O MERCADO DA GUERRA NOS ÚLTIMOS DEZ ANOS: COMO A INDÚSTRIA DE DEFESA AMERICANA SE BENEFICIOU DO CONFLITO ISRAELO-PALESTINO

THE WAR MARKET IN THE LAST TEN YEARS: HOW THE AMERICAN DEFENSE INDUSTRY HAS BENEFITED FROM THE ISRAELI- PALESTINIAN CONFLICT

EL MERCADO DE LA GUERRA EN LOS ÚLTIMOS DIEZ AÑOS: CÓMO LA INDUSTRIA DE DEFENSA ESTADOUNIDENSE SE HA BENEFICIADO DEL CONFLICTO PALESTINO-ISRAELÍ

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202411301906


Quézia Vitória da Silva1
Sophia de Sousa Santos1
Gustavo Tonon Lopes 1


Resumo:

A indústria de defesa lucra bilhões em cima de guerras e conflitos, criando assim um mercado próspero com a fabricação e venda de armamentos, equipamentos militares, tecnologia e serviços; este artigo tem como objetivo analisar um cenário específico, como a maior potência do mundo, Estados Unidos, nos últimos dez anos se beneficiou de um dos maiores conflitos territoriais da história, israelo-palestino. Portanto, foi-se necessário contextualizar a relação entres esses países e explicar como os americanos lucram tanto monetariamente como politicamente através desse conflito. Para sua constituição a metodologia utilizada foi de pesquisa bibliográfica através de livros, artigos, revistas e relatórios relacionados ao tema. Os resultados obtidos demonstraram que a aliança de entre Estados Unidos e Israel resulta em uma grande movimentação econômica através de memorandos que disponham de investimentos bilionários e interesse de grandes empresas armamentistas americanas em lucrar através de venda de armas e tecnologias. Além de, fomentar indiretamente conflitos e garantir influência política sobre o oriente-médio.

Palavras-chaves: Conflito, Estados Unidos, Israelo-Palestino, Industria de Defesa, Mercado da Guerra.

Abstract:

The defense industry profits billions from wars and conflicts, thus creating a thriving market with the manufacture and sale of armaments, military equipment, technology and services; this article aims to analyze a specific scenario, how the world’s greatest power, the United States, in the last ten years has benefited from one of the largest territorial conflicts in history, Israeli-Palestinian. It was therefore necessary to contextualize the relationship between these countries and explain how the Americans profit both monetarily and politically from this conflict. For its constitution, the methodology used was bibliographical research through books, articles, magazines and reports related to the subject. The results obtained showed that the alliance between the United States and Israel results in a great deal of economic movement through memoranda that have billionaire investments and the interest of large American arms companies in profiting through the sale of weapons and technologies. It also indirectly foments conflicts and ensures political influence over the Middle East.

Keywords: Conflict, United States, Israeli-Palestinian, Defense Industry, War Market.

Resumen:

La industria de defensa obtienen beneficios multimillonarios de las guerras y los conflictos, creando un próspero mercado de fabricación y venta de armamento, equipos militares, tecnología y servicios. Este artículo pretende analizar un escenario concreto: cómo la mayor potencia mundial, Estados Unidos, se ha beneficiado en los últimos diez años de uno de los mayores conflictos territoriales de la historia, el palestino-israelí. Por lo tanto, era necesario contextualizar la relación entre estos países y explicar cómo los estadounidenses se benefician monetaria y políticamente de este conflicto. Para su constitución, la metodología utilizada fue la investigación bibliográfica a través de libros, artículos, revistas e informes relacionados con el tema. Los resultados obtenidos mostraron que la alianza entre Estados Unidos e Israel provoca un gran movimiento económico a través de memorandos que tienen inversiones multimillonarias y el interés de las grandes empresas armamentísticas norteamericanas en lucrarse a través de la venta de armas y tecnologías. También fomenta indirectamente los conflictos y garantiza la influencia política sobre Oriente Medio.

Palabras clave: Conflicto, Estados Unidos, Israel-Palestina, Industria de Defensa, Mercado de Guerra.

1 INTRODUÇÃO

Segundo Jawdat Abu-El-Haj (2014), o conflito israelo-palestino tende-se intensificar ainda mais por conta do interesse econômico de países estrangeiros. O mercado da guerra soa completamente promissor para potências, que além de lucrar com conflito, visam manter influência sobre certas regiões.

A presença significativa dos americanos num dos conflitos mais longos da história é o maior demonstrativo desse interesse. Os Estados Unidos veem esse conflito como uma oportunidade para lucrar, desenvolver, e testar novas tecnologias, apresentando ao mundo seu poder e forte influência indiretamente por meio de ajudas militares.

A relação entre Estados Unidos e Israel é uma forte aliança de interesses. Em 2016, com a promessa de fornecimento de 38 bilhões para equipamentos militares, ambos os países assinaram seu terceiro Memorando de Entendimento2 (ESTADOS UNIDOS, 2016). Esse suporte não apenas fortalece as Forças de Defesa de Israel, mas também gera movimentação constante para o mercado armamentista americano que fornece de mísseis a aeronaves.

O apoio militar contínuo dos EUA a Israel, incluindo a venda de armamentos e tecnologia
avançada, resulta em lucros significativos para empresas americanas e reforça a influência do
s EUA no Oriente Médio. (FELDBERG, 2004)

Neste estudo, iremos investigar e avaliar através de artigos e relatórios como os americanos nos últimos dez anos, se beneficiaram economicamente do conflito israelo- palestino para desenvolverem sua indústria de defesa, através de investimentos indiretos, assistências militares e econômicas. Além de, auxiliar no entendimento da dinâmica comercial armamentista e seu impacto em cenários de guerras.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 O MERCADO DA GUERRA

O mercado da guerra, em sua essência, representa uma das mais paradoxais e lucrativas atividades econômicas do cenário internacional. Enquanto os conflitos armados provocam destruição e sofrimento, eles também alimentam a economia de várias potências, por meio da venda de armamentos e tecnologias militares. Evidenciamos, na última década, o conflito israelo-palestino e outros conflitos regionais têm servido como arenas de teste para o desenvolvimento para novas tecnologias militares, além de impulsionarem alianças estratégicas baseadas em acordos bilaterais e contratos militares.

O conceito de “mercado da guerra3” envolve a comercialização de armamentos, tecnologias militares, e serviços de defesa, que são fundamentais para a perpetuação de conflitos ao redor do mundo. Conforme observa Abu-El-Haj (2014), o conflito israelo-palestino é um exemplo emblemático de como interesses econômicos estrangeiros influenciam e, muitas vezes, prolongam situações de guerra. O mercado da guerra surge, nesse contexto, como uma oportunidade para países que buscam lucro e expansão de influência política.

A participação dos Estados Unidos, em particular, é significativa. Através de uma política de fornecimento contínuo de armamentos à aliados estratégicos, como Israel, o governo americano tem garantido uma posição de controle geopolítico, além de fomentar o desenvolvimento de novas tecnologias. Como Adams (2020) destaca, “as pressões do mercado podem influenciar a política externa, levando os EUA a reforçar seu apoio a Israel em busca de contratos lucrativos.”

A política dos EUA em relação a Israel é fundamental para entender a dinâmica comercial dentro de conflitos. Ao fornecer apoio militar contínuo e significativo a Israel, os Estados Unidos garantem não apenas a segurança de um de seus principais aliados, mas também fomentam um ciclo de dependência econômica que beneficia tanto a indústria de defesa americana quanto a capacidade militar israelense. Essa relação é marcada por contratos bilionários que envolvem a venda de tecnologia avançada, como sistemas de mísseis e aeronaves de combate, que são constantemente testados e aprimorados em cenários de conflito reais, refletindo como a intersecção entre segurança e comercio militar é crucial para a estratégia americana na região (Klein, 2024).

Empresas de defesa americanas, como Lockheed Martin e Raytheon, são pilares de um sistema que transforma conflitos em oportunidades de lucro. Essa interdependência entre política externa e interesses corporativos levanta questões éticas sobre a responsabilidade dos países que, ao invés de promoverem a paz, podem estar incentivando a continuidade das hostilidades para garantir o fluxo de contratos e lucros.

A longevidade dos conflitos armados, como o israelo-palestino, não é apenas uma consequência de disputas territoriais ou ideológicas, mas também um reflexo da lógica econômica subjacente ao mercado da guerra. Observamos que quanto mais prolongado o conflito, maior é a necessidade de novos armamentos, o que gera lucros contínuos para as indústrias de defesa. Isso cria um ciclo econômico em que as potências mundiais, ao mesmo tempo que desempenham papeis diplomáticos na tentativa de resolver crises, têm interesse em manter uma alta demanda por equipamentos militares

Esse cenário revela uma faceta inquietante do mercado da guerra: conflitos prolongados se tornam economicamente vantajosos para indústrias que dependem de demandas militares. As empresas americanas de defesa, como a Lockheed Martin e a Raytheon, são grandes beneficiárias desse sistema, lucrando bilhões com a venda de equipamentos de alta tecnologia, como mísseis, aeronaves e sistemas de defesa antimíssil, esses contratos bilionários se traduzem em lucros massivos para essas empresas, mas também fortalecem a presença e a influência política e militar dos Estados Unidos em regiões de conflito.

“Conflitos prolongados geram uma demanda contínua por armamentos e tecnologias militares, criando um ciclo lucrativo para as indústrias de defesa, que se beneficiam diretamente da instabilidade global” (Adams, 2020, p. 45).

A estabilidade econômica de muitas dessas corporações depende da instabilidade geopolítica. Como Abu-El-Haj (2014) aponta, “a guerra e a economia estão profundamente interligadas, sendo que muitos dos maiores conflitos do século XXI são mantidos pela lucratividade que oferecem às grandes potências e seus aliados”. Dessa forma, os interesses econômicos tornam-se uma força motriz para a manutenção de conflitos armados prolongados.

2.2 A LIGAÇÃO COMERCIAL COM AS ALIANÇAS INTERNACIONAIS

Os acordos e tratados internacionais são uma das mais importantes dinâmicas no mercado global de armamentos. Em muitos casos, esses contratos não só asseguram o fornecimento de armas, mas também selam alianças geopolíticas que podem durar décadas. Um exemplo claro é o terceiro Memorando de Entendimento assinado entre os Estados Unidos e Israel em 2016, que garantiu um pacote de 38 bilhões de dólares em assistência militar ao longo de 10 anos. Segundo o documento oficial (ESTADOS UNIDOS, 2016), esse acordo foi projetado para fortalecer a capacidade de defesa de Israel, garantindo a supremacia militar do país no Oriente Médio.

Esse tipo de contrato não apenas fortalece as Forças de Defesa de Israel, como também movimenta o setor armamentista dos EUA. Além de fornecer mísseis, drones e aviões de combate, as empresas americanas utilizam esses acordos para promover o desenvolvimento de novas tecnologias militares, que podem posteriormente ser utilizadas em outros conflitos globais. Como Abu-El-Haj (2014) sugere, o apoio militar dos Estados Unidos a Israel, embora revestido de justificativas de segurança, é também uma estratégia para manter a supremacia no mercado de defesa.

Os tratados internacionais, muitas vezes, têm um papel ambíguo nessa dinâmica. Embora formalmente sejam criados para garantir a paz e a estabilidade entre as nações, muitos deles funcionam como mecanismos para perpetuar o fluxo de armamentos entre aliados. O fornecimento contínuo de tecnologia bélica fortalece alianças, mas também cria uma dependência econômica em relação a potências exportadoras de armas, como os EUA e a Rússia. Esse fenômeno fica evidente quando observamos o volume crescente de contratos militares entre os Estados Unidos e países do Oriente Médio, muitos dos quais são assinados à sombra de conflitos regionais.

2.3 LUCRANDO ATRAVÉS DA GUERRA

“A guerra é boa para os negócios”, foi o que disse um executivo do setor de defesa numa conferência de armamentos em Londres em setembro de 20234. Os Estados Unidos são de longe o país que mais exportou armas para Israel, apesar de ser difícil realizar o rastreamento de quantidade e valores, o CAA5 (2021) estima que entre 2013-2017 os EUA entregaram U$4.9 bilhões (£3.3 bilhões) em armas para Israel.

No período entre 2010 e 2020, as exportações de armas dos EUA para Israel e outros aliados cresceram exponencialmente, representando uma fonte significativa de lucro para as empresas de defesa americanas. Essa interdependência cria um ciclo vicioso: quanto mais prolongados os conflitos, maior a demanda por armamentos e maior o lucro das indústrias envolvidas.

A Raytheon, subsidiária especializada na produção de mísseis sob a corporação RTX, é um ótimo exemplo de como o mercado de armas é próspero para os americanos através de guerras. A escala que se aumenta os pedidos por armamentos de países que se encontram em guerra, como Ucrânia e Israel, a produção aumenta.

[…] A guerra em Gaza ou em Israel, novamente, uma situação trágica – acabará levando a ordens adicionais, muito provavelmente. Nosso foco agora é: Como apoiamos a Força de Defesa de Israel? Como garantir que eles tenham o que precisam para poder defender seu país?” (HAYES, 2024)

Os principais fornecedores de Israel, dos quais o catálogo vai de fuzis a bombardeiros, apresentam receitas na casa dos bilhões de dólares. A Associação das Indústrias Aeroespaciais (AIA, 2024) expressou como a indústria de defesa americana vem crescendo fortemente com um faturamento de U$955 bilhões somente no ano de 2023, um crescimento de 7,1% comparado ao ano anterior.

Entre os anos 2019 a 2023, cerca de 6% das importações globais de armas foram feitas por Israel, com os EUA fornecendo 69% dessas importações (SIPRI, 2021). Estima-se que essas transações geraram um lucro de mais de 30 bilhões de dólares para os americanos.

3 METODOLOGIA

Este estudo adota uma abordagem qualitativa, como dito por Mendes e Miskulin (2016) por utilizar a revisão de literatura como principal método de investigação. Serão analisados artigos acadêmicos, relatórios de organizações internacionais e documentos governamentais que abordam o conflito israelo-palestino, o apoio militar dos EUA a Israel e o impacto econômico desse apoio para a indústria de defesa americana.

A pesquisa será dividida em duas fases. Na primeira fase, será feita uma análise conceitual do mercado da guerra, com foco em acentuar a dinâmica comercial em conflitos armados. A segunda fase consiste em analisar como a relação política entre países influencia economicamente através de acordos, tradados e memorando que visam investimentos bilionários.

Já a análise crítica será orientada pela teoria do complexo industrial-militar e pelos estudos sobre a economia de guerra, avaliando como os interesses econômicos podem influenciar as decisões de política externa. E levantar dados sobre a indústria bélica americana, utilizando relatórios de empresas de defesa, como Lockheed Martin e Boeing, que se beneficiam diretamente dessas vendas e contratos militares. A hipótese central é que o apoio militar dos EUA a Israel não se limita a uma aliança estratégica, mas está intrinsecamente ligado ao fortalecimento do setor armamentista americano.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Conforme a guerra se intensifica e acordos são assinados, a produção de armas e desenvolvimento de novas tecnologias são estimuladas. Segundo um relatório recente da Quincy Institute for Responsible Statecraft6 (2024), os fabricantes americanos de armas estão batendo recordes de lucros com a intensificação do conflito israelo-palestino. Empresas como Boeing, Lockheed Martin e RTX superaram o índice S&P 5007.

Ao longo dos anos, diversos sociólogos estudaram e analisaram a aliança entre Estados Unidos e Israel, não só como uma aliança política, mas também econômica. O interesse dos EUA em vender armas para Israel, tem forte influência no conflito, visto que assim como afirma os investidores americanos, quanto maior a demanda por armas, maior a produção.

De acordo com os dados fornecidos pela SIPRI (Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo), os Estados Unidos é o maior fornecedor de armas para os israelenses. A SIPRI ainda afirma que entre 2015-2019 os americanos assinaram contratos que estimaram fornecer 7 bilhões de dólares (cerca de 39 bilhões de reais) em armamentos para Israel

Exportadores das principais armas convencionais para Israel entre 2011 e 2020 (do banco de dados de transferências de armas do SIPRI):

Fonte: CAAT, 2021.

Em suma, devem ser levados em considerações diversos fatores não só econômicos, mas principalmente políticos quando tratamos desse forte laço comercial entre EUA e Israel. Entretanto, como base nos dados levantados podemos afirmar que o conflito israelo-palestinos apresenta um retorno monetário e bélico para os americanos, além de poderem usar como oportunidade para desenvolver e testar novas tecnologias armamentistas e se provar aos olhos do mundo ainda mais uma potência e liderança global.

Em seu livro “Quem manda no mundo?” publicado em 2014, Noam Chomsky afirma:

“Os Estados Unidos têm uma longa história de usar a guerra como um meio de expandir sua influência e garantir lucros para suas indústrias de defesa. A guerra é grande negócio para os EUA.”

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o desenvolvimento desse artigo foi possível evidenciar a existência do mercado da guerra, utilizando os Estados Unidos e o conflito israelo-palestino para corroborar essa hipótese. Podemos afirmar que a demanda por armamentos é influenciada fortemente pela alimentação de empresas de defesas, que por sua vez, veem a guerra como uma fonte de renda.

Durante os últimos dez anos, a intensificação do conflito na faixa de gaza gerou uma receita de bilhões de dólares para os americanos através de vendas de armas massa Israel. Essa aliança como apontado por alguns sociólogos é algo além da economia, visto que os americanos se aproveitam na mesma para exercer influência no oriente-médio.

Os conflitos armados têm, portanto, um impacto profundo tanto no cenário econômico quanto na geopolítica internacional. O mercado da guerra não se limita à venda de armas; ele abrange também a prestação de serviços de defesa, a exportação de tecnologia e o treinamento de tropas estrangeiras. Essas atividades criam uma interdependência econômica entre países que, em muitos casos, é difícil de romper

Diante disso, podemos dizer que a indústria de defesa americana se beneficia do conflito israelo-palestino para lucrar monetariamente, desenvolver suas tecnologias e reafirmar para o mundo o seu poder bélico, além de, indiretamente influenciar na continuidade do conflito.


2 Documento que descreve um acordo entre duas ou mais partes, estabelecendo a intenção de cumprir uma linha de ação comum.
3 Conceito frequentemente atribuído ao economista e teórico político Thomas Pogge, que argumenta que conflitos armados criam oportunidades econômicas para a indústria de defesa.
4 DSEI 2023 (Defense & Security Equipment International), realizada em Londres de 24 a 27 de setembro de 2023.
5 A Arms Control Association (CAA) é uma organização dos Estados Unidos dedicada a promover políticas eficazes de controle de armas e segurança nacional.
6 O Quincy Institute é uma organização de pesquisa sem fins lucrativos, fundada em 2019 e baseada em Washington, D.C.
7 O S&P 500 é um índice financeiro que reúne as 500 maiores empresas de capital aberto dos Estados Unidos.

6 REFERÊNCIAS

POGGE, Thomas. World Poverty and Human Rights. [s.l.: s.n., s.d.]. Disponível em:<https://people.brandeis.edu/~teuber/Pogge,%20World%20Poverty%20and%20Human%20R ights.pdf>. Acesso em: 14 set. 2024.

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CAAT – Israel’s arms suppliers. Caat.org.uk. Disponível em: <https://caat.org.uk/data/countries/israel/israels-arms-suppliers/>. Acesso em: 14 set. 2024

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1quezia.silva01@fatec.sp.gov.br

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