EFEITOS DA EQUOTERAPIA NA MARCHA DE CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

SELF-REPORT OF QUALITY OF LIFE OF CHILDREN AND ADOLESCENTS WITH CHRONIC NON-PROGRESSIVE ENCEPHALOPATHY OF CHILDHOOD

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202411301617


Bianca Gabriele Thomazini;
Orientadora: Carla de Oliveira Lazzarin


RESUMO 

Objetivo: Analisar através de revisão da literatura os efeitos da equoterapia a marcha de indivíduos portadores da síndrome de Down. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, utilizando artigos dos últimos dez anos, realizada através de consulta em bases de busca em janeiro de 2024 nas plataformas Scielo, Pubmed, Pedro, nos idiomas da língua portuguesa e inglesa, envolvendo artigos que utilizaram a equoterapia como meio de tratamento fisioterapêutico para melhora da marcha. Resultados: Foram identificados 100 artigos, sendo 94 excluídos por não se enquadrarem nos critérios préestabelecidos, restando seis artigos para análise dessa revisão. Foram observados que os indivíduos com Síndrome de Down obtiveram melhora na marcha após realizar tratamento com equoterapia. Conclusão: Conclui-se que a equoterapia seja um método eficaz, que resulta em efeitos positivos para melhoria da marcha dos pacientes com SD. 

Palavras chaves: Terapia Assistida por Cavalos, Síndrome de Down, Modalidades Fisioterapia, Marcha, Equilíbrio.

ABSTRACT

Objective: To analyze through literature the effects of hippotherapy on the gait of individuals with Down syndrome. Methodology: This is an integrative literature review, using articles from the last ten years, carried out through a database consultation in January 2024 on the Scielo, Pubmed, Pedro platforms, in Portuguese and English, involving articles that used the hippotherapy as a means of physiotherapeutic treatment to improve gait. Results: 100 articles were identified, 94 of which were excluded because they did not meet the preestablished criteria, leaving six articles analyzed for this review. It was observed that individuals with DS achieved improvement in gait after undergoing treatment with hippotherapy. Conclusion: It is concluded that hippotherapy is an effective method, which results in positive effects for improving the gait of patients with DS. 

Keywords: Horse-Assisted Therapy, Down Syndrome, Physiotherapy Modalities, Gait, Balance.

1. INTRODUÇÃO

Cada célula do indivíduo possui 46 cromossomos, onde estão divididos em 23 pares. No portador da Síndrome de Down, o par de número 21 possui um cromossomo a mais, resultando em 47 cromossomos (Torquato et al, 2013).

A Síndrome de Down (SD) é definida como uma anomalia que resulta na trissomia do par cromossômico 21, que ocorre em cromossomos autossômicos, que são os que não determinam o sexo. (Espindula et al, 2016). Licio et al, 2020, diz que a SD acomete, 1 a cada 700 nascidos vivos. Esses números correspondem em média de 300 mil pessoas com SD no Brasil, no mundo a incidência estimada é de 1 em 1 mil nascidos vivos, predominando no sexo masculino (Mata et al, 2014).  

É comum pacientes com a SD apresentarem um grau de atraso no desenvolvimento, podendo ser mental e/ou motor, quando comparado com crianças com o desenvolvimento típico (Costa et al, 2017).

A marcha humana normal pode apresentar períodos de apoio, onde o membro inferior permanece em contato com o solo e sustenta o peso, correspondendo a 60%. E períodos de balanço, em que o membro inferior permanece no ar, correspondendo a 40%do ciclo de deambulação. (Filho et al, 2010).  

Segundo Borbassatti et al, (2013) o atraso no desenvolvimento motor quando relatamos da marcha a média de atraso é de 25 meses para dar o início a deambulação independente, onde o indivíduo típico inicia a partir dos 12 meses de vida. É comum apresentar alterações biomecânicas nas fases de apoio e balanço, consequentemente levando a compensações e redução da força muscular.

A equoterapia é uma estratégia de tratamento onde o movimento do cavalo promove vários estímulos e melhorias psicológicas no desenvolvimento de pacientes com SD, visto que, estimulam o mecanismo de reflexo postural do praticante, tendo resultado no treinamento do equilíbrio, melhoras posturais e da coordenação motora (Cosmo et al, 2021).

O movimento oscilatório e tridimensional do cavalo consiste na utilização dos três planos e eixos de movimento, ou seja, para frente, para trás, para cima para baixo, para um lado e para o outro. Consequentemente o movimento que o cavalo realiza é transmitido ao cavaleiro, visto que, os movimentos podem ser comparados com a marcha do indivíduo independente (Silva, 2009).

Este movimento transmitido ao praticante gera informações sensoriais que chega até o Sistema Nervoso Central (SNC), gerando estímulos no cérebro, com isso o paciente realiza ajustes corporais para se adaptar ao movimento do cavalo. Essa técnica tem sido muito utilizada para o tratamento de doenças ou síndromes com deficiências neurológicas, que causam distúrbios motores ou cognitivos (Fontes, 2021). A posição mantida pelo indivíduo, combinada com o movimento produzido pela passada do cavalo, requer ajustes posturais juntamente com dissociações de cinturas pélvica e escapular, causando reações de retificação de tronco e ajustes tônicos que buscam dinamicamente a estabilidade postural e controle (Espindula et al, 2016).  

Conforme exposto anteriormente, foi constatado que o resultado desses estímulos gera melhora do controle postural e equilíbrio, fatores necessários para a harmonia da marcha (Cosmo et al, 2021). Diante desses dados, observouse a necessidade de um levantamento bibliográfico criterioso e atualizado sobre o tema. 

2. METODOLOGIA 

Esse estudo caracteriza-se como uma revisão integrativa de literatura. 

2.1 Estratégia de busca

Essa revisão utilizou artigos selecionados em janeiro de 2024 a partir da consulta de base de dados nas plataformas PubMed, Scielo e PeDRO, nos últimos dez anos, em língua portuguesa e inglesa. Para a busca foram utilizadas as palavras-chaves em português e inglês Terapia Assistida por Cavalos, Síndrome de Down, Modalidades Fisioterapia, Marcha, Equilíbrio. (Horse Assisted Therapy, Down Syndrome, Physiotherapy Modalities, Gait, Balance). Buscas secundárias foram realizadas nas listas de referências dos estudos analisados para complementar a busca. 

2.2 Critérios de Inclusão e Exclusão 

Foram incluídos estudos publicados nos últimos dez anos, nas línguas portuguesa e inglesa, com crianças com idade de um ano até os quinze anos de idade, independentemente do sexo, que utilizaram a equoterapia como tratamento principal e aplicado por fisioterapeutas. Foram excluídos artigos com títulos iguais, sem disponibilidade de texto em versão completa, artigos de estudos experimentas, estudos-piloto, pacientes que possuam outras patologias associadas e não relatam o tratamento da equoterapia como principal conduta, que não seja realizada por fisioterapeuta.

2.3 Estratégia de seleção 

Para selecionar os artigos, foi realizada uma triagem dos títulos relacionados ao tema da revisão, relacionada com os títulos que abordassem a aplicação da equoterapia em pacientes portadores de Síndrome de Down. Foram excluídos os títulos repetidos, já que foi realizada em diversas bases de dados, em seguida foi feita a leitura detalhada dos resumos dos artigos a fim de selecionar aqueles que abordassem exclusivamente o tema em questão. 

2.4 Análise de dados

Foram analisados de forma qualitativa por meio da leitura dos artigos selecionados, definindo assim as características em forma de tabela com a descrição das seguintes características: Autor do estudo, amostra aplicada, objetivo, desfecho e resultados dos estudos. 

3. RESULTADO

Foram identificados 100 artigos nas bases de dados já citadas. Desses, 95 foram excluídos por não se enquadrarem nos critérios préestabelecidos para esta revisão (Figura 1).  Logo restaram cinco artigos analisados na integra que compuseram este estudo, os quais são descritos na Tabela 1. 

Figura 1: Fluxograma de seleção dos artigos.

Pode-se analisar na (tabela 1) os estudos encontrados que compuseram o presente artigo, observando o nome do estudo, autor, amostra, objetivo. Já na (tabela 2) pode-se encontrar o desfecho analisado e resultados. Observa-se ainda que os estudos que aplicaram equoterapia como forma de tratamento.

Contanto há evidência científica de que a equoterapia seja um método eficaz.

Tabela 1: Características dos estudos analisados. 

Nome do Artigo/Autor Amostra Objetivo
Avaliação muscular eletromiográfica em pacientes com Síndrome de Down submetidos a equoterapia.
ESPINDULA et al, 2015.
11 indivíduos praticantes participaram, onde estes foram divididos em grupo controle e grupo de estudo.Verificar os efeitos da equoterapia na ativação muscular da região vertebral e abdominal de pacientes com Síndrome de Down. 
Aquisição da motricidade em crianças portadoras de Síndrome de Down que requerem fisioterapia ou praticam equoterapia.
TORQUATO et al, 2013.
33 indivíduos portadores de Síndrome de Down com idade entre 4 e 13 anos, de ambos os sexos, divididos em 2 grupos: Grupo 1 – equoterapia; Grupo 2 – fisioterapia em solo.Verificar a aquisição de marcos motores em crianças portadoras de Síndrome de Down que realizam a equoterapia ou fisioterapia convencional.
Resultados após fisioterapia incorporando equoterapia na função neuromotora e controle da bexiga em crianças com síndrome de Down: uma série de casos.
MORIELLO et al, 2019.
4 crianças de três a cinco anos com SD.Verificar a função motora  grossa, parâmetro da  marcha e o controle da  bexiga após   a equoterapia.
Efeito da equoterapia na coordenação motora global em indivíduos com Síndrome de Down.
COSTA et al, 2017.
41 crianças com SD, onde 20 praticavam equoterapia e 21 não.            Analisar os efeitos da equoterapia na coordenação motora global em indivíduos com SD, comparando com indivíduos portadores que não praticam.
Efeitos da equoterapia na postura de indivíduos com Síndrome de Down.
ESPINDULA et al, 2016.
Analise de 5 prontuários de pacientes com SD que realizavam equoterapia.  Avaliar a postura antes e após o tratamento com  equoterapia de indivíduos com SD.

Tabela 2: Características dos estudos analisados. 

 Desfecho Resultado
ESPINDULA et al, 2015.Foram realizadas 27 sessões com duração de 30 minutos. Os registros eletromiográficos foram realizados nas seguintes sessões: 1ª, 10ª, 20ª e 27ª.Percebeu-se que a equoterapia propiciou ativação muscular mais significativa no grupo controle quando comparada ao grupo de estudo que a partir da 10 sessão já sofreu acomodação na ativação muscular.
TORQUATO et al, 2013.Foi realizada apenas a avaliação uma vez através de questionário biopsicossocial, EDM e escala de força de Daniels. As atividades realizadas para avaliação, eram adequadas conforme a idade da criança. Analisou  as variáveis: aquisição marcos motores, equilíbrio estático, equilíbrio dinâmico, força muscular e tempo de tratamento.A equoterapia e a fisioterapia convencional, influenciam na aquisição de marcos motores em portadores da síndrome, mas que há melhora é mais evidente no grupo que realizou somente a terapia convencional.
MORIELLO et al, 2019.O tratamento teve a duração de 30 minutos e foi realizado de forma individualizada, sendo da seguinte forma: 
– Paciente 1: realizou 4 sessões uma vez por semana, durante 6 semanas.
– Paciente 2: realizou 3 sessões uma vez por semana, durante 6 semanas.
– Pacientes 3 e 4: realizaram 2 sessões uma vez na semana, durante 8 semanas.
O protocolo de tratamento foi igual para todos, sendo:
– Atividades para ajudar nas habilidades   vestibulares, proprioceptivas e sistema cinestésico.
Observaram melhorias na pontuação total da escala. O paciente 4 mostrou melhorias acima de 20% em parâmetros da marcha. Ao final do estudo, todos os pacientes evoluíram nas necessidades de estabilização da coluna vertebral.  Já no controle da bexiga houve resultados inconsistentes.   
COSTA et al, 2017.Foi utilizado o teste de Korper koordinations test fur Kinder, que é composto por quatro tarefas, sendo:
– Equilíbrio sobre traves;
– Salto monopodal;
– Salto lateral;
-Transferência        sobre plataforma para análise de coordenação motora para indivíduos.
Participaram do estudo 20 indivíduos que praticavam equoterapia e 21 que não praticavam.
Os indivíduos que praticam equoterapia apresentaram melhores resultados na coordenação motora global, comparados ao grupo controle. Observou-se diferença significativa (p<0,05) no GE.
ESPINDULA et al, 2016.Foram 27 sessões, sendo uma por semana, com duração de 30 minutos cada. Foi realizada em diferentes solos: 
Tempo 1: em pista de terra.
Tempo 2: na grama.
Tempo 3: em pista de cascalho polido.
Tempo 4: em pista de terra. Foi utilizada a marcha do cavalo.
Houve mudanças favoráveis no alinhamento postural, principalmente em ombro, cabeça, quadril e membros inferiores e diminuição da cifose e protusão da cabeça.  

4. DISCUSSÃO

O presente estudo identificou seis artigos que utilizaram o mesmo método de tratamento em pacientes com síndrome de Down, utilizando como recurso terapêutico a equoterapia. Segundo Campos et al, 2007, esse tratamento devido o movimento oscilatório e tridimensional do cavalo promove vários estímulos e melhorias psicológicas no geral do desenvolvimento desses pacientes. 

Espindula et al, 2016, avaliou a postura dos praticantes antes e após intervenção com a equoterapia e revelou mudanças positivas no alinhamento postural após o tratamento, contudo, o estudo tem limitações, como o pequeno número de participantes e a dificuldade em manter as crianças na posição correta durante a fotogrametria. Apesar dessas limitações, os resultados reforçam a hipótese de que a equoterapia pode ser uma intervenção promissora para melhorar o alinhamento postural em indivíduos com SD.

No estudo de Portaro et al, 2019, foi investigado se um protocolo de equoterapia, com diversas posições e atividades terapêuticas, influencia no equilíbrio e na marcha de 15 indivíduos com Síndrome de Down. Após, o tratamento indicou um melhor controle postural e menor oscilação. Além disso, a marcha melhorou devido à melhor coordenação multissensorial e percepção proprioceptiva, aumentando significativamente o comprimento e velocidade do passo. Assim, esse estudo comprova que a equoterapia contribui para o equilíbrio, a marcha, a socialização e o bem-estar emocional dos participantes. Chaves et al, 2018, demonstra ainda que para elucidar os efeitos da equoterapia em pacientes com SD, após um certo número de sessões, verificouse que promove ganhos motores importantes como a hipertonia e equilíbrio, há uma melhora significativa sobre o alinhamento corporal. Mas salientou que ainda não há muitos dados na literatura que conclua com certeza os benefícios e riscos desta prática terapêutica com cavalos. 

Campos et al, 2007, utilizou em seu estudo duas crianças com a Síndrome de Down. Os participantes foram avaliados em sessões semanais de equoterapia e os resultados foram satisfatórios. O estudo evidenciou que o cavalo, proporcionou às crianças melhora no comportamento motor e no repertório comportamental.

Costa et al, 2017, demonstrou através dos testes que crianças com Síndrome de Down que praticam equoterapia apresentam melhor coordenação motora em comparação com aquelas que não praticam, independentemente do sexo, porém alguns dados indicam que os meninos tiveram melhores resultados em tarefas específicas, como a barra de equilíbrio (MQ1). 

Meneguetti et al, 2009, verificou a influência da equoterapia no equilíbrio estático em uma criança com SD de 9 anos de idade, foram captadas imagens utilizando biofotogametria que serviu para verificar as oscilações do corpo em equilíbrio estático, no plano frontal e plano sagital nas condições com visão e sem visão, após 16 sessões, os graus de oscilações pré e pós intervenção apresentaram diminuição nos planos frontal e sagital. 

Espindula et al, 2015, em um estudo observou importantes benefícios de motricidade fina e global, equilíbrio, força muscular, tônus e fases da marcha comparando os resultados pré e pós a intervenção terapêutica da equoterapia após 27 sessões com duração de 30 minutos cada.

Torquato et al, 2013, compararam os efeitos do tratamento com equoterapia e fisioterapia em solo, mostra que, para estimular o desenvolvimento motor em crianças com Síndrome de Down, precisam de diversas experiências. A equoterapia é eficaz nesse sentido, pois ajusta o tônus muscular, melhora os movimentos e fornece informações proprioceptivas. Porém como a terapia em solo teve maior tempo de tratamento e um maior número de sessões por   semana, comparado ao grupo que realizava equoterapia. Porém, ressaltaram   para que ocorra o desenvolvimento motor é necessário as crianças passarem por experiências e erros para aperfeiçoar suas habilidades motoras, sendo assim a equoterapia obteve influência neste aspecto, pois promoveu, apesar de não tão eficaz, reações adaptativas e ajustes posturais mais rápidos que o grupo que realizou fisioterapia solo.

Cosmo et al, 2021 deixa explícito que a equoterapia traz inúmeros benefícios a qualidade da marcha destes pacientes, sendo que promove vários estímulos neuropsicomotores. Observou-se que o resultado desses estímulos recebidos pelo praticante gera melhora do controle postural e equilíbrio, fatores necessários para harmonia da marcha. 

Copetti et al, 2007, analisou o impacto da equoterapia nas variáveis angulares do tornozelo e joelho durante o ciclo da marcha em indivíduos com SD. Os resultados indicam que a intervenção com equoterapia trouxe melhorias significativas no comportamento angular, refletindo uma evolução positiva no controle motor e na coordenação durante a marcha.

Graup et al, 2006, observou após treze sessões de equoterapia, que o movimento que o cavalo realiza pode ser responsável por melhoras no equilíbrio e na estabilidade da marcha, como consequência dos ajustes posturais que são exigidos da criança praticante. 

Entre os seis estudos analisados, pode-se verificar que os pacientes realizaram a equoterapia tiveram melhora na qualidade na marcha, postura, equilíbrio e coordenação motora, decorrentes dos estímulos neuropsicomotores que são repassados através do movimento que o cavalo realiza ao ‘cavaleiro’ (Cosmo et al, 2021).

Com base no objetivo central deste estudo, que visa analisar a Equoterapia e seus impactos no desenvolvimento neuropsicomotor de crianças com Síndrome de Down, observou-se que o cavalo foi capaz de atender tanto às necessidades físicas quanto psicológicas de indivíduos com necessidades especiais.

Os resultados revelaram que em todos os trabalhos observados houve uma melhora significativa nos desenvolvimentos dos portadores de Síndrome de Down após a inicialização do processo de tratamento por meio da equoterapia.

É importante ressaltar que apesar de existirem muitos estudos sobre a temática abordada, observou-se dificuldade em encontrar novos artigos atualizados sobre a prática terapêutica com equoterapia, dificultando a execução e conclusão desse estudo.

5. CONCLUSÃO 

Pode-se compreender que há evidência científica de que a equoterapia seja um método eficaz, que resulta em efeitos positivos para melhoria da marcha dos pacientes com SD, pois proporciona uma variedade de estímulos neuropsicomotores.  Porém, com a escassez de estudos atuais sobre o tema, notou-se necessário a realização de mais pesquisas sobre o tema, para comprovação dos fatos.

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