PHYTOTHERAPEUTIC ACTION OF TURMERIC IN THE TREATMENT OF ENDOMETRIOSIS
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102501210954
Bruno Cassiano De Lima [1]
Resumo
A endometriose envolve o crescimento de tecido endometrial fora do útero, causando inflamação, dor intensa e infertilidade. Os tratamentos convencionais, como medicamentos hormonais e cirurgia, podem ter efeitos colaterais e não são eficazes para todas as pacientes. A cúrcuma, conhecida por suas propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes devido à curcumina, seu principal composto ativo, tem sido estudada como alternativa. Pesquisas indicam que a curcumina pode inibir a proliferação de células endometriais e reduzir a inflamação associada à endometriose. Investigação na literatura sobre os benefícios terapêuticos, mecanismos de ação e impacto da cúrcuma (Curcuma longa L.) na qualidade de vida de pacientes com endometriose. Este trabalho é uma revisão integrativa da literatura afim de investigar a eficácia da cúrcuma no manejo dos sintomas da endometriose, destacando os mecanismos de ação da curcumina, formas de administração e os resultados observados. Os achados sugerem que a suplementação com cúrcuma pode ser uma abordagem complementar promissora no tratamento da endometriose, proporcionando alívio sintomático e melhoria na qualidade de vida das pacientes. No entanto, a variabilidade dos resultados e a necessidade de mais estudos em vista, são enfatizados como necessários. Os estudos indicam que a cúrcuma tem potencial terapêutico significativo, mas seu uso deve ser integrado ao tratamento convencional sob supervisão médica para melhores resultados anti-inflamatórios.
Palavras-chave: Endometriose. Mulher. Qualidade de Vida. Terapias alternativas. Plantas Medicinais.
1 INTRODUÇÃO
A endometriose é uma condição caracterizada pela presença de tecido endometrial fora do útero, que responde à estimulação hormonal, causando inflamação, dor pélvica crônica e infertilidade. Estima-se que a doença afete entre 2% e 10% das mulheres em idade reprodutiva, 3% das mulheres na pós-menopausa e até 40% das mulheres inférteis. No Brasil, mais de 7 milhões de mulheres sofrem de endometriose. Apesar desses números alarmantes, o diagnóstico e a pesquisa sobre a doença ainda são insuficientes (Torres et al., 2021).
A endometriose apresenta como principais sintomas dismenorreia, dor pélvica crônica (persistente por mais de três meses fora do período menstrual), dispareunia profunda, disquesia e disúria associadas ao ciclo menstrual. No exame físico, podem ser observados nódulos ou rugosidades enegrecidas no fundo de saco posterior, além de pouca mobilidade do útero, indicando possíveis aderências pélvicas. Nódulos dolorosos também podem estar presentes, relacionados a lesões em áreas como os ligamentos uterossacros, o fundo de saco vaginal posterior ou o intestino (Romano et al., 2021).
Por ser uma doença crônica e dolorosa, tem um impacto significativo na qualidade de vida das mulheres, afetando não apenas o aspecto físico, mas também o psicológico e emocional. Dores crônicas, infertilidade, redução das atividades, isolamento social, dificuldades financeiras e interferências nas relações afetivas são fatores que contribuem para o sofrimento das pacientes. Esses aspectos devem ser considerados no diagnóstico e tratamento (Baetas et al., 2021).
Os impactos psicológicos incluem estresse, ansiedade, depressão e dificuldades nas relações interpessoais e na sexualidade, sendo a depressão especialmente prevalente, sobretudo em casos de endometriose profunda. Intervenções que abordem o estresse e a depressão são essenciais. Além disso, a infertilidade, que é 20 vezes mais frequente em mulheres com a doença, também requer atenção especial no manejo clínico (Baetas et al., 2021).
O tratamento convencional para endometriose tem mostrado eficácia na redução do endometrioma ovariano. Além disso, as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), regulamentadas pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC), oferecem opções terapêuticas focadas na prevenção e recuperação da saúde, sendo utilizadas como alternativas no tratamento da doença (Queda et al., 2023).
A utilização de plantas medicinais é uma prática ancestral, não importa quanto tempo passe, essas plantas continuam a ser empregadas para promover a recuperação de uma parcela significativa da população global. Isso fica evidente desde os tempos pré-históricos, quando eram utilizadas com o propósito de aliviar sintomas decorrentes de condições climáticas extremas e lesões físicas. Assim, o emprego de plantas com propriedades curativas reflete a acumulação ao longo dos séculos de conhecimento empírico acerca desses vegetais e de como eles impactam o organismo humano (Dos Santos Melo; Dos Santos Magalhães, 2022).
A cúrcuma, extraída da planta Curcuma longa L., conhecida por seu principal composto ativo, a curcumina, tem demonstrado propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e imunomoduladoras, sugerindo um potencial papel no tratamento da endometriose (Carriço, 2021).
A curcumina pode ser eficaz na inibição da proliferação de células endometriais, contribuindo para aliviar os sintomas da endometriose, devido à sua capacidade de reduzir a produção do hormônio estradiol, crucial na patogênese da doença. Assim, a curcumina emerge como uma opção promissora no tratamento da endometriose, oferecendo uma abordagem natural e eficaz (Carriço, 2021).
O objetivo geral desta pesquisa é analisar a literatura brasileira sobre os benefícios fitoterápicos da cúrcuma (Cúrcuma longa L.) no tratamento da endometriose, com o intuito de compreender seus potenciais efeitos terapêuticos, mecanismos de ação e impacto na qualidade de vida das pacientes afetadas por essa condição.
2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
2.1 Propriedades Bioativas da Cúrcuma e Seus Efeitos Terapêuticos
A cúrcuma (Curcuma longa), pertencente à família Zingiberaceae, tem sido amplamente utilizada na medicina tradicional devido às suas diversas propriedades terapêuticas. O principal composto bioativo da cúrcuma, a curcumina, é um polifenol que apresenta atividades antioxidantes, anti-inflamatórias, antimicrobianas e imunomoduladoras. Estudos mostram que a curcumina possui a capacidade de neutralizar radicais livres, protegendo as células contra danos oxidativos e promovendo a homeostase celular. Além disso, ela estimula a atividade de enzimas antioxidantes, como superóxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidase, contribuindo para a proteção contra estresse oxidativo, que é um fator importante no desenvolvimento de várias doenças (Almiro, 2021).
Uma das propriedades mais estudadas da curcumina é sua potente ação anti-inflamatória. Esse efeito é mediado pela supressão do fator nuclear kappa B (NF-κB), que regula a produção de citocinas pró-inflamatórias, como o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e interleucinas (IL-1β e IL-6). Além disso, a curcumina inibe a atividade de enzimas inflamatórias, como a ciclooxigenase-2 (COX-2) e a lipoxigenase (LOX), reduzindo os processos inflamatórios sem os efeitos adversos associados aos anti-inflamatórios sintéticos (Teixeira, 2022). Essa propriedade é especialmente relevante para condições crônicas inflamatórias, como a endometriose, onde a inflamação desempenha um papel central.
A ação imunomoduladora da curcumina também é notável, pois ela atua equilibrando o sistema imunológico. Estudos indicam que a curcumina pode suprimir respostas imunológicas exacerbadas e, simultaneamente, estimular a imunidade em casos de imunossupressão. Essa dupla funcionalidade a torna uma aliada em diversas condições que envolvem desequilíbrios no sistema imunológico (Conceição, 2020). Em doenças como a endometriose, onde há um componente imunológico significativo, a capacidade da curcumina de modular a resposta imune pode trazer benefícios adicionais ao tratamento.
Outro aspecto relevante é a capacidade antitumoral da curcumina. Pesquisas demonstram que ela pode inibir a proliferação de células cancerígenas e induzir a apoptose em tumores. Esses efeitos são mediados pela regulação de vias de sinalização celular, como PI3K/AKT e MAPK, que estão envolvidas na sobrevivência celular e na progressão tumoral (Anselmo, 2020). Embora a endometriose não seja considerada uma condição maligna, a proliferação de tecido endometrial ectópico compartilha semelhanças com processos tumorais, o que torna essa propriedade da curcumina especialmente relevante para seu uso fitoterápico.
Além de suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, a curcumina apresenta atividade antimicrobiana contra bactérias, fungos e vírus. Essa característica é particularmente útil no tratamento de infecções associadas à endometriose, que podem agravar a inflamação e complicar o quadro clínico. Estudos mostram que a curcumina pode agir diretamente contra microrganismos patogênicos, além de fortalecer o sistema imunológico para prevenir infecções secundárias (Teixeira et al., 2020).
No entanto, apesar de sua eficácia comprovada, a curcumina enfrenta desafios relacionados à sua baixa biodisponibilidade. Após a ingestão, a curcumina é rapidamente metabolizada no fígado e no intestino, resultando em baixa absorção sistêmica. Para superar essa limitação, diversas formulações têm sido desenvolvidas, como nanopartículas, lipossomas e complexos de fosfolipídeos, que aumentam sua solubilidade e estabilidade, melhorando sua eficácia terapêutica (Poleze et al., 2020).
Estudos clínicos reforçam o potencial terapêutico da cúrcuma em diversas condições inflamatórias, como artrite reumatoide, síndrome do intestino irritável e doenças metabólicas. Esses estudos demonstram que a suplementação com cúrcuma ou curcumina pode reduzir significativamente os sintomas inflamatórios e melhorar a qualidade de vida dos pacientes (Poleze et al., 2020). Embora esses resultados sejam promissores, ainda há necessidade de mais investigações específicas para validar sua eficácia na endometriose, especialmente em ensaios clínicos de longo prazo.
A literatura científica também destaca a versatilidade da curcumina, que atua em múltiplas vias metabólicas e fisiológicas, tornando-a uma alternativa promissora em terapias integrativas. Além disso, sua segurança e baixo custo são vantagens significativas para populações com acesso limitado a medicamentos convencionais. Entretanto, é essencial considerar possíveis interações medicamentosas e contraindicações, especialmente em pacientes com comorbidades ou em uso de anticoagulantes, devido ao efeito antiplaquetário da curcumina.
Por fim, a cúrcuma demonstra ser uma planta medicinal de grande potencial para uso fitoterápico, particularmente em condições inflamatórias crônicas como a endometriose. Seus múltiplos mecanismos de ação, aliados à segurança e acessibilidade, fazem dela uma opção interessante para complementar os tratamentos convencionais. No entanto, a padronização de doses, a avaliação de sua eficácia em diferentes estágios da doença e o desenvolvimento de formulações mais biodisponíveis são áreas que demandam atenção em futuras pesquisas.
Portanto, a cúrcuma representa uma alternativa terapêutica viável, especialmente para condições inflamatórias como a endometriose. Com base em suas propriedades bioativas e nos avanços científicos sobre sua aplicação, ela pode se consolidar como uma ferramenta valiosa no manejo da doença. Contudo, o avanço na compreensão de seus efeitos e limitações é essencial para sua incorporação definitiva na prática clínica.
2.1 Endometriose: Aspectos Fisiopatológicos e Intervenções Terapêuticas Fitoterápicas
A endometriose é uma condição ginecológica caracterizada pela presença de tecido endometrial funcional fora da cavidade uterina, causando dor pélvica crônica, infertilidade e outros sintomas debilitantes. Essa condição afeta cerca de 5 a 10% das mulheres em idade reprodutiva, sendo considerada uma doença inflamatória de origem multifatorial, envolvendo componentes genéticos, imunológicos e ambientais. Embora os mecanismos exatos ainda não sejam completamente compreendidos, a teoria da menstruação retrógrada é amplamente aceita, sugerindo que fragmentos endometriais migram através das trompas de falópio para a cavidade peritoneal, onde se implantam e proliferam (Duarte; Righi, 2021).
A fisiopatologia da endometriose está intimamente ligada à resposta inflamatória exacerbada. As células endometriais ectópicas liberam citocinas pró-inflamatórias, como interleucina-1β (IL-1β), interleucina-6 (IL-6) e fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), promovendo a ativação de macrófagos e linfócitos T. Esse ambiente inflamatório favorece a angiogênese e a proliferação celular, contribuindo para a manutenção das lesões. Além disso, há disfunções no sistema imunológico, com redução na atividade das células natural killer (NK), o que permite que o tecido ectópico escape da vigilância imunológica (Dos Santos et al., 2024).
Outro fator crítico na fisiopatologia da endometriose é o papel dos estrogênios, especialmente o estradiol. As lesões endometrióticas apresentam uma expressão elevada da aromatase, enzima responsável pela conversão de andrógenos em estrogênios, criando um microambiente rico em estradiol. Esse hormônio estimula a proliferação do tecido endometriótico e aumenta a expressão de prostaglandinas, intensificando a dor e a inflamação local (Sampaio et al., 2024).
O tratamento convencional da endometriose inclui medicamentos hormonais, como progestágenos, agonistas do GnRH e contraceptivos combinados, que visam suprimir a produção de estrogênio e reduzir os sintomas. No entanto, esses tratamentos apresentam limitações, incluindo efeitos adversos significativos e alta taxa de recorrência após a suspensão da terapia. Em casos graves, a cirurgia laparoscópica para remoção de lesões pode ser necessária, mas a taxa de recorrência também é elevada (Sampaio et al., 2024).
Diante dessas limitações, cresce o interesse por intervenções terapêuticas alternativas, como a fitoterapia. Compostos bioativos extraídos de plantas têm mostrado potencial no manejo da endometriose, oferecendo efeitos anti-inflamatórios, antioxidantes e imunomoduladores, com menos efeitos colaterais em comparação aos medicamentos convencionais (Sampaio et al., 2024). Nesse contexto, a cúrcuma (Curcuma longa) tem ganhado destaque como uma alternativa promissora.
A curcumina, principal composto ativo da cúrcuma, demonstrou eficácia em modelos pré-clínicos de endometriose. Estudos indicam que a curcumina é capaz de inibir a produção de estradiol nas lesões endometrióticas, por meio da redução da expressão da aromatase. Além disso, ela suprime a ativação do fator nuclear kappa B (NF-κB), reduzindo a liberação de citocinas inflamatórias, como TNF-α e IL-6, o que contribui para a redução da inflamação e da dor associada à doença (Neumann et al., 2024).
Outro efeito relevante da curcumina é sua capacidade de modular a angiogênese, um processo essencial para a sobrevivência das lesões endometrióticas. A curcumina inibe a expressão do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) e de metaloproteinases da matriz (MMPs), ambos fundamentais para a formação de novos vasos sanguíneos. Essa ação reduz o suprimento de nutrientes para o tecido ectópico, dificultando sua proliferação (Neumann et al., 2024).
Além da cúrcuma, outras plantas medicinais têm sido investigadas como terapias complementares para a endometriose. A Vitex agnus-castus, por exemplo, é conhecida por regular os níveis hormonais e aliviar os sintomas menstruais. Seu efeito antiestrogênico pode ser útil na redução da atividade hormonal nas lesões endometrióticas (Mollazadeh et al., 2020).
A resveratrol, um polifenol encontrado em uvas e frutos vermelhos, também apresentou resultados promissores. Estudos sugerem que ele inibe a expressão de aromatase e reduz a proliferação de células endometrióticas. Além disso, o resveratrol exerce efeitos antioxidantes, protegendo as células contra o estresse oxidativo, que é um componente importante da fisiopatologia da endometriose (Da Silva Uchoa et al., 2022).
Outro composto fitoterápico promissor é o chá verde (Camellia sinensis), rico em catequinas, como a epigalocatequina-3-galato (EGCG). Essa substância demonstrou inibir a proliferação de células endometrióticas, modular a resposta inflamatória e reduzir a angiogênese em estudos pré-clínicos. Esses efeitos são mediados pela supressão do NF-κB e pela redução de VEGF (Negreiros, 2024).
Apesar dos avanços, é importante destacar que a maioria das evidências sobre a eficácia da fitoterapia na endometriose provém de estudos in vitro ou em modelos animais. Ensaios clínicos randomizados de alta qualidade ainda são necessários para confirmar a segurança e a eficácia dessas intervenções em humanos. A padronização das doses e a identificação de possíveis interações medicamentosas são passos cruciais para integrar a fitoterapia à prática clínica.
Além do efeito direto sobre as lesões endometrióticas, os fitoterápicos podem atuar no alívio dos sintomas associados, como dor e distúrbios emocionais. Por exemplo, a curcumina tem demonstrado propriedades analgésicas e ansiolíticas em estudos experimentais, o que pode melhorar a qualidade de vida de pacientes com endometriose (Vasconcelos et al., 2024).
Embora os tratamentos fitoterápicos sejam promissores, é fundamental adotar uma abordagem integrada para o manejo da endometriose. A combinação de terapias convencionais e alternativas, aliada a mudanças no estilo de vida, como dieta equilibrada e exercícios físicos, pode otimizar os resultados terapêuticos e reduzir o impacto da doença na vida das pacientes.
Portanto, o uso de fitoterápicos na endometriose apresenta-se como uma área de grande potencial, especialmente para pacientes que buscam alternativas menos invasivas e com menos efeitos colaterais. A continuidade das pesquisas nessa área é essencial para expandir o conhecimento sobre essas intervenções e oferecer opções seguras e eficazes para o manejo da doença. Com base nas evidências disponíveis, é possível vislumbrar a fitoterapia como um complemento valioso ao tratamento convencional da endometriose.
3 METODOLOGIA
Para o alcance do objetivo, utilizou-se revisão integrativa de literatura. A revisão integrativa é uma forma de realizar pesquisas que fornecem informações vastas sobre um assunto e sua problemática, constituindo um amplo grau de conhecimento (De Sousa et al., 2017).
Os dados/informações desta pesquisa foram extraídos de artigos científicos publicados na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), que contempla as bases de dados virtuais: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE); Literatura Latino-Americana em Ciências de Saúde (LILACS); Bancos de dados de enfermagem (BDENF). Foram utilizados os DeCS (Descritores em Ciências da Saúde): “Endometriose”, “Mulher”, “Qualidade de Vida”, “Terapias Alternativas”, “Plantas Medicinais”. Sendo norteado pela seguinte pergunta norteadora: “Quais os benefícios da Cúrcuma no tratamento da endometriose? ”.
Foram incluídos neste trabalho, artigos científicos publicados em língua portuguesa e inglesa, entre o período de 2019 a 2024. Foram excluídas monografias, editoriais, manuais e demais textos que não contemplavam a temática, não estavam de acordo com o objetivo e a pergunta norteadora.
A coleta foi feita nos meses de março e maio de 2024, utilizando o operador boleando “AND”. Ao todo foram encontrados 70 artigos, dentre os quais excluiu-se 4 artigos por terem sido encontrados duplicados, restando 66 completos para análise dos resumos e títulos, 29 por não abordarem a temática e 32 por não responderem à pergunta norteadora, restando 5 artigos para análise. Os artigos foram selecionados com base nos critérios de inclusão e exclusão, além de ter como base a pergunta norteadora para se atingir o objetivo proposto no presente estudo.
Para apresentar de forma resumida os artigos selecionados, foi elaborado um quadro com a descrição dos seguintes aspectos: títulos do estudo, ano de publicação, objetivo principal do artigo, autores, delineamento, resposta da pergunta norteadora e limitações do estudo. Assim, foi possível observar e estudar cada artigo em sua individualidade, e em seguida, discutir.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os resultados desse estudo apontaram 5 artigos completos, que se encontram dentro dos principais critérios aqui mencionados. Em busca de aprofundar a importância do uso da cúrcuma no tratamento da endometriose, trazendo ação anti-inflamatória, antioxidante e ademais benefícios a partir do objetivo deste trabalho.
Quadro 1 – Breve apresentação dos artigos selecionados.
TÍTULO DO ARTIGO | AUTOR/ANO | OBJETIVO | MÉTODO | RESPOSTA À PERGUNTA NORTEADORA |
Curcumin-loaded nanofibers for targeting endometriosis in the peritoneum of a mouse model | Boroumand et al. (2020) | Desenvolver e testar um sistema de liberação controlada de curcumina para proporcionar liberação sustentada e prolongada no peritônio e na cavidade pélvica, utilizando um modelo murino de endometriose. O estudo buscou avaliar a eficácia de nanofibras carregadas com curcumina, sintetizadas com polímeros específicos, na redução das características da endometriose, incluindo glândulas e estroma endometrial, além de diminuir a infiltração de células inflamatórias. | Experimento in vitro com camundongos. | A cúrcuma mostrou benefícios potenciais no tratamento da endometriose ao reduzir a inflamação, diminuir as lesões endometriais e mitigar a progressão da doença em modelos animais. O sistema de liberação controlada garantiu a liberação prolongada do composto, promovendo efeitos terapêuticos contínuos. Apesar dos resultados promissores, estudos em humanos são necessários para confirmar sua eficácia clínica. |
Transition metallo-curcumin complexes: a new hope for endometriosis? | Singh et al. (2022) | O objetivo é melhorar as propriedades farmacológicas da curcumina, um agente anti-endometriótico com propriedades fluorescentes, através de sua conjugação com metais de transição (como cobre e níquel). O estudo visa avaliar a estabilidade química, a hemocompatibilidade e a eficácia terapêutica desses complexos de curcumina para tratar lesões endometrióticas, verificando seu efeito antioxidante, citotoxicidade seletiva e acúmulo nas células endometrióticas. | Caráter experimental e pesquisa aplicada. | A curcumina apresenta benefícios no tratamento da endometriose devido às suas propriedades anti-endometrióticas, antioxidantes e citotóxicas. Quando conjugada com metais como cobre e níquel, sua eficácia é aumentada, melhorando sua estabilidade e a acumulação nas células endometrióticas, oferecendo um tratamento mais eficaz e específico. Uma limitação do estudo é que os resultados foram obtidos em modelos laboratoriais, e a eficácia e segurança dos complexos metálicos de curcumina precisam ser mais exploradas em humanos. |
Fitoterapia na Endometriose. | Marques (2022) | Abordar diversos aspetos relativos à endometriose e à sua terapêutica convencional e fazer uma revisão de plantas estudadas nesta patologia que parecem ter potencial terapêutico. | Exploratório descritivo, qualitativo. | O tratamento atual está associado a vários efeitos adversos, não tem um efeito curativo, estando por isso sujeito a recorrências; e, duma maneira geral, tem um efeito contraceptivo por natureza, o que cria um obstáculo para as mulheres que desejam engravidar. Devido a estas limitações, cada vez mais se procuram alternativas aos tratamentos convencionais. Neste sentido, a fitoterapia, que utiliza substâncias provenientes de plantas como ingredientes terapêuticos, surge como uma opção a explorar. |
Plantas medicinais usadas no tratamento de sintomas da endometriose. | Dos Santos et al. (2023) | Esclarecer a fisiopatologia da endometriose e elevar a conjectura do tratamento complementar através da fitoterapia. | Exploratório descritivo, qualitativo. | A curcumina, presente na cúrcuma, tem benefícios no tratamento da endometriose devido às suas propriedades anti-inflamatórias, ajudando a reduzir as dores e a inflamação associadas à doença, melhorando a qualidade de vida das mulheres afetadas. |
Effect of curcumin on painful symptoms of endometriosis: A triple-blind randomized controlled trial. | Gudarzi et al. (2024) | Determinar o efeito da curcumina sobre os sintomas dolorosos da endometriose e a qualidade de vida das mulheres afetadas. | Ensaio clínico randomizado triplo-cego controlado. | Os resultados mostraram que o uso de curcumina não afeta os sintomas dolorosos nem a qualidade de vida das mulheres com endometriose. |
Fonte: o autor.
Esta pesquisa justifica-se pela necessidade de uma revisão integrativa que compile e analise as evidências científicas disponíveis sobre os benefícios fitoterápicos da cúrcuma no tratamento da endometriose, a partir dos estudos selecionados em destaque. De modo que é importante ressaltar a necessidade do aprofundamento e o entendimento sobre os mecanismos de ação, eficácia e segurança da cúrcuma, bem como suas características e importância para as opções terapêuticas disponíveis para as mulheres com essa condição debilitante, que é a endometriose.
Além das propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias da curcumina, estudos recentes exploraram sua capacidade de modular vias epigenéticas associadas à endometriose. A curcumina demonstrou potencial para regular a expressão de microRNAs (miRNAs), pequenos RNAs não codificantes que desempenham papéis cruciais no desenvolvimento da endometriose. Esses achados indicam que o composto pode impactar diretamente os processos de proliferação celular e resistência à apoptose, características predominantes dessa doença (Fernandes et al., 2023).
A endometriose é uma das desordens ginecológicas mais comuns, caracterizada pela presença de glândulas e estroma fora da cavidade uterina. Os principais fatores de risco incluem genética, epigenética, hormônios, inflamação, imunidade e estilo de vida. O diagnóstico é realizado por laparoscopia, sendo os sintomas mais comuns infertilidade e dor pélvica, além de dismenorreia, sangramentos irregulares e dispareunia. A doença impacta a qualidade de vida, causa sofrimento psicológico e tem elevados custos sociais e econômicos. Os tratamentos disponíveis — cirurgia, medicamentos e terapia hormonal — apresentam efeitos colaterais e não erradicam a doença (Gudarzi et al., 2024).
A curcumina, por sua vez, possui propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, antimicrobianas, antitumorais e hormonais. Estudos indicam que a curcumina reduz o crescimento das células estromais ao regular fatores pró e anti-apoptóticos, inibindo moléculas como VEGF e TNF-α, que contribuem para a angiogênese na endometriose. A substância também reduz a produção de citocinas pró-inflamatórias, como IL-6 e TNF-α, por inibir o fator NFKB (Gudarzi et al., 2024).
Embora estudos in vitro tenham mostrado que a curcumina pode inibir e controlar a progressão da endometriose, a quantidade limitada de pesquisas e resultados contraditórios de estudos clínicos sugerem a necessidade de mais investigações. Por sua vez Gudarzi et al. (2024) demonstraram que o uso de curcumina não impacta os sintomas dolorosos nem a qualidade de vida de mulheres com endometriose.
Contudo os autores apontam que dada a importância da saúde física e mental das mulheres para a saúde da sociedade e o número limitado de estudos nessa área, futuros ensaios clínicos randomizados (RCTs) são necessários para investigar e esclarecer o papel da curcumina no tratamento da endometriose (Gudarzi et al., 2024).
Outro aspecto é que uma das principais limitações da curcumina é sua baixa biodisponibilidade, que reduz a eficácia terapêutica em aplicações clínicas. Estratégias como o uso de nanocarreadores lipídicos e sistemas de liberação controlada têm sido investigadas para superar esse desafio. Essas abordagens não apenas aumentam a estabilidade da curcumina, mas também garantem uma liberação sustentada do composto, permitindo sua ação prolongada no tecido endometriótico (Oliveira et al., 2024).
As estratégias médicas e cirúrgicas para a endometriose são limitadas, com alta taxa de recorrência após cirurgia (10–15% em um ano e 40–50% em cinco anos), conforme apontado por Boroumand et al. (2020). Medicamentos como análogos do GnRH, andrógenos e danazol têm uso restrito devido a efeitos adversos. A nanofibra carregada com curcumina é uma alternativa promissora, pois a curcumina possui efeitos anti-inflamatórios, antioxidantes e antiangiogênicos. Estudos mostraram eficácia limitada na administração oral ou injeções devido à baixa biodisponibilidade da curcumina, mas sistemas de liberação controlada como nanofibras podem prolongar sua ação, oferecendo uma solução potencial para tratar a endometriose de forma sustentada.
O estudo desenvolvido com sucesso por Boroumand et al. (2020) desenvolveram um sistema de liberação controlada para tratar a endometriose em camundongos. Nanofibras carregadas com curcumina foram produzidas por eletrofiação, apresentando perfil de liberação prolongada. Os testes em modelos animais e avaliações histológicas confirmaram que as nanofibras implantáveis reduziram efetivamente a endometriose intraperitoneal.
O tratamento da endometriose exige uma abordagem multidisciplinar, que inclui médicos, farmacêuticos e nutricionistas. Nesse contexto, a inclusão da fitoterapia, aliada a mudanças no estilo de vida, como alimentação equilibrada e práticas integrativas, pode oferecer um suporte adicional para melhorar a qualidade de vida das pacientes. A curcumina surge como uma opção complementar, cuja ação multifatorial pode aliviar sintomas e potencialmente retardar a progressão da doença (Carvalho et al., 2023).
A endometriose é um distúrbio ginecológico debilitante que afeta mulheres em idade reprodutiva. Embora a laparoscopia forneça um diagnóstico definitivo, os tratamentos atuais, como a terapia hormonal e medicamentos para dor, estão associados a efeitos colaterais indesejáveis, limitando seu uso a longo prazo. Isso aumenta a necessidade de opções diagnósticas e terapêuticas mais eficazes e com menos efeitos adversos (Singh et al., 2022).
A curcumina, um agente antiendometriótico bem estabelecido com propriedades fluorescentes, tem sua utilidade clínica limitada devido à baixa biodisponibilidade. Para superar essa limitação, metais de transição foram conjugados com curcumina para melhorar sua estabilidade, especificidade e propriedades farmacológicas (Singh et al., 2022).
Os complexos metálico-curcumina (MCCs) sintetizados foram avaliados quanto à estabilidade química, hemocompatibilidade e capacidade de reduzir lesões endometrióticas. Embora todos os MCCs tenham apresentado baixa atividade hemolítica, suas atividades químicas e biológicas dependeram do tipo de íon metálico conjugado à curcumina. Os complexos de cobre-curcumina e níquel-curcumina demonstraram eficácia terapêutica superior, evidenciada por uma maior atividade antioxidante, citotoxicidade seletiva e acúmulo aumentado nas células endometrióticas, mediado por um processo de transporte ativo dependente de energia (Singh et al., 2022).
Evidências sugerem que a saúde intestinal desempenha um papel crucial na regulação da inflamação sistêmica, o que pode influenciar a severidade da endometriose. A curcumina tem mostrado efeitos benéficos na modulação da microbiota intestinal, promovendo o crescimento de bactérias benéficas e reduzindo a produção de metabólitos pró-inflamatórios. Essa interação indica um potencial terapêutico adicional no manejo da endometriose por meio do eixo intestino-útero (Leite et al., 2023).
A relação entre a endometriose e o uso de medicamentos à base de plantas medicinais ou derivados vegetais, com fins curativos, paliativos ou preventivos, indica que o alho, a curcumina e o gengibre podem contribuir para o alívio das dores dessa condição. Ressalta-se a importância do farmacêutico nesse processo, garantindo que o paciente tenha uma boa qualidade de vida, sem riscos de interações medicamentosas ou efeitos adversos (Dos Santos et al., 2023).
A endometriose é uma doença crônica pouco conhecida, responsável por intensas dores que impactam vários aspectos da vida das pessoas afetadas. O tratamento convencional, incluindo terapias hormonais, não hormonais e cirúrgicas, apresenta limitações, como efeitos adversos e ação supressiva, frequentemente associada a efeitos contraceptivos (Marques, 2022).
Diante disso, a fitoterapia surge como uma alternativa promissora, com plantas demonstrando atividades anti-inflamatórias, antiproliferativas, anti-angiogênicas e antioxidantes, que podem ser benéficas no tratamento da doença. No entanto, apesar do potencial terapêutico de várias plantas, são necessários mais estudos e ensaios clínicos para garantir sua eficácia e segurança (Marques, 2022).
A endometriose não afeta apenas a saúde física, mas também o bem-estar psicológico e social das mulheres. A dor crônica e a infertilidade frequentemente associadas à doença contribuem para altos níveis de ansiedade, depressão e estresse. Estudos explorando o impacto psicológico da fitoterapia mostraram que o uso de compostos como a curcumina pode ajudar a aliviar sintomas físicos e, indiretamente, melhorar o estado emocional das pacientes (De Andrade et al., 2023).
Embora os estudos existentes sobre a curcumina apresentem resultados promissores, ainda há lacunas significativas a serem preenchidas. Pesquisas adicionais devem se concentrar na padronização das doses, no desenvolvimento de formulações otimizadas e na realização de ensaios clínicos em larga escala para estabelecer a eficácia e segurança do composto em humanos. Esses avanços são fundamentais para que a fitoterapia seja amplamente reconhecida como parte do arsenal terapêutico contra a endometriose (Heringer et al., 2023).
Por fim, destaca-se a necessidade de maior conscientização sobre as opções terapêuticas para a endometriose, incluindo o uso de fitoterápicos como a curcumina. Campanhas educativas voltadas para profissionais de saúde e pacientes podem ampliar o conhecimento sobre os benefícios e limitações dessas abordagens, contribuindo para um manejo mais eficaz e individualizado da doença (Moura et al., 2024).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presente revisão integrativa, em base na discussão realizada dentre os artigos selecionados, demonstrou que a cúrcuma (Cúrcuma longa), especialmente através de seu principal composto ativo, a cúrcuma, apresenta um potencial terapêutico significativo no tratamento da endometriose. As propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes da cúrcuma são responsáveis por seus efeitos benéficos, que incluem a redução da inflamação, a inibição da proliferação de células endometriais e o alívio da dor associada à condição.
Os estudos revisados indicam que a suplementação com cúrcuma pode complementar os tratamentos convencionais, proporcionando uma opção adicional para melhorar a qualidade de vida das pacientes. No entanto, é importante destacar que a variabilidade nos resultados dos estudos, bem como a necessidade de determinar as doses e formas de administração mais eficazes e seguras, reforçam a necessidade de mais pesquisas clínicas robustas e aprofundadas.
Ademais, o uso da cúrcuma deve ser integrado ao plano de tratamento das pacientes com endometriose sob supervisão médica, garantindo que qualquer terapia complementar não interfira com os tratamentos convencionais em andamento. Em suma, enquanto a cúrcuma oferece promissoras possibilidades terapêuticas, seu uso deve ser bem orientado e individualizado, promovendo uma abordagem holística e eficaz no manejo da doença.
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[1] Graduado em Enfermagem pela Faculdade Evangélica de Goianésia – FACEG (2019). Especialista em Saúde Pública com ênfase em ESF – Estratégia Saúde da Família pela FAVENI (2021) e Mestrando em Saúde Pública Universidade Europeia do Atlântico (UNEATLANTICO). Email: enfbruno.cassiano@gmail.com.