ESTRATÉGIAS DE CONFORTO AMBIENTAL PARA QUADRAS FECHADAS VOLTADAS A ESPORTES DE ALTO RENDIMENTO

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202410191143


Preta, Emille Sicupira Cata1
Bitencourt, Rafael Andrade2
Santos, Philipe Do Prado3


RESUMO

A arquitetura esportiva, com suas particularidades, é fundamental para otimizar a eficiência dos ambientes, ao considerar as necessidades específicas de cada modalidade. Neste artigo são tratadas as estratégias de conforto ambiental aplicadas a quadras fechadas destinadas a esportes de alto rendimento, destacando a relevância de um ambiente arquitetonicamente planejado para garantir o bem-estar dos atletas e otimizar seu desempenho. O estudo focaliza em aspectos térmicos, visuais, acústicos e ergonômicos, e analisa como cada um desses fatores condicionam a performance esportiva. Além disso, explora a interação entre o corpo e o ambiente físico, propondo soluções que favorecem a criação de espaços funcionais e confortáveis para a prática esportiva e eventos competitivos. A pesquisa, de natureza bibliográfica e exploratória, reúne conceitos de psicologia ambiental e rendimento atlético, além de destacar as estratégias construtivas de ventilação, iluminação e controle acústico que podem ser aplicadas em quadras fechadas visando trazer o bem-estar humano. O trabalho propõe soluções para que os centros esportivos ofereçam condições adequadas para a prática, fundamentando a criação de ambientes que favorecem tanto a satisfação quanto a potencialização do desempenho dos praticantes. A partir desse estudo, é possível definir a importância do ambiente de preparação e competição no desempenho do atleta de alto rendimento, e a arquitetura, atrelada ao conforto ambiental, se mostra como ferramenta para o desenvolvimento desses espaços, essenciais para o sucesso em competições esportivas nacionais e internacionais.

Palavras-chave: Ambiente esportivo. Arquitetura. Atleta. Bem-estar. Desempenho.

ABSTRACT:

Sports architecture, with its particularities, is essential to optimize the efficiency of environments, considering the specific needs of each sport. This article addresses environmental comfort strategies applied to indoor courts intended for high-performance sports, highlighting the importance of an architecturally planned environment to ensure the well-being of athletes and optimize their performance. The study focuses on thermal, visual, acoustic and ergonomic aspects, and analyzes how each of these factors influences sports performance. In addition, it explores the interaction between the body and the physical environment, proposing solutions that favor the creation of functional and comfortable spaces for sports practice and competitive events. The research, of a bibliographic and exploratory nature, brings together concepts of environmental psychology and athletic performance, in addition to highlighting the construction strategies of ventilation, lighting and acoustic control that can be applied to indoor courts with the aim of promoting human well-being. The work proposes solutions so that sports centers offer adequate conditions for sports practice, supporting the creation of environments that favor both the satisfaction and the enhancement of the performance of athletes. From this study, it is possible to define the importance of the preparation and competition environment in the performance of high-performance athletes, and architecture, linked to environmental comfort, is shown to be a tool for the development of these spaces, essential for success in national and international sports competitions.

Keywords: Sports enviroment. Architecture. Athlete. Well-being. Performance.

1 INTRODUÇÃO

Estima-se que o surgimento de centros educacionais e complexos esportivos ocorreu por volta de 580 a.C. devido ao crescimento das práticas esportivas na antiguidade e a necessidade de locais adequados para realização de esportes com eficiência (Saba, 1998 apud Camara; Emmerich, 2020).

Ao analisarmos o processo de concepção de centros esportivos, podemos destacar inúmeras estratégias que fundamentam esse processo; no entanto, a realidade nem sempre segue o cenário idealizado.

Nesse contexto, a arquitetura esportiva se apresenta como uma abordagem que procura propor projetos especializados para a prática esportiva, analisando suas singularidades e necessidades específicas do esporte a ser praticado no espaço.

Segundo Medeiros (2014, p. 356), “O esporte, como uma manifestação cultural, acompanha as transformações que ocorrem na sociedade, refletindo seus avanços científicos, tecnológicos e valores construídos.”. Nos esportes de alto rendimento, os atletas estão em constante estado de otimização da performance, com o principal objetivo de traçar rotinas e hábitos que influenciam de forma positiva seus resultados. Nesse aspecto, a estrutura de treino e competição relaciona-se diretamente com o nível de aperfeiçoamento do desempenho.

No esporte competitivo, o atleta é exposto a diversos tipos de estresse durante o processo de treinamento. De acordo com De Rose Junior (2002), atletas profissionais são submetidos a fatores de estresse individuais e situacionais, onde o último engloba situações de preparação da equipe, sendo o treinamento e a infraestrutura. Levando esse aspecto em consideração, o ambiente de performance deve proporcionar o bem-estar para que o aproveitamento do treinamento e o desempenho do atleta sejam maximizados.

Ao observar o cenário da arquitetura esportiva, podemos destacar estratégias construtivas de conforto ambiental que contribuem para o melhor desempenho dos atletas de alto rendimento em competições nacionais e internacionais. A arquitetura visando o conforto térmico se demonstra como ferramenta de soerguimento para o desempenho energético do atleta.

Conforto térmico é um estado de espírito que reflete a satisfação com o ambiente térmico que envolve a pessoa. Se o balanço de todas as trocas de calor a que está submetido o corpo for nulo e a temperatura da pele e suor estiverem dentro de certos limites, pode-se dizer que o homem sente conforto térmico. (Ashrae, 2005 apud Lamberts; Dutra; Pereira, 2014, p. 43).

Para isso, o presente estudo propõe compreender como o conforto ambiental impacta o desempenho dos atletas de esportes de quadra de alto rendimento, apontando aspectos físicos e ambientais que podem influenciar o contexto de treinamento e a performance do atleta.

2 METODOLOGIA

Este trabalho é uma pesquisa bibliográfica de natureza exploratória, dado que, segundo Gil (1996), tem como objetivo a busca pelo aprimoramento de ideias através de levantamento bibliográfico.

Nesse contexto, é buscado livros e artigos científicos que forneçam a base teórica para a análise de conceitos e características acerca do funcionamento do corpo do atleta de alto rendimento e relacionar os fatores de influência que o ambiente pode causar sobre eles através do estudo de concepções associadas à arquitetura e o conforto ambiental. No tratamento desses resultados foi utilizado o instrumento de pesquisa qualitativo, onde há a observação dos conceitos para a geração de argumentos e conclusões.

Para a busca de trabalhos de referência foram utilizados os vocábulos: arquitetura esportiva, atletas de alto rendimento e conforto ambiental.

3 REFERENCIAL TEÓRICO

Este capítulo busca trazer fundamentações acerca das temáticas apresentadas neste trabalho, desenvolvendo sobre o histórico do esporte de alto rendimento ao longo dos anos. Traz, também, como a arquitetura exerce o seu papel nesse meio através da arquitetura esportiva e do conforto ambiental e como o corpo do atleta reage ao conforto e ao desconforto que o ambiente pode trazer.

3.1 O ESPORTE DE ALTO RENDIMENTO

Segundo Vargas (2014, p.19), o Esporte ou Desporto é definido pela CONFEF na Resolução de n°046/2002, como “uma atividade competitiva, institucionalizada, realizada conforme técnicas, habilidades e objetivos definidos pelas modalidades esportivas, determinada por regras preestabelecidas que lhe dá forma, significado e identidade […]”.

A partir dessa definição de esporte, tem-se uma vertente que o objetiva como trabalho visando o melhor desempenho e a busca por resultados. Segundo Marchi Júnior (2015, p.48):

As modalidades esportivas foram se multiplicando e, em alguns casos, se desdobrando em derivações das práticas originais; o número de praticantes cresce vertiginosamente criando-se um contingente demarcatório de amadores e profissionais. Desse cenário, criam-se competições nacionais e internacionais, as quais em torno de suas edições determinam um número crescente de aficionados pelo espetáculo esportivo que, por sua vez, acaba exigindo de determinadas áreas do conhecimento novas e sofisticadas metodologias de treinamento, avaliação de desenvolvimento da performance esportiva, entre outras incursões.

Segundo Rubio (2002), o esporte se adaptou a uma condição pós-moderna influenciada pelos meios de comunicação de massa, onde seu modelo se adapta às novas exigências e necessidades desse meio. Essa adaptação teve como resultante o maior investimento midiático acerca do espetáculo a ser proporcionado, provocando a incrementação do profissionalismo no esporte, tanto relacionado a transmissão dos eventos como em relação ao atleta que é o foco principal dessa exibição.

Nesse contexto, no âmbito profissional requer um nível maior de preparo, onde, de acordo com Valle (2003), para o atleta de alto rendimento a demanda quanto aos padrões de treinamento, de rotina, de dieta, etc., é cobrada em um nível maior do que em rotinas padrões de um indivíduo comum. A intensa competição requer um investimento significativo de tempo em treinamento, demandando grande seriedade, disciplina e comprometimento na busca por resultados satisfatórios. Muitas vezes, exige dedicação quase exclusiva ao treinamento.

O trabalho de Campos, Cappelle, Maciel (2017) trouxe a perspectiva do esporte de alto rendimento como carreira profissional apesar de o esporte por muitas vezes ser associado a atividades lúdicas e por, também, ser iniciada em idade menor e encerrada antes da maioria das profissões usuais. Dentro dessa análise há a demonstração das diferenças e semelhanças que essas carreiras apresentam e desmistificar essa diferenciação entre ambas:

Figura 1 – Semelhanças e diferenças entre a carreira formal e/ou convencional e a esportiva.

Fonte: Campos, Cappelle, Maciel (2017).

Nesse contexto, Rubio (2002) cita o corpo do atleta de alto rendimento como instrumento de força e trabalho, aptos a vender ao seu empregador um espetáculo capaz de atrair multidões, regulado pelas leis de oferta e procura do mercado. Além disso, Do Valle (2003, p.51) aponta como “a exigência pela boa performance, o elevado grau de competitividade e a tolerância às frustrações e ao estresse são características que o ser humano encontra no seu dia-a-dia e em suas relações pessoais”.

No Brasil, a Lei N°9.615/1998 caracteriza o desporto de acordo com quatro variantes, sendo elas o desporto educacional, de participação, de formação e de rendimento, onde o último tem como objetivo obter resultados e integrar pessoas e comunidades do país com as de outras nações (Brasil, 1998).

Nesse cenário, Antonelli (2016) propõe examinar porque certos países obtêm mais medalhas do que outros, avaliar a eficácia das políticas governamentais e investigar os efeitos do sucesso em eventos esportivos internacionais na sociedade. A partir disso, temos a definição de uma estrutura e organização para que o esporte de alto rendimento tenha uma melhor distribuição de artifícios para a estruturação dessa modalidade.

3.2 ARQUITETURA PARA ESPORTES DE QUADRA

Em sua definição de Arquitetura, Lemos (2007) apresenta a ideia de que a arquitetura envolve a concepção e criação de novos ambientes para satisfazer necessidades, modificando o meio ambiente. Além disso, traz como ferramenta de exercê-la o partido, que é movido e definido por condicionantes incluídas no processo de concepção de projeto. Dentre essas condicionantes podemos citar as técnicas construtivas utilizadas, o clima, as condições físicas, topográficas, o programa de necessidades, as condições financeiras e a legislação/normas regulamentadoras. Em cada condição cultural será utilizada diferentes arquiteturas, tornando cada processo único e específico em sua implantação.

Em seu trabalho, Mascarenhas (2006, p.2):

As instalações esportivas (ginásios, autódromos, estádios etc.), além de se apresentarem frequentemente como paisagem durável (decorrente do grande investimento necessário para edificação) e ampla visibilidade (decorrente do porte físico), podem ainda constituir importante centralidade física e simbólica no interior do espaço urbano.

O projeto de edificações esportivas necessitam de um estudo preliminar correto para que funcione de maneira justa, sendo imprescindível o repertório técnico, teórico e crítico do profissional que irá projetar essa construção, podendo vir tanto da prática profissional e do que já foi produzido, quanto por meio de análises e estudos de obras referenciais na área esportiva (Forcellini, 2014).

O profissional que atua na vertente da arquitetura que é atrelada ao esporte tem como objetivo unir a beleza estética, a funcionalidade, a segurança e a acessibilidade em um espaço onde os atletas possam performar ao público e treinar, adaptando a necessidade de cada modalidade a ser praticada, definindo dimensões, tipos de piso, arquibancada e iluminação, buscando sempre o conforto térmico e acústico (Faustini, 2019).

Logo, o processo de concepção e projeto de áreas de práticas esportivas devem possuir um estudo aprimorado acerca de variadas formas em que o ambiente pode influenciar sobre o atleta que está treinando e praticando o esporte. Essas variantes afetam o processo de performance e possibilitam ao esportista a prática do esporte em seu potencial máximo.

As quadras esportivas podem trazer características que variam conforme a modalidade esportiva praticada, além de serem abertas ou fechadas, e deve ser de conhecimento do arquiteto as necessidades para a prática de cada variante, pois cada uma pressupõe tamanho e demarcação próprias, no caso de quadras poliesportivas. Além disso, a finalidade deve ser

levada em consideração, sendo ela para esportes recreativos ou se receberá esportes de alto rendimento (Faustini, 2019).

O Modelo Sport Policy Factors Leading to International Sporting Sucess (SPLISS) foi um projeto de investigação internacional que estuda a competitividade das nações no esporte de alto rendimento, com o objetivo de estudar a relação entre política esportiva e êxito esportivo. Um dos pilares analisados nesse modelo que é pioneiro na investigação do sucesso internacional dos países no esporte são as instalações esportivas. (Antonelli, 2016).

Figura 2 – Modelo SPLISS Pilares que leva ao sucesso esportivo internacional.

Fonte: Adaptado de De Bosscher et al. (2008).

A Figura 2 ilustra o gráfico que demonstra os 9 pilares a serem investigados pela pesquisa por meio de entrevistas com atletas, técnicos e diretores esportivos.

Quadro 1 – Avaliação de seis nações da amostra em relação a nove pilares com base em ‘dados duros’ ou fatos (nações classificadas de acordo com seu desempenho em Atenas).

Fonte: Adaptado de De Bosscher et al. (2008).

Foi perguntado o nível de desenvolvimento e investimento de 6 países diferentes, sendo eles a Itália, Reino Unido, Holanda, Canadá, Noruega, e Bélgica representado por Flanders e Wallonia. No Quadro 1 há a amostra de desenvolvimento de cada pilar analisado, podendo ser desde “muito desenvolvimento” até “pouco ou nenhum desenvolvimento”.

Tabela 1 – Classificação relativa das nações da amostra de acordo com diferentes medidas de desempenho nos esportes olímpicos, utilizando a participação de mercado.

Fonte: Adaptado de De Bosscher et al. (2008).

A partir da Tabela 1 podemos ver que os três países com melhor desempenho em olimpíadas no decorrer dos anos tem o maior investimento em 4 pilares específicos, o pilar 1

(financiamento para organização esportivas nacionais), o pilar 7 (fornecimento de treinadores), pilar 5 (apoio atlético e pós-carreira) e no pilar 6 (instalações de treinamento).

Antonelli (2016) faz uma análise sobre o Centro de Desenvolvimento do Voleibol Brasileiro – Saquarema, presente no estado do Rio de Janeiro, voltado para categorias competitivas, da infantil até a adulta, que possui infraestrutura pensada e adaptada de acordo as necessidades dos atletas de voleibol, utilizando tecnologias de ponta desde os alojamentos até os corredores, ginásios e academias. Nesse cenário, o vôlei brasileiro se destaca em cenário internacional, em modalidade feminina e masculina, com medalhas olímpicas.

Figura 3 – Quadra de voleibol – Centro de Desenvolvimento do Voleibol Brasileiro – CDV.

Fonte: Antonelli (2016).

Nessa conjuntura, a arquitetura é instrumento de fundamental estudo para o esporte, a cidade e a sociedade, Camara (2020, p.114) relata que:

Além disto, a evolução dos centros esportivos está diretamente relacionada com o desenvolvimento das cidades e ao seu processo de urbanização. Faz-se importante, nestes casos, compreender que, como produtos da ação humana, os lugares esportivos são resultados de um determinado contexto cultural que lhe garante valor simbólico e não apenas uma realidade física. Nestes ambientes, a arquitetura possui uma força e fonte de inspiração como principal elemento da materialidade do espaço.

3.3 CONFORTO AMBIENTAL NA ARQUITETURA E O ESPORTE DE ALTO RENDIMENTO

O conforto ambiental pode ser definido como um conjunto de condições que visam ao bem-estar humano, abrangendo aspectos como temperatura, iluminação, acústica e ergonomia. Existem variáveis ambientais que possuem relação direta com o conforto térmico que o indivíduo pode sentir, sendo elas medidas em temperatura do ar, temperatura radiante, umidade relativa e a velocidade do ar. Além disso, a atividade física e a vestimenta também influenciam, pois quanto maior a atividade física, maior será o calor gerado pelo metabolismo humano. (Lamberts, 2014).

Ao pensar nos edifícios que iremos construir, devemos pensar na adoção de estratégias que busquem influenciar o seu desempenho térmico e como consequência, o conforto térmico dos ocupantes deste edifício. O consumo energético maior para se atingir o conforto térmico da edificação pode ser resultante de uma concepção errônea e não adaptada ao contexto de inserção. Por meio da ventilação natural, é possível resfriar os edifícios, reduzindo sua capacidade de armazenar calor em seu interior. Para esse fim é utilizado o movimento do ar mediante zonas de alta pressão e zonas de baixa pressão no entorno do edifício, onde as aberturas de entrada se encontram na primeira e as aberturas de saída na segunda (Romero, 2008).

Diversas estratégias bioclimáticas são necessárias para a construção de um ambiente sustentável e confortável, como estratégias de condicionamento do local, promoção da ventilação natural, aproveitamento da iluminação natural e eficiência energética (Romero, 2008).

3.3.1 Relação entre o ambiente e o corpo do atleta

Rubio (2013) comenta que para que o atleta possa atingir bons níveis de rendimento é preciso que ele esteja em sua melhor condição tanto física quanto psicológica. Trata-se de uma saúde compulsória, como denomina a autora, que reforça a imagem de que o atleta de alto rendimento é forte, capacitado, e que mantém suas ações, seu corpo e suas emoções sob controle, não sofrendo os mal-estares mundanos (doença, sofrimento, etc). Soma-se a isso, a condição do atleta que trabalha sempre tentando ultrapassar seu limite físico reforçando tais concepções, inclusive a de tolerância da lesão e da dor.

De Rose Junior (2002) aponta um estudo realizado no Brasil com jogadores e jogadoras de basquetebol com a participação em eventos internacionais (Campeonatos Mundiais e Jogos Olímpicos) e definiu dois fatores de estresse, os individuais e situacionais. Os fatores situacionais abrangem as situações que são geradas pelo meio competitivo, causando estresse devido ao local e material dos jogos, preparação e treinamento, situações específicas de jogo, adversários, técnico, arbitragem, torcida, aspectos administrativos e organizacionais da equipe e das entidades organizadoras de eventos, entre outras. Nesse contexto, existe um conjunto de fatores que atuam e podem levar o atleta a um rendimento adequado ou não.

Segundo Pinto (2021, p.6), a importância acerca do estudo do conforto térmico

[…] deve-se então a determinados fatores: a satisfação do indivíduo em situar-se num ambiente termicamente confortável; a performance humana, o ambiente térmico pode afetar a atenção e a produtividade reduzindo assim o rendimento humano; a conservação de energia, através do estudo das condições que promovem conforto térmico aos ocupantes é possível evitar desperdícios de energia (arrefecimento e aquecimento).

Assim, ao competir, o atleta enfrenta desafios e demandas que podem apresentar um fator de estresse considerável, levando em consideração os aspectos individuais e situacionais ao qual ele é exposto e seus atributos físicos, técnicos e psicológicos. Cada tipo de modalidade praticada exige diferentes métodos de preparação, sacrifício e esforço, onde seu principal objetivo é a competição (De Rose Junior, 2002). Nesse contexto, o atleta sofre influência direta de diversos fatores, onde o ambiente no qual se está inserido pode ser motivo de desconforto ou conforto ambiental.

3.3.2 Aspectos psicológicos relacionados com o ambiente

A arquitetura exerce um papel fundamental na percepção que o ser humano tem do ambiente, com cada sentido responsável por captar diferentes aspectos que compõem o entorno. Segundo Castelnou (2003), todos os sentidos participam do processo de compreensão do espaço e através deles há a percepção de texturas, formas, tamanhos, luzes e cores, provocando relações diversas entre o indivíduo e o espaço arquitetônico.

A partir dessa ideia de compreender e perceber o espaço, Scarso (2016) discorre sobre a fenomenologia na arquitetura, que defende que o foco do projeto deve ser a experiência corporal. A arquitetura, nesse sentido, é vista como a organização de um espaço vivido, primeiramente percebido através dos sentidos. Essa perspectiva leva a uma atenção cuidadosa aos aspectos sensoriais dos materiais, às atmosferas de luz, som e cheiro que compõem os ambientes dos edifícios, bem como às suas variações conforme o movimento das pessoas ao longo do dia, sob diferentes condições climáticas e estações do ano.

Assim, Martins (2024) fala que a arquitetura ultrapassa suas funções básicas de oferecer abrigo e utilidade prática. Ela também se configura como uma expressão artística que permeia a vida das pessoas, influenciando não só o ambiente físico, mas também as vivências, emoções e interações que acontecem nesse espaço.

No conceito da psicologia das cores, segundo Valdir (2005), as cores têm poder e influenciam os comportamentos físicos, mentais e emocionais.

De acordo com Lopes (2017), o uso adequado das cores pode atender a certas necessidades humanas, como o conforto visual, desde que o ambiente esteja livre de poluição visual. Além disso, as cores podem influenciar a percepção da temperatura, tornando o espaço mais quente ou frio, e também impactam a iluminação, ao se empregar luzes com tonalidades quentes ou frias.

A psicologia ambiental estuda a interação do ser humano com o ambiente, buscando entender os fatores que influenciam a composição do espaço. Martins (2024) explica como a arquitetura aliada a psicologia podem trazer melhores resultados no processo de projeto de ambientes como um todo, alcançando o bem-estar do ser humano. A partir dessa interpretação, podemos concluir que a arquitetura organiza e estrutura o espaço para nós, e que os interiores, juntamente com os objetos que os ocupam, podem tanto facilitar quanto dificultar nossas atividades. Isso ocorre pela forma como esses elementos moldam o uso do espaço por meio de uma linguagem.

3.4 ESTRATÉGIAS DE CONFORTO AMBIENTAL NA ARQUITETURA

A arquitetura tem a responsabilidade de estudar e compreender as necessidades humanas, com o objetivo de garantir o conforto. Assim, o conforto ambiental traz melhores condições de vida e saúde, onde o organismo funciona de forma regular quando não submetido à fadiga ou estresse, inclusive térmico. Seu papel é propiciar ambientes que sejam tão confortáveis como os espaços ao ar livre em climas amenos, qualidade acústica e condições ideais de visão e iluminação (Pinheiro, 2014).

Romero (2008, p.14-15) aborda as condicionantes que influenciam o ambiente por meio do calor:

As variáveis climáticas que mais influenciam o construído, em termos de transferência de calor, são a temperatura do ar exterior, a radiação solar e a ventilação. No estudo da forma do edificado e das obstruções à incidência de radiação solar incluem-se os efeitos de protetores e sombreamentos do próprio edifício, bem como os efeitos sombreadores devidos aos edifícios vizinhos, a árvores, vegetação e à forma urbana do espaço circundante (praças, ruas, avenidas, etc.).

As decisões de projeto influenciam diretamente o desempenho térmico, visual e energético da edificação, exigindo estratégias que considerem o clima local, como o uso eficaz da luz natural e técnicas passivas de resfriamento ou aquecimento. Os materiais de construção também desempenham um papel crucial no conforto interno, sendo necessário avaliar suas propriedades e adequação ao projeto. A escolha de isolamento térmico, proteção solar e tipos de telhas e vidros deve ser feita com cuidado para evitar o excesso de ganho de calor (Lamberts, 2014).

Segundo Faustini (2019), o adequado conforto térmico na quadra poliesportiva influencia a qualidade do espaço, proporcionando condições satisfatórias para a prática de atividades físicas e permanência do público. As paredes devem ser constituídas de materiais com inércia térmica, ou então, com poder de isolamento. A cobertura deve ter componentes de isolamento térmico para evitar a propagação interna do calor dos raios solares.

A ventilação pode ser natural ou mecânica, sendo que, para ginásios menores, a ventilação natural é geralmente preferida, desde que a qualidade do ar externo seja adequada e não haja problemas de ruído do lado de fora. Esse tipo de ventilação é conseguido com aberturas localizadas na parte superior das paredes longitudinais do ginásio. A ventilação transversal é mais eficaz e uniforme do que a longitudinal, que ocorre entre as paredes de fundo. As aberturas de entrada de ar devem estar a pelo menos 2 metros acima do piso do ginásio (Faustini, 2019).

Possebom et al. (2016) disserta sobre a ventilação cruzada em seu trabalho e explica que o seu funcionamento se dá através da colocação aberturas em faces opostas ou adjacentes, para o ar fluir pelo ambiente carregando consigo o ar quente e deixando o ar fresco no interior da edificação. Quando o ambiente possui apenas uma abertura, o ar fresco não entra, isso porque existe uma pressão atuando dentro do local que não permite sua entrada.

Figura 4 – Esquema faixas de ventilação (ventilação cruzada).

Fonte: Guia Casa Eficiente.

Em regiões tropicais, a ventilação natural pode ser utilizada para resfriar os edifícios, aproveitando a diferença de temperatura entre o interior e o exterior em certos períodos. O fluxo de ar através dos edifícios, impulsionado pela pressão do vento, depende de duas condições fundamentais: a presença de áreas de alta e baixa pressão ao redor do edifício e a existência de aberturas para entrada de ar na zona de alta pressão e saídas de ar na zona de baixa pressão (Romero, 2008).

Quanto ao conforto acústico de um ambiente, é definido por normas técnicas que estipulam critérios de avaliação baseados no nível de pressão sonora e na frequência do ruído. (Saliba, 2011). A NBR 10.152/00 é uma norma brasileira da ABNT que define os critérios para garantir o conforto acústico em ambientes internos, estabelecendo limites de níveis de ruído aceitáveis em diferentes tipos de edificações. Ela classifica os ambientes de acordo com seu uso, sugerindo faixas de ruído adequadas (em decibéis) para locais como residências, escritórios, hospitais, escolas e teatros, visando minimizar desconfortos auditivos e garantir o bem-estar e a saúde dos ocupantes.

A norma também orienta sobre como realizar medições de ruído, considerando fatores como tipo de som, tempo de exposição e uso de equipamentos adequados. Sua aplicação é fundamental no projeto de ambientes construídos, especialmente em espaços onde o controle acústico é essencial para a funcionalidade, como quadras esportivas fechadas, que apresentam alta reverberação e níveis elevados de ruído.

O teto da edificação também deve ser projetado de acordo com as características acústicas adequadas, assegurando que o tempo de reverberação esteja dentro dos limites permitidos, sendo que ginásios menores requerem tempos de reverberação mais curtos. Além disso, a iluminação nos ginásios deve ser uniforme e sem causar ofuscamento. As janelas devem ser cuidadosamente planejadas para evitar problemas de reflexo causados pela irradiação solar (Faustini, 2019).

Considerar os aspectos essenciais da iluminação no projeto de ambientes é, sem dúvida, a maneira mais eficaz de controlar suas qualidades visuais. O conforto visual é definido como um conjunto de condições em que uma pessoa pode realizar tarefas visuais com máxima acuidade e precisão, com o mínimo esforço, menor risco de danos à visão e reduzido risco de acidentes (Lamberts, 2014).

Segundo Lamberts (2014), é fundamental considerar o conforto térmico e visual de forma integrada no projeto arquitetônico. Essa abordagem conjunta permite um desempenho energético eficiente, adequando-se às necessidades dos usuários e resultando em menor consumo de energia para aquecimento, resfriamento e iluminação.

Assim, Machado (2016) reitera que para desenvolver um processo de projeto arquitetônico que atenda de forma abrangente e irrestrita às demandas de conforto ambiental, é crucial seguir as normas vigentes. Essa adesão às normatizações permite obter uma visão global de todas as influências e interferências necessárias ao projeto. O conforto ambiental é um conceito extenso e multifacetado, o que torna complexo o objetivo de atender completamente todas as especialidades envolvidas. Muitas vezes, soluções que favorecem uma área específica podem gerar impactos negativos em outras áreas. Por isso, é fundamental compreender detalhadamente as características de cada especialidade, utilizando critérios de desempenho para guiar o desenvolvimento do projeto. Esse entendimento aprofundado permite estruturar soluções integradas e harmoniosas, garantindo que o conforto ambiental seja alcançado sem comprometer nenhuma das áreas envolvidas no projeto arquitetônico.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A compreensão das estratégias de conforto ambiental em quadras fechadas, voltadas para o esporte de alto rendimento, revela a função que a arquitetura pode exercer no desempenho dos atletas. Nesse contexto, a arquitetura desempenha um papel crucial ao organizar e moldar o espaço de maneira que os elementos possam facilitar ou dificultar as atividades. Ademais, influencia diretamente a maneira como interagimos com o ambiente, impactando tanto o desempenho físico quanto mental dos indivíduos. O conforto térmico é igualmente destacado como uma condição essencial para manter a eficiência humana, além de favorecer a economia de energia nas atividades esportivas.

O esporte de alto rendimento requer que o atleta esteja em sua melhor condição física e mental para atingir o máximo desempenho. A intensidade das competições, o elevado nível de preparação física e os rigorosos programas de treinamento tornam o ambiente em que o atleta se encontra um fator determinante para o sucesso no esporte.

Em um contexto em que o desempenho está diretamente relacionado à estrutura disponível para o treinamento, os espaços esportivos tornam-se, assim, mais do que simples locais de prática. Esses espaços configuram-se como ambientes complexos que envolvem diversas variáveis que influenciam o desempenho esportivo. Nesse sentido, a qualidade dos espaços esportivos e a preocupação com o conforto dos atletas são essenciais para garantir a melhoria no desempenho competitivo.

Os atletas de alto rendimento são diretamente afetados pelas condições ambientais em que realizam suas atividades. O ambiente, com seus fatores térmicos, acústicos e visuais, exerce uma influência significativa tanto sobre o desempenho físico quanto sobre o bem-estar mental dos esportistas.

A temperatura elevada ou inadequada dentro de quadras fechadas pode causar um aumento no esforço físico necessário para realizar as atividades, diminuindo a eficácia dos treinos. Além disso, ambientes com ventilação inadequada e falta de iluminação natural podem gerar problemas de saúde e reduzir o foco e a concentração dos atletas. Portanto, o projeto arquitetônico de um espaço esportivo deve levar em consideração a relação direta entre corpo humano e ambiente, assegurando que o espaço seja funcional, confortável e promova o bem-estar.

A ergonomia e o conforto visual também desempenham papéis fundamentais no desempenho dos atletas. A falta de iluminação adequada pode provocar fadiga ocular e dificultar a execução de tarefas precisas, enquanto um ambiente mal projetado ergonomicamente pode causar desconforto físico e aumentar o risco de lesões.

As estratégias de conforto ambiental em espaços esportivos trazem benefícios significativos para o desempenho dos atletas, como comprovado ao longo deste estudo. A aplicação de soluções arquitetônicas voltadas para o conforto térmico, acústico e visual favorece não apenas a qualidade do treinamento, mas também a saúde física e mental dos praticantes.

Ao abordar esses aspectos, podemos concluir que, a arquitetura esportiva e o uso de estratégias que provoquem o bem-estar ambiental, tem um papel central na criação de ambientes que maximizem o rendimento dos atletas. O uso de estratégias de conforto ambiental, como ventilação natural, isolamento térmico e controle acústico, contribui para que o espaço esportivo se torne um aliado no sucesso esportivo, proporcionando um ambiente mais saudável, funcional e eficiente.

REFERÊNCIAS

ANTONELLI, Mariana. Diagnóstico dos centros de treinamento de alto rendimento do Brasil cujas modalidades atendidas têm expectativa de conquista de medalhas nos Jogos Olímpicos de 2016. 2016. 1 recurso online (156 p.) Dissertação (mestrado) – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação Física, Campinas, SP.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Níveis de Ruído para Conforto Acústico NBR 10.152: Rio de Janeiro, 2000b.

BRASIL. Lei N°9.615, de 24 de março de 1998. Institui normas gerais sobre desporto e dá outras providências. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 1998.

CAMARA, Inara Pagnussat; EMMERICH, Fabiano Deitos. Arquitetura para centros esportivos: o caso de Joaçaba, Herval D’oeste e Luzerna, Santa Catarina. Revista de Arquitetura IMED, Passo Fundo, v. 9, n. 1, p. 107-125, out. 2020. ISSN 2318-1109.

CAMPOS, Rafaella Cristina; CAPELLE, Mônica Carvalho Alves; MACIEL, Luiz Henrique Rezende. Carreira Esportiva: O Esporte de Alto Rendimento como Trabalho, Profissão e Carreira. Revista Brasileira de Orientação Profissional. São Paulo, vol. 18, núm. 1, jan.-jun., 2017, p. 31-41.

CASTELNOU, Antonio Manuel Nunes. Sentindo o espaço arquitetônico. Desenvolvimento e meio ambiente, UFPR, n.7, p.145-154, jan./jun. 2003.

DE BOSSCHER, V., BINGHAM, J., SHIBLI, S., VAN BOTTENBURG, M., DE KNOP, P. The global Sporting Arms Race. An international comparative study on sports policy factors leading to international sporting success. Aachen: Meyer & Meyer. ISBN: 978-1-84126- 228-4, 173p, 2008.

DE ROSE JUNIOR, Dante. Competição como fonte de estresse no esporte. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 10, n. 4, p. 23, 2002. Acesso em: 17 mar. 2024.

FAUSTINI, A. M. Complexo Esportivo Interlagos – São Paulo, 2019. 107 f. TCC (Graduação) – Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2019.

FORCELLINI, Camila Dias dos Santos. Quadro da arquitetura esportiva de São Paulo: 1950-1970. 2014. 265 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2014.

GUIA CASA EFICIENTE (Brasil). Ventilação natural de casas e outros edifícios. [20-?]. Disponível em: <http://www.guiacasaeficiente.com/Arrefecimento/VentilacaoCruzada.html>. Acesso em: 10 jul.

LAMBERTS, Roberto; DUTRA, Luciano; PEREIRA, Fernando O.R. Eficiência energética na Arquitetura. 3ª Edição. Eletrobras/Procel, 2014.

LEMOS, Carlos A. C. O que é arquitetura. São Paulo: Brasiliense, 2007.

LOPES, Vinícius Gonçalves Lima. A influência das cores em um Projeto de Interiores. Revista Especialize On-line: IPOG, Goiânia, v. 1, n. 14, p.1-13, 2017.

MACHADO, Plínio Carlos. O processo de projeto de arquitetura em aço com foco no conforto ambiental. 2016. 191 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2016.

MARTINS, Maria Rita Simões Moreira Lima. Arquitetura e bem-estar psicológico: Abordagem integrada na terapia Open Dialogue. 2024. Dissertação (Mestrado) – Universidade da Beira Interior, Janeiro, 2024.

MEDEIROS, C. Lesão e dor no atleta de alto rendimento: o desafio do trabalho da psicologia do esporte. Psicologia Revista, v. 25, n. 2, p. 355–370, 9 dez. 2016. Acesso em: 17 mar. 2024.

MARCHI JÚNIOR, Wanderley. O esporte “em cena”: Perspectivas históricas e interpretações conceituais para a construção de um modelo analítico. The Journal of the Latin American Socio-cultural Studies of Sport, Curitiba, v. 5, n. 1, p. 46-67, 2015.

MASCARENHAS, Gilmar. A cidade e os grandes eventos olímpicos: uma Geografia para quem? Disponível em <https://efdeportes.com/efd78/geo.htm> Acesso em: 30 abril. 2024.

PEREZ, Carlos Rey; RUBIO, K. Do desejo à realização: a motivação na trajetória de um medalhista olímpico brasileiro. Avances de la Psicologia del Deporte en Iberoamérica. Disponível em: <https://encurtador.com.br/87Uil>. Acesso em: 2 de maio de 2024.

PINHEIRO, A. C. da F.; CRIVELARO, M. Conforto ambiental: Iluminação, cores, ergonomia, paisagismo e critérios para projetos. São Paulo: Érica, 2014.

PINTO, Daniel Filipe Ferreira. Monitorização e análise de condições ambientais em treinos de preparação para os jogos olímpicos. 2021. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Ciências e Tecnologia Universidade de Coimbra, Coimbra, 2021.

POSSEBOM, Alessandro et al. Ventilação cruzada. In: Seminário internacional de construções sustentáveis, 5, 2016, Passo Fundo. Anais. Passo Fundo: Imed, 2016. v. 1, p. 1 – 4.

ROMERO, M. A. B. Desenho da cidade e conforto ambiental. RUA: Revista de Urbanismo e Arquitetura, [S. l.], 2008. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/rua/article/view/3148. Acesso em: 2 de maio de 2024.

RUBIO, K. Do olimpo ao pós-olimpismo: Elementos para uma reflexão sobre o esporte atual. Revista Paulista de Educação Física, São Paulo, n.16, p.130-143, jul./dez. 2002.

SABA, Fabio. A importância da atividade física para a sociedade e o surgimento das academias de ginástica. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, [S. l.], v. 3, n. 2, p. 80–87, 2012. Disponível em: https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/1085. Acesso em: 17 mar. 2024.

SALIBA, T. M. Estudo do conforto acústico nas praças de alimentação de shopping centers. Tese (Doutorado em Turismo e meio ambiente) – Centro Universitário Una. Belo Horizonte, p. 29. 2011.

SCARSO, D. História e percepção: notas sobre arquitetura e fenomenologia. Revista de Filosofia Aurora, [S. l.], v. 28, n. 45, p. 1049–1068, 2016.

SILVA, Elisa Martins da; RABELO, Ivan; RUBIO, Katia. A dor entre atletas de alto rendimento. Rev. bras. psicol. esporte, São Paulo, v. 3, n. 1, p. 79-97, jun. 2010.

VALDIR, Welton Leandro. A psicodinâmica das cores como ferramenta de marketing: A percepção, influência e utilização das cores na comunicação mercadológica. 2005. Monografia (Especialização) – Curso de Administração, Departamento de Administração Estágio Supervisionado de Administração, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2005.

VALLE, Márcia Pilla do. Atletas de alto rendimento: identidades em construção. 2003. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Faculdade de Psicologia, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2003.

VARGAS, A. (org.) (2014). Aspectos Jurídicos da Intervenção Profissional de Educação Física. Rio de Janeiro: CONFEF.


1 Graduanda em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade Independente do Nordeste – FAINOR. E-mail: emilleescp36@gmail.com
2 Docente do curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Independente do Nordeste – FAINOR. Graduado em Arquitetura e Urbanismo. Pós-graduado em Ensino de Artes Visuais. E-mail: rafaelbitencourt@fainor.com.br.
3 Docente do curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Independente do Nordeste – FAINOR. Mestrando no Programa de Pós-graduação em Nível de Mestrado Acadêmico em Ensino na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – PPGEn/UESB. Pós-graduado em Gestão de Obras na Construção Civil. Graduado em Engenharia Civil, Administração, Arquitetura e Urbanismo. Licenciado em Pedagogia. Docente do curso de Arquitetura e Urbanismo na Faculdade Independente do Nordeste. E-mail: philipe.prado@hotmail.com.