O AVANÇO DAS INOVAÇÕES DIGITAIS NA EDUCAÇÃO CORPORATIVA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202410112107


Maria Eduarda Barleta


RESUMO

Este estudo visa apresentar o avanço das inovações digitais na educação corporativa, observando como novas tecnologias e modelos de negócios influenciam o ensino e a aprendizagem no trabalho. A digitalização tem gerado novas oportunidades para o desenvolvimento profissional, permitindo uma integração mais eficaz entre práticas educacionais e o ambiente de trabalho, e promovendo um aprendizado contínuo em um mercado competitivo. A educação corporativa deve ser um pilar fundamental para a mudança nas organizações futuras, transformando-se em ecossistemas digitais de aprendizagem. Esses ecossistemas enfrentarão desafios para aprimorar a usabilidade e a experiência educacional, promovendo mudanças tecnológicas, sociais e culturais dentro das empresas. A proposta é conduzir uma pesquisa exploratória com uma abordagem qualitativa e lógica indutiva, que foca na qualidade e profundidade das informações coletadas, ao invés de se basear em conceitos teóricos preexistentes. A lógica indutiva, que se apoia na observação dos fatos, permite a validação ou refutação de conceitos existentes. O método escolhido é a revisão bibliográfica qualitativa, ideal para explorar a complexidade da educação corporativa inovadora e seu papel na transformação organizacional. Esse método é adequado para investigar ideias e modelos sobre práticas educacionais e tecnologias em um contexto de transformação digital, pois permite uma análise prática do fenômeno em seu ambiente real.

Palavra-chave: Educação Corporativa. Inovação Digital. Desenvolvimento Profissional.

Abstract

This study aims to present the advancement of digital innovations in corporate education, observing how new technologies and business models influence teaching and learning at work. Digitalization has generated new opportunities for professional development, allowing a more effective integration between educational practices and the work environment, and promoting continuous learning in a competitive market. Corporate education must be a fundamental pillar for change in future organizations, transforming into digital learning ecosystems. These ecosystems will face challenges to improve usability and the educational experience, promoting technological, social and cultural changes within companies. The proposal is to conduct exploratory research with a qualitative approach and inductive logic, which focuses on the quality and depth of the information collected, rather than being based on pre-existing theoretical concepts. Inductive logic, which is based on observation of facts, allows the validation or refutation of existing concepts. The chosen method is a qualitative literature review, ideal for exploring the complexity of innovative corporate education and its role in organizational transformation. This method is suitable for investigating ideas and models about educational practices and technologies in a context of digital transformation, as it allows a practical analysis of the phenomenon in its real environment.

Keyword: Corporate Education. Digital Innovation. Professional Development.

1 Introdução

Este presente trabalho tem como objetivo apresentar o avanço das inovações digitais na educação corporativa.

Segundo Becker (2019), as mudanças rápidas da sociedade e as constantes atualizações tecnológicas exigem que as organizações adotem um novo comportamento. As empresas devem investir na formação de suas equipes, utilizando tecnologias que permitam expandir as ações de treinamento e desenvolvimento para além da sala de aula presencial. Desde a década de 1990, a gestão do conhecimento tornou-se uma estratégia essencial para qualquer organização que busca manter-se competitiva no mercado e consolidar uma vantagem sustentável. Desse ponto de vista, a inovação contínua é um fator crítico para o sucesso das organizações, e a verdadeira vantagem competitiva reside na capacidade e na rapidez com que as pessoas aprendem. (Teixeira Filho, 2000). 

Teixeira Filho (2000) argumenta que a verdadeira vantagem competitiva está na capacidade e velocidade de aprendizado das pessoas nas organizações. Ele observa que a natureza do trabalho evoluiu do manual para o intelectual, alterando o perfil dos trabalhadores e exigindo novas competências e motivação para o aprendizado contínuo. Nesse contexto, a educação corporativa ganha destaque na construção de valores distintivos para a competitividade.

Considerando que a dimensão do trabalho mudou do manual para o intelectual e, consequentemente, o perfil dos trabalhadores também mudou, exigindo colaboradores com novas competências e motivados para o aprendizado contínuo, a educação corporativa assume um papel destacado na construção de valores distintivos para a competitividade (Teixeira Filho, 2000).

Senge (2012) afirma que a aprendizagem contínua deve ser parte integrante da cultura organizacional. Para ele, o sucesso das organizações depende do investimento constante no desenvolvimento dos trabalhadores. Como resultado desse investimento, a força de trabalho será capaz de aplicar seus novos conhecimentos no dia a dia, gerando melhorias contínuas e inovações, e, consequentemente, alcançando a desejada vantagem competitiva sustentável.

Em um ambiente de negócios caracterizado por rápidas e profundas mudanças, há uma necessidade constante de inovação, agilidade, flexibilidade e competitividade nas organizações. Isso exige que os profissionais adquiram continuamente novos conhecimentos. Não basta apenas executar tarefas; é necessário fazê-lo com eficiência e eficácia. Colaboradores precisam ser qualificados e capazes de pensar com muita criticidade.

Diante dos fatos mencionados, é levantado a seguinte pesquisa: qual impacto o avanço das inovações digitais na educação corporativa traz para as organizações?

Com o intuito de buscar respostas para essa pergunta de pesquisa, deu início a este estudo.

Esta pesquisa exploratória adotará uma abordagem qualitativa e uma lógica indutiva para priorizar a profundidade e qualidade dos dados, ao invés de se restringir a teorias pré-existentes (COLLIS; HUSSEY, 2013). Os métodos qualitativos, amplamente utilizados nas ciências sociais, são adequados para a análise detalhada de fenômenos sociais e culturais (MYERS, 1997). A revisão bibliográfica qualitativa foi escolhida devido à complexidade da educação corporativa inovadora e seu impacto na transformação organizacional. Esse método é apropriado para investigar práticas e tecnologias educacionais dentro do contexto da transformação digital, pois permite uma análise que não delimita rigidamente as fronteiras entre o fenômeno e o contexto (YIN,

2017).

2 Metodologia de pesquisa

A proposta é realizar uma pesquisa exploratória, utilizando uma abordagem qualitativa e uma lógica indutiva. Optou-se pela lógica indutiva com o objetivo de enfatizar a qualidade e profundidade dos dados e informações coletadas, ao invés de se limitar aos conceitos teóricos preexistentes. A lógica indutiva, ao basear-se na observação dos fatos, permite validar ou refutar conceitos existentes (COLLIS; HUSSEY, 2013). Os métodos de pesquisa qualitativa foram desenvolvidos nas ciências sociais porque possibilitam o estudo aprofundado de fenômenos sociais e culturais (MYERS, 1997).

Nesta pesquisa, escolheu-se o método de revisão bibliográfica qualitativa devido à complexidade e diversidade do contexto em que a educação corporativa inovadora desempenha um papel crucial para impulsionar e moldar a transformação organizacional. Neste contexto, a revisão bibliográfica qualitativa oferece uma investigação prática de um fenômeno atual em seu ambiente real (YIN, 2017). O objetivo de investigar ideias e modelos sobre práticas educacionais e tecnologias usadas em processos de educação corporativa no contexto da transformação digital torna esta técnica a mais adequada, pois ela não delineia claramente as fronteiras entre o fenômeno e o contexto (YIN, 2017).

Para a coleta de dados, utilizou-se o Google Acadêmico e o SciELO como principais plataformas de pesquisa. Essas ferramentas facilitaram o acesso a artigos, teses e outras publicações relevantes, permitindo uma investigação aprofundada de diversas abordagens teóricas e práticas relacionadas à educação corporativa e à transformação digital. O uso de palavras-chave como “educação corporativa”, “inovação digital” e “desenvolvimento profissional” foi essencial para apurar as buscas e garantir a obtenção de materiais pertinentes. O uso dessas plataformas foi fundamental para ampliar o embasamento teórico do trabalho, garantindo que as referências fossem atualizadas e provenientes de fontes confiáveis, o que auxiliou significativamente no desenvolvimento e fundamentação das discussões apresentadas ao longo desta pesquisa.

3 Educação corporativa

A Educação Corporativa pode ser entendida como um conjunto de práticas e programas educacionais frequentes desenvolvidos com uma visão estratégica focada para os negócios, alinhar o desenvolvimento dos colaboradores com as metas e necessidades da empresa, elevando o capital intelectual da organização que contribui para sua vantagem competitiva (SILVA, AGOSTINO, SOUSA, RONCHI, DAHER, 2017).

O conceito de Educação Corporativa surgiu na metade do século XX e consolidouse nas décadas de 1980, 1990 e início do século XXI, com intenso foco no treinamento e desenvolvimento (T&D) dos trabalhadores (Meister, 1999).

A finalidade básica da Educação Corporativa (EC) em uma organização é fomentar “o desenvolvimento e a instalação das competências empresariais e humanas consideradas críticas para a viabilização das estratégias de negócios” (Eboli, 2004, p. 48), de maneira sistemática, estratégica e contínua.

A Educação Corporativa é uma maneira das organizações assumirem a responsabilidade pela educação e treinamento de seus funcionários, alinhando os programas de capacitação ao desenvolvimento de competências essenciais para as estratégias do negócio. Assim, Educação Corporativa refere-se ao “conjunto de práticas educacionais planejadas para promover oportunidades de desenvolvimento do funcionário, com a finalidade de ajudá-lo a atuar de forma mais efetiva e eficaz na sua vida institucional” (SILVA, AGOSTINO, SOUSA, RONCHI, DAHER, 2017).

Segundo Eboli (2004), o que tem se tornado um fator de sucesso nas organizações é o desenvolvimento de pessoas. Isso exige que os profissionais adotem uma postura voltada para o autodesenvolvimento e a aprendizagem contínua, elementos essenciais para manter a aprendizagem ativa e compartilhada e transformar a força de trabalho. Nesse contexto, a educação corporativa desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de competências alinhadas à estratégia organizacional. Para que a educação corporativa seja eficaz, é necessário seguir os sete princípios de sucesso identificados por Eboli (2004).

Quadro 1 – Princípios de sucesso da educação corporativa

DePara
CompetitividadeValorizar a educação para desenvolver o capital intelectual dos colaboradores, transformando-os em um diferencial competitivo da empresa frente aos concorrentes, aumentando sua capacidade competitiva. Isso envolve constantemente elevar a competitividade empresarial através do
 desenvolvimento e consolidação de competências críticas, empresariais e humanas.
PerpetuidadeEntender a educação não apenas como o desenvolvimento do potencial de cada colaborador, mas também como a transmissão da herança cultural para perpetuar a existência da empresa.
ConectividadePrivilegiar a construção social do conhecimento, intensificando a comunicação e a interação para ampliar a rede de relacionamentos com o público interno e externo.
DisponibilidadeOferecer recursos educacionais acessíveis e de fácil uso, permitindo que os colaboradores aprendam a qualquer hora e em qualquer lugar.
CidadaniaEstimular o exercício da cidadania individual e corporativa, formando colaboradores capazes de refletir criticamente sobre a realidade organizacional, contribuir para a construção do conhecimento organizacional, e atuar com ética e responsabilidade social.
ParceriaEntender que o desenvolvimento contínuo das competências críticas dos colaboradores requer estabelecimento de parcerias internas (com líderes e gestores) e externas (com instituições de ensino superior).
SustentabilidadeSer um centro gerador de resultados para a empresa, buscando constantemente agregar valor ao negócio. Isso pode envolver também a busca por fontes alternativas de recursos para manter um orçamento próprio e autossustentável.
Fonte: Educação corporativa no Brasil: mitos e verdade -Eboli (2004).

De acordo com Eboli (2004), a cada princípio de sucesso são associadas práticas organizacionais que permitem transformar as escolhas estratégicas, representadas pelas competências empresariais, em escolhas pessoais, focadas nas competências humanas. A revolução tecnológica está transformando os modelos de negócio e as abordagens de gestão de talentos (Katkalo, Moehrle e Volkov, 2018).

Devido à rápida transformação dos processos produtivos, a educação deixou de ser uma etapa anterior ao trabalho para se tornar simultâneo a ele. Formação e desempenho profissional se fundiram em um processo contínuo e permanente de atualização profissional (Marelli, 2018).

Nesse cenário, a educação corporativa caminha de forma concomitante à própria evolução das organizações e do mercado de trabalho, exigindo profissionais mais qualificados em todos os níveis (ROSINI; ALVES; ALVES, 2018).

A educação corporativa pode se tornar um dos principais impulsionadores da transformação digital nas organizações à medida que estas estabelecem parcerias com empresas, contribuindo para a gestão do conhecimento e a identificação de áreas de desenvolvimento estratégico (Katkalo, Moehrle & Volkov, 2018), passando a desempenhar um papel efetivo no gerenciamento da experiência educacional.

3.1 Estratégia educacional dentro da organização

A educação corporativa, cuidadosamente planejada, pode se tornar uma aliada no processo de transformação organizacional, promovendo um ambiente dinâmico e estimulante, incentivando as pessoas a agregarem a capacitação de forma mais natural (Nanini, 2019).

Para fortalecer uma cultura de aprendizagem contínua e permanente, que contribui para a adaptação aos desafios tecnológicos, a área de educação corporativa deve priorizar um design proativo e ágil em suas soluções educacionais. Isso favorece o processo de aprendizagem e a aquisição de novas habilidades para o trabalho (Katkalo, Moehrle e Volkov, 2018). Uma das grandes falhas observadas é a tentativa de reproduzir no ambiente virtual os mesmos modelos de ensino tradicional em sala de aula, criticados por não aproveitarem completamente as potencialidades que as novas mídias podem oferecer (Sanchez, Sanchez e Albertin, 2015). Portanto, deve-se cultivar um ecossistema educacional e acelerar seu desenvolvimento, alinhando-o à estratégia de negócios da organização (ibid.). É fundamental uma reflexão mais profunda que amplie a forma de pensar sobre o uso da tecnologia, colocando-a a serviço da educação corporativa (Nanini, 2019). A adaptação do aprendiz à metodologia é crucial para a percepção da utilidade do curso e para o desejo de continuar estudando via internet (Machado-da-Silva & Meirelles, 2016).

4 Tecnologia da informação utilizada na educação corporativa

A Era do Conhecimento, da Informação e da Tecnologia tem impulsionado mudanças em diversas áreas (Rosini; Alves; Alves, 2018), incluindo o uso de tecnologia digital para o desenvolvimento e a distribuição de conceito educacional, algo que não é novidade (Assis, 2019). Recentemente, a Tecnologia da Informação (TI) tem sido considerada um dos temas de maior importância no ambiente empresarial (Albertin; Albertin, 2016). O avanço da tecnologia promove o aproveitamento da inteligência coletiva como fonte de inspiração, facilitando o desenvolvimento de novos produtos, serviços e a geração de conhecimento (Maia, 2017). Ao longo do tempo, especialmente neste novo milênio, as dinâmicas do mercado de trabalho, as qualificações e os requisitos para a formação profissional estão sendo continuamente reformulados, conforme destacado por Rosini, Alves e Alves (2018). As tecnologias da informação são impulsionadas pelas pressões da sociedade, pela organização do trabalho e pela competitividade das empresas, promovendo iniciativas emergentes no campo educacional (Campana, 2019). Com a evolução da tecnologia, a área organizacional ganha vantagens, pois desenvolve mais aprendizagem e comunicação (Chimenes; Prates, 2015). Moreira e Schlemmer (2020) destacam que o foco não deve ser na tecnologia em si, mas nas condições que influenciam sua adoção para criar ambientes educacionais que promovam redes de aprendizagem e conhecimento, essenciais para proporcionar qualidade à educação. A utilização da tecnologia da informação aperfeiçoa nos processos de aprendizagem (Chimenes; Prates, 2015).

Moreira e Schlemmer (2020) destacam que, embora a tecnologia seja essencial nos processos educacionais, a ênfase não deve recair sobre ela. A tecnologia funciona como um facilitador de redes de aprendizagem e conhecimento, mas o fator determinante é a qualidade das condições que influenciam sua adoção. São essas condições que promovem um aprendizado significativo e de qualidade. Utilizar as tecnologias da informação colabora para um processo de aprendizagem melhor (Chimenes; Prates, 2015). As novas formas de comunicação, suportadas pelas tecnologias da informação e comunicação, desempenham um papel fundamental no acesso à educação a distância. Isso evidencia que a educação a distância proporciona oportunidades mais flexíveis e tecnológicas para o desenvolvimento pessoal e profissional (Rolim e Scaramuzza, 2016).

Para transformar as práticas educacionais, não basta utilizar a tecnologia isoladamente. É essencial reavaliar o processo de ensino e aprendizagem, especialmente no contexto das tecnologias digitais. Essas tecnologias proporcionam oportunidades para inovação, inclusão, flexibilização e personalização dos percursos de aprendizagem, o que demanda uma mudança de paradigma (Moreira e Schlemmer, 2020).

O tempo social e o tempo cronológico estão sincronizados, especialmente em relação às tecnologias de comunicação e informação (Rolim e Scaramuzza, 2016). Ao considerar a educação a distância mediada por tecnologias, é evidente que esses sistemas de aprendizagem não podem ser considerados uma solução definitiva para todas as dificuldades educacionais da modernidade. No entanto, Rolim e Scaramuzza (2016) alertam que desvalorizar o progresso das tecnologias e seus espaços midiáticos no campo da educação e da formação profissional seria um erro significativo. 

Moran (2013) argumenta que, para superar o “conteudismo” e criar ambientes de aprendizagem enriquecedores, a educação a distância deve utilizar a tecnologia para integrar todos os espaços e tempos. Dessa forma, é possível estabelecer uma conexão simbiótica entre o mundo físico e o digital, unificando o processo de ensino e aprendizagem. O ponto crucial é que nenhuma tecnologia é capaz de resolver todos os problemas por si só. O aprendizado está mais ligado à forma como a tecnologia é aplicada do que ao tipo de tecnologia utilizada (Maia, 2017).

Para Rolim e Scaramuzza (2016) um aspecto importante são as demandas do mercado, que têm moldado a educação para se tornar mais competitiva. Esse cenário aumentou a relevância da educação a distância. A transformação que redefine as abordagens educacionais resulta da essência e da velocidade das inovações tecnológicas e da globalização (Fialho; Barros; Rangel, 2019). Do ponto de vista dos autores Lopes; Gouveia e Reis (2019) a ampliação do acesso à informação e ao conhecimento é amplamente impulsionada pelos meios digitais.

Segundo Tonelli e Wilner (2019), com o progresso tecnológico, surgirão novas formas de trabalho completamente distintas das atuais. Entretanto, não é possível antecipar quais serão esses novos modelos e quais habilidades serão necessárias. A aprendizagem contínua será cada vez mais parte do nosso cotidiano para atender a essa demanda. Permitir a aprendizagem contínua em todas as atividades, sejam elas sociais ou profissionais, está se tornando possível devido ao fato de as tecnologias estarem cada vez mais ágeis e interconectadas (Becker, 2019).

Embora Becker (2019) considere que o uso de dispositivos móveis para apoiar modelos educacionais híbridos tenha sido benéfico, a autora observa que os processos de educação corporativa, sustentados pela tecnologia, ainda carecem de indivíduos mais proativos e adaptados às práticas educacionais online para que esse formato de capacitação seja mais eficaz. Para integrar as tecnologias de informação e comunicação ao processo de ensino e aprendizagem, Maia (2012) destaca que é necessário desenvolver uma ação sistemática de planejamento. Essa abordagem deve ir além das estratégias e metodologias tradicionais, incentivando os trabalhadores a colaborarem em grupo e buscar soluções. O foco deve estar na utilização da capacidade cognitiva dos trabalhadores para avaliação, análise e síntese, em vez de apenas memorizar conteúdo.

5  O cenário da educação corporativa à distância no ambiente organizacional

As transformações e os avanços na educação são promovidos pelas mudanças causadas na sociedade pelo desenvolvimento e democratização das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). Esses avanços exigem da educação respostas rápidas e eficazes para acompanhar a velocidade e as demandas dos fluxos de informação e capital (Ribeiro et al., 2018).

Nesse cenário, a Educação a Distância (EaD) ganha importância no contexto educacional brasileiro, sendo considerada pelo Ministério da Educação (MEC) essencial para a democratização do acesso ao ensino superior (Leal; Albertin, 2015).

A expansão do uso das TICs na educação a distância (EaD) tem sido uma das soluções adotadas pela educação para acompanhar o ritmo acelerado imposto pelo mercado na capacitação profissional, de acordo com Ribeiro et al. (2018).

A longa associação do EaD com a adoção de tecnologias e a lógica empresarial influenciou as metodologias de ensino e aprendizagem, adaptando-as aos modelos de processos produtivos da indústria, de acordo com Fialho, Barros e Rangel (2019). O elearning, uma modalidade de ensino eletrônico baseada na internet, surgiu para atender à falta de tempo dos funcionários no ambiente organizacional (Chimenes; Prates, 2015).

A utilização do EaD nos métodos de treinamento e desenvolvimento educacional, está se tornando uma grande tendência na educação organizacional devido os benefícios em relação ao ensino presencial (Albertin; Brauer, 2012). As vantagens identificadas nos métodos baseados em EaD, conforme observado por Machado-da-Silva et al. (2014), são referentes aos feedbacks positivos que os alunos apontaram e a forma robusta com que utilizam esse modelo de sistema de aprendizagem. Um dos principais desafios na gestão do EaD é decidir como aplicar as tecnologias disponíveis de forma efetiva e eficiente (Sanchez; Sanchez; Albertin, 2015). Esses desafios estimulam a reestruturação de conceitos educacionais e pedagógicas que possam favorecer as estruturas complexas criadas pela cultura digital, resultando em ambientes de aprendizagem mais amplos e expansivos (Alonso; Silva, 2018).

6 Avanços na educação corporativa

Há uma ampla gama de tendências na educação empresarial. Enquanto algumas se voltam para novas metodologias, outras se concentram em ferramentas e recursos. Muitas dessas abordagens oferecem vantagens significativas em comparação com os métodos tradicionais para certos processos de aprendizado. Ao introduzir inovação, as novas metodologias e tecnologias adotadas proporcionam a vantagem de atender rapidamente às demandas da organização, além de fomentar um maior envolvimento e compreensão por parte dos colaboradores.

Para que as organizações se integrem ao ambiente digital, é essencial ter profissionais especializados em análise de dados, gestão de dispositivos móveis, aprendizado de máquina, redes sociais, segurança e privacidade, além de tecnologias avançadas. Contudo, à medida que as empresas avançam na digitalização de suas operações, os responsáveis pelo gerenciamento de talentos enfrentam uma carência significativa de competências (Ellis, 2018). Schlemmer et al. (2020) indicam que estamos em uma época em que a aprendizagem contínua ganha importância crescente. A integração entre os ambientes formais e informais de aprendizagem deve ser levada em conta nos desafios e ecossistemas digitais, promovendo redes dinâmicas e sustentáveis que possam enfrentar as questões da sociedade e dos seus ecossistemas digitais.

Ao analisar conceitos, abordagens, recursos e ferramentas disponíveis para aprimorar o processo de aprendizagem, especialmente com o surgimento das tecnologias digitais, pode-se destacar uma gama de métodos e instrumentos que, embora não sejam propriamente inovações, demonstram ser essenciais na transformação da educação corporativa.

O propósito aqui não é analisar a eficácia de cada abordagem ou ferramenta, nem explorar todas as possibilidades, mas sim apresentar de forma clara e direta algumas iniciativas que estão se destacando ou se reinventando no campo educacional.

As principais categorias identificadas por diversos autores serão exploradas com mais detalhes a seguir:

Mobile learning

Com o surgimento dos dispositivos móveis, as organizações têm acesso a informações e conhecimentos além dos desktops, facilitando o acesso e a divulgação de conteúdos educacionais digitais (Assis, 2019).

Beckmann (2015) afirma que os dispositivos móveis serão cada vez mais usados para atender às expectativas dos colaboradores, oferecendo o que eles precisam no momento e no contexto desejado.

A aprendizagem ubíqua, suportada por tecnologias móveis e sensores que conectam o aprendiz ao seu contexto físico e temporal, será mais frequente no processo de ensino/aprendizagem (Filatro; Cavalcanti, 2018).

Redes de interação e aprendizagem

A experiência do colaborador será cada vez mais valorizada no processo educacional, embora o modelo de redes já tenha sido utilizado no passado (Castells, 1999).

As organizações poderão aumentar sua produtividade ao focar na otimização do aprendizado informal e contínuo (Beckmann, 2015).

As organizações devem aproveitar a interação social natural e o compartilhamento para promover o aprendizado colaborativo, facilitado hoje pelas tecnologias móveis (Beckmann, 2015).

Planos de estudo personalizados e adaptáveis

Truong (2016) observa que diferentes pessoas têm estilos variados de aprendizado, como visualização, leitura, exploração teórica ou prática. Esses insights permitem criar intervenções adaptadas às necessidades individuais.

Ota et al. (2019) destacam que o uso de trilhas de aprendizagem adaptativas na educação a distância é um diferencial importante, pois permite personalizar conteúdos e adicionar ferramentas para melhorar a navegação e acesso a grupos de interesse, enriquecendo a experiência de aprendizagem.

Xie et al. (2019) afirmam que a aprendizagem personalizada e adaptativa tem grande potencial de aplicação em dispositivos inteligentes, com o avanço da inteligência artificial, realidade virtual, computação em nuvem e tecnologia vestível.

Micro aprendizagem

Scaglione (2019) define micro aprendizagem como o uso de recursos rápidos e curtos para fornecer conteúdos educacionais, e acredita que esses conteúdos devem ser móveis, eficientes e facilmente integrados a diferentes contextos de aprendizagem.

Torgerson (2016) acredita que, embora esses conteúdos rápidos atendam às necessidades de tempo e objetivos de aprendizagem, não devem ser a principal abordagem de ensino, mas sim uma opção a ser considerada no planejamento.

Scaglione (2019) destaca que a micro aprendizagem ajuda a reter conteúdos principais, mas não substitui cursos completos para uma aprendizagem aprofundada, sendo um ponto crucial nas estratégias educacionais.

Work based learning

Genesini e Maia (2008) afirmam que o Work Based Learning enfatiza “aprender a aprender” e “aprender fazendo”, promovendo um envolvimento ativo do aluno que, através da reflexão crítica e aplicação do conhecimento em novas situações, possibilita uma aprendizagem significativa baseada na experiência e no conhecimento prévio.

Behar e Torrezzan (2009) afirmam que o aluno deve ser o protagonista de seu aprendizado, encontrando caminhos por meio da interação com o material e com outros, para criar suas próprias conclusões.

Learning analytics

Learning analytics baseia-se em medidas quantitativas para analisar dados sobre o desempenho do aluno. Essa análise apoia práticas baseadas em evidências, avaliando o progresso do aluno, identificando padrões de aprendizado bem-sucedidos, detectando falhas e avaliando a adequação dos materiais de aprendizado (Haya et al., 2015).

Beckmann (2015) aponta que a integração de dados estruturados e não estruturados (gerados por participação ativa e colaborativa), juntamente com tecnologias de detecção de contexto, tem grande potencial para aprimorar a experiência do usuário, possibilitando uma personalização maior e uma avaliação mais eficaz do alcance e desempenho.

Keller (2018) afirma que a mudança dos relatórios tradicionais de conclusão de cursos para o conceito de experiência é mais valorizada como ferramenta de medição de aprendizagem, representando um novo paradigma que valoriza a jornada do aluno.

Inteligência artificial

Pierce e Hathaway (2018) definem inteligência artificial como qualquer tecnologia que imita a inteligência humana na compreensão de informações complexas, na percepção de suas próprias conclusões e na interação com as pessoas.

Pierce e Hathaway (2018) observam que o aprendizado de máquina é uma parte da inteligência artificial, onde o software é capaz de aprender e se ajustar de forma similar aos humanos.

Adnan et al. (2019) afirmam que as informações contextuais, como conhecimento prévio, tempo de estudo e ambiente, variam entre os alunos. Um sistema de aprendizagem adaptado ao contexto pode promover uma aprendizagem adaptativa, superando limitações de tempo e espaço.

Wang, Yuan e Elhoseny (2019) apontam que otimizar o sistema educacional, ajustando a produção e entrega de conteúdo para atender às capacidades dos alunos e aprimorar sua experiência, é um objetivo central das educações inteligentes.

Jogos virtuais

Carenys e Moya (2016) observam que, nos últimos anos, tem aumentado o interesse em estudar a relação entre o uso de jogos digitais e os resultados de aprendizagem.

Denanmi (2018) afirma que, ao avaliar ambientes de jogos, a simulação se destaca como uma estratégia de aprendizado por reproduzir aspectos da vida real em um ambiente seguro, oferecendo feedback sobre as consequências das ações do usuário e ajustando os níveis de dificuldade conforme o progresso no jogo.

Chapman e Rich (2015) afirmam que os jogos melhoram a motivação na educação online, promovendo o envolvimento emocional, social e cognitivo dos alunos, tornando a experiência mais engajadora e incentivando uma participação mais profunda e uma possível mudança no autoconceito como aprendizes.

Realidade aumentada

Harley et al. (2016) destacam que, com a crescente popularidade dos dispositivos móveis e da tecnologia, a realidade aumentada (RA) tem um grande potencial para promover o aprendizado sobre o mundo ao redor, tanto em contextos informais quanto em ambientes de aprendizado fora da sala de aula.

Tien-Chi, Mu-Yen e Wen-Pao (2019) destacam que esse modelo de aprendizagem proporciona uma interface intuitiva e envolvente, o que aumenta o engajamento, melhora o desempenho e incentiva a motivação interna para aprender.

7 Conclusão

Uma das principais colaborações identificadas é a maneira como a educação corporativa recria suas estratégias para alinhar-se à estratégia organizacional, buscando soluções para a jornada de transformação digital. A área de educação corporativa fortalece suas práticas ao alinhar suas estratégias com as da organização. Esse alinhamento com novas abordagens essenciais para a evolução do negócio molda o processo educacional, tornando-o um agente transformador para a organização como um todo. 

Foi devidamente elucidado de que não é a tecnologia da informação em si que define o impacto, mas sim a forma como a organização a utiliza para transformar seu valor. É necessário refletir na transformação digital na educação onde deve ser vista como uma reestruturação do modelo educacional, onde a tecnologia digital coloca o colaborador no centro do processo de aprendizagem. A área de educação corporativa pode proporcionar a governança do ensino em colaboração com a organização, facilitando a curadoria de conteúdo para maximizar o aprendizado.

Apesar de que algumas práticas educacionais que foram baseadas em tecnologia ainda apareçam de forma isolada e com foco predominante na tecnologia em si, é evidente a forte influência da tecnologia na dinâmica do trabalho e da educação corporativa. Isso leva ao ressurgimento de práticas educacionais que utilizam ferramentas e tecnologias anteriormente pouco exploradas, mas que se reinventam com a evolução tecnológica e a mudança nas dinâmicas de trabalho.

A tecnologia aplicada à educação precisa reinventar os modelos para estratégias virtuais, como EaD/e-learning, visando democratizar e acelerar a capacitação com o colaborador no centro do processo educativo. Isso transforma a Educação Online e a Educação Digital Onlife, alinhando-se a uma nova realidade hiper conectada.

A educação corporativa tem sido e continuará a ser um dos principais pilares da mudança nos próximos anos. Ela está se transformando em verdadeiros ecossistemas digitais de aprendizagem, desafiados a oferecer uma melhor usabilidade e experiência educacional para os aprendizes. Essa evolução está provocando mudanças tecnológicas, sociais e culturais. 

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