REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102411181107
Profa. Me. Sabrina do Socorro Marques de Araujo de Almeida1
Ana Carolina Machado Reis2
Mayra Naiara Sozinho da Costa3
Michelle portal da Silva Silva4
Roseli Silva Santos5
Willamy Breno da Costa Cardoso Ferreira6
Izabelly Pereira de Moraes7
Amanda Kzam Rezende Soares8
Delma do socorro santos Moraes9
Jéssica Tavares e silva da Conceição10
Alice Ferreira Teixeira11
Rafaela Pinheiro Rodrigues12
Rosy Meiry Dornelas Barradas13
josinete Brito da costa Rodrigues14
Lucileide dos Santos Botelho15
1. INTRODUÇÃO
APRESENTAÇÃO DO TEMA
O processo de envelhecimento populacional é um fenômeno mundial, sendo atualmente mais expressivo e impactante em países em desenvolvimento. No Brasil, o crescimento da população idosa é resultado de variáveis demográficas, bem como, das alterações sociais e culturais ocorridas, sendo estes causa e consequência desse aumento. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 40 anos a população idosa vai triplicar no País e passará de 19,6 milhões (10% da população brasileira), em 2010, para 66,5 milhões de pessoas, em 2050 (29,3%)(Ramos et al;2019).
O crescente envelhecimento vem sendo pauta de gestores, profissionais, acadêmicos e formuladores das políticas públicas com o objetivo de garantir meios para que a velhice seja bem assistida e cuidada. No âmbito da atenção gerontológica, torna-se necessário planejar e implantar serviços resolutivos e de qualidade que ofereçam respostas sociais aos desafios impostos pelo aumento de idosos longevos, com limitações funcionais, doenças crônicas não transmissíveis(DCNT), maior risco de fragilização e desfechos adversos em saúde (Aguiar;Silva,2022).
A diminuição das taxas de mortalidade é uma conquista da humanidade. As explicações para essa inversão são as melhorias do padrão de vida da população e o desenvolvimento das forças produtivas, as contribuições da inovação médica, os programas de saúde pública, o acesso ao saneamento básico e a melhoria da higiene pessoa (Bacelar et al;2019).
O Sistema Único de Saúde (SUS), garante à atenção integral a saúde de todas as pessoas, visando requerer a autonomia e a independência dessa faixa etária, não exclusivamente na prevenção e controle de agravos, mas também sua saúde por completo: mental, física, social e funcional, propiciando, assim sua autonomia. O Enfermeiro é o condutor da equipe de Enfermagem, e está alicerçado pela qualidade da assistência e segurança do paciente, com as habilidades necessárias, que essa demanda de saúde requer, a fim de garantir o bem-estar e qualidade de vida dos idosos (Souza et al;2019).
A depressão é uma doença psiquiátrica crônica e recorrente, caracterizada por um estado de ânimo irritável e falta de motivação, além de uma diminuição do comportamento adaptativo. Os sintomas incluem alterações no apetite, sono, atividade motora e fadiga, especialmente pela manhã. Baixa autoestima, sentimentos de culpa, dificuldade de concentração, indecisão, pensamentos suicidas e tentativas de suicídio também são comuns. Os transtornos depressivos estão entre as principais causas de ônus de saúde em todo o mundo (Oliveira et al., 2019).
A depressão pode afetar os individuos em qualquer fase da vida e, embora a incidência seja mais alta nas idades médias, também está crescendo durante a adolescência e o início da fase adulta. Os transtornos depressivos variam em níveis de gravidade, desde formas leves até casos muito graves. Eles podem ocorrer esporadicamente, mas também podem ser recorrentes ou crônicos. Além disso, as mulheres são mais vulneráveis aos estados depressivos devido às flutuações hormonais, especialmente durante o período fértil. Nos Estados Unidos, cerca de 70% das prescrições de antidepressivos são destinadas ao sexo feminino (Oliveira et al., 2019).
É bastante reduzido o diagnóstico de depressão em idosos, estima-se que 50% dos idosos depressivos não são diagnosticados pelos profissionais de saúde, que exercem atividade na atenção primária, devido os sintomas serem semelhantes ao processo natural do envelhecimento. Algumas desses sintomas são, queixas físicas com fadiga, sono, falta de apetite e indisposição que podem ser confundidos pelo desafio adaptativo do envelhecimento (Ramos et al;2019).
Na sociedade, o número de idosos com depressão é comum, recorrente e frequentemente subdiagnosticada e sub-tratada, principalmente ao nível dos cuidados de saúde primária. As consequências na saúde pública do sub- tratamento da depressão no idoso aumentarão, dado o envelhecimento crescente da população (Sousa et al;2019).
Diante disse o presente trabalho vem trazer a importância da assistência ao diagnóstico de Depressão em idosos.
O presente estudo justifica-se pela crescente vulnerabilidade dos idosos ao desenvolvimento de depressão, uma condição que muitas vezes passa despercebida. A população idosa enfrenta diversos desafios, como o isolamento social e a perda de autonomia, que podem agravar o quadro emocional. Adicionalmente, a presença de doenças crônicas torna essa faixa etária ainda mais suscetível a distúrbios mentais. Assim, entender as particularidades da depressão em idosos é essencial para melhorar o diagnóstico e o tratamento dessa condição frequentemente negligenciada.
Além disso, a assistência de enfermagem desempenha um papel crucial na identificação precoce da depressão em idosos. Os enfermeiros são profissionais que mantêm contato constante com os pacientes, permitindo uma observação mais atenta do estado emocional e comportamental. Essa proximidade favorece a identificação de sinais e sintomas que podem passar despercebidos em consultas médicas tradicionais. Dessa forma, a atuação do enfermeiro não se restringe ao cuidado físico, mas se estende à avaliação contínua da saúde mental, possibilitando intervenções mais eficazes.
A importância do diagnóstico precoce não pode ser subestimada, pois ele é fundamental para a implementação de estratégias de manejo que visem à melhoria da qualidade de vida do idoso. A detecção rápida da depressão permite que medidas adequadas sejam tomadas, evitando o agravamento da condição e promovendo uma abordagem mais holística ao cuidado. A assistência de enfermagem, portanto, torna-se um pilar na prevenção e no tratamento da depressão, refletindo diretamente na saúde mental e no bem-estar do paciente.
Por fim, este estudo é necessário para enfatizar a relevância da assistência de enfermagem na identificação e manejo da depressão entre os idosos. Ao contribuir com conhecimentos que reforçam as práticas de cuidado, buscamos melhorar a qualidade dos serviços prestados e, consequentemente, a vida dos pacientes. O desenvolvimento de protocolos e capacitações para os profissionais de enfermagem pode ser uma estratégia eficaz para lidar com essa questão. Portanto, a pesquisa e a reflexão sobre a atuação da enfermagem são fundamentais para avançar na promoção da saúde mental dos idosos, beneficiando toda a sociedade.
2.1 PROBLEMÁTICA
O transtorno depressivo vem sendo observado com mais frequência na população idosa, o que é preocupante, uma vez que impacta na qualidade de vida e capacidade funcional, além de aumentar o risco de morbimortalidade. A vulnerabilidade dessa faixa etária os expõe ao surgimento de problemáticas, que podem influenciar na sua saúde mental. Nesse sentido, é importante que a doença seja investigada rotineiramente por profissionais de saúde, tendo em vista a possibilidade de tratamento e controle dos sintomas (Fernandes;Rodrigues,2022).
2.2 QUESTÃO NORTEADORA
Quais são as principais estratégias de avaliação e manejo da depressão em idosos utilizadas pela enfermagem, e como elas impactam a qualidade de vida dessa população?
3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 ATENÇÃO Á SAÚDE DO IDOSO
O envelhecimento distingue-se como um conjunto de alterações morfológicas, fisiológicas, bioquímicas e psicológicas que depende, na sua maior parte, da história de vida, de comportamentos, da adaptação ao meio ambiente e, por fim, de questões genéticas. O envelhecimento apresenta características individuais e coletivas, em seus aspectos físicos, cognitivos, psicológicos e sociais do ser humano. Ser ativo e participativo após os 60 anos de idade, de acordo com as próprias limitações e potencialidades, além de ser considerado uma conquista da sociedade, é um direito que deve ser garantido a todos os cidadãos (Silva et al;2021).
O envelhecimento populacional é um dos maiores acontecimentos da sociedade moderna. Em função da queda da fecundidade e da mortalidade, e do consequente aumento da expectativa de vida, praticamente todas as regiões do globo, incluindo o Brasil, têm experimentado o crescimento gradual da população de idosos. Estima-se que em 2050 cerca de 1,5 bilhão de pessoas no mundo terão 65 anos ou mais, correspondendo a aproximadamente 16% da população (Cardoso;Ayres,2021).
Para que a pessoa idosa possa levar uma vida com independência e autonomia, é imprescindível a organização da capacidade funcional. Esta pode ser conceituada como a manutenção da capacidade de realizar Atividades Básicas da Vida Diária (ABVD) e Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD)( Silva et al;2021).
Conseguir realizar as ABVD, para a pessoa idosa, significa algo cotidiano e indispensável para a sua sobrevivência, mantendo-a envolvida na execução dos afazeres domésticos e no gerenciamento dos cuidados com a própria saúde .O objetivo da promoção da saúde no idoso precisa ser direcionado ao bom funcionamento físico, mental e social, bem como à prevenção de doenças e incapacidades ( Silva et al;2021).
Estudos direcionados para a percepção do envelhecimento tornam-se fundamentais para a adoção e criação de estratégias e para o planejamento de novas políticas públicas, que atentem para a qualidade de vida das pessoas da sociedade de modo geral. Compreendendo que a qualidade de vida das pessoas encontra-se inerente a vários fatores, dentre eles a saúde. Idosos com perspectivas negativas sobre a própria saúde tendem a sofrer com patologias e sintomas álgicos, além de desconforto e mal- estar. Essa sintomatologia está relacionada com fatores sociais, culturais, psicológicos e ambientais (Viana et al;2019).
Compreender o processo de envelhecimento é crucial para atender às necessidades específicas de saúde decorrentes do aumento na frequência e gravidade de problemas, especialmente os crônicos, que persistem ao longo da vida do indivíduo. Além disso, a população idosa tende a perder sua autonomia de cuidado. Portanto, o aumento da proporção de idosos em todo o mundo apresenta diversos desafios para a sociedade em geral e o sistema de saúde em particular (Torres et al., 2020). Como resultado, várias estratégias têm sido desenvolvidas com o objetivo de melhor atender à população de idosos, inclusive no Brasil. Compreender a evolução dessas políticas é fundamental para garantir a integralidade do cuidado, atendendo a todas as demandas do sistema de forma acolhedora e capaz de fornecer respostas adequadas e resolutivas (Torres et al., 2020).
Antes da promulgação da Constituição Federal em 1988, as ações governamentais tinham um caráter caritativo e visavam à proteção de idosos. A partir desse marco, o direito universal à saúde foi conquistado pela sociedade e reafirmado com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecido pela Lei Orgânica da Saúde nº 8.080/90. Assim, a família, a sociedade e o Estado têm a responsabilidade de amparar os idosos, garantindo sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar, e assegurando-lhes o direito à vida. A compreensão desse direito está fundamentada nos princípios organizativos do SUS, que também são reforçados pela Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990. Essa lei trata da participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde e das transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área de saúde (Campos et al., 2019).
Após a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), uma das primeiras iniciativas específicas voltadas para os idosos foi a implementação da Política Nacional do Idoso (PNI) em 1994, regulamentada pela Lei nº 8.842 e pelo Decreto nº 1.948 de 3 de julho de 1996. A PNI tinha como objetivo garantir os direitos sociais dos idosos por meio de ações governamentais em diversos setores, criando condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade. Além disso, a PNI reforçava o direito à saúde dessa população nos diferentes níveis de atendimento do SUS (Caldas et al., 2019).
Em consonância com essas diretrizes, o Brasil aprovou, em 2003, o Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003), elaborado com a ativa participação de entidades que defendem os interesses dos idosos. O Estatuto do Idoso ampliou a resposta do Estado e da sociedade às necessidades da população idosa, embora não tenha fornecido clareza quanto aos meios para financiar as ações propostas. O Pacto pela Saúde colocou a atenção à saúde do idoso como prioridade máxima e estabeleceu a implantação da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI), regulamentada pela Portaria MS/GM nº 2.528/2006. Essa nova política, com diretrizes semelhantes às do Pacto pela Saúde, teve como objetivo central a atenção integral ao idoso (Torres et al,2020).
A Política Nacional da Pessoa Idosa(PNSPI) foi implementada no Brasil após a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) e a aprovação do Estatuto do Idoso em 2003. A PNSPI, regulamentada pela Portaria MS/GM nº 2.528/2006, tem como objetivo central a atenção integral ao idoso, alinhando-se aos princípios da atenção à saúde dessa população. As diretrizes da PNSPI incluem a promoção do envelhecimento ativo e saudável, a atenção integral e integrada à saúde do idoso, o estímulo às ações intersetoriais para garantir a integralidade da assistência, a provisão de recursos para assegurar a qualidade do cuidado, o fortalecimento do controle social, a formação contínua dos profissionais de saúde, a disseminação de informações sobre a política, a promoção de cooperação nacional e internacional, e o apoio à pesquisa na área de saúde do idoso (Torres et al., 2020).
A avaliação da qualidade de vida de idosos envolve compreender como eles vivem e ter informações, que permitam avaliar seu nível de satisfação de acordo com suas necessidades e as melhorias, que eles podem necessitar para manter um nível adequado de qualidade. Estudos recentes analisaram a qualidade de vida de idosos em relação ao comportamento, prescrição de medicamentos, problemas de saúde e em termos sociais.
O idoso tem particularidades bem conhecidas – mais doenças crônicas e fragilidades, mais custos, menos recursos sociais e financeiros. Envelhecer, ainda que sem doenças crônicas, envolve alguma perda funcional. Com tantas situações adversas, o cuidado do idoso deve ser estruturada de forma diferente a realizada para o adulto mais jovem. A atual prestação de serviços de saúde fragmenta a atenção ao idoso, com multiplicação de consultas de especialistas, informação não compartilhada, inúmeros fármacos, exames clínicos e imagens, entre outros procedimentos (Veras;Oliveira,2018).
Estudos evidenciam que a atenção deve ser organizada de maneira integrada, e os cuidados precisam ser coordenados ao longo do percurso assistencial, numa lógica de rede desde a entrada no sistema até os cuidados ao fim da vida. Os adequados modelos de atenção à saúde para idosos, portanto, são aqueles que apresentam uma proposta de linha de cuidados, com foco em ações de educação, promoção da saúde, prevenção de doenças evitáveis, postergação de moléstias, cuidado precoce e reabilitação (Veras;Oliveira,2018).
O envelhecimento ativo é um processo que envolve a prevenção e o controle de doenças, autocuidado com a saúde (alimentação equilibrada, atividade física, sono, evitar fumo e álcool), manutenção da atividade de produtividade e participação social, exercício da memória e definição de objetivos e metas no percurso da vida. E o termo “envelhecimento ativo” foi adotado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no final dos anos 90. A OMS procurou transmitir uma mensagem mais abrangente do que “envelhecimento ativo” e reconhecer, além dos cuidados com a saúde, outros fatores que afetam o modo como os indivíduos e as populações envelhecem (Almeida et al;2021).
3.2 DEPRESSÃO E FATORES DE RISCO
A depressão é a principal causa de incapacidade no mundo, sendo um transtorno mental muito frequente que, segundo a Organização Mundial da Saúde(OMS) atinge mais de 264 milhões de pessoas no mundo. Morrem, a cada ano, aproximadamente 800 mil pessoas por suicídio atribuído à depressão, sendo essa a segunda maior causa de morte de pessoas com idades entre 15 e 29 anos. Os problemas de saúde mental já são considerados as doenças do século 21, com destaque para a depressão, que poderá ser a doença mais comum do mundo até 2030, segundo a OMS (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚD;2021).
No Brasil, a Rede de Cuidados em Saúde Mental, Crack, Álcool e outras Drogas foi pactuada em julho de 2011, como parte das discussões de implantação do Decreto nº 7508, de 28 de junho de 2011, e prevê, a partir da Política Nacional de Saúde Mental, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), os Serviços Residenciais Terapêuticos, os Centros de Convivência e Cultura, as Unidades de Acolhimento e os leitos de atenção integral em Hospitais Gerais. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, a incidência de doenças mentais na população é de 23 milhões de brasileiros (12% da população necessita de algum atendimento em saúde mental); pelo menos 5 milhões de brasileiros (3% da população) sofrem com transtornos mentais graves e persistentes (Vizzoto et al;2021).
No Relatório sobre Saúde no Mundo da OMS (2001), em sua abordagem sobre os transtornos depressivos, passa a relatar que a Depressão se caracteriza por tristeza, perda de interesse em atividades e diminuição da energia. Com relação aos sintomas presentes estão a perda de confiança e autoestima, o sentimento injustificado de culpa, ideias de morte e suicídio, diminuição da concentração e perturbações do sono e do apetite. Podem estar presentes também diversos sintomas somáticos. A depressão foi descrita e definida pela American Psychiatric Association como transtorno de humor que envolve um grupo heterogêneo de sintomas: humor deprimido, interesse ou prazer acentuadamente diminuído, perda ou ganho significativo de peso, insônia ou hipersonia, agitação ou retardo psicomotor, fadiga ou perda de energia, sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada, capacidade diminuída de pensar e pensamentos de mortes recorrentes (Paiva et al;2021).
As apresentações são principalmente de humor depressivo: sensação de tristeza, autodesvalorização e sentimento de culpa; retardo motor, falta de energia, preguiça ou cansaço excessivo, lentificação do pensamento, falta de concentração, queixas de falta de memória, de vontade e de iniciativa; insônia ou sonolência, com destaque à segunda que associa-se com mais frequência à depressão chamada atípica; apetite: geralmente diminuído, podendo ocorrer em algumas formas de depressão aumento do apetite, com maior interesse por carboidratos e doces; redução do interesse sexual; e dores e sintomas físicos difusos como mal estar, cansaço, queixas digestivas, dor no peito, taquicardia, sudorese(Calixto;Paglia;Silva,2023).
O envelhecimento possui diversas facetas, dentre as quais está o processo patológico mental, este que contribui com a piora na qualidade de vida, funcionamento fisiológico e bem-estar orgânico e psicológico dos envolvidos. A depressão, englobante desse nicho, é extremamente prevalente na geriatria, afetando, principalmente, idosos com idade superior a 65 anos (Paglia;Calixto;Silva,2023).
Os fatores de risco já conhecidos para a ocorrência da depressão incluem o sexo feminino, a idade avançada, a cognição e a capacidade física reduzidas (nível de funcionamento do indivíduo),a capacidade de enfrentamento e o luto. Com esses presentes, a qualidade de vida cai drasticamente, a qual é definida pela OMS como a percepção o dos indivíduos acerca de seus lugares no mundo onde vivem em relação ao contexto cultural e social seus objetivos, preocupações, padrões e expectativas pessoais (Calixto; Paglia;Silva,2021).
3.3 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DEPRESSÃO
A depressão ou transtorno depressivo maior é uma doença, que afeta não só a mente, mas influência em como o indivíduo se sente, se porta, se comunica e pode desencadear patologias facilitadas pelo processo depressivo. Segundo a Organização de Saúde , que desde 1997, aborda o tema saúde mental e emite resoluções para que estados membros da organização passem a incluir saúde mental entre prioridades na atenção à saúde, define que a depressão é uma doença de grande abrangência e que necessita de muita atenção na identificação e tratamento, pois influenciar negativamente de forma direta na alimentação, atividade física, comunicação, autoimagem, autoestima baixa, no interesse por novas experiências e novos conhecimentos, dentre outros. Esta patologia faz parte do grupo das doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), que é considerada pela Organização Mundial da saúde (OMS), uma das maiores causas de mortalidade e inaptidão em todo o mundo. As DCNTs e suas várias formas de agravos podem ser influenciadores de risco para o comprometimento funcional e psicológico em idoso (Oliveira;Silva;Souza,2020).
No idoso o TDM tem etiologia e formas de apresentação heterogêneas porque envolve aspectos biológicos associados a fragilidade, comorbidades, aspectos psicológicos relativos a viuvez, mudança de papéis na família e na sociedade e aspectos sociais relacionados com a solidão. Para essa doença, a prevalência no idoso varia de 4,7% a 36,8%. Essa variação pode ocorrer devido aos diferentes instrumentos validados, que são utilizados para rastrear e detectar os sintomas de depressão em idosos (Oliveira; Silva; Souza,2020).
A prevalência desta patologia tem sido motivo de constante preocupação entre os enfermeiros, pois ela impede e atrapalha os idosos de terem uma melhor qualidade de vida , e pelos riscos aos quais ficam submetidos. É nesse sentido, que ressalta a importância dos cuidados gerontológicos específicos do enfermeiro e do psicólogo, os quais contribuem com a recuperação do paciente depressivo assistido e com a prevenção do surgimento da doença, abrangendo a família, aspectos espirituais e amplos fatores biopsicossociais envolvidos (Pereira et al;2019).
O enfermeiro quando capacitado para realizar uma avaliação completa e eficaz do idoso, de forma multidimensional, pode ajudar na prevenção do desenvolvimento ou agravamento da fragilidade, diminuindo as taxas de hospitalizações e de morbimortalidade, bem como contribuindo com a melhoria da vida destes indivíduos. Em detrimento dos riscos de outras patologias e do comprometimento da vida do idoso deprimido, a participação do enfermeiro no processo de recuperação torna-se essencial, especialmente, no que tange ao resgate da independência, autonomia e autoestima do idoso, assim como às suas relações familiares e ao direito à cidadania (Lima et al;2019).
O papel do enfermeiro no acompanhamento ao idoso depressivo não se baseia apenas em esclarecer as dúvidas quanto à terapia medicamentosa, mas também em ouvi-lo, compreendê-lo e realizar orientações de maneira simples e sem rodeio de modo a facilitar sua compreensão. Os familiares e cuidadores também devem ser orientados quanto aos cuidados direcionados ao idoso. O enfermeiro ao planejar a assistência garante sua responsabilidade junto ao paciente assistido, elevando a qualidade do cuidado de enfermagem prestado; configura-se adequação da atenção primária à saúde, a promoção do envelhecimento ativo e bem sucedido (Carvalho et al;2019).
Portanto, o respeito ao acolher o idoso, a estimulação para a prática de atividade física com frequência, e até mesmo ajudá-lo a exercer a sua espiritualidade, é relevante faz total diferença para as pessoas idosas no enfrentamento de um quadro de depressão. A enfermagem, pelo trabalho desenvolvido em equipe, mostra-se como facilitadora no cuidado ao idoso com depressão. Há por parte do enfermeiro um desconhecimento ao cuidado na depressão do idoso, pois há um deficit na grade curricular do curso de graduação em relação a essa temática, assim o enfermeiro se sente inseguro para trabalhar com o idoso que apresentam sinais clínicos de depressão nos respectivos serviços de saúde. Destaca-se que este profissional quando capacitado para o cuidado com o idoso, pode ajudar a este e a sua família, em desenvolver melhor planejamento para lidar com a velhice, de forma leve e com menor adoecimento. Neste sentido, o enfermeiro deve estar atento nos serviços para os sinais indicativos de depressão na pessoa idosa (Medeiros et al;2019).
Existe a possibilidade de trabalhar com idosos seja de forma individual ou grupal. Individualmente, o idoso pode ser incentivado a manter uma rotina diária e desenvolver atividades cotidianas que estimule a memória, como: ver televisão, ler jornal e revista, fazer palavras cruzadas. Já com os grupos de idosos, podem-se utilizar as rodas de conversas sistematizadas, cantigas, jogos da memória, e a formação de corais e banda musical composta por alguns idosos que procuram os serviços, ou até mesmo desenvolver estas atividades comaqueles, que estão residentes nas casas para idosos. Ao acolher e acompanhar idosos com sinais de depressão ou que tenham probabilidade de desenvolver esta doença, o enfermeiro auxiliará o idoso a compreender que este profissional está ali para apoiá-lo, o que o deixa mais seguro e ciente das intenções terapêuticas por parte dos profissionais (Silva et al;2019).
A Escala de Depressão Geriátrica (EDG) constitui o instrumento mais empregado para avaliar sintomas depressivos em populações geriátricas, sendo usada em pesquisa e em contextos clínicos. A EDG passou a ser considerada uma escala com propriedades de validade e confiabilidade satisfatórias para rastreamento de depressão no idoso , sendo traduzida para o português e adaptada para aplicação no Brasil. A EDG tem sido empregada para avaliação de sintomas depressivos em idosos na comunidade, mas também em pacientes idosos ambulatoriais, em asilos e em idosos internados em enfermarias gerais (Moreira et al;2007).
Foi a Escala de Depressão Geriátrica (GDS) desenvolvida como um instrumento de triagem para depressão. Possui duas versões, uma longa (com trinta questões) e uma versão curta (com 15 questões). Ambas são validadas internacionalmente e amplamente utilizadas na avaliação geriátrica global, auxiliando a determinar a necessidade de tratamento para a doença (Ortiz; Wanderley,2013).
QUADRO 1 – Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage – versão reduzida (GDS-15)
1 Você está satisfeito com a sua vida? |
2 Você deixou de lado muitos de suas atividades e interesses? |
3 Você sente que sua vida está vazia? |
4 Você sente-se aborrecido com frequência? |
5 Está você de bom humor na maioria das vezes? |
6 Você teme que algo de ruim lhe aconteça? |
7 Você se sente feliz na maioria das vezes? |
8 Você se sente frequentemente desamparado? |
4-objetivos
4.1.Objetivo Geral
Analisar, com base em evidências científicas, o papel da enfermagem no acompanhamento do paciente idoso diagnosticado com depressão, identificando os desafios e os avanços na atenção à saúde dessa população.
4.2.Objetivos Específicos
- Apresentar os principais fatores de risco para depressão em idosos;
- Descrever a relevância da qualidade de vida para a melhora do quadro depressivo em idosos; Possui duas versões, uma longa (com trinta questões) e uma versão curta (com 15 questões). Ambas são validadas internacionalmente e amplamente utilizadas na avaliação geriátrica global, auxiliando a determinar a necessidade de tratamento para a doença (Ortiz; Wanderley,2013).
- Compreender o papel da enfermagem no cuidado ao idoso com depressão.
5. METODOLOGIA
5.1.TIPO DE ESTUDO
A metodologia deste estudo será estruturada em cinco etapas principais, visando realizar uma revisão integrativa da literatura sobre a assistência de enfermagem na avaliação e manejo da depressão em idosos. Primeiramente, será realizada uma definição clara dos critérios de inclusão e exclusão dos estudos a serem analisados. Serão considerados artigos publicados nos últimos dez anos, que abordem intervenções de enfermagem, avaliação e manejo da depressão em idosos, em periódicos indexados. Serão excluídos estudos que não envolvam a população idosa ou que tratem de outras condições mentais que não a depressão.
A pesquisa será realizada por meio da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), permitindo buscar nas bases de dados virtuais Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Base de Dados de Enfermagem (BDENF), além da biblioteca eletrônica de acesso aberto Scientific Electronic Library Online (SciELO) e National Center for Biotechnology Information (NCBI/PubMed).Para busca nas bases de dados selecionadas, se utilizarão as palavras-chave: “enfermagem”, “depressão”, “idosos”, “avaliação” e “manejo”, consultadas no site dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), e os termos equivalentes em inglês da Medical Subject Headings (MeSH), cruzados com os operadores booleanos “AND” e “OR” para garantir uma busca ampla.
5.3.CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
Trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura (RIL), que é um método que tem como finalidade sintetizar resultados obtidos em pesquisas sobre um tema ou questão, de maneira sistemática, ordenada e abrangente. É denominada integrativa, porque fornece informações mais amplas sobre um assunto/problema, constituindo, assim, um corpo de conhecimento (Sousa et al., 2017).
A RIL requer a formulação de um problema, realização da pesquisa na literatura sobre o tema, avaliação de forma crítica um conjunto de dados, análise desses dados e apresentação dos resultados. Com isso, esse método permite reunir os dados da pesquisa.
Os critérios de exclusão incluirão: artigos duplicados nas bases de dados, revisões de literatura e outros estudos secundários, ou aqueles que não estiverem relacionados com o tema central do estudo.
Após a seleção, foi realizada uma leitura crítica dos artigos escolhidos, onde se buscou extrair dados relevantes, como objetivos, métodos, intervenções e resultados relacionados à prática da enfermagem na depressão em idosos. A análise qualitativa, permitiu identificar padrões, tendências e lacunas na literatura. Essa etapa foi fundamental para compreender como as intervenções de enfermagem estão sendo implementadas e quais são os impactos observados na qualidade de vida dos idosos.
5.5 COLETAS DE DADOS
O estudo será conduzido com base em parâmetros qualitativos, seguindo a metodologia proposta por Dantas et al. (2021), e será estruturado em sete etapas: definição do tema; formulação da pergunta de pesquisa; estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de artigos na busca bibliográfica; determinação das informações a serem extraídas dos artigos selecionados; análise crítica dos estudos incluídos; discussão dos resultados; e apresentação da revisão integrativa.
Para ilustrar o procedimento de amostragem dos artigos, será utilizado um fluxograma adaptado do PRISMA-ScR (Tricco et al., 2018), detalhando as diferentes etapas de seleção e esclarecendo o processo de busca e síntese da revisão.
A extração das informações dos artigos selecionados será feita com o auxílio de um instrumento de coleta de dados previamente adaptado e validado por Ursi e Galvão (2006), organizado em quatro eixos: A) Identificação; B) Instituição o estudo foi realizado; C) Periódico de publicação; e D) Características metodológicas do estudo.
Para assegurar a validade da revisão, a organização e a síntese dos resultados serão feitas utilizando o software Microsoft Office Excel 2016, permitindo a criação de quadros e gráficos que facilitem a interpretação dos dados e a discussão crítica dos estudos.
Para a análise de dados, será utilizada a técnica de Laurence Bardin, que envolve a categorização e interpretação de dados qualitativos. Esta técnica consiste em um conjunto de métodos de análise qualitativa, estruturado em três etapas principais: pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados com base em inferências e interpretações.
Na fase de pré-análise, o pesquisador organiza os dados para torná-los mais acessíveis à pesquisa e realiza uma leitura inicial e exploratória. Em seguida, ocorre a exploração do material, cujo objetivo é a codificação ou categorização das informações. Por fim, na terceira etapa, busca-se a interpretação das mensagens por meio de análise crítica e reflexiva. Nesta fase, o tratamento dos resultados visa identificar e compreender os conteúdos presentes no material coletado (Bardin, 2016).
5.7. TÉCNICA DE ANALISE DE BANCO DE DADOS
Na busca inicial, foram identificados 953 estudos. Após a aplicação dos filtros com base nos critérios de inclusão e exclusão, 749 foram descartados. Restaram, então, 204 artigos completos, que foram selecionados para análise crítica de seus títulos e resumos. Desses, 195 foram eliminados por não estarem alinhados com o objetivo do estudo, por serem duplicados nas bases de dados ou por se tratarem de estudos de revisão.
Assim, 9 artigos foram lidos integralmente e constituíram a amostra final da pesquisa. Os trabalhos considerados na revisão passaram pelas etapas de identificação, seleção, elegibilidade e inclusão, conforme o fluxograma adaptado do PRISMA – ScR (Tricco et al., 2018). A definição das buscas e a seleção dos artigos estão representadas na Figura 1.
Figura 1 – Fluxograma do processo de seleção dos estudos, adaptado do PRISMA-ScR (TRICCO et al., 2018), Belém, Pará, Brasil, 2024.
Quadro 1 – Estudos incluídos de acordo com título do estudo, autoria principal, fonte de publicação, método, idioma e ano de publicação. Belém, Pará, Brasil, 2024.
N° | Título | Autor Principal | Periódicos | Método | Idioma | Ano |
E1 | Fatores associados à qualidade de vida dos idosos | Aurora Esteve-Clavero | Actas Paulista de Enfermagem | Estudo transversal | Português | 2018 |
E2 | Saúde do idoso e atenção primária: autonomia, vulnerabilidade e os desafios cuidado | Jeane Lima Carneiro | Revista de Saúde Pública | Estudo transversal | Português | 2021 |
E3 | Visita domiciliar realizada pelo/a enfermeiro/a com enfoque na funcionalidade global da pessoa idosa: um estudo misto. | Ferreira, Antônio Milton Oliveira | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) | Estudo misto | Português | 2019 |
E4 | Efeito da enfermagem com base na teoria da autoestima sem esperança mais enfermagem intensiva multidimensional para idosos com infarto cerebral agudo complicado depressão | Li, Z., Shang, N., Fan, G., Li, M., Zang, Z. | Revista Americana de Investigação Translacional | Estudo Experimental | Inglês | 2021 |
E5 | O impacto psicológico de um programa de autocuidado proativo liderado por enfermeiros em idosos independentes e não frágeis: um estudo controlado randomizado. | Wong et al. | Revista Internacional de Estudos de Enfermagem | Ensaio clínico randomizado | Inglês | 2021 |
E6 | Multiple brief training sessions to improve nurses’ knowledge, attitudes, and confidence regarding nursing care of older adults with depression in long-term care facilities | Lee, C., | Research in Nursing & Health | Estudo Experimental | Inglês | 2019 |
E7 | Eficácia de uma intervenção de tratamento de transição hospital-a-casa liderada por enfermeiros para idosos com multimorbidade e sintomas depressivos: um ensaio clínico pragmático randomizado controlado | Markle-Reid, M., McAiney, C., Fisher, K., Ganann, R., Gauthier, A., Heald-Taylor, G. | PLoS ONE | Ensaio clínico randomizado | Inglês | 2021 |
E8 | Desenvolvimento de um instrumento para avaliar a depressão em idosos em cuidados domiciliares. | . Ferreira et al. | Revista da Escola de Enfermagem da USP | Pesquisa Metodológica | Português | 2020 |
E9 | Análise da atuação do enfermeiro no cuidado ao idoso com depressão em uma unidade de saúde mental. | Santos et al. | Revista de Enfermagem UFPE | Estudo Descritivo-Exploratório | Português | 2021 |
Quadro 2 – Destaca-se os principais resultados e evidências dos artigos secionados na literatura, estes mostram que a qualidade de vida dos idosos está diretamente ligada à saúde física, suporte social e intervenções específicas, como visitas domiciliares e programas de autocuidado. Essas ações, lideradas por enfermeiros, foram eficazes na promoção da independência, controle de comorbidades e redução de sintomas depressivos.. O fortalecimento do suporte social e cuidados individualizados emergem como cruciais para o bem-estar dessa população.
N° | Principais Resultados | Evidências |
N1 | O estudo identificou que a qualidade de vida dos idosos está fortemente associada à saúde física, relações sociais, suporte familiar e condição econômica. Idosos com melhores condições de saúde e redes de apoio demonstraram níveis mais elevados de bem-estar. | A análise transversal apontou que a solidão, a presença de doenças crônicas e a falta de suporte social estão entre os fatores que mais comprometem a qualidade de vida. |
N2 | A atenção primária enfrenta desafios ao cuidar de idosos devido à vulnerabilidade física e mental desta população, especialmente em relação à manutenção da autonomia. Estratégias de cuidado mais integradas e personalizadas são necessárias. | A pesquisa destacou a necessidade de treinar os profissionais da atenção primária para lidar com as condições específicas dos idosos, propondo políticas que promovam maior integração entre saúde e assistência social. |
N3 | A visita domiciliar de enfermeiros focada na funcionalidade dos idosos melhora a independência em atividades diárias e promove uma maior sensação de segurança e bem-estar. | O estudo misto mostrou que os idosos que receberam visitas regulares apresentaram menos quedas, melhor controle de doenças crônicas e maior capacidade de realizar atividades da vida diária. |
N4 | A intervenção baseada na teoria da autoestima e cuidados intensivos multidimensionais demonstrou uma melhora significativa nos níveis de depressão e qualidade de vida dos idosos com infarto cerebral agudo. | Idosos que receberam o tratamento apresentaram recuperação mais rápida tanto em termos de saúde mental quanto física, com redução dos sintomas depressivos em comparação ao grupo controle. |
N5 | O programa de autocuidado proativo melhorou significativamente o bem-estar psicológico dos idosos participantes, promovendo maior independência e autoestima. | Os participantes do programa apresentaram melhores resultados em escalas de bem-estar mental e maior capacidade de gerenciar sua própria saúde, em comparação aos idosos que não participaram. |
N6 | O treinamento breve para enfermeiros foi eficaz na melhoria do conhecimento e na confiança no cuidado de idosos com depressão. | Enfermeiros que participaram do treinamento demonstraram melhor compreensão sobre depressão geriátrica, mais empatia, e relataram maior confiança em fornecer cuidados adequados em longo prazo. |
N7 | A intervenção de transição liderada por enfermeiros reduziu significativamente os sintomas depressivos e melhorou a saúde geral dos idosos com multimorbidades. | O ensaio clínico mostrou que os participantes tiveram menores taxas de readmissão hospitalar e relataram uma melhor qualidade de vida após a implementação da transição assistida. |
N8 | O estudo desenvolveu e validou o “Escala de Depressão Domiciliar para Idosos” (EDDI), um instrumento composto por 20 itens distribuídos em 4 fatores (humor, motivação, sono e relações sociais). A análise revelou que idosos em cuidados domiciliares apresentam sintomas de depressão relacionados à perda de autonomia, isolamento e dor crônica. O EDDI mostrou alta sensibilidade (85%) e especificidade (90%) na discriminação entre idosos com e sem depressão, além de boa correlação com a Escala de Depressão Geriátrica (EDG), confirmando sua eficácia para avaliar depressão em idosos em cuidados domiciliares. | A depressão é um problema de saúde significativo entre idosos em cuidados domiciliares, exigindo avaliação precisa com instrumentos específicos e validados. Nesse contexto, o EDDI (Escala de Depressão Domiciliar para Idosos) se revela uma ferramenta útil para enfermeiros e profissionais de saúde. Sua utilização permite detecção precoce e tratamento eficaz da depressão, melhorando a qualidade de vida e reduzindo o risco de complicações nesse grupo etário vulnerável, garantindo assim um cuidado mais efetivo e humanizado. |
N9 | O enfermeiro desempenha papel chave na identificação e intervenção precoce na depressão em idosos, melhorando o diagnóstico e tratamento. Além disso, a formação contínua dos enfermeiros é necessária para atualizar conhecimentos sobre depressão geriátrica, podendo oferecer cuidado especializado e humanizado aos idosos com depressão. | O estudo mostrou que a depressão afeta cerca de 20% dos idosos e o cuidado de enfermagem focado na autonomia e independência melhora a qualidade de vida desses indivíduos. Para um diagnóstico preciso, é essencial utilizar instrumentos específicos para depressão geriátrica. Além disso, a colaboração entre enfermeiros, psiquiatras e outros profissionais de saúde é fundamental para um manejo eficaz da depressão em idosos. Essa abordagem integrada garante um cuidado completo e eficiente para essa população vulnerável. |
Fonte: Autoria própria, 2024.
6. DISCUSSÃO
6.1. Fatores que Influenciam a Qualidade de Vida e Saúde dos Idosos
O bem-estar e a qualidade de vida dos idosos são fatores fundamentais para um envelhecimento saudável. A qualidade de vida entre idosos é um conceito que abrange saúde física, suporte social e independência econômica. Estudos demonstram que a presença de redes de apoio social e boas condições econômicas influenciam diretamente a percepção de bem-estar e a satisfação com a vida E9(Aurora Esteve-Clavero,2010). A saúde física adequada é outro componente vital, pois interfere na capacidade funcional e na autonomia.
A saúde física dos idosos está intimamente ligada à qualidade de vida, sendo a manutenção de uma boa saúde essencial para a realização de atividades diárias e a independência. Segundo Souza e Almeida (2020), idosos com boas condições de saúde apresentam maior autonomia e menor risco de depressão. A visita domiciliar realizada pelo enfermeiro com enfoque na funcionalidade global da pessoa idosa apresenta resultados significativos, no estudo misto realizado pelo autor, verificou-se que essa abordagem melhora a independência e o bem-estar dos idosos, contribuindo para uma melhor qualidade de vida E3(Ferreira 2019).
A solidão e a falta de suporte social também são aspectos críticos para o bem-estar dos idosos, especialmente aqueles que vivem sozinhos. Almeida et al. (2019) apontam que a solidão pode intensificar sentimentos de vulnerabilidade e isolamento, levando a uma piora na saúde mental e no bem-estar geral. A presença de redes de apoio, tanto familiares quanto comunitárias, é fundamental para mitigar esses efeitos e promover um envelhecimento mais saudável.
A autonomia desempenha um papel importante na saúde mental, pois é o fundamento sobre o qual os indivíduos constroem sua capacidade de tomar decisões e cuidar de si mesmos de forma eficaz. Quando os idosos autônomos, podem gerenciar suas próprias necessidades, fazer escolhas e manter o controle sobre suas decisões, isso não apenas promove uma sensação de independência e autoestima, mas também ajuda a prevenir sentimentos de desamparo e isolamento, que são fatores de risco significativos para a depressão e ansiedade em idosos. Além disso, a autonomia permite que os idosos desenvolvam estratégias eficazes para lidar com desafios da vida, melhorando assim sua resiliência e bem-estar emocional, sendo essencial para saúde do idoso E5(Wong et al, 2021).
As interações sociais, por sua vez, contribuem para a resiliência emocional dos idosos. Atividades sociais e de lazer podem fortalecer o senso de pertencimento e reduzir o risco de depressão (Ferreira & Lima, 2021). Estar envolvido em grupos de convivência e práticas sociais reforça o apoio emocional e amplia o bem-estar subjetivo, criando um círculo virtuoso de apoio e saúde mental.
Por fim, a promoção da qualidade de vida para os idosos requer uma abordagem integrada entre saúde física, suporte social e estabilidade econômicaE9(Aurora Esteve-Clavero,2010). A implementação de políticas públicas focadas na saúde do idoso, como a criação de centros de convivência e suporte social, é essencial para garantir um envelhecimento mais digno e saudável (Pereira, 2022). Esses aspectos combinados são o alicerce para um envelhecimento com mais autonomia e satisfação.
6.2.Estratégias de Cuidado e Avaliação para Idosos com Depressão e Multimorbidades
O envelhecimento populacional e o aumento da longevidade têm se tornado um desafio significativo para a saúde pública, sobretudo no que tange à promoção da autonomia e do bem-estar dos idosos, destaca que, na atenção primária à saúde é essencial adotar abordagens que fortaleçam a autonomia dos idosos sobretudo os mais vulneráveis, por meio de um cuidado integral que considere as complexidades das condições crônicas e o risco aumentado de declínio funcional E2(Carneiro,2021).
O cuidado em saúde e as intervenções de enfermagem para idosos são fundamentais para promover uma vida saudável e com qualidade, os profissionais da enfermagem desempenham um papel crucial ao proporcionar suporte diário e ao monitorar as condições de saúde dos idosos E9(Santos et al,2021). Segundo Costa e Silva (2020), visitas domiciliares e acompanhamento contínuo por enfermeiros têm demonstrado melhorias significativas na autonomia e na funcionalidade dos idosos, impactando diretamente na prevenção de quedas e complicações crônicas.
Na atenção primária, os enfermeiros enfrentam o desafio de lidar com a complexidade do envelhecimento, que envolve não apenas a saúde física, mas também a saúde mental e social. Estudos apontam que enfermeiros que participaram de treinamentos específicos para o cuidado do idoso demonstraram melhor compreensão sobre depressão geriátrica, mais empatia, e relataram maior confiança em fornecer cuidados adequados em longo prazo, ajudando a manter a autonomia e reduzindo a vulnerabilidade do individuo idoso E6(Lee et al, 2019).
A saúde mental dos idosos também é um aspecto crítico no cuidado, principalmente em casos de infarto cerebral agudo. Li et al. (2021), em um estudo experimental, avaliaram os efeitos da enfermagem intensiva multidimensional com base na teoria da autoestima em idosos acometidos por essa condição e que desenvolveram sintomas de depressão. Os resultados sugerem que a intervenção de enfermagem é eficaz para reduzir sintomas depressivos e melhorar o estado psicológico geral dos pacientes, oferecendo uma abordagem terapêutica inovadora para uma população frequentemente negligenciada.
A capacitação contínua de enfermeiros para cuidar de idosos em instituições de longa permanência é outra área de foco importante para garantir um cuidado de qualidade. Em um estudo de Lee (2019), sessões breves e repetidas de treinamento foram implementadas para melhorar o conhecimento, as atitudes e a confiança dos enfermeiros em relação ao cuidado de idosos com depressão. Os achados sugerem que esse tipo de intervenção pode ser um método eficaz de aprimorar a prática clínica, garantindo que os profissionais estejam mais bem preparados para lidar com as demandas emocionais e psicológicas dos pacientes.
As transições de cuidado, especialmente do ambiente hospitalar para o domicílio, são momentos críticos para idosos com múltiplas morbidades e sintomas depressivos. O estudo de Markle-Reid et al. (2021) investiga a eficácia de uma intervenção liderada por enfermeiros para esse público, com o objetivo de facilitar o processo de transição e reduzir readmissões hospitalares. Os resultados indicaram que a intervenção foi eficaz na melhoria dos sintomas de depressão e na qualidade de vida dos idosos, além de proporcionar uma transição mais segura e estruturada, que minimiza os riscos associados a essa fase.
Para avaliar adequadamente os sintomas depressivos em idosos em cuidados domiciliares, é necessário o desenvolvimento de instrumentos específicos que levem em conta as particularidades dessa população. Ferreira et al. (2020) desenvolveram e validaram uma ferramenta destinada a esse fim, mostrando que instrumentos adaptados às necessidades e condições dos idosos podem fornecer informações mais precisas e detalhadas sobre seu estado emocional. Esse avanço é fundamental para que os profissionais de saúde possam realizar intervenções mais direcionadas e efetivas.
É evidente que os cuidados de saúde para idosos exigem abordagens personalizadas que combinem práticas baseadas em evidências com estratégias de promoção da saúde mental e física. Carneiro (2021) e Ferreira et al. (2020) enfatizam a importância de métodos específicos para avaliação e cuidado, enquanto Li et al. (2021) e Lee (2019) sugerem que intervenções intensivas e treinamentos podem trazer melhorias substanciais no manejo da depressão e outras comorbidades, ajudando a reduzir o impacto negativo da institucionalização e melhorar a qualidade de vida dos idosos.
Portanto, os desafios do cuidado com a população idosa exigem um compromisso integrado dos sistemas de saúde, que deve incluir não apenas a capacitação dos profissionais, mas também o desenvolvimento de políticas públicas voltadas ao fortalecimento da autonomia e à promoção da saúde mental. Estudos como os de Markle-Reid et al. (2021) e Ferreira et al. (2020) demonstram a relevância de se investir em intervenções específicas e instrumentos de avaliação que atendam às necessidades únicas dos idosos, contribuindo assim para uma assistência de saúde mais humana e eficaz.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Destacam a importância de uma abordagem integrada no cuidado ao idoso, com foco na promoção da qualidade de vida. Os estudos analisados evidenciam que a combinação de suporte social, intervenções personalizadas e cuidados multidimensionais é essencial para garantir a saúde e o bem-estar dessa população. A qualidade de vida dos idosos está diretamente ligada à capacidade de manter a autonomia e à presença de suporte adequado, seja por meio de redes familiares, programas de saúde ou cuidados institucionais.
A atuação dos profissionais de enfermagem se mostrou um ponto central no cuidado ao idoso, especialmente no que diz respeito à visita domiciliar e à transição hospital-a-casa. Esses profissionais desempenham um papel crucial na promoção da funcionalidade, no acompanhamento de comorbidades e no controle de sintomas depressivos. Intervenções lideradas por enfermeiros, que abordam tanto os aspectos físicos quanto emocionais, têm se mostrado eficazes na melhoria da qualidade de vida dos idosos, reduzindo hospitalizações e melhorando o estado geral de saúde.
Além disso, a educação contínua dos profissionais de saúde é um fator determinante para o sucesso dessas intervenções. A formação adequada dos enfermeiros, especialmente em relação ao manejo de condições como depressão e outras comorbidades geriátricas, é essencial para garantir um atendimento qualificado. O aprimoramento do conhecimento e das habilidades desses profissionais contribui significativamente para uma melhor assistência aos idosos, especialmente em instituições de longa permanência e no contexto domiciliar.
Por fim, políticas públicas que fortaleçam as redes de apoio social e a oferta de cuidados especializados são fundamentais para atender às crescentes demandas da população idosa. A integração entre saúde física e mental, associada a uma abordagem preventiva e humanizada, é essencial para garantir um envelhecimento digno e saudável. As considerações finais sugerem que é necessário um compromisso conjunto entre governo, profissionais de saúde e sociedade para assegurar um cuidado eficiente e holístico aos idosos.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ORTIZ, Bruna Rafaela; DA SILVA WANDERLEY, Katia. Reflexões sobre o uso da Escala de Depressão Geriátrica (GDS-15) em idosos hospitalizados. Revista Kairós-Gerontologia, v. 16, n. 2, p. 307-316, 2013.
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Schenker, M., & Costa, D. H. D. (2019). Avanços e desafios da atenção à saúde da população idosa com doenças crônicas na Atenção Primária à Saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 24, 1369-1380..
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VENTURA, Jeferson et al. Fatores associados a depressão e os cuidados de enfermagem no idoso. Revista de enfermagem, v. 12, n. 12, p. 100-113, 2016.
VERAS, Renato Peixoto; OLIVEIRA, Martha. Envelhecer no Brasil: a construção de um modelo de cuidado. Ciência & saúde coletiva, v. 23, p. 1929-1936, 2018.
CARNEIRO, Jeane Lima. Saúde do idoso e atenção primária:, autonomia e vulnerabilidade os desafios cuidado.Revista de Saúde Pública, 2021.
ESTEVE-CLAVERO, Aurora. Fatores associados à qualidade de vida dos idosos.Actas Paulista de Enfermagem, 2018.
FERREIRA, Antônio Milton Oliveira. domiciliar Visita domiciliar pelo/a enfermeiro/a com enfoque na funcionalidade global da pessoa idosa: um misto. ) ) Embalhação ( )Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF), 2019
LEE, C.; TSENG, H.; WU, L.; CHUANG, Y. Múltiplas sessões de treinamento breves para melhorar o conhecimento, as atitudes e a confiança dos enfermeiros em relação ao cuidado de enfermagem de idosos com depressão em instalações de cuidados de longa duração.Pesquisa em Enfermagem e Saúde, 2019.
LI, Z.; SHANG, N.; FAN, G.; LI, M.; ZANG, Z. Efeito da enfermagem com base na teoria da autoestima sem esperança mais enfermagem com enfermagem multidimensional multidimensional para com infarto cerebral complicado agudo depressão.Revista Americana de Investigação Translacional, 2021.
Markle-Reid, M., McAiney, C., Fisher, K., Ganann, R., Gauthier, A., & Heald-Taylor, G. (2020). Eficácia de uma intervenção do hospital para casa liderada por adultos mais velhos para multimorbidade e gerenciamento de sintomas: Um ensaio clínico pragmático controlado randomizado. PLoS ONE, 15 (3),
REUTERS, Y. Precisão diagnóstica em várias de formas de escala de depressão geriátrica para triagem da depressão entre: revisão sistemática e meta-análise. ScienceDirect (A), 2019.
WONG, A. A.; CUIJPERS, P.; MEIJEL, B. O impact de um programa de auto-cuidadoproativo liderado por enfermeiros em idosos independentes e não: frágeis um controlado estudo randomizado.Revista Internacional de Estudos de Enfermagem, 2021.
Chuang, Yeu-Hui & Kuo, Li-Min. (2018). Nurses’ confidence in providing and managing care for older persons with depressive symptoms or depression in long-term care facilities: A national survey. International Journal of Mental Health Nursing. 27. 10.1111/inm.12483.
ANEXOS
ANEXO A – Instrumento de coleta de dados, adaptado e validado por Ursi e Galvão (2006)
1 Mestrado em saúde da familia( uninovafapi) Enfermeira (uniesamaz)
Sabrinaaraujo.gmc@hotmail.com
2 Formação: acadêmica de enfermagem
Instituição: faculdade cosmopolita
Email: anacarolinareis919@gmail.com
Currículo lattes : https://lattes.cnpq.br/7499931109900795
3 Formação: acadêmica de enfermagem
Instituição: faculdade cosmopolita
Email: mayrasozinho88@gmail.com
Currículo lattes : http://lattes.cnpq.br/5797795491907955
4 Formação: acadêmica de enfermagem
Instituição: faculdade cosmopolita
Email: michelleportal1222@gmail.com
Curriculo lattes : https://lattes.cnpq.br/7227405596226683
5 Formação: acadêmica de enfermagem
Instituição: faculdade cosmopolita
Email: rosebrasilhairstudio@gmail.com
6 Formação: Acadêmico de enfermagem
Instituição: Faculdade Cosmopolita
Email: willamyferreira17@gmail.com
Curriculo lattes
7 Formação: acadêmica de enfermagem
Instituição: faculdade cosmopolita
Email: Izabellymoraes1508@gmail.com
8 Formação: acadêmica de enfermagem
Instituição: faculdade cosmopolita
Email: kzamamanda@gmail.com
Currículo lattes : https://wwws.cnpq.br/cvlattesweb/PKG_MENU.menu?f_cod=9F0FAFCC28DF668B29E55DF78925A104#
9 Formação: acadêmica de enfermagem
Instituição: faculdade cosmopolita
Email: delmamoraes120@gmail.com
10 Formação: graduanda
Instituição: cosmopolita
Email: jessicatavaresesilva@gmail.com
Curriculo lattes
11 Formação: acadêmica de enfermagem
Instituição:Faculdade cosmopolita
Email: teixeiraalice665@gmail.com
12 Formação: Acadêmica de Enfermagem
Instituição: Faculdade Cosmopolita
E-mail: rafaelabe2825@gmail.com
13 Formação: Acadêmica de enfermagem
Instituição: Faculdade Cosmopolita
Email:rosymeiry2016@gmail.com
14 Formação : acadêmica de enfermagem
Instituição: cosmopolita
Email: josinete.brtito000@gmail.com
15 Formação: academica de enfermagem
Instituição: cosmopolita
Email: lucileidedossantosbotelho@gmail.com