O PROCESSO DE APRENDIZAGEM NO INDIVÍDUO

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th10249231336


Vicente Oliveira Dos Santos
Orientadora: Ana Paula Rodrigues


Resumo

A presente pesquisa tem como objetivo geral compreender o processo de aprendizagem e suas teorias e mecanismo. O artigo científico buscar esclarecer o papel da psicologia no comportamento humano e o mostrar as diversas visões do processo de aprendizagem. Esta pesquisa caracteriza-se como de campo e possui abordagem qualitativa de cunho bibliográfico. Para tanto, nos apoiaremos nas discussões dos trabalhos de MOREIRA (2010), Vygotsky (1984), e Wallon (1992) entre outros, pois ambos possuem centralidade nesta pesquisa. O artigo desde a introdução até as considerações finais apontam que o processo aprendizagem acontece pelo meio natural/biológico da maturação humana do olhar ou falar, que sofre influência direta do grupo cultural que o indivíduo está inserido. Portanto o processo se dar da face embrionária até a fase adulta.

Palavras chave: Processo de aprendizagem; Comportamento; Psicologia.

1. INTRODUÇÃO

Esse trabalho de pesquisa tem como propósito entender o processo de aprendizagem no individuo e suas etapas que levam ao cognitivo (conhecimento), pois embora algumas concepções e estudos ainda intrigantes sobre como se dá o funcionamento do mecanismo humano de aprender. O estudo da pesquisa e a investigação comportamental ao longo do tempo, diz que a formação do cognitivo tem visão distinta e que grandes estudiosos indicam que são etapas até chegar ao conhecimento, que vai do simples gestos motor de um recém-nascido até o conhecimento de mundo. A vida mental ou desenvolvimento psíquico revela a maturidade no equilíbrio final ou em outro pensamento diz que o individuo é um ser em construção, um ser inacabado, incompleto. Levando em conta no que diz respeito aos princípios morais, éticos, valores, atitudes, emoções, sentimentos. A educação é um fazer-se no tempo e este diálogo que se estabelece entre o homem e o tempo revela o processo dialético que perpassa toda a educação para o nosso tempo, pois o mundo está também nos envolvendo num processo totalizante, universal e irreversível, que é acentuado em cada passo. Não é só papel de uma instituição, mas sim de um conjunto de ações e segmentos que serão responsáveis na construção do cognitivo no individuo.

2. APRESENTAÇÃO DO TEMA

A presente pesquisa aborda o tema Processo de Aprendizagem, nestes tempos de mudanças rápidas e drásticas, é fundamental pensar o papel da psicologia que ao longo do tempo vem desvendando caminhos para compreensão comportamental humana. O processo de aprendizagem ou maturação mental, já por algumas décadas é alvo de pesquisas e investigações e que leva ao entendimento mais claro de como se dá esse mecanismo de conhecimento, como por exemplo, os conceitos do processo perceptivo ou processo de mediação. Entretanto na segunda metade do século XIX, o estudo da natureza humana era um atributo da filosofia. Os seguidores de John Locke, na Inglaterra, desenvolveram sua concepção empiricista da mente, que enfatizava a origem das ideias a partir de sensações produzidas por estimulação ambiental. Pós-revolucionária russa, nas primeiras décadas do século XX, a psicologia na Rússia, assim como na Europa, movia-se entre escolas antagônicas, cada uma procurando oferecer explicações parciais para alguns fenômenos.   Assim a mente humana é alvo de estudos e que leva investigações mais profundas do desenvolvimento mental e comportamental do individuo. Em outro conceito, Marco Antônio Moreira, afirma:

“É importante reiterar que a aprendizagem significativa se caracteriza pela interação entre conhecimentos prévios e conhecimentos novos, e que essa interação é não literal e não arbitrária. Nesse processo, os novos conhecimentos adquirem significado para o sujeito e os conhecimentos prévios adquirem novos significados ou maior estabilidade cognitiva.” (MOREIRA, 2010, p. 2)

O que o professor, Marco Antônio Moreira quer dizer, é que a mente memoriza tudo que é captado pelos sentidos existentes no individuo que gera conhecimento e os mesmos constroem novos conhecimentos. A memoria e outros fatores naturais do ambiente trazem significados novos para o processo de construção do cognitivo. A ação do pensamento, linguagem e comportamento volitivo, mostram os caminhos trilhados pela psicologia, esses caminhos abriram muitas áreas para o estudo científico do comportamento animal e humano. O processo de aprendizagem carrega em si, muita teoria que precisam ser exploradas e colocadas em prática, pois o individuo é um agente que absorve e produz conhecimento.

3. QUESTÕES NORTEADORAS (PROBLEMA)

São questões norteadoras do estudo: Qual ação da psicologia e os estudos comportamentais do ser humano que explica o mecanismo de aprendizagem e suas etapas concretas que levam o conhecimento (cognitivo). Entender com base teórica essa ação de desenvolvimento mental do individuo? Quais teorias correntes, maturação natural (biológica), relevância sociocultural ou a construção da realidade/ação do sujeito?

 3.1 OBJETIVOS

 3.2OBJETIVO GERAL

Entender o processo de aprendizagem no individuo e seus mecanismos com base teórica.

 3.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

São objetivos do estudo: Identificar como o mecanismo como adquire conhecimento e entender o processo de aprendizagem com base em estudos de pesquisas para compreender as funções da mente humana e seu comportamento.

 3.4 JUSTIFICATIVA

A temática abordada possui grande relevância, uma vez que trata de um assunto que gera certa falta de entendimento, devido algumas teorias, o processo de aprendizagem ou maturidade mental, deixa duvida de como acontece o processo, como se dar o desenvolvimento cognitivo no individuo, já que não depende de só um fator e sim de alguns fatores para construção do conhecimento. Digo, pois tendo em vista que cada um tem seu papel fundamental nessa construção: Família, escola, igreja e o próprio individuo.

4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para que essa pesquisa de cunho qualitativo fosse realizada, recorri aos seguintes procedimentos metodológicos: pesquisas bibliográficas em livros como APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA CRÍTICA, Marco Antônio Moreira, quer dizer, para ser crítico de algum conhecimento, de algum conceito, de algum enunciado, primeiramente o sujeito tem que aprendê-lo significativamente e, para isso, seu conhecimento prévio é, isoladamente, a variável mais importante. A FORMAÇÃO SOCIAL DA MENTE – O Desenvolvimento dos Processos Psicológicos Superiores, L. S. Vygotsky que fala sobre a interação, transformação e prática. “É precisamente a alteração da natureza pelos homens, e não a natureza enquanto tal, que constitui a base mais essencial e imediata do pensamento humano” – (Friedrich Engels, Dialética da natureza.) A pesquisa científica encontra-se assim organizada: O primeiro capítulo “Introdução”. No segundo capítulo “Apresentação do tema”. No terceiro capítulo “Questões norteadoras (problema)”. Breve “Objetivos Gerais, Específicos e Justificativa”. No quarto capítulo “Procedimentos Metodológicos”. No quinto capítulo “Breve histórico da psicologia”. No sexto capítulo “Os Percursos Histórico da Psicologia”. No sétimo capítulo “Aspectos Legais da Psicologia”. No oitavo capítulo “A Psicologia Educacional Dentro da Instituição Escolar”. E por fim, o nono capítulo “Considerações Finais do artigo”.

5. BREVE HISTÓRICO DA PSICOLOGIA

5.1 BASES HISTÓRICAS DA PSICOLOGIA

A psicologia é uma ciência muito nova, com a maioria dos avanços acontecendo nos últimos 150 anos. No entanto, suas origens remontam à Grécia antiga, entre 400 e 500 anos A.C. A ênfase era filosófica, com grandes pensadores como Sócrates influenciando Platão, que por sua vez influenciaram Aristóteles.

Durante o século XVII, o filósofo francês René Descartes introduziu a ideia do dualismo. Esta afirmava que a mente e o corpo eram duas entidades que interagiam para formar a experiência humana. Muitas outras questões ainda debatidas por psicólogos hoje, como as contribuições relativas da natureza versus criação, estão enraizadas nessas antigas tradições filosóficas.

Em meados do século XIX, o filósofo Wundt estava usando métodos de pesquisa científica para investigar os tempos de reação. Seu livro foi publicado em 1874, Principles of Physiological Psychology. Ele descreveu muitas das principais conexões entre a ciência da fisiologia e o estudo do pensamento e comportamento humanos. 

A fisiologia contribuiu para o surgimento eventual da psicologia como disciplina científica. Pesquisas fisiológicas precoces sobre o cérebro e o comportamento tiveram um impacto dramático na área. Por isso, contribuíram para a aplicação de metodologias científicas no estudo do pensamento e comportamento.

Na psicologia, mencionam outros campos de estudos, os chamados “braços da psicologia”, para explicar por que os seres humanos pensam e se comportam da maneira que fazem estará ligada a um ramo da psicologia. As diferentes disciplinas são extremamente amplas. Elas incluem:

  • Psicologia clínica
  • Psicologia cognitiva
  • Psicologia do desenvolvimento
  • Psicologia evolucionária
  • Psicologia forense
  • Psicologia da saúde
  • Neuropsicológica
  • Psicologia ocupacional
  • Psicologia social

Destaque no processo de aprendizagem a psicologia do desenvolvimento e cognitiva, para uma melhor compreensão a então chamada de ciência, fala:

A psicologia do Desenvolvimento é o estudo científico das mudanças psicológicas sistemáticas que uma pessoa experimenta ao longo da vida, muitas vezes referida como desenvolvimento humano. Esta se concentra não apenas em bebês e crianças pequenas, mas em adolescentes, adultos e idosos. Os fatores incluem habilidades motoras, resolução de problemas, compreensão moral, aquisição de linguagem, emoções, personalidade, autoconceito e formação de identidade. A psicologia do desenvolvimento se sobrepõe a campos como linguística.

A psicologia Cognitiva investiga processos mentais internos, como resolução de problemas, memória, aprendizado e linguagem. Ela analisa como as pessoas pensam, se  comunicam, lembram e aprendem. Está intimamente relacionado à neurociência, filosofia e linguística. Os psicólogos cognitivos analisam como as pessoas adquirem, processam e armazenam informações. As aplicações práticas incluem como melhorar a memória, aumentar a precisão da tomada de decisões ou como configurar programas educacionais para aumentar o aprendizado. Segundo Vygotsky:

A criança começa a perceber o mundo não somente através dos olhos, mas também através da fala. Como resultado, o imediatismo da percepção “natural” é suplantado por um processo complexo de mediação; a fala como tal torna-se parte essencial do desenvolvimento cognitivo da criança. (L. S. Vygotsky 1984, págs. 36 e 37.).

Vygotsky, diz que com essa observação que os sentidos naturais que são concebidos no processo de maturação do individuo, como o enxergar e o falar é o grande responsável e essencial para o processo de aprendizagem, certo que o ambiente/meio tem seu papel importante no desenvolvimento cognitivo. Escreve Vygotsky, em teorias psicogenéticas que o processo se dar, através de:

O grupo cultural onde o individuo se desenvolve que vai lhe fornecer, pois, o universo de significados que ordena o real em categorias (conceitos), nomeadas por palavras da língua desse grupo. (Vygotsky 1989, p.48).

O psicólogo bielo-russo, Lev Vygotsky mostra com o histórico-cultural, que o individuo aprende e desenvolve com base em conceitos de construções culturais, sendo marcante a ação ativa do ser, determinada no processo de desenvolvimento, é o conjunto de acontecimentos que contribuirá para aquisição de conhecimento. A capacidade de formar conexões e de criar novos significados com elementos que já existem, o grupo cultural sendo o ponto da mediação para fortalecimento dos signos transmitidos pelo meio.  Segundo Wallon, o conhecimento está estruturado da seguinte visão:

Construindo-se mutuamente, sujeito e objeto, afetividade e inteligência, alternam-se na preponderância do consumo da energia psicogenética. Na primeira etapa, correspondente ao primeiro ano de vida, dominam as relações emocionais com ambiente e o acabamento da embriogênese: trata-se nitidamente de uma fase de construção do sujeito, onde o trabalho cognitivo está latente e ainda indiferenciado da atividade afetiva. (Wallon, 1992, p. 42).

Uma visão do homem que sofre ação do objeto (conhecimento/visão de mundo), levando em consideração afetividade e inteligência que gera a maturidade mental do sujeito, as relações que existem do meio e as emoções que constituem o ser receptor e gerador de conhecimento. Wallon mostra que o processo de aprendizagem, são fases que se inicia no momento da concepção embrionária até a fase adulta, é que o sujeito constrói o seu cognitivo.

6. OS PERCURSOS HISTÓRICOS DA PSICOLOGIA.

Para o processo de aprendizagem é importante falar da trajetória da psicologia no mundo e no Brasil, pois sem o estudo dessa ciência é difícil empreender o trabalho realizado por ela.

Desde 1879, com a criação do instituto de Psicologia por Wilhelm Wundt, o campo de estudo tem apresentado diferentes processos investigativos para a compreensão da mente humana. Ao longo dos seus 142 anos, a psicologia conquistou independência para atuar cientificamente e com conhecimento legal.

Isso influenciou o surgimento de algumas abordagens dentro do ramo, como Psicanálise, Behaviorismo, Funcionalismo, Estruturalismo, entre outras. As diferentes perspectivas ajudam a entender a complexidade humana e seus eventos, considerando fatores biológicos, psicológicos e socioculturais que impactam o comportamento e o pensamento das pessoas.

Por isso, a Psicologia contemporânea está dividida em diferentes tópicos, com o intuito de entender o processo mental, neural e cultural, além de questões que envolvem desde o nascimento até a morte dos seres humanos. A partir de 1960, a Psicologia continuou a evoluir com a introdução de novas ideias, perspectivas e teorias que impactam até hoje as pesquisas dentro da área.

Nesse período, a Psicologia Cognitiva começou a substituir a Psicanálise e o Behaviorismo como a abordagem dominante para o estudo da ciência. Desde então, tal perspectiva tem permanecido como dominante, apresentando conceitos como o de percepção, memória, inteligência e linguagem. Tudo isso ajudou os pesquisadores a estudarem mais de perto o funcionamento interno do cérebro humano.

No século XIX, a psicologia passou a marcar presença em diversas áreas brasileiras, estabelecendo ligações com outros campos do saber. Isso porque a nação brasileira passou a ser gerenciada por um aparelho estatal que estruturava os papéis sociais dos indivíduos em um projeto político, social e cultural.

Com o passar do tempo, a ciência passou a ser vista de forma distinta, consolidando-se como um campo específico do saber. Com isso, diversos pesquisadores iniciaram atividades em laboratórios de pesquisa, principalmente nas cidades de São Paulo e de Belo Horizonte.

Wacław Radecki, por exemplo, foi um pesquisador que criou o primeiro modelo de ensino superior em Psicologia no Brasil. No ano de 1952, o curso recebeu aval do Ministério da Educação (MEC) e, em 1971, a lei n.º 5.766 estabeleceu os Conselhos Regionais e Federais de Psicologia, regularizando a profissão. A partir de então, a Psicologia ganhou visibilidade em todo o país, ocupando espaço próprio enquanto campo de conhecimento e de oportunidades profissionais.

Nesse período, a Psicologia se tornou parte importante de algumas disciplinas e matérias de currículos universitários, como no Direito e na Medicina. Atualmente, os estudos psicológicos no Brasil têm se desenvolvido em diferentes vertentes e práticas, tendo como base conceitual os conhecimentos do século XIX e os pensamentos de filósofos positivistas brasileiros, como Luís Pereira Barreto e Francisco de Mello Franco.

7. ASPECTOS LEGAIS DA PSICOLOGIA

7.1 ASPECTOS LEGAIS DA PSICOLOGIA (VISÃO GERAL).

A contribuição do Conselho Federal de Psicologia ao Ministério do Trabalho para integrar o catálogo brasileiro de ocupações – enviada em 17 de outubro de 1992.

Procede ao estudo e análise dos processos intrapessoais e das relações interpessoais, possibilitando a compreensão do comportamento humano individual e de grupo, no âmbito das instituições de várias naturezas, onde quer que se deem estas relações. Aplica conhecimento teórico e técnico da psicologia, com o objetivo de identificar e intervir nos fatores determinantes das ações e dos sujeitos, em sua história pessoal, familiar e social, vinculando-as também a condições políticas, históricas e culturais.

O psicólogo, dentro de suas especificidades profissionais, atua no âmbito da educação, saúde, lazer, trabalho, segurança, justiça, comunidades e comunicação com o objetivo de promover, em seu trabalho, o respeito à dignidade e integridade do ser humano.

Contribui para a produção do conhecimento científico da psicologia através da observação, descrição e análise dos processos de desenvolvimento, inteligência, aprendizagem, personalidade e outros aspectos do comportamento humano e animal; analisa a influência de fatores hereditários, ambientais e psicosociais sobre os sujeitos na sua dinâmica intrapsíquica e nas suas relações sociais, para orientar-se no psicodiagnóstico e atendimento psicológico; promove a saúde mental na prevenção e no tratamento dos distúrbios psíquicos, atuando para favorecer um amplo desenvolvimento psicossocial; elabora e aplica técnicas de exame psicológico, utilizando seu conhecimento e práticas metodológicas específicas, para conhecimento das condições do desenvolvimento da personalidade, dos processos intrapsíquicos e das relações interpessoais, efetuando ou encaminhando para atendimento apropriado, conforme a necessidade. Participa da elaboração, adaptação e construção de instrumentos e técnicas psicológicas através da pesquisa, nas instituições acadêmicas, associações profissionais e outras entidades cientificamente reconhecidas. Realiza divulgação e troca de experiência nos eventos da profissão e comunidade científica e, à população em geral, difunde as possibilidades de utilização de seus recursos.

O psicólogo desempenha suas funções e tarefas profissionais individualmente e em equipes multiprofissionais, em instituições privadas ou públicas, em organizações sociais formais ou informais, atuando em: hospitais, ambulatórios, centros e postos de saúde, consultórios, creches, escolas, associações comunitárias, empresas, sindicatos, fundações, varas da criança e do adolescente, varas de família, sistema penitenciário, associações profissionais e/ou esportivas, clínicas especializadas, psicotécnicos, núcleos rurais e nas demais áreas onde as questões concernentes à profissão se façam presentes e sua atuação seja pertinente.

7.2 PSICOLOGIA EDUCACIONAL

Tem como objetivo atuar no âmbito educacional, nas instituições formais ou informais. Colabora para a compreensão e para a mudança do comportamento de educadores e educandos, no processo de ensino aprendizagem, nas relações interpessoais e nos processos intrapessoais, referindo-se sempre as dimensões política, econômica, social e cultural. Realiza pesquisa, diagnóstico e intervenção psicopedagógica individual ou em grupo. Participa também da elaboração de planos e políticas referentes ao Sistema Educacional, visando promover a qualidade, a valorização e a democratização do ensino.

8. A PSICOLOGIA EDUCACIONAL DENTRO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR

8.1 A FUNÇÃO E SEUS EFEITOS NA VIDA DO INDIVÍDUO.

Colabora com a adequação, por parte dos educadores, de conhecimentos da Psicologia que lhes sejam úteis na consecução crítica e reflexiva de seus papéis.

 Desenvolve trabalhos com educadores e alunos, visando à explicitação e a superação de entraves institucionais ao funcionamento produtivo das equipes e ao crescimento individual de seus integrantes.

Desenvolve, com os participantes do trabalho escolar (pais, alunos, diretores, professores, técnicos, pessoal administrativo), atividades visando a prevenir, identificar e resolver problemas psicossociais que possam bloquear, na escola, o desenvolvimento de potencialidades, a auto realização e o exercício da cidadania consciente.

Elabora e executa procedimentos destinados ao conhecimento da relação professor-aluno, em situações escolares específicas, visando, através de uma ação coletiva e interdisciplinar a implementação de uma metodologia de ensino que favoreça a aprendizagem e o desenvolvimento.

Planeja, executa e/ou participa de pesquisas relacionadas à compreensão de processo ensino-aprendizagem e conhecimento das características Psicossociais da clientela, visando à atualização e reconstrução do projeto pedagógico da escola, relevante para o ensino, bem como suas condições de desenvolvimento e aprendizagem, com a finalidade de fundamentar a atuação crítica do Psicólogo, dos professores e usuários e de criar programas educacionais completos, alternativos, ou complementares.

Participa do trabalho das equipes de planejamento pedagógico, currículo e políticas educacionais, concentrando sua ação naqueles aspectos que digam respeito aos processos de desenvolvimento humano, de aprendizagem e das relações interpessoais, bem como participa da constante avaliação e do redirecionamento dos planos, e praticas educacionais implementados.

Desenvolve programas de orientação profissional, visando um melhor aproveitamento e desenvolvimento do potencial humano, fundamentados no conhecimento psicológico e numa visão crítica do trabalho e das relações do mercado de trabalho.

Diagnostica as dificuldades dos alunos dentro do sistema educacional e encaminha, aos serviços de atendimento da comunidade, aqueles que requeiram diagnostico e tratamento de problemas psicológicos específicos, cuja natureza transcenda a possibilidade de solução na escola, buscando sempre a atuação integrada entre escola e a comunidade.

Supervisiona, orienta e executa trabalhos na área de Psicologia Educacional.  

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Está pesquisa teórica evidenciou que apesar de ter percorrido um longo caminho, hoje a psicologia tem um papel relevante no processo de aprendizagem e em todos os segmentos da sociedade, o compreender a maturidade mental e seus mecanismos, mostra que a psicologia revela através do estudo comportamental do indivíduo, que aspectos como grupo, meio e a parte biológica (sentidos), contribuem para atividade cognitiva do sujeito.

A psicologia, e outras ciências, tem que considerar que o processo não se dar só pelo desenvolvimento cognitivo separado da atividade afetiva, o ensinar tem que ser reflexível.

O objetivo da pesquisa é de transmitir como o processo de aprendizagem acontece no indivíduo, mostrando a visão teórica de alguns pensadores, como Wallon, Vygotsky e Moreira que com base de anos de estudos e pesquisas comportamentais, trazem fatores importantes para ser observados, reproduzidos e compartilhados.

Por fim, podemos concluir que a psicologia é uma peça fundamental na exploração comportamental, sobretudo, no que se entende como corpo e mente, levando o sujeito ao conhecimento de si e do mundo que o cerca.

 10. REFERÊNCIAS:

Moreira, Marco Antônio.  Aprendizagem Significativa Crítica, 2010;

L. S. Vygotsky. A FORMAÇÃO SOCIAL DA MENTE – O Desenvolvimento dos Processos Psicológicos Superiores. 1984;

Friedrich Engels. Dialética da Natureza https://www.gepec.ufscar.br/publicacoes/livros-e-colecoes/marx-e-engels/a-diaetica-da-natureza.pdf. Acesso em 29 Dez. 2022;

PSICOLOGIA – https://www.vittude.com/blog/o-que-e-psicologia-e-como-surgiu/#:~:text=A%20psicologia%20%C3%A9%20uma%20ci%C3%AAncia,por%20sua%20vez%20influenciaram%20Arist%C3%B3teles. Acesso em 29 Dez. 2022;

Piaget, Vygotsky, Wallon. Teorias Psicogenéticas em Discussão – (Livro 1992. págs. 28 e 42);https://blog.anhanguera.com/historia-da-psicologia/. Acesso em 29 Dez. 2022;

Fonseca, Vitor da. Desenvolvimento Cognitivo e Processo de Ensino-Aprendizagem, (2018 p. 68);

ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS DO PSICÓLOGO NO BRASIL – https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2008/08/atr_prof_psicologo.pdf. Acesso em 29 Dez. 2022.