INSATISFAÇÃO CORPORAL EM ADOLESCENTES E A RELAÇÃO COM AS MÍDIAS SOCIAIS DIGITAIS 

BODY DISSATISFACTION IN ADOLESCENTS AND THE RELATIONSHIP WITH DIGITAL SOCIAL MEDIA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch10202410281140


Ana Luíza Gomes Plentz1;
Anna Kloch2;
Rafaela Campos Trento3;
Samanda Priscila Sphinx Maia4


RESUMO 

A insatisfação corporal e o uso das redes sociais são fenômenos atuais que marcam a adolescência feminina, e logo requerem avaliações. Objetivo: analisar a relação entre a utilização das mídias sociais e a insatisfação corporal em adolescentes do gênero feminino. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura formada por nove artigos científicos, encontrados nas bases de dados:  SciElo e PubMed. Resultados e Discussão: Os artigos selecionados para este estudo, possibilitaram por meio da análise de seus elementos, o entendimento que as redes sociais exercem forte influência para o desenvolvimento da insatisfação corporal (IC) em meninas adolescentes, pelo fato destas redes apresentarem informações sobre o denominado corpo ideal e, igualmente, inalcançável à maioria das mulheres.  Também foi identificado que a insatisfação corporal causa graves consequências à saúde psíquica e física das adolescentes, como: problemas na autoestima, autopercepções distorcidas, ódio ao próprio corpo, depressão, insônia, isolamento social, uso de álcool, dietas restritivas, transtornos alimentares, dentre outras complicações. Assim sendo, foram demonstradas ações voltadas a resolução e/ou amenização deste cenário, como intervenções voltadas ao afastamento periódico das redes sociais, dietas saudáveis e autoaceitação. Considerações finais: Apesar da cobrança social quanto aos corpos femininos, ser um fenômeno antigo, na atualidade, ele tem nas mídias e redes sociais, fortes aliadas. Portanto, considera-se a relevância da temática discutida neste artigo para a ciência e a sociedade e sugere-se o desenvolvimento de mais estudos a este respeito.  

Palavras-chave: Adolescência. Insatisfação Corporal. Redes Sociais.  

ABSTRACT 

Body dissatisfaction and the use of social networks are current phenomena that mark female adolescence and therefore require evaluation. Objective: to analyze the relationship between the use of social media and body dissatisfaction in female adolescents. Methodology: This is a literature review consisting of nine scientific articles found in the databases: SciElo and PubMed. Results and Discussion: The articles selected for this study, through the analysis of their elements, allowed the understanding that social networks exert a strong influence on the development of body dissatisfaction (BD) in adolescent girls, because these networks present information about the so-called ideal body, which is equally unattainable for most women. It was also identified that body dissatisfaction causes serious consequences to the psychological and physical health of adolescents, such as: problems with self-esteem, distorted selfperceptions, hatred of one’s own body, depression, insomnia, social isolation, alcohol use, restrictive diets, eating disorders, among other complications. Therefore, actions aimed at resolving and/or alleviating this scenario were demonstrated, such as interventions aimed at periodically withdrawing from social networks, healthy diets and self-acceptance. Final considerations: Although the social pressure on women’s bodies is an old phenomenon, it currently has strong allies in the media and social networks. Therefore, the relevance of the topic discussed in this article for science and society is considered and it is suggested that further studies be developed on this subject. 

Keywords: Adolescence. Body dissatisfaction. Social media.

1 INTRODUÇÃO  

Discussões sobre o corpo humano, sobretudo, o feminino, não são um fenômeno exclusivo da contemporaneidade. Visto que já houve debates ao longo da história da humanidade, a este respeito.   Todavia, acredita-se que tais reflexões nunca foram tão assíduas quanto na atualidade, marcada pelo controle das sociedades do consumo e da performance das mídias sociais sobre o conceito de corpo perfeito. Isso porque, vivenciamos uma era na qual o comportamento humano é diretamente influenciado pelas redes sociais, de forma a despertar na maioria das pessoas, a necessidade de estarem sempre conectadas a estímulos e a padrões corporais a serem seguidos (Oliveira et al., 2022).  

Entretanto, compete destacar também que as redes sociais têm uma função de extrema importância na vida das pessoas, pois essas redes proporcionam praticidade, bem-estar e reaproximação entre os indivíduos. Assim, exige, principalmente da população adulta e idosa a adaptação e o aprendizado em relação ao emprego das tecnologias contemporâneas, para serem inseridos nesse período tecnológico, tanto profissionalmente como em suas relações individuais. Isso ajuda na saúde mental especialmente de idosos, que se tornam solitários em razão de, por vezes, residirem sozinhos (Geraldo; Negrisoli, 2020).  

Com efeito, as redes sociais têm se consolidado como meios de influência acentuada na vida das pessoas, de forma a redefinir os modos de interação e de compartilhar informações. Tais plataformas se apresentam como um espaço virtual ativo, onde julgamentos, emoções e preferências se entrelaçam, estabelecendo uma narrativa coletiva que compõe a identidade individual. O que se apresenta neste tecido digital vai além do alcance do compartilhamento, visto que adentra uma complexa interseção entre o domínio público e o privado. Portanto, as mídias sociais influenciam também a autopercepção, especialmente de mulheres jovens/ adolescentes, sobre seus corpos, ocasionando a insatisfação corporal (IC) e as implicações desta condição (Paula; Lopes; Rocha, 2023). 

Considerando o exposto em se tratando dos corpos femininos e os padrões estéticos idealizados e difundidos pela mídia digital extensivamente, a Insatisfação Corporal surge como um fenômeno relevante. Isso porque, pessoas que sofrem com esta condição podem se desdobrar na incansável busca pela aparência física, considerada perfeita. E apesar da IC se manifestar em pessoas que estão vivenciando diferentes etapas do desenvolvimento humano, na maioria das vezes, se manifesta em adolescentes do gênero feminino. As mídias sociais, os aplicativos e websites de comunicação aumentam com o passar do tempo, e assim também seus conteúdos, os quais são paulatinamente mais acessados, sendo parte considerável de tais conteúdos, voltada a cultuar o corpo idealizado, de forma implícita ou explícita.  

Assim sendo, produções científicas realizadas por jovens pesquisadoras, voltadas a compreender a relação entre adolescentes com insatisfação corporal e as mídias sociais, podem contribuir para a ciência no sentido de oferecer conhecimentos sobre este tema e possíveis meios para aliviar os impactos negativos ocasionados por estes fenômenos.  Já a relevância para a sociedade, forma-se pelo fato da distorção da autoimagem na adolescência ser alarmante e ir muito além do âmbito individual, sendo um fenômeno social que envolve inclusive a saúde pública, bem como o uso das mídias sociais e os problemas advindos dele. Sendo assim, são importantes questões a serem discutidas.  

Portanto, o objetivo deste estudo consiste em analisar a relação entre a utilização das mídias sociais e a insatisfação corporal em adolescentes do gênero feminino. Apresenta também os sentimentos e comportamentos de meninas que sofrem em razão destes fenômenos; Os impactos da insatisfação corporal na saúde delas; E possíveis intervenções voltadas ao enfrentamento da IC na adolescência.  

2 REFERENCIAL TEÓRICO 

2.1 O CONTEXTO DAS MÍDIAS SOCIAIS DIGITAIS  

As mídias sociais são ferramentas que vinculam pessoas em diferentes e distantes locais.  Desde a ascensão destas mídias, muitas tarefas difíceis de serem feitas a distância se tornaram mais viáveis, pois elas envolvem os canais online, como websites e aplicativos que, em síntese, proporcionam a interação entre usuários, incentivam a participação e permitem a ampla divulgação de conteúdo (Almeida, 2022).  

Outro fenômeno da atualidade, diz respeito aos diferentes domínios que se dedicam à estética humana. Dentre eles, tem-se os diversos meios midiáticos que se ocupam da divulgação da aparência humana, sobretudo a feminina, determinada como padrão. Essa realidade, geralmente, faz com que muitas mulheres se sintam insatisfeitas com a própria imagem. Por sua vez, a insatisfação com a imagem corporal de pessoas consideradas fora dos padrões estéticos estabelecidos socialmente, também é divulgada pelas mídias sociais, com destaques para as redes sociais. Estes dois cenários podem interferir diretamente ou sutilmente no desenvolvimento da não aceitação física, baixa autoestima e outros sofrimentos psicofísicos, sendo as adolescentes, as mais atingidas por tais condições (Ferreira, 2018). 

Isso porque, o predomínio da linguagem digital e a predisposição ao uso contínuo das tecnologias da Informação e da Comunicação, são fenômenos que podem prejudicar adolescentes, em se tratando da utilização problemática de mídias interativas. Se anteriormente o acesso às redes sociais virtuais (RSV)dependia de computador e internet fixa, nos dias atuais, basta apenas ter smartphones, dispositivos predominantes para o referido acesso que   possibilitam que tudo seja partilhado, sem levar em conta a importância, garantia ou condição. Sendo o Instagram, atualmente uma das  RSV`s,  mais utilizada entre  adolescentes, pois possui mais de 1 bilhão de usuários ativos, e dentre suas características tem-se a  primazia da imagem, a instantaneidade dos registros pessoais promovida pelos  smartphones, o exagero de  publicações, sobretudo imagens editadas e aperfeiçoadas e um ilusório nível  de conexões, em razão do acesso de perfis para além de amigos e familiares, como celebridades, atletas e pessoas em evidência, oportunizando a impressão de proximidade, independentemente da notoriedade que a pessoa famosa tenha. Todo este cenário pode repercutir negativamente, principalmente na autopercepção (Kato, 2023). 

Nesse contexto, destacam-se os criadores de conteúdo digital, também chamados de influenciadores digitais ou digitais influencers, sendo em peso personagens que movimentam as engrenagens das redes sociais, considerando que seu “local de trabalho” é a internet. Para Almeida (2022, p. 4): 

Os criadores de conteúdo, criam conteúdos que geram uma maior conexão com seus seguidores, isto pois, o conteúdo amador criado, eventualmente, acaba gerando mais repercussão e confiança do que a experiência compartilhada de um especialista. Portanto, eles acabam sendo considerados autoridades no assunto, bem como, além da denominação a qual faz referência a plataforma na qual produzem seus conteúdos, de uma maneira geral, passaram a ser reportados por formadores de opinião, sendo referências em assuntos específicos. 

No Brasil, essa é uma profissão regulamentada, ou seja, com Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), contudo tão somente ser classificada não basta, pois o reconhecimento se dá em função de quanto público se alcança. De acordo com Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o influenciador digital possui o código CBO nº 2534-10, tendo por descrição sumária: 

Realizam gestão das redes sociais, monitorando as mídias sociais e administrando atividades de relacionamento com público/seguidores. Elaboram planejamento estratégico de marketing digital e desenvolvem produção de conteúdo. Gerenciam marketing de influência e resultados de avaliação de desempenho (MTE, [s.d.]). 

Esta atividade ganha força a cada dia, pois não há uma obrigatoriedade de qualificação, e possui diversos benefícios, dentre eles, o retorno financeiro, a possibilidade de trabalho remoto, e, quiçá, a fama. Como visto, destacam-se aqueles que têm por ofício ou hobby, criar e divulgar conteúdo nas plataformas digitais sobre os mais diversos temas, dentre os quais muitos são voltados a imagem corporal explicitamente ou tacitamente, que por dedução lógica, sujeitam-se a vida publicizada.  

2.2 ADOLESCÊNCIA E AS MUDANÇAS BIOPSICOSSOCIAIS DESTA FASE  

A adolescência consiste em uma fase do desenvolvimento humano, vivenciada entre a infância e a idade adulta. Para diversas agências da Organização das Nações Unidas, o período adolescente corresponde a faixa etária entre 10 e 19 anos (ONU, 2019). Já para o Estatuto da Criança e do Adolescente, a adolescência ocorre entre os 12 anos e 18 anos de idade (ECA, 2022).  

Zamberlam et al. (2019, p. 02) discorrem sobre as implicações da adolescência, destacando que se trata de um período do desenvolvimento humano caracterizado por: “perdas, transformações, descobertas e vulnerabilidade. Um período de necessidade irredutível de experimentação, de sair progressivamente do casulo, de dar a voz a sua palavra, de decisão”. De forma que adolescentes, geralmente, precisam lidar com os efeitos desse período atinentes às transformações físicas e psíquicas. Considerando que são indivíduos em processo de desenvolvimento, o fato de estar diante de uma imagem diferente daquela da infância, requer o novo reconhecer-se. E comumente, durante o processo de apropriação da imagem atual, eles procuram se auto identificarem e se identificarem com os pares (outros adolescentes). Isto porque, além das questões de ordem biológica como a puberdade e mudanças corpóreas, os adolescentes procuram sua própria identidade, o conceito da sua imagem, ainda o seu próprio lugar dentro da família e da sociedade. 

 Neste sentido, Guerin, Priotto e Moura (2018), discorrem sobre adolescência da atualidade, afirmando que ela é marcada por grandes transformações biológicas, psicossociais e comportamentais, atravessadas por descobertas, busca de identificação e assim, origem de questionamentos. Porém, na chamada geração Z, os pensamentos e as ações de adolescentes são ornamentados, sobretudo, pelos meios de interações sociais intensificados, que modificaram as formas de interação deste público. Sendo as mídias digitais grandes influenciadoras deste grupo, na contemporaneidade.  Assim, Kataoka et al. (2022), pontuam que a mídia, principalmente as redes sociais influenciam adolescentes no sentido da geração de expectativas quanto a corpos não reais, e este fato pode levar ao desenvolvimento de diferentes questões alimentares e corporais, tais como a Insatisfação Corporal (IC).  

2.3 INSATISFAÇÃO CORPORAL NA ADOLESCÊNCIA FEMININA  

Em se tratando da Insatisfação Corporal em adolescentes do gênero feminino, Wroblevski et al. (2021, p. 28) explicam que ela pode ser definida como um dos elementos da imagem corporal, que afeta pessoas de diferentes fases do desenvolvimento humano, gêneros e raças. Mas, sobretudo adolescentes mulheres, em razão delas estarem vivenciando uma das fases mais importantes para a estruturação da imagem corporal. Nesse sentido, esse grupo está muito vulnerável às pressões da sociedade quanto à própria imagem. “Sendo o ambiente social, a mídia e a pressão de colegas ou familiares, geralmente, os principais fatores que contribuem para o desenvolvimento de uma avaliação não realista do próprio corpo, gerando, assim, uma imagem corporal negativa”.   

Considerando o contexto da adolescência feminina influenciada pelas mídias digitais, Costa et al. (2021) asseguram que os filtros presentes nestas mídias, bem como a divulgação que o sucesso e o bem-estar pessoal dependem, ainda que indiretamente, do corpo tido como ideal, levam a não aceitação acerca da própria imagem. De outro lado, tem-se o enriquecimento acelerado do mercado de produtos e serviços que ajudam na procura pela beleza e remodelamento da aparência, induzindo muitos indivíduos a excederem limites para alcançar essa finalidade, como recorrer a cirurgias de alta complicação, se submeter a dietas restritivas e ao uso de substâncias, apesar de serem riscos a saúde física e psíquica.  Todo este cenário contribui para que adolescentes, maiormente, meninas com idades entre os 12 e 17 anos, desenvolvam além da insatisfação corporal, condições como: níveis de ansiedade, esquiva social, baixa autoestima, depressão maior e tentativas de suicídio.  

Nesta direção, Dornelas et al. (2023), afirmam que não raro, a insatisfação corporal se manifesta em atendimentos de pacientes pertinentes à estética. E em casos mais graves, essas pacientes se submetem a vários procedimentos cirúrgicos que, na maioria das vezes, avaliam como insuficientes. Desta forma, é necessário salientar probabilidades diagnósticas para casos de queixas infundadas e distorcidas. Sendo necessário que médicos cirurgiões realizem abordagens com cautela, abrangendo anamnese apropriada e observação cuidadosa. No sentido de evidenciar receptividade e compreensão, como também se necessário, realizar o encaminhamento da paciente ao médico psiquiatra. 

O exposto revela uma espantosa problemática, tão logo discussões a seu respeito são importantes, para conscientizar a população e levantar ponderações na ciência, principalmente, na medicina.  

3 METODOLOGIA   

Este artigo foi constituído por uma revisão da literatura. Gil (2002), explica que se trata de um tipo de estudo formado por uma junção de materiais sobre determinado tema. Marconi e Lakatos (2021) salientam que, na atualidade, os artigos científicos são o primeiro alvo das pesquisas de revisão da literatura, tendo em vista a maior possibilidade de publicações atuais sobre diversos temas.  

A pesquisa foi realizada em setembro de 2024. Os artigos científicos, foram coletados na base de dados: Scientific Electronic Library Online (SciELO) e National Library of Medicine (PubMed), por meio dos descritores: insatisfação corporal em adolescentes, mídias sociais digitais, e body dissatisfaction in adolescents, digital social media, associados ao operador booleano AND. Os critérios de inclusão foram: artigos publicados nos últimos dez anos, nos idiomas inglês e português, disponibilizados por completo e de forma gratuita. Foram excluídos artigos constituídos por revisão de literatura, um de cada artigo duplicado, e demais materiais encontrados que não atenderam aos critérios de inclusão.  

3.1 ANÁLISE DOS DADOS  

A análise deste artigo foi realizada pela   assimilação dos conceitos mais importantes contidos nos artigos científicos selecionados, seguida pelo estabelecimento das categorias temáticas e a sintetização dos conceitos. De modo a recompor todo o conteúdo, fixando-se no primordial para solucionar a problemática proposta, e alcançar os objetivos estabelecidos. Tal como explica Gil (2002).  

4 RESULTADOS  

 Na base de dados SciELO, face à aplicação do termo de busca: insatisfação corporal em adolescentes AND mídias sociais digitais, obteve-se 79 retornos, os quais foram submetidos aos critérios de inclusão estabelecidos previamente. Processo que resultou em 37 artigos, dos quais leu-se os resumos, permitindo a elegibilidade de sete artigos para compor este estudo.   

Na base de dados PubMed, após aplicação dos descritores: body dissatisfaction in adolescents, digital social media, junto ao booleano AND, retornaram 57 publicações, para as quais se aplicou os mesmos critérios e após a filtragem final, elegeu-se dois artigos.  

De tal modo, foram selecionados nove artigos científicos para formar este estudo. O quadro 1, a seguir, é composto por informações dos mesmos, obedecendo ao ano em que foram publicados, na ordem crescente. A saber: 2017 a 2024. 

Quadro 1- Informações sobre os Artigos científicos eleitos para esta Revisão 

Autoria-ano Títulos Objetivos Tipo de Estudo Base de  dados
LIRA et al.  (2017).Uso de redes sociais,  influência da mídia e  insatisfação com a  imagem corporal de adolescentes  
brasileiras
Avaliar relações entre  a influência da mídia  e o uso de redes sociais na imagem  corporal (IC) de  adolescentes do sexo  feminino.Estudo transversal. SciElo.
SILVA et al.  (2018). Jovens Insatisfeitos  com a Imagem  Corporal: Estresse,  Autoestima e  Problemas 
Alimentares
Verificar as relações  entre imagem  corporal (IC), estresse percebido,  autoestima,  comportamento  alimentar em adolescentes.Estudo de campo. SciElo.
PINHO et al.  (2019).Percepção da imagem  corporal e estado  nutricional em adolescentes de  escolas públicasAvaliar a insatisfação da imagem corporal  entre adolescentes do norte de Minas  Gerais.Estudo transversal. SciElo.
OLIVEIRA;  MACHADO  (2021).O insustentável peso  da autoimagem:  (re)apresentações na sociedade do  espetáculoIdentificar a  autoimagem 
apresentada pelos  adolescentes, frente à uma sociedade tecida  pela exigência de  imagem e padrões  corporais  considerados  perfeitos,  compreendendo a  influência das  relações sociais e da  mídia na construção  de suas identidades. 
Pesquisa qualitativa/ História oral. SciElo.
WROBLEVSKI  et al. (2021)Relação entre  insatisfação corporal  e saúde mental dos  adolescentes  
brasileiros: um estudo com 
representatividade  Nacional
Avaliar o impacto da  insatisfação corporal  associada à saúde mental de estudantes matriculados no 9º  ano. Pesquisa documental. SciElo.
OLIVEIRA; PAN  (2023)Projetar a vida sendo  menina: contribuições  da terapia  ocupacional socialConhecer as  dimensões da vida de  meninas/mulheres  estudantes do Ensino  Médio que  influenciam a  projeção de suas  vidas.Pesquisa intervenção. SciElo.
NEMESURE et  al. (2023). Evaluating change in  body image concerns  following a single  session digital  interventionDetermine if a  modified single  session mini-course,  derived from the  aforementioned chat based intervention,  could reduce body  image concerns  among individuals  using eating disorder  related search terms  on a social media  platform.Pesquisa intervenção. PubMed.
HESSELLE;  MONTAG  (2024). Effects of a 14-day  social media  abstinence on mental  health and well being: results from an  experimental studyInvestigate the effects  of a 14-day social  media abstinence on  various mental health  factors using an  experimental design  with follow-up  assessment. Ensaio controlado  randomizado. PubMed.
QUANDT et al. (2024)Imagem corporal e  fatores associados em  estudantes da rede  municipal de ensino  em uma cidade no sul  do BrasilDescrever a relação  entre imagem  corporal e fatores  demográficos,  socioeconômicos e  comportamentais nos  estudantes do nono  ano de 25 escolas  municipais de ensino  fundamental em  Pelotas, Rio Grande  do Sul.Estudo transversal. SciElo.

Quadro elaborado pelas autoras. 

5 DISCUSSÃO  

5.1 O uso de Redes sociais e a Insatisfação corporal na Adolescência Feminina 

Quanto à análise da influência das redes sociais na insatisfação corporal (IC), de adolescentes do gênero feminino, Lira et al. (2017, p. 165) realizaram um estudo transversal com 212 adolescentes estudantes de escolas públicas e de uma organização privada, localizadas no estado de São Paulo, utilizando   a subescala 1 de internalização geral da Escala de Atitudes Socioculturais em Relação à Aparência (SATAQ-3), junto a perguntas sobre a assiduidade de acesso às mídias sociais. Constatando que 85,8% da amostra avaliada apresentava insatisfação corporal, independente da classe social e da escolaridade. Isso porque, as participantes que: 

“escolheram figuras menores como desejadas apresentaram valores superiores na SATAQ-3 (p < 0,001). E o acesso diário maior de 10 vezes ao dia ao Facebook e Instagram aumentou a chance de insatisfação em 6,57 e 4,47 vezes, respectivamente”. Portanto, as autoras apontam que na contemporaneidade, as informações determinadas na maioria das vezes pelas mídias, sobre beleza, forma física e magreza constituem uma ação influenciadora enorme para a insatisfação corporal em meninas vivenciando a adolescência, e neste contexto, as redes sociais se sobressaem.  

No mesmo sentido, Silva et al. (2018) verificaram as implicações da insatisfação corporal em 148 adolescentes, constatando relações entre a IC e dietas restritivas, bulimia, estresse e autoestima. Examinaram ainda que tais circunstâncias são decorrentes e agravadas pelo acesso às mídias sociais, como Facebook, Instagram, dentre outras, em que imagens e correspondências de informações entre as usuárias atuam como fatores para a procura do corpo anunciado como ideal. 

Após entrevistarem 10 adolescentes de 15 a 19 anos, do sexo feminino, matriculadas em uma escola pública de Minas Gerais, Oliveira e Machado (2021), identificaram forte influência das mídias sociais digitais, na constituição de suas identidades e implicações decorrentes da procura em alcançar uma imagem corporal, aprovada pelos modelos estéticos do mundo virtual. Isto porque, a autoimagem idealizada influenciava suas vidas, caracterizadas pela fragilidade e a superficialidade das relações formadas na sociedade do espetáculo. Sendo uma dessas implicações, a insatisfação corporal da amostra entrevistada.  

Pinho et al. (2019) realizaram um estudo transversal que contou com 364 meninas entre 11 e 17 anos, matriculadas em redes públicas municipais de ensino, por meio da ferramenta escala de figuras de silhuetas para adolescentes, que permitiu a autoavaliação delas. Os resultados demonstram que 39,6% da amostra apresentava insatisfação corporal. Observaram também que tal desagrado com a imagem corporal é um fenômeno em grande parte, promovido pelo acesso às redes sociais, as quais este público é exposto frequentemente, e, portanto, um grupo de risco a IC.  Uma vez que neste contexto, existe a propagação do corpo ideal com sendo um corpo perfeito. Isto reflete enorme questão psicossocial, pois o corpo ideal propagado geralmente não é alcançado. E este fato, na maioria das vezes, ocasiona distúrbios da imagem corporal, repercutindo negativamente na saúde e no comportamento da adolescência feminina.  

5.2 Impactos da Insatisfação Corporal na Saúde de Adolescentes  

Como já demonstrado, a insatisfação corporal apresenta consequências negativas as adolescentes. A este respeito, Oliveira e Pan (2023, p. 7) apresentam os resultados de uma pesquisa-intervenção, realizada por essas autoras, sobre os fatores que influenciam as vidas de adolescentes estudantes do Ensino Médio. Afirmando que: “corpo, beleza, autoimagem, procedimentos estéticos, peso, autoestima, gordofobia, preterimento, influências digitais e fitness, além da solidão por, muitas vezes, odiar o próprio corpo, foram muitos os relatos durante os encontros sobre a temática”. Portanto, afirmam também que a vivência da adolescência feminina vinculada à estética, notadamente é um elemento determinante de sofrimento, estando presente na vida de todas as participantes, e as mídias sociais digitais são grandes influenciadoras nestes processos. 

Neste seguimento, Wroblevski et al. (2021, p. 31), avaliaram a insatisfação corporal e seus impactos sobre a saúde mental de 50.063 adolescentes do sexo feminino, por meio de elementos oriundos da terceira edição da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE). E notaram que a insatisfação corporal apresentava efeitos negativos à saúde mental de parte considerável da amostra, pois as meninas deste grupo, citaram sentimentos reiterados de solidão, relataram insônia em razão da preocupação com a autoimagem e problemas de socialização devido a IC.  

Nemesure et al. (2022) afirmam que a insatisfação corporal atinge a adolescência a nível global, e tal fenômeno possui forte relação com a utilização das redes sociais, visto que tais redes representam uma das fontes que oferecem elementos que desenvolvem ou agravam preocupações com a imagem corporal. Bem como que a IC apresenta dentre seus riscos à saúde, o desenvolvimento de diferentes transtornos alimentares. 

O estudo de Quandt et al. (2021), do tipo transversal, descreve os impactos da insatisfação corporal na saúde física e mental de 810 adolescentes matriculadas em 25 escolas da rede pública. Sendo os dados coletados por meio de questionários padronizados e précodificados. Os resultados apontam que aproximadamente um terço da amostra, apresentava insatisfação corporal associada ao agravo da saúde física e mental, dado que 270 meninas atribuíram o sentimento de tristeza, o uso de álcool, à baixa autoestima, as dietas restritivas e as autopercepções distorcidas, à insatisfação corporal. As meninas afirmaram também que usavam constantemente as redes sociais, onde se confrontavam com protótipos de beleza idealizados e isso contribuía em muito para a insatisfação quanto à própria imagem corpórea.  

 Diante dos impactos à saúde física e mental de adolescentes, decorrentes da insatisfação corporal, apresentados neste estudo. Considerou-se importante apresentar também os achados concernentes às intervenções com vistas à melhoria de tais condições. Como exposto a seguir.   

5.3 Possíveis Intervenções em relação a Insatisfação corporal na Adolescência   

Considerando a insatisfação corporal na adolescência, os riscos deste fenômeno à saúde, e sua relação com o uso da redes sociais, Nemesure et al. (2022) realizaram um estudo randomizado com 525 adolescentes, por meio de intervenções guiadas com foco na redução das preocupações desta população quanto a IC, por um período de dois meses. Os autores afirmam que esta intervenção resultou em um desenvolvimento significativo quanto ao contentamento com a imagem corporal, pois antes desta ação a amostra apresentava baixa satisfação em relação à própria imagem, e ao final dela, satisfação moderada. Ademais, demonstraram melhora significativa para cuidarem de suas respectivas imagens, sem riscos à saúde.  

Hesselle e Montag (2024) intervieram junto a um grupo de adolescentes, propondo o não uso das redes sociais por 14 dias. Para isso, utilizaram um modelo experimental com avaliação de acompanhamento. E concluíram que, o não acesso às referidas redes, diminuiu a insatisfação da imagem corporal. Assim, os autores destacam que a imagem corporal negativa está relacionada ao uso das redes sociais, dado que a apresentação de corpos idealizados e a comparação social, principalmente   nas plataformas de redes sociais orientadas para o visual, apesar de não serem os únicos fatores predisponentes para uma autoimagem negativa, exerce uma grande influência para o desenvolvimento da IC.  

CONSIDERAÇÕES FINAIS  

Neste artigo foram explanados temas como o contexto das mídias sociais digitais, a adolescência e as mudanças biopsicossociais desta fase, e a insatisfação corporal em adolescentes do gênero feminino. Por meio da análise da literatura selecionada, houve o entendimento que as redes sociais, sobretudo, facebook e instagram exercem forte influência para o desenvolvimento da insatisfação corporal (IC) em meninas adolescentes. Pelo fato destas redes constituírem contextos com informações sobre o corpo idealizado, a forma física ditada como adequada, incentivarem o emagrecimento e exporem este público a corpos praticamente inalcançáveis, uma vez que ocorre a edição de tais imagens, dentre outros fatores que fazem com que adolescentes se sintam insatisfeitas, principalmente em relação aos seus corpos, e assim desenvolvam a IC.  

Foram analisados também os impactos da insatisfação corporal na saúde psicofísica das adolescentes, dentre eles, a autopercepção distorcida, o sentimento de ódio ao próprio corpo, o desenvolvimento de transtornos alimentares, as dietas restritivas, a depressão, a insônia, problemas na autoestima, isolamento social e uso de álcool. Diante deste cenário, foram demonstradas ações voltadas a resolução e/ou amenização desta problemática, como intervenções guiadas voltadas a redução das preocupações da população adolescente quanto aos seus corpos, bem como orientações sobre como obter a forma física desejada, de modo saudável. Também foi abordada a intervenção, na qual adolescentes ficaram 14 dias sem acessar as redes sociais, sendo acompanhadas, e ao final demonstraram diminuição da insatisfação corporal.  

Portanto, os objetivos deste estudo foram alcançados, e além destes, o mesmo oportunizou apresentar demais conhecimentos relacionados à temática aqui tratada.    

Conclui-se que a insatisfação corporal, é um fenômeno que, na atualidade atinge principalmente adolescentes do gênero feminino e resulta em diversos problemas de saúde a esta população. E apesar da cobrança social quanto aos corpos femininos ser um acontecimento antigo, que tem como consequência o sofrimento de mulheres em diferentes fases do desenvolvimento humano, na contemporaneidade, este fenômeno encontra nas mídias e redes sociais, grandes aliadas. 

Ademais, face à importância do tema deste artigo, sua publicação contribuirá para a ciência, a saúde e a sociedade, por todos os conhecimentos aqui expostos. Tão logo, espera-se que sejam desenvolvidas mais pesquisas neste sentido.  

REFERÊNCIAS 

ALMEIDA, Tainá Ulli Carvalho de. Influência da comparação social na apresentação de si de adolescentes na rede social digital Instagram. 2022. Dissertação (Mestrado- Programa de Pós Graduação do Instituto de Psicologia) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, Brasil. 2022. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36064. Acesso em: 08 maio, 2024. 

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Classificação Brasileira de Ocupações. [Brasília]: MTE, [s.d.]. Disponível em: http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/pesquisas/ResultadoFamiliaDescricao.jsf. Acesso em: 03 mar. 2024.   

COSTA, Lucca Vian et al. A relação entre as redes sociais, dismorfia corporal e cirurgias plásticas. Mostra de Inovação e Tecnologia São Lucas (2763-5953), v. 2, n. 1, p. 24-25, 2021. Disponível em: https://scholar.google.com.br/scholar?hl=pt-BR&as_sdt=0%2C5&as_ylo=2018&as_yhi=2023. Acesso em: 20 mar. 2023.  

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 1Acadêmica do Curso de Medicina da faculdade União de Ensino Superior da Amazônia Ocidental – UNNESA;
 2Acadêmica do Curso de Medicina da faculdade União de Ensino Superior da Amazônia Ocidental – UNNESA;
 3Acadêmica do Curso de Medicina da faculdade União de Ensino Superior da Amazônia Ocidental – UNNESA;
4Docente no Curso de Medicina da Faculdade União de Ensino Superior da Amazônia Ocidental – UNNESA