REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102502130918
Cintia Bezerra dos Santos[1]
RESUMO
O artigo será resultante de uma pesquisa realizada na biblioteca escolar da Escola Estadual Getúlio Vargas, no município de Cocalinho/MT, desenvolvida na disciplina de mestrado “Letramentos”, pertencente à Linha de Pesquisa 1 – Estudos de Língua e Interculturalidade, no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Língua, Literatura e Interculturalidade (POSLLI). A pesquisa buscará observar as práticas de letramento digital na sala de aula e na biblioteca no período pós-pandêmico. Fundamentada em teóricos como kalantzis (2020), monte Mór (2019) e Soares (2020), entre outros, a investigação terá como objetivo principal analisar a presença do letramento digital na biblioteca como fator impulsionador para as práticas de leitura em sala de aula. A metodologia empregada consiste em um Estudo de Caso com abordagem qualitativa. A coleta de dados incluirá a aplicação de um questionário aos estudantes da 1ª série do Ensino Médio, indagando sobre como ocorre a prática de leitura associada aos recursos tecnológicos na biblioteca escolar e como o letramento digital poderá contribuir para as atividades da biblioteca física na formação do leitor pós-pandemia. A análise dos dados, realizada por métodos qualitativos, buscará compreender os impactos do letramento digital nas práticas leitoras da sala de aula e da biblioteca. Espera-se que os resultados revelem um progresso gradativo na motivação dos estudantes, contribuindo para a consolidação de práticas de leitura mais dinâmicas e significativas.
Palavras-chave: Letramento Digital. Biblioteca escolar. Práticas de Leitura.
Abrindo caminhos
O letramento digital emergiu no contexto educacional, especialmente após os desafios impostos pelo período pandêmico. Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa desenvolvida na biblioteca escolar da Escola Estadual Getúlio Vargas, localizada no município de Cocalinho/MT, como parte da disciplina “Tópicos em Estudos dos Letramentos [3]”, do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Língua, Literatura e Interculturalidade (POSLLI). Vinculada à Linha de Pesquisa 1 – Estudos de Língua e Interculturalidade, a investigação buscou compreender as práticas de letramento digital na sala de aula e na biblioteca, explorando como esses espaços podem dialogar para a formação de leitores no pós-pandemia.
O estudo fundamenta-se em teóricos como kalantzis (2020), monte Mór (2019) e Soares (2020), cujas contribuições orientam a análise do letramento digital como um fator impulsionador das práticas de leitura no ambiente escolar. O objetivo da pesquisa foi analisar como a presença do letramento digital na biblioteca pode potencializar as atividades leitoras, tanto na sala de aula quanto no próprio espaço da biblioteca.
A metodologia adotada foi Qualitativa, com enfoque no Estudo de Caso, destacando a participação dos estudantes da 1ª série do Ensino Médio. A coleta de dados incluiu a aplicação de questionário que investigaram as percepções e experiências dos alunos sobre práticas de leitura mediadas por recursos tecnológicos na biblioteca escolar. Buscou-se identificar como o letramento digital pode contribuir para a integração e o fortalecimento das atividades da biblioteca física na formação do leitor contemporâneo.
A análise dos dados, conduzida por meio de métodos qualitativos, permitiu compreender os impactos do letramento digital nas práticas leitoras e na dinâmica de interação entre biblioteca e sala de aula. Espera-se que os resultados revelem um avanço significativo na motivação dos estudantes, consolidando práticas de leitura mais dinâmicas, significativas e alinhadas às demandas da sociedade digital. Este estudo reforça a importância de adaptar os ambientes escolares às novas realidades tecnológicas, promovendo um letramento mais inclusivo e conectado às experiências dos alunos.
Teorias em diálogo
A tecnologia digital no ambiente educacional tem redefinido as práticas de leitura e escrita, promovendo novas possibilidades de interação com o conhecimento. No contexto escolar, a biblioteca desempenha um papel estratégico na mediação dessas práticas, especialmente em um cenário pós-pandêmico, onde o uso de recursos digitais foi intensificado. A pesquisa realizada na Escola Estadual Getúlio Vargas, em Cocalinho/MT, busca explorar como o letramento digital pode atuar como catalisador no processo de formação leitora, integrando-se às dinâmicas escolares de forma significativa.
Kalantzis e Cope (2020, p. 45) destacam que o letramento digital transcende o domínio técnico das tecnologias, incorporando aspectos críticos e criativos que ampliam as possibilidades de construção de sentido.
Segundo os autores:
O letramento digital requer habilidades que vão além do simples uso de ferramentas tecnológicas. Ele envolve a capacidade de compreender, avaliar e criar informações em diferentes formatos e contextos digitais, promovendo uma interação mais ativa e reflexiva com os textos e os recursos disponíveis (Kalantzis & Cope, 2020, p. 47).
Essa abordagem está alinhada com a perspectiva de Monte Mór (2019), que enfatiza a importância de integrar o letramento crítico ao contexto escolar, permitindo que os estudantes desenvolvam uma visão critica e questionadora sobre os textos e suas múltiplas linguagens. Para o autor, “os multiletramentos constituem uma prática que considera a interações sociais e culturais mediadas pelos recursos digitais” (Monte Mór, 2019, p. 112).
Rojo (2017) reforça essa concepção ao propor a noção de multiletramentos, que engloba a diversidade de linguagens e mídias como elementos importantes na formação do sujeito leitor.
Em suas palavras:
“Os multiletramentos desafiam as práticas escolares tradicionais ao incorporarem textos multimodais, que combinam diferentes modos de expressão, como o verbal, o visual e o sonoro. Essa abordagem amplia as possibilidades de leitura e produção de sentido, tornando o processo mais dinâmico e significativo para os estudantes” (Rojo, 2017, p. 89).
A biblioteca escolar, enquanto espaço de acesso ao conhecimento e mediação da leitura, assume um papel na promoção dessas práticas. Xavier (2019, p. 53) afirma que a modernização das bibliotecas é para atender às demandas tecnológicas e sociais. Segundo ele, “a integração de recursos digitais ao acervo físico potencializa a experiência leitora, incentivando o engajamento dos estudantes e promovendo uma aprendizagem mais conectada com a realidade contemporânea” (Xavier, 2019, p. 55).
Silva (2020, p. 74) corrobora essa visão, destacando que a parceria entre a sala de aula e a biblioteca pode gerar uma cultura leitora, onde os recursos digitais não apenas complementam, mas transformam as práticas educativas.
Para Silva: “O uso de tecnologias digitais na biblioteca escolar não deve ser visto apenas como um complemento, mas como uma oportunidade de ressignificar as práticas pedagógicas, permitindo aos estudantes vivenciar experiências de leitura interativas e colaborativas” (Silva, 2020, p. 75).
No período pós-pandêmico, Soares (2020, p. 67) enfatiza a necessidade de ressignificar as práticas de leitura e escrita para atender às novas demandas dos estudantes. A transição para modelos híbridos de ensino evidenciou os recursos digitais como instrumentos importantes na formação leitora. Para a autora, “o desafio atual é consolidar o uso das tecnologias digitais como parte integrante das práticas escolares, promovendo uma aprendizagem significativa e conectada aos interesses dos estudantes” (Soares, 2020, p. 69).
A pesquisa desenvolvida na Escola Estadual Getúlio Vargas busca compreender como o letramento digital, mediado pela biblioteca escolar, pode contribuir para práticas leitoras dinâmicas e significativas. A abordagem qualitativa adotada, por meio de um estudo de caso, permite uma análise das interações entre os estudantes, os recursos tecnológicos e as práticas de leitura, oferecendo subsídios para a formulação de estratégias pedagógicas que fortaleçam a cultura leitora no ambiente escolar.
A leitura consiste em um dos meios para que o indivíduo se mantenha informado e possa aprender diversos assuntos que se fazem presentes em seu cotidiano. A sua prática amplia a capacidade de informações, as quais promovem o conhecimento de modo a estimular a imaginação e experiências diversas.
Desse modo, por meio da leitura é necessário entender o que o autor escreve, e a finalidade do que se almeja repassar, mas para que isso ocorra é necessário que ele saiba o significado das palavras e como estas podem melhorar o conhecimento e a imaginação em um dado contexto.
Chartier (2009) afirma que a leitura se configura como uma manifestação universal de todos os homens em todos os tempos, sendo justamente por isso, que ela é um instrumento poderoso que é capaz de instruir e ampliar a imaginação e a criatividade humana, mas para que isso ocorra é importante que o leitor tenha controle da sua leitura porque,
Ao assumir o controle da própria leitura, regulá-la, implica ter um objetivo para ela assim como pode gerar hipóteses sobre o conceito que se lê. Mediante as previsões, aventuramos o que pode suceder no texto; graças a sua verificação através dos diversos indicadores existentes no texto podemos construir interpretação, o compreendemos. Em outros termos quando levantamos uma hipótese e vamos lendo, vamos compreendendo e, se não compreendemos, nos damos conta e podemos compreender as ações necessárias para resolver a situação. Por isso, a leitura pode ser considerada um processo de elaboração e verificação de previsões que levam a construção de uma interpretação (CHARTIER, 2009, p.27).
Para Freire (1989), o ato de ler vai além da simples decodificação de palavras, pois envolve uma relação íntima entre o texto, a leitura e a realidade do leitor. Ler é um processo contínuo e dinâmico que reflete o próprio fato de estar no mundo, integrando dimensões biológicas e sociais. O autor afirma que “a leitura do mundo precede a leitura da palavra” e que a compreensão de um texto depende do contexto e das experiências do leitor, sendo, portanto, uma prática social desafiadora que inclui a leitura de mundo dos indivíduos (FREIRE, 1989, p. 9).
A leitura, segundo Freire, deve ser compreendida como um exercício de criatividade e imaginação, que permite ao indivíduo mergulhar em mundos desconhecidos, dialogar com outros sujeitos ou consigo mesmo e buscar novos conhecimentos. Assim, alfabetizar-se é aprender a ler o mundo, entendendo o contexto em que se vive, em uma relação dinâmica que vincula linguagem e realidade (FREIRE, 1989, p. 8).
Freire destaca que a prática da leitura estimula o imaginário humano, promovendo descobertas e respostas às dúvidas que surgem ao longo da vida. Para tanto, é essencial que a leitura seja apresentada de forma intencional e envolvente, garantindo sentido à vida dos leitores. Além de desenvolver capacidades intelectuais, a leitura fortalece a criatividade e amplia o entendimento do meio interno e externo do indivíduo.
O ato de ler, não consiste em um aprendizado qualquer, mas sim em uma conquista carregada de autonomia, pois permite a ampliação do horizonte dos indivíduos. O leitor consegue entender melhor o seu universo, de modo a conseguir romper melhor as barreiras, deixando a passividade de lado, encarando melhor a face da realidade. A autora acredita que a prática da leitura seja um dos instrumentos que possibilita que os indivíduos construam seu conhecimento e aprendam a exercer cidadania.
O processo de leitura precisa garantir que o leitor consiga compreender o texto para que o mesmo possa construir uma ideia concisa do seu conteúdo e extrair dele o que lhe seja pertinente no momento. Quanto mais o leitor se deparar com o mesmo assunto, maiores serão as chances de se relacionar as informações novas com os conhecimentos que foram adquiridos anteriormente.
2.1 Letramento digital como fator motivador para a prática de leitura no ensino médio pós-pandemia
A rápida evolução das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC), aliada à popularização da internet, transformou significativamente as práticas de leitura e escrita nas escolas. Atualmente, a leitura transcende os materiais impressos, abrangendo o universo digital, o que exige o desenvolvimento de novas competências e a ampliação dos conhecimentos sobre práticas sociais de leitura em ambientes físicos e digitais (LÉVY, 2010).
O conceito de letramento digital, segundo Soares (2002), refere-se a um conjunto de práticas de leitura e escrita mediadas pelas TDIC, que vão além do uso técnico de dispositivos conectados à internet. Ele engloba práticas sociais digitais e requer estratégias que reduzam as desigualdades de acesso às tecnologias (COSCARELLI; RIBEIRO, 2005, p. 9). As mídias digitais trouxeram novos formatos para a leitura e a escrita, combinando linguagens diversas, como palavras, sons, imagens e vídeos, e promovendo práticas dinâmicas e interativas (SILVA, 2018, p. 15). Lévy (1999) destaca a inteligência coletiva como um motor da cibercultura, permitindo a troca de ideias e experiências no ciberespaço e contribuindo para a adaptação às mudanças tecnológicas.
A pandemia de COVID-19 intensificou a necessidade de adaptação às tecnologias digitais, especialmente no ensino remoto. Professores e alunos dependiam de plataformas digitais para garantir a continuidade das aulas, mas a falta de acesso a dispositivos revelou desigualdades no uso das tecnologias (BRASIL, 2020, p. 9). Mesmo após o retorno às aulas presenciais, muitas dessas dificuldades persistem.
Portanto, a pandemia destacou a urgência de promover a inclusão tecnológica e adaptar as práticas de leitura e escrita à cultura digital. Superar as barreiras tecnológicas é essencial para garantir que todos os estudantes participem ativamente das transformações contemporâneas no universo da leitura e escrita.
2.2 Incentivo à prática de leitura na biblioteca escolar por meio das novas tecnologias
Durante a pandemia, as bibliotecas escolares enfrentaram grandes desafios, transformando-se, em muitos casos, em simples depósitos de livros, sem dinamismo ou interação com os estudantes. A ausência de mediação de leitura por profissionais qualificados e a falta de acesso aos espaços físicos contribuíram para a inatividade desses ambientes. Mesmo com o retorno gradual das aulas presenciais, muitas bibliotecas continuaram sem servidores capacitados, aprofundando o retrocesso no desenvolvimento da leitura e aprendizagem dos alunos.
Souza (2009) enfatiza a importância da biblioteca escolar no contexto educacional, destacando-a como um espaço dinâmico e criativo, essencial para promover práticas leitoras eficazes. Para o autor, uma biblioteca bem estruturada e gerida por profissionais qualificados tem o potencial de disseminar informações de forma estratégica e estimular o interesse pela leitura. Ele ressalta que a biblioteca escolar deve ser vista como mais do que um local de armazenamento de livros, desempenhando um papel significativo como suporte pedagógico e como espaço de divulgação cultural.
Para que as bibliotecas escolares sejam efetivamente revitalizadas, é necessário que estejam equipadas não apenas com acervos diversificados, mas também com recursos tecnológicos que dialoguem com os interesses da geração conectada. As tecnologias digitais permitem transformar as bibliotecas em ambientes interativos, onde os alunos podem explorar diferentes tipos de textos, gêneros discursivos e mídias. O acesso à internet, dispositivos móveis e plataformas digitais amplia as possibilidades de leitura e contribui para tornar as práticas pedagógicas mais dinâmicas e atrativas.
O uso de tecnologias como bibliotecas virtuais, ferramentas de leitura interativa e projetos colaborativos, como blogs e vídeos, potencializa a criação de experiências de leitura multimodais. Além disso, incentiva os alunos a produzir e compartilhar conteúdos digitais, promovendo o protagonismo juvenil e a formação de cidadãos críticos e criativos. Dessa forma, as bibliotecas escolares podem desempenhar um papel transformador, conectando as práticas de leitura às demandas do século XXI.
No caso da Escola Estadual Getúlio Vargas, em Cocalinho/MT, será realizada uma análise sobre a presença do letramento digital no ambiente da biblioteca escolar. O estudo buscará compreender como as novas tecnologias têm sido utilizadas para incentivar a prática da leitura e desenvolver competências digitais nos alunos. A pesquisa visa explorar como as práticas de letramento digital podem resgatar o interesse pela leitura e contribuir para a formação de leitores críticos e reflexivos, especialmente após os impactos da pandemia.
Assim, destaca-se que a revitalização das bibliotecas escolares, aliada à integração das tecnologias digitais, é indispensável para promover o acesso à informação e a prática leitora de forma inclusiva e significativa, contribuindo para o desenvolvimento integral dos estudantes.
Os caminhos da investigação
A metodologia deste estudo foi estruturada com base em abordagens quanlitativa, buscando explorar a presença do letramento digital na biblioteca escolar como um fator impulsionador da prática de leitura em sala de aula.
A abordagem quanlitativa foi utilizada para mensurar opiniões e informações por meio de técnicas estatísticas, conforme Gil (2008). Esse método permite compreender e enfatizar o raciocínio lógico a partir dos dados obtidos, proporcionando uma visão objetiva das experiências humanas. Paralelamente, a abordagem qualitativa foi empregada para obter uma compreensão contextualizada do tema, enfatizando as percepções e vivências dos participantes.
A pesquisa adotou o estudo de caso como estratégia metodológica. Conforme Yin (2005, p. 32), “um estudo de caso é uma investigação empírica que examina um fenômeno contemporâneo em seu contexto de vida real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o contexto não estão claramente definidos”. Essa abordagem permitiu uma análise das interações entre o letramento digital e o contexto específico da biblioteca escolar e da sala de aula.
O objetivo principal deste trabalho foi analisar a presença do letramento digital na Biblioteca Escolar da Escola Estadual Getúlio Vargas, localizada no município de Cocalinho/MT, e sua influência na prática de leitura em sala de aula. Para tanto, foi aplicado um questionário semiaberto a 20 alunos da 1ª série do Ensino Médio. Os questionários foram entregues pessoalmente em formato impresso, com um prazo de uma semana para resposta. Após a devolução, os dados foram tabulados e analisados qualitativamente. Essa ferramenta foi escolhida por sua acessibilidade e pela facilidade de distribuição e organização das respostas. Durante o processo, os alunos foram incentivados a expressar suas opiniões, percepções e experiências de leitura na biblioteca e em sala de aula. A análise qualitativa dos dados permitiu categorizar as respostas e compreender as evidências e perspectivas individuais dos participantes.
Este estudo foi embasado nas contribuições teóricas de diversos pesquisadores, como kalantzis (2020), monte Mór (2019) e Soares (2020), entre outros Essas referências teóricas proporcionaram uma estrutura sólida para a pesquisa, situando-a em um contexto acadêmico consolidado e ampliando a compreensão sobre letramento digital.
A metodologia adotada reflete a preocupação em investigar e dialogar com as contribuições significativas no campo do letramento digital. O estudo não apenas busca compreender o impacto do letramento digital na prática de leitura, mas também oferece uma análise, contribuindo para o entendimento do papel da biblioteca escolar no desenvolvimento cultural e educacional dos alunos.
A voz dos dados reflexões e descobertas
O poema “A Leitura” de Felipe Princepe retrata a leitura como uma experiência mágica e transformadora, comparando-a a uma viagem infinita cheia de descobertas e emoções. Com metáforas, o autor celebra o universo literário como um espaço encantador que enriquece mente e coração, apresentando a leitura como um passaporte para mundos desconhecidos. Ele destaca a conexão única entre leitor e livro, o prazer de vivenciar emoções através dos personagens e enredos, e o vazio causado pela ausência de leitura, ressaltando o poder da literatura em ampliar horizontes e tocar profundamente o leitor.
A leitura nos dá um passaporte para viajar.
Interpretar um bom livro deixa-nos completo.
É um êxtase abrir, ler, se inteirar e amar.Nesse mundão tão formidável que é ler.
Encanta a todos que permitem-se entrar.
Ficar sem folhear um livro é como morrer.
Nessas histórias incríveis é só mergulhar.
Em um oceano literário que não tem fim.
Se perder por significados e sentimentos.
Não existe melhor situação para mim.
Personagens, enredo, emoção e tensão.
Essa simbiose entre o leitor e o livro.
É algo único, uma fulminante paixão.Felipe Princepe
A leitura é representada como sendo fonte de informação e prazer para tanto, ela deve ser explorada em diferentes ambientes escolares como, por exemplo, na biblioteca. Sabendo disso, este tópico traz os principais resultados sobre a presença do Letramento digital na Biblioteca Escolar da EE Getúlio Vargas no município de Cocalinho/ MT como fator impulsionador para a prática de leitura em sala de aula pós-pandemia. Para tanto, foi aplicado um questionário[4] semi-aberto para uma turma de Ensino Médio da escola referida anteriormente.
A pesquisa foi aplicada na Escola Estadual Getúlio Vargas, localizada no município de Cocalinho/MT, tendo como protagonistas estudantes da 1ª série do Ensino Médio. O objetivo é analisar a presença do letramento digital na biblioteca como fator impulsionador para as práticas de leitura em sala de aula.
As questões[5] elaboradas para a pesquisa foram estruturadas em torno do contexto da pandemia[6], onde todo o mundo estava passando por este vírus no momento. As indagações serviram como ponto de partida para a análise. A análise das respostas obtidas permitiu uma avaliação da turma com o tema: prática de leitura pós-pandemia, considerando a importância desse enfoque para o desenvolvimento educacional dos estudantes quanto à leitura na biblioteca escolar. A metodologia empregada consiste em um Estudo de Caso com abordagem qualitativa.
Na coleta de dados via questionário impresso, 20 discentes do 1º ano do Ensino Médio foram motivados a responderem as questões proposta na pesquisa relacionada à leitura na biblioteca escolar pós-pandemia.
Neste sentido, a primeira pergunta teve como objetivo descobrir com qual frequência foram realizadas atividades de práticas de leitura no período da pandemia pelos professores na biblioteca, 85% dos alunos afirmaram que raramente e apenas 15% disseram ser quase sempre. Assim, diante dessa alegação dos alunos, se nota que no período da pandemia ocorreu raramente a prática da leitura na biblioteca.
Para Mochinsk (2021, p. 2):
O grande desafio da escola é mostrar a sua importância, considerando o desenvolvimento da leitura através de conscientização e estímulo aos alunos mesmo não tendo aulas presenciais, estimulando para a realização da leitura de forma prazerosa mostrando e despertando a vontade que cada indivíduo carrega em si sobre a importância de desenvolver o hábito de leitura mesmo fora da escola, e com isso sanar cada vez mais rápido as dificuldades que os alunos apresentam na organização de seus pensamentos.
Nota-se que a escola consegue ampliar as possibilidades de práticas leitoras, se ela investir na sensibilização do aluno para com a leitura e a interpretação mesmo estando longe da sala, pois os alunos necessitam desse incentivo e “das práticas diariamente, assim será possível desenvolver o hábito e o prazer em praticar a leitura livremente e fora da escola sem cobrança do professor” (MOCHINSK, 2021, p.2).
Neste sentido, sabendo da relevância da leitura no âmbito escolar, os alunos ainda foram indagados se os professores realizam atividades digitais incorporadas nas práticas da leitura pós-pandemia, 65 % dos entrevistados alegaram que quase sempre, 19% disseram que sempre, 14% afirmaram que raramente e 4% que nunca.
Diante dessa afirmação, nota-se que na pós-pandemia os professores realizaram com maior frequência aulas de leitura com atividades digitais e isto é muito importante, visto que, o ensino da leitura precisa garantir a interação significativa e também funcional do aluno com a língua escrita, visando construir os conhecimentos necessários para que se possa abordar as diferentes etapas da sua aprendizagem.
Em seguida, fez-se necessário saber se os alunos leram mais na pandemia ou no período pós-pandemia, obteve-se as seguintes colocações: O participante A: _Acho que pós-pandemia. O participante B: _Mais pós-pandemia porque na pandemia não tinha aula para socializar. O participante C: _Pós-pandemia, por causa das aulas presenciais na biblioteca. O participante D: _As atividades de leitura foram realizadas com a mesma intensidade tanto na pandemia quanto pós-pandemia. O participante E _Em nenhum dos dois períodos, pois não gosto de ler.
A análise das respostas dos participantes revela percepções distintas em relação aos hábitos de leitura durante a pandemia e no período pós-pandemia. A maioria dos participantes (A, B e C) indicou que leram mais após a pandemia, destacando fatores relacionados ao retorno das interações presenciais e ao ambiente escolar. O participante B mencionou a ausência de socialização durante a pandemia como uma limitação para o incentivo à leitura, enquanto o participante C atribuiu o aumento da prática leitora às aulas presenciais na biblioteca, que proporcionaram maior acesso aos livros e às atividades de leitura. Essa constatação é reforçada por Chartier (1999, p. 47), que destaca que “o ato de ler não ocorre isolado, mas está profundamente imerso em contextos sociais e culturais que promovem práticas compartilhadas e coletivas de leitura.”
Por outro lado, o participante D afirmou que as atividades de leitura mantiveram a mesma intensidade em ambos os períodos, demonstrando uma estabilidade nos hábitos independentes do contexto. Já o participante E apresentou uma visão contrária, declarando que não gosta de ler, o que sugere uma ausência de envolvimento com a prática leitora em qualquer momento. De maneira geral, os resultados indicam que o contexto presencial e o ambiente escolar desempenham um papel importante no incentivo à leitura, mas também apontam para a necessidade de estratégias que considerem a diversidade de interesses dos alunos, especialmente daqueles que não demonstram afinidade com a leitura. Como argumenta Silva (2020, p. 29), “as práticas pedagógicas precisam ser reformuladas para envolver estudantes que não apresentam um vínculo inicial com a leitura, explorando diferentes formatos e suportes, como os digitais.”
Diante das colocações, percebe-se que as atividades de leitura para a maioria dos entrevistados ocorreram com maior intensidade na pós-pandemia em decorrência das aulas presenciais. Assim, observa-se que a pandemia de Covid-19 não trouxe apenas a reclusão do profissional e dos alunos dentro de casa e a realização de suas atividades de forma online, mas diminuíram de forma considerável as práticas de leitura na biblioteca (SILVA, 2020, p. 54). Em consonância, Soares (2002, p. 89) ressalta que “as práticas de letramento se reconfiguram a partir do contexto, demandando flexibilidade tanto de professores quanto de alunos no acesso ao conhecimento.”
Neste seguimento, salienta-se que a biblioteca não se limita a paredes e espaço físico, mas pode possuir também o seu ambiente virtual. Sabendo disso, questionou-se aos alunos em relação aos programas que foram mais utilizados pelos professores para que pudessem incentivar a prática da leitura na biblioteca no período pandêmico. Nesse sentido, 95% dos entrevistados disseram que foi pelo Google Meet, e 5% alegaram não saber. No que se refere aos recursos digitais que foram mais utilizados pelos professores para incentivar a prática da leitura na biblioteca no período pós-pandemia, 97% dos entrevistados disseram que foi o Word e 3% o Excel. Como apontam Rojo e Moura (2012, p. 112), “os letramentos digitais demandam novas configurações pedagógicas que considerem tanto as ferramentas quanto os gêneros discursivos em circulação nos ambientes virtuais.”
Com essas considerações, é possível visualizar que os professores usaram, para o incentivo à leitura, os recursos digitais durante e após a pandemia, como o Google Meet, Word e Excel. Posto isto, entende-se que o ato de conhecer os mecanismos virtuais existentes é imprescindível para que os alunos consigam realizar a localização de um livro na estante da biblioteca e usar a internet para a prática da leitura, mesmo por meio do ensino remoto. De acordo com Kleiman (1995, p. 64), “o letramento envolve não apenas a habilidade de decodificar textos, mas também a interação com práticas sociais mediadas pela leitura e pela escrita, seja em contextos físicos ou digitais.”
Entretanto, quando indagados se consideram satisfatório o desenvolvimento das atividades elaboradas pelos professores na biblioteca envolvendo a prática da leitura por meio do uso dos recursos digitais, assim, 90 % dos alunos disseram que parcialmente e 10 % disseram estar totalmente satisfeitos. Essas colocações nos fazem refletir que o papel dos professores na biblioteca não se trata apenas da recuperação e organização das informações dos livros. Ele é responsável “também pela educação do usuário, de trazer à tona meios, métodos para que as pessoas integrantes da sociedade que o cercam venham recuperar informações de forma segura” (SILVA, 2020, p.28).
Neste sentido, fez necessário saber ainda se os professores demonstram ter domínio no uso das ferramentas tecnologias nas aulas de leitura 92% disseram que totalmente e 7% parcialmente e 3% disse que é pouco satisfatório este domínio. Desse modo, pode se vislumbrar que embora os professores tenham um bom domínio sobre as ferramentas digitais, estes realizam aulas de leitura com os recursos digitais de forma pouco satisfatória na concepção dos alunos.
Assim, a oitava pergunta tinha por intenção perceber se na concepção dos alunos, as aulas de leituras na biblioteca são atrativas, as respostas foram diversas: O participante A: _Não, pois temos pouca aula de leitura na biblioteca usando as tecnologias. O participante B: _Sim é muito bom, pois as aulas são interessantes. O participante C: _ Mais ou menos, só não pelo fato de que não gosto de ler. O participante D: _Sim, pois os professores usam as novas tecnologias também. O participante E:_Não porque ainda temos poucas aulas.
A análise das respostas à oitava pergunta demonstra percepções variadas dos alunos em relação à atratividade das aulas de leitura na biblioteca. Os comentários revelam diferentes graus de satisfação e destacam fatores que influenciam essas opiniões.
Os participantes A e E consideraram as aulas pouco atrativas, apontando como principal motivo a insuficiência de aulas realizadas na biblioteca, especialmente aquelas que envolvem o uso de tecnologias. Essa observação reforça o argumento de Rojo (2012, p. 45), ao destacar que “a integração das tecnologias digitais ao processo de ensino-aprendizagem é indispensável para tornar as práticas pedagógicas mais conectadas às vivências e interesses dos alunos.” Nesse sentido, o maior aproveitamento dos recursos tecnológicos e o aumento na frequência dessas atividades poderiam contribuir para uma experiência mais estimulante e envolvente.
Por outro lado, os participantes B e D afirmaram que as aulas são interessantes, sendo que o participante D destacou a integração de novas tecnologias como um fator positivo. Esse dado está alinhado à perspectiva de Moran (2015, p. 89), que salienta que “as tecnologias, quando bem utilizadas, não apenas enriquecem o ambiente de aprendizagem, mas também potencializam o engajamento dos estudantes.”
Já o participante C apresentou uma percepção intermediária, afirmando que as aulas não são completamente atrativas devido à sua falta de interesse pessoal pela leitura. Essa resposta reforça a necessidade de estratégias diversificadas que possam alcançar alunos com diferentes perfis e preferências, buscando despertar neles o gosto pela leitura. Como apontam Kleiman e Assis (2011, p. 72), “é essencial que as práticas pedagógicas considerem a diversidade de interesses dos estudantes, criando oportunidades para que todos se reconheçam como leitores em potencial.”
Em síntese, os dados apontam que o uso frequente de tecnologias e o aumento das aulas de leitura na biblioteca são demandas comuns entre os participantes. Além disso, a análise destaca a importância de práticas pedagógicas que considerem a individualidade dos alunos e incentivem o interesse pela leitura de forma inclusiva e dinâmica.
As respostas dos alunos revelam percepções diversificadas quanto às aulas de leitura na biblioteca. Apenas dois participantes as consideraram atrativas, enquanto os demais destacaram a baixa frequência dessas atividades e o uso limitado de tecnologias. Esses dados apontam para uma lacuna na integração dos recursos digitais nas práticas de leitura, especialmente no contexto pós-pandemia. A insatisfação é evidente, com 65% dos alunos considerando as aulas pouco satisfatórias e apenas 35% as avaliando de forma positiva.
A análise do questionário aplicado à turma do Ensino Médio da Escola Estadual Getúlio Vargas, em Cocalinho/MT, indica que o letramento digital na biblioteca escolar ainda é desenvolvido de maneira lenta e pouco inovadora. Esse cenário compromete a motivação dos alunos e o potencial das tecnologias como ferramentas para enriquecer as práticas de leitura. De acordo com Silva (2020, p. 109), “a biblioteca escolar deve se reconfigurar para atender às demandas de um mundo digital, integrando práticas que conciliem o acesso à informação e a formação crítica dos alunos.”
Portanto, para transformar a biblioteca em um ambiente atrativo e dinâmico, é necessário investir em estratégias pedagógicas que integrem tecnologias digitais ao cotidiano escolar. O uso criativo de ferramentas tecnológicas pode não apenas motivar os alunos a participar das atividades de leitura, mas também criar oportunidades de aprendizado significativo, promovendo um letramento digital efetivo e acessível a todos. Como afirmam Chartier (1999, p. 33) e Rojo (2012, p. 56), a inclusão de recursos digitais na biblioteca escolar pode contribuir significativamente para a formação de leitores críticos e engajados, conectados às demandas da contemporaneidade.
Conclusões e novas possibilidades
Ao longo desta pesquisa, constatou-se que a leitura é um dos principais instrumentos para que o indivíduo construa conhecimento, desenvolva sua capacidade de interpretação e aprenda a exercer a cidadania. Nesse sentido, é fundamental despertar o interesse e o prazer pela leitura em diferentes níveis de ensino, garantindo que os alunos não apenas decodifiquem textos, mas também os compreendam, extraindo deles ideias, informações e interpretações relevantes para suas vidas. Kleiman (1995, p. 18) ressalta que “a leitura não se limita a uma simples decodificação de palavras, mas envolve um processo de interação entre o leitor, o texto e o contexto”. Assim, o ato de ler vai além da integração em uma sociedade letrada; ele permite que os indivíduos se tornem mais conscientes de suas relações diárias do mundo em que vivem.
O estudo revelou que o uso de recursos tecnológicos pode impulsionar o interesse e a interação dos alunos nas aulas realizadas na biblioteca escolar. No entanto, para que isso aconteça de maneira significativa, é imprescindível que os professores organizem aulas dinâmicas, explorando o potencial das ferramentas digitais para enriquecer a prática da leitura. Soares (2002, p. 42) afirma que “o letramento digital vai além do simples acesso às tecnologias; ele exige práticas pedagógicas que integrem o uso dessas ferramentas de forma significativa e reflexiva”. A presença do letramento digital na Biblioteca Escolar da Escola Estadual Getúlio Vargas, em Cocalinho/MT, foi investigada como um fator impulsionador da leitura no período pós-pandemia. Entretanto, os relatos dos alunos indicam que as aulas ainda são realizadas com pouca frequência, inovação e atratividade.
Portanto, apesar da importância dos recursos digitais para motivar os alunos e promover práticas leitoras mais envolventes, a pesquisa evidencia que o pouco uso dessas ferramentas e a ausência de estratégias pedagógicas consistentes têm limitado o desenvolvimento das competências leitoras adaptadas ao novo cenário digital. Rojo (2012, p. 35) destaca que “os multiletramentos, ao combinarem linguagens e mídias, podem ser uma poderosa ferramenta para engajar os estudantes na leitura”. Assim, torna-se urgente maior investimento em formações para os professores e em tecnologias educacionais, garantindo que a biblioteca escolar se torne um espaço mais dinâmico, atrativo e capaz de atender às demandas dos alunos. Dessa forma, será possível contribuir para a formação de leitores críticos e participativos, como destaca Monte Mór (2019, p. 22): “A escola deve proporcionar práticas de letramento que dialoguem com as realidades dos alunos, preparando-os para uma sociedade em constante transformação”.
Dessa forma, conclui-se que o letramento digital é uma ferramenta indispensável para a formação de leitores críticos, especialmente no contexto educacional contemporâneo. No entanto, sua efetivação exige esforços conjuntos entre gestores, professores e alunos, com o objetivo de promover práticas pedagógicas dinâmicas, inclusivas e alinhadas às demandas de uma sociedade cada vez mais conectada. É importante que as bibliotecas escolares, como a da Escola Estadual Getúlio Vargas, sejam repensadas como espaços vivos de aprendizagem, onde tecnologias e metodologias possam ser empregadas para despertar o prazer pela leitura. Como aponta Lévy (1999, p. 67), “a inteligência coletiva só é efetiva quando compartilhamos não apenas informações, mas também experiências e significados”, ressaltando o papel transformador que a leitura pode desempenhar nesse processo. Assim, investir em letramento digital significa não apenas acompanhar os avanços tecnológicos, mas também transformar a educação em um espaço de oportunidades e formação cidadã.
Referências
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ANEXOS
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[1] Escola Estadual Getúlio Vargas, fica localizada na Rua Arceu Bezerra Vilarins, número 223, Centro, Cocalinho-MT, CEP 78680-000.
[2] Mestranda do curso de Mestrado em Língua, Literatura e Interculturalidade do Programa de Pós-Graduação em Língua, Literatura e Interculturalidade – POSLLI, da Universidade Estadual de Goiás – Campus Cora Coralina na Cidade de Goiás –UEG. Email cintia.765@aluno.ueg.b.
[3] Trabalho final apresentado como exigência da disciplina Tópicos em Estudos dos Letramentos do Programa de Pós-Graduação em Língua, Literatura e Interculturalidade.
[4] Questionário respondido pelos participantes no link do Google Drive compartilhado: https://drive.google.com/file/d/1VkrW3_5Gyc5dCqRvKA7ZBrUeDd8rUkbx/view?usp=sharing
[5] As questões realizadas na pesquisa foram estruturadas no contexto da pandemia e está em anexo neste.
[6] Desde o final do ano de 2019, o mundo enfrentou uma crise após a descoberta de um novo vírus. Esse vírus é uma variação de um coronavírus preexistente, denominado novo coronavírus (SARS-CoV-2) que causa uma doença com manifestações predominantemente respiratórias. O primeiro estudo que revelou algumas das manifestações desse vírus sobre o ser humano foi publicado em janeiro de 2020.