DESAFIOS DA INCLUSÃO : PLANEJAMENTO E GESTÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102501200171


Ana Kaline Lopes Soares
Fabiana Santos Silva
José Cleiton do Nascimento
Karla Karine Silva dos Santos
Márcio Rodrigues da Silva
Maria José Leite Garcia
Nívia Margarida do Nascimento Silva Pessoa
Paula da Silva Guedes
Rafaela dos Santos Silva


RESUMO

O presente artigo analisa os desafios do gestor escolar na constituição de uma escola inclusiva. Uma visão inicial da Educação Inclusiva é um sistema de educação em que os alunos com deficiência são educados nas suas escolas locais, em turmas adequadas à idade com colegas sem deficiência. A gestão educacional é uma área do conhecimento que visa fortalecer a atuação das escolas e instituições de ensino de um determinado país por meio da aplicação de técnicas, instrumentos e conhecimentos. A educação neste contexto é um conceito amplo que busca possibilitar que todos os alunos adquiram conhecimentos e desenvolvam habilidades, atitudes e hábitos que contribuam para o seu bem-estar mental e social. Tem-se como Inclusão construir uma sociedade capaz de promover a participação social dos portadores de necessidades especiais. Uma visão inicial da Educação Inclusiva é um sistema de educação em que os alunos com deficiência são educados nas suas escolas locais, em turmas adequadas à idade com colegas sem deficiência. Lá eles recebem apoio e instruções com base em seus pontos fortes e necessidades.

Palavras-chave: Educação. Inclusão.

Introdução

A gestão educacional é uma área do conhecimento que visa fortalecer a atuação das escolas e instituições de ensino de um determinado país por meio da aplicação de técnicas, instrumentos e conhecimentos. A pandemia COVID-19 expôs aspectos latentes ou já presentes, ora falados ou sugeridos, ora implantados ou adaptados ao funcionamento normal dos centros educacionais ou, em outros casos, permaneceram em segundo ou terceiro lugar.

Deste modo, a gestão educacional pode ser entendida ao mesmo tempo como disciplina, processo e estratégia, que intervém no sistema educacional para a melhoria das suas várias etapas. Promove a integração dos diferentes elementos que constituem o ato educativo (alunos, professores e comunidade). Consiste em uma espécie de gestão educacional, no sentido de que tenta pensar o processo educacional como um todo organizado e sistêmico. (FERNANDES et al, 2020)

A comunicação e a educação estabelecem inúmeros vínculos mútuos, sinergias capazes de aliar um serviço público essencial a um grande trabalho social e cívico. Agora, mais do que nunca, os centros educacionais têm elementos para se tornarem laboratórios de comunicação. Apresentamos elementos de observação e apontamentos da realidade prática do trabalho em um instituto público e com a visão do que se faz nos outros. Servem como pinceladas para adaptá-las ou extrapolá-las para outros setores educacionais ou outras áreas da sociedade. (BARROS e VIREIRA, 2020)

Uma visão inicial da Educação Inclusiva é um sistema de educação em que os alunos com deficiência são educados nas suas escolas locais, em turmas adequadas à idade com colegas sem deficiência. Lá eles recebem apoio e instruções com base em seus pontos fortes e necessidades. Conceitua-se a inclusão como o processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade. Os objetivos dessa pesquisa foram abordar a questão da igualdade de direitos e oportunidades educacionais para todos em um ambiente educacional favorável, prepararem a escola para poder incluir nela o aluno portador de necessidades especiais. A metodologia usada foi à pesquisa bibliográfica.

Desenvolvimento

É fundamental proporcionar oportunidades para todas as pessoas, inclusive às com necessidades especiais independentemente qual seja sua deficiência para que, possam ter acesso a todos os serviços, ambientes construídos adequadamente na busca de seus ideais e suas realizações

A escola, ao desenvolver a pedagogia da inclusão passa a formar os alunos considerados diferentes, não só de modo sistemático, mas também para a cidadania, tornando-as pessoas aptas para convivências com outras pessoas, sem que sejam excluídas. Essa tarefa estava, antes, restrita à família ou a alguma pessoa que, por alguma razão, assumisse esse papel, bem como as instituições públicas (hospitais, asilos, escolas especiais), especialmente dedicadas ao problema. Por meio dessa proposta educacional alcança-se uma sociedade com oportunidades para todas as pessoas, sob a inspiração de novos princípios que começam na escola.

As necessidades especiais podem ser causadas por muitos fatores. Lesões de nascimento, fatores genéticos ou causas que não entendemos podem fazer com que uma criança seja rotulada como portadora de necessidades especiais. Alguém com deficiência leve de aprendizado, bem como aqueles que sofrem de retardo severo, são todos considerados juntos. Uma criança com alergia alimentar, assim como alguém com problemas cardíacos, pode ser incluída nesta ampla gama de rótulos de necessidades especiais. (ROPOLI et al, 2015)

Crianças com necessidades especiais são diferentes, mas ainda assim são maravilhosamente amorosas e divertidas de se estar perto. É preciso haver mais compreensão para que não haja julgamento ou medo de estar perto dessas crianças. Isso será especialmente verdadeiro à medida que a incidência de autismo aumentar. Ao contrário de outras crianças com necessidades especiais, essas crianças muitas vezes parecem perfeitamente normais, mas muitas vezes exibem um comportamento estranho. Esperançosamente, o mundo poderá em breve ser educado sobre as crianças doces e sobre as vidas maravilhosas que as necessidades especiais representam. Essas crianças também receberão o tratamento de que precisam quando seus pais compreenderem todas as excelentes terapias disponíveis para elas. (MENDES, 2006)

A educação do pensamento, baseada em uma abordagem que aproxima a pedagogia da evolução da vida, é um dos desafios que a educação enfrenta no século atual. O exposto acima pressupõe uma análise mais integrativa de fenômenos como subjetividade, cultura, desenvolvimento, aprendizado, sistemas, entre outros, o que nos permite ter maior controle, a fim de tirar conclusões integrativas sobre a causa – problemas – relacionamento solução alternativa. que eles produzem no processo de ensino pedagógico e, em particular, na estimulação do pensamento.

EDUCAÇÃO PARA TODOS

Em 1990, a Declaração Mundial da UNESCO sobre Educação para Todos, para buscar a educação universal, reconheceu a necessidade de eliminar a disparidade educacional, particularmente em grupos vulneráveis à discriminação e exclusão (incluindo meninas, pobres, meninos trabalhadores e de rua, população rural, minorias étnicas, população com deficiência e outros grupos). (SANCHES e TEODORO, 2006)

Enquanto isso, os líderes das escolas são pegos na posição desfavorável de serem o ponto crítico do sistema. Eles dependem da orientação sobre as respostas, processos, procedimentos e protocolos do COVID-19 acima. Isso pode mudar, quase da noite para o dia, dependendo de como o vírus se desenvolve. Simultaneamente, os líderes escolares estão lidando com situações fluidas e mutáveis da equipe, o que significa que eles têm que fazer muito mais com menos. O distanciamento social de funcionários e alunos significa trabalho extra e pressão extra sobre os funcionários que podem retornar ao trabalho. Cada expectativa de cima ou de baixo exige mais dos líderes escolares profissional e pessoalmente. (BARROS e VIREIRA, 2020)

Esta é uma tempestade perfeita com respostas de liderança imperfeitas. Em tempos de crise, os líderes devem agir rapidamente e com previsão, mas também com consideração cuidadosa das opções, consequências e efeitos colaterais das ações tomadas”. Isso certamente é verdade, mas ninguém pode

prever quais podem ser as melhores soluções, as melhores ações, os efeitos colaterais de quaisquer ações tomadas nesta crise. Os líderes da escola estão andando na corda bamba sem rede de segurança. Não há precedentes nem guias para escolas líderes em uma pandemia. (FREIRE e DIÓGENES, 2021)

A partir dessa declaração, o conceito de Educação para Todos (EFA Education for All) foi tratado tanto pela UNESCO como por outras agências de cooperação internacional como o ideal de um mundo em que todas as crianças tenham acesso e tenham garantia de uma educação de qualidade.

A educação neste contexto é um conceito amplo que busca possibilitar que todos os alunos adquiram conhecimentos e desenvolvam habilidades, atitudes e hábitos que contribuam para o seu bem-estar mental e social. A educação é definida como o crescimento de um indivíduo de um estado de relativa dependência para um estado de relativa independência mental, física, emocional e social. (SANCHES e TEODORO, 2006)

A Educação para Todos se articulava a partir de um princípio de acesso equitativo à educação, mas não falava de igualdade na educação, muito menos de Educação Inclusiva, deixando aberto o debate sobre os padrões, significados e implicações da equidade. Isso foi lamentável, especialmente quando anos de debate e prática mostraram que a equidade na educação não significa igualdade na aplicação dos direitos humanos no caso de pessoas com deficiência e outros grupos vulneráveis. (ROPOLI et al, 2015)

Nos países da América Latina e Caribe (ALC), educar crianças e jovens com deficiência é um desafio cada vez mais presente em muitas das cidades e vilas da região. Apenas uma pequena proporção de crianças com necessidades educacionais especiais tem fácil acesso à educação, e aquelas que têm normalmente precisam se matricular em uma escola segregada. Hoje, muito poucas dessas crianças têm a oportunidade de frequentar uma escola regular na comunidade, juntamente com seus pares sãos. Nas áreas rurais a situação é ainda mais dramática. (CRUZ et al, 2018)

Em termos práticos, o estabelecimento de escolas mais segregadas não é viável para muitos dos países da região. De qualquer forma, não é desejável, do ponto de vista educacional. É melhor e mais eficiente investir dinheiro para fortalecer a capacidade das escolas comunitárias comuns de educar crianças com necessidades diversas. Há evidências crescentes de que as crianças com deficiência aprendem mais quando podem frequentar uma escola pública em seu bairro. Muitas vezes, também é a única oportunidade realista que eles terão para uma educação. (CRUZ et al, 2018)

As práticas educacionais inclusivas estão recebendo cada vez mais apoio internacional. Além da iniciativa “Educação para Todos”, a UNESCO e a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) determinaram que a inclusão é a abordagem preferencial para fornecer treinamento para alunos com necessidades especiais. É amplamente aceito que as condições necessárias para facilitar a inclusão bem-sucedida são as mesmas que contribuem para a melhoria geral da qualidade de uma escola e para altos níveis de desempenho para todas as crianças. (ROPOLI et al, 2015)

FAMÍLIA, GESTÃO E INCLUSÃO

Tradicionalmente, a relação família-escola não é apenas limitada, mas também marcada por divergências e falta de confiança mútua. As avaliações pejorativas que são dadas uma da outra frequentemente refletem visões estereotipadas que dificultam o entendimento e a colaboração entre as duas partes. Essa tendência tem levado professores e gestores escolares a denunciar o desinteresse e comprometimento das famílias na educação de seus filhos, ao mesmo tempo em que faz com que as famílias desvalorizem o trabalho educativo das escolas e não considerem sua própria participação nas atividades pedagógicas promovidas pelos professores. tão importante.

Essa discórdia afeta o desenvolvimento e o desempenho dos alunos, limita as possibilidades de participação da família na escola e deteriora a imagem social da escola, sobretudo quando se trata de famílias vulneráveis, imigrantes, ou que não se enquadram na norma e que não se sentem valorizados ou representados na instituição de ensino. Atualmente, a diversidade, a desigualdade social, a crescente complexidade dos contextos e a sua transferência para os processos educativos fazem com que seja essencial reverter esta situação de discórdia se quisermos garantir uma educação inclusiva e de qualidade para todos.

Muitos estudos têm demonstrado o efeito positivo do envolvimento das famílias dos alunos no seu sucesso escolar e desenvolvimento socioemocional:

“mais e melhores laços entre a escola e as famílias, particularmente aquelas menos familiarizadas com a cultura escolar, tornam possível melhorar os resultados acadêmicos”. Outros estudos destacam a contribuição das famílias e sua comunidade para a melhoria da educação, das próprias escolas e, mais especificamente, dos programas de inclusão.

As necessidades especiais podem ser causadas por muitos fatores. Lesões de nascimento, fatores genéticos ou causas que não entendemos podem fazer com que uma criança seja rotulada como portadora de necessidades especiais. Alguém com deficiência leve de aprendizado, bem como aqueles que sofrem de retardo severo, são todos considerados juntos. Uma criança com alergia alimentar, assim como alguém com problemas cardíacos, pode ser incluída nesta ampla gama de rótulos de necessidades especiais. (ROPOLI et al, 2015)

Crianças com necessidades especiais são diferentes, mas ainda assim são maravilhosamente amorosas e divertidas de se estar perto. É preciso haver mais compreensão para que não haja julgamento ou medo de estar perto dessas crianças. Isso será especialmente verdadeiro à medida que a incidência de autismo aumentar. Ao contrário de outras crianças com necessidades especiais, essas crianças muitas vezes parecem perfeitamente normais, mas muitas vezes exibem um comportamento estranho. Esperançosamente, o mundo poderá em breve ser educado sobre as crianças doces e sobre as vidas maravilhosas que as necessidades especiais representam. Essas crianças também receberão o tratamento de que precisam quando seus pais compreenderem todas as excelentes terapias disponíveis para elas. (MENDES, 2006)

NECESSIDADES    ESPECIAIS   EM    CRIANÇAS    E AS ESCOLAS INCLUSIVAS

Conhecer os primeiros sinais de alerta e os fatores de risco para deficiências e atrasos na infância é a chave para obter a ajuda precoce de que seu filho pode precisar. A intervenção precoce é comprovadamente eficaz para ajudar crianças com necessidades especiais – para superar atrasos ou ajudar a prepará-las para o sucesso futuro. As crianças se desenvolvem em ritmos diferentes e de maneiras diferentes. Essas variações podem estar relacionadas a fatores como saúde, personalidade, temperamento e / ou experiências. Como os primeiros cinco anos de desenvolvimento são tão críticos, quanto mais cedo uma preocupação for identificada, mais cedo seu filho poderá se beneficiar de serviços especializados para apoiar o crescimento e o desenvolvimento. (ROPOLI et al, 2015)

A construção de habilidades para a vida e o ensino e a aprendizagem eficazes estão no centro de uma escola inclusiva. O sistema reconhece que não existe uma maneira única de ensinar e reconhece que um tamanho não serve para todos. Os professores precisam desenvolver suas habilidades em seu planejamento e entrega de aulas e ser flexíveis quando os alunos precisam superar as barreiras de seu aprendizado. A consciência contínua das necessidades de aprendizagem profissional e o desenvolvimento do pessoal são essenciais. (MOTOAN, 2015)

Uma escola inclusiva é uma escola de aprendizagem para todos os membros da comunidade. O bem-estar de todos os funcionários deve ser uma consideração real, permitindo que os funcionários gerenciem cargas de trabalho em constante mudança dentro de um clima de apoio e incentivo. A necessidade de garantir a conscientização sobre as questões de saúde mental nunca foi tão significativa à medida que as pressões e expectativas se alteram e mudam. (SANCHES e TEODORO, 2006)

Construir, crescer e identificar a prática inclusiva permeia todos os aspectos da escola: o currículo; pedagogia; práticas de avaliação; necessidades individualizadas de provisão; políticas e assim por diante. As escolas inclusivas precisam desenvolver políticas claras de Comportamento para a Aprendizagem que não sejam baseadas em uma plataforma “Sem desculpas”, mas reconheçam que o comportamento deve ser flexível e refletir uma necessidade e contexto individual. As políticas de admissão e exclusão justas precisam ser cuidadosamente desenvolvidas e consideradas dentro de uma estrutura de filosofia de inclusão. (ROPOLI et al, 2015)

Embora as escolas inclusivas garantam que os processos de gestão de desempenho sejam bem estabelecidos para todos os funcionários e que procedimentos claros de responsabilidade e auditoria sejam bem usados, é importante que eles não mascarem uma agenda punitiva que pode levar à ansiedade e estresse. Estes devem apoiar e enfocar o crescimento e desenvolvimento pessoal. O valor é baseado no uso de dados e é importante lembrar que há uma criança no centro desses dados e, portanto, é necessário considerar as barreiras potenciais ao progresso que os dados, vistos por si só, podem revelar. (MOTOAN, 2015)

As escolas inclusivas geram e avaliam todos os dados e informações, dedicados e incidentais, que fornecem uma imagem completa de cada indivíduo. ‘Fechar a lacuna’ é uma frase bem usada, mas raramente compreendida. Qualquer criança pode se enquadrar em várias categorias de definição, portanto, os dados de desempenho por si só não mostram o quadro completo. Embora os dados sejam úteis e necessários, eles precisam ser examinados no contexto, como apenas uma parte do quebra-cabeça das informações necessárias. (CRUZ et al, 2018)

As deficiências incluem todas as deficiências físicas e mentais que afetam suas atividades de rotina diária. De acordo com as estatísticas, 2,9 milhões de crianças na Índia são deficientes. Os jovens, principalmente as crianças, têm necessidades complexas e, portanto, precisam de assistência. A assistência inclui suporte em torno do desenvolvimento emocional, intelectual ou comportamental, de saúde e intelectual.

Em escolas inclusivas, a voz do aluno é um elemento importante e não se trata apenas de ter um conselho escolar que faz perguntas sobre jantares e banheiros escolares. Os alunos precisam se sentir valorizados e ser capacitados para construir opinião e habilidades de pensamento colaborativo que podem, em última análise, impactar em todas as suas experiências escolares. Ensinar os alunos a debater e questionar com responsabilidade o status quo é um sinal de uma escola inclusiva.

Incluir pais / responsáveis é significativo em uma escola inclusiva. Sabemos que os pais não são um grupo homogêneo e alguns podem tornar a inclusão muito difícil. Sabemos que o apoio dos pais é a chave para o sucesso de nossas escolas. Às vezes, as escolas acham que o desafio de registrar aquela importante voz dos pais costuma ser intransponível, mas o resultado vale o esforço e aumenta a força da plataforma inclusiva. Juntos somos mais fortes. (SANCHES e TEODORO, 2006)

Uma escola inclusiva é aquela que é central para a comunidade local. Ele tem uma identidade clara. Esforços são feitos para colaborar com outras escolas e agências voluntárias, bem como empresas e agências oficiais. Nenhuma escola existe como uma ilha e as escolas inclusivas aproveitam os recursos que a comunidade pode oferecer e trabalham em parceria. ‘Uma aldeia constrói a criança’. Cada escola é diferente, mas uma escola inclusiva é diferente. Todos são bem-vindos e apoiados. A escola inclusiva sabe que nem sempre tudo pode ser perfeito, mas ser inclusiva é uma jornada contínua. Eles refletem, ouvem, tentam, mudam e se adaptam … e nunca desistem ou desistem. (ROPOLI et al, 2015)

EDUCAÇÃO E SOCIEDADE

Os diretores têm o poder de influenciar e construir escolas inclusivas. Eles definem a cultura e o ensinoz inclusivos e comunicam isso a todas as partes interessadas. Eles lideram pelo exemplo. Esses chefes são altamente íntegros, criativos e muito claros sobre suas crenças. Além disso, eles falam o que falam e fazem o que andam e constantemente influenciam e impulsionam a agenda inclusiva. Os diretores das escolas inclusivas são claros sobre as barreiras que as hierarquias podem criar nas escolas e fazem o possível para minimizá-las e para criar uma atmosfera colegiada e colaborativa e uma forma de trabalho. Os governadores são uma parte significativa da liderança das escolas inclusivas e, essencialmente, precisam estar comprometidos com a agenda de inclusão para que possam contribuir, apoiar, desafiar e exigir que o Diretor responda de maneira adequada. (ROCHA, 2017)

Existem muitas definições de inclusão e leva tempo para desenvolver uma escola verdadeiramente inclusiva, mas, dito isso, a inclusão não é finita, pois a escola continua a identificar barreiras que precisam ser superadas para incluir totalmente a todos. Uma estrutura de política de igualdade de oportunidades e justiça social permitirá que Chefes e Governadores planejem a inclusão e garantirá que todas as políticas e práticas escolares sejam enquadradas em torno de uma filosofia e visão inclusivas. Desta forma, alunos, funcionários e pais terão responsabilidade pela jornada de inclusão e serão inscritos em seus ideais. (MORAIS e SILVA, 2014)

A inclusão diz respeito a todos os funcionários e também a todos os alunos. É sobre pais, governadores e toda a comunidade. Uma escola inclusiva não tenta colocar as crianças em caixas prontas. Trata-se de olhar para as suas necessidades individuais e quebrar quaisquer barreiras à sua aprendizagem – académica, social e emocional. As escolas inclusivas cuidam de TODOS os seus funcionários, seja qual for sua designação e garantem que eles sejam apoiados para serem totalmente eficazes em suas funções. O aprendizado profissional para a equipe será contínuo e projetado para desenvolver e aumentar suas habilidades e sua prática. (MOTOAN, 2015)

A inclusão não é automática, mas orgânica. Requer um compromisso real de todos os membros da comunidade escolar. O fornecimento de recursos necessários pode ser desafiador e levar tempo para pesquisar, monitorar e adquirir. Garantir a prática inclusiva, no entanto, é nossa responsabilidade e é um direito de cada pessoa dentro de seu escopo de responsabilidade. É a coisa certa a fazer. (ROPOLI et al, 2015)

EDUCAÇÃO ESPECIAL E O PAPEL DO GESTOR

Gerenciamento educacional refere-se à administração do sistema educacional em que um grupo combina recursos humanos e materiais para supervisionar, planejar, criar estratégias e implementar estruturas para executar um sistema educacional. A educação é o equipamento de conhecimentos, habilidades, valores, crenças, hábitos e atitudes com as experiências de aprendizagem. O sistema educacional é um ecossistema de profissionais em instituições educacionais, como ministérios, sindicatos, conselhos estatutários, agências e escolas. O sistema educacional é composto por líderes políticos, diretores, professores, pessoal não docente, pessoal administrativo e outros profissionais da educação trabalhando juntos para enriquecer e melhorar. Em todos os níveis do ecossistema educacional, é necessária uma gestão; A gestão envolve o planejamento, organização, implementação, revisão, avaliação e integração de uma instituição.

É um grande desafio aos professores o processo de inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais, pois cabe a eles construírem novas propostas de ensino, atuar com um olhar diferente em sala de aula, sendo o agente facilitador do processo de ensino-aprendizagem. Muitas vezes os professores apresentam resistência quando o assunto é mudança, causando certo desconforto. (CRUZ et al, 2018)

Sendo assim, cabe aos professores procurar novas posturas e habilidades que permitam problematizar, compreender e intervir nas diferentes situações que se deparam, além de auxiliarem na construção de uma proposta inclusiva, fazendo com que haja mudanças significativas pautadas nas possibilidades e com uma visão positiva das pessoas com necessidades especiais. A formação continuada é uma possibilidade de construção da nova proposta inclusiva, pois dá aos profissionais a possibilidade de (re)pensar o ato educativo e analisar a prática docente, com o intuito de criarem espaços para reflexão coletiva e atender ao princípio de aceitação das diferenças, valorizando o outro. (ROCHA, 2017)

A criação de uma cultura de inclusão e o desenvolvimento de respostas educativas no âmbito da educação inclusiva passa, entre outras iniciativas, pela divulgação e reflexão sobre as atuações e projetos que no dia-a-dia, educadores, professores e outros profissionais promovem, procurando desenvolver o potencial existente em cada criança ou jovem com necessidades educativas especiais. (ROCHA, 2017)

importa valorizar e incrementar aspetos e fatores reconhecidamente estratégicos para a promoção de uma escola efetivamente inclusiva, destacando-se, de entre outros, os modelos e métodos didáticos e pedagógicos, as estratégias de gestão curricular e de gestão da sala de aula, a efetiva diferenciação pedagógica, o trabalho colaborativo e em rede com as famílias e a comunidade, visando metas e objetivos comuns e partilhados. (CRUZ et al, 2018)

Também a adoção de práticas de avaliação formativa de forma contínua, a estabilidade e a qualidade dos docentes, o comprometimento e a qualidade das lideranças de topo e intermédias, o trabalho por projetos e a existência de uma cultura contínua de autoavaliação e melhoria, emergem como fatores essenciais para a construção de uma escola inclusiva. (CRUZ et al, 2018)

A formação do povo brasileiro para o exercício da cidadania, de acordo com a Constituição Federal de 1988, é primariamente de responsabilidade do Estado e da família, são aquelas instituições que, articuladas, preparam os sujeitos desde a mais tenra idade para que no futuro, eles consolidam o exercício da cidadania no espaço público. De acordo com a Constituição, essa responsabilidade, que pertence principalmente ao Estado e à família na formação dos cidadãos, deve ser incentivada pela sociedade, isto é, por outras instituições sociais como igrejas, associações, partidos, movimentos sociais e cidadãos comuns. , pois também desempenham papel fundamental na educação de crianças e jovens e na conscientização de adultos (BRASIL, 1988).

Segundo Gonçalves (2017), a escola deve permitir que o professor seja livre para compartilhar seu conhecimento, sua pesquisa, sua experiência cultural, seu pensamento, seu acúmulo de conhecimento artístico, mas também, o estudante deve ter a liberdade de aprender, ter orientação para fazer pesquisa, expressar-se através da manifestação de seus pensamentos e através de manifestações artísticas e culturais. Este princípio de liberdade, tanto para professores como para estudantes, deve basear-se em diretrizes constitucionais e educacionais, com a noção de cidadania e em diálogo com os objetivos do estado de bem-estar social. (CRUZ et al, 2018)

O ambiente escolar (gestores, professores, funcionários) necessita buscar caminhos para uma prática educativa que contemple as diferenças, a diversidade e que oportunize condições de aprendizagem para todos os educandos, de maneira que, haja uma prática inclusiva significativa e que essa não se transforme em uma educação excludente. Já que educação inclusiva é o meio que busca incluir todos os alunos no mesmo processo de ensino- aprendizagem, impedindo a segregação, com a finalidade de atender a todos de forma igualitária, independentemente de ter ou não condições peculiares de aprendizagem.

Conclusão

Pode-se concluir que a escola deve ser um lugar onde haja aprendizagem indiferente de quais tipos de alunos que ela possui, destacando-se a importância do professor na vivencia do aluno, pois ele precisa ter consciência de seu papel no processo de formação, conhecer quais as suas necessidades, tornando-os cada vez mais independentes e autoconfiantes. O relacionamento entre o professor e os alunos será mais rico e ambos aprenderão juntos

Inclusão é sobre como estruturamos nossas escolas, nossas salas de aula e nossas aulas para que todos os nossos alunos aprendam e participem juntos. Uma sala de aula inclusiva é aquela que cria um ambiente de apoio para todos os alunos, incluindo aqueles com diferenças de aprendizagem, e também pode desafiar e envolver alunos superdotados e talentosos ao construir um ambiente de aprendizagem mais responsivo.

Inclusão também significa respeitar pessoas de todas as origens e culturas e, ao ensinar nossos alunos a importância disso, criamos um ambiente muito mais tolerante e compreensivo, não apenas na sala de aula e na escola, mas também na sociedade em geral. Uma escola ou sala de aula inclusiva só pode ser bem-sucedida quando todos os alunos sentem que realmente fazem parte da comunidade escolar. Isso só pode acontecer por meio de uma discussão aberta e honesta sobre as diferenças e da compreensão e respeito pelas pessoas de todas as habilidades e origens. Um ambiente inclusivo é aquele em que todos se sentem valorizados.

A inclusão de alunos portadores de necessidades especiais, na rede regular, além de direito, é resguardado por legislações da política nacional de educação e deve exigir que a escola esteja preparada de forma a oferecer possibilidades de aprendizagem, a todos os alunos, tendo ou não deficiência, independentemente de gênero, etnia, idade ou classe social.

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