INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E INCLUSÃO DESAFIOS E LIMITAÇÕES

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/fa10202411090216


Erisnalva Pereira da Silva1, Silvia Alecrim Ferreira2, Laís Barros Martins3, Rawlinson dos Santos4, Wainy Montalvão de Lima5, Eliana Amaral de Oliveira6, Diógenes Vale de Oliveira7, Jacqueline Gomes Machado de Mendonça8, Adriana Chagas de Morais9, Roseli Maria de Jesus Soares10, Simone Tonello Pereira de Mello11, Iule Lourraine da Silva Landinho12, Renilda Artiaga13,


RESUMO

Este texto investiga a função da inteligência artificial (IA) como um instrumento de suporte à inclusão em variados cenários. Começando com uma avaliação dos princípios da inclusão, ressalta-se sua relevância na formação de uma sociedade mais equitativa e acessível. Depois, examinam-se os princípios fundamentais da Inteligência Artificial, sua trajetória histórica e suas utilizações em variados campos. Neste cenário, são mostrados exemplos de como a Inteligência Artificial pode fomentar a inclusão, expandindo a acessibilidade e as oportunidades para indivíduos com deficiência e grupos à margem da sociedade. A conclusão destaca a relevância de tratar os desafios de forma ética e inclusiva, assegurando que a Inteligência Artificial seja criada e empregada para fomentar um mundo mais justo e acessível para todos. Finalmente, as considerações finais destacam a importância de uma perspectiva crítica e colaborativa sobre a função da Inteligência Artificial na inclusão, com o objetivo de maximizar suas vantagens e minimizar seus efeitos adversos.

Palavras-Chave: Inclusão. Inteligência artificial. Acessibilidade. Ética. Educação.

1 INTRODUÇÃO

Começamos nossa jornada neste artigo enfatizando a relevância crucial da inclusão na sociedade atual. A inclusão vai além de um conceito teórico, é um princípio orientador que visa assegurar que todos, sem distinção de habilidades, características ou origens, tenham acesso equitativo a oportunidades, recursos e uma participação completa na vida social, econômica e cultural. Numa sociedade genuinamente inclusiva, a diversidade é exaltada e as diferenças são vistas como oportunidades de enriquecimento e aprendizado recíproco (Barbosa, Portes, 2023).

No entanto, para muitos indivíduos ao redor do globo, o cotidiano ainda é caracterizado por obstáculos que os impedem de se integrar totalmente à sociedade. Indivíduos com deficiências físicas, mentais, sensoriais ou cognitivas muitas vezes encontram barreiras consideráveis em sua procura por educação, trabalho, acesso a serviços essenciais e participação social.

Neste cenário, a inclusão vai além de uma simples questão de justiça social, sendo também uma exigência essencial para o avanço e prosperidade da nossa sociedade em geral. Pesquisas comprovam repetidamente que sociedades mais inclusivas possuem maior resiliência, criatividade e produtividade, favorecendo não somente os indivíduos à margem da sociedade, mas toda a comunidade (Costa Junior, 2023). A variedade de pontos de vista e vivências aprimora o ambiente de trabalho, estimula a inovação e fomenta um ambiente de respeito recíproco e cooperação.

A Inteligência Artificial tem a capacidade de ultrapassar obstáculos físicos, cognitivos e de comunicação, proporcionando soluções inovadoras para tornar o mundo mais acessível e inclusivo para todos. Desde sistemas de tradução instantânea até tecnologias de reconhecimento facial e assistentes virtuais, a Inteligência Artificial está revolucionando a forma como nos relacionamos com o mundo, abrindo novas possibilidades para expandir o acesso e a inclusão de pessoas marginalizadas (Costa Junior, 2023). Contudo, mesmo com seu grande potencial, é crucial reconhecer que a aplicação efetiva da Inteligência Artificial na promoção da inclusão exige uma abordagem meticulosa e ponderada, levando em conta aspectos éticos, sociais, culturais e técnicos (Parreira; Lehmann; Oliveira, 2021).

Portanto, ao longo deste artigo, exploraremos o papel da inteligência artificial como uma ferramenta de apoio à inclusão, examinando suas aplicações, benefícios, desafios e perspectivas futuras. Em um mundo cada vez mais interligado e tecnológico, é crucial utilizar a inteligência artificial de forma ética e inclusiva, assegurando que todos os integrantes da sociedade possam usufruir das vantagens da transformação digital (Giraffa, 2023).

Portanto, é essencial estabelecer a inteligência artificial (IA) e situar sua importância atual. A inteligência artificial diz respeito à habilidade de sistemas informáticos em realizar atividades que normalmente requerem a inteligência humana, tais como aprendizado, raciocínio, percepção e tomada de decisões (Barbosa, Portes, 2023).

A inteligência artificial não é somente um recurso tecnológico sofisticado, mas também um poder transformador que está definindo o futuro da nossa sociedade. Vamos explorar a utilização atual da inteligência artificial como um recurso de suporte à inclusão, analisando exemplos de tecnologias e iniciativas bem-sucedidas. Além disso, vamos destacar os desafios e restrições da aplicação da IA na promoção da inclusão, que abrangem aspectos éticos, sociais, culturais e técnicos. Destacaremos a relevância da cooperação entre diversos interessados e a consideração dos princípios de ética e justiça social (Costa Junior, 2023).

2. DEFINIÇÃO DE INCLUSÃO E SEUS PRINCÍPIOS

Entender a inclusão e seus princípios é crucial para construir uma fundação robusta na procura por uma sociedade mais justa e equitativa. A inclusão, tanto no conceito quanto na prática, vai além da simples tolerância ou aceitação passiva das diferenças; envolve um engajamento proativo com a igualdade, a diversidade e a valorização da dignidade humana (Giraffa, 2023).

Assim, a inclusão é um processo em que escolas, comunidades e sociedades se ajustam para satisfazer as necessidades de todos os estudantes, entendendo que a diversidade é um elemento positivo que enriquece e fortifica as comunidades (Barbosa, Portes, 2023).

Portanto, a inclusão se baseia em uma série de princípios fundamentais. Inicialmente, a inclusão fundamenta-se no princípio da equidade, que reconhece que diferentes pessoas possuem necessidades e habilidades distintas, devendo, portanto, ser tratadas de maneira justa e equitativa (Parreira; Lehmann; Oliveira, 2021).

De acordo com UNESCO (1994), a equidade visa assegurar que todos tenham acesso igualitário a oportunidades, recursos e serviços, independentemente de suas particularidades individuais. Além disso, a inclusão se baseia no princípio da diversidade, que valoriza a riqueza e a complexidade das diferenças humanas.

A diversidade é um recurso de crescimento e aprendizado recíproco, que deve ser exaltada e apreciada em todos os aspectos da vida social, econômica e cultural. Significa identificar e valorizar as várias identidades, culturas, vivências e pontos de vista que formam a nossa sociedade (Giraffa, 2023).

Em última análise, a inclusão se fundamenta no conceito de participação, que reconhece o direito de todos os indivíduos de participarem ativamente na vida social, econômica, política e cultural.

A participação completa e equitativa é crucial para o progresso humano e o bem-estar de pessoas e comunidades. Significa estabelecer espaços e estruturas que incentivem a participação ativa de todos, assegurando que suas opiniões sejam consideradas e respeitadas (Costa Junior, 2023).

Assim, a definição de inclusão e seus princípios básicos são componentes cruciais na procura por uma sociedade mais justa, igualitária e inclusiva. Ao valorizar e incentivar a equidade, a diversidade e a participação, podemos edificar um mundo onde todos possam prosperar e colaborar totalmente para o bem-estar coletivo (Oliveira; Pinto, 2023).

3. INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: CONCEITOS E APLICAÇÕES

Este capítulo se concentra em investigar os princípios e usos da inteligência artificial (IA), um campo que tem atraído cada vez mais atenção e investimento devido ao seu potencial de transformação em vários setores da sociedade. Conforme ressaltado por Barbosa; Portes (2023), a inteligência artificial é a área da ciência da computação voltada para a criação de sistemas aptos a executar atividades que normalmente demandariam a inteligência humana, tais como aprendizado, raciocínio, percepção e tomada de decisões (Costa Junior, 2023).

A Inteligência Artificial engloba diversas técnicas e métodos, como o aprendizado de máquina, redes neurais artificiais, processamento de linguagem natural e visão computacional, entre outros. Essas estratégias possibilitam que os sistemas de Inteligência Artificial tratem grandes quantidades de dados, detectem padrões e obtenham percepções úteis, habilitando-os a executar uma vasta variedade de tarefas de maneira eficaz e exata (Parreira; Lehmann; Oliveira, 2021).

As utilizações da inteligência artificial são múltiplas e cobrem uma gama de áreas e campos. Por exemplo, na medicina, a Inteligência Artificial é empregada para identificar enfermidades, customizar tratamentos e antecipar epidemias. Na área educacional, sistemas de tutoria inteligente são criados para auxiliar os estudantes a aprender de maneira personalizada e eficiente (Costa Junior, 2023).

Na indústria, a Inteligência Artificial é empregada para aprimorar processos produtivos, executar manutenção preditiva e aprimorar a eficiência energética. Adicionalmente, a inteligência artificial está cada vez mais integrada ao nosso dia a dia, seja através de assistentes virtuais em smartphones, sistemas de sugestão em plataformas de streaming ou veículos autônomos, entre outras aplicações (Tavares; Meira; Amaral, 2020).

Estas aplicações evidenciam a capacidade da Inteligência Artificial de mudar a forma como nos relacionamos com o mundo e propor soluções inovadoras para uma vasta variedade de desafios (Oliveira; Pinto, 2023).

Assim, este capítulo tem como objetivo oferecer um panorama dos conceitos e usos da inteligência artificial, ressaltando sua função como um instrumento potente e promissor para fomentar a inovação e solucionar problemas complexos em vários setores da sociedade (Giraffa, 2023).

4. IA E INCLUSÃO

A utilização da Inteligência Artificial para promover a inclusão pode acontecer em diversos campos e cenários. Por exemplo, na área educacional, sistemas de tutoria inteligente podem auxiliar na personalização do ensino e proporcionar apoio individual para estudantes com necessidades especiais. Igualmente, na área da saúde, algoritmos de Inteligência Artificial podem auxiliar no diagnóstico de enfermidades, adaptação de tratamentos e aprimorar o acesso a serviços de saúde de alta qualidade para grupos vulneráveis (Costa Junior, 2023).

Portanto, este capítulo tem como objetivo investigar o potencial da Inteligência Artificial como um instrumento de suporte à inclusão, apresentando exemplos de uso e debatendo os desafios e possibilidades ligados ao uso ético e responsável da IA para fomentar a igualdade e a justiça social (Oliveira; Pinto, 2023).

4.1 A IA como ferramenta de apoio à inclusão

A inteligência artificial (IA) tem o potencial de ser um instrumento eficaz de suporte à inclusão, auxiliando na superação de obstáculos e incentivando a participação integral de todos os integrantes da sociedade. Uma das formas como a Inteligência Artificial pode fomentar a inclusão é por meio da customização e ajuste de serviços e recursos para satisfazer as demandas individuais dos usuários. Conforme mencionado por Giraffa (2023), sistemas de Inteligência Artificial, tais como os sistemas de tutoria inteligente, são capazes de avaliar o avanço e os desafios de cada estudante de maneira individualizada, oferecendo feedback e apoio personalizados para suas necessidades específicas de aprendizado.

A inteligência artificial (IA) possui a capacidade de ser uma ferramenta eficiente de apoio à inclusão, ajudando a superar barreiras e promovendo a participação completa de todos os membros da sociedade (Oliveira; Pinto, 2023). Uma maneira de a Inteligência Artificial promover a inclusão é através da personalização e adaptação de serviços e recursos para atender às necessidades específicas dos usuários.

Conforme citado por Giraffa (2023), sistemas de Inteligência Artificial, como os tutores inteligentes, são aptos a avaliar o progresso e os obstáculos de cada aluno de forma individualizada, proporcionando feedback e suporte personalizados para suas demandas específicas de aprendizado.

Ademais, a Inteligência Artificial pode ter um papel crucial na detecção e diminuição de preconceitos e discriminação. Conforme ressaltado por Giraffa (2023), algoritmos de Inteligência Artificial podem ser desenvolvidos para identificar e atenuar vieses em processos decisórios, contribuindo para assegurar que as decisões sejam justas e equitativas para todos os integrantes da sociedade.

Assim, a Inteligência Artificial pode ser um recurso eficaz para fomentar a inclusão, auxiliando na personalização de serviços, ampliando o acesso à informação e diminuindo preconceitos e discriminação em vários campos e contextos (Oliveira; Pinto, 2023).

Certamente, os sistemas de reconhecimento de voz, como os assistentes virtuais ativados por voz, como o Google Assistant, a Siri da Apple e a Alexa da Amazon, são uma das aplicações tecnológicas mais difundidas que empregam inteligência artificial. Esses dispositivos possibilitam que indivíduos com deficiência visual ou mobilidade manuseiem aparelhos eletrônicos através de comandos de voz. Essas tecnologias podem auxiliar na execução de atividades cotidianas, tais como o envio de mensagens, ligações, configuração de lembretes e gerenciamento de aparelhos domésticos, sem a exigência de contato físico com ele (Parreira; Lehmann; Oliveira, 2021).

Outra tecnologia bastante utilizada são os sistemas de tradução automática, sendo o Google Translate o mais conhecido. Esses sistemas podem simplificar a comunicação entre indivíduos que falam diversas línguas (Costa Junior, 2023). Essas tecnologias podem ser particularmente benéficas para indivíduos com deficiência auditiva ou de fala, possibilitando a conversão de texto em voz e vice-versa em tempo real (Tavares; Meira; Amaral, 2020).

Giraffa (2023) nota que jogos educativos, simulações e interações costumam motivar estudantes a tomar decisões, promovendo a participação ativa no processo de aprendizado, devido à oportunidade de experimentar diversas metodologias de ensino. Há também uma gama de tecnologias de assistência baseadas em Inteligência Artificial, desenvolvidas para auxiliar indivíduos com limitações físicas, cognitivas ou sensoriais na execução de atividades diárias.

Por exemplo, aparelhos de identificação de objetos podem auxiliar indivíduos com deficiência visual na identificação de objetos ao seu redor, enquanto sistemas de reconhecimento facial podem auxiliar indivíduos com deficiência cognitiva na identificação de rostos conhecidos (Oliveira; Pinto, 2023).

Resende (2014), ressalta ainda que a personalização do ensino pode ter um impacto positivo na motivação e envolvimento dos estudantes. Através da personalização do ensino, a Inteligência Artificial pode auxiliar no aumento da motivação e envolvimento dos estudantes, além de melhorar o rendimento escolar e diminuir a taxa de abandono escolar. O escritor acredita que a personalização oferece uma vivência de aprendizado mais significativa e pertinente para cada estudante, potencializando sua satisfação e êxito na educação superior (Parreira; Lehmann; Oliveira, 2021).

Estes são apenas alguns exemplos de como a inteligência artificial está sendo empregada para fomentar a inclusão e aprimorar a qualidade de vida de indivíduos com deficiências em variados campos e cenários (Costa Junior, 2023).

4.2 Desafios e limitações

No âmbito da inteligência artificial (IA), existem várias barreiras que podem impedir a implementação eficaz de soluções direcionadas à promoção da inclusão. Um desses obstáculos é a disponibilidade e a qualidade dos dados usados pelos sistemas de Inteligência Artificial. Conforme observado por Tavares; Meira; Amaral (2020), os algoritmos de Inteligência Artificial necessitam de grandes volumes de dados para aprender e fazer escolhas.

Contudo, se essas informações forem tendenciosas ou não refletirem a diversidade da população, os sistemas de Inteligência Artificial podem intensificar ou perpetuar as desigualdades já existentes, ao invés de minimizá-las (Costa Junior, 2023).

Outra barreira relevante é a ausência de acessibilidade e facilidade de uso das tecnologias de Inteligência Artificial para indivíduos com deficiências. Numerosos sistemas de Inteligência Artificial não são concebidos considerando as necessidades particulares de indivíduos com deficiência, o que pode restringir sua efetividade e utilidade para esses usuários. Ademais, as questões éticas e de privacidade constituem um obstáculo considerável para a aplicação da Inteligência Artificial na promoção da inclusão (Parreira; Lehmann; Oliveira, 2021).

Conforme ressaltado por Giraffa (2023), o uso impróprio ou impróprio de tecnologias de Inteligência Artificial pode levar a infrações de direitos humanos, discriminação e monitoramento invasivo. É crucial assegurar que as tecnologias de Inteligência Artificial sejam criadas e empregadas de forma ética e responsável, considerando os possíveis efeitos nos direitos e dignidade dos indivíduos (Oliveira; Pinto, 2023).

Segundo Barbosa; Portes (2023), a Inteligência Artificial suscita uma variedade de questões éticas, que englobam transparência, responsabilidade, justiça e equidade. Por exemplo, os algoritmos de Inteligência Artificial podem gerar preconceitos e discriminações se não forem concebidos e executados de forma ética e imparcial. O mesmo escritor também declara que o uso impróprio ou não autorizado de informações pode levar a violações de privacidade e monitoramento intrusivo (Zilli, 2004).

Assim, a superação desses obstáculos exige um esforço coletivo de pesquisadores, programadores, legisladores e comunidades impactadas para assegurar que a Inteligência Artificial seja criada e posta em prática de maneira inclusiva, justa e responsável.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste texto, examinamos a função da inteligência artificial (IA) como um instrumento de suporte à inclusão em várias áreas e contextos. Começamos nosso percurso com uma avaliação minuciosa dos princípios da inclusão, enfatizando sua relevância na construção de uma sociedade mais justa e acessível.

Depois, exploramos os princípios fundamentais da Inteligência Artificial, entendendo sua evolução histórica, princípios essenciais e usos em diversos campos. Contudo, também identificamos as dificuldades encontradas, que vão desde questões éticas e de privacidade até restrições tecnológicas e de acessibilidade.

Ao projetarmos o futuro, percebemos uma variedade de tendências promissoras na intersecção entre Inteligência Artificial e inclusão, que incluem progressos na acessibilidade, atenuação de preconceitos e discriminação, e aprimoramentos na educação inclusiva. Contudo, também detectamos obstáculos significativos a serem vencidos, tais como a distribuição justa dos benefícios da Inteligência Artificial e a garantia de transparência e responsabilidade em seu desenvolvimento e aplicação.

Para potencializar as vantagens da Inteligência Artificial na promoção da inclusão, destacamos sugestões fundamentais, tais como incentivar a diversidade de dados, criar tecnologias de fácil acesso, adotar ações de transparência e responsabilidade, incentivar a educação em IA e cooperar em projetos multidisciplinares.

A Inteligência Artificial possui a capacidade de atuar como um catalisador para a inclusão, proporcionando oportunidades inéditas para a construção de um mundo mais justo e acessível para todos os integrantes da sociedade. Contudo, para concretizar esse potencial, é vital lidar com os desafios de forma ética, inclusiva e responsável, assegurando que a Inteligência Artificial seja criada e empregada em prol de todos. À medida que finalizamos nosso estudo sobre a importância da Inteligência Artificial (IA) na inclusão, é crucial ponderar sobre algumas questões essenciais.

A Inteligência Artificial proporciona possibilidades inéditas para fomentar a inclusão, expandindo a acessibilidade, personalização e igualdade de oportunidades em várias áreas da vida. Contudo, sua capacidade total só será alcançada se enfrentarmos desafios significativos, tais como vieses algorítmicos, questões éticas e de privacidade, além de restrições tecnológicas e de acessibilidade.

É crucial compreender que a Inteligência Artificial é um instrumento, e seu efeito na inclusão depende de como é concebida, posta em prática e empregada. Precisamos dar prioridade a estratégias éticas e inclusivas, assegurando que as vantagens da IA sejam repartidas de forma justa e que as questões de privacidade e direitos humanos sejam adequadamente levadas em conta.

Ademais, a cooperação entre vários participantes, como pesquisadores, programadores, legisladores, defensores dos direitos das pessoas com deficiência e comunidades impactadas, é crucial para acelerar o avanço na promoção da inclusão por meio da Inteligência Artificial. Ao colaborarmos, temos a capacidade de detectar soluções inovadoras, enfrentar desafios complexos e assegurar que a Inteligência Artificial tenha um impacto positivo na construção de um mundo mais inclusivo e acessível para todos.

Assim, ao concluirmos este estudo, é crucial manter uma perspectiva crítica e ponderada sobre a função da Inteligência Artificial na inclusão, procurando incessantemente formas de potencializar seus benefícios e minimizar seus efeitos adversos. Apenas dessa forma conseguiremos edificar um futuro genuinamente inclusivo, no qual todos possam prosperar e contribuir totalmente para a sociedade.

REFERÊNCIAS

BARBOSA, L. M.; PORTES, L. A. F. A inteligência artificial. Revista Tecnologia Educacional. 2023. ISSN: 0102-5503. Disponível em: http://abt-br.org.br/wp-content/uploads/2023/03/RTE_236.pdf#page=16 . Acesso em: 22   out. 2024.

COSTA JÚNIOR, J. F. et al. A inteligência artificial como ferramenta de apoio no ensino superior. Rebena -Revista Brasileira de Ensino e Aprendizagem, [S. l.], v. 6, p. 246–269, 2023. Disponível em: https://rebena.emnuvens.com.br/revista/article/view/111 .  Acesso  em:  22   out. 2024.

GIRAFFA,   L. Inteligência   Artificial   e   Educação:   conceitos,  aplicações   e implicações  no  fazer  docente. Educação  em Análise,  Londrina,  v.  8,  n.1,  p.116–134,  2023.  DOI: 10.5433/1984-7939.2023v8n1p116. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/educanalise/article/view/48127. Acesso em: 22   out. 2024.

OLIVEIRA,L.;  PINTO,  M. A  inteligência  artificial  na  educação: ameaças  e  oportunidades  para  o ensino-aprendizagem. Porto,  PT:  Escola  Superior  de Media  Artes  e  Design, 2023.Disponível  em: https://recipp.ipp.pt/bitstream/10400.22/22779/1/LIV_LinoOliveira_2023.pdf. Acesso   em:   22   out. 2024.

PARREIRA,  Artur,  LEHMANN, Lúcia; OLIVEIRA, Mariana. O desafio  das  tecnologias  de  inteligência artificial  na  Educação:  percepção  e  avaliação  dos  professores. Ensaio:  Avaliação  e  Políticas Públicas    em    Educação[online],    v.    29,    n.113, p.    975-999, 2021.    Disponível    em: https://doi.org/10.1590/S0104-40362020002803115 . Acesso em: 22   out. 2024.

REZENDE, D. Tecnologia da informação aplicada a sistemas de informação empresariais. 9. São Paulo Atlas. 2014.

TAVARES, L. A.; MEIRA, M. C.; AMARAL, S. F. Inteligência Artificial na Educação. Survey / Artificial Intelligencein Education:  Survey. Brazilian  Journal  of  Development, v. 6,  n. 7, p. 48699–48714. 2020. Disponível em: https://doi.org/10.34117/bjdv6n7-496. Acesso em: 22   out. 2024.

UNESCO. Declaração  de  Salamanca  e  linha  de  ação  sobre  necessidades educativas especiais. UNESCO, 1994.

ZILLI, S. A Robótica Educacional no Ensino Fundamental: Perspectivas e Práticas. 2004. 89 f. Dissertação de Mestrado (Pós-graduação em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis – SC.


1Doutoranda em Movimento Humano e Reabilitação – Universidade Evangélica de Goiás

2Graduação em Bacharel em Direito Especialização em Direito do trabalho e Processo do Trabalho

3Licenciatura Letras-Português – Unopar-Anhanguera

4Graduação em Licenciatura em Matemática – Universidade do Tocantins – Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional – Universidade Federal do Tocantins

5Graduação em Pedagogia – Unicesumar – Especialização em Psicopedagogia Clínica e Institucional – IMES

6Graduação em Letras/Francês – Mestrado em Educação Inclusiva – Universidade Federal do Tocantins

7Licenciatura em Filosofia – Instituto de Ciências  Sociais e Humanas

8Graduação em Letras Língua Portuguesa e Libras

9Licenciatura Plena em Pedagogia  – Universidade Federal de Rondônia

10Especialização em Educação Digital: Ação docente para uma atuação inovadora – Universidade Virtual do Estado de São Paulo/SP

11Especialização em Atendimento Educacional Especializado – Educação Especial e Inclusiva – Unicesumar

12Mestrado em Educação – Instituto Federal do Tocantins

13Graduação em Pedagogia – Faveni