A AFETIVIDADE NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM, NA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL DINORÁ TAVARES, EM CAMETÁ, PARÁ.

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202411301929


Alexsandra Cardoso Pantoja
Francivaldo Alves Nunes


RESUMO

O presente artigo trata-se de um recorte da pesquisa de mestrado intitulada “Afetividade e Cognição no processo educacional: Perspectivas de Wallon e Vygotsky e Aplicações Práticas na EMEF Dinorá Tavares” que se elencou enquanto objetivos específicos: a) analisar as concepções de Wallon e Vygotsky sobre a inter-relação da afetividade e cognição no desenvolvimento e aprendizagem, buscando compreender suas principais contribuições e diferenças, b) avaliar como a afetividade é percebida e incorporada nas práticas pedagógicas da EMEF Dinorá Tavares, identificando possíveis desafios, estratégias e impactos no processo de aprendizagem dos alunos, c) explorar a percepção dos docentes da EMEF Dinorá Tavares sobre a importância e aplicação dos aspectos afetivos e cognitivos em suas estratégias pedagógicas e na construção da relação professor-aluno.  A construção metodológica do mesmo deu-se por meio de uma pesquisa de campo, de abordagem qualitativa com características de um estudo de caso direcionada a responder o problema: A afetividade influência o processo de ensino? Os resultados do estudo mostram que no âmbito da EMEF Dinorá Tavares, os aspectos afetivos e cognitivos encontram-se intimamente ligados, mediam as práticas pedagógicas e contribuem para o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem na escola. Nisto conclui-se que que o professor deve adotar práticas voltadas para o desenvolvimento integral do aluno. Nesse sentido, sua atuação deve ser pautada pela constante reflexão sobre suas ações, visando aprimorar o processo de ensino e aprendizagem. Além disso, a prática pedagógica engloba aspectos como o planejamento das aulas, a escolha da metodologia, a avaliação dos alunos e o conhecimento individual de cada estudante.

Palavras-chave: Afetividade. Cognição. Processo educacional. Perspectivas. Aplicações práticas.

INTRODUÇÃO

Este trabalho trata-se de uma pesquisa que reflete sobre a perspectiva da afetividade na aprendizagem enquanto mediação da/para a melhoria da qualidade do ensino, e que para além disso, influencia diretamente a maneira como o educador interage com os alunos e conduz suas aulas, estimulando-os e envolvendo-os tanto cognitiva quanto afetivamente.  

A pesquisa apresenta o seguinte problema: A afetividade influencia no processo de ensino-aprendizagem? Para responder a essa questão de pesquisa nos fundamentaremos em Wallon e Vygotsky e para o direcionamento da coleta de dados e a análise, a pesquisa possui enquanto objetivo geral: Investigar a relação entre a afetividade e a cognição no processo de ensino-aprendizagem sob as perspectivas teóricas de Wallon e Vygotsky e analisar sua manifestação prática nas estratégias pedagógicas adotadas pela EMEF Dinorá Tavares em Cametá. Enquanto que os objetivos específicos buscam: a) compreender as concepções de Wallon e Vygotsky sobre a inter-relação da afetividade e cognição no desenvolvimento e aprendizagem, buscando compreender suas principais contribuições e diferenças, b) avaliar como a afetividade é percebida e incorporada nas práticas pedagógicas da EMEF Dinorá Tavares, identificando possíveis desafios, estratégias e impactos no processo de aprendizagem dos alunos, c) enfatizar a percepção dos docentes da EMEF Dinorá Tavares sobre a importância e aplicação dos aspectos afetivos e cognitivos em suas estratégias pedagógicas e na construção da relação professor-aluno.

A realização desse trabalho deu-se por meio de uma a pesquisa qualitativa do tipo Estudo de Caso, concentrado nas especificidades e contextos da EMEF Dinorá Tavares em Cametá. De acordo com Godoy (1995) e Yin (1989), o estudo de caso permite uma investigação detalhada de fenômenos em seu contexto real. No âmbito educacional, um estudo de caso pode focar desde um único aluno até um conjunto de escolas, permitindo uma análise aprofundada dos desafios específicos enfrentados, explorando a fundo as práticas pedagógicas, as concepções e as interações interpessoais dentro de seu contexto social, cultural e institucional. Para tanto, adotou o emprego de entrevistas com professores e alunos, observações de aulas, análise de documentos escolares, entre outros, permitindo uma análise holística dos dados.

1. A AFETIVIDADE NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

O aspecto afetivo é um mecanismo relevante no campo educacional, pois, de acordo com Freire (1993, p. 10) não se pode tratar educação sem amor, e que o ato de ensinar é uma responsabilidade profissional que, no entanto, requer afeto, originalidade e competência científica. Considera este autor que:

[…] a tarefa do ensinante, que é também aprendiz, sendo prazerosa é igualmente exigente. Exigente de seriedade, de preparo científico, de preparo físico, emocional, afetivo. É uma tarefa de quem com ela se compromete um gosto especial de querer bem não só aos outros, mas ao próprio processo que ela implica (Freire, 1993, p. 10).

Com base no exposto, o ato de ensinar e aprender são processos mutuamente inclusivos, nos quais o educador não é simplesmente uma figura que deposita conhecimento nos estudantes (o que ele chamava de “educação bancária”), mas é alguém que também aprende constantemente, seja com a matéria, seja com os alunos. Nesta direção, Freire reconhece a dualidade do ensino, que por um lado, é uma atividade gratificante, que traz satisfação ao ver os alunos crescerem em compreensão e habilidades. Por outro lado, é um trabalho que exige dedicação, esforço e constante desenvolvimento. Neste processo, o educador, não é apenas alguém versado em um tema ou matéria. Ele deve ser preparado de forma holística. Isso inclui não apenas o domínio acadêmico ou científico, mas também a saúde física, a estabilidade emocional e a capacidade afetiva. Cada um desses componentes é crucial para se relacionar efetivamente com os alunos e facilitar seu aprendizado.

Em linhas gerais, o verdadeiro educador é alguém que tem uma paixão profunda não apenas pelos alunos, mas também pelo próprio processo educacional. Valorizar ambos é fundamental para a realização efetiva do ato de ensinar. Em suma, esta citação de Paulo Freire ressalta a complexidade e profundidade da profissão docente. Não se trata apenas de transmitir informações, mas de um compromisso abrangente com o bem-estar dos alunos e com a valorização do processo de ensino-aprendizagem como um todo.

Compreender a aprendizagem como um processo intrinsecamente ligado à dimensão social e relacional, nos permite pensar que a escola deve estar atenta a realizar uma abordagem pedagógica que valoriza não apenas a dimensão cognitiva, mas também a afetividade nas relações entre alunos, professores e demais membros da comunidade escolar. A atuação da escola no processo de afetividade e cognição pode ser inferida da ênfase na interação entre os sujeitos envolvidos na prática educativa. O reconhecimento dessas interações colabora para estabelecer um ambiente educacional mais acolhedor e favorável ao desenvolvimento integral dos alunos.

Para Arantes (2003), é importante esclarecer que – de acordo com estudos de correlação – elevando-se a intensidade de comportamentos do domínio afetivo, consequentemente, obtém-se maior intensidade de comportamentos do domínio cognitivo. Entretanto, já não podemos considerar que aumentando-se o nível cognitivo elevamos o afetivo, pois, a afetividade está intrinsecamente ligada ao processo de aprendizagem. Neste sentido Freire (1993) indica que,

O que sei, sei com o meu corpo inteiro: com minha mente crítica, mas também com meus sentimentos, com minhas intuições, com minhas emoções. O que eu não posso é parar satisfeito ao nível dos sentimentos das emoções, das intuições. Devo submeter os objetos de minhas intuições a um tratamento sério, rigoroso, mas nunca desprezá-los (Freire,1993, p. 43).

Contudo, podemos assim entender que sentimento e cientificidade não podem ser dicotomizados[1]. Ainda Arantes (2003) a afetividade pode ser considerada como um elo de ligação entre educador e educando, pois quando ocorre afeto o aluno se dispõe a aprender mais, sente-se motivado para desenvolver atividades que sem dúvida, não são entendidas por eles como tarefas árduas. Daí, percebemos a importância do trabalho de conquista, onde o professor possibilitará uma aproximação com o aluno, fazendo com que o mesmo tenha confiança. Isto só será possível se o professor exercer a sua rigorosidade metódica e tiver autoridade – o que não significa obediência – e sim a construção da responsabilidade. Desse modo,

Tratar o aluno com afeto não significa tratá-lo com beijos, abraços, ou procurando agradá-los, significa apenas que devemos acordar e tomar atitudes que nos leve a sair de nossa indiferença, porque essa “indiferença” é justamente a falta de afetividade (Sobral, s/a, p. 6)

As ideias de Sobral desmistificam uma noção reducionista de afetividade, que a associa apenas a gestos físicos ou ações de agradar, sugerindo que a afetividade é um conceito mais complexo e não pode ser reduzido apenas a expressões físicas ou tentativas de ganhar a simpatia dos alunos. Nesta análise, a afetividade envolve um compromisso genuíno com o bem-estar e o desenvolvimento dos alunos, que vai além da simples transferência de conhecimento, impondo-se enquanto um compromisso profundo com o desenvolvimento integral dos alunos, evitando a indiferença e buscando genuinamente entender e atender às suas necessidades emocionais e acadêmicas.

A Escola Dinorá Tavares pode articular essa abordagem ao seu contexto educacional, buscando a promoção de relações mais próximas e atenciosas com os alunos, que vão além da superficialidade de gestos físicos, mas que se traduzam em práticas pedagógicas que consideram as necessidades emocionais dos estudantes, criando um ambiente onde se sintam reconhecidos, valorizados e apoiados, nisto inclui-se a implementação de programas que incentivem a empatia, a escuta ativa e o diálogo aberto entre professores, alunos e demais membros da comunidade escolar. Além disso, a escola pode investir em estratégias que promovam o acolhimento e a inclusão, considerando a diversidade de contextos familiares e sociais dos estudantes. Ao incorporar tais ações, a Escola Dinorá Tavares contribuirá para a construção de um ambiente escolar mais humano, onde a relação entre educadores e alunos transcende o ensino formal e se torna uma troca enriquecedora de experiências, fortalecendo não apenas o processo de aprendizagem, mas também o bem-estar emocional dos envolvidos na comunidade educacional.

Para Freire (1993) o professor deve querer bem seus alunos, entretanto, seu afeto não pode interferir no cumprimento do seu dever como educador, a afetividade a qual ele se refere está na prática educativa, no compromisso com os educandos e com o processo de formação. Ser amoroso não denota ser passivo, significa exercer seu papel como sujeito político que busca constantemente a transformação da dinâmica social e a forma como trata seus educandos.  “Não é possível ser professora sem amar os alunos – mesmo que amar, só, não baste – e sem gostar do que se faz” (p.26). Este autor ratifica ainda que:

É preciso juntar à humildade com que a professora atua e se relaciona com seus alunos, uma outra qualidade, a amorosidade, sem a qual seu trabalho perde o significado. E amorosidade não apenas aos alunos, mas ao próprio processo de ensinar (Freire,1993, p. 57).

É importante esclarecer que o diálogo necessita estar presente nessa ação, pois ele é compreendido como dimensão afetiva – no sentido de estar envolvido e preocupado com o outro (a). “Não há diálogo, porém, se não há um profundo amor ao mundo e aos homens” (Freire, 2005, p. 91). Contudo, isto não pode caracterizar o distanciamento da formação científica – primordial na ação educacional. Assim

A prática educativa é tudo isso: afetividade, alegria, capacidade científica, domínio técnico a serviço da mudança ou, lamentavelmente, da permanência do hoje. É exatamente esta permanência do hoje neoliberal que a ideologia contida no discurso da “morte da história” propõe. Permanência do hoje a que o futuro desproblematizado se reduz (Freire, 1996, p. 143)

De acordo com Paulo Freire, a educação como um campo multidimensional exige a combinação de emoção (afetividade e alegria) e da intelectualidade (capacidade científica e domínio técnico), de modo a não focar unicamente na transferência de conhecimento, circunscrevendo-se enquanto uma prática educativa que seja emocionalmente engajadora, intelectualmente rigorosa e socialmente consciente. Ele alerta contra a complacência e a aceitação acrítica do status quo, enfatizando a necessidade de uma educação que desafie as ideologias dominantes e promova a mudança.

Sobrinho (2000) assinala que, para que se efetivem condições para a mudança no sistema educacional, é necessário que se realize uma avaliação que contemple investimentos, não apenas no corpo docente das escolas, mas, sobretudo, conceber todos os sujeitos envolvidos no processo educacional, utilizando-se de um mecanismo mais amplo e coletivo para além do que se propõe e a visão humanista contribui para a qualidade das relações interpessoais. Considerando essa questão,

É preciso não ter medo do carinho, não fechar-se à carência afetiva dos seres interditados de estar sendo. Só os mal-amados e as mal-amadas entendem a atividade docente como um que-fazer de insensíveis, de tal maneira cheios de racionalismo que se esvaziam de vida e de sentimentos (Freire, 1993, p. 69 e 70).

Por isso é importante adotar critérios pedagógicos que objetivam um caráter humanista na qual a escola deve viabilizar uma formação, onde os indivíduos se compreendam como sujeitos que problematizam a realidade, buscando soluções para a transformação pessoal e da sociedade como um todo. É partindo desta premissa que chegaremos a um aproveitamento direcionado para questões sociais. Para além disso, Freire considera a educação como uma intersecção entre emoção, técnica e potencial social. Ele vê a prática educativa como intrinsecamente ligada ao tipo de sociedade que queremos construir: uma que muda e evolui em direção a uma visão mais justa e igualitária ou uma que permanece estagnada nas injustiças do presente.

Acerca disso, o autor propõe que: “A prática educativa é tudo isso: afetividade, alegria, capacidade científica, domínio técnico a serviço da mudança ou, lamentavelmente, da permanência do hoje” (Freire, 1996, p. 143). Para este autor, é indispensável durante a ação educativa que os educadores tenham um compromisso afetivo para com seus educandos, os considerando como protagonistas do fazer pedagógico, no sentido de perceber que a educação está muito além de transferir conhecimentos, já que incide em um processo criador, onde os sujeitos são capazes de demonstrar que produzem conhecimento.

Neste sentido, devem assumirem-se “como ser social e histórico como ser pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos, capaz de ter raiva porque capaz de amar” (Freire, 1996, p.41), essa interação entre os aspectos afetivos e cognitivos será explorado no subtópico a seguir, a luz do pensamento de Wallon, que concebe a afetividade como uma dimensão intrínseca ao desenvolvimento humano, fundamental para a construção da personalidade e das relações sociais, em consonância com a capacidade de amar e expressar outras emoções, como a raiva. A análise será fundamentada na compreensão de Wallon sobre o desenvolvimento como um processo integrado, no qual os aspectos afetivos e cognitivos se inter-relacionam e influenciam mutuamente.

2. RELAÇÕES ESCOLARES MEDIADAS PELA AFETIVIDADE, NA ESCOLA DINORÁ TAVARES

A relação entre professor e aluno pode ser entendida como um dos pilares fundamentais do ambiente escolar, influenciando diretamente o processo de aprendizagem e o desenvolvimento acadêmico e pessoal dos estudantes. No entanto, além da transmissão de conhecimento, essa relação é também mediada por aspectos emocionais e afetivos que desempenham um papel crucial no contexto educacional.

A afetividade estabelece uma ponte entre professor e aluno, moldando não apenas a forma como o conhecimento é transmitido e recebido, mas também a qualidade do vínculo que se forma entre ambos. Neste contexto, explorar a interação entre professor e aluno sob a ótica da afetividade revela-se essencial para compreendermos mais profundamente os mecanismos que impulsionam o processo de ensino e aprendizagem e como essas relações podem impactar significativamente o desenvolvimento acadêmico e emocional dos estudantes.

Sendo assim, para examinarmos a importância da afetividade na relação entre professor e aluno, destacando como ela influencia a dinâmica da sala de aula, a motivação dos estudantes e o alcance dos objetivos educacionais, questionou-se aos professores inicialmente acerca de suas percepções sobre a relação afetiva entre eles e seus alunos, buscando verificar o impacta o desempenho acadêmico e o envolvimento dos estudantes na escola.

Para tanto, formulou-se a pergunta:

Pergunta 01 – Em que medida a relação afetiva entre você, como professor, e seus alunos afeta o desempenho acadêmico e o engajamento dos alunos na escola?

Professor 01 – É muito importante a relação entre professor e aluno para promover o processo de ensino-aprendizagem conhecendo os pontos positivos e negativos dos alunos e a partir disso impulsionar o engajamento dos alunos entre eles e a comunidade escolar
Professora 02 – A relação afetiva para mim meus alunos nunca afetou o desempenho e o engajamento dos educandos da janela Tavares sempre procurei ter uma relação de amizade com todos mesmo aqueles mais agitados ou muito quietos isso porque sempre acreditei que a relação afetiva entre mim e meus alunos seria importante relevância na construção do conhecimento deixando sempre bem claro a todos no ambiente deve ser a nossa segunda casa um ambiente muito agradável no qual todos devem conviver de maneira amigável e responsável tudo para contribuir para a formação integral do aluno pós educando o nosso Pilar.
Professor 03 – Essa relação tem que ser pautada no respeito na confiança e saber o professor buscar todas as formas possíveis para os alunos avançar promovendo a organização do espaço adaptando o currículo a sala na qual está proporciona momentos de troca de experiências que sejam adequadas para o desenvolvimento da aprendizagem
Coordenadora pedagógica – A partir do diálogo com os alunos palestras e ações que envolvem estudante de forma geral sem distinção de raça gênero religião trabalhamos sempre com respeito às diversidades considerando aspecto aspectos como igualdade e equidade no processo de ensino-aprendizagem

Nota-se que o professor 01 é favorável a relação professor-aluno como um fundamento importante para a promoção do engajamento dos alunos, mencionando a compreensão das necessidades individuais dos alunos e na promoção do engajamento entre eles e a comunidade escolar. Nisto concebe-se que o referido educador acredita que a realidade dos alunos é de grande importância na hora de decidir sobre os conteúdos e a abordagem a ser adotada em sua educação, sendo fundamental que os educadores se familiarizem ativamente com seus alunos para facilitar experiências de aprendizagens significativas, permitindo-lhes compreender a conexão entre o que está sendo ensinado e sua aplicação prática em suas vidas.

Através da compreensão das experiências de vida, medos e perspectiva das crianças, os professores podem começar uma compreensão abrangente de suas circunstâncias únicas. Freire (2013) corrobora que o ensino não pode ser separado da realidade de vida do aluno, sendo assim,

[…] Preciso, agora, saber ou abrir-me a realidade desses alunos com quem partilho a minha atividade pedagógica. Preciso tornar-me, se não absolutamente íntimo de sua forma de estar sendo, no mínimo, menos estranho e distante dela (Freire, 2013. p.137).

Em outras palavras, o professor deve buscar entender a singularidade de cada aluno, em termos de suas origens e como eles se conectam com a comunidade. Nesse sentido, não se pode ter sucesso na atividade pedagógica sem a empatia dos educadores às demandas dos alunos que excedem, até mesmo, o contexto escolar. Ou seja, professor deve abordar a realidade em que o aluno está inserido, para que o conteúdo seja conciliável a essa determinada realidade, criando um laço entre seu meio social e a escola, contextualizando para uma melhor aprendizagem.

A professora 02, por sua vez, relembra que é preciso que o professor e os alunos, estabeleçam uma relação de amizade, pois isto contribui para a construção do conhecimento. Em suas falas, ela enfatiza a criação de um ambiente agradável e acolhedor, onde todos se sintam parte de uma comunidade responsável pela formação integral dos alunos. O Professor 03, em maneira assertiva com o que propõe a professora 02, menciona que a relação entre professor e aluno deve ser baseada no respeito e na confiança, e que o professor deve buscar todas as formas possíveis para promover o avanço dos alunos. Para tanto, o currículo deve ser adaptado ao espaço da sala de aula para proporcionar experiências adequadas ao desenvolvimento da aprendizagem.

A fala destes professores demonstra que toda ação educativa se torna essencialmente uma interação presencial entre professor e aluno, onde os sentimentos, sejam de aversão ou de aceitação, são cotidianamente fortalecidos. Nisto, a forma como os conteúdos são transmitidos, de maneira prática e afetuosa, é o que torna viável a inserção da afetividade no processo educacional. Um diálogo sincero e amigável pode estabelecer laços que influenciam diretamente o sucesso ou fracasso escolar. De acordo com Pessoa (2000), a relação entre professor e aluno, o desejo de ensinar e o reconhecimento do aluno como um ser único são de importância fundamental para que a criança sinta motivação para aprender e descubra o prazer de pensar. No entanto, quando o professor não estabelece essa conexão com o aluno, quando não investe nele como um indivíduo único e especial, o resultado pode ser o oposto.

Nesse contexto, o papel do professor como mediador adquire relevância, pois o aluno, ao entrar em contato com os pensamentos, ações e maneiras de ser do professor, atribui significado às ações desse educador. É nessa dinâmica do contato com o conhecimento que a aprendizagem ocorre, em uma relação permeada pela afetividade. O professor deve ser dinâmico, expressivo e bem preparado no que se refere ao conhecimento em si, pois o aprendizado se fundamenta na afetividade que se manifesta no aluno a partir da confiança depositada no professor. No entanto, é importante considerar também a questão biológica, uma vez que o aluno traz consigo experiências prévias de interação com os outros e consigo mesmo ao ingressar na escola.

Assim, questionou-se aos professores se estes acreditam que as relações de afeto com os alunos contribuem para a construção da aprendizagem e do desenvolvimento cognitivo. Esta investigação deu-se a partir da pergunta:

Pergunta 02 – Você acredita que a afetividade entre os alunos, promove a aprendizagem e o desenvolvimento cognitivo? Se sim, quais benefícios observados?

Professor 01 – Sim podemos perceber com benefício desse processo uma maior interação entre eles e deles com professor em construção do conhecimento dessa forma e aprendizagem se torna mais significativa
Professora 02 – Sim eu acredito que afetividade entre alunos promove a aprendizagem e o desenvolvimento cognitivo do estudante pois juntos eles conseguem resolver ou se propõe a resolver problemas de ordem escolar ou familiar já que consideram seus colegas alguém que podem conversar e confiar sendo assim eu acredito que as criatividades fazem com que o aluno revele os seus sentimentos em relação a seus colegas e até mesmo os objetos do seu dia a dia
Professor 03 – Sim pois a interação com o outro promove a aprendizagem através da troca de experiência nesse sentido cabe ao professor promover atividades que busque a interação entre os alunos

De acordo com as falas dos entrevistados, é possível verificar a relação entre a afetividade e a interação entre os alunos no processo de aprendizagem, pois quando os alunos se sentem conectados emocionalmente uns aos outros e têm a oportunidade de interagir e compartilhar experiências, a aprendizagem se torna mais significativa e enriquecedora. Por outro lado, os professores enfatizam a importância de promover essa interação por meio de atividades e estratégias que incentivem o trabalho em grupo e a colaboração entre os alunos. Nesse sentido, Pessoa (2000), ressalta que a relação entre professor e aluno, o desejo de ensinar e o reconhecimento do aluno como um ser único são de importância fundamental para que a criança sinta motivação para aprender e descubra o prazer de pensar.

No entanto, quando o professor não estabelece essa conexão com o aluno, quando não investe nele como um indivíduo único e especial, o resultado pode ser o oposto. Nesse contexto, o papel do professor como mediador adquire relevância, pois o aluno, ao entrar em contato com os pensamentos, ações e maneiras de ser do professor, atribui significado às ações desse educador. É nessa dinâmica do contato com o conhecimento que a aprendizagem ocorre, em uma relação permeada pela afetividade.

Assim, o professor deve ser dinâmico, expressivo e bem preparado no que se refere ao conhecimento em si, pois o aprendizado se fundamenta na afetividade que se manifesta no aluno a partir da confiança depositada no professor. No entanto, é importante considerar também a questão biológica, uma vez que o aluno traz consigo experiências prévias de interação com os outros e consigo mesmo ao ingressar na escola.

Conforme Almeida (1990), o professor desempenha um papel crucial como parceiro na promoção da socialização, reconhecendo que as interações fora do ambiente familiar oferecem oportunidades para expandir e definir a identidade individual. Portanto, cultivar relações afetivas na sala de aula é uma responsabilidade pedagógica que se enquadra no âmbito do papel do professor, conforme nossa defesa. A autora também ressalta que:

A compreensão da reciprocidade entre afetividade e inteligência é a mola propulsora para uma discussão proveitosa acerca das relações afetivas em sala de aula. Não basta aceitar a afetividade como um aparato das relações com o conhecimento. É necessário entende-la como uma companheira fiel da inteligência; afirmar sua ausência é desconhecer a relação afetividade-inteligência no desenvolvimento humano (Almeida, 1999, p. 16).

Dessa forma, compreendemos a afetividade como um constructo moldado pelas experiências vivenciadas, cabendo à escola, ao educador e à família a missão de despertar nas crianças as potencialidades afetivas, contribuindo para o êxito no processo de ensino-aprendizagem, uma vez que a afetividade e a cognição estão intrinsecamente relacionadas e são influenciadas pela socialização, por meio da escola, da família e da sociedade. Além disso, são indispensáveis para a formação de indivíduos felizes, éticos, seguros e capazes de interagir com o mundo ao seu redor. Em outras palavras, os processos de ensino devem considerar o aluno como um ser socioafetivo, reconhecendo sua autonomia e respeitando suas preferências e desejos individuais.

No âmbito do Ensino Fundamental, no qual os alunos entrevistados se encontram, o processo de formação cidadã gradativamente se delineia à medida que o aluno assume sua condição como sujeito de direitos. A partir disso, os alunos, geralmente, percebem o significado das mudanças físicas, culturais, afetivo-emocionais e sociais pelas quais passam. Tais transformações demandam uma redefinição da autoimagem, associada ao desenvolvimento cognitivo. Paralelamente, buscam referências para a construção de valores próprios e novas estratégias para lidar com as diferentes demandas impostas a elas.

Posto isto, a última pergunta apresentada neste tópico refere-se à percepção

Pergunta 03- Você acredita que ter um bom relacionamento com seu professor torna o processo de aprendizagem mais agradável e eficaz? Por quê?

Aluno 01 (13 anos, turma 9º ano A) – Sim pois a amizade com os professores é fundamental para a convivência em harmonia
Aluna 2 (14 anos 9º ano A) – Sim porque ter um bom relacionamento com os professores torna aprendizado mais divertido e prazeroso para os alunos
Aluno 3 (15 anos) – Fazer aulas mais divertidas para incentivar os alunos a aprender
Aluna 4 (14 anos, 9º ano) – Sim ter um relacionamento assim é essencial pois melhora bastante na comunicação e torna a aprendizagem mais rápida
Aluno 5 (14 anos, 9º ano B) – Não mas ter um relacionamento em paz o professor confia mais em você
Aluna 06 – (14 anos, 9º ano) – Sim pois quando temos relacionamentos bons com o professor as aulas se tornam mais leves e descontraídas e temos a impressão que o tempo passa mais rápido
Aluno 7 (15 anos, 9º anos) – Sim porque você fica mais alegre e pergunta mais
Aluno 8 (15 anos, 9º ano B) – Sim se gostamos do professor se ele é legal fica mais fácil para nós aprender.
Aluna 9 (14 anos, 9º ano B) – Sim acredito que ter um bom relacionamento com o professor pode tornar o processo de aprendizagem mais agradável e eficaz um relacionamento positivo com professor pode criar um ambiente de aprendizagem mais acolhedor onde os alunos se sentem mais confortáveis para fazer perguntas contribuir com as ideias e se envolver ativamente nas atividades de sala de aula.

As respostas dos alunos à pergunta sobre se ter um bom relacionamento com o professor torna o processo de aprendizagem mais agradável e eficaz oferecem uma visão variada, mas predominantemente positiva, sobre a importância desse relacionamento. As respostas dos alunos evidenciam a importância da afetividade no processo de aprendizagem, destacando como um bom relacionamento com os professores pode influenciar positivamente a experiência de aprendizagem. Ao mencionarem que a amizade, o respeito e a confiança com os professores são fundamentais para uma convivência harmoniosa e para tornar as aulas mais divertidas, leves e descontraídas, os alunos demonstram que a qualidade das interações emocionais na sala de aula desempenha um papel significativo em seu envolvimento e engajamento com os conteúdos.

Além disso, ao ressaltarem que um ambiente escolar mais acolhedor, onde se sentem confortáveis para participar ativamente das atividades e fazer perguntas, é resultado de um relacionamento positivo com os professores, os alunos indicam como a afetividade pode criar uma atmosfera propícia ao aprendizado. Dessa forma, as respostas dos alunos enfatizam como a qualidade das relações interpessoais na sala de aula influência diretamente sua motivação, disposição para aprender e eficácia no processo de assimilação de conhecimento.

As relações de afeto entre educadores e educandos devem ser compreendidas como um trabalho permanente e estimulador de dimensão humana, que sem este tipo de manifestação a prática pedagógica pode ser concebida como algo mecanizado e descompromissado. Porém, é necessário que se tenha consciência dos limites da afetividade, perceber até que ponto podemos chegar, para que assim meus sentimentos não interfiram na prática pedagógica, ou seja, é importante que se busque o equilíbrio. “O sentimento da alegria, da tristeza, do carinho, do afeto, a amorosidade, tudo isso tem que ser rigorosamente disciplinado” (Freire, 1985, p. 15).

Entendemos que o significado da aprendizagem é único e particular na vida de cada indivíduo, pois o desenvolvimento da aprendizagem é um processo contínuo no qual a afetividade desempenha um papel crucial. A ausência de uma abordagem emocional na educação, tanto na sala de aula quanto na família, pode resultar em prejuízos significativos no desenvolvimento cognitivo da criança. Na teoria de Jean Piaget, o desenvolvimento intelectual é considerado como tendo dois componentes: o cognitivo e o afetivo, que ocorrem em paralelo. Segundo Piaget (2000), a aprendizagem ocorre em conjunto com os aspectos afetivos, sendo a afetividade determinante para a construção do conhecimento. Pais, professores e a escola desempenham papéis fundamentais nesse processo, colaborando para a formação integral do ser humano por meio do amor e do afeto, que são essenciais para a educação. Para o autor, a aprendizagem também diz respeito à maneira como o sujeito recebe e organiza as informações e situações às quais é exposto, o que está relacionado à assimilação. Assim, aprender é uma possibilidade na interação com o mundo.

Piaget destaca a importância de compreender o caráter inseparável do desenvolvimento cognitivo e afetivo, pois são duas linhas paralelas no desenvolvimento da criança que caminham juntas. Eles promovem os mecanismos objetivos e exteriores da realidade, dominando a assimilação à ação própria em cada nível e garantindo a assimilação às coordenações gerais da ação, como as operações concretas. Nesse contexto, abrangem tanto as ações entre indivíduos quanto as ações dentro do indivíduo, já que os aspectos cognitivos e afetivos são indissociáveis.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesta pesquisa, realizamos uma imersão teórica, buscando compreender, como ocorre o desenvolvimento da aprendizagem considerando os aspectos afetivos e cognitivos. Ao longo do processo, constatamos que os aspectos afetivos e cognitivos estão intrinsecamente interligados, separados apenas por uma linha tênue. Ambos caminham juntos e são igualmente importantes para o desenvolvimento do indivíduo. Nosso foco foi compreender o processo complexo de desenvolvimento da aprendizagem, reconhecendo a importância crucial do papel do ensino nesse contexto. Observamos que, embora o acesso à carreira docente seja facilitado, muitas vezes não é acompanhado pela devida formação, resultando em prejuízos para o ensino.

Diante dessa realidade, nossa dissertação reflete sobre todos esses aspectos, com um olhar direcionado para o desenvolvimento da aprendizagem. Ao longo da pesquisa, buscamos compreender como a afetividade influencia a relação entre professor e aluno no ensino fundamental, especialmente no processo de ensino-aprendizagem. Buscamos, tanto nos fundamentos teóricos quanto nas análises de campo, compreender essa dinâmica em sala de aula e investigar a importância do aspecto afetivo nesse processo. Ficou evidente que os autores direcionaram seus estudos para as práticas educativas e o processo de ensino-aprendizagem, com foco na identificação dos aspectos afetivos na prática pedagógica docente.

É relevante ressaltar que pudemos confirmar que no âmbito da EMEF Dinorá Tavares, os aspectos afetivos e cognitivos são considerados práticas pedagógicas que promovem o ensino-aprendizagem na escola. Nisto entendemos que é primordial, especialmente no ambiente da sala de aula, que o professor adote práticas voltadas para o desenvolvimento integral do aluno. Nesse sentido, sua atuação deve ser pautada pela constante reflexão sobre suas ações, visando aprimorar o processo de ensino e aprendizagem. Além disso, a prática pedagógica engloba aspectos como o planejamento das aulas, a escolha da metodologia, a avaliação dos alunos e o conhecimento individual de cada estudante.

 Por outro lado, Pinho (2014) destaca a estreita conexão entre inteligência e afetividade, enfatizando que o sujeito e o objeto se constroem mutuamente. Dessa forma, é inegável a relação íntima entre a construção da identidade individual e a aquisição de conhecimento sobre o mundo e as pessoas nele inseridas. Podemos afirmar, portanto, que a afetividade deve ser considerada como uma metodologia de ensino essencial para o desenvolvimento da aprendizagem do indivíduo. Isso se justifica pelo fato de que a afetividade é um elemento intrínseco à formação da criança desde o seu nascimento, influenciando suas ações diárias. Assim, o ambiente escolar deve ser planejado de modo a proporcionar um espaço acolhedor para a criança, incluindo a seleção adequada de brinquedos pedagógicos adequados a cada faixa etária, visto que os alunos passarão várias horas nesse ambiente diariamente.

Assim, reafirmamos que o planejamento das aulas pelo professor, aliado à elaboração de atividades atrativas e envolventes para os alunos, bem como o tratamento dispensado por todos os agentes educacionais, contribuem significativamente para o desenvolvimento da aprendizagem. Sob essa ótica, a afetividade no processo de ensino-aprendizagem consiste em um conjunto de ações que devem ser cuidadosamente planejadas e implementadas com o intuito principal de facilitar a aprendizagem da criança.

Dessa forma, é evidente que as discussões acerca dos aspectos afetivos e cognitivos no ambiente escolar têm adquirido relevância, com alguns professores demonstrando preocupação com o desenvolvimento da aprendizagem de seus alunos. A preparação das aulas, o ambiente escolar estimulante e o conhecimento individual dos alunos são fatores cruciais para esse desenvolvimento. No entanto, ainda persistem divergências no contexto escolar quanto à compreensão desses aspectos por parte de alguns docentes. Enquanto alguns reconhecem a importância dos aspectos afetivos e cognitivos no processo de ensino-aprendizagem, outros não os consideram relevantes, refletindo uma disparidade de opiniões no meio educacional. Nesse sentido, é necessário promover uma conscientização e uma compreensão mais ampla por parte de todos os envolvidos no processo educativo, especialmente no contexto da sala de aula, sendo fundamental que o professor compreenda o desenvolvimento infantil e esteja ciente das particularidades de cada fase da vida da criança, desde seu nascimento até sua entrada na escola. Esse conhecimento embasa o planejamento pedagógico do professor, permitindo que ele adapte suas práticas de ensino às necessidades de seus alunos, garantindo assim seu desenvolvimento.

Em resumo, a afetividade deve ser considerada seriamente por todos os envolvidos no processo educacional. A escola deve integrar a afetividade em seu planejamento pedagógico, reconhecendo os aspectos afetivos e cognitivos como elementos essenciais para promover a aprendizagem. O professor, como principal agente desse processo, deve explorar sua relação com os alunos, planejar atividades de acordo com suas necessidades e contextos individuais, visando proporcionar uma educação eficaz e significativa.


1 Ver Freire Paulo. Professora sim tia não: cartas a quem ousa ensinar (1993)

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