapid and effective relief of depressive symptoms, especially in patients who do not respond to conventional antidepressants. Clinical studies have demonstrated its distinct mechanism of action through modulation of glutamate receptors in the brain, resulting in significant therapeutic response in the short term. However, concerns about long-term safety and ethical issues related to its off-label use underscore the need for rigorous monitoring and clear guidelines for its clinical application
Keywords: esketamine, refractory depression, antidepressants, antidepressant treatment, long-term safety.
- INTRODUÇÃO
A depressão refratária, caracterizada pela resistência aos tratamentos convencionais, representa um desafio significativo para a saúde mental contemporânea. Nesse contexto, a escetamina emergiu como uma opção terapêutica inovadora, oferecendo esperança onde outras abordagens falharam. A administração intravenosa deste antagonista do receptor NMDA tem sido estudada em diversos ensaios clínicos, demonstrando potencial para aliviar sintomas depressivos rapidamente, muitas vezes em horas ou dias, comparado aos tratamentos convencionais que podem levar semanas para manifestar efeito pleno (KOWALSKI; DELANOGARE; DE OLIVEIRA, 2021).
A eficácia da escetamina se destaca principalmente em pacientes que não respondem aos antidepressivos tradicionais, oferecendo uma alternativa crucial para aqueles em estado grave de depressão. Estudos clínicos revisados sugerem que a escetamina não só melhora o humor, mas também pode reduzir os pensamentos suicidas de forma rápida e substancial (VERAS; DE OLIVEIRA CAVALCANTI; NETO, 2024). Esses resultados são especialmente promissores quando consideramos a urgência em tratar pacientes com risco iminente de autolesão.
No entanto, apesar de suas promessas terapêuticas, a escetamina não está isenta de desafios e limitações. Seu custo elevado e a necessidade de administração supervisionada em ambiente clínico especializado são barreiras significativas para sua adoção generalizada. Além disso, a falta de estudos a longo prazo sobre os efeitos adversos potenciais levanta preocupações sobre a segurança a longo prazo do uso contínuo deste medicamento (DE OLIVEIRA FURTADO; COELHO, 2023).
Outro ponto crítico na discussão sobre a escetamina é seu status regulatório e ético. O uso off-label deste medicamento para depressão, embora amplamente praticado em alguns contextos clínicos, carece de aprovação formal em muitos países, o que gera dilemas éticos para médicos e pacientes (LOFRANO et al., 2022). A falta de diretrizes claras quanto ao uso e monitoramento também pode aumentar o risco de uso inadequado ou abuso.
No que diz respeito aos aspectos farmacológicos, a ação da escetamina como moduladora do receptor NMDA apresenta implicações importantes no entendimento da fisiopatologia da depressão. A capacidade do medicamento em promover plasticidade sináptica e melhorar a comunicação neuronal pode representar um avanço fundamental no tratamento não apenas da depressão, mas também de outros transtornos neuropsiquiátricos (CALADO, 2023).
Além dos impactos diretos na sintomatologia depressiva, estudos recentes têm explorado os efeitos da escetamina na melhora da função cognitiva e na qualidade de vida dos pacientes. Resultados preliminares sugerem benefícios adicionais além da simples remissão dos sintomas depressivos, como a capacidade de melhorar a capacidade de trabalho e a interação social (PIRES, 2020). Essas descobertas abrem novas perspectivas para o tratamento holístico da depressão, integrando aspectos funcionais e psicossociais no plano terapêutico.
Por outro lado, debates persistem sobre a sustentabilidade do uso da escetamina como terapia de primeira linha ou complementar. Questões como o desenvolvimento de tolerância ao medicamento e a necessidade de estratégias de manutenção a longo prazo ainda precisam ser elucidadas em estudos mais abrangentes e de longo prazo (DIEL, 2022).
No panorama atual da saúde mental, onde a depressão continua a representar uma carga significativa de doença global, a escetamina surge como uma ferramenta valiosa, oferecendo esperança onde as opções tradicionais falharam. No entanto, seu uso requer uma abordagem cuidadosa, equilibrando os benefícios potenciais com os desafios e incertezas associados ao seu uso clínico (DE BRITO FILGUEIRA et al., 2023). A integração de novas evidências científicas e a adaptação de políticas de saúde são essenciais para maximizar os benefícios terapêuticos da escetamina enquanto minimizam os riscos para os pacientes.
A justificativa para a utilização da escetamina no tratamento da depressão refratária se fundamenta em uma série de aspectos clínicos, científicos e sociais que evidenciam sua relevância e necessidade no contexto da saúde mental contemporânea. Este tópico aborda não apenas os benefícios terapêuticos diretos da escetamina, mas também os desafios enfrentados pelos pacientes e profissionais de saúde, bem como as lacunas que ainda precisam ser abordadas para uma adoção mais ampla e eficaz deste tratamento inovador.
Desde sua introdução no arsenal terapêutico, a escetamina tem sido estudada intensamente devido à sua capacidade única de induzir uma resposta rápida e robusta em pacientes com depressão grave e resistente ao tratamento convencional. Estudos clínicos têm consistentemente demonstrado que a escetamina pode reduzir significativamente os sintomas depressivos em um curto espaço de tempo, muitas vezes em horas ou dias após a administração, proporcionando alívio rápido e potencialmente salvando vidas em casos de risco iminente de suicídio (KOWALSKI; DELANOGARE; DE OLIVEIRA, 2021).
A urgência de intervenções eficazes para a depressão refratária é substanciada pela alta prevalência e pelo impacto devastador desta condição sobre a qualidade de vida dos indivíduos afetados. Pacientes que não respondem aos antidepressivos tradicionais enfrentam um ciclo prolongado de sofrimento psicológico e funcional, com implicações adversas para suas relações pessoais, desempenho profissional e bem-estar geral (VERAS; DE OLIVEIRA CAVALCANTI; NETO, 2024).
Além disso, a escetamina oferece uma perspectiva promissora para preencher uma lacuna significativa na abordagem terapêutica da depressão refratária, onde as opções disponíveis são limitadas e muitas vezes ineficazes. A natureza multifacetada da depressão, influenciada por fatores biológicos, psicológicos e sociais, exige uma abordagem terapêutica igualmente diversificada e adaptativa, na qual a escetamina pode desempenhar um papel crucial (DE OLIVEIRA FURTADO; COELHO, 2023).
Os benefícios potenciais da escetamina não se restringem apenas à eficácia clínica imediata, mas também se estendem à melhoria da qualidade de vida dos pacientes e à redução do ônus econômico associado à depressão refratária. Estudos exploratórios indicam que a rápida resposta terapêutica da escetamina pode permitir uma recuperação mais rápida e completa, reduzindo assim o número de internações hospitalares e visitas de emergência relacionadas à crise depressiva aguda (LOFRANO et al., 2022).
Ademais, a escetamina representa um avanço significativo na neurofarmacologia, oferecendo novas perspectivas sobre os mecanismos subjacentes à depressão e outros distúrbios neuropsiquiátricos. A capacidade da escetamina de modular receptores NMDA no cérebro não apenas alivia sintomas depressivos, mas também pode promover a plasticidade neuronal e a regeneração sináptica, abrindo caminho para novas abordagens terapêuticas baseadas na neurociência translacional (CALADO, 2023).
Contudo, apesar de suas promessas terapêuticas, o uso da escetamina não está isento de desafios e controvérsias. A falta de diretrizes claras para seu uso, especialmente fora do ambiente hospitalar controlado, levanta questões sobre a segurança e a eficácia em longo prazo. A necessidade de monitoramento rigoroso dos pacientes para prevenir potenciais efeitos adversos, como dissociação e aumento da pressão arterial, é crucial para garantir uma administração segura e eficaz (PIRES, 2020).
Adicionalmente, a questão do custo e do acesso à escetamina continua sendo uma barreira significativa para sua adoção generalizada. O alto preço do medicamento, combinado com a necessidade de administração supervisionada por profissionais de saúde capacitados, limita seu acesso a populações vulneráveis e sistemas de saúde com recursos limitados (DIEL, 2022).
A abordagem ética do uso da escetamina também é objeto de debate contínuo na comunidade médica e entre os formuladores de políticas de saúde. A prática off-label da escetamina, embora comum em certos contextos clínicos, levanta preocupações sobre a adequação do uso do medicamento sem aprovação explícita para a indicação específica de depressão refratária (DE BRITO FILGUEIRA et al., 2023). A necessidade de diretrizes atualizadas e baseadas em evidências para orientar o uso responsável da escetamina é essencial para mitigar riscos potenciais e maximizar benefícios terapêuticos.
2. DESENVOLVIMENTO
- Mecanismos Neurobiológicos da Depressão e o Papel dos Receptores NMDA
A depressão é um transtorno mental prevalente que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, caracterizado por uma alteração persistente do humor, perda de interesse ou prazer em atividades cotidianas e uma série de sintomas físicos e cognitivos. No contexto neurobiológico, a depressão está associada a disfunções em várias vias neuroquímicas, sendo os receptores NMDA (N-Metil-D-Aspartato) um dos focos de interesse nas pesquisas atuais. Esses receptores desempenham um papel crucial na regulação da plasticidade sináptica e na transmissão glutamatérgica, que são processos essenciais para a aprendizagem e memória, além de estarem implicados na fisiopatologia da depressão (KOWALSKI; DELANOGARE; DE OLIVEIRA, 2021).
Estudos recentes têm investigado como os bloqueadores dos receptores NMDA, como a cetamina e sua forma enantiomérica escetamina, podem modular esses sistemas neuroquímicos para aliviar os sintomas depressivos. A cetamina, originalmente usada como anestésico, demonstrou efeitos rápidos e robustos na melhoria do humor em pacientes com depressão resistente ao tratamento convencional. Esses efeitos são atribuídos à sua capacidade de antagonizar os receptores NMDA, levando a uma cascata de eventos que resultam na ativação de vias de sinalização intracelular associadas à neuroplasticidade (VERAS; CAVALCANTI; NETO, 2024).
Além dos efeitos diretos sobre os receptores NMDA, a escetamina também parece modular outras vias neuroquímicas, incluindo interações com o sistema opioide e glutamatérgico, o que pode contribuir para seu perfil antidepressivo único e rápido. Este mecanismo de ação multifacetado sugere que a escetamina pode representar uma abordagem terapêutica promissora para pacientes cuja depressão não responde aos tratamentos convencionais (DE OLIVEIRA FURTADO; COELHO, 2023).
Contudo, apesar dos benefícios potenciais, há considerações importantes sobre o uso de cetaminas no tratamento da depressão refratária. A principal delas é a falta de estudos de longo prazo sobre sua segurança e eficácia a longo prazo, especialmente em termos de potenciais efeitos adversos psicodélicos e dissociativos. Esses efeitos são motivo de preocupação e exigem uma monitorização rigorosa durante o tratamento (LOFRANO et al., 2022).
Ademais, o uso off-label de cetamina, que é comum devido à falta de aprovação específica para o tratamento da depressão, levanta questões éticas e regulatórias. A administração dessa substância fora das indicações aprovadas pode implicar desafios legais e regulatórios, além de questões relacionadas ao consentimento informado dos pacientes (CALADO, 2023).
Em termos de custo-efetividade, o uso de cetaminas também pode representar um desafio, especialmente em sistemas de saúde com recursos limitados. Os altos custos associados ao tratamento e a necessidade de administração supervisionada podem restringir seu acesso a pacientes que mais precisam desse tipo de intervenção terapêutica (PIRES, 2020).
Portanto, embora as cetaminas ofereçam uma perspectiva excitante e potencialmente transformadora no tratamento da depressão refratária, é essencial ponderar cuidadosamente os benefícios clínicos em relação aos possíveis riscos e desafios associados ao seu uso. A pesquisa contínua e a vigilância rigorosa são fundamentais para elucidar completamente seu perfil terapêutico e garantir que seja utilizada de maneira segura e eficaz na prática clínica (DIEL, 2022).
- Farmacologia da Escetamina
A farmacologia da escetamina, um avanço recente no tratamento da depressão refratária, tem despertado grande interesse na comunidade médica devido às suas propriedades únicas e mecanismos de ação diferenciados em comparação aos tratamentos convencionais. A escetamina, um derivado da cetamina, atua principalmente como antagonista não competitivo do receptor NMDA (N-metil-D-aspartato), o que leva a uma rápida redução dos sintomas depressivos em pacientes que não responderam adequadamente às terapias tradicionais (KOWALSKI; DELANOGARE; DE OLIVEIRA, 2021). Essa ação direta no sistema glutamatérgico, especificamente no complexo receptor NMDA, diferencia a escetamina de outros antidepressivos que geralmente agem em sistemas monoaminérgicos, como serotonina e noradrenalina (VERAS; DE OLIVEIRA CAVALCANTI; NETO, 2024).
Além da sua ação rápida, a escetamina também tem sido estudada pela sua capacidade de modular vias neuroplásticas no cérebro, o que pode contribuir para efeitos antidepressivos duradouros em alguns pacientes (DE OLIVEIRA FURTADO; COELHO, 2023). Estudos indicam que a ativação de vias como o fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) pode ser crucial para os efeitos terapêuticos prolongados observados em alguns protocolos de administração (LOFRANO et al., 2022).
No entanto, apesar dos potenciais benefícios, o uso da escetamina não está isento de desafios e preocupações. Um dos principais pontos de atenção é o seu perfil de segurança, especialmente devido aos efeitos psicotomiméticos associados ao seu uso agudo (CALADO, 2023). Esses efeitos podem incluir sensações de dissociação e distorções perceptivas, que podem ser desconfortáveis para alguns pacientes e requerem monitoramento cuidadoso durante a administração (PIRES, 2020). Além disso, questões relacionadas à tolerância e potencial de abuso também são áreas de preocupação que limitam o uso mais amplo da escetamina em contextos clínicos (DIEL, 2022).
Outro ponto crítico discutido é a falta de longos estudos de segurança e eficácia a longo prazo, especialmente considerando que o uso da escetamina ainda é relativamente recente em comparação com outras opções terapêuticas mais estabelecidas (DE BRITO FILGUEIRA et al., 2023). As evidências disponíveis sugerem que mais pesquisas são necessárias para elucidar completamente os benefícios a longo prazo e os potenciais riscos associados ao seu uso contínuo em pacientes com depressão refratária (FILLMANN, 2022).
- Evidências Clínicas e Ensaios Terapêuticos
Para compreender o papel da escetamina no tratamento da depressão refratária, é crucial analisar as evidências clínicas e ensaios terapêuticos disponíveis. Estudos recentes têm destacado a eficácia promissora dessa substância, especialmente em pacientes que não respondem aos tratamentos convencionais. A escetamina, derivada da cetamina, atua de maneira rápida e distinta dos antidepressivos tradicionais, influenciando os receptores de glutamato no cérebro, o que pode explicar sua rápida ação antidepressiva (KOWALSKI; DELANOGARE; DE OLIVEIRA, 2021).
A literatura científica tem documentado resultados significativos em ensaios clínicos que investigaram a eficácia da escetamina. Por exemplo, estudos apontam que uma única dose pode aliviar sintomas depressivos em poucas horas, o que contrasta com os antidepressivos típicos, que frequentemente demoram semanas para manifestar efeito perceptível (VERAS; DE OLIVEIRA CAVALCANTI; NETO, 2024). Essa velocidade de resposta é crucial, especialmente em casos de depressão grave e resistente, onde a intervenção rápida pode ser determinante para a saúde e bem-estar do paciente (DE OLIVEIRA FURTADO; COELHO, 2023).
No entanto, apesar dos benefícios terapêuticos potenciais, a escetamina não está isenta de desafios e preocupações. Um dos principais pontos de debate é a segurança a longo prazo de seu uso contínuo. Estudos estão em curso para avaliar os possíveis efeitos adversos, como alterações cognitivas e dissociativas, que foram observados em alguns pacientes durante o tratamento (LOFRANO et al., 2022). Essas preocupações destacam a necessidade de um monitoramento rigoroso e cuidadoso ao prescrever escetamina, especialmente fora do ambiente hospitalar ou clínico controlado (CALADO, 2023).
Além disso, questões éticas e regulatórias envolvem o uso off-label da escetamina para tratamento da depressão, especialmente quando consideramos que sua aprovação inicial foi para outras condições médicas. Isso levanta debates sobre a prática clínica e a necessidade de mais pesquisas para fundamentar sua aplicação terapêutica específica para transtornos depressivos (PIRES, 2020). A necessidade de diretrizes claras e atualizadas é evidente para orientar os profissionais de saúde na tomada de decisões informadas sobre o uso dessa substância em contextos clínicos variados (DIEL, 2022).
Para enfrentar esses desafios, são necessários mais estudos que não apenas investiguem a eficácia a longo prazo da escetamina, mas também abordem suas implicações práticas e éticas. O uso desta substância representa um avanço significativo no tratamento da depressão refratária, oferecendo uma nova perspectiva para pacientes que enfrentam dificuldades com os tratamentos convencionais (DE BRITO FILGUEIRA et al., 2023). No entanto, é essencial que os profissionais médicos estejam bem informados sobre os riscos e benefícios associados à escetamina para garantir um cuidado de qualidade e seguro aos pacientes (FILLMANN, 2022).
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em conclusão, a escetamina representa um avanço significativo no tratamento da depressão refratária, oferecendo uma resposta rápida e eficaz que contrasta com os antidepressivos tradicionais. Os estudos clínicos têm documentado sua capacidade de aliviar sintomas depressivos em um curto espaço de tempo, o que é crucial para pacientes que não respondem a outras terapias. No entanto, apesar dos benefícios terapêuticos evidentes, há desafios importantes a serem considerados.
Um dos principais pontos de preocupação é a segurança a longo prazo da escetamina, especialmente em relação a possíveis efeitos adversos como alterações cognitivas e dissociativas. Essas preocupações destacam a necessidade de um monitoramento cuidadoso durante o tratamento, além de mais pesquisas para entender melhor os impactos de seu uso contínuo.
Outra questão crítica é o uso off-label da escetamina, que levanta debates éticos e regulatórios sobre sua prescrição para condições não aprovadas inicialmente. Isso ressalta a importância de diretrizes claras e atualizadas para orientar práticas clínicas responsáveis e informadas.
Apesar dos desafios, a escetamina representa uma esperança renovada para pacientes com depressão grave e resistente, oferecendo uma alternativa viável quando outras opções falham. Com mais estudos e uma abordagem cuidadosa, podemos maximizar os benefícios terapêuticos da escetamina enquanto minimizamos seus potenciais riscos, garantindo um cuidado eficaz e seguro para os pacientes que mais necessitam.
4. REFERÊNCIAS
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FILLMANN, Lúcio Sarubbi. Tópicos em medicina ambulatorial. Editora da PUCRS, 2022.
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RIBEIRO, Estela Hartwig. Ação do tipo ansiolítica e antidepressiva do composto 3-((4-metoxifenil) selanil)-2-fenilbenzofurano em camundongos. 2021. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Pelotas.
VERAS, Emilly Thayná Leite; DE OLIVEIRA CAVALCANTI, Lorena; NETO, João Gomes Pontes. O USO DE CETAMINA NO TRATAMENTO DA DEPRESSÃO. Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro, v. 6, n. 1, 2024.
1 Bacharel Em Medicina – Universidade Federal De Goiás
2 Bacharel Em Medicina – Universidade Federal De Goiás
3 Bacharel Em Medicina – Pontifícia Universidade Católica De Goiás
4 Bacharel em Medicina – Universidade Federal de Goiás