ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: ASPECTOS DA PRÁTICA DOCENTE NAS SÉRIES INICIAIS

LITERACY: ASPECTS OF TEACHING PRACTICE IN THE EARLY GRADES

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202410131946


Nathália Gonçalves Sales


RESUMO

O processo de alfabetização é uma etapa de extrema importância e fundamental para a inserção social e escolar do aluno, especialmente em contextos onde a língua escrita é amplamente valorizada. Este estudo tem como propósito contribuir para o entendimento dos métodos de alfabetização e letramento de crianças nas séries iniciais do ensino fundamental. O objetivo central é analisar o processo de alfabetização e letramento a partir da perspectiva das práticas pedagógicas, buscando compreender os fatores que levam ao insucesso escolar. Para atingir esse objetivo, recorreu-se a uma fundamentação teórica baseada em autores como Silva e Silva (2018), Santi (2014), Barbosa (2013), Demo (2007), Kleiman (2007), Arelaro (2015), Rego (2016), Oliveira (2012), Mello (2015), Mortatti (2016), entre outros. A metodologia adotada foi qualitativa, envolvendo a leitura exploratória e seleção de materiais relevantes, com o intuito de organizar e sintetizar as ideias por ordem de relevância, facilitando a identificação dos elementos essenciais para a resolução do problema de pesquisa. A alfabetização e o letramento são processos complementares, sendo imprescindível que surjam práticas pedagógicas inovadoras que promovam a qualificação contínua do professor alfabetizador. Este, por sua vez, deve estar em constante desenvolvimento, consciente de sua responsabilidade na formação de cidadãos críticos e comprometidos com a sociedade. O estudo considera que alfabetização e letramento são métodos distintos, porém integrados e interdependentes, ambos fundamentais para a aquisição da leitura e da escrita pelos alunos.

Palavras-chave: Escrita. Leitura. Alfabetização. Letramento.

ABSTRACT

The literacy process is an extremely important and fundamental stage for the student’s social and educational integration, especially in contexts where written language is widely valued. This study aims to contribute to the understanding of literacy methods for children in the initial grades of elementary school. The central objective is to analyze the literacy process from the perspective of pedagogical practices, seeking to understand the factors that lead to school failure. To achieve this objective, we used a theoretical foundation based on authors such as Silva e Silva (2018), Santi (2014), Barbosa (2013), Demo (2007), Kleiman (2007), Arelaro (2015), Rego ( 2016), Oliveira (2012), Mello (2015), Mortatti (2016), among others. The methodology adopted was qualitative, involving exploratory reading and selection of relevant materials, with the aim of organizing and synthesizing ideas in order of relevance, facilitating the identification of the essential elements for solving the research problem. Literacy and literacy are complementary processes, and it is essential that innovative pedagogical practices emerge that promote the continuous qualification of literacy teachers. This, in turn, must be in constant development, aware of its responsibility in forming critical citizens committed to society. The study considers that literacy and literacy are distinct, but integrated and interdependent methods, both fundamental for the acquisition of reading and writing by students.

Keywords: Writing. Reading. Literacy. Literature.

INTRODUÇÃO

O processo de alfabetização é uma etapa de extrema importância e essencial para o desenvolvimento social e escolar do aluno, especialmente em sociedades que atribuem grande valor à língua escrita. Atualmente, há uma crescente demanda por parte da sociedade em relação às habilidades de leitura e escrita, o que tem gerado preocupação entre professores, o Estado e as instituições escolares. Nesse contexto, a alfabetização tornou-se um desafio central, exigindo que o processo contemple tanto a aquisição dessas habilidades pelos alunos quanto o aprimoramento geral de sua formação.

Este estudo visa contribuir para o aprofundamento do conhecimento sobre os métodos de alfabetização e letramento de crianças nas séries iniciais do ensino fundamental. Tal discussão é relevante para o meio acadêmico, dada sua importância na formação de novos educadores e nas questões que envolvem o ato de educar. O trabalho também se destina a profissionais que já atuam nas séries iniciais, com o intuito de oferecer novas metodologias que possam aprimorar suas práticas pedagógicas, considerando que o processo de alfabetização é uma preocupação constante na comunidade acadêmica, especialmente em relação ao fracasso escolar.

É amplamente reconhecido que o fracasso escolar contribui para os elevados índices de analfabetismo, além de gerar um número significativo de analfabetos funcionais, entre outros problemas. Nesse sentido, é fundamental desenvolver estudos que busquem compreender essa problemática, com o objetivo de propor soluções efetivas e enfrentar esse desafio de maneira concreta.

A escolha desta temática foi motivada pelo interesse no assunto e pela necessidade de aprofundamento, especialmente na formação de futuras educadoras. Isso se justifica pela compreensão de que a alfabetização e o letramento são conhecimentos fundamentais para a prática pedagógica, tanto no exercício da docência quanto na gestão de instituições de Educação Básica. Assim, foram explorados artigos e obras de autores que proporcionaram uma compreensão mais ampla sobre o tema.

A proposta de abordar a alfabetização e o letramento nas séries iniciais é relevante devido à importância do debate e da análise das metodologias e abordagens adotadas pelos professores na prática educativa. Considera-se, ainda, as dificuldades que os alunos enfrentam no processo de aprendizagem da leitura e da escrita. Promover uma alfabetização de qualidade, levando em conta a realidade dos alunos, suas experiências e suas trajetórias de vida, é um aspecto essencial para o sucesso desse processo.

Neste contexto, observa-se que o debate em torno da temática permite aos profissionais da educação analisá-la e compreendê-la de forma aprofundada, possibilitando, posteriormente, a abertura de novas discussões que poderão contribuir para a geração de novos conhecimentos e reflexões sobre alfabetização e letramento.

No âmbito das escolas públicas brasileiras, é recorrente o fenômeno de crianças que deixam as classes de alfabetização sem terem adquirido completamente as noções básicas da língua escrita e sua função social. A infância é uma fase crucial no desenvolvimento humano, em que o processo de aprendizagem ocorre de maneira acelerada. Além disso, é também nesse período que as crianças têm mais disponibilidade para realizar descobertas significativas e adquirir novos conhecimentos. Com base nessas considerações, surgem as seguintes questões: quais métodos e recursos o professor alfabetizador utiliza no processo de alfabetização e letramento? E qual é o papel da formação continuada nesse processo?

Nesse contexto, é comum que muitas crianças concluam o ensino fundamental sem adquirir adequadamente os mecanismos necessários para o pleno domínio da língua escrita. Elas apresentam dificuldades na leitura, na produção de textos, na organização das ideias e na compreensão das regras básicas do sistema alfabético e sua correspondência com o sistema ortográfico. Quando uma criança é inserida em uma turma de alfabetização, espera-se que ela seja introduzida de forma definitiva no sistema alfabético. Para isso, é essencial que o professor se comprometa integralmente com o processo de ensino e aprendizagem.

O objetivo deste estudo é analisar o processo de alfabetização e letramento a partir da perspectiva da prática docente, buscando compreender as causas do fracasso escolar. Para atingir esse objetivo, a pesquisa se fundamentou em uma base teórica composta por trabalhos de autores como Silva e Silva (2018), Santi (2014), Barbosa (2013), Demo (2007), Kleiman (2007), Arelaro (2015), Rego (2016), Oliveira (2012), Mello (2015), Mortatti (2016), entre outros.

A metodologia adotada neste estudo foi de natureza qualitativa, consistindo em uma leitura exploratória e criteriosa seleção de materiais. Através da análise das obras selecionadas, foi possível organizar as ideias por ordem de relevância, sintetizando-as para destacar os aspectos essenciais necessários à resolução do problema de pesquisa. Os métodos empregados incluem abordagens teóricas e bibliográficas, complementadas pelo uso de fontes documentais obtidas em sites, revistas, documentários, livros, entre outros.

É fundamental compreender que a responsabilidade pela alfabetização e pelo letramento não deve recair unicamente sobre o professor alfabetizador, mas deve ser compartilhada por toda a instituição escolar, incluindo o gestor. Este trabalho não tem como objetivo criticar ou apontar falhas, mas sim fomentar uma reflexão sobre as melhores estratégias para minimizar o fracasso escolar e promover a alfabetização e o letramento de forma mais dinâmica nas séries iniciais.

A estrutura deste trabalho está organizada em três capítulos. O primeiro oferece uma fundamentação teórica sobre os processos de alfabetização e letramento, abordando a intervenção docente, a formação dos professores, as práticas pedagógicas aplicadas e o papel do educador na aprendizagem e na formação de leitores. O segundo capítulo detalha a metodologia da pesquisa, destacando a abordagem qualitativa e o levantamento bibliográfico realizado. O terceiro capítulo é dedicado à apresentação e análise dos dados, discutindo e examinando os textos estudados. Por fim, são apresentadas as considerações finais.

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Este capítulo aborda as fundamentações teóricas que sustentam os conceitos de alfabetização e letramento, bem como suas implicações na prática pedagógica.

1.1 PROCESSOS DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Neste estudo, compartilhamos a compreensão de diversos autores de que alfabetização e letramento são conceitos distintos, pois envolvem diferentes conhecimentos e habilidades. No entanto, são processos interdependentes, simultâneos e que devem ocorrer de forma integrada nos anos iniciais do Ensino Fundamental.

Da mesma forma, ao se referir a alfabetizar e letrar, é fundamental reconhecer que são abordagens diferentes, porém inseparáveis. São métodos complementares, em que um reforça o outro, de modo que o ideal é ensinar a ler e escrever de forma que a criança não apenas reconheça as letras, mas também compreenda o que está lendo (SILVA; SILVA, 2018). Para atingir a eficácia no processo de ensino e aprendizagem, o professor deve distinguir claramente os conceitos de alfabetização e letramento.

Morais e Albuquerque (2007) ressaltam que alfabetizar não se resume à memorização, mas envolve a compreensão e o aprendizado da leitura e da escrita. O aluno deve entender o significado da escrita, ou seja, da linguagem gráfica. Os autores definem alfabetização como o conjunto de técnicas e habilidades que permitem a conversão de fonemas em grafemas e a decodificação de grafemas em fonemas, ou seja, o pleno domínio da escrita (p.15).

De acordo com Oliveira (2012), a alfabetização é um processo de construção gradual de hipóteses sobre as normas da escrita, em interação constante com o objeto de conhecimento. As crianças formulam hipóteses de maneira progressiva, desenvolvendo, assim, suas anotações de forma específica. No entanto, é importante destacar que apenas a exposição ao material escrito não é suficiente; é fundamental haver uma orientação e um sistema de reflexão que parta de textos reais. Dessa forma, a alfabetização pode ocorrer de maneira contínua e simultânea, tanto dentro quanto fora da sala de aula, desde os primeiros contatos da criança com a escrita, em um processo interativo.

Araújo (2016) observa que, na Idade Média, diversos recursos eram empregados para promover o aprendizado da leitura entre as crianças. Através da análise de peças de museu, foram identificados documentos em suportes variados, como alfabetos feitos de couro, tecido e até mesmo de ouro. No entanto, acredita-se que, mesmo as crianças de famílias com menor poder aquisitivo tinham acesso ao ensino da leitura e da escrita.

Santi (2014) enfatiza que o aprendizado da escrita vai além da simples associação entre letras e sons; ele se dá na convivência diária com diversos elementos textuais, como rótulos, emblemas, anúncios, cartazes, placas, nomes de ruas, avisos, cartas, receitas, jornais, revistas, livros, entre outros. Esses elementos proporcionam à criança familiaridade com o texto escrito e visual, permitindo que compreenda seu significado. Ou seja, são formas de leitura sistemática que integram o cotidiano das crianças, aperfeiçoando o processo de letramento.

Lira (2016) observa que, mesmo antes de dominarem plenamente a leitura e a escrita convencionais, as crianças seguem um percurso que as aproxima ou afasta dos padrões de leitura e escrita. É importante destacar que, independentemente da classe social, o indivíduo passa por diferentes níveis de desenvolvimento cognitivo ao se apropriar da língua escrita. Esses estágios incluem o pré-silábico, silábico, silábico-alfabético e alfabético.

O termo “letramento” refere-se à “condição ou estado de fazer uso social da leitura e da escrita” (SOARES, 2011, p.12), distinguindo-se da alfabetização, que é o processo formal de ensinar a ler e a escrever. Lira (2016) enfatiza que o letramento promove transformações políticas, econômicas, sociais e cognitivas no indivíduo desde o início de sua inserção na sociedade. Nesse sentido, mesmo uma pessoa analfabeta pode ser considerada letrada, uma vez que o letramento vai além do simples domínio da escrita, abrangendo o convívio social e suas práticas.

Para Morais e Albuquerque (2007), o letramento é a habilidade de utilizar diversas formas de material escrito, refletindo um conjunto de práticas. Dessa forma, o letramento não se resume à capacidade de ler e escrever, mas envolve a compreensão do conteúdo e sua aplicação no cotidiano.

De acordo com Magda Soares (2003), “Letrar vai além da alfabetização; é ensinar a ler e escrever dentro de um contexto onde a leitura e a escrita têm significado e são parte integrante da vida do aluno”. Para atingir esse objetivo, é necessário um cuidado especial na condução do processo de alfabetização. A autora argumenta que simplesmente ensinar a ler e escrever não é suficiente; é preciso alcançar um nível de alfabetização funcional em que os indivíduos não apenas leem e escrevem, mas também aplicam esse conhecimento de forma significativa em sua vida social.

Barbosa (2013) destaca a importância de compreender a realidade do aluno em processo de alfabetização, identificando suas dificuldades na leitura e na escrita, e ampliando seu vocabulário e entendimento no contexto social. A meta é explorar novos horizontes e enriquecer a experiência de aprendizado.

Jesus (2013) afirma que a escola deve se concentrar não apenas na aprendizagem em si, mas também no interesse do aluno em aprender, na construção de seu próprio conhecimento e na vivência cotidiana, buscando novos métodos de ensino e aprendizagem. Soares (2011) observa que a escola enfrenta desafios para apresentar metodologias de ensino que capturem a atenção dos alunos. Como solução, muitas vezes utiliza a mídia como um recurso para engajar os alunos nas atividades escolares.

1.1.1 Alfabetização na Educação Infantil

O debate sobre a alfabetização na educação infantil se torna particularmente controverso quando se considera o contexto das crianças provenientes de famílias vulneráveis, ou seja, de baixa renda. É sabido que, nas escolas particulares, a alfabetização durante a educação infantil é frequentemente bem-sucedida, resultando em um desempenho escolar favorável (KLEIMAN, 2007). No entanto, a desigualdade social e a seletividade educacional muitas vezes se manifestam na negação da alfabetização na educação infantil para crianças de famílias de baixa renda, o que contribui para o fracasso escolar nas escolas públicas.

Rego (2016) observa que o processo de leitura e interpretação na alfabetização envolve a decodificação do código da língua escrita, e que a compreensão, interpretação e a relação com o cotidiano são componentes essenciais desse processo.

Na educação infantil, é viável realizar a alfabetização e assegurar a compreensão do ato de ler, além de promover a autoconfiança da criança na leitura e na escrita. No entanto, no ensino fundamental, a realização dessas funções de forma integrada é mais desafiadora. De fato, a escola pública frequentemente acaba por acentuar as dificuldades da criança na aprendizagem da leitura e da escrita ao longo dos anos (MELLO, 2015). Assim, o principal desafio da educação infantil é a construção de bases sólidas no conhecimento e na prática pedagógica, para que as crianças possam desenvolver uma postura crítica em relação à cultura e ao ambiente em que vivem.

Britto (2015) argumenta que uma abordagem da educação infantil que se limita apenas ao ensino das letras desrespeita o tempo da infância e perpetua um modelo de educação tecnicista. As crianças na educação infantil devem ter a oportunidade de engajar em atividades que promovam o pensamento crítico. O autor acrescenta que essa abordagem tecnicista não apenas falha em enfrentar as desigualdades sociais, mas as intensifica, ao impedir a crítica à sociedade moderna e reproduzir a ideologia de submissão.

Demo (2007) afirma que a construção de uma educação crítica resulta de uma interação intelectual que deve ser fomentada desde a educação infantil. Uma criança em idade pré-escolar pode compreender o que está sendo lido ao ouvir alguém ler e, ao mesmo tempo, fazer suas próprias interpretações e inferências a partir do que ouviu.

Barbosa (2013) observa que a alfabetização na educação infantil vai além do conhecimento de letras e números, envolvendo também a formação de hábitos. A alfabetização deve ser iniciada na educação infantil, pois é nesse estágio que se pode desenvolver a linguagem escrita por meio do processo de ensino e aprendizagem.

Mizukami (2016) sugere que a análise das diferentes abordagens pedagógicas tende a fornecer insights sobre as diversas práticas educativas empregadas pelos professores no processo de ensino-aprendizagem.

1.1.2 Concepção de Alfabetização e Letramento

A história da alfabetização no Brasil é intrinsecamente ligada aos contextos sociais, políticos e econômicos do país. Nos primórdios da nação, foram observados avanços significativos na compreensão do ensino da leitura e da escrita. Esses progressos foram possíveis graças aos resultados de estudos e pesquisas, tanto nacionais quanto internacionais, que forneceram uma base sólida para entender essa metodologia complexa (SOARES, 2015).

No final do século XX, o debate sobre a alfabetização escolar abordava uma variedade de questões controversas relacionadas a diferentes paradigmas, conceitos e metodologias didáticas. De acordo com Paim (2014), a partir da década de 1980, o Brasil passou a reavaliar intensamente a alfabetização sob novas perspectivas políticas, sociais, econômicas e pedagógicas, além de considerar a relação dialética entre sociedade e educação.

Oliveira (2012) descreve o método de alfabetização como um processo complexo, influenciado por relações sociais e implicações pedagógicas, e que deve ser compreendido através de suas diversas fases, que abrangem aspectos psicológicos, linguísticos e sociolinguísticos. É importante observar que esses aspectos não são mutuamente exclusivos, mas se complementam.

A partir de 1980, os estudos e pesquisas sobre alfabetização, considerando uma perspectiva psicológica, focaram na leitura e na escrita, destacando aspectos como a percepção do esquema corporal, a organização espacial e temporal, a psicomotricidade, e a discriminação visual e auditiva (SOARES, 2015). É importante notar que a psicologia, nesse campo do conhecimento, se ocupa de mapear diferentes concepções sobre o desenvolvimento humano e de explicar como cada indivíduo aprende e se desenvolve.

O campo da pedagogia do letramento e da alfabetização tem sido amplamente discutido, e a psicologia desempenha um papel crucial ao estabelecer uma conexão entre os dois conceitos. De acordo com Oliveira (2012), alfabetizar é uma forma de letramento. A psicologia contribui para o estudo da linguagem oral, desempenhando funções essenciais nas séries iniciais do ensino fundamental, através da comunicação e da mediação com a língua escrita.

Schmidt (2013) afirma que o domínio dessas duas vertentes possibilita um número maior de sinapses fundamentais para o desenvolvimento cognitivo, por meio de experiências, simbolismo e reflexão. Assim, ler, escrever e falar não são meramente exercícios repetitivos, mas sim atividades que envolvem a elaboração do pensamento.

Gonçalves (2014) apoia essa visão ao afirmar que a escrita reflete a fala, a qual, por sua vez, representa a realidade e possui uma função simbólica na expressão do mundo. O desenvolvimento de um ser humano com habilidades e características únicas de fala, leitura e escrita não pode ser alcançado sem uma evolução temporal apropriada.

Mello (2015) observa que existem outras formas de linguagem que podem enriquecer o desenvolvimento da criança no processo de alfabetização e letramento, como desenhos, poesias, danças, modelagem, brincadeiras de faz de conta e pintura. Essas atividades contribuem para o desenvolvimento intelectual e da personalidade da criança, servindo como base para a aquisição da língua escrita.

A ludicidade, bem como a linguagem corporal e artística, facilita o processo de alfabetização e letramento, pois permite que as crianças expressem sentimentos, ideias e emoções, além de organizar seus pensamentos. Esse aspecto é fundamental para o desenvolvimento cognitivo e para a aprendizagem da escrita (OLIVEIRA, 2012).

A compreensão tradicional da alfabetização considerava os métodos de letramento e alfabetização como distintos e sequenciais, com a alfabetização precedendo o letramento. No entanto, a partir do início do século XXI, ambos os processos são vistos como simultâneos, com a alfabetização não antecedendo o letramento. Esses métodos abrangem diferentes ciências, habilidades e formas de aprendizagem, e requerem abordagens de ensino individualizadas (MORTATTI, 2016).

É fundamental distinguir entre a necessidade e a complexidade de integrar os conceitos de alfabetização e letramento, sem confundir as especificidades de cada um. Embora ambos representem abordagens diferentes, a alfabetização e o letramento devem ser abordados de forma integrada pelos educadores nas séries iniciais do ensino fundamental (PAIM, 2014).

As análises sobre a alfabetização evidenciam a natureza multifacetada do processo de aquisição da leitura e da escrita. Além das habilidades específicas relacionadas ao ato de ler e escrever, é crucial compreender os usos sociais da escrita, aos quais a alfabetização deve se adequar. O domínio técnico da leitura e escrita não garante, por si só, que o indivíduo desenvolva as habilidades necessárias para atender às exigências de uma sociedade letrada (OLIVEIRA, 2012).

A alfabetização é concebida como um processo gradual, onde a criança inicia com a compreensão das unidades menores (letras e sílabas) e avança para unidades mais complexas (sílabas, palavras, frases e textos). Este processo é apoiado pela memorização das famílias silábicas e pela formação de palavras, consideradas elementos essenciais para a aprendizagem da língua escrita (PAIM, 2014).

A silabação compartilha semelhanças significativas com a soletração, ao focar nos mecanismos de codificação e decodificação baseados na memorização das sílabas para a formação de palavras. O método silábico inicia-se com o estudo das vogais e consoantes, progredindo para a análise das famílias silábicas formadas pela combinação de vogais e consoantes (MORTATTI, 2016).

Soares (2015) observa que, em determinado momento do processo de alfabetização, a criança experimenta um avanço significativo, muitas vezes descrito como uma “explosão” na alfabetização. Esse fenômeno ocorre quando o aprendiz percebe que, no princípio alfabético, os símbolos gráficos representam segmentos sonoros.

O autor destaca que, embora o início possa parecer simples, com o tempo o processo revela-se mais complexo do que inicialmente aparentava. Portanto, é fundamental estimular continuamente a criança para que ela faça novas descobertas sobre a leitura e a escrita.

O aluno deve entender que a relação entre sons e letras nem sempre segue a correspondência direta e exclusiva do sistema alfabético, onde cada letra corresponde a um único som e vice-versa, estabelecendo uma conexão biunívoca entre fonemas e grafemas.

A criança começa a perceber que a língua escrita tem uma função social importante, sendo um meio de comunicação. Portanto, é essencial que a criança pratique a escrita constantemente, mesmo que inicialmente pareça ser apenas um rabisco, pois isso contribui para o desenvolvimento de um comportamento de escrita. Inicialmente, a criança aprende o sistema de escrita e, posteriormente, começa a utilizá-lo socialmente. Mesmo as crianças que ainda não dominam a leitura e a escrita, ao ingressarem no mundo do letramento, já estão, de certa forma, em processo de letramento.

Conforme aponta Soares (2015), alfabetizar é proporcionar à criança a aquisição das habilidades de leitura e escrita de maneira que ela possa refletir sobre seu próprio mundo e entender a função social desses elementos. Se a criança precisa descobrir o verdadeiro papel da escrita e da leitura durante a fase de alfabetização, o educador deve encontrar estratégias para facilitar essa descoberta.

Neste contexto, a literatura infantil pode ser uma ferramenta valiosa, pois oferece um meio lúdico para que a criança se familiarize com o mundo escrito, ampliando seu conhecimento e enriquecendo sua experiência. Como afirma Richard Bamberguer (2016, p. 51), “se conseguirmos proporcionar à criança uma experiência sistematicamente positiva com a linguagem, estaremos promovendo seu desenvolvimento como ser humano”.

1.2 INTERVENÇÃO DOCENTE NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

1.2.1 Formação docente

Ensinar e aprender são processos graduais, individuais e meticulosamente estruturados. Quando esses processos falham devido a deficiências internas ou externas, surgem distúrbios e dificuldades de aprendizagem que podem levar não apenas à desmotivação, mas também ao isolamento e à reprovação social da criança.

A formação de professores é um espaço essencial de construção, descoberta e transformação, onde se realizam trocas de experiências e se mergulha na essência do conhecimento. Este processo é fundamental para o desenvolvimento da identidade profissional dos educadores, fornecendo as bases teóricas e práticas necessárias para a prática docente. Os conhecimentos adquiridos durante a formação constituem os pilares sobre os quais se edifica a profissionalização dos professores.

O desenvolvimento das competências docentes é crucial para a compreensão das realidades específicas enfrentadas pelos professores em sua prática cotidiana. Essa formação permite aos educadores refletir sobre suas práticas e justificar suas ações profissionais. Os saberes necessários para a prática pedagógica incluem uma variedade de fontes, como programas escolares, livros didáticos e disciplinas ensinadas. Tardif (2014) categoriza esses saberes em quatro grupos: saberes disciplinares, curriculares, profissionais e experienciais.

Aguiar e Pelandre (2008) destacam que as novas demandas para uma formação docente de qualidade devem considerar o contexto específico das escolas e as realidades temporais e espaciais em que estão inseridas. Nos últimos anos, a discussão sobre a qualidade da educação tem conferido maior importância à formação de professores.

Tardif e Raymond (2010) afirmam que a atuação no magistério é a profissão que, ao longo do período de escolarização, forma futuros professores e profissionais da educação. No entanto, frequentemente observa-se uma falta de integração entre os conhecimentos teóricos e práticos no processo de ensino e aprendizagem. Os autores destacam que o conceito de “saber” inclui não apenas conhecimentos e habilidades, mas também atividades dos professores e competências relacionadas ao exercício da profissão.

O conhecimento acumulado na prática docente é, na verdade, um conjunto de saberes fundamentados nos métodos de ensino aplicados no ambiente escolar. Esses saberes são adquiridos de diversas maneiras e fontes, como experiência profissional, trajetória pessoal e formação continuada.

Os conhecimentos dos professores em relação ao ensino, alfabetização e letramento estão diretamente associados ao exercício de sua prática profissional, refletindo a manifestação do “saber fazer” e integrando uma variedade de conhecimentos e fontes, desde que voltados para a educação (TARDIF, RAYMOND, 2010).

Neste contexto, os autores destacam as principais fontes para o aprimoramento dos conhecimentos docentes, que abrangem a experiência familiar, as vivências adquiridas durante o ensino fundamental, a formação profissional contínua, além da utilização de recursos como livros didáticos, programas educacionais, a trajetória pessoal e a prática pedagógica. Freire (2006) argumenta que o ensino vai além da mera transferência de conteúdos; é um processo que envolve aspectos ideológicos, pedagógicos, estéticos e éticos. O educador deve promover o desenvolvimento da criança com autocontrole e reflexão constante sobre sua prática docente.

A Pedagogia Construtivista, conforme Luckesi (2005), entende que o aprendizado é uma forma de autoavaliação contínua do docente, reconhecendo que este está em constante transformação. Esse processo de avaliação permite ao professor reconsiderar suas abordagens e explorar novas possibilidades. A sala de aula pode servir como um ambiente de desenvolvimento intelectual para os alunos e também como um espaço de crescimento para o próprio professor. A abordagem inicial, por si só, não é suficiente para enfrentar a complexidade do processo de ensino-aprendizagem.

A escola e a sala de aula podem promover um aprofundamento significativo das ciências do treinamento docente, considerando a prática como objeto de análise (Garrido, 2012). Essa análise deve ser abrangente e metódica para oferecer uma compreensão profunda da prática docente.

É essencial documentar as habilidades, eventos, avanços e dificuldades enfrentados pelos alunos. Essa documentação permite a análise crítica, com o objetivo de implementar novas estratégias e métodos. A reflexão proporcionada por essa análise ajuda o docente a adotar novas abordagens ou a ajustar seu estilo de ensino. O desenvolvimento das competências docentes pode ser entendido através de duas fases temporais distintas: a formação pré-profissional e a carreira.

A primeira fase refere-se à trajetória de vida do professor e à sua formação inicial para a docência. A segunda envolve o processo de adaptação e integração dos indivíduos às práticas e normas estabelecidas, tanto na sala de aula quanto na escola como um todo (TARDIF & RAYMOND, 2010).

Para aprimorar a prática pedagógica, o professor, especialmente no campo da alfabetização, deve possuir um alto grau de especialização. É necessário que o educador tenha domínio dos conhecimentos teóricos e metodológicos para lidar com situações concretas de aprendizagem. Esse conhecimento abrange não apenas a formação acadêmica, mas também a formação pedagógica contínua (CAMPELO, 2012).

Diante desses desafios, é relevante, dentro do escopo deste estudo, abordar os conceitos de alfabetização e letramento. A pesquisa mostra que o domínio da língua escrita tem sido uma preocupação central para vários estudiosos. Eles enfatizam que a alfabetização vai além do simples ensino de ler, escrever e decodificar textos, abrangendo também a compreensão, interpretação e produção de novos conhecimentos (SOARES, 2011; CARVALHO & MACIEL, 2013; MACIEL, 2014).

Jorge (2011) argumenta que, na prática de letramento com jovens e adultos, é crucial distinguir entre a mera habilidade de ler e escrever e a verdadeira apropriação da escrita. O educador deve, portanto, refletir continuamente sobre a abordagem adotada para o letramento em sala de aula, levando em conta as características individuais dos alunos, suas experiências pessoais e suas culturas.

Ainda segundo Jorge (2011), um planejamento eficaz é essencial para o sucesso do processo educativo. Esse planejamento deve ser adaptado ao perfil da turma, que deve ser avaliado desde o início das aulas. Conhecendo bem os alunos e compreendendo as práticas de letramento que vivenciam dentro e fora da escola, o professor estará em melhor posição para organizar e estruturar o trabalho pedagógico de forma apropriada.

A crescente digitalização do ensino e da aprendizagem também exige uma maior prontidão para o feedback. Compreender claramente o que os alunos sabem e o que ainda precisam aprender permite um foco mais preciso no processo de aprendizado. No início dos estudos, é natural que os alunos necessitem de suporte para reconhecer seus limites de conhecimento e competências. As aulas devem então proporcionar oportunidades contínuas para que os alunos recebam e ofereçam feedbacks. É fundamental que, ao longo do curso e especialmente ao final, os alunos reflitam sobre o que aprenderam, identifiquem áreas para aprimoramento e desenvolvam habilidades de autoavaliação (CHICKERING & EHRMANN, 2016).

É essencial reconhecer que os recursos tecnológicos desempenham um papel crescente na documentação e na avaliação do desempenho pessoal e profissional. De forma geral, a utilização de ferramentas tecnológicas permite que os educadores façam registros detalhados e análises críticas sobre o progresso dos alunos.

1.2.2 Prática e dinâmica pedagógica

A prática docente envolve um conjunto de ações realizadas pelo professor, distribuídas em três etapas principais: planejamento, implementação do processo de ensino e avaliação. Conforme Zóboli (1991), essas etapas aprimoram o ciclo pedagógico, pois se interrelacionam e se repetem continuamente durante o processo educativo. A fase de planejamento refere-se à organização de um plano de intervenção para abordar e transformar a realidade educacional.

Frison et al. (2009) destacam que, nas séries iniciais, há uma forte ênfase na elaboração e produção de textos pelos alunos. Portanto, o educador deve incentivar a prática e a criação textual, mesmo que contenham erros ortográficos, pois o foco deve ser a produção e o desenvolvimento contínuo.

Os autores também ressaltam a importância dos livros na prática de escrita. Eles são fundamentais para orientar a prática pedagógica e servem como suporte na organização do ensino, representando uma valiosa ferramenta de aprendizagem.

O planejamento do ensino envolve um exercício intelectual de tomada de decisões e reflexão para aprimorar a intervenção pedagógica. Este plano é um processo dinâmico que inclui duas fases principais: a elaboração e a implementação interativa (VASCONCELLOS, 2006).

A elaboração do plano envolve uma análise detalhada da situação para definir claramente os objetivos e estruturar a ação mais eficaz. No contexto da alfabetização e letramento, a organização do plano de trabalho requer uma avaliação crítica dos conhecimentos prévios dos alunos sobre a língua escrita, com o intuito de criar estratégias que promovam a expansão e aprimoramento desses conhecimentos.

A construção de um programa bem estruturado é essencial para garantir uma organização adequada em qualquer tipo de trabalho, especialmente no pedagógico, que exige um desenho educativo, a configuração da escola e a dinâmica da sala de aula. No ambiente escolar, o planejamento das atividades docentes inclui a definição dos conteúdos a serem abordados. É importante destacar que o planejamento visa facilitar a interação entre os alunos e os conhecimentos.

Uma organização cuidadosa, que considere informações de diversas áreas do saber, como Matemática, Ciências Naturais, Português e Ciências Sociais, é crucial. A realidade sociocultural e o contexto familiar da criança influenciam a seleção dos materiais didáticos, permitindo ao professor realizar uma prática pedagógica mais eficaz. Conforme Oliveira (2012), as interações entre o planejamento e a execução do trabalho docente devem ser intencionais, com objetivos claros para garantir que o processo de alfabetização e letramento seja conduzido de forma apropriada.

Um aspecto crucial na prática pedagógica é a integração da ludicidade, uma vez que brinquedos podem capturar o interesse das crianças e associar a leitura e a escrita a elementos que fazem parte de suas atividades lúdicas. Professores alfabetizadores são particularmente habilitados para implementar essas atividades de forma eficaz. No entanto, essa integração pode enfrentar desafios na prática escolar, pois os alfabetizadores, que atuam nas etapas iniciais da vida escolar, devem estar ainda mais preparados e disponíveis para esses métodos.

A aprendizagem, como mencionado anteriormente, também resulta das interações afetivas e sociais entre professores e alunos. A dinâmica dessas relações na sala de aula pode ser um fator determinante no processo de ensino-aprendizagem.

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) enfatiza a importância de integrar diversas áreas do conhecimento no trabalho pedagógico, promovendo a interdisciplinaridade entre docentes e discentes. Essa abordagem permite que os alunos adquiram uma visão abrangente dos temas estudados e os relacionem com problemas práticos do cotidiano.

O Plano de Trabalho Docente Interdisciplinar é desenvolvido a partir de um diagnóstico inicial do contexto sociocultural dos alunos. Com base nisso, o educador deve abordar temas que possam ser explorados sob diferentes perspectivas e áreas de conhecimento, promovendo a construção de um conceito interdisciplinar que favoreça um aprendizado mais abrangente e integrado.

As informações podem ser assimiladas por meio de diversas técnicas de ensino ou pela simples adoção de hábitos cotidianos. A aprendizagem representa um processo de modificação comportamental que resulta da experiência acumulada através de fatores emocionais, neurológicos, relacionais e ambientais. O aprendizado ocorre a partir da interação entre as estruturas mentais e o ambiente. Conforme a abordagem educacional contemporânea, que valoriza a aprendizagem, o professor atua como coautor do processo educativo dos alunos.

De acordo com Demo (2010), a educação, entendida como um processo interativo, abrange novos tempos e espaços, promovendo o diálogo, a problematização e a produção individual dos estudantes. O papel do professor é fundamental como mediador nas construções do conhecimento.

É essencial que os alunos desenvolvam hábitos como assistir a telejornais e outros programas informativos na presença dos adultos, permitindo-lhes fazer conexões entre o que aprendem na escola e as informações veiculadas pelos meios de comunicação. Isso inclui aspectos de geografia (como as regiões afetadas por desastres naturais), história (notícias políticas), ciências (descobertas científicas sobre doenças), educação física (notícias esportivas) e matemática (informações econômicas), entre outros.

Um aspecto crucial da prática pedagógica é reconhecer que os alunos já possuem conhecimentos prévios. Portanto, é vital que os professores realizem um diagnóstico dos conhecimentos dos alunos para determinar o ponto de partida e planejar suas atividades de forma eficaz.

Ao basear o conteúdo na prática social, os alunos encontrarão relevância no material estudado, construindo conhecimento de maneira gradual e desenvolvendo uma atitude que pode transformar a sociedade. Eles perceberão que o conhecimento científico é parte integrante de suas vidas e pode contribuir para sua melhoria.

As atividades devem integrar tanto a alfabetização quanto o letramento, garantindo que o ensino do código alfabético esteja alinhado com seu uso social em diversos contextos. O professor alfabetizador deve, portanto, desenvolver e adaptar estratégias de ensino conforme as características dos alunos, mantendo a consciência de que a educação é um ato político que deve desafiar e superar as situações de opressão frequentemente invisíveis para muitos indivíduos.

A informática desempenha um papel crucial como mediadora no processo de ensino e aprendizagem. Com o docente atuando como o principal estrategista e facilitador das atividades em sala de aula, as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) se destacam como ferramentas essenciais para melhorar a produtividade e a qualidade das práticas acadêmicas. Para garantir o sucesso na carreira, o professor do século XXI deve acompanhar continuamente a evolução das ferramentas digitais, que avançam constantemente devido aos progressos tecnológicos, a fim de alcançar uma prática profissional duradoura e eficaz (DANIEL; CANO; CERVERA, 2015).

Professores com experiência de várias décadas podem atestar a magnitude das mudanças e inovações que transformaram a prática docente nos últimos anos. Inovações significativas, como jogos educacionais, a metodologia da sala de aula invertida, o ensino híbrido e a integração de novos dispositivos eletrônicos em sala de aula, têm promovido mudanças profundas no relacionamento entre professores e alunos. Esses recursos não são meros modismos, mas sim ferramentas comprovadamente eficazes para a melhoria da educação, razão pela qual se disseminaram globalmente nas instituições de ensino.

2. METODO

Para a realização desta pesquisa de conclusão de curso, foi conduzida uma revisão bibliográfica abrangente, com a busca de informações centrada em palavras-chave relacionadas ao tema abordado. Essa revisão foi realizada entre abril e maio de 2019. O levantamento bibliográfico visou proporcionar um conhecimento aprofundado sobre o tema, por meio da consulta a periódicos, livros, artigos, teses, dissertações e acervos da biblioteca da Universidade Paulista, bem como à biblioteca virtual.

Dessa forma, a pesquisa foi embasada na realidade profissional e nos desafios enfrentados na área de atuação, possibilitando a análise, avaliação e reflexão sobre as questões pertinentes às funções profissionais. Esse processo contribuiu para a ampliação dos conhecimentos e para o desenvolvimento contínuo do profissional.

3. ANALISE E DISCUSSÕES

Durante a pesquisa, foi possível analisar a prática atual dos professores e suas metodologias de ensino para alfabetização e letramento de crianças. Confirmou-se a observação de Pimenta, que afirma: “(…) o estágio curricular abrange as atividades que os alunos devem realizar durante seu curso de formação, voltadas ao campo futuro de trabalho – as séries iniciais do ensino fundamental” (Pimenta, 2017, p. 21). Este é um aspecto fundamental para iniciar a prática docente e otimizar o processo de ensino do profissional pedagogo.

Santos (2016) argumenta que a leitura e a escrita não são habilidades inatas, mas sim habilidades que precisam ser desenvolvidas. Essa construção ocorre majoritariamente no ambiente escolar, embora o hábito de leitura possa começar a se formar desde os primeiros balbucios da criança.

Abud (2017) ressalta que a leitura é a base para a aquisição de uma cultura geral e é fundamental para o aprendizado escolar. A escrita, após a fala, é um dos principais instrumentos de comunicação e expressão, permitindo ao indivíduo compartilhar ideias e expressar pensamentos e sentimentos.

Smolka (2013) e Soares (2009) destacam que o ensino da língua deve ser integrado a práticas discursivas, envolvendo textos orais e escritos de diversos gêneros, e deve levar em conta as condições de produção e recepção dos textos. Santos (2016) sublinha que aprender a ler e escrever é um processo contínuo e cumulativo ao longo da vida, essencial para o desenvolvimento do indivíduo na sociedade. A escola, portanto, se configura como um espaço crucial onde as crianças se envolvem com a leitura sistematizada por meio de livros e outros recursos.

Segundo Soares (2015, p. 3), o conceito de letramento não vê a língua meramente como um meio de comunicação ou ferramenta de entendimento, mas como um processo de interação mútua em que o interlocutor atribui sentido e definição durante suas interações linguísticas. Assim, os significados são formados de acordo com a relação que o indivíduo estabelece com a língua e com o tema em questão.

Santos (2016) observa que o sucesso acadêmico está fortemente ligado à capacidade do aluno de ler e escrever, desenvolvida principalmente durante os primeiros cinco anos da Educação Básica, desde a alfabetização (1º ano) até o 5º ano. Nesse período, a integração entre leitura e escrita deve ser abordada de maneira rica e diversificada, oferecendo ao aluno diferentes tipos de leitura adequados à sua faixa etária e interesses pessoais e coletivos.

Ferreiro (2013) destaca que o conceito de alfabetização evolui com as mudanças temporais, culturais, tecnológicas e outras inovações. Portanto, é essencial que os professores estejam abertos às transformações contemporâneas, adaptando suas práticas para tornar o processo de alfabetização mais dinâmico e envolvente.

No mesmo sentido, o artigo de Aguiar e Pelandre (2008) aborda o processo de alfabetização a partir de dois eixos principais: 1) a organização dos espaços de alfabetização e 2) a sistematização teórico-metodológica da língua escrita. As autoras destacam a importância de integrar as experiências da criança com o mundo real no ambiente escolar, enfatizando que as vivências e o conhecimento prévio da criança devem estar no centro dos processos de alfabetização.

Melo e Magalhães (2013) abordam, no primeiro segmento de seu artigo, a distinção entre os conceitos de alfabetização e letramento, ressaltando a necessidade de que esses processos se desenvolvam de maneira concomitante, conforme apontado por Soares (2015). As autoras analisam uma turma do 2º ano do ensino fundamental, focando nas atividades de alfabetização e letramento realizadas em sala de aula, com ênfase no trabalho com leitura, produção textual, oralidade e no sistema de escrita alfabética (SEA).

Elas destacam a importância de implementar atividades bem organizadas e sistemáticas que promovam a reflexão sobre as palavras como um recurso essencial no início da alfabetização. No entanto, enfatizam que é crucial evitar a limitação e a exploração única desses conhecimentos, desafiando assim os métodos tradicionais de alfabetização. Observam que o papel do professor como mediador é fundamental.

Esse papel mediador é responsável por criar estratégias de aprendizagem que engajem os alunos e explorem as múltiplas dimensões do processo de alfabetização. Correia (2013), também pesquisando em turmas do 2º ano do Ensino Fundamental, investiga o processo inicial da leitura e conclui que a mediação do professor é vital para que as crianças adotem práticas pedagógicas significativas.

Por meio de uma investigação com professoras alfabetizadoras em uma escola municipal de São Luís, Maranhão, Correia analisa as concepções de leitura que orientam as práticas pedagógicas dessas educadoras. Ao observar como os atos de ler se desenrolam em sala de aula, Correia (2013) conclui que as professoras demonstram uma percepção insuficiente sobre o processo de aquisição da leitura, entendida como a atribuição de diferentes significados ao texto.

Com base no princípio de que o aluno deve ser o centro de toda atividade pedagógica, e reconhecendo que o processo de alfabetização deve iniciar-se antes da formalização escolar, as autoras destacam que a escola desempenha um papel crucial na promoção do domínio da leitura e da escrita. Elas observam que uma parcela significativa de crianças, ao final dos quatro primeiros anos de escolarização, ainda não adquire a leitura e escrita alfabética de forma adequada.

Cruz (2008) também explora essas concepções, argumentando que o domínio da escrita alfabética constitui uma ferramenta essencial para o desenvolvimento crítico e cidadão dos alunos. Ela aponta que um aspecto fundamental do processo de alfabetização é a compreensão, por parte do professor, de sua responsabilidade na formação crítica e cidadã de seus alunos. Cruz sublinha que o fracasso escolar não deve ser atribuído ao aluno, mas sim à ineficácia da escola em garantir o sucesso educacional.

Segundo a autora, se a escola não estabelece metas claras para cada ano do primeiro ciclo do Ensino Fundamental, relativas ao processo de alfabetização, não conseguirá atingir seus objetivos. Portanto, é necessário revisar as expectativas de aprendizagem definidas. Em sua pesquisa, realizada em uma escola municipal de Recife, Cruz analisou diversos aspectos das práticas de alfabetização e letramento, confirmando que é possível assegurar o aprendizado da leitura e da escrita no primeiro ano do ciclo, permitindo que os anos subsequentes sejam dedicados à consolidação deste processo.

Por sua vez, Steupp (2011) conduziu uma pesquisa para compreender as concepções de alfabetização e letramento entre profissionais do ensino superior em cursos de Pedagogia. A pesquisa visou entender como os entrevistados, oriundos de diferentes contextos sociais, desenvolveram seu conhecimento e entendimento sobre o tema. Steupp enfatiza a necessidade de que a escola promova um diálogo multicultural, expandindo suas práticas para além de seus limites institucionais.

Não apenas as expressões culturais de prestígio, originárias das camadas sociais dominantes, mas também as manifestações culturais das camadas populares são abordadas como objetos de estudo. No contexto da alfabetização, a importância do livro didático e de outros materiais impressos também é considerada nas análises das práticas de letramento e alfabetização em sala de aula.

Macedo (2007) explora como os professores dos ciclos iniciais se apropriam desses materiais e das novas concepções de ensino e aprendizagem. Através de sua pesquisa em duas escolas distintas, a autora identifica que 1) as práticas de letramento e leitura, 2) os textos selecionados, 3) a organização da sala de aula e, principalmente, 4) os modos e tempos de utilização dos livros didáticos têm um impacto significativo nas práticas pedagógicas de alfabetização.

Vieira (2015) também examina o uso de recursos impressos no processo de alfabetização. Em sua investigação, a autora analisa duas fontes distintas: 1) os cadernos de planejamento de uma professora alfabetizadora e 2) livros destinados ao ensino inicial da leitura e escrita, abrangendo o período de 1970 a 2000.

O estudo revela que as cartilhas são os principais recursos utilizados pela professora na preparação de suas aulas. As concepções de conhecimento, aprendizagem e ensino de leitura e escrita observadas são fundamentadas em uma abordagem mecanicista da alfabetização, baseada em métodos tradicionais. As atividades propostas de leitura e escrita limitam-se à codificação e decodificação de palavras, refletindo um processo de alfabetização mecanicista, com pouca ênfase em atividades que exigem maior reflexão. Essa limitação foi confirmada pela análise dos cadernos de planos de aula, evidenciando que, neste contexto, a alfabetização é predominantemente técnica, caracterizada por práticas de repetição e memorização.

Aguiar (2012), ao analisar 1) documentos oficiais, 2) observações de aulas e 3) entrevistas com professores alfabetizadores do 1º ano do Ensino Fundamental da rede municipal, promoveu reflexões substanciais sobre os desafios enfrentados com a inclusão de crianças de seis anos nesse ciclo escolar. A autora argumenta que a exigência legal, embora legítima, impõe vários desafios, especialmente em relação às características individuais da infância, frequentemente ignoradas pelos sistemas de ensino na implementação da legislação. Ela ressalta as discrepâncias entre as diretrizes estabelecidas nos documentos oficiais e as práticas observadas nas redes de ensino, destacando questões como 1) a formação docente, 2) as práticas pedagógicas efetivamente realizadas em sala de aula e 3) as metodologias empregadas. A autora também expressa preocupação contínua com a necessidade de um processo sistemático para a apropriação do sistema de escrita alfabética.

Magalhães e Muller (2015) investigam a organização do tempo escolar dedicado ao ensino de língua portuguesa nos anos iniciais do Ensino Fundamental. A pesquisa, conduzida em seis turmas de 1º ano de escolas públicas, examina as práticas dos professores em relação à alocação do tempo escolar e às bases curriculares. As autoras concluem que os currículos apoiam a implementação de práticas de alfabetização e letramento, incluindo os “direitos de aprendizagem” estabelecidos para cada ano escolar, tanto no 1º quanto no 2º ciclo. Elas ressaltam que a organização temporal é fundamental para o processo de ensino-aprendizagem, sendo crucial para oferecer práticas pedagógicas significativas ao longo do desenvolvimento escolar.

As conclusões apontam para significativas dificuldades nas práticas pedagógicas observadas, destacando a necessidade de questionar diversos aspectos. No entanto, também são identificadas práticas extremamente relevantes que contribuem de maneira significativa para a apropriação da leitura e da escrita.

Souza e Cardoso (2012) realizaram uma pesquisa de Mestrado em Educação em escolas municipais de Várzea Grande – MT, situadas em bairros periféricos com predominância de estudantes oriundos de camadas populares. Inicialmente, as autoras abordam o fracasso das escolas no ensino da leitura e escrita no Brasil, e buscam listar práticas de alfabetização e letramento que se mostraram bem-sucedidas nas instituições analisadas.

Através da observação e análise de 1) experiências profissionais e 2) saberes orientadores explicitados pelos professores alfabetizadores pesquisados, as autoras ressaltam que os melhores resultados decorrem de práticas pedagógicas fundamentadas nas teorias do Construtivismo e do Interacionismo. A valorização do planejamento coletivo e das trocas de atividades significativas entre os professores também fomenta a confiança mútua, contribuindo significativamente para o processo de aprendizagem da leitura e da escrita.

Com o objetivo de expandir a compreensão convencional sobre alfabetização e letramento, Fritzen e Silveira (2009) propõem investigar esses conceitos a partir da perspectiva das próprias crianças. Através de um diálogo direto com os participantes, as autoras observam que as crianças reconhecem e atribuem importância à “superioridade” dos pais, professores e da sociedade no processo de alfabetização e letramento. Segundo as autoras, um dos maiores desafios para os professores é criar formas eficazes de mediar as relações entre alfabetização e letramento, reconhecendo que a criança, como sujeito social, traz experiências e conhecimentos valiosos que devem ser integrados ao processo de ensino.

Soares (2015) destaca a importância de os professores conhecerem a vida dos alunos fora do contexto escolar, considerando suas histórias de vida. A produção de textos e a leitura são atividades que podem proporcionar ao professor um melhor entendimento da subjetividade dos alunos e de suas histórias pessoais.

O professor pode exercer uma influência positiva nas interações que a criança estabelece com a leitura e a escrita. O incentivo a essas atividades é crucial para o desenvolvimento contínuo do processo de letramento, que deve se estender por toda a trajetória escolar da criança. Dado que a escola é o principal ambiente onde os alunos, especialmente aqueles de contextos socioeconômicos desfavorecidos, têm oportunidades significativas de engajamento com a leitura e a escrita, ela deveria proporcionar aos professores um leque diversificado de espaços e recursos para um trabalho efetivo em alfabetização e letramento. Contudo, em muitos casos, mesmo com a dedicação dos professores, o progresso é limitado pelas adversidades enfrentadas pelos alunos e pelas instituições.

Entre as atividades que se destacam nas práticas de alfabetização e letramento, a narração de histórias infantis tem sido especialmente eficaz. Esta prática promove uma série de outras atividades, como a criação oral de histórias pelas crianças, elaboração de desenhos, jogos, e a leitura e escrita de textos breves. A literatura infantil desempenha um papel essencial na aproximação das crianças com o processo de leitura e escrita.

A atuação do professor no desenvolvimento da leitura infantil deve ser proativa, especialmente no que diz respeito ao seu próprio papel como leitor, particularmente de textos literários, e como mediador na iniciação de seus alunos ao mundo da leitura. De acordo com Paiva (2015), é fundamental que o professor reconheça a leitura literária como uma “fonte poderosa” para a educação da sensibilidade e para a compreensão do mundo. Esta valorização da linguagem literária, embora nem sempre acessível a todos, pode levar a práticas efetivas de letramento literário na sala de aula, a partir da credibilidade que o professor adquire como leitor engajado.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta atividade de pesquisa é fundamental para nossa formação acadêmica. Reconhecemos que ainda há muito a ser investigado sobre os conceitos de alfabetização e letramento, especialmente considerando que o trabalho com a linguagem deve estar imerso em contextos letrados. A prática do letramento transforma o processo de leitura em uma experiência agradável.

Para alcançar esse objetivo, é necessário prestar atenção à linguagem e interpretá-la adequadamente, empregando diversas estratégias para apresentar o universo linguístico aos alunos. É importante observar que a eficácia desse processo depende da forma como o professor explora o conteúdo em sala de aula e fora dela, de sua interação com os alunos, das intervenções no processo de ensino-aprendizagem e da utilização variada e criativa dos materiais. Portanto, é crucial que a educação leve em conta o contexto social dos alunos.

Acreditamos que a alfabetização não se limita à adesão a um sistema gráfico convencional, mas é um processo complexo que exige uma mediação cuidadosa por parte do professor para auxiliar os alunos na evolução de suas hipóteses. O conhecimento é adquirido por meio da interação e troca contínuas.

A pesquisa revela que existem diversas abordagens para o ensino da escrita. Alfabetizar significa fornecer às crianças as condições necessárias para ler e escrever de forma adequada, orientando-as para o domínio do processo de escrita. Atualmente, a educação busca integrar a alfabetização com o letramento.

No processo de alfabetização e letramento, é imperativo que os educadores compreendam claramente as diferenças entre esses conceitos. A alfabetização é um método específico de assimilação do sistema de escrita, que envolve a aprendizagem das habilidades alfabéticas e ortográficas necessárias para a leitura e escrita autônomas. O letramento, por sua vez, refere-se à inclusão e ao conhecimento da cultura escrita, começando quando a criança começa a interagir com as diversas manifestações da escrita na sociedade e continuando ao longo de sua vida, promovendo uma participação crescente nas práticas sociais relacionadas à língua escrita.

Alfabetização e letramento são processos interdependentes e complementares. Assim, é essencial que se desenvolvam práticas inovadoras que aprimorem continuamente a formação dos professores alfabetizadores. Estes profissionais devem estar em constante atualização para reconhecer e assumir plenamente sua responsabilidade como formadores de cidadãos críticos e comprometidos com a sociedade.

Este estudo considera que, embora alfabetização e letramento possuam características distintas, ambos são essenciais e integrados para a aquisição eficaz da leitura e da escrita pelos alunos. Portanto, a abordagem pedagógica mais eficaz é aquela que harmoniza esses dois processos, garantindo aos estudantes a apropriação do sistema alfabético e ortográfico, bem como as condições necessárias para o uso da língua nas práticas sociais de leitura e escrita.

É fundamental compreender que a aprendizagem é um processo complexo que demanda tempo e esforço, e que muitas das influências envolvidas vão além do ambiente escolar, abrangendo aspectos sociais, tecnológicos, políticos e outros fatores que frequentemente desviam do foco educacional. A atual proposta educacional deve apoiar a reavaliação dos conhecimentos e valores necessários para a construção de novos cenários em um mundo simultaneamente pleno e intercultural.

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