REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202411142358
Cleide de Alcantara Silva
Joseli de Lima Pereira
Larisse Souza Gomes Moreira
Maria Gislaine de Santana
Valdirene Marques da Silva
RESUMO
O objetivo deste trabalho é discutir a importância da psicopedagogia no processo de ensino e aprendizagem da leitura e escrita na educação infantil, considerando diversos aspectos relevantes. A pesquisa visa descrever como a psicopedagogia, como uma disciplina dedicada à construção do conhecimento, influencia o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita em alunos da educação infantil. Para alcançar esse objetivo, realizamos uma revisão bibliográfica que se baseou na análise de periódicos, livros e teses. Essa abordagem nos permitiu reunir informações relevantes sobre o assunto. Com base nesse estudo, concluímos que a psicopedagogia, ao abordar o processo de ensino-aprendizagem de maneira individualizada, desempenha um papel significativo na superação das dificuldades relacionadas à leitura e escrita na educação infantil.
Palavras-chave: Escrita. Dificuldades de aprendizagem. Leitura. Educação Infantil Psicopedagogia.
INTRODUÇÃO
A prática de leitura e escrita na sala de aula é de grande importância, pois representa um avanço no desenvolvimento do conhecimento sistemático e profundo, permitindo que os alunos acessem um mundo de múltiplas aprendizagens. É fundamental que os professores estejam cientes das complexidades e desafios associados ao ensino dessas habilidades, já que a leitura e a escrita são fundamentais em todos os níveis de ensino, desde a alfabetização até os níveis mais avançados.
O objetivo deste trabalho é discutir as dificuldades de aprendizagem relacionadas à leitura e escrita e fornecer orientações significativas para estimular o desenvolvimento dessas habilidades nos alunos, despertando o interesse pela leitura e escrita. O papel do professor como mediador na introdução dos alunos ao mundo da leitura é fundamental.
A psicopedagogia, como uma ciência voltada para a construção do conhecimento, desempenha um papel essencial nesse contexto. Ela ajuda a proporcionar uma visão ampliada e uma perspectiva mais profunda no processo de aprendizagem. Portanto, este trabalho de aprendizagem. Portanto, este trabalho se justifica pela importância de discutir o papel da psicopedagogia na construção do aprendizado da leitura e escrita na educação infantil.
A leitura e a escrita podem ser desafiadoras para alguns alunos, e as dificuldades de leitura são um foco frequente de pesquisa e estudo. Além disso, crianças com dificuldades específicas de aprendizagem relacionadas à leitura e escrita são identificadas e classificadas como tal.
Este trabalho tem como objetivo principal descrever como a psicopedagogia influencia o processo de aprendizagem da leitura e escrita em alunos da educação infantil. Além disso, objetiva abordar o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita, as relações professor-aluno nesse processo e destacar a contribuição da psicopedagogia para o aprendizado.
A pesquisa foi realizada por meio de uma revisão bibliográfica, que envolveu a análise de periódicos, livros e teses relevantes sobre o tema. Este estudo se desdobra em três partes distintas, abordando a importância da psicopedagogia como uma ferramenta no desenvolvimento do conhecimento, tanto em contextos familiares quanto educacionais.
DESENVOLVIMENTO
CONTRIBUIÇÕES DA PSICOPEDAGOGIA PARA APRENDIZAGEM DA LEITURA/ESCRITA
A educação desempenha um papel fundamental na integração do indivíduo na sociedade, permitindo que ele adquira o conhecimento necessário para se tornar um cidadão eticamente responsável. Inicialmente, a aquisição de conhecimento começa no ambiente familiar, onde são transmitidas noções de certo e errado, teorias comportamentais, ética e cidadania. No entanto, é na instituição escolar que esse conhecimento é desenvolvido e solidificado. A escola desempenha um papel crucial na formação do cidadão, preparando-o para viver em sociedade (Luck, 2010).
Desde tempos antigos, a educação tem sido uma preocupação nas civilizações. Nas sociedades pré-históricas, as instituições políticas transformaram o conhecimento em um privilégio das classes dominantes. Foi nesse contexto que surgiram os primeiros professores, contratados por famílias abastadas para ministrar aulas em espaços improvisados e em turnos diferentes (Luck, 2010).
A relação entre a instituição escolar e a condição econômica dos indivíduos já era evidente nessa época, uma vez que apenas aqueles com poder econômico tinham acesso à educação escolar.
No período medieval, a educação estava intimamente ligada à formação de líderes religiosos da Doutrina Cristã. No entanto, o renascimento dos centros urbanos e a necessidade de formar pessoas capacitadas para o ensino levaram à descentralização do ensino, abrindo as portas das instituições para leigos (Aranha, 1996).
Na Idade Moderna, surgiram discussões sobre o funcionamento ideal da escola e a identificação do público-alvo. Houve também uma clara distinção entre o ensino masculino e feminino, com os homens sendo educados para assumirem o papel de chefes de família e as mulheres recebendo uma educação mais básica, focada nas tarefas domésticas (Gianotti, 1999).
O movimento iluminista do século XVIII enfatizou a importância da escola como um local para a transmissão de conhecimentos que levariam a mudanças positivas na sociedade, com princípios de igualdade e liberdade em destaque (Aranha, 1996).
No século XIX, a instituição escolar expandiu-se por toda a Europa, com o compromisso de proporcionar educação acessível a toda a sociedade, independentemente de sua condição social ou econômica, tornando-se universal em alguns aspectos. Esse período viu o surgimento do modelo de escola tradicional, que enfatizou a organização do conhecimento, o uso eficiente do tempo dedicado aos estudos, o cuidado com o material didático e a valorização do professor como disseminador do conhecimento (Gianotti, 1999).
No mesmo período, os modelos de escola capitalista (com ênfase no ensino superior) e socialista (com ênfase na valorização do pensamento crítico) ganharam destaque, refletindo o pensamento da burguesia e enfatizando o papel do conhecimento na transformação e conscientização de classes tidas como inferiores (Aranha, 1996).
A primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 4024/96), promulgada nos anos 60, estabeleceu as bases para a construção de um sistema educacional mais democrático. Subsequentemente, todas as versões posteriores da LDB tiveram como objetivo aprimorar a educação oferecida, reorganizando o sistema de ensino com foco na melhoria de suas condições. Os princípios fundamentais da LDB atual (1996) estão fundamentados em:
A LDB preza pela igualdade de direitos que pertencem a todos os seres humanos e que o governo deve garantir por meio do desenvolvimento de políticas humanitárias. Isso significa que a educação é um direito de todos e deve ser assegurada de forma equitativa. A educação é mais do que um direito; é um dever e deve estar disponível para todos os seres humanos. Ela é vista como um meio de promover a aquisição de educação de qualidade e gratuita, para que as pessoas se sintam parte integrante da sociedade e tenham sua dignidade respeitada. A LDB, em sua estrutura, busca destacar os princípios que garantem que os indivíduos adquiram conhecimento por meio de uma educação de qualidade, baseada em valores sociais. O objetivo é que as pessoas se sintam valorizadas e importantes dentro da sociedade em que vivem.
Esses princípios refletem a responsabilidade da escola em auxiliar na formação de cidadãos dignos e bem preparados. A LDB desempenha o papel de orientar a escola a se relacionar com a realidade que a envolve, por meio de práticas educacionais apropriadas que preparem os alunos para a vida em sociedade (BRASIL, 1996).
Conforme destacado por Peni & Vieira (2002), a LDB foi elaborada para enfrentar os desafios acumulados e prever a flexibilidade na organização das escolas de acordo com as necessidades de aprendizagem dos alunos. Elas também enfatizam o artigo 23 da LDB, que permite a flexibilidade nas formas de organização escolar, de modo a atender às peculiaridades regionais, locais e às diferentes necessidades de aprendizagem dos alunos. Esse enfoque valoriza não apenas o ambiente educacional em si, mas, principalmente, as necessidades das crianças ao ingressar nessa fase crucial de aprendizado e conhecimento.
A aprendizagem, de origem latina (apprehendere), refere-se à compreensão e desempenha um papel fundamental na abordagem educacional. Os conceitos relacionados à aprendizagem se completam de maneira a enfatizar a importância desse processo na vida de cada ser humano (Celestino, 2008).
Pozzo (2002) define o processo de aprendizagem sob uma perspectiva construtivista, destacando a estruturação dos conhecimentos e comportamentos adquiridos pelo aprendiz. Esse conceito demonstra que a aprendizagem é a base do conhecimento adquirido ao longo dos anos de estudo, contribuindo para a formação intelectual e social do indivíduo.
Jean Piaget (2002) considera a aprendizagem como sinônimo de conhecimento e enfatiza sua construção por meio da ação. Para Piaget, o sujeito estabelece uma relação interativa com o ambiente desde o nascimento, promovendo seu desenvolvimento cognitivo. Ele destaca que a aprendizagem é uma interação entre o indivíduo e o ambiente, com cada pessoa apresentando um ritmo próprio de aprendizado que é revelado à medida que seus interesses surgem.
Piaget (1996) distingue duas formas de aprendizagem: a primeira corresponde ao desenvolvimento da inteligência, enquanto a segunda se refere à aquisição limitada de novas estruturas. Ele ressalta que a assimilação, como parte desse processo, envolve a integração de novos estímulos ao conhecimento existente, buscando identificar semelhanças com os esquemas mentais já construídos.
O processo de aprendizagem de acordo com Piaget envolve a assimilação e a acomodação, onde as aprendizagens mais simples servem de base para as aprendizagens mais complexas, contribuindo para o desenvolvimento cognitivo.
Piaget (1996) também identifica quatro fases de desenvolvimento da criança dentro da abordagem cognitiva:
Sensório-Motor: Esta fase ocorre de 0 a 2 anos, quando o bebê começa a construir esquemas de ação que são assimilados mentalmente.
Pré-Operacional: Essa fase abrange dos 2 aos 8 anos. A criança demonstra capacidade de usar a função simbólica, podendo substituir objetos por representações simbólicas. Nesta etapa, a criança é egocêntrica e busca explicações para tudo.
Operacional-Concreto: Dos 8 aos 11 anos, a criança desenvolve noções de tempo e começa a relacionar diferentes aspectos.
Operacional-Formal: Entre 12 e 14 anos, a criança atinge um alto nível de desenvolvimento, permitindo a aplicação do raciocínio lógico a uma variedade de problemas.
Esses estágios delimitam as características de cada fase do desenvolvimento da criança e são relevantes para compreender e acompanhar seu progresso intelectual.
Por outro lado, a teoria de Lev Vygotsky se concentra nas interações sociais e culturais em torno da aprendizagem na sala de aula. Para Vygotsky (2003), o desenvolvimento mental da criança é influenciado pelas interações sociais e pela linguagem. Ele enfatiza a importância do contexto histórico e cultural no processo de aprendizagem, destacando que o desenvolvimento resulta de uma interação contínua com o ambiente e as contribuições sociais.
Vygotsky (2003) acredita que a aprendizagem é uma ferramenta crucial para o desenvolvimento mental, e as influências sociais desempenham um papel fundamental na formação de conceitos e compreensão do mundo ao redor. Isso enfatiza a importância do ambiente social em que o indivíduo está inserido, onde as influências exercem um papel importante em suas experiências e na aquisição de conhecimento.
Ambas as teorias, as de Piaget e Vygotsky, destacam a importância da aprendizagem no desenvolvimento humano, com foco nas interações e no ambiente em que o indivíduo está inserido. Enquanto Piaget enfatiza a construção individual do conhecimento, Vygotsky destaca a influência do ambiente social e cultural no processo de aprendizagem e desenvolvimento.
O surgimento da leitura e da escrita teve origem nas necessidades humanas de comunicação. Conforme Malta (2010), à medida que os seres humanos buscavam se relacionar com o ambiente, desenvolveram a capacidade de comunicar pensamentos, sentimentos e registrar ideias. Inicialmente, esses registros eram feitos por meio de pinturas em cavernas durante o período paleolítico, onde o homem pré-histórico expressava seus pensamentos por meio de desenhos e pinturas que, posteriormente, evoluíram para ideogramas e fonogramas. O processo de ensino da leitura e escrita começou com exercícios que visavam dominar todas as combinações de letras e sons gerados. Os alunos aprendiam a usar penas e tinta para formar letras, palavras e frases, culminando na criação de textos.
A escrita, conforme conhecemos hoje, resultou de um longo processo histórico, em que o ser humano adaptou suas necessidades de registro às ferramentas disponíveis em cada época. A leitura e a escrita são consideradas atividades de grande importância na formação de qualquer cidadão, uma vez que a comunicação depende desses dois atos, que permitem que as pessoas se relacionem com o mundo ao seu redor. Ter habilidades de leitura e escrita é essencial em diversas áreas de atuação (Santos, 2015).
De acordo com Malta (2010), a leitura e a escrita são meios pelos quais se adquire conhecimento em diversas áreas, facilitando a argumentação e enriquecendo o vocabulário, o que ajuda o indivíduo a produzir textos tanto oralmente quanto por escrito.
Nesse contexto, é a partir do domínio da leitura e da escrita que o aluno é capaz de construir seu próprio mundo e desenvolver novas ideias. Abramovich (1997) ressalta que o interesse pela leitura não deve ser visto como uma obrigação imposta pelos outros, mas como um conhecimento que ninguém pode tirar de uma pessoa.
A leitura é considerada uma habilidade linguística complexa, que envolve as operações de decodificação e compreensão. O sucesso do aluno na aprendizagem da leitura e da escrita, de acordo com Soares (2010), depende de seu amadurecimento psicológico, neurológico, emocional, intelectual e social.
Portanto, o que no passado era visto como a decifração de códigos evoluiu para um processo de interação entre autor, texto e leitor. Os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental (1998) definem a leitura como um processo ativo em que o leitor compreende e interpreta o texto com base em seus objetivos, conhecimento sobre o assunto e autor, e seu entendimento da linguagem. Essa perspectiva enfatiza a leitura como um processo de interlocução entre autor e leitor, não mais como uma atividade mecânica, e destaca a importância de considerar a leitura e a escrita como objetos de instrução sistêmica, construídos em conjunto com a sociedade que cerca a vida dos alunos (BRASIL, 1998).
Conforme Santos (2012), a criança começa a desenvolver a leitura após atingir um certo nível de maturidade, após passar pelas fases de organização oral, expressiva e compreensiva. A leitura representa uma nova forma de compreensão verbal, onde o conhecimento das letras é mais próximo da percepção de dados novos e abstratos, enquanto o conhecimento das palavras está mais relacionado ao domínio das significações linguísticas. No entanto, a leitura de frases implica a exploração de um conjunto, indo e voltando para recompor diferentes fragmentos de texto.
Freire (1996) destaca que a leitura não deve ser ensinada de forma isolada. O ensino da leitura deve ser acompanhado pelo ensino da soletração e da escrita, que ajudam a aumentar a consciência fonológica, ou seja, a compreensão dos sons da língua.
Os processos de leitura e escrita são complexos e podem apresentar desafios para os alunos. Fortesk, Oliveira e Valério (2011) enfatizam a importância de os alunos reconhecerem as diferenças e interações entre as letras na linguagem escrita e os sons na linguagem oral.
Dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita são comuns e podem levar à desistência dos estudos, contribuindo para o fracasso escolar. Soares (2010) atribui essas dificuldades, em grande parte, ao material didático utilizado em sala de aula, enfatizando que o material didático inadequado pode ser mais prejudicial do que o método de ensino em si. As dificuldades de leitura e escrita são frequentemente objeto de pesquisa e estudo, e algumas crianças são classificadas como portadoras de dificuldades específicas de aprendizagem, o que significa que enfrentam desafios particulares no processo de aquisição dessas habilidades.
A intervenção psicopedagógica desempenha um papel crucial no contexto da aprendizagem da leitura e escrita, visando a construção de espaços objetivos por meio de diagnósticos e suporte apropriado para igualar as oportunidades de aprendizagem entre os alunos. Zamban (2010) enfatiza que a relação psicopedagógica entre professores e educadores torna mais fácil analisar por que um aluno não está aprendendo e identificar os fatores que contribuem para suas dificuldades de aprendizagem.
A psicopedagogia tem como objetivo trabalhar com a aprendizagem, o conhecimento, sua aquisição, desenvolvimento e distorções, levando em consideração a individualidade do aprendente. É uma prática que visa melhorar as condições de aprendizagem, e seu caráter interdisciplinar é fundamental. O psicopedagogo desempenha seu papel em dois modelos: o psicológico, que envolve atuação clínica, e o pedagógico, que está relacionado ao trabalho com a aprendizagem.
Medina (2016) destaca que as intervenções psicopedagógicas devem começar com as crianças, que estão em pleno desenvolvimento de múltiplas aprendizagens. O psicopedagogo auxilia as crianças que enfrentam dificuldades de aprendizagem, ajudando a compreender as situações que envolvem o processo com base em seu contexto.
A psicopedagogia busca estudar o ato de aprender e ensinar, considerando as realidades internas e externas da aprendizagem e a construção do conhecimento em toda a sua complexidade, abrangendo aspectos cognitivos, afetivos e sociais. Para superar as dificuldades escolares na leitura e escrita, a psicopedagogia considera a tríade formada por Família, Escola e sociedade como determinantes para o desenvolvimento da criança.
Weiss (2015) destaca a importância de considerar o sujeito como um ser global, abrangendo aspectos cognitivos, afetivos, orgânicos, sociais e pedagógicos para superar as barreiras que dificultam a aprendizagem da leitura e escrita. Professores também desempenham um papel fundamental na reflexão psicopedagógica, analisando as causas que impedem o aluno de aprender e identificando as dificuldades associadas ao processo de aprendizagem.
O trabalho do psicopedagogo nas instituições escolares visa compreender integralmente a realidade vivenciada pelas crianças, promovendo seu desenvolvimento pessoal e coletivo. O psicopedagogo atua com sucesso na análise de fatores que afetam a aprendizagem nas instituições e propõe o desenvolvimento de projetos favoráveis a mudanças.
Portanto, a psicopedagogia desempenha um papel fundamental na promoção da aprendizagem da leitura e escrita, auxiliando alunos, professores e escolas a superar desafios e criar um ambiente propício ao desenvolvimento educacional.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As conclusões obtidas neste estudo ressaltam a importância do processo de aprendizagem da leitura e escrita desde os primeiros anos de escolaridade da criança. Este processo representa um desafio contínuo que deve ser enfrentado dia a dia, com o professor desempenhando um papel crucial como um suporte adequado para que a aprendizagem seja uma constante na vida dos alunos, pois a leitura e a escrita são habilidades que os acompanharão ao longo de suas vidas na sociedade.
As dificuldades encontradas nesse processo não devem ser encaradas como obstáculos intransponíveis, mas sim como desafios a serem superados. Nesse sentido, o apoio do psicopedagogo desempenha um papel essencial para alcançar o sucesso na aprendizagem. A psicopedagogia institucional se destaca por considerar o processo de ensino-aprendizagem como uma sistemática que deve ser analisada individualmente, levando em consideração a situação específica de cada aluno diante das dificuldades, em vez de considerá-los como indivíduos com características imutáveis. Isso implica que os professores devem promover adaptações e aprendizagem baseadas na interação com os alunos.
A partir das ideias e teorias de autores renomados, este estudo conclui que a psicopedagogia desempenha um papel fundamental no processo de alfabetização de alunos da educação infantil, uma vez que se concentra no desenvolvimento cognitivo dos alunos e valoriza sua existência como sujeitos cognoscentes. A aprendizagem de uma criança no ensino fundamental é acompanhada pela capacidade de crescimento e desenvolvimento de suas habilidades, manifestada através de sua criatividade na leitura e escrita, seja por meio de textos, poesias, textos musicados, ou contos de histórias.
O professor desempenha o papel de mediador em todas essas atividades, criando um ambiente propício para que as crianças desenvolvam suas habilidades e alcancem o sucesso na aprendizagem da leitura e escrita, desde que estejam dispostas e aptas para se envolver em atividades apropriadas na sala de aula. Portanto, a aprendizagem é um processo dinâmico que requer apoio, interação e dedicação por parte dos educadores e dos alunos.
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