PERFORMANCE OF TWO CROSPA LETTUCE CULTIVARS UNDER HYDROPONIC CULTIVATION
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ma10202411291310
Amanda Silva Marcelino1
Matheus Carvalho dos Santos1
Raimundo Filho Freire de Brito1
RESUMO: O objetivo deste trabalho foi avaliar a produção agronômica das cultivares (BRS Leila e BRS Mediterrânea) da alface (Lactuca sativa L.) crespa em sistema hidropônico com soluções nutritivas de acordo com as necessidades das cultivares. As mudas foram preparadas em bandejas adequadas para o plantio e foram transplantadas 20 dias após a semeadura para o leito definitivo do sistema hidropônico, a colheita foi realizada 25 dias após o transplantio. O experimento foi desenvolvido em ambiente protegido, na casa de vegetação do UNITPAC- Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos, situada no município de Araguaína-TO, onde foi instalada uma bancada compatível para o cultivo de 20 plantas, com 10 de cada cultivar (BRS Leila e BRS Mediterrânea). Avaliaram-se o número total de folhas por plantas e peso de cada planta. Observou-se diferença significativa apenas para o número de folhas por plantas.
Palavras-Chave: Lactuca sativa L., cultivo hidropônico, produção, ambiente protegido.
ABSTRACT: The objective of this work was to evaluate the agronomic production of cultivars (BRS Leila and BRS Mediterrânea) of curly lettuce (Lactuca sativa L.) in a hydroponic system with nutrient solutions according to the needs of the cultivars. The seedlings were prepared in trays suitable for planting and were transplanted 20 days after sowing into the definitive bed of the hydroponic system, harvesting was carried out 25 days after transplanting. The experiment was carried out in a protected environment, in the greenhouse of UNITPAC- Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos, located in the municipality of Araguaína-TO, where a compatible bench was installed for the cultivation of 20 plants, with 10 of each cultivar (BRS Leila and BRS Mediterrânea). The total number of leaves per plant and the weight of each plant were evaluated. A significant difference was observed only for the number of leaves per plant.
Keywords: Lactuca sativa L., hydroponic cultivation, production, protected environment
1. DESEMPENHO DE DUAS CULTIVARES DE ALFACE CRESPA SOB CULTIVO HIDROPÔNICO.
1.1 Introdução.
A hidroponia, termo originado de duas palavras gregas, “hidro” (água) e “ponia” (trabalho), é uma técnica que, de acordo com Furlani (1998), tem apresentado rápido crescimento como método de produção vegetal, especialmente no cultivo protegido de hortaliças. A hidroponia, técnica na qual o solo é substituído por uma solução nutritiva contendo os elementos essenciais de forma equilibrada, surgiu como uma alternativa para reduzir os danos causados por doenças do solo. No Brasil, a alface é a espécie mais cultivada em sistemas hidropônicos, especialmente nas regiões metropolitanas. A produção e o consumo de alface obtido pela técnica do fluxo laminar de solução têm aumentado consideravelmente, devido ao seu melhor aspecto visual, à sua maior durabilidade e à facilidade na limpeza. Com a grande vantagem de permitir o controle ambiental, a hidroponia possibilita a produção em períodos de clima desfavorável ao cultivo.
No entanto, essa técnica exige maior especialização em comparação ao cultivo em campo aberto, onde falhas na formulação da solução nutritiva ou no manejo de pragas e doenças podem resultar em perdas significativas. Embora livre de alguns patógenos do solo, os sistemas hidropônicos estão sujeitos a fatores que tornam as doenças mais prejudiciais, especialmente em países de clima tropical.
Entre esses fatores, destacam-se: a facilidade de disseminação dos patógenos através da solução nutritiva, o maior adensamento das plantas, o que favorece o contato entre tecidos saudáveis e doentes, e a temperatura e umidade constantes, ideais para a infecção e colonização dos patógenos mais agressivos.
Portanto, os sistemas hidropônicos exigem cuidados rigorosos, especialmente em relação à limpeza e desinfecção completa do sistema ao final de cada ciclo de cultivo.
A solução nutritiva desempenha um papel essencial para o sucesso da hidroponia. Fatores como a temperatura nos tanques de solução e nos perfis hidropônicos exigem um manejo adequado. Em climas tropicais, a condutividade elétrica ideal situa-se entre 2,0 e 2,5 milisiemens, podendo diminuir para 1,5 no caso da alface, mas não deve ultrapassar 3,5 ou 4,0, como ocorre com o tomate (Staff, 1998).
Conforme Furlani et al. (1999), a condutividade elétrica recomendada para o cultivo de alface crespa ou americana no sistema hidropônico está entre 1,8 e 2,0 mS. Para as variedades lisa ou manteiga, os valores adequados variam de 1,4 a 1,6 mS.
O pH ideal para o cultivo de alface está na faixa de 5,5 a 6,5. No entanto, de acordo com Furlani et al. (1999), a planta pode tolerar variações de pH entre 4,5 e 7,5 sem que isso prejudique seu crescimento.
O cultivo hidropônico apresenta um grande potencial, graças a uma série de benefícios que oferece em comparação ao cultivo tradicional no campo e até mesmo ao cultivo protegido no solo. Assim como o uso de áreas reduzidas permite a obtenção de altas produtividades, possibilita o plantio ao longo de todo o ano, os produtos são de alta qualidade com preços competitivos no mercado, requer um uso mínimo de pesticidas agrícolas, permite o uso eficaz e econômico de água e adubos.
O consumidor de hortaliças exige cada vez mais quantidade, qualidade e fornecimento contínuo desses produtos. Em resposta, o cultivo protegido e hidropônico têm ganhado espaço, oferecendo alternativas produtivas ao cultivo tradicional. A alface (Lactuca sativa L.) é a hortaliça hidropônica mais popular, graças ao seu pioneirismo e ao fácil manejo, além do ciclo curto, que permite retorno financeiro mais rápido. Esse cultivo é realizado em grande escala pelo sistema NFT, devido à sua adaptação, alta produtividade e redução do ciclo em comparação ao cultivo no solo.
1.2. Justificativa.
O estudo de sistemas hidropônicos para o cultivo de alface se justifica pela crescente demanda por métodos agrícolas sustentáveis e eficientes. A hidroponia, que substitui o solo por uma solução nutritiva balanceada, apresenta vantagens como a economia de água, maior controle ambiental e possibilidade de cultivo em espaços limitados, fatores essenciais em um cenário de aumento populacional e escassez de recursos naturais (FURLANI et al., 1999).
No Brasil, a alface é a hortaliça folhosa mais consumida, com destaque para seu cultivo hidropônico nas regiões metropolitanas. Essa prática atende à demanda por alimentos de alta qualidade, livres de agrotóxicos, e permite a produção durante todo o ano, inclusive em períodos de clima desfavorável (STAFF, 1998). Além disso, o uso da hidroponia reduz a incidência de doenças de solo, promovendo maior produtividade e reduzindo perdas (FURLANI et al., 1999).
A pesquisa sobre hidroponia de alface também contribui para o avanço de práticas agrícolas tecnológicas e ambientalmente responsáveis, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, que incluem a garantia de segurança alimentar e a promoção de práticas agrícolas sustentáveis. Por sua capacidade de mitigar impactos ambientais e aumentar a eficiência na produção, o sistema hidropônico de alface se apresenta como uma solução viável e de relevância acadêmica e prática.
Portanto, estudar esse sistema permite não apenas otimizar o cultivo da alface, mas também criar subsídios para a expansão de tecnologias agrícolas sustentáveis no Brasil e em outros países de clima tropical.
1.3. Objetivo.
Avaliar o desenvolvimento das cultivares de alface crespa Leila e Mediterrânea no cultivo hidropônico, verificando se houve uma diferença significativa entre as cultivares em relação a peso e número de folhas entre elas, esse experimento foi realizado na casa de vegetação do UNITPAC- Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos em Araguaína-TO.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Cultura da Alface.
A alface (Lactuca sativa L.), pertencente à família das asteráceas, é uma planta olerícola, tradicionalmente cultivada em quase todo o território nacional. Altamente suscetível às variações adversas de temperatura, umidade e, sobretudo, às chuvas, o cultivo em hidroponia, realizado em estufas, oferece maior estabilidade produtiva e acelera o ciclo de desenvolvimento.
A alface é uma planta de ciclo anual, apresentando floração em condições de dias longos e temperaturas altas. Por outro lado, dias mais curtos e temperaturas moderadas ou baixas favorecem a fase vegetativa do seu desenvolvimento (Filgueira, 2000). Em relação ao valor nutricional, a alface é rica em Beta Caroteno, substância que se converte em vitamina A no organismo, além de oferecer quantidades consideráveis de vitaminas do complexo B, cálcio e ferro (Filgueira, 1982).
No Brasil, as variedades de alface mais populares e consumidas são as de folhas crespas e lisas, algumas das quais foram aprimoradas para o cultivo durante o verão ou ajustadas para condições de regiões tropicais, caracterizadas por altas temperaturas e níveis elevados de chuvas.
As variedades de alface disponíveis no mercado brasileiro de sementes atualmente podem ser classificadas em cinco principais grupos morfológicos, de acordo com a formação da cabeça e o tipo de folhas:
Repolhuda Lisa: possui folhas suaves, delicadas e macias, com nervuras discretas e uma aparência brilhante, semelhante à textura de “manteiga”, formando uma cabeça típica e compacta.
Exemplos de cultivares: ‘Áurea’, ‘Aurélia’, ‘Aurora’, ‘Babá de Verão’, ‘Boston Branca’, ‘Brasil 202’, ‘Brasil 303’, ‘Carla’, ‘Glória’, ‘Kagraner de Verão’, ‘Karina’, ‘Lívia’, ‘Luisa’, ‘Marina’, ‘Maravilha de Inverno’.
Repolhuda Crespa ou Americana: caracterizada por folhas onduladas, firmes e crocantes, com uma cabeça ampla e altamente compacta. Entre as cultivares destacam-se: ‘América Delícia’, ‘Bounty Empire’, ‘Crespa Repolhuda’, ‘Grandes Lagos’, ‘Great Lakes’, ‘Great Lakes 659-700’, ‘Hanson’, ‘Iara’, ‘Lorca’ e ‘Lucy Brown’.
Solta Lisa: apresenta folhas lisas e livres, relativamente delicadas, sem formar uma cabeça densa. Entre as cultivares estão: ‘Babá’, ‘Babá de Verão’, ‘Monalisa AG 819’, ‘Regina’, ‘Regina 71’, ‘Regina 440’, ‘Regina 579’, ‘Regina de Verão’ e ‘Vitória de Verão’.
Solta Crespa: apresenta folhas grandes e onduladas, com textura macia, porém firme, sem formar uma cabeça; pode exibir coloração verde ou roxa. Entre as cultivares estão: ‘Brisa’, ‘Elba’, ‘Grand Rapids’, ‘Grand Rapids Nacional’, ‘Grande Rápida’, ‘Hortência’, ‘Itapuã 401’, ‘Marianne’, ‘Marisa AG 216’, ‘Mimosa (Salad Bowl)’ ‘Leila’, ‘Mediterrânea’, ‘Vanessa’, ‘Verônica’, ‘Vera (AF-470)’.
Solta Crespa Roxa: ‘Maravilha Quatro Estações’, ‘Mimosa Vermelha’, ‘Quatro Estações’, ‘Rossimo’, ‘Salad Bowl Roxa’, ‘Veneza Roxa’, ‘Vermelha Ruby’.
2.2. Principais doenças na alface.
As doenças que atingem a parte aérea das plantas podem prejudicar gravemente a área foliar, comprometendo a aparência e reduzindo o valor comercial da alface.
2.2.1 Cercosporiose.
Os sintomas manifestam-se principalmente nas folhas mais antigas, apresentando-se como manchas de formato circular ou oval, com coloração marrom, centro mais claro e, ocasionalmente, rodeadas por um halo amarelo. A cercosporiose é favorecida por condições de alta umidade e temperaturas próximas a 25°C, sendo mais frequente em variedades dos grupos Lisa e Americana.
2.2.2 Míldio.
O míldio é uma das principais ameaças ao cultivo da alface, com potencial para causar perdas superiores a 80%. Os primeiros sinais da doença incluem manchas foliares de coloração verde-clara ou amarela, com aspecto úmido e tamanhos variados. Essas manchas têm formato angular, delimitado pelas nervuras, e, à medida que evoluem, tornam-se necrosadas, de coloração parda, com a formação de um revestimento branco na face inferior das folhas. Casos graves resultam em intensa queda de folhas nas plantas.
Essa doença pode ocorrer em qualquer etapa do ciclo da cultura e em diferentes sistemas de cultivo. Logo após a germinação, pode infectar os cotilédones das plântulas, levando à sua morte. Na fase de mudas, afeta principalmente as folhas inferiores, com sintomas semelhantes aos já descritos.
O desenvolvimento do míldio é favorecido por alta umidade (como em situações de chuva fina, orvalho ou névoa) e temperaturas entre 12 e 22°C. Uma vez instalada, a doença se espalha rapidamente pela ação de ventos, respingos de água e presença de água livre, proveniente de chuvas ou irrigação.
2.2.3 Podridão negra, murchadeira.
A podridão negra é frequentemente confundida com problemas fisiológicos decorrentes de falta ou excesso de água, desequilíbrios na adubação e condições extremas de frio ou calor. Essa doença afeta tanto cultivos em campo quanto sistemas hidropônicos, sendo uma preocupação relevante para os produtores.
As plantas infectadas apresentam crescimento limitado, murcham durante as horas mais quentes do dia e exibem raízes escurecidas e parcialmente destruídas. Em resposta, a planta tenta produzir novas raízes para se recuperar. Em plântulas, a doença pode causar o tombamento, conhecido como “damping off” (Smith et al., 2020).
O agente causador da podridão negra é facilmente disseminado por meio de mudas, substrato, solo, ferramentas contaminadas e pela água de chuva ou irrigação (Johnson & Brown, 2018). Além de alface, Thielaviopsis basicola afeta mais de 100 espécies vegetais de 33 famílias diferentes, incluindo folhosas como rúcula, almeirão e chicória (Silva et al., 2019).
A doença é favorecida por temperaturas entre 23 e 30°C e por condições de alta umidade no solo, o que a torna comum em ambientes mal drenados ou em sistemas de irrigação inadequados (Torres & Almeida, 2021).
2.2.4 Septoriose
A doença começa com pequenas manchas cloróticas e irregulares nas folhas inferiores. À medida que evoluem, essas manchas tornam-se necróticas, de coloração pardo-escura, com um halo amarelado ao redor, podendo se espalhar por toda a área foliar. Em casos graves, os ataques são marcados por intensa queda de folhas, presença de lesões escuras nas hastes florais e falhas na formação das sementes. A septoriose é favorecida por períodos de alta umidade e temperaturas amenas, variando de 18 a 25°C. A disseminação de S. lactucae ocorre principalmente por meio de sementes contaminadas, mudas infectadas e respingos de água da chuva ou irrigação.
3. MATERIAIS E MÉTODO.
O experimento foi instalado na casa de vegetação localizada no campus da universidade UNITPAC- Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos, no município de Araguaína-TO, , com altitude de 277m, Latitude: 7° 11′ 31” Sul, Longitude: 48° 12′ 28” Oeste e temperatura média de 26.4 °C, no período entre setembro de 2024 até novembro de 2024, em uma bancadas com 1,50m de comprimento cada perfil, utilizando quatro perfis médios de polipropileno 50mm para cultivo hidropônico, com espaçamento de 25cm entre canais e 20cm entre orifícios. A bancada foi abastecida por um reservatório de 20L na qual estava conectada em uma bomba submersa modelo BS-280, potência de 4W. Utilizamos mais 2 reservatórios cada um de 20L, um com água e outro com a solução nutritiva para regular a condutividade elétrica e o PH da água.
Na casa de vegetação foi instalado o leito definitivo, o reservatório, o conjunto moto-bomba e o temporizador programado para permanecer ligado a intervalos de vinte minutos durante o dia (6:00 às 18:00 horas) e à noite (18:00 às 6:00 horas) vinte minutos ligado e duas horas desligado. As mudas de alface foram produzidas em bandejas adequadas para o plantio em substrato comercial e permaneceram 20 dias e logo após foram transplantadas para o leito definitivo, as mudas tiveram suas raízes lavadas, para retirada do torrão de substrato, e foram transplantadas para a bancada definitiva, onde permaneceram por mais 25 dias até a colheita.
A solução nutritiva para o reservatório de 20L foi preparada com a seguinte formulação, 500ml de Duomix A, sua composição é constituída por:
Cálcio (Ca), Boro (B), Colbato (Co), Cobre (Cu), Ferro (Fe), Molibdênio (Mo) e Zinco (Zn), usamos também 500ml Duomix B que contém em sua formulação: Magnésio (Mg), Enxofre (S), Boro (B), Colbato (Co), Cobre (Cu), Ferro (Fe), Manganês (Mn), Molibdênio (Mo) e Zinco (Zn), essa solução nutritiva foi trocada a cada semana desde o transplantio até a colheita. O pH da solução foi monitorado com peagâmetro mantendo-se entre 5,5 e 6,5, foi utilizado um medidor de condutividade onde se estabeleceu 1,9mS/cm.
O experimento foi colhido 25 dias após a permanência das plantas no leito definitivo, totalizando 45 dias da semeadura à colheita. Os parâmetros avaliados foram peso e número médio de folhas por planta.
4. RESULTADOS ESPERADOS.
Não foi observada diferença estatisticamente significativa entre as cultivares quanto ao peso médio, sendo a diferença registrada apenas no número médio de folhas por planta (Tabela 1).
Tabela 1. Peso médio e número de folhas por plantas de duas cultivares de alfaces, produzidas em sistema hidropônico.
A cultivar BRS Mediterrânea crespa apresentou um peso médio de 199,4 g e uma média de 20,33 folhas por planta, enquanto a cultivar BRS Leila obteve um peso médio de 189,6 g e 14,67 folhas por planta. Observa-se que a cv. BRS Mediterrânea teve um desempenho superior em relação à cv. BRS Leila, a diferença no peso e o número de folhas por plantas das alfaces crespa cultivada em hidroponia pode ser ocasionada por diversos fatores, que influenciam diretamente o crescimento e o desenvolvimento das plantas, um dos fatores notados é que cada variedade possui características genéticas específicas que determinam seu potencial de crescimento, a cv. Mediterrânea é uma espécie mais resistente e adaptada a regiões de clima ameno, onde a temperatura é mais elevada que é o caso da cidade onde o experimento foi realizado.
Apesar dessa diferença, ambas as cultivares estão dentro dos padrões esperados para as alfaces cultivadas em hidroponia.
Vale destacar que este estudo não tem como objetivo recomendar a melhor cultivar para o plantio, uma vez que os produtores devem levar em conta as preferências do mercado. Ainda assim, as duas cultivares avaliadas apresentaram respostas satisfatórias às condições de cultivo testadas.
5. CONCLUSÃO.
Com base nos resultados alcançados neste estudo, conclui-se que:
As cultivares Leila e Mediterrânea tiveram desempenhos semelhantes, evidenciando boa performance agronômica. Contudo, a cv. BRS Leila sobressaiu-se por apresentar maior quantidade de folhas por planta, o que, por sua vez, pode resultar em um rendimento superior em relação à massa de matéria fresca.
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1Acadêmicos do Curso de Agronomia do Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos – UNITPAC; Av. Filadélfia, 568; Setor Oeste; CEP: 77.816-540; Araguaína – TO.
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