ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DE DOR LOMBAR CRÔNICA E QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS PARTICIPANTES DE UM CENTRO DE CONVIVÊNCIA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102501301611


Milena Stephany de Oliveira Vitório¹
Ana Clara Pinho de Sousa Sampaio²
Bruna Benvinda da Silva Sousa³
Bruna Layane Gouveia de Lucena Sales³
Idalberto Roque Ferreira Júnior⁴
Jones Nascimento de Sousa³
Luan Eduardo Oliveira da Silva²
Maria da Cruz Santos Sousa³
Maria Elení da Silva Oliveira³
Rayane Sousa Soares²
Suellen Aparecida Patricio Pereira⁵
Antônio Lucas Farias da Silva⁶


RESUMO

É possível compreender que diversos estudos apontam que o processo de envelhecimento contribui significativamente com o surgimento de diversas disfunções e patologias, assim como modificações na coluna vertebral, capazes de impulsionar a dor crônica ou desconforto em diversas regiões da coluna, bem como na região lombar, sendo responsável por causar aumento da incapacidade e limitações físicas, o que dificulta a realização de atividades cotidianas e afeta a independência dos idosos. Dessa forma, Este estudo possui como objetivo principal fazer uma análise da prevalência de dor lombar crônica em idosos, buscando entender quais os aspectos estão diretamente ligados com o surgimento da dor lombar crônica, que é um problema bastante recorrente e responsável por afetar a qualidade de vida desta população. Sendo assim, foi desenvolvido uma pesquisa no centro de convivência “Fundação Nossa Senhora da Paz“, localizado no município de Teresina-PI, onde foi aplicado três questionários, um contendo dados sociodemográficos, outro que visa coletar informações sobre a dor lombar crônica, correlacionando com o grau de incapacidade de cada idoso, e outro instrumento que visa avaliar a qualidade de vida daqueles idosos participantes do centro de convivência. Portanto, o trabalho busca analisar a prevalência de dor lombar crônica dos idosos integrantes do centro de convivência e compreender as causas e fatores ligados, além de analisar a qualidade de vida, compreendendo, assim, as consequências que este problema é capaz de causar na vida desta população.

Palavras-chave: Idosos; Dor Lombar Crônica; Análise; Prevalência; Qualidade de Vida

ABSTRACT

It is possible to understand that several studies indicate that the aging process contributes significantly to the emergence of various dysfunctions and pathologies, as well as changes in the spine, capable of causing chronic pain or discomfort in different regions of the spine, as well as in the lumbar region, being responsible for causing increased disability and physical limitations, which makes it difficult to carry out daily activities and affects the independence of the elderly. Therefore, this study’s main objective is to analyze the prevalence of chronic low back pain in the elderly, seeking to understand which aspects are directly linked to the emergence of chronic low back pain, which is a very recurrent problem and responsible for affecting the quality of life. life of this population. Therefore, a survey was developed at the community center “Fundação Nossa Senhora da Paz“, located in the municipality of Teresina-PI, where three questionnaires were applied, one containing sociodemographic data, the other aimed at collecting information about chronic low back pain. , correlating with the degree of disability of each elderly person, and another instrument that aims to evaluate the quality of life of those elderly people participating in the community center. Therefore, the work seeks to analyze the prevalence of chronic low back pain in elderly members of the community center and understand the causes and related factors, in addition to analyzing the quality of life, thus understanding the consequences that this problem is capable of causing in life of this population.

Key words: Elderly; Chronic Low Back Pain; Analysis; Prevalence; Quality of Life.

1 INTRODUÇÃO

O envelhecimento populacional mostrou-se rápido e progressivo no Brasil e no mundo, nas últimas décadas, o que tem contribuído significativamente com o aumento da demanda de cuidados e apoio do sistema de saúde voltado para a crescente população de pessoas idosas consideradas frágeis e que necessitam de auxílio para gerenciar a saúde (Souza; Giacomin; Firmoc, 2022).

É possível observar que, atualmente, a expectativa de vida apresentou um crescimento constante mundialmente, tornando o envelhecimento um fator preponderante, acentuando a melhora das condições de saúde, redução da mortalidade e natalidade (Paradella, 2018). Dessa forma, o envelhecimento é considerado um processo natural, responsável por desenvolver diversas alterações fisiológicas na vida dos seres humanos, como alterações nas funções físicas e cognitivas, o que corrobora com os riscos de queda, mortalidade e obesidade. Além disso, tais alterações também podem desenvolver o surgimento de doenças crônicas, que possuem etiologias variadas e dependem de fatores sociais ou individuais para se desenvolver (Gomez-Bruton et al., 2020; Silva et al., 2021).

De acordo com Aguiar e colaboradores (2021), a dor crônica (DC) é definida como uma algia que persiste após três meses ou que está relacionada a processos patológicos crônicos, responsáveis por causar dores contínuas ou recorrentes. No Brasil, a DC é considerada um problema de saúde pública, onde cerca de 10% da população mundial sofre com esse problema, o que corresponde a aproximadamente 60 milhões de pessoas. Ademais, um estudo brasileiro foi capaz de evidenciar a região dorsal/lombar como a mais prevalente de DC, além de apresentar maior custo de tratamento, um número elevado de licença médica e constante sofrimento individual.

Com o processo de envelhecimento, a coluna vertebral pode sofrer uma degeneração de suas estruturas, o que pode desencadear em diversos eventos, como modificações discais e ligamentares, deformações nas vértebras, osteopenia e modificação nos discos e ligamentos da coluna, aumentando o risco de fraturas. Sendo assim, surgem diversas alterações no organismo, capazes de impulsionar a dor ou desconforto em diversas regiões da coluna, bem como na região lombar, onde a dor se situa entre a margem das últimas costelas e a prega glútea inferior, podendo ou não irradiar para os membros inferiores (Alzahrani et al., 2019; Hartvigsen et al., 2018).

Posto isso, é possível observar que a dor lombar crônica (DLC) é responsável por desencadear muitos problemas na vida do idoso, como incapacidade ou limitação de movimento na vida cotidiana, podendo decorrer de um fenômeno multidimensional , que é resultado do impacto fisiológico e psicológico que o quadro álgico excerce sobre o indivíduo, reduzindo, assim, a qualidade de vida desta parcela da população (Desconsi et al., 2019).

Sendo assim, partindo do princício de que a dor lombar crônica é responsável por desencadear inúmeras consequências na vida da população idosa, dentre elas físicas e psicológicas,  e afetar gradativamente sua qualidade de vida,  urge a necessidade de  uma atenção  maior voltada para este problema. 

            O presente trabalho visa , portanto, fazer um estudo da prevalência de dor lombar crônica em idosos, além de fazer uma análise da qualidade de vida e saúde global dos mesmos, observando os domínios físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente, visando,assim, elencar os principais fatores que contribuem com o surgimento da DLC, além de ressaltar a importância do envelhecimento com a qualidade de vida, visto que é considerada uma fase da vida que requer um acompanhamento redobrado, tanto da família, quanto dos profissionais da áera da saúde, para que estes indivíduos possam ter a vida mais ativa e saudável. Por fim, a pesquisa também tem o intuito de incentivar a importância da realização de pesquisas  voltadas para os fatores ligados à DLC que interferem na qualidade de vida dos idosos.

2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Anatomia Da Coluna Vertebral

Segundo Dangelo e Fattini (2007) a coluna vertebral é responsável por fornecer resistência, sustentação e fexibilidade para o tronco, sendo capaz de suportar o peso da maior parte do corpo e transmiti-lo, com o auxílio das articulações sacroilíacas, para os ossos do quadril. Ela é constituída por 33 vértebras, empilhadas no sentido longitudinal, que se estendem pela nuca, tórax, abdome e pelve, formando, respectivamente, 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 4 coccígeas. Além disso, entre cada vértebra apresenta-se um disco intervetebral, responsável por reduzir os impactos de uma determinada sobrecarga da coluna, além de fornecer mobilidade entre as vértebras.

FIGURA 1: Anatomia da coluna vertebral

FONTE: NATOUR et al.,2004

A coluna cervical é composta pelo esqueleto axial do pescoço e suporte da cabeça, a torácica é responsável por suportar a cavidade torácica, a lombar por suportar a cavidade abdominal e garantir mobilidde entre a região torácica do tronco e a pelve, a sacral é responsável por unir a coluna à cintura pélvica e a coccigea possui função no suporte do assoalho pélvico. Desse modo, as vértebras presentes na coluna vertebral apresentam em sua composição um corpo, um arco e processos vertebrais que possuem funções de suportar a carga e proteger a medula (Natour et al., 2004).

As vértebras lombares são nomeadas em L1, L2, L3, L4 e L5, sendo consideradas de tamanho maior e mais espessas do que as cervicais e torácicas, já que possuem o papel de sustentar uma região maior quando comparada com as demais, o que justifica um risco maior de rompimento de disco intervertebral, que ficam localizados entre os corpos das vértebras. Os processos articulares superiores e inferiores, possuem faces que se articulam com as vértebras adjacentes. O processo espinhoso é o resultado da união das duas lâminas do arco vertebral e a lâmina de uma vértebra é a parte posterior do arco que forma a parede posterior do forame vertebral. Cada pedículo constitui o “pé do arco”, onde esta estrutura fixa o corpo ao arco vertebral e o que determina o forame vertebral é o “buraco” em cada vértebra onde a medula espinal passa (Netter, 2015).

Posto isto, a coluna lombar é responsável por suportar a cavidade abdominal e permitir mobilidade entre a parte torácica do tronco e a pelve. Sendo assim, as vértebras lombares possuem um grande tamanho, não possuem fóveas costais e faramens transversais, possuem processos transversais finos e processos espinhosos quadriláteros. Além disso, possuem corpos grandes e renifromes, foramens vertebrais triangulares, pedículos, lâminas curtas e espessas (Natour et al.,2004).

FIGURA 2: Imagem ilustrativa da anatomia da vértebra lombar

FONTE: NATOUR et al.,2004

Dentre os músculos que compoem a coluna vertebral estão os pré-vertebrais, os músculos pós-vertebrais, latíssimo do dorso, levantador da escápula, rombóide menor e maior, serrátil posterior, superior e inferior e pós-vertebrais profundos. Sendo assim, a coluna é capaz de realizar movimentos de vértebras adjacentes, resultando numa amplitude de mobilidade da coluna, como o de flexão, onde a coluna curva-se anteriormente e possui um grau de amplitude maior nas regiões cervical e lombar, especificamente na junção lombossacral, no de extensão a coluna se curva posteriormente, e é limitada na região torácica, no movimento de flexão lateral da coluna, onde é mais limitado na região cervical e no movimento de rotação da coluna, sendo mais ampla na região cervical e torácica e menos ampla na região lombar (Dangelo; Fattini, 2007).

2.2 Envelhecimento e seus aspectos biopsicossociais

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (2017), juntamente com a lei n° 10.741, de 1° de outubro de 2003 é classificado como idoso pessoas que apresetam a partir de 60 anos de idade. Com base em estudos desenvolvidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população idosa representa grande parte da população, totalizando cerca de 8,6%.

            Atualmente, no Brasil, o processo de envelhecimento encontra-se aumentando gradativamente, o que é resultado da redução da taxa de fecundidade, mortalidade, e na melhora da qualidade de vida, aumento, assim, a expectativa de vida e da longevidade (LINI et al.,2016). Na sociedade atual, o envelhecimento é visto com um olhar negativo, sendo automaticamente relacionado a questões de sofrimento, doenças, fragilidade, mal estar e incapacidade física (Moreira; Nogueira, 2008).

            O processo de envelhecimento é marcado por um conjunto de transformações morfológicas, funcionais e bioquímicas, capazes de causar modificações na relação do indivíduo com meio ambiente, o que pode contribuir com alterações fisiológicas e consequencimente o surgimento de incapacidades físicas e psicológicas (Lopes, 2016).

2.3 Coluna Vertebral e o Processo De Envelhecimento

De acordo com o que foi mencionado anteriormente, a porção anterior na coluna vertebal é composta por discos intervertebrais, onde sua quantidade de água e capacidade de absorção são proporcionais, possibilitando, assim, a absorção dos choques e distribuição da carga de maneira uniforme. Dessa forma, o disco é composto por um núcleo pulposo envolto de um ânulo fibroso, sendo o núcleo pulposo responsável pela absorção das forças na troca líquida entre capilares e discos vertebrais e na movimentação das vértebras e o ânulo fibroso se responsabiliza pelo amortecimento das cargas e pela estabilização e movimento dos corpos vertebrais. Sendo assim, com o processo de envelhecimento, podem ocorrer algumas alterações nos discos devido a sua desidratação, sendo capaz de reduzir sua função biomecânica, onde o núcleo perde a capacidade de retenção de água e o anel fibroso perde sua elasticidade, ocasionando a degeneração dos discos (Rodrigues; Navarro; Nakao, 2022).

2.4 Dor crônica em idosos

A definição de dor pela International Association for Study of Pain (IASP) é caracterizada como um desconforto sensorial e emocional, decorrente de lesões nos tecidos, reais ou potenciais, sendo que cada indivíduo sente e classifica sua intensidade de maneira diferente.  Desse modo, a dor pode ser classificada em aguda e crônica, sendo dor aguda aquela com duração de dias ou semanas, e a crônica aquela que se perdura por mais de três meses. Por este viés, estudos confirmam que cerca de 7 a 40% da população idosa é acometida por dor crônica, o que colabora com o aumento das limitações físicas, estresse, isolamento social, dentre muitos outros problemas, reduzindo, assim, a qualidade de vida (Lini et al., 2016).

            A dor crônica é responsável por causar inúmeras consequências na vida do idoso, dentre elas incluem a depressão, incapacidade física e funcional, afastamento das relações interpessoais e conflitos familiares, além de problemas socioeconômicos, desânimo e dependência (Cunha;Mayrink, 2011).

2.5 Fisiopatologia da Dor Lombar Crônica

A dor lombar é considerada uma das queixas musculoesqueléticas mais comuns no mundo, apresentando uma mediana de um ano de prevalência global na população adulta de 37% na meia idade e tendo uma prevalência maior no sexo feminino. Em 2015, a prevalência pontual global de lombalgia limitante de atividade foi de 7,3%, o que significa que 540 milhões de pessoas foram afetadas, sendo causa de incapacidade e de afastamentos no trabalho, podendo aumentar com o avanço da idade e desencadear sofrimento físico e emocional, incapacidade funcional e limitações na realização das atividades cotidianas (Desconsi et al., 2019).

            A lombalgia é classificada como crônica quando sua duração excede 3 meses e geralmente ela se caracteriza como uma dor que piora com o aumento do esforço físico durante as atividades diárias e reduz com o repouso. Ela é tida como um problema de saúde pública em todo o mundo, sendo capaz de causar um forte impacto pessoal, social, ocupacional e econômico. Estudos comprovam que aproximadamente 70 a 80% de todas as pessoas poderão adquirir dor na coluna em algum momento da vida. Ademais, pessoas com idades entre 30 e 60 anos possuem grandes chances de ser atingidos com esse tipo de problema (Rocha et al., 2021).

            É uma condição definida como uma dor ou desconforto localizados abaixo do rebordo costal e acima da linha glútea superior, podendo ou não irradiar para os membros inferiores e causar diversos tipos de sintomas. Alguns fatores associados incluem idade superior a 30 anos, sexo masculino, tabagismo, esforços físicos que possam sobrecarregar a coluna, sedentarismo e postura inadequada. Sendo assim, os pacientes acometidos com dor lombar crônica são classificados em três grupos: 1) relacionado a doença subjacente específica; 2) apresentando componente neuropático; 3) inespecífica, que geralmente é de origem mecânica. Entretando, 15% das dores lombares está relacionada a uma causa específica e 75% não se encontra uma causa evidente (Almeida; Kraychete, 2017).

2.6 Correlação entre dor lombar crônica e coluna vertebral

Na dor lombar crônica ocorre uma perda funcional, dor ou desconforto na região abaixo da última costela e acima da crista ilíaca na região lombossacral, possuindo duração a partir de três meses. Ela é considerada como uma das principais causas de limitações e afastamentos das atividades cotidianas dos indivíduos acometidos com este problema. Atualmente, há estudos que comprovam a ocorrência de infiltração de gordura e atrofia uni ou bilateral dos multífidos em indivíduos com dor lombar crônica, o que pode estar diretamente ligado a um cenário de inibição muscular artrogênica e sua ocorrência parece ser proporcional à duração dos sintomas, contudo de difícil reversão. ( Linzmeyer et al., 2022).

2.7 Diagnóstico da Dor lombar crônica

O diagnóstico é fundamentado com base na história clínica, exame clínico e exames complementares, onde a dor pode ser advinda de degeneração das articulações, sendo capaz de provocar uma irritação das raízes lombares, de uma lordose acentuada, causada por uma alteração na curvatura da coluna, de uma fraqueza nos músculos do abdômen ou de uma assimetria das facetas articulares. Dessa forma, o paciente pode sentir uma dor de forma súbita na região lombar, responsável por bloquear os movimentos e provocando uma rigidez nos músculos da coluna (Almeida; Krychete, 2017).

            Impende destacar que é imprescindível avaliar a intensidade da dor, como por exemplo a utilização da Escala Visual Analógica, visando detectar melhor a evolução do paciente com os possíveis tratamentos que serão estabelecidos, além de ser feito uma anamnese detalhada do paciente, contendo todos os critérios para identificar os fatores que estão relacionados a esta condição clínica.

2.8 Tratamento da dor lombar crônica

O tratamento pode ser concedido através da utilização de fármacos ou através de fisioterapia, através dos mais diversos recursos terapêuticos, que irão proporcionar a redução dos sintomas e dos agravamento da doença, além de melhorar a qualidade de vida e o bem estar da população idosa (Jorge et al., 2015).

            O tratamento fisioterapêutico conta com vários tipos de recursos, como a realização de exercícios físicos para fortalecer a musculatura da coluna, alongamentos, aplicação de calor, para reduzir os espasmos musculares ou frio, para diminuir o edema, ultrassom e estimulação elétrica (Anema et al., 2007). Calonego e Rebelatto (2002), afirmaram que a terapia manual também tem se mostrado eficiente no tratamento da dor lombar crônica, isso porque a liberação miofascial é responsável por aumentar a circulação sanguínea e linfática, aumentando o influxo de nutrientes e promovendo a remoção de produtos catabólicos, estimulando o processo de cicatrização dos tecidos, o que irá promover o relaxamento e alívio da dor.

2.9 A participação do centro de convivência para idosos

Entende-se que a pessoa idosa necessita de cuidados especiais e um suporte maior no seu dia a dia, precisando do apoio da família e de cuidados de uma equipe multidisciplinar. Dessa forma, é possível compreender que apenas os cuidados fornecidos pela família não são o suficiente para garantir a qualidade de vida e proporcionar um envelhecimento saudável aos idosos. É necessário uma rede de apoio que conte com a colaboração tanto da família, quanto do Estado e da comunidade trabalhando juntos para garantir este fim. Posto isto, a participação dos idosos no centro de convivência é fundamental para facilitar aos idosos uma vida de maior qualidade, onde eles são expostos à um acompanhamento maior dos profissionais da saúde, a execução de atividades lúdicas e a interação com os demais idosos, o que é capaz de trazer inúmeros benefícios para a saúde destes (Scolari et al., 2020).

2.10 Questionário de Roland Morris

Com base no que foi mencionado, é válido considerar que alguns fatores devem ser levados em consideração para avaliar a prevalência da dor lombar crônica em idosos, como os aspectos fisicos, ambientais e psicossociais, indo de encontro com a Classificação Internacional de Funcionalidade e Incapacidade (CIF). Sendo assim, a utilização do questionário irá facilitar os mecanismos da pesquisa e auxiliar na obtenção dos resultados com maior êxito. Isso porque a avaliação mais detalhada dos fatores que estão ligados às incapacidades e dificuldades que o indivíduo apresenta de realizar determinada atividade irá trazer uma análise mais detalhada e minunciosa sobre a prevalência de dor lombar crônica em idosos (Bernardelli et al., 2021).

2.11  Avaliação da qualidade de vida-  WHOQOL BREF

         É possível compreender que  a  DLC é responsável por causar uma série de problemas  à população idosa, impactando diretamente em seus hábitos de vida diária e qualidade de vida. Sendo assim, para avaliação da qualidade de vida é utilizado um instrumento que foi validado no Brasil e que tem como foco principal a população idosa, com o nome de World Health Organization Quality of  Life Bref  (Whoqol-Bref),  o qual possui 26 questões, sendo duas gerais, relacionadas à qualidade de vida e saúde global, e as demais subdivididas entre os domínios físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente. Sendo assim, a aplicação do WHOQOL-BREF é essencial para obter uma visão holística da qualidade de vida dos idosos, permitindo intervenções mais direcionadas e eficazes (Madeira et al., 2022).

         Dessa forma, com a aplicação da escala de qualidade de vida (WHOQOL-BREF), consegue-se fazer uma análise mais detalhada de como esta dor está repercurtindo na capacidade funcional e produtiva daquele indivíduo, além de analisar se ela está causando problemas como distúrbios do sono, ansiedade e depressão, ou seja, se está interferindo no lado emocional, psicológico e social daquele indivíduo (Kanematsu et al., 2022).

3 METODOLOGIA

3.1 Tipo de pesquisa

Trata-se de um estudo de campo, analítico e com abordagem quantitativa.

3.2 População do estudo

            A população do estudo é de 40 idosos com idade igual ou superior a 60 anos, que realizam as atividades na Fundação Nossa Senhora da Paz em Teresina. A amostra resultou em 38 idosos, onde apenas dois não foram inseridos nos critérios de inclusão. A Fundação é uma entidade sem fins lucrativos e foi idealizada pelo Padre Pedro Balzi para atender no campo da promoção humana a Vila da Paz e comunidades vizinhas.

3.3 Critérios de inclusão

            Foram incluídos na pesquisa idosos de idade igual ou superior a 60 anos dos sexos feminino e masculino, sem distinção de raça.

3.4 Critérios de exclusão

Foram excluídos da pesquisa aqueles que não respoderam o questionário completamente, aqueles que não possuíam condições cognitivas para responder e os que pediram para retirar o seu consentimento durante a coleta ou ao longo da pesquisa por qualquer motivo.

3.5 Período de coleta

         O período de coleta ocorreu durante o mês de abril de 2024.

3.6 Procedimento de coleta

Inicialmente foi feita a explicação do projeto e seu objetivo principal, juntamente com os procedimentos que foram seguidos. Em segundo plano, foi solicitado a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) APÊNDICE A. A coleta de dados foi obtida através de um questionário que conteve dados sociodemográficos (APÊNDICE B), apresentando cerca de 10 perguntas relacionadas à sua ocupação, idade, raça, sexo entre outros, outro questionário com o nome de Roland-Morris, de 24 perguntas, onde foi possível avaliar a prevalência de dor lombar crônica presente nos idosos do centro de convivência e os fatores que estão atrelados a este problema e um questionário sobre qualidade de vida, com o nome de Análise do WHOQOL-BREF. Estes questionários foram fundidos em um só questionário pela plataforma Google Forms, e enviados via WhatsApp para os idosos. Aos idosos que não conseguiram responder ou por não possuir aparelho celular ou por qualquer outra dificuldade, foi realizado um acompanhamento individualizado com estes, onde foram lidas as perguntas e os itens e registrado as respostas na plataforma de acordo com o que os idosos respondiam.

3.7 Análise de dados

            Os dados foram organizados em uma planilha do Excel 2013 e analisados pelo software estatístico Bioestat 5.3, considerado o nível de significância de 5% (α=0,05) para todas as análises.

3.8 Aspectos éticos

Os participantes assinaram o termo de consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Ademais, com base na resolução 466/12, é imperativa a submissão do protocolo de pesquisa envolvendo seres humanos a um Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) cadastrado na Comissão Nacional de Ética e Pesquisa do Ministério da Saúde (CONEP/MS). Assim, o estudo foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa via Plataforma Brasil, sendo devidamente cadastrado na Comissão de Ética e Pesquisa do Ministério da Saúde (CONEP/MS). A pesquisa foi aprovada e registrada no parecer 6.796.191 pelo Comitê de Ética e Pesquisa via Plataforma Brasil.

3.9 Riscos

É possivel compreender que toda pesquisa que envolva seres humanos abrange o risco de vazamento das informações e dados dos usuários e de danos à dimensão física, moral, intelectual, cultural, social do ser humano, podendo acarretar em constrangimento aos demais envolvidos no projeto. Posto isto, durante a coleta de dados, os voluntários não foram identificados e os dados foram armazenados de forma segura pelos pesquisadores. Além disso, o participante pôde, a qualquer momento, desligar-se da pesquisa.

3.10 Benefícios

            O trabalho em questão teve como benefícios realizar um estudo da prevalência de dor lombar crônica em idosos, visando destacar as possíveis causas e fatores que estao diretamente ligados a este problema, buscando assim, analisar as consequências que a dor lombar é capaz de causar na qualidade de vida dos idosos.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com base nas pesquisas desenvolvidas ao longo dos anos, foi possível observar um significativo aumento no número de idosos acometidos com dor lombar crônica diariamente. Nesse contexto, sabe-se que a dor crônica é capaz de causar um impacto negativo na qualidade de vida de, em média, 50% desta parcela da população, interferindo nas atividades de vida diária, mobilidade, autonomia e saúde mental dos acometidos (Barcellos; Rizzo; Santos, 2023). O estudo apresentou um amostra de 40 pessoas, entretanto apenas 38 foram enquadrados nos critérios de inclusão da pesquisa.

Tabela 1: Perfil sociodemográfico dos idosos participantes do centro de convivência (n=38).Teresina-PI.

VariáveisTotal de AmostraPorcentagem
Sexo  
Feminino3386,8%
Masculino513,2%
Faixa Etária  
60-66 anos1950%
67-72 anos923,7%
73-79 anos821,2%
80-9725,1%
Estado civil  
Viúvo1128,9%
Solteiro12,6%
Casado2155,3%
Divorciado513,2%
Mora com:  
Sozinho410,5%
Conjugue1231,6%
Filhos1026,3%
Netos12,6%
Outra Opção1128,9%
Renda  
1 Salário2363,9%
1,5 Salários38,3%
2 Salários513,9%
3 Salários ou mais513,9%

Fonte:  Autores (2024).

 De acordo com  o perfil epidemiológico , no que tange à faixa etária , a média de idade entre eles foi de  68,31 anos  com variação de idade entre 60 e 97 anos, onde foi possível observar uma grande quantidade no número de idoso com idade entre 60 e 66 anos ou mais, tornando uma similaridade com a pesquisa de Lini et al. (2016), que teve um total de 416 participantes, com idade maior ou igual a 60 anos

Dentre os idodos que participaram da  pesquisa, grande parte é do sexo feminino (86,8%), o que totaliza 33 mulheres,  e os outros  5 que restaram são do sexo masculino, correspondendo  um percentual de 13,2%, o que vai de encontro com o trabalho de  Lini et al. (2016), onde, do total de participantes, a maioria eram mulheres (56,7%), pontuando uma incidência maior na prevalência de dor (54,7%), no sexo feminino (64,8%).

            Com relação aos dados que apontam quem faz parte do convívio dos idosos participantes, 31,6% afirma que moram com o conjugue, 26, 3% afirmaram morar com filhos e 28,9% afirmaram morar com filhos,netos, nora, genro, dentre outros, o que está associado ao quesito qualidade de vida, que é evidenciado no estudo de Konrad et al. (2023), onde se afirma que a família possui fundamental importância no processo de envelhecimento saudável, sendo capaz de fornecer suporte, proteção, atenção e cuidados à saúde, propiciando uma maior qualidade de vida.

            No contexto econômico, observa-se que 63,9% dos idosos possuem como renda 1 salário-mínimo, 8,3% recebem 1,5 salários-mínimos, 13,9% recebem 2 salários-mínimos e 13,9% recebem 3 salários-mínimos ou mais, sendo notável um número maior de idosos que sobrevivem apenas com um salário-mínimo, o que  questiona suas condições de vida, já que pessoas com um nível socioeconômico reduzido são mais suscetíveis a fatores de risco de doenças crônicas, assim como o ambiente construído, a estrutrura de suas residências e as características do ambiente em que este indivíduo vive (Irankhah et al., 2024).

            A respeito do nível de escolaridade da amostra, 13 idosos concluíram o ensino fundamental, 12 concluíram o ensino médio, 6 idosos não concluíram o ensino fundamental, apenas 2 não concluíram o ensino médio, dos 38 apenas 2 possuem ensino superior completo, 2 apresentam nível técnico e apenas um idoso não frequentou a escola (Gráfico 1). Dessa forma, com base na interpretação do gráfico, é notório um elevado grau de escolaridade entre os idosos, o que vai de encontro ao trabalho de Polonski e colaboradores (2022), que teve como amostra 300 idosos, onde obteve um total de 68 idosos com ensino fundamental completo, 63 idosos com ensino médio completo e 39 idosos com ensino superior completo. Sendo assim, entende-se que o nível de escolalidade contribui de forma positiva para que esta parcela da população mantenham uma boa saúde, isso porque a habilidade de ler, escrever e um maior bagagem de conhecimento facilita o acesso a informação, proporcionando um maior bem-estar.

Gráfico 1: Nível de escolaridade dos idosos participantes do centro de convivência (n=38).Teresina- PI.

Fonte: Autores (2024).

            Quanto à ocupação, verificou-se que dos 38 idosos, 24 idosos são aposentados, 9 são donas de casa e os demais possuiam outras ocupações, como pensionista, merendeira. Educadora social, contadora e servidor público, o que se assemelha ao estudo de Reis et al. (2008), afirmando que a maioria dos participantes era aposentado, totalizando 45,4%, e 20,4% realizavam trabalho doméstico.

Gráfico 2: Ocupação dos idosos participantes do centro de convivência (n=37). Teresina-PI.

Fonte: Autores (2024).

No que tange às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), um tópico presente no questionário sociodemográfico, informa sobre os tipos de doenças que os participantes apresentam, assim como é evidenciado no gráfico 3, onde 8 deles afirmaram não possuir nenhum tipo de DCNT, 8 relataram ter Hipertensão Arterial Sistêmica ( HAS), assim como tiveram idosos que relataram ter mais de uma doença, como diabetes e artrose, o que também se assemelha ao estudo de Reis et al (2008), que apontou a Hipertensão Arterial como a patologia de maior incidência, mostrando uma porcentagem equivalente a 47,7%.

Gráfico 3: Doenças Crônicas Não Transmissíveis em idosos do centro de convivência (n=38).

Teresina-PI.

Fonte: Autores (2024).

            Ainda no questionário sociodemográfico, é possível observar que este possui uma pergunta com intuito de analisar quantos idosos apresentam dor na coluna lombar, o que é representado no gráfico 4, onde pode-se visualisar que dos 38 idosos participantes, 24 (63,2%) relataram ter dor na região lombar e apenas 14 (36,8%) afirmaram não possuir dor na coluna lombar. Do mesmo modo, a pesquisa de Layber et al. (2023) vai de encontro com os resultados apresentados, onde teve como amostra 50 respondentes, na qual 34 participantes, o que representa uma porcentagem de 68%, informaram sentir algum tipo de dor na região lombar, e os outros 16, representando uma porcentagem de 32% relataram não apresentar nenhum tipo de dor na região lombar.

Dessa forma, percebe-se que a maioria dos idosos participantes se enquadra no perfil de pacientes com problemas associados à região lombar, visto que assim como se observa no gráfico 3, muitos informaram ter doenças como hérnia de disco, que é uma condição que acomete entre 13 e 40% das pessoas no decorrer da vida, e ocorre quando há o surgimento de fissuras no anel fibroso capazes de acometer as raízes nervosas espinhais em formas e graus diferentes, podendo ocorrer desde o abaulamento do disco até o rompimento da parede discal, ocasionando no extravasamento do conteúdo nuclear para o canal da medula, o que causa dano à raíz nervosa. Sendo assim, essa compressão mecânica e irritação são capazes de desencadear problemas como dor e desconforto (Sussela et al., 2017).

Gráfico 4: Dor na coluna lombar em idosos do centro de convivência (n=38). Teresina-PI.

Fonte: Autores (2024).

            Posto que a lombalgia é uma condição responsável por causar diversas limitações em vários aspectos da vida de um indivíduo, quando se observa o modelo de Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), apontado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), é notório que este dispõe de critérios específicos para a classificação da funcionalidade e incapacidade com base no estado de saúde do indivíduo, o que permite uma descrição mais detalhada do quadro de saúde daquele indivíduo. Com base na CIF, existem três domínios de saúde que descrevem a funcionalidade e a incapacidade, são nomeados de estrutura e função do corpo, atividade e participação. O domínio de estrutura e função refere-se às funções corporais e fisiológicas, que na lombalgia, sofre alterações como dor, desconforto e redução da amplitude de movimento. Já o domínio da atividade diz respeito à capacidade que o indivíduo tem de realizar as atividades do dia a dia, como pegar objetos no chão, subir e descer escadas, na qual indivíduos com dor lombar apresentam dificuldades para realizar. Por último, o domínio de participação, ou seja, de interação com o meio sociocultural, também passa a ter alterações, devido às dificuldades enfrentadas em meio às alterações sofridas nos domínios anteriores (Ocarino et al., 2009).

Deste modo, para avaliação do desempenho funcional dos participantes, foi utilizado o questionário de Roland Morris, composto por 24 afirmações que refletem limitações físicas e funcionais causadas pela dor lombar. Cada afirmação pode ser marcada pelo paciente como “verdadeira” ou “falsa” em relação ao seu estado de saúde atual. O escore total é obtido pela soma das respostas afirmativas, com pontuações mais altas indicando maior nível de incapacidade.

A tabela 2 mostra o resultado do questionário Roland Morris aplicado aos idosos do centro de convivência.

Tabela 2: Questionário de Roland Morris pelos idosos do centro de convivência (n=38). Teresina-PI.

Variáveln%
Sem incapacidade3078,9%
Com incapacidade821,1%

Fonte: Autores (2024).

A análise dos dados obtidos após aplicação do questionário Roland Morris apresentou um total de 30 idosos que não possuem incapacidade, o que é equivalente a uma porcentagem de 78,9%, representando a grande maioria. Já os 8 idosos restantes obtiveram um escore com mais de 14 respostas positivas, resultando em incapacidade, totalizando os 21,1%. No trabalho de Araújo et al. (2024) é destacado sobre a importância do exercício físico para redução da dor lombar crônica e da incapacidade causada pela mesma.

Com base na análise dos dados, foi possível observar que grande parte dos idosos relataram dificuldades em realizar atividades como subir escadas (Q5), realizar tarefas que envolvem maior esforço físico (Q21), bem como passar muito tempo deitado em apenas uma posição (Q2). Desse modo, quando se observa a participação dos idosos no centro de convivência, percebe-se que a grande maioria, mesmo apresentando dor lombar consegue execultar suas atividades de vida diária, tendo seus domínios de saúde preservados, visto que são idosos que possuem a vida ativa e realizam atividades físicas que contribuem para a melhora da funcionalidade e redução da incapacidade.

Impende destacar que as consequências trazidas pela dor lombar crônica podem impactar diretamente na qualidade de vida destes invidivíduos, sendo capazes de afetar várias áreas de sua vida, como o lado físico, emocional e relações sociais. Por isto, é necessário fazer uma análise de forma mais ampliada sobre como esta dor está repercutindo na vida daquele indivíduo, avaliando todos os possíveis domínios que podem estar sendo atingidos com base no quadro clínico do idoso. Sendo assim, foi utilizado a escala de avaliação da qualidade de vida WHOQOL-BREF, na qual possui 26 questões destinadas a avaliar os domínios físico, psicológico, meio ambiente e relações sociais. Nos dados que se referem as questões específicas é destacado médias, desvio padrão, coeficiente de variação, valor mínimo, valor máximo e amplitude.

A média geral entre as questões foi de 3,62. Dentre as questões com melhores resultados, encontram-se a boa capacidade de se locomover (Q15), a satisfação consigo mesmo (Q19), a satisfação com o local onde mora (Q23), a satisfação com as relações pessoais (Q20), satisfação com a capacidade de desempenhar atividades do dia-a-dia (Q17), achar que a vida tem sentido (Q6), satisfação com o apoio dado aos amigos (Q22), capacidade de aceitar a aparência física (Q11) ), satistação com a capacidade para o trabalho (Q18) e energia suficiente para o dia-a-dia (Q10),  com médias respectivamente,  4,24, 4,24, 4,21, 4,18, 4,16, 4,13, 4,13,  4,11, 4,08, 4,05. Já as menores médias foram em sentimentos negativos (Q26), a dor física impede de fazer o que precisa (Q3), e a satisfação com o meio de transporte (Q25) com médias 2,00, 2,21 e 2,82, respectivamente.

Quando se oberva os domínios representados na tabela 3, considerando a média, desvio padrão, coeficiente de variação, valor máximo, valor mínimo e amplitude, é notório que a maior média foi nos domínios psicológico e relações sociais, com médias 15,79 e 15,40. Da mesma maneira, no estudo de Scherrer et al. (2022), a maior média do WHOQOL-BREF foi no domínio psicológico, onde é destacado que os sintomas depressivos podem interferir na capacidade de relação das atividades básicas de vida diária e na qualidade de vida dos idosos. Ademais, de acordo com Rodrigues et al. (2021), o domínio de relações sociais é de extrema importância para melhora da qualidade de vida, visto que o convívio com os familiares é responsável por trazer sentimentos de segurança/reconhecimento e amor, reduzindo os sentimentos negativos e de solidão.

Entretanto, a menor média foi relacionada aos domínios autoavaliação da qualidade de vida, com média equivalente à 13,63 e meio ambiente, com média de 14,08. A autoavaliação da qualidade de vida diz respeito sobre como o invivíduo avalia sua qualidade de vida e o quanto está satisfeito com sua saúde. A grande maioria avaliou sua qualidade de vida como nem ruim e nem boa e a saúde como nem satisfeito nem insatisfeito. Além disso, o domínio do meio ambiente é responsável por avaliar a satisfação do idoso com a segurança física e proteção, oportunidades de lazer, a qualidade do seu ambiente físico (clima, poluição, barulho), trânsito e meios de transporte, que também pode interferir na qualidade de vida, o que se assemelha ao trabalho de Madeira et al.(2022), onde observou-se que o domínio meio ambiente foi o menor resultado encontrado na aplicação da escala WHOQOL-BREF aos idosos.

Tabela 3: Dados quantitativos dos domínios do formulário WHOQOL-BREF dos idosos participantes do centro de convivência (n=38). Teresina-PI.

DOMÍNOMÉDIADESVIO PADRAOCOEFICIENTE DE VARIAÇÃOVALOR MÍNIMOVALOR MÁXIMOAMPLITUDE
Físico15,252,4616,149,1419,4310,29
Psicológico15,792,4415,4610,6720,009,33
Relações Sociais15,403,6623,798,0020,0012,00
Meio Ambiente14,082,2315,819,5018,509,00
Auto-avaliação da QV13,632,5418,6410,0018,008,00

Fonte: Autores (2024).

            O domínio físico, que é o responsável por avaliar o quanto a dor e o desconforto podem dificultar suas atividades de vida diária e o quanto o idoso possui energia para executá-las, avaliar a mobilidade, a dependência de medicação e tratamentos para algum tipo de doença e a capacidade para o trabalho, pode ser observado no gráfico 4, onde de acordo com o Grupo Whoqol (1995), quanto mais perto de 100%  melhor a qualidade de vida.  Posto isto, é válido ressaltar a importância da participação dos idosos no centro de convivência, já que é um local onde eles praticam atividades físicas e participam de ações com o objetivo de promover o envelhecimento com qualidade, o que ajuda a reduzir os danos causados pela dor lombar crônica e outras patologias.

 De acordo com Dallacosta et al. (2022) a atividade física é uma aliada da redução das dores corporais, tendo um papel na prevenção de doenças e melhora do estado geral de saúde. Além disso, a atividade física é fundamental para a melhora da qualidade de vida, pois tem uma função de retardar processos e desgastes causados pelo envelhecimento, assim como previnir e amenizar danos causados pelas doenças crônicas não transmissíveis.

Gráfico 5: Porcentagem das respostas sobre os domínios do questionário WHOQOL-BREF dos idosos do centro de convivência (n=38). Teresina-PI.

Fonte: Autores (2024).

            O presente estudo trouxe muitos benefícios para obter uma análise mais detalhada no quesito saúde da população idosa, na medida em que se pode observar quais pontos de suas vidas necessitam de uma atenção maior para a promoção de saúde e qualidade de vida, o que urge a criação de políticas públicas para esta parcela da população, dado que é um público que vem crescendo constantemente. No decorrer da pesquisa, foi possível entender de forma mais aprofundada sobre quais aspectos estão atrelados ao processo de envelhecimento, sobretudo as áreas da vida, dentre elas a social, pessoal, econômica, o físico, as relações interpessoais e fatores ambientais, para que seja viável compreender como e em quais estes campos a dor lombar crônica é capaz de interferir e reduzir , assim, a qualidade de vida.         

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

      A análise da prevalência de dor lombar crônica e da qualidade de vida em idosos participantes de um centro de convivência revelou dados importantes sobre a saúde e o bem-estar dessa população específica. Os estudos indicam que a dor lombar crônica é um problema prevalente e que impacta significativamente a qualidade de vida dos idosos, limitando suas atividades diárias e contribuindo para um aumento na dependência e redução da autonomia.

            Ao analisar os resultados, foi possível perceber uma alta prevalência de dor lombar crônica entre os participantes, porém quando se trata de incapacidade os dados indicam que a manutenção de uma rotina ativa e a participação em atividades oferecidas por centros de convivência têm um impacto positivo na capacidade funcional e na qualidade de vida dos idosos, mesmo aqueles que sofrem de dor lombar crônica.

            Além disso, a qualidade de vida dos idosos está intimamente ligada ao suporte social e à participação em atividades comunitárias. Os centros de convivência desempenham um papel crucial ao fornecer um ambiente de socialização e apoio, ajudando a reduzir o isolamento e promovendo o bem-estar emocional. A implementação de programas que incentivem a interação social, a atividade física regular e a educação em saúde pode ter um impacto positivo significativo na qualidade de vida dos idosos.

            Em resumo, o estudo reforça a importância de intervenções contínuas e específicas para a dor lombar crônica e destaca o papel vital dos centros de convivência na promoção da saúde e qualidade de vida dos idosos. As ações propostas devem focar não apenas na dimensão física da dor, mas também no fortalecimento do suporte social e emocional, contribuindo para um envelhecimento mais saudável e ativo.

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APÊNDICE A

Você está sendo convidado(a) a participar como voluntário(a) do projeto de pesquisa intitulado “ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DE DOR LOMBAR CRÔNICA E QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS PARTICIPANTES DE UM CENTRO DE CONVIVÊNCIA” que será realizado pela pesquisadora Milena Stephany de Oliveira Vitório, graduando do curso de Fisioterapia da Faculdade de Ensino Superior do Piauí, sob a orientação do Professor Antônio Lucas Farias da Silva.

Temos por objetivo analisar a prevalência de dor lombar crônica dos idosos que participam do centro de convivência. Então serão aplicados questionários sociodemográficos  que avaliaram itens como idade, sexo, estado civil, escolaridade e etc, outro questionário de base chamado de Roland Morris pela pesquisadora que ira avaliar o desempenho funcinal dos paricipantes e um questionário para avaliar a qualidade de vida, intitulado de WHOQOL-BREF. O questionário será preenchido digitalmente e os dados serão utilizados exclusivamente para fins acadêmicos.

Os procedimentos utilizados nesta pesquisa obedecem aos Critérios da Ética na Pesquisa com Seres Humanos conforme Resolução Nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Informamos que existe o risco de constrangimento ao você expor informações de cunho pessoal, para minimizar, nesse caso o participante poderá não responder a pergunta constrangedora. Outro risco é o vazamento das informações, logo, os questionários não serão identificados e os dados serão armazenados pelos pesquisadores de forma segura. É importante ressaltar que você poderá sofrer algum cansaço físico pois o tempo para responder o questionário durará cerca de 20 minutos, caso você não tenha tempo suficiente para responder o questionário, poderá fazer em um momento que se sinta à vontade e tenha disponibilidade.

O benefício desta pesquisa consiste em observar a prevalência de dor lombar crônica e avaliar a qualidade de vida em idosos participantes do centro de convivência.

Sua participação não é obrigatória, você é livre para recusar-se a participar, retirar seu consentimento ou interromper a participação a qualquer momento. Os dados da pesquisa permanecerão confidenciais, seu nome ou o material que indique a sua participação não serão divulgados. Qualquer despesa que você tenha em decorrência da participação na pesquisa, haverá ressarcimento, de igual maneira, caso ocorra algum dano decorrente de sua participação na minha pesquisa, você será devidamente indenizado, conforme determina a lei.

            Em caso de dúvida sobre o questionário entrar em contato com a pesquisadora responsável pela pesquisa Milena Stephany de Oliveira Vitório através do E-mail milenavitorio14@gmail.com

CONSENTIMENTO DA PARTICIPAÇÃO DA PESSOA COMO VOLUNTÁRIO

Eu, abaixo assino eletronicamente, após a leitura deste documento, concordo em participar da pesquisa “ANÁSE DA PREVALÊNCIA DE DOR LOMBAR CRÔNICA E QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS PARTICIPANTES DE UM CENTRO DE CONVIVÊNCIA”, como voluntário (a). Fui devidamente informado (a) e esclarecido (a) sobre a pesquisa, os procedimentos nela envolvidos, assim como os possíveis riscos e benefícios decorrentes da minha participação. Foi-me garantido que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento, sem que isto leve a qualquer penalidade.

( ) Eu aceito participar da pesquisa.

Assinatura dos (a) Pesquisadores (a) Responsáveis

APÊNDICE B

Questionário Sociodemográfico

1- Qual a sua idade? __________

2- Sexo? ( ) Feminino  ( ) Masculino

3- Estado Civil? ( ) Viúvo(a)   ( ) Solteiro (a)  ( ) Casado(a)  ( ) Divorciado(a)

4- Grau de Escolaridade? ___________________________________

5- Ocupação? _______________________

6- Quem mora com você? ( ) Sozinho  ( ) Com conjugue ( ) Com filhos  ( ) Com netos  ( ) Outra opção

7- Como você considera sua saúde? ( ) Boa  ( ) Muito Boa  ( ) Nem boa nem má  ( ) Má  ( ) Muito má

8-  Você possui alguma dor na coluna? ( ) Sim  ( ) Não 

9- Você possui alguma doença crônica? Se sim qual?

10- Qual a sua renda?

( ) 1 salário mínimo  ( ) 1,5 salário mínimo  ( ) 2 salários mínimos  ( ) 3 salários mínimos

ANEXO A

QUESTIONÁRIO DE ROLAND MORRIS

 1    Fico em casa a maior parte do tempo por causa de minhas costas.
 2    Mudo de posição freqüentemente tentando deixar minhas costas confortáveis.
 3    Ando mais devagar que o habitual por causa de minhas costas.
 4    Por causa de minhas costas eu não estou fazendo nenhum dos meus trabalhos que geralmente faço em casa.
 5    Por causa de minhas costas, eu uso o corrimão para subir escadas.
 6    Por causa de minhas costas, eu me deito para descansar mais freqüentemente.
 7    Por causa de minhas costas, eu tenho que me apoiar em alguma coisa para me levantar de uma cadeira normal.
 8    Por causa de minhas costas, tento conseguir com que outras pessoas façam as coisas por mim.
 9    Eu me visto mais lentamente que o habitual por causa de minhas costas.
 10    Eu somente fico em pé por períodos curtos de tempo por causa de minhas costas.
 11  Por causa de minhas costas evito me abaixar ou ajoelhar.
 12    Encontro dificuldades em me levantar de uma cadeira por causa de minhas costas.
 13 As minhas costas doem quase que todo o tempo.
 14 Tenho dificuldade em me virar na cama por causa das minhas costas.
 15 Meu apetite não é muito bom por causa das dores em minhas costas.
 16 Tenho problemas para colocar minhas meias (ou meia-calça) por causa das dores em minhas costas.
 17 Caminho apenas curta distância por causa de minhas dores nas costas.
 Não durmo tão bem por causa de minhas costas. Por causa de minhas dores nas costas, eu me visto com ajuda de outras pessoas.
 20 Fico sentado a maior parte do dia por causa de minhas costas.
 21 Evito trabalhos pesados em casa por causa de minhas costas.
 22     Por causa das dores em minhas costas, fico mais irritado e mal humorado com as pessoas do que o habitual.
 23 Por causa de minhas costas, eu subo escadas mais vagarosamente do que o habitual.
 24 Fico na cama a maior parte do tempo por causa de minhas costas.

ANEXO B

Instrumento de Avaliação de Qualidade de Vida The World Health Organization Quality of Life- WHOQOL-BREF

Este questionário é sobre como você se sente a respeito de sua qualidade de vida, saúde e outras áreas de sua vida. Por favor, responda a todas as questões. Se você não tem certeza sobre que resposta dar em uma questão, por favor, escolha entre as alternativas a que lhe parece mais apropriada. Esta, muitas vezes, poderá ser sua primeira escolha.

Por favor, tenha em mente seus valores, aspirações, prazeres e preocupações. Nós estamos perguntando o que você acha de sua vida, tomando como referência as duas últimas semanas. Por exemplo, pensando nas últimas duas semanas, uma questão poderia ser:

 nadamuito poucomédiomuitocompletamente
Você recebe dos outros o apoio de que necessita?12345

Você deve circular o número que melhor corresponde ao quanto você recebe dos outros o apoio de que necessita nestas últimas duas semanas. Portanto, você deve circular o número 4 se você recebeu “muito” apoio como abaixo.

 nadamuito poucomédiomuitocompletamente
Você recebe dos outros o apoio de que necessita?12345

Você deve circular o número 1 se você não recebeu “nada” de apoio.

Por favor, leia cada questão, veja o que você acha e circule no número e lhe parece a melhor resposta.

  muito ruimruimnem ruim nem boaboamuito boa
1Como você avaliaria sua qualidade de vida?12345
  muito insatisfeitoinsatisfeitonem satisfeito nem insatisfeitosatisfeitomuito satisfeito
2Quão satisfeito(a) você está com a sua saúde?12345

As questões seguintes são sobre o quanto você tem sentido algumas coisas nas últimas duas semanas.

  nadamuito poucomais ou menosbastanteextremamente
3Em que medida você acha que sua dor (física) impede você de fazer o que você precisa?12345
       
4O quanto você precisa de algum tratamento médico para levar sua vida diária?12345
5O quanto você aproveita a vida?12345
6Em que medida você acha que a sua vida tem sentido?12345
7O quanto você consegue se concentrar?12345
8Quão seguro(a) você se sente em sua vida diária?12345
9Quão saudável é o seu ambiente físico (clima, barulho, poluição, atrativos)?12345

As questões seguintes perguntam sobre quão completamente você tem sentido ou é capaz de fazer certas coisas nestas últimas duas semanas.

  nadamuito poucomédiomuitocompletamente
10Você tem energia suficiente para seu dia-a-dia?12345
11Você é capaz de aceitar sua aparência física?12345
12Você tem dinheiro suficiente para satisfazer suas necessidades?12345
13Quão disponíveis para você estão as informações que precisa no seu dia-a-dia?12345
14Em que medida você tem oportunidades de atividade de lazer?12345

As questões seguintes perguntam sobre quão bem ou satisfeito você se sentiu a respeito de vários aspectos de sua vida nas últimas duas semanas.

  muito ruimruimnem ruim nem bombommuito bom
15Quão bem você é capaz de se locomover?12345
  muito insatisfeitoinsatisfeitonem satisfeito nem insatisfeitosatisfeitomuito satisfeito
16Quão satisfeito(a) você está com o seu sono?12345
17Quão satisfeito(a) você está com sua capacidade de desempenhar as atividades do seu dia-a-dia?12345
18Quão satisfeito(a) você está com sua capacidade para o trabalho?12345
19Quão satisfeito(a) você está consigo mesmo?12345
20Quão satisfeito(a) você está com suas relações pessoais (amigos, parentes, conhecidos, colegas)?12345
21Quão satisfeito(a) você está com sua vida sexual?12345
22Quão satisfeito(a) você está com o apoio que você recebe de seus amigos?12345
23Quão satisfeito(a) você está com as condições do local onde mora?12345
24Quão satisfeito(a) você está com o seu acesso aos serviços de saúde?12345
25Quão satisfeito(a) você está com o seu meio de transporte?12345

As questões seguintes referem-se a com que freqüência você sentiu ou experimentou certas coisas nas últimas duas semanas.

  nuncaalgumas vezesfreqüentementemuito freqüentementesempre
26Com que freqüência você tem sentimentos negativos tais como mau humor, desespero, ansiedade, depressão?12345

Alguém lhe ajudou a preencher este questionário?…………………………………………………………

Quanto tempo você levou para preencher este questionário?…………………………………………..

Você tem algum comentário sobre o questionário?

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ANEXO C

Parecer de Aprovação do CEP

Parecer do CEP


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