GESTÃO FINANCEIRA E EMPRESARIAL: REVISÃO E PERSPECTIVA TEÓRICA  

FINANCIAL AND BUSINESS MANAGEMENT: REVIEW AND THEORETICAL PERSPECTIVE  

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202409301320


Andreza Costa de Queiroz1
Marcos Paulo Mendes Araújo2


Resumo  

A gestão financeira é um dos pilares fundamentais para a sustentabilidade e o sucesso das organizações  em um mercado cada vez mais complexo e competitivo. Este trabalho tem como objetivo principal  analisar as principais práticas de gestão financeira empresarial e suas implicações para a eficiência e  sustentabilidade dos negócios. A pesquisa adota uma abordagem qualitativa e exploratória, baseada em  uma extensa revisão da literatura, para identificar e discutir diferentes abordagens teóricas e práticas de  gestão financeira, avaliando suas vantagens e desafios. Através da análise de teorias e práticas de gestão financeira, este estudo busca compreender como essas abordagens impactam a eficiência operacional e  a sustentabilidade financeira das empresas. O problema central investigado é como as diferentes  abordagens teóricas e práticas de gestão financeira empresarial impactam a eficiência e sustentabilidade  das empresas, e quais são os principais desafios enfrentados na implementação dessas práticas. Os resultados apontam que a gestão financeira eficaz não apenas melhora o controle de custos e a  maximização de lucros, mas também envolve planejamento estratégico e gestão de riscos, sendo crucial  para a competitividade das empresas. As principais dificuldades enfrentadas incluem a volatilidade do  mercado, a rápida evolução tecnológica e a necessidade de compliance com regulamentações rigorosas.  No entanto, as perspectivas futuras são promissoras, com a digitalização e a automação transformando  profundamente a gestão financeira. Conclui-se que a gestão financeira empresarial é essencial para o  sucesso e a sustentabilidade das organizações. Este estudo contribui para a compreensão das diferentes  abordagens teóricas e práticas de gestão financeira, oferecendo uma análise crítica e integrada das  melhores práticas, estratégias e teorias disponíveis. Espera-se que os insights fornecidos possam orientar  gestores e acadêmicos na busca por estratégias financeiras mais eficientes e sustentáveis, promovendo o  crescimento e a competitividade das empresas.  

Palavras-chave: Gestão financeira. Eficiência empresarial. Sustentabilidade. Práticas financeiras.  Desafios financeiros.  

1. INTRODUÇÃO  

A gestão financeira empresarial se destaca como um elemento crucial para a  sobrevivência e o sucesso das organizações em um mercado cada vez mais dinâmico e  competitivo. No contexto atual, onde as incertezas econômicas e as rápidas transformações  tecnológicas impõem desafios constantes, a administração eficaz dos recursos financeiros é  essencial para garantir a eficiência operacional e a sustentabilidade a longo prazo das empresas.  

Estudos recentes na área de gestão financeira apontam que a adoção de práticas bem  fundamentadas e alinhadas às correntes teóricas mais avançadas pode contribuir  significativamente para o desempenho organizacional. No entanto, há uma preocupação  crescente com a complexidade inerente à implementação dessas práticas, especialmente em um  cenário de negócios caracterizado pela volatilidade e pela pressão por resultados imediatos.  

O problema central desta pesquisa se insere nessa discussão, ao investigar como as  diferentes abordagens teóricas e práticas de gestão financeira impactam a eficiência e a  sustentabilidade das empresas. A questão principal que orienta este estudo é: de que maneira  essas práticas podem ser aplicadas de forma eficaz, considerando os desafios enfrentados na sua  implementação?  

A necessidade de uma análise mais aprofundada se justifica pela importância vital que  a gestão financeira possui no contexto empresarial contemporâneo. Em um ambiente de  negócios onde a competição é acirrada, a habilidade de gerenciar eficientemente os recursos  financeiros pode ser o diferencial entre o sucesso e o fracasso. Este estudo busca preencher uma  lacuna existente na literatura, oferecendo uma análise crítica das principais abordagens teóricas  e práticas adotadas, com o intuito de fornecer subsídios que possam orientar decisões mais  informadas e eficazes.  

Os objetivos desta pesquisa estão centrados em detectar as diferentes correntes teóricas  da gestão financeira empresarial, identificar as práticas mais relevantes para o mundo  corporativo e descrever suas vantagens e desafios na aplicação. A hipótese subjacente é de que,  quando essas práticas são fundamentadas em teorias sólidas, elas podem contribuir de maneira  significativa para o desempenho financeiro das empresas, mesmo diante dos desafios impostos  pela sua implementação.  

2. A GESTÃO FINANCEIRA A PARTIR DE UMA ABORDAGEM TEÓRICA 

A gestão financeira é um componente essencial para o sucesso e a sustentabilidade de  qualquer empreendimento. Diversos autores abordaram este tema, proporcionando diferentes perspectivas e enfoques sobre as melhores práticas e teorias aplicáveis. A seguir, serão  apresentados os conceitos e contribuições de alguns dos principais estudiosos, com ênfase nos  autores brasileiros.  

A ligação entre as citações dos autores sobre gestão financeira e empresarial está na  maneira como cada um contribui para uma compreensão abrangente e multifacetada do campo.  Cada autor aborda a gestão financeira de diferentes ângulos, fornecendo uma base teórica e  prática que se complementam.  

Gitman (2009), apresenta a gestão financeira como a arte e a ciência de gerenciar  recursos financeiros. Ele destaca três funções principais: planejamento financeiro, controle  financeiro e tomada de decisões financeiras. Gitman enfatiza a importância da análise financeira  e da gestão do capital de giro para garantir a liquidez e a solvência da empresa.  

Assaf Neto (2016), foca na criação de valor para os acionistas como objetivo central da  gestão financeira. Ele explora conceitos como custo de capital, estrutura de capital, e políticas  de dividendos. Assaf Neto também discute a importância da governança corporativa e da  transparência na gestão financeira, enfatizando a necessidade de um alinhamento entre os  interesses dos gestores e dos acionistas.  

Segundo Assaf Neto (2016), “a gestão financeira eficaz é fundamental para a  maximização do valor da empresa e, consequentemente, do retorno aos acionistas”.  Hoji (2014), aborda a gestão financeira com um enfoque pragmático, destacando a  importância da análise de demonstrações financeiras e do planejamento financeiro. Ele enfatiza  a necessidade de um controle rigoroso dos custos e da implementação de um planejamento  estratégico financeiro que suporte os objetivos organizacionais. Para Hoji (2014), “o  planejamento financeiro eficiente é crucial para garantir a continuidade e a sustentabilidade das  operações empresariais”.  

A gestão financeira e empresarial é o processo de planejamento, organização, controle e  monitoramento dos recursos financeiros de uma empresa. Envolve a aplicação de princípios e  técnicas financeiras para a tomada de decisões que visam maximizar o valor da empresa e  garantir sua sustentabilidade a longo prazo. A gestão financeira abrange áreas como orçamento,  fluxo de caixa, investimento, financiamento, análise de riscos e retorno, entre outras.  

Ross, Westerfield & Jaffe (2013), abordam a gestão financeira empresarial com um  enfoque na teoria financeira moderna. Eles discutem a importância dos mercados financeiros, a  gestão de risco e a avaliação de opções reais. Introduzem conceitos avançados, como a teoria  da agência e o modelo de precificação de ativos financeiros (CAPM).  

Damodaran (2012), oferece uma análise detalhada dos fundamentos da gestão financeira  empresarial. Ele explora a avaliação de empresas, a gestão de riscos, e as estratégias de financiamento. Damodaran destaca a importância da análise de fluxo de caixa descontado  (DCF) e a utilização de múltiplos de mercado na avaliação de empresas.  Ludícibus & Martins (2015), destacam a relevância da contabilidade de custos para a  gestão financeira empresarial. Eles argumentam que a correta apuração e análise dos custos é  essencial para a tomada de decisões estratégicas e operacionais. Ludícibus & Martins (2015)  afirmam que “a gestão eficiente dos custos permite às empresas melhorar sua lucratividade e  competitividade no mercado”.  

Zdanowicz (2016), foca na aplicação prática dos princípios de gestão financeira. Ele  discute tópicos como a análise de demonstrações financeiras, o planejamento financeiro, e a  gestão de riscos. Zdanowicz enfatiza a importância da ética e da responsabilidade social na  gestão financeira, argumentando que práticas éticas são fundamentais para a sustentabilidade a  longo prazo.  

Gitman oferece uma visão geral da gestão financeira, enfatizando a importância do  planejamento financeiro, controle financeiro e tomada de decisões financeiras. Ele estabelece  uma base sólida sobre os princípios fundamentais da administração financeira, que é essencial  para compreender as práticas mais avançadas discutidas por outros autores.  

Assaf Neto complementa a visão de Gitman ao focar na criação de valor para os  acionistas. Ele explora conceitos como custo de capital e políticas de dividendos, destacando a  importância da governança corporativa e transparência. Assaf Neto aprofunda a discussão sobre  como a gestão financeira pode ser alinhada aos interesses dos acionistas e à maximização do  valor da empresa.  

Hoji adiciona uma abordagem prática à gestão financeira, enfatizando a importância do  controle rigoroso dos custos e do planejamento estratégico financeiro. Ele conecta a teoria com  a prática, fornecendo ferramentas e métodos que gestores podem aplicar no dia a dia para  garantir a sustentabilidade financeira da empresa.  

Ross, Westerfield e Jaffe trazem uma perspectiva da teoria financeira moderna,  discutindo a importância dos mercados financeiros, gestão de risco e avaliação de opções reais.  Eles introduzem conceitos avançados, como a teoria da agência e o CAPM, que complementam  e expandem os fundamentos discutidos por autores como Gitman e Assaf Neto.  

Damodaran oferece uma análise detalhada dos fundamentos da gestão financeira  empresarial, focando na avaliação de empresas e estratégias de financiamento. Sua abordagem  sobre análise de fluxo de caixa descontado (DCF) e múltiplos de mercado se conecta com as  práticas de avaliação de investimentos discutidas por Ross, Westerfield e Jaffe, proporcionando  uma visão aprofundada das técnicas de avaliação financeira. 

Ludícibus e Martins destacam a relevância da contabilidade de custos para a gestão  financeira. Eles argumentam que a correta apuração e análise dos custos é essencial para a  tomada de decisões estratégicas, complementando as discussões de Hoji sobre controle de  custos e planejamento financeiro.  

Zdanowicz enfatiza a aplicação prática dos princípios de gestão financeira, discutindo a  análise de demonstrações financeiras, planejamento financeiro e gestão de riscos. Sua ênfase na  ética e responsabilidade social complementa a discussão de Assaf Neto sobre governança  corporativa e transparência, fechando o ciclo de como a gestão financeira deve ser conduzida  de maneira responsável e sustentável.  

Esses autores, juntos, fornecem uma visão holística e integrada da gestão financeira  empresarial. Enquanto Gitman, Assaf Neto e Hoji estabelecem os fundamentos e práticas  essenciais, Ross, Westerfield, Jaffe e Damodaran introduzem teorias avançadas e técnicas de  avaliação. Iudícibus e Martins trazem a perspectiva da contabilidade de custos, e Zdanowicz  conecta a teoria à prática, enfatizando a ética e responsabilidade. Cada um contribui para um  entendimento mais completo e detalhado, permitindo que gestores desenvolvam estratégias  financeiras eficazes, alinhadas tanto aos objetivos empresariais quanto às melhores práticas de  governança e sustentabilidade.  

Os diversos autores discutidos acima fornecem uma base teórica sólida para a gestão  financeira empresarial. Cada um, com sua abordagem específica, contribui para uma  compreensão mais abrangente e detalhada das práticas e princípios que regem a gestão  financeira. A combinação dessas perspectivas permite aos gestores empresariais desenvolver  estratégias financeiras eficazes, garantindo a sustentabilidade e o crescimento de suas  organizações.  

No âmbito empresarial, a gestão financeira é crucial para a formulação de estratégias  que alinhem os objetivos financeiros com os objetivos gerais da organização. Isso inclui a  alocação eficiente dos recursos financeiros, a avaliação de oportunidades de investimento e a  estruturação de uma política de capital que equilibre o financiamento por meio de capital próprio  e de terceiros.  

Além disso, a gestão financeira envolve a análise e interpretação das demonstrações  financeiras, permitindo aos gestores identificar pontos fortes e fracos nas operações da empresa  e tomar decisões informadas para melhorar o desempenho financeiro.  

2.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA GESTÃO FINANCEIRA EMPRESARIAL 

A gestão financeira empresarial é sustentada por uma série de fundamentos teóricos que  fornecem a base para a tomada de decisões financeiras eficazes. Esses fundamentos incluem  teorias financeiras clássicas, modelos de avaliação de investimentos, princípios de estrutura de  capital e técnicas de análise financeira.  

Para Cheng & Mendes (1989): 

Gestão financeira pode ser definida como a gestão dos fluxos Monetários derivados da atividade operacional da empresa, em termos de suas respectivas ocorrências no tempo. Ela objetiva encontrar o equilíbrio entre a “rentabilidade” (maximização dos retornos dos proprietários da empresa) e a “liquidez” -(que se refere à capacidade de a empresa honrar seus compromissos nos prazos contratados). Isto é, está implícita na necessidade da Gestão financeira a busca do equilíbrio entre gerar lucros e manter caixa. Assim sendo, pode-se dizer que a gestão financeira está preocupada com a administração das entradas e saídas de recursos monetários provenientes da atividade operacional da empresa, ou seja, com a administração do fluxo de disponibilidade da empresa. 

Com as mudanças no mercado econômico, “a gestão financeira desempenha um papel  importante nas tomadas de decisões empresariais, na aplicação criteriosa dos recursos  financeiros e, principalmente, na análise econômica e financeira da empresa” (SILVA  SOBRINH, 2017). Essa visão é corroborada por Silva et al. (2020), que destacam que a gestão  financeira quando bem “executada possibilita melhor organização e controle dos recursos  financeiros da empresa, com isso ela se mantém bem estruturada e preparada para eventuais  problemas e oportunidades”.  

Isso reforça a importância de um planejamento financeiro rigoroso, que, segundo Casali  & Treter (2020), deve estar alinhado com as metas e estratégias da empresa, auxiliando os  gestores nas tomadas de decisões e contribuindo para o alcance dos objetivos operacionais,  econômicos e financeiros.  

Nesse contexto, é possível perceber que a gestão financeira eficaz não apenas facilita a  organização interna, mas também cria uma base sólida para que a empresa possa enfrentar  desafios externos e aproveitar oportunidades emergentes. Ao integrar essas perspectivas, fica  evidente que o sucesso financeiro de uma organização depende da capacidade dos gestores de  utilizar a gestão financeira como uma ferramenta estratégica. Essa capacidade, ao meu ver, é  crucial em um ambiente de negócios em constante mudança, onde a antecipação de riscos e a  adaptação rápida às novas condições de mercado são diferenciais competitivos essenciais.  Assim, acredito que a gestão financeira deve ser vista não apenas como uma função  administrativa, mas como um elemento central na construção da resiliência e sustentabilidade  empresarial.  

A seguir, são apresentados alguns dos principais conceitos teóricos que sustentam a  gestão financeira empresarial. Estrutura de Capital: refere-se à composição do financiamento de uma empresa, que pode incluir capital próprio (ações) e capital de terceiros (dívidas). A  teoria do trade-off, discutida por Modigliani & Miller (1958), sugere que há um equilíbrio ideal  entre dívida e capital próprio que maximiza o valor da empresa. Essa teoria considera os  benefícios fiscais da dívida (dedução de juros) e os custos de falência associados a altos níveis  de endividamento. Além disso, a Teoria da Pecking Order, proposta por Myers & Majluf  (1984), afirma que as empresas preferem financiar-se primeiro com recursos internos, depois  com dívida e, por último, com emissão de novas ações, devido aos custos de assimetria  informacional.  

Avaliação de Investimentos: é um componente central da gestão financeira empresarial.  Métodos como o Valor Presente Líquido (VPL) e a Taxa Interna de Retorno (TIR) são  amplamente utilizados para avaliar a viabilidade e a rentabilidade de projetos de investimento.  O VPL mede o valor atual dos fluxos de caixa futuros descontados a uma taxa de retorno  desejada, enquanto a TIR é a taxa de desconto que iguala o valor presente dos fluxos de caixa  futuros ao investimento inicial. Esses métodos ajudam os gestores a tomar decisões informadas  sobre a alocação de recursos em projetos que geram valor para a empresa.  

Análise de Risco e Retorno: é fundamental para a gestão financeira empresarial, pois  envolve a avaliação das incertezas associadas a diferentes decisões financeiras e investimentos.  O Modelo de Precificação de Ativos de Capital (CAPM), desenvolvido por Sharpe (1964),  Lintner (1965) e Mossin (1966), é uma ferramenta crucial nessa análise. O CAPM relaciona o  retorno esperado de um ativo ao seu risco sistemático, medido pelo coeficiente beta. Segundo o  CAPM, o retorno esperado de um ativo é igual à taxa livre de risco mais um prêmio de risco  proporcional ao beta do ativo. Essa análise permite aos gestores avaliar a compensação  adequada pelo risco assumido em suas decisões de investimento.  

Governança Corporativa e Transparência: refere-se aos mecanismos, processos e  relações pelos quais as empresas são controladas e dirigidas. A transparência financeira é um  princípio crucial da governança corporativa, pois garante que as informações financeiras da  empresa sejam divulgadas de maneira clara, completa e tempestiva. Uma boa governança  corporativa contribui para a confiança dos investidores e pode resultar em um menor custo de  capital. Segundo Shleifer & Vishny (1997), a governança corporativa eficaz ajuda a assegurar  que os gestores agem no melhor interesse dos acionistas.  

Pesquisadores brasileiros também têm contribuído significativamente para o campo da  gestão financeira empresarial. Um exemplo é o trabalho de Alexandre Assaf Neto, que em  diversos artigos e livros, como “Finanças Corporativas e Valor”, discute a criação de valor para  os acionistas e a importância da governança corporativa. Segundo Assaf Neto (2016), “a gestão financeira eficaz é fundamental para a maximização do valor da empresa e, consequentemente,  do retorno aos acionistas”.  

Outro destaque é o estudo de Masakazu Hoji, que em “Administração Financeira: Uma  Abordagem Prática”, aborda a importância do controle de custos e planejamento financeiro para  a sustentabilidade das empresas. Hoji (2014) afirma que “o planejamento financeiro eficiente é  crucial para garantir a continuidade e a sustentabilidade das operações empresariais”.  

Por fim, é importante mencionar o trabalho de Sérgio Iudícibus e Eliseu Martins, que  em “Contabilidade de Custos”, enfatizam a relevância da contabilidade de custos para a gestão  financeira. Eles argumentam que a correta apuração e análise dos custos é essencial para a  tomada de decisões estratégicas e operacionais. Iudícibus & Martins (2015) afirmam que “a  gestão eficiente dos custos permite às empresas melhorar sua lucratividade e competitividade  no mercado.  

Os fundamentos teóricos da gestão financeira empresarial fornecem as bases para a  tomada de decisões financeiras informadas e estratégicas. A Teoria da Agência, a Estrutura de  Capital, a Avaliação de Investimentos, a Análise de Risco e Retorno, e a Governança  Corporativa são componentes essenciais que, quando aplicados de maneira integrada,  contribuem para a maximização do valor da empresa e a sustentabilidade a longo prazo.  

3. METODOLOGIA  

A investigação foi de natureza qualitativa e exploratória com base em uma revisão de  literatura para analisar as teorias e práticas de gestão financeira empresarial que estão  disponibilizadas na internet, focando em artigos, estudos de caso, relatórios e outras fontes  relevantes sobre Gestão Financeira Empresarial.  

Os dados foram coletados de fontes digitais, incluindo: Artigos acadêmicos disponíveis  em bases de dados como Google Acadêmico, Scielo, repositório institucionais, bem como,  publicações em revistas especializadas, preferencialmente eletrônicas que tratem do tema.  

A seleção das fontes foi guiada pelos critérios de relevância, credibilidade e atualidade,  buscando sempre fontes que ofereçam uma visão aprofundada e embasada do tema.  Para busca de material foram usados termos como: gestão financeira, gestão empresarial  e planejamento financeiro. Os dados foram interpretados à luz dos objetivos da pesquisa. A  metodologia foi dividida em alguns pontos:  

Revisão da Literatura: Realizar uma análise crítica das abordagens teóricas e práticas de  gestão financeira empresarial, destacando as principais contribuições, tendências e debates  presentes na literatura. Organizar a revisão em categorias temáticas, como teorias de gestão  financeira, práticas recomendadas, desafios na implementação e estudos de caso. 

Análise e Síntese dos Resultados: Comparar e contrastar as diferentes abordagens  encontradas na literatura, identificando pontos convergentes e divergentes. Avaliar as  implicações práticas das teorias e práticas analisadas para a gestão financeira empresarial,  destacando suas vantagens e limitações.  

Discussão e Conclusões: Integrar os achados da revisão da literatura com o objetivo de  fornecer uma visão abrangente e crítica das práticas de gestão financeira empresarial.  Apresentar recomendações baseadas nas evidências analisadas e sugerir possíveis direções para  pesquisas futuras na área.  

A principal limitação desta pesquisa é a dependência exclusiva de fontes secundárias, o  que pode restringir a profundidade das análises em comparação com estudos que utilizam dados  primários. Contudo, a vasta disponibilidade de informações sobre Gestão Financeira na internet  permite uma análise abrangente e detalhada, capaz de oferecer insights valiosos sobre o tema.  

Todas as fontes utilizadas foram devidamente citadas, respeitando os direitos autorais e a  propriedade intelectual dos autores. A pesquisa será conduzida de maneira ética, assegurando a  integridade e a precisão dos dados analisados.  

4. RESULTADOS  

A gestão financeira empresarial abrange uma série de práticas e ferramentas que são  essenciais para a saúde financeira de uma organização. Para Moraes & Oliveira (2011) “a  sincronia entre o setor de compras, comercial, contas a pagar e a receber e o controle da  produção é de suma importância para o desenvolvimento e controle financeiro da empresa”.  Para fazer a ligação entres os setores existem duas ferramentas: o fluxo de caixa e o  demonstrativo de resultados. Nesse tópico será apresentado práticas e ferramentas com dados3 fictícios, apenas para ilustrar.  

O fluxo de caixa é a movimentação de dinheiro que entra e sai de uma empresa em um  determinado período. Ele é uma ferramenta crucial na gestão financeira, pois ajuda a monitorar  a liquidez, solvência e capacidade de pagamento da empresa. O fluxo de caixa nada mais é do  que a sintetização dos movimentos monetários realizados por uma empresa em um determinado  período. É o registro de despesas e receitas (MORAES; OLIVEIRA, 2011).  

Quadro 1 – Componentes de fluxo de caixa 

Entradas de Caixa 
Receitas de Vendas Dinheiro recebido das vendas de produtos ou serviços. 
Recebimentos de Clientes Pagamentos feitos pelos clientes, que podem incluir vendas a crédito  realizadas em períodos anteriores. 
Empréstimos e Financiamentos Dinheiro obtido através de empréstimos bancários ou financiamento  de terceiros. 
Investimentos Fundos recebidos de investidores ou ganhos de investimentos  realizados pela empresa. 

Fonte: Elaborada pela autora (2024) 

Quadro 2 – Componentes de fluxo de caixa 

Saídas de Caixa
Pagamentos a Fornecedores Despesas com matéria-prima, mercadorias e outros insumos necessários para a operação. 
Despesas Operacionais Custos com salários, aluguel, utilidades, manutenção, marketing, entre outros. 
Pagamentos de Empréstimos Quitação de parcelas de  empréstimos e financiamentos. 
Impostos e Taxas Pagamento de impostos federais, estaduais e  municipais. 

Fonte: Elaborada pela autora (2024) 

Gerenciar o fluxo de caixa de maneira eficiente é essencial para a sustentabilidade e  crescimento da empresa, evitando problemas de liquidez e garantindo que a empresa possa  aproveitar oportunidades de investimento.  

A outra ferramenta é o Demonstrativo de Resultados, também conhecido como (DRE),  é um relatório financeiro que apresenta o desempenho econômico de uma empresa em um  determinado período, geralmente mensal, trimestral ou anual. Ele detalha as receitas, despesas,  ganhos e perdas, culminando no lucro líquido ou prejuízo do período. “O DRE, é uma simples  ferramenta da contabilidade, entretanto ela é fundamental para a gestão financeira, uma vez que,  através dela avaliamos se a empresa projeta lucro ou prejuízo” (MORAES; OLIVEIRA, 2011).  

Quadro 3 – Exemplo simplificado de uma DRE

Descrição Valor 
Receita Bruta de Vendas 500,000 
(-) Deduções de Vendas 50,000 
Receita Líquida de Vendas 450,000 
(-) Custo das Mercadorias Vendidas 200,000 
Lucro Bruto 250,000 
Despesas Operacionais 150,000 
| Resultado Operacional 100,000 
(+) Receitas Financeiras 20,000 
(-) Despesas Financeiras 10,000 
Resultado Antes do Imposto de  Renda 110,000 
(-) Imposto de Renda 30,000 
Lucro Líquido do Exercício 80,000 

Fonte: Elaborada pela autora (2024)  

O DRE é uma ferramenta essencial para a gestão financeira, ajudando a entender a  lucratividade e a eficiência operacional da empresa.  

Quantos as práticas da gestão financeira incluem o planejamento financeiro, controle de  custos, gestão de capital de giro, análise de investimentos, e gestão de riscos. Cada uma dessas  áreas utiliza ferramentas específicas que auxiliam os gestores na tomada de decisões informadas  e estratégicas.  

O planejamento financeiro é uma prática fundamental que envolve a projeção de  receitas, despesas e fluxos de caixa futuros, permitindo que a empresa se prepare para diferentes  cenários econômicos e de mercado. Ferramentas como orçamentos e projeções financeiras são  essenciais nesse processo. Segundo Gitman (2009), “o planejamento financeiro eficaz fornece  uma base sólida para a tomada de decisões estratégicas, garantindo que a empresa tenha os  recursos necessários para atingir seus objetivos”.  

Gráfico 1 Planejamento financeiro 

Fonte: Elaborada pela autora (2024) 

Acima está o gráfico de planejamento financeiro, mostrando a projeção de receitas e  despesas ao longo dos meses. Este gráfico é apenas um exemplo, mostrando que é útil para visualizar as tendências financeiras e ajudar na tomada de decisões estratégicas para manter a  saúde financeira da empresa.  

O controle de custos é vital para a maximização dos lucros e a sustentabilidade da  empresa. Essa prática envolve a identificação, análise e gestão de todos os custos associados às  operações empresariais. Ferramentas como a contabilidade de custos e o sistema de custeio  ABC (Activity-Based Costing) são amplamente utilizadas para fornecer uma visão detalhada  dos custos. Iudícibus & Martins (2015) destacam que “a correta apuração e análise dos custos  permitem aos gestores identificar áreas de ineficiência e oportunidades de melhoria”.  

A gestão de capital de giro é crucial para garantir a liquidez da empresa e a capacidade  de cumprir com suas obrigações de curto prazo. Essa prática envolve a gestão de ativos e  passivos circulantes, como contas a receber, estoques e contas a pagar. Ferramentas como a  análise do ciclo de caixa e o cálculo do capital de giro líquido são usadas para monitorar e  otimizar o uso dos recursos financeiros. Assaf Neto (2016) afirma que “a gestão eficiente do  capital de giro é essencial para manter a liquidez e a solvência da empresa”.  

Imagem 1 – Diagrama do ciclo de capital de giro

Fonte: Elaborada pela autora (2024) 

Acima está o diagrama do ciclo de capital de giro. Ele ilustra as principais etapas.  Compras e Estoques, Produção, Vendas, e Contas a Receber, mostrando o fluxo cíclico entre  essas fases. Este diagrama pode ser usado para visualizar como o capital circula dentro de uma  empresa e a importância de cada etapa na gestão financeira.  

Uma outra prática é a análise de investimentos que avalia a viabilidade e a rentabilidade  de projetos de investimento. Ferramentas como o Valor Presente Líquido (VPL), a Taxa Interna  de Retorno (TIR) e o Payback são utilizadas para analisar os fluxos de caixa futuros e determinar  se um investimento específico deve ser realizado. Ross, Westerfield & Jaffe (2013) explicam que “a análise de investimentos fornece uma base racional para a tomada de decisões sobre a  alocação de capital em projetos que geram valor para a empresa”.  

Gráfico 2 – Comparação de valor de VPL 

Fonte: Elaborada pela autora (2024) 

Acima está o gráfico de Valor Presente Líquido (VPL) comparando quatro projetos  ilustrativos diferentes: Projeto A, Projeto B, Projeto C e Projeto D. O gráfico ilustra os valores  de VPL para cada projeto, ajudando a visualizar qual deles oferece o maior retorno financeiro.  Este tipo de gráfico é útil na análise de investimentos para apoiar a tomada de decisões  informadas sobre alocação de recursos.  

A gestão de riscos envolve a identificação, análise e mitigação dos riscos financeiros  que a empresa enfrenta. Ferramentas como a análise de sensibilidade, simulação de Monte Carlo  e o Value at Risk (VaR) são usadas para quantificar e gerenciar os riscos. Segundo Damodaran  (2012), “a gestão de riscos eficaz permite que a empresa minimize as incertezas e proteja seus  ativos contra eventos adversos”.  

No mundo atual, as ferramentas de software desempenham um papel crucial na gestão  financeira. Sistemas como ERP (Enterprise Resource Planning) e softwares de contabilidade e  finanças, como SAP, Oracle Financials e QuickBooks, ajudam a automatizar processos  financeiros, integrar dados de diferentes departamentos e fornecer relatórios financeiros  precisos e em tempo real. Hoji (2014) destaca que “a utilização de ferramentas de software  avançadas permite aos gestores financeiros tomar decisões mais informadas e baseadas em  dados”.  

As práticas e ferramentas de gestão financeira são essenciais para a saúde financeira e o  sucesso de uma empresa. Desde o planejamento financeiro e controle de custos até a gestão de  capital de giro, análise de investimentos e gestão de riscos, essas práticas utilizam uma variedade de ferramentas que ajudam os gestores a tomar decisões informadas e estratégicas. A  integração de ferramentas de software modernas também desempenha um papel crucial,  proporcionando maior eficiência e precisão na gestão financeira.  

4.1 DESAFIOS E PERSPECTIVA FUTURA NA GESTÃO FINANCEIRA  

A gestão financeira empresarial enfrenta desafios cada vez mais complexos e dinâmicos  em um cenário global marcado por incertezas econômicas e rápidas mudanças tecnológicas. A  volatilidade dos mercados, a necessidade de inovação contínua e a crescente pressão por práticas  sustentáveis são apenas alguns dos obstáculos que as empresas precisam superar para garantir  sua sustentabilidade e crescimento. Além disso, a gestão de riscos e a conformidade com  regulamentações rigorosas exigem uma atenção redobrada dos gestores financeiros, que devem  equilibrar a busca por eficiência operacional com a adaptação a novas exigências legais e de  mercado.  

Por outro lado, as perspectivas futuras na gestão financeira trazem promessas de  transformação profunda, impulsionadas pela digitalização e pelo avanço das tecnologias  emergentes. Ferramentas como inteligência artificial, blockchain e análise de big data oferecem  oportunidades significativas para melhorar a precisão das previsões financeiras, aumentar a  transparência das transações e otimizar processos internos.  

A integração de critérios ambientais, sociais e de governança, nas decisões financeiras  não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para atender às expectativas de investidores  e consumidores. Neste contexto, as empresas que conseguirem adotar uma abordagem proativa  e inovadora estarão melhor posicionadas para enfrentar os desafios e aproveitar as  oportunidades no futuro da gestão financeira.  

Aqui alguns desafios na Gestão Financeira. Volatilidade do Mercado: A instabilidade  econômica global, flutuações nas taxas de câmbio e mudanças nas políticas fiscais e monetárias  afetam diretamente as finanças corporativas. Empresas devem estar preparadas para enfrentar  essas oscilações, que podem impactar tanto receitas quanto despesas. “A volatilidade do  mercado é um dos maiores desafios enfrentados pelos gestores financeiros, exigindo uma  constante adaptação das estratégias financeiras para mitigar riscos e aproveitar oportunidades.”  (ASSAF NETO, 2018).  

Inovação Tecnológica: Embora as novas tecnologias ofereçam oportunidades  significativas, elas também apresentam desafios. A implementação de sistemas de gestão  financeira modernos requer investimentos substanciais e uma adaptação rápida às novas  ferramentas, como inteligência artificial podem ser complexas e dispendiosas. “A adoção de  novas tecnologias na gestão financeira não só aumenta a eficiência operacional, mas também oferece uma vantagem competitiva significativa em um ambiente de negócios cada vez mais  digital.” (GITMAN, 2019).  

Gestão de Riscos: A identificação, avaliação e mitigação de riscos financeiros são cada  vez mais complexas. Empresas precisam desenvolver estratégias robustas para lidar com riscos  relacionados a crédito, mercado, operacional e legal. “A gestão de riscos é essencial para a  sustentabilidade das empresas, pois permite antecipar e mitigar potenciais ameaças ao  desempenho financeiro” (ASSAF NETO, 2018).  

Compliance e Regulamentação: O aumento das regulamentações financeiras exige que  as empresas mantenham um alto nível de compliance. Adaptações constantes às novas leis e  regulamentações podem ser desafiadoras e consumir muitos recursos. “O aumento das  regulamentações financeiras impõe às empresas a necessidade de um rigoroso controle de  compliance, que deve ser visto não apenas como uma obrigação legal, mas como um  componente estratégico da gestão financeira” (ASSAF NETO, 2018).  

Sustentabilidade Financeira: A crescente pressão por práticas empresariais sustentáveis  implica em mudanças na alocação de recursos financeiros. A integração de critérios ambientais,  sociais e de governança (ESG) nas decisões financeiras é essencial, mas pode ser difícil de  equilibrar com a busca por lucros de curto prazo. “Integrar critérios de sustentabilidade nas  decisões financeiras é fundamental para garantir a longevidade das empresas e atender às  expectativas de um mercado cada vez mais consciente” (ASSAF NETO, 2018).  

Quanto às perspectivas Futuras na Gestão Financeira. Digitalização e Automação: A  tendência é que a digitalização continue a transformar a gestão financeira. Ferramentas de  automação e análise de dados em tempo real permitirão uma tomada de decisão mais ágil e  precisa, reduzindo erros e aumentando a eficiência. “A digitalização dos processos financeiros e o uso de ferramentas de automação são tendências irreversíveis que proporcionarão maior  agilidade e precisão nas operações financeiras” (GITMAN, 2019).  

Inteligência Artificial e Machine Learning: A adoção de IA e machine learning  possibilita previsões financeiras mais precisas e personalizadas, melhorando a gestão de  ativos e a análise de riscos. Essas tecnologias também ajudarão na detecção de fraudes e na  otimização de processos financeiros. “A inteligência artificial e o machine learning estão  revolucionando a gestão financeira ao permitir previsões mais precisas e personalizadas, além  de otimizar a análise de riscos” (DAMODARAN, 2019).  

Blockchain e Criptomoedas: O uso crescente de blockchain promete aumentar a  transparência e a segurança das transações financeiras. Criptomoedas e contratos inteligentes  podem revolucionar a forma como as empresas lidam com pagamentos, investimentos e  financiamento. “O uso de blockchain nas transações financeiras aumenta a transparência e a segurança, enquanto as criptomoedas estão mudando a forma como lidamos com pagamentos e  investimentos” (ROSS, 2020).  

Finanças Sustentáveis: A integração de práticas de sustentabilidade nas finanças  corporativas se tornará cada vez mais importante. Investidores estão cada vez mais atentos a  empresas que adotam práticas ESG, o que pode influenciar significativamente a captação de  recursos e a valorização das ações. “A incorporação de práticas ESG nas finanças corporativas  não é mais uma opção, mas uma necessidade para empresas que desejam atrair investidores e  se manter relevantes no mercado” (ASSAF NETO, 2018).  

Novos Modelos de Negócios: O surgimento de novas formas de negócios, como fintechs  e empresas baseadas em plataformas digitais, está alterando o cenário competitivo. A gestão financeira precisará se adaptar a essas mudanças, explorando novas oportunidades e  enfrentando os desafios que elas trazem. “O surgimento de novas formas de negócios, como  fintechs e empresas digitais, está desafiando os modelos tradicionais e exigindo uma adaptação  rápida das práticas de gestão financeira” (ROSS, 2020).  

Os desafios e as perspectivas futuras na gestão financeira demandam uma abordagem  proativa e inovadora. As empresas que conseguirem adaptar-se rapidamente às novas  tecnologias, manter um forte controle de riscos e incorporar práticas de sustentabilidade estarão  melhor posicionadas para prosperar em um ambiente de negócios cada vez mais complexo e  dinâmico. A gestão financeira continuará a evoluir, exigindo profissionais capacitados e  dispostos a enfrentar as mudanças de frente.  

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS  

A gestão financeira empresarial se configura como uma disciplina essencial para a  manutenção da eficiência e sustentabilidade das organizações. Ao longo deste trabalho, foi  possível identificar e analisar as principais práticas de gestão financeira, considerando suas  implicações teóricas e práticas, bem como os desafios enfrentados na implementação dessas  práticas. A revisão da literatura destacou a importância de abordagens bem fundamentadas para  a gestão financeira, evidenciando que a adoção de metodologias adequadas pode melhorar  significativamente o desempenho financeiro das empresas.  

A pesquisa revelou que a gestão financeira não é apenas uma questão de controle de  custos e maximização de lucros, mas também de planejamento estratégico e gestão de riscos.  As teorias e práticas analisadas demonstraram que uma gestão financeira eficaz envolve uma  compreensão profunda das dinâmicas de mercado, a capacidade de adaptação às mudanças  econômicas e tecnológicas, e a incorporação de práticas sustentáveis e éticas. Esses aspectos são fundamentais para garantir a competitividade das empresas em um ambiente de negócios  cada vez mais complexo e globalizado.  

Os desafios enfrentados pelos gestores financeiros incluem a volatilidade dos mercados,  a rápida evolução tecnológica, a necessidade de compliance com regulamentações rigorosas e  a crescente demanda por práticas sustentáveis. Superar esses desafios exige uma abordagem  inovadora e flexível, capaz de integrar novas tecnologias, como inteligência artificial e  blockchain, e práticas de gestão de risco eficazes. A literatura aponta que, embora a  implementação dessas práticas possa ser desafiadora, os benefícios para a eficiência operacional  e a sustentabilidade financeira são substanciais.  

Por outro lado, as perspectivas futuras para a gestão financeira empresarial são  promissoras. As tendências apontam para uma crescente digitalização dos processos  financeiros, maior uso de automação e inteligência artificial, e a adoção de critérios ambientais,  sociais e de governança (ESG) nas decisões financeiras. Essas tendências não apenas melhoram  a eficiência operacional, mas também fortalecem a resiliência das empresas frente às incertezas  do mercado.  

Conclui-se que a gestão financeira empresarial, quando bem fundamentada e adaptada  às realidades do mercado, é um pilar essencial para o sucesso e a sustentabilidade das  organizações. Este trabalho contribuiu para a compreensão das diferentes abordagens teóricas  e práticas de gestão financeira, oferecendo uma análise crítica e integrada das melhores práticas  disponíveis. Espera-se que os insights fornecidos por esta pesquisa possam orientar gestores e  acadêmicos na busca por estratégias financeiras mais eficientes e sustentáveis, promovendo o  crescimento e a competitividade das empresas no longo prazo. 


3Os dados apresentados no tópico ‘Práticas e Ferramentas de Gestão Financeira’ são fictícios e foram utilizados  com o propósito exclusivo de criar um exemplo visual e ilustrativo para este estudo. Eles não refletem dados reais  ou informações extraídas de empresas ou pesquisas existentes. A finalidade é facilitar a compreensão dos conceitos  discutidos e demonstrar a aplicação das práticas e ferramentas mencionadas. 

REFERÊNCIAS 

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1Discente do Curso Superior de Administração do Instituto Ensino Superior Fundação, Centro de Análise Pesquisa  e Inovação Tecnologia, Campus Manaus. E-mail: andreza.cqueiroz@gmail.com.
2Docente do Curso Superior de Administração do Instituto Instituto Ensino Superior Fundação, Centro de Análise  Pesquisa e Inovação Tecnologia, Campus Manaus. Mestre em História Social. e-mail: cunhabebe@gmail.com