REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th10241170944
Lucivaldo Paz de Lira1
Nima Spigolon2
RESUMO
Esse artigo tem como objetivo compreender e ampliar os conceitos do candomblé enquanto Movimento Social. Para isso, buscamos dialogar com os conceitos de Movimentos Sociais e com o surgimento do Candomblé e de todas as outras manifestações culturais que dele derivam. A compreensão expandida do termo abarca as suas dimensões religiosas e filosóficas, e na perspectiva de um Movimento Social que tem como características principais a resistência, a resiliência e a capacidade de se ramificar de forma múltipla e diversa através de outras manifestações que nascem nos terreiros e se projetam para outros âmbitos da vida social.
ABSTRACT
This article aims to understand and expand the concepts of Candomblé as a Social Movement. To do this, we seek to dialogue with the concepts of Social Movements and the emergence of Candomblé and all other cultural manifestations that derive from it. The expanded understanding of the term encompasses its religious and philosophical dimensions, and from the perspective of a Social Movement whose main characteristics are resistance, resilience and the ability to branch out in multiple and diverse ways through other manifestations that arise in the terreiros and are projected into other areas of social life.
Acreditamos que, inicialmente, a definição sobre o que é o candomblé e como ele se constitui no Brasil, possa contribuir para a defesa do candomblé enquanto Movimento Social que buscaremos fazer ao longo desse artigo.
Conceituar o candomblé é uma tarefa complexa, tendo em vista que existem alguns teóricos que o definem como filosofia de vida, outros como religião. Tomaremos como referência a conceituação de Candomblé enquanto religião para que posteriormente possamos compreendê-lo também como movimento social. De acordo com Kileuy e Barros (2014) O candomblé é uma religião:
[…] que foi criada no Brasil por meio da herança cultural, religiosa e filosófica trazida pelos africanos escravizados, sendo aqui reformulada para poder se adequar e se adaptar às novas condições ambientais. É a religião que tem como função primordial o culto as divindades – inquices, orixás ou voduns -, seres que são a força e o poder da natureza, sendo seus criadores e também seus administradores (Kileuy; Oxaguiã, 2014, p. 29).
Nesse sentido, pensamos o candomblé como uma releitura ou readaptação de culturas religiosas africanas no território brasileiro. Muitas foram as nações em África de onde foram sequestrados seus habitantes e trazidos para o Brasil. Ao chegar ao Brasil, no século XVI, o culto aos orixás sofreu algumas modificações em seu formato, tendo como justificativa o fato de que os negros escravizados que vieram para o país eram oriundos de diversas localidades em África, esta mistura cultural permitiu que diversas cosmovisões se intercalassem, criando o candomblé.
Entretanto, de acordo com Kileuy e Oxaguiã (2014), elas se agruparam naquilo que conhecemos como nações, dentre estas nações, três se destacaram por sua grande capilaridade, são elas: Jejê, composta pelos povos fons provenientes do Benim (antigo Daomé). Os povos fons são um grupo étnico que habita o sul do Benim e que fala a língua fon. Angola, composta pelos povos banto oriundos das regiões conhecidas, como Angola, Congo, Guiné, Moçambique e Zaire. Os povos bantos são um grupo étnico que habita a África Central e que fala diversas línguas banto e, por fim, Ketu/Nagô, composta pelos povos Iorubá, oriundos da Nigéria. Os povos iorubá são um grupo étnico que habita a Nigéria e que fala a língua iorubá. Outras nações também se constituíram dentro desta perspectiva, mas de maneira menos expressiva no que se refere ao quantitativo de casas.
O Movimento Social por sua vez, vem de uma mobilização em prol de uma luta comum para enfrentar alguma situação de conflito, articulando pautas coletivas como feminismo, ambientalismo, antirracismo, antimperialismo e anticolonialismo.
Torrow (2009) define Movimento Sociais da seguinte maneira:
Os movimentos sociais são formas de ação coletiva sustentada por desafios coletivos baseados em objetivos comuns e solidariedade social numa interação sustentada com as elites, opositores e autoridade (Tarrow, 2009, p. 21).
Entendendo que, tanto o candomblé quanto os demais movimentos sociais, se caracterizam por ações coletivas, compartilhadas por um grupo comum e desafiam a ordem social e política existente.
Reivindicamos que o candomblé, nesta perspectiva, se mobiliza para além de um movimento religioso, inicialmente de negros, que se remetia aos cultos e a ancestralidade africana, cultuando os deuses de África, pois o candomblé se constitui como um movimento social que transcende sua origem religiosa e se reestrutura mobilizando-se a partir dos conflitos raciais. Assim, o Candomblé pode ser entendido como um movimento social guarda-chuva que aglutina outros movimentos sociais, como o próprio movimento negro, os afoxés, as escolas de samba, dentre outros.
Cada um desses movimentos, aqui tratados como camadas oriundas do Candomblé, tem em comum os terreiros como espaços de fomento e liberdade para debater todas as questões que afligiam e afligem o povo negro. Assim, apresentaremos a conceituação de cada um desses movimentos e a influência que o candomblé exerceu neles.
O Movimento Negro, em sua constituição, foi basicamente formado por lideranças que surgem dentro de comunidades de terreiros e se aliam a artistas, intelectuais, educadores, dentre outros. Neste contexto, o Movimento Negro, conforme Gomes (2017):
[…] trouxe as discussões sobre racismo, discriminação racial, desigualdade racial, crítica à democracia racial, gênero, juventude, ações afirmativas, igualdade racial, africanidades, saúde da população negra, educação das relações étnico- raciais, intolerância religiosa contra as religiões afro-brasileiras, violência, questões quilombolas e antirracismo para os cerne das discussões teóricas e epistemológicas das Ciências Humanas, Sociais, Jurídicas e da Saúde, indagando inclusive, as produções das teorias raciais do século XIX disseminadas na teoria e no imaginário social e pedagógico (Gomes, 2017, p. 17).
A partir dos debates acerca da intolerância religiosa que nascem nos terreiros e transcendem estes espaços através das vozes de seus membros, que em sua grande maioria, fazem parte de outros movimentos sociais, os candomblés possibilitam inicialmente o primeiro contato com a ancestralidade que funciona como mola propulsora para o aprimoramento de debates em torno de diversos temas, como por exemplo o feminismo negro, as lutas por educação do povo negro, as políticas compensatórias, dentre outros.
É o caso, por exemplo, dos Afoxés, também conhecidos como candomblés de rua ou blocos afro. Conforme Araújo (2020):
Grande parte dos blocos afro de Salvador têm seu axé cuidado por um terreiro de candomblé, isto é, a força vital material e imaterial dessas entidades negras é também guardada por ialorixás e babalorixás e consequentemente por suas filhas e filhos, os quais muitas vezes faze parte do terreiro e do bloco afro (Araújo, 2020, p. 71).
Assim, os afoxés, nascem a partir de uma disputa política por território. As disputas por território se originam dentro dos terreiros, principalmente na região de Salvador, onde os terreiros de candomblé precisavam se mudar de localidade constantemente em virtude de diversas ações (alegação de barulho excessivo, por exemplo) que tinham sempre como pano de fundo o racismo religioso. Neste contexto, os afoxés nascem como uma forma de manifestação cultural no carnaval, em forma de blocos, que levam para as ruas a filosofia do candomblé através dos cânticos sagrados e também reivindicam direitos a partir de músicas que falam sobre as dificuldades vividas pelo povo negro.
Dois dos grupos de afoxé mais popularizados e conhecidos no Brasil, o Olodum e o Ilê Aiyê, se constituíram da seguinte forma:
O grupo Olodum foi fundado em 1979, no Centro Histórico de Salvador […]. Tombado pela ONU como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado da Bahia, o grupo tornou-se uma das mais importantes expressões da música mundial.
O bloco afro foi inicialmente criado como opção de lazer para os moradores de Maciel/Pelourinho, a fim de garantir o direito de brincarem o carnaval de maneira organizada e também para mostrar a origem, história e cotidiano da população negra do centro de Salvador.
Olodum é uma palavra de origem yorubá e, no ritual religioso do candomblé, significa “Deus dos Deuses” ou “Deus maior” Olodumaré, não representa um orixá mas, o Deus criador do Universo.
O bloco vem se desenvolvendo, ao longo dos anos, com ações afirmativas na cidade de Salvador. A sua sede, A casa do Olodum, é um espaço que visa combater a discriminação social e racial, estimular a auto-estima e o orgulho dos afro-brasileiros, disseminar a cultura e assegurar os direitos civis e humanos das pessoas marginalizadas na Bahia e no Brasil.
As cores do Olodum formam a base do Pan-africanismo, Rastafarianismo e do Movimento Reggae; a cor verde representa as florestas equatoriais da África, o vermelho é o sangue da raça negra, o amarelo, o ouro da África, o preto é o orgulho da população negra e o branco, a paz mundial (Fundação Cultural Palmares, 2023)3.
No caso do Ilê Aiyê, a sua história:
[…] mistura-se à história do terreiro Ilê Axé Jitolu e sua responsável, a Ialorixá Mãe Hilda. A expressão em língua iorubá, Ilê significa casa, e Aiyê, significa terra. Por isso, a tradução do nome pode ser entendida como “nossa casa” ou “nossa Terra”, indicando a ligação do bloco com as heranças dos orixás e com os costumes sociais e culturais da mãe África.
Fundado em 1° de novembro de 1974 por Antonio Carlos dos Santos Vovô, conhecido como o Vovô do Ilê, o surgimento do grupo evidenciou a fragilidade do conceito de democracia racial, provocando críticas como as vinculadas na mídia na época.
A data de sua criação coincide com um momento histórico e importante para a sociedade negra mundial, como o surgimento do movimento Négritude, da prisão de Angela Davis (EUA), da criação do Dia da África (ONU) e da independência de vários países africanos, como Cabo Verde, Angola e Moçambique, entre outros eventos.O objetivo da entidade é preservar, valorizar e expandir a cultura afro- brasileira. Para isso, desde que foi fundado, vem homenageando os países, nações e culturas africanos e as revoltas negras brasileiras que contribuíram fortemente para o processo de fortalecimento da identidade étnica e da autoestima do negro brasileiro, tornando populares os temas da história africana vinculando-os com a história do negro no Brasil, construindo um mesmo passado, uma linha histórica da negritude (Fundação Cultural Palmares,2023)4.
- Dados disponível no site da Fundação Cultural Palmares, acessado pelo autor em 30/01/2024
- – https://www.gov.br/palmares/pt-br/assuntos/noticias/olodum-40-anos-de-historia
Ambos os grupos de afoxé tem origem nos terreiros de candomblé e são fundamentais para a popularização e defesa das manifestações afro, numa perspectiva afro diaspórica, valorizando as culturas e manifestações culturais religiosas, desmistificando e tornando acessível, em uma relação de participação comunitária e sendo um importante elo desse movimento social.
O mesmo ocorre com as escolas de samba que nascem na década de 1920, na cidade do Rio de Janeiro, como uma forma de expressão cultural e social da população negra e pobre da cidade. Assim como os afoxés, disputam território e visibilidade e se constituem, atualmente, como uma das maiores vitrines populares para a apresentação de diversos temas pertinentes para os debates sociais, culturais e raciais.
Faria (2014) destaca que:
As escolas de samba foram associações que se consolidaram no cenário cultural brasileiro. Seus enredos e sambas divulgados para todo o país por meio da imprensa escrita e transmitidos pelas emissoras de televisão […] revelaram a importância das escolas e o poder de emissão de discursos.
Os temas negros sempre estiveram presentes e, mesmo quando o enredo apresentava um tema aparentemente calcado na história oficial, era uma versão construída na chave da narrativa da cultura popular. As escolas de samba ajudaram a construir uma versão da história do negro no Brasil (Faria, 2014, p.121).
- Dados disponível no site da Fundação Cultural Palmares, acessado pelo autor em 30/01/2024 – https://www.gov.br/palmares/pt-br/assuntos/noticias/49o-aniversario-do-bloco-afro-ile-aiye
No mesmo sentido, Sodré (1998) destaca:
Era natural, portanto, que as pessoas de cor do Rio de Janeiro reforçassem as suas próprias formas de sociabilidade e os padrões culturais transmitidos principalmente pelas instituições religiosas negras, que atravessaram incólumes séculos da escravatura. As festas ou reuniões familiares, onde se entrecruzavam bailes e temas religiosos institucionalizavam formas novas de sociabilidade no interior dos grupos (diversões, namoros, casamentos) e ritmos de contato interétnico, já que também brancos eram admitidos nas casas. Estas pertenciam majoritariamente a famílias baianas que, desde as últimas décadas do século XIX habitavam o bairro da saúde, espalhando-se mais tarde pela zona chamada Cidade Nova, com ramificações. Na Mata-Cavalo (Riachuelo) e Lapa. Naquela região, famosos chefes de cultos (ialorixá, babalorixá babalaôs) conhecido como tios e tias, promoviam encontros de dança, samba. A parte dos rituais religiosos (candomblés). O primeiro samba de Carlos cachaça, composto por volta de 1923, dizia: “Não me deixaste ir ao samba em Mangueira/E tu saíste para brincar no candomblé…” (Sodré,1998, p.14).
Ainda segundo Sodré (1998), Tia Ciata, mãe de santo, e também considerada como a mãe do samba, simbolizava toda estratégia e resistência musical, em sua casa aconteciam encontros onde, na sala de visitas, realizavam- se bailes (polcas lundus etc), na parte dos fundos, samba de partido-alto ou samba raiado, no terreiro, batucada.
Neste sentido, é possível perceber a importância dos terreiros de Candomblé como um movimento social que também tem como função gerar novos movimentos, acredito que por conta da liberdade em se debater diversos temas que afligem o povo negro e a sociedade de forma geral.
Dessa maneira, podemos encontrar diversas aproximações tanto no afoxé quanto no samba, justamente em razão de suas origens se darem no interior das comunidades de candomblé. O afoxé, por exemplo, é considerado como um candomblé de rua, ou seja, leva para as ruas das cidades, releituras dos rituais feitos nas casas de candomblé, evidentemente com as ressalvas e respeitando o sagrado. Da mesma forma, o samba, que traz em suas letras a exaltação aos ritos negros de candomblé, as divindades, as forças da natureza e os conflitos humanos.
CONSIDERAÇÕES
É fundamental entender os terreiros de candomblé com toda a sua potencialidade ancestral e cultural, mas também como uma potência política, isso porque, como pudemos perceber, vários movimentos sociais de relevância inquestionável nascem ou são fomentados no interior dos terreiros. Contudo, é importante apresentar alguns dos resultados das lutas destes movimentos para exemplificar sua importância.
Os movimentos negros destacam-se principalmente pela luta por igualdade racial e por direitos a educação, assim, como nos mostra Gomes (2008):
O movimento negro brasileiro é o principal responsável pelo reconhecimento do direito à educação para a população negra, pelos questionamentos ao currículo escolar no que se refere ao material didático com imagens estereotipadas sobre o negro, pela inclusão da temática racial na formação de professores (as), pela atual inclusão da história da África e da cultura afro-brasileira nos currículos escolares via lei federal e pelas políticas de ação afirmativa nas suas mais diferentes modalidades (Gomes, 2008, p.100),
Os movimentos negros têm importância fundamental nas lutas por educação, mas também por saúde, inclusive com participação decisiva na criação do SUS – Sistema Único de Saúde, a partir das reivindicações politicas por saúde para todos. Além disso, pautas relacionadas aos direitos das mulheres e da comunidade LGBTQIAP+, além, é claro, da militância por liberdade religiosa e combate ao racismo religioso.
Os afoxés e escolas de samba, por sua vez, tem papel importantíssimo na desmistificação das religiões de matriz africana, levando para as ruas, principalmente no carnaval, temas pertinentes ao candomblé, umbanda e demais manifestações religiosas de origem africana. Mas não só neste contexto, as escolas de samba e afoxés apresentam ao povo brasileiro a discussão de diversos temas de relevância social a partir de um olhar crítico e lúdico, fazendo dessa maneira, com que temas muitas vezes complexos sejam absorvidos de maneira mais simples por diversas camadas da sociedade.
Um exemplo disso foi o desfile da escola de samba Grande Rio, do grupo especial do Rio de Janeiro no ano de 2022, que trouxe para a avenida como tema EXU – o orixá da comunicação amplamente confundido com o demônio cristão. A escola possibilitou que os telespectadores compreendessem, a partir da história contada, quem de fato é Exu na crença afro-brasileira. Como este, podemos trazer inúmeros exemplos de desfiles que possibilitaram uma reflexão social quanto a temas polêmicos e relevantes para o povo brasileiro.
Estas são algumas das razões pelas quais compreendo os terreiros de Candomblé como um movimento social capaz de aglutinar outros movimentos sociais. Para além disso, os terreiros funcionam como agentes políticos e, por si só, sua existência já se constitui como uma forma de transgredir os padrões preestabelecidos socialmente. Causam incômodo, mas sobretudo possibilitam conquistas sociais não apenas para a população negra, mas também para toda a sociedade, uma vez que promovem, a partir deste incômodo, debates e conquistas extremamente importantes para toda a coletividade.
Além disso, ele figura como um movimento social educador porque, assim como Paulo Freire(1967) nos diz sobre a leitura de mundo como forma de compreender a vida, os terreiros, a partir de sua oralidade e dos ensinamentos ancestrais, promovem para os seus adeptos a educação a partir da vivência, da convivência, do testemunho, da experiência e do respeito.
Nesta perspectiva, o candomblé pode ser considerado um Movimento Social, uma vez que é uma forma de organização coletiva que busca promover mudanças sociais. As comunidades tradicionais de terreiro de candomblé são espaços de resistência e de afirmação da identidade negra e se constituem como importantes agentes na luta contra o racismo e a discriminação religiosa.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Gustavo Reis de. Cultura e política na cidade do Salvador: o bloco afro Ilê Aiyê e suas dinâmicas internas e externas. 2020. 174 f. Dissertação (Mestrado) – Curso de Sociologia, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2020.
ARRUZZA, Cinzia; BHATTACHARYA, Tithi; FRASER, Nancy. Feminismo para os 99%: um manifesto . . São Paulo: Boitempo, 2019.
FARIA, Guilherme José Motta. As escolas de samba e os movimentos negros nos anos 1960: uma página em branco na historiografia brasileira. Textos Escolhidos de Cultura e Arte Populares, Rio de Janeiro,[..], v. 11, n. 2, p. 1-18, nov. 2014. . http://dx.doi.org/10.12957/tecap.2014.16250. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/tecap/article/view/16250/12156. Acesso em: 08/03/2024
FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1967.
GOMES, Nilma Lino. Diversidade étnico-racial: por um projeto educativo emancipatório. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 23, n. 2, p.95-108, jan. 2008. . Disponível em: https://retratosdaescola.emnuvens.com.br/rde/article/view/127 . Acesso em: 05 mai. 2018.
GOMES, Nilma Lino. O movimento negro educador: saberes construídos na luta por emancipação. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017.
NASCIMENTO, Abdias do. O Movimento Negro na formação da sociedade brasileira. Estudos Afro-Asiáticos, Rio de Janeiro, v. 17, p. 53-65, 1982.
OXAGUIÃ, Vera de; KILEUY, Odé; BARROS, Marcelo (org.). O candomblé bem explicadinho. Rio de Janeiro: Pallas, 2014.
SODRÉ, Muniz. O Terreiro e a cidade: a forma social negro-brasileira. Rio de Janeiro: Mauad, 1988.
SODRÉ, Muniz. O samba dono do corpo. 2. ed. Rio de Janeiro: Mauad, 1998.
TARROW, Sidney. O poder em movimento: movimentos sociais e confronto político. 4. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2009.
1 Doutorando em Educação pela Universidade de Campinas – Unicamp (2022), Mestre em Educação pelo Centro Universitário Salesiano São Paulo (2016). Graduação em Pedagogia (2004). Atualmente é pedagogo do Instituto Federal de São Paulo – Câmpus Jundiaí.. Recebeu o Prêmio Tuxáua do Ministério da Cultura (oferecido a mobilizadores sociais que atuam com comunidades quilombola, ribeirinhas e indígenas) e o Prêmio Banco Mundial da Cidadania. Tem experiência na área de Educação com ênfase no Terceiro Setor, atuando principalmente nos seguintes temas: cultura, educação cidadania, protagonismo juvenil e educação popular. Pesquisador ao Grupo de Pesquisa em Educação de Jovens e Adultos (GEPEJA- FE/ UNICAMP).
E-mail: lucivaldo.lira@gmail.com
2 Professora da Faculdade de Educação, na Universidade Estadual de Campi-nas. Credenciada no programa de Pós-Graduação em Educação (Acadêmico e Profissional). Coordenadora e pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesqui-sas em Educação de Jovens e Adultos (GEPEJA). Vencedora do 1º Prêmio Jabuti Acadêmico, edição 2024, na categoria Educação e Ensino, com a obra: “Elza Freire e Paulo Freire: noites de exílio, dias de utopia”, publicada pela Editora Pangeia. E-mail: nima@unicamp.br