SÍNDROME DE DOWN: FORMAÇÃO DE PROFESSORES E ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS

DOWN SYNDROME: TEACHER TRAINING AND PEDAGOGICAL STRATEGIES

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202410060838


Lucimar Graf1; Roberta Farias dos Santos2; Débora da Paz Maciel Kimura3; Adriana Martini Moreira Gomes4; Sueli Cirilo Farias5; Silvan Amaro Oliveira6; Valéria Ribeiro Rosa dos Santos7; Endrigo Farias dos Santos8


RESUMO

O objetivo deste estudo é analisar a Síndrome de Down, com ênfase em suas implicações no desenvolvimento cognitivo, físico e social, além de explorar práticas educacionais inclusivas que promovam a autonomia e o desenvolvimento integral de indivíduos com essa condição. No âmbito dos objetivos específicos, busca-se identificar as características físicas e cognitivas associadas à Síndrome de Down, contextualizar a formação de professores voltada para essa realidade e demonstrar estratégias pedagógicas eficazes para o ensino de alunos com Síndrome de Down. A pergunta-problema que norteia o estudo é: quais são os principais desafios enfrentados por pessoas com Síndrome de Down no contexto educacional e social, e de que forma a inclusão e o apoio familiar podem contribuir para o desenvolvimento e a qualidade de vida desses indivíduos? A justificativa para a realização deste trabalho reside na necessidade de aprofundar o conhecimento sobre a Síndrome de Down, considerando sua alta prevalência global e os desafios que impõe tanto às famílias quanto aos educadores e profissionais de saúde. A metodologia adotada foi bibliográfica, com pesquisa em livros, artigos científicos e outros materiais relevantes, possibilitando uma análise crítica e fundamentada. O estudo ressalta a importância das práticas pedagógicas inclusivas e a demanda crescente por formação docente especializada, visando atender às necessidades de alunos com essa condição de forma eficaz. Essa pesquisa tem grande relevância por contribuir para o aprimoramento das políticas educacionais inclusivas, promovendo uma sociedade mais justa e equitativa. Ao enfatizar o papel da educação adaptada e da participação ativa da família, o estudo oferece subsídios valiosos para a melhoria da qualidade de vida e para o fortalecimento da autonomia das pessoas com Síndrome de Down, integrando-as de maneira mais eficaz na sociedade.

Palavras-chave: Síndrome De Down, Formação de professores, Estratégias pedagógicas.

1 INTRODUÇÃO

A Síndrome de Down é uma condição genética do cromossomo 21, resultando em uma variedade de implicações no desenvolvimento cognitivo, físico e social dos indivíduos afetados. Com uma prevalência global significativa, essa síndrome não apenas impacta a vida das pessoas diagnosticadas, mas também apresenta desafios substanciais para suas famílias, educadores e profissionais de saúde.

 Em um mundo que valoriza a diversidade, a inclusão de pessoas com Síndrome de Down nas esferas educacional e social se torna um imperativo ético e prático, uma vez que o acesso à educação de qualidade e o apoio familiar são fundamentais para o desenvolvimento integral e a promoção da autonomia desses indivíduos.

O presente estudo visa explorar de maneira abrangente as características associadas à Síndrome de Down, enfatizando suas repercussões no aprendizado e nas interações sociais. A análise busca identificar os principais desafios enfrentados por esses indivíduos no ambiente educacional, abordando a importância de práticas pedagógicas inclusivas que atendam suas necessidades específicas. Além disso, a pesquisa destaca a necessidade de formação docente especializada, com ênfase na capacitação para lidar com a diversidade no contexto escolar.

Por meio de uma revisão bibliográfica, que abrange livros, artigos científicos e outros materiais relevantes, este trabalho se propõe a oferecer uma análise crítica das estratégias pedagógicas eficazes e a importância do envolvimento da família na construção de um ambiente educacional inclusivo.

A pergunta-problema que orienta este estudo é: quais são os principais desafios enfrentados por pessoas com Síndrome de Down no contexto educacional e social, e de que forma a inclusão e o apoio familiar podem contribuir para o desenvolvimento e a qualidade de vida desses indivíduos?

Diante desse contexto, a relevância desta pesquisa se destaca, pois busca contribuir para a formação de políticas educacionais mais inclusivas e para a promoção de uma sociedade mais justa e equitativa, em que todos os indivíduos, independentemente de suas diferenças, tenham a oportunidade de se desenvolver plenamente.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 O QUE É SÍNDROME DE DOWN?

A síndrome de Down é causada pela existência de um cromossomo adicional. Essa modificação acontece durante o processo de divisão celular, causando a formação de três cópias do cromossomo 21, ao invés das duas normais. A identificação dessa condição remonta a 1866, quando o médico britânico John Langdon Down elucidou as características físicas e intelectuais que são frequentes em indivíduos com a síndrome. Contudo, a origem genética da síndrome foi reconhecida apenas em 1959 pelo geneticista Jérôme Lejeune (Streda, 2021).

A presença do cromossomo o desenvolvimento físico e cognitivo da pessoa, resultando em características físicas típicas e um nível variado de deficiência intelectual. As principais características incluem olhos amendoados, hipotonia (fraqueza muscular) e uma menor estatura em comparação com a média. Apesar das semelhanças físicas, há grande variação no desenvolvimento intelectual e nas habilidades entre as pessoas com síndrome de Down.

O erro genético que resulta na trissomia 21 geralmente acontece de forma espontânea, sem uma causa específica. No entanto, a idade materna é um fator de risco, com chances aumentadas em gestações de mulheres acima de 35 anos. Ainda assim, a síndrome de Down pode ocorrer em qualquer gestação, independentemente da idade dos pais ou de outros fatores hereditários. A maioria dos casos não está associada a uma predisposição genética familiar (Suassuna, 2020).

A trissomia 21 afeta cerca de 1 a cada 700 nascimentos no mundo, sendo uma das condições genéticas mais comuns. Apesar de ser uma alteração genética relativamente frequente, a sociedade demorou a entender e aceitar as pessoas com síndrome de Down. Historicamente, esses indivíduos eram frequentemente segregados, enfrentando preconceito e falta de oportunidades. Foi apenas nas últimas décadas que a inclusão social e educacional passou a ser promovida de forma mais ampla (Suassuna, 2020).

Avanços na medicina e na genética permitiram uma maior compreensão da síndrome de Down e melhorias significativas na qualidade de vida dessas pessoas. Cuidados médicos especializados, como cirurgias cardíacas, tratamentos respiratórios e suporte nutricional, contribuíram para uma longevidade maior e para uma vida mais saudável. Hoje, a expectativa de vida de uma pessoa com síndrome de Down é superior a 60 anos, um avanço considerável em comparação ao passado.

Além das questões de saúde, a inclusão escolar e social de pessoas com síndrome de Down tem se tornado cada vez mais relevante. A educação especial e as adaptações curriculares têm desempenhado um papel fundamental na promoção do desenvolvimento dessas crianças. Com o apoio adequado, muitos conseguem atingir um bom nível de alfabetização e participar ativamente da vida em sociedade. As escolas inclusivas são ambientes importantes para estimular o aprendizado e a socialização (Casarin, 2022).

No campo da inclusão social, pessoas com síndrome de Down têm se destacado em diferentes áreas, como no esporte, na arte e até mesmo no mercado de trabalho. Programas de empregabilidade voltados para pessoas com deficiência têm proporcionado oportunidades para que elas contribuam economicamente e se sintam mais independentes. A inclusão no ambiente de trabalho não só promove a autonomia, como também ajuda a quebrar estigmas e preconceitos (Pimentel,2021)

A família tem um papel essencial no apoio ao desenvolvimento de uma criança com síndrome de Down. O envolvimento familiar, desde os primeiros anos de vida, é para promover a estimulação precoce e garantir que a criança tenha acesso aos recursos adequados. Além disso, o apoio emocional e a busca por redes de suporte, como grupos de pais e profissionais especializados, são fundamentais para enfrentar os desafios diários.

Embora os avanços tenham sido significativos, ainda há desafios a serem superados no que diz respeito à inclusão plena de pessoas com síndrome de Down. O preconceito, a desinformação e a falta de acessibilidade em alguns ambientes ainda são obstáculos que limitam o potencial dessas pessoas. Por isso, é importante continuar promovendo campanhas de conscientização e políticas públicas que garantam seus direitos (Casarin, 2022).

O futuro da pesquisa genética pode trazer ainda mais avanços no tratamento e compreensão da síndrome de Down. Estudos em andamento buscam maneiras de minimizar os efeitos da trissomia 21 no desenvolvimento cognitivo e físico. Enquanto isso, o foco principal continua sendo a promoção de uma sociedade mais inclusiva, em que as pessoas com síndrome de Down possam ter uma vida plena, com autonomia e dignidade.

2.2 FORMAÇÃO DE PROFESSORES NA SÍNDROME DE DOWN

A capacitação de educadores para atender estudantes com síndrome de Down é um elemento essencial no processo de inclusão nas escolas. É que esses profissionais estejam devidamente preparados para compreender e atender às demandas particulares desses alunos, criando um espaço de aprendizado apropriado. Para que isso ocorra, é necessário investir em capacitação contínua, com foco em práticas pedagógicas adaptadas e em estratégias que promovam a autonomia e o desenvolvimento integral do aluno com essa condição (Santos, 2016).

No contexto da síndrome de Down, a formação inicial dos professores deve incluir conteúdos específicos sobre deficiência intelectual, desenvolvimento cognitivo e psicomotor. É importante que os futuros educadores compreendam as características próprias dos alunos com síndrome de Down e como elas impactam o aprendizado. Além disso, é fundamental que aprendam a adaptar o currículo e as atividades pedagógicas, levando em consideração as limitações e as potencialidades desses alunos.

A inclusão de alunos com síndrome de Down nas escolas regulares exige que os professores adotem práticas pedagógicas diferenciadas. Nesse sentido, é imprescindível que o professor tenha conhecimentos sobre metodologias ativas, que favoreçam o aprendizado de forma lúdica e significativa. Ferramentas como jogos educativos, recursos visuais e tecnológicos podem ser utilizados para facilitar a compreensão de conteúdos e tornar o ensino mais acessível (Santos, 2016).

A formação de professores também deve abordar a importância do desenvolvimento das habilidades sociais e emocionais dos alunos com síndrome de Down. O ambiente escolar oferece diversas oportunidades para que esses alunos interajam com seus colegas e desenvolvam habilidades importantes para sua autonomia. Portanto, o professor deve ser capacitado para promover essa socialização de maneira inclusiva, valorizando a diversidade e o respeito às diferenças (Vila, 2005).

Um ponto importante na formação de professores para síndrome de Down é a compreensão dos desafios específicos que esses alunos enfrentam em relação à linguagem e à comunicação. A dificuldade na fala é uma característica comum em muitos alunos com a síndrome, o que pode impactar a forma como eles se expressam e se relacionam. Por isso, os professores devem aprender estratégias que estimulem a comunicação alternativa e aumentativa, utilizando sinais, imagens ou dispositivos tecnológicos quando necessário.

Para atender a crianças com síndrome de Down, a colaboração entre professores e outros profissionais de saúde, como fonoaudiólogos, psicopedagogos e terapeutas ocupacionais, é essencial. A formação precisa preparar o educador para trabalhar de forma integrada, sempre que necessário, buscando o apoio especializado. Mas este trabalho de grupo permite que a criança receba uma melhor educação como um todo, ajustada às suas próprias necessidades específicas (Gregoris, 2009).

Além das questões pedagógicas, a formação de professores para alunos com síndrome de Down também deve incluir aspectos relacionados ao acolhimento emocional e psicológico. Esses alunos, muitas vezes, enfrentam desafios relacionados à autoestima e à percepção de suas capacidades. O professor, ao ter uma formação adequada, pode criar um ambiente acolhedor, que promova a confiança e o bem-estar emocional dos alunos, estimulando seu crescimento e aprendizado.

A educação inclusiva requer que os professores tenham uma postura flexível e criativa diante dos desafios que podem surgir. Alunos com síndrome de Down apresentam diferentes níveis de desenvolvimento e habilidades, e o professor deve ser capaz de adaptar suas estratégias constantemente. Por isso, a formação deve enfatizar a importância de uma abordagem individualizada, que respeite o ritmo e as particularidades de cada aluno (Vila, 2005).

A avaliação também é um aspecto que deve ser abordado na formação dos professores. A forma como os alunos com síndrome de Down é avaliada precisa ser diferenciada, levando em conta suas capacidades e progressos individuais. Avaliações qualitativas, que priorizem o desenvolvimento ao longo do tempo, são mais adequadas para esses alunos. O professor precisa estar preparado para criar instrumentos de avaliação que reflitam o verdadeiro aprendizado dos estudantes (Lustosa,2018).

Outro aspecto importante na formação é a conscientização sobre as políticas públicas e os direitos dos alunos com deficiência. Professores precisam conhecer a legislação vigente, como a Lei Brasileira de Inclusão (LBI) e o Estatuto da Pessoa com Deficiência, para garantir que os direitos dos alunos com síndrome de Down sejam respeitados. A escola deve ser um espaço de inclusão e igualdade, e o professor tem um papel central na promoção desse ambiente (Vila, 2005).

Além de conhecer a legislação, os professores devem ser orientados sobre como estabelecer parcerias com as famílias dos alunos com síndrome de Down. A participação dos pais e responsáveis no processo educacional é fundamental para garantir o sucesso na aprendizagem. A formação deve preparar o professor para manter um diálogo constante e transparente com as famílias, criando um vínculo de confiança e colaboração.

Assim, a formação de professores para atender alunos com síndrome de Down deve ser vista como um processo contínuo. A inclusão escolar é um campo em constante evolução, com novos desafios e soluções surgindo a cada dia. É importante que os professores participem de cursos de atualização, seminários e workshops, para se manterem informados sobre as melhores práticas pedagógicas e os avanços no atendimento de alunos com síndrome de Down, garantindo uma educação de qualidade e inclusiva.

2.4 ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS PARA SÍNDROME DE DOWN

As estratégias pedagógicas para o ensino de alunos com síndrome de Down devem ser planejadas de forma inclusiva e adaptada às necessidades específicas desses estudantes. O ponto de partida é compreender que, apesar das características comuns, cada aluno é único e pode apresentar diferentes níveis de desenvolvimento cognitivo, motor e social. A personalização do ensino é, portanto, uma premissa essencial para promover um aprendizado eficaz e significativo (Vila, 2005).

Uma das principais estratégias pedagógicas para alunos com síndrome de Down é a adaptação curricular. Isso significa ajustar o conteúdo das disciplinas de acordo com as habilidades e o ritmo de aprendizagem de cada aluno. O professor deve priorizar atividades que incentivem o desenvolvimento cognitivo e motor, respeitando o tempo necessário para que o aluno compreenda e execute as tarefas propostas.

A utilização de recursos visuais é uma estratégia eficaz no ensino de alunos com síndrome de Down. Imagens, gráficos, diagramas e vídeos ajudam a tornar o conteúdo mais acessível e compreensível. Esses recursos visuais facilitam a compreensão de conceitos abstratos, tornando o aprendizado mais concreto e palpável. Além disso, as imagens auxiliam no desenvolvimento da memória visual, importante para o processo de aprendizagem (Lustosa,2018).

O uso de metodologias ativas, como o aprendizado baseado em projetos e o ensino colaborativo, também pode ser muito benéfico. Essas abordagens incentivam a participação ativa dos alunos e promovem a interação social entre os colegas. Trabalhar em grupos permite que os alunos com síndrome de Down desenvolvam habilidades sociais e de comunicação, ao mesmo tempo em que aprendem o conteúdo de forma prática e contextualizada.

A repetição é uma ferramenta pedagógica importante para alunos com síndrome de Down. Reforçar conteúdos e habilidades de maneira consistente ajuda a consolidar o aprendizado. O professor pode repetir instruções e atividades de forma variada, utilizando diferentes abordagens para garantir que o aluno compreenda o conteúdo. A paciência e o reforço positivo são fundamentais para manter o aluno motivado e confiante (Lustosa,2018).

Outro aspecto relevante é o uso de recursos tecnológicos adaptados, como softwares de comunicação alternativa, aplicativos educativos e ferramentas interativas. Esses recursos podem ser utilizados para facilitar o processo de aprendizagem, especialmente em áreas como a linguagem e a matemática. A tecnologia também pode promover a autonomia do aluno, permitindo que ele realize atividades de forma independente.

As atividades lúdicas são uma excelente estratégia para o ensino de alunos com síndrome de Down. Jogos educativos, música, dança e atividades artísticas estimulam o desenvolvimento cognitivo e motor de forma divertida e envolvente. O lúdico promove a interação social e ajuda a manter o interesse do aluno nas atividades, além de facilitar a assimilação de conceitos de maneira natural (Vila, 2005).

Uma abordagem interdisciplinar também é importante no ensino de alunos com síndrome de Down. O professor pode integrar diferentes áreas do conhecimento em suas atividades, como combinar artes e matemática ou ciências e educação física. Isso torna o aprendizado mais dinâmico e contextualizado, além de facilitar a aplicação do conhecimento em diferentes situações do dia a dia.

O desenvolvimento das habilidades de vida prática é uma parte essencial das estratégias pedagógicas para alunos com síndrome de Down. O professor deve incluir atividades que ensinem competências como organização, autocuidado e habilidades sociais. Essas práticas contribuem para a autonomia do aluno, preparando-o para os desafios da vida adulta e para sua integração na sociedade (Bonatelli, 2020).

A parceria com outros profissionais da educação e saúde, como psicopedagogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais, é essencial para o desenvolvimento de estratégias pedagógicas eficazes. A troca de informações e o trabalho em conjunto permitem uma abordagem mais completa e personalizada para atender às necessidades do aluno. Essa colaboração garante que o aluno receba o suporte necessário em todas as áreas de seu desenvolvimento.

A avaliação dos alunos com síndrome de Down deve ser adaptada para refletir seu progresso individual. É importante utilizar instrumentos de avaliação qualitativos, que considerem não apenas o desempenho acadêmico, mas também o desenvolvimento social, emocional e motor. O professor deve estar atento aos pequenos avanços, valorizando o esforço e a evolução contínua do aluno (Bonatelli, 2020).

A comunicação com a família é uma estratégia pedagógica fundamental para o sucesso do aluno com síndrome de Down. O professor deve manter um diálogo aberto e constante com os pais, compartilhando os progressos e as dificuldades do aluno. A participação da família no processo educativo é importante, pois permite um acompanhamento mais próximo e o reforço do aprendizado em casa.

A criação de um ambiente inclusivo na sala de aula é essencial para o sucesso das estratégias pedagógicas. O professor deve promover o respeito à diversidade e incentivar a interação entre todos os alunos. Atividades que valorizem o trabalho em equipe e a cooperação são fundamentais para a inclusão e para o desenvolvimento social do aluno com síndrome de Down (Vila, 2005).

Assim sendo, é importante lembrar que as estratégias pedagógicas para alunos com síndrome de Down devem ser flexíveis e adaptáveis. Cada aluno tem seu próprio ritmo de desenvolvimento, e o professor deve estar disposto a ajustar suas abordagens conforme necessário. O objetivo principal é garantir que o aluno se sinta acolhido, motivado e capaz de aprender, promovendo sua inclusão e autonomia dentro do ambiente escolar e na sociedade.

3 METODOLOGIA

Esta investigação valeu-se de uma metodologia baseada em uma análise bibliográfica detalhada. A análise bibliográfica consistia na consulta aos artigos referenciais sobre o método qualitativo, que fornecem suporte para a escolha das técnicas de pesquisa mais convenientes a serem utilizadas. De acordo com Gil (2002), uma disposição metódica da metodologia científica é obrigatória para propiciar a confiabilidade e validade dos resultados alcançados.

Este estudo obteve informações de diversas fontes acadêmicas,artigos e livros. Lakatos e Marconi (2001), bem como outros autores destaque na área de metodologia. Esses autores enfatizaram a importância do planejamento e da seleção cuidadosa dos métodos de pesquisa.

4 CONCLUSÃO

As conclusões desta pesquisa acerca da síndrome de Down evidenciam a complexidade e as diversas facetas desta condição genética, que afeta o desenvolvimento cognitivo, físico e social das pessoas. O estudo revelou que, apesar da síndrome de Down ser marcada por particularidades físicas e cognitivas, existe uma grande variação no desenvolvimento entre as pessoas. Esta diversidade requer uma atenção cuidadosa dos educadores e profissionais envolvidos, que precisam ajustar suas estratégias de ensino para satisfazer as necessidades específicas de cada estudante.

Outro aspecto ressaltado é a relevância da capacitação dos docentes no cenário de inclusão de estudantes com síndrome de Down. A formação constante dos professores é para que possam implementar práticas pedagógicas eficientes e fomentar um ambiente de ensino inclusivo. A capacitação inicial deve abordar temas relacionados ao desenvolvimento intelectual, psicomotor e social, bem como táticas para enfrentar desafios na linguagem e na comunicação. A capacitação específica habilita os docentes a criar oportunidades significativas de aprendizado, assegurando o crescimento completo dos estudantes.

Ademais, as táticas pedagógicas para a educação de estudantes com síndrome de Down são alicerces essenciais para o êxito da inclusão educacional. Técnicas como a modificação curricular, a aplicação de recursos visuais e tecnológicos, além do incentivo a metodologias ativas e atividades recreativas, foram reconhecidas como eficientes para simplificar o processo de aprendizagem e fomentar o crescimento social e emocional. A adaptabilidade e a customização do ensino são elementos cruciais para assegurar que esses estudantes atinjam sua capacidade máxima em um ambiente educacional inclusivo.

A importância da família também foi amplamente debatida como um elemento para o crescimento de pessoas com síndrome de Down. A participação ativa dos pais e a cooperação entre a escola e a família são fatores que favorecem o estímulo precoce e o êxito escolar. As colaborações entre docentes, profissionais de saúde e famílias proporcionam um apoio completo que favorece o estudante em diversos aspectos, garantindo que os obstáculos sejam superados de forma eficiente.

Embora tenha havido progressos notáveis nas áreas da medicina e da educação inclusiva, ainda existem desafios significativos a serem vencidos. A sociedade deve persistir na luta contra o preconceito e a falta de acessibilidade, problemas que, apesar de terem sido atenuados, ainda restringem o potencial dos indivíduos com síndrome de Down. O suporte familiar e as políticas públicas de inclusão devem ser fortalecidos para assegurar que esses indivíduos possam viver de maneira digna, independente e integrada à sociedade.

Em suma, este estudo destaca a necessidade contínua de pesquisa e capacitação no campo da educação inclusiva. É fundamental a atualização contínua das táticas pedagógicas, juntamente com a colaboração entre professores, familiares e profissionais de saúde, para promover o desenvolvimento integral e a qualidade de vida de pessoas com síndrome de Down.

REFERÊNCIAS

BONATELLI, Lisiane Capanema Silva et al. (Re) habilitação do idoso com deficiência intelectual na APAE: uma proposta pedagógica. 2020.

CASARIN, Sonia. Síndrome de Down/T21: Caminhos Da Vida. Editora Dialética, 2022.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

GREGORIS, Márcia Regina. Parâmetros curriculares nacionais: adaptações curriculares: visão da equipe escolar do Ensino Fundamental I do município de Barueri. 2009.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos de metodologia científica. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

LUSTOSA, Celene Vieira Gomes Fortes. Práticas avaliativas de professores de crianças com síndrome de down nos anos iniciais no ensino fundamental. 2018.

PIMENTEL, Maria das Graças. Inclusão digital e usuários com deficiência visual no DF: estudo de acessibilidade na sociedade da informação. 2011.

SANTOS, Maria Lucilene Pereira dos. Inclusão de crianças com síndrome de down na rede regular de ensino: um estudo de caso na cidade de São Bento-PB. 2016.

STREDA, Carina. Síndrome de down e o determinismo da deficiência intelectual: refutando certezas, propondo outra lógica. 2021.

SUASSUNA, Ana Maria Vilar. Diagnóstico Pré-Natal: O Impacto Psicológico Profundo: As Repercussões Emocionais no Vínculo entre os Pais e seus Bebês. Editora Conexão, 2020.

VILA, Edmarcia Manfredin. Treinamento de habilidades sociais em grupo com professores de crianças com dificuldades de aprendizagem: uma análise sobre procedimentos e efeitos da intervenção. 2005.


1Doutoranda em Educação pela Faculdad Interamericana de Ciencias Sociales (FICS). Asunción, República do Paraguai.
E-mail: lucimar.graf@hotmail.com

2Mestrado em Ciência, Tecnologia e Educação pela FVC (Faculdade Vale do Cricaré). Rua Professora Rosalina Sobrosa, 235, Barra do Itapemirim, Marataízes/ES.
E-mail: robertafasa@hotmail.com

3Doutoranda em Educação pela Faculdad Interamericana de Ciencias Sociales (FICS), Asunción, República do Paraguai.
E-mail:debora.sjc@hotmail.com

4Bacharelado em administração, Instituto Educacional do Estado de São Paulo – Faculdade de São Roque São Roque, São Paulo, Brasil.
E-mail: martiniadriana.mg@gmail.com

5Graduada em Pedagogia, História e Letras pelo Centro Universitário Internacional (UNINTER). Curitiba, Paraná, Brasil.
E-mail:suelicirilof@hotmail.com

6Especialista em Redes de Computadores pela Escola Superior Aberta do Brasil, São Roque, São Paulo, Brasil.
E-mail: silvan@ifsp.edu.br

7Mestre em Ciência, Tecnologia e Educação, Barra de Itapemirim, Espírito Santo, Brasil.
E-mail: valrrsantos@gmail.com

8Mestrando em Ciências da Educação pela Facultad Interamericana de Ciencias Sociales (FICS), Barra de Itapemirim Espírito, Santo, Brasil.
E-mail:endrigocoqueiro@gmail.com