A BRINCADEIRA COMO UM ATO SÉRIO E PRAZEROSO

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th1024923121327


Vicente Oliveira Dos Santos
Orientadora: Maria Inmaculada Chao Cabanas


RESUMO

A presente pesquisa, de base científica e bibliográfica, tem como tema: O lúdico na educação infantil. Buscou-se compreender, por meio desta pesquisa, como o lúdico se constitui enquanto ferramenta de aprendizagem no processo educacional infantil. O principal objetivo deste trabalho foi apresentar o lúdico como uma estratégia pedagógica para o desenvolvimento cognitivo do indivíduo na fase infantil. Além disso, o interesse da abordagem é expor a importância do brincar e do jogo simbólico como uma ferramenta séria e prazerosa na infância, assim como entender o seu desenvolvimento e aprendizado. Considerando o fato de que nem sempre a criança foi percebida como um ser que possui, além da especificidade própria da fase da infância, uma história, um lar e está inserida em uma sociedade, que se torna produtora de cultura e é cidadã. O brincar é algo novo todos os dias, sem contar que proporciona à criança a sensação de bem-estar e de felicidade. Então, considerando que o lúdico é uma ferramenta importante no desenvolvimento e na aprendizagem para os pequenos, faz-se necessário o comprometimento da parte responsável pela elaboração do planejamento e das ações pedagógicas que possibilitem, no espaço alfabetizador, o uso dos brinquedos (brinquedoteca), de materiais e brincadeiras, dispondo de toda a diversidade de materiais. Esta pesquisa está fundamentada no aporte teórico de alguns autores que contribuíram para os estudos que tem como foco a ludicidade no contexto escolar, como por exemplo Brougère (2000), Campaner (1998), Friedmann (1996), Pozas (2011), Vygotsky (1984), entre outros. Essa observação criteriosa no “como brincar” e no “deixar brincar”, levará a uma construção de valores para uma educação infantil de qualidade.

PalavrasChave: Lúdico. Aprendizagem. Educação Infantil.

1.  INTRODUÇÃO  

 Ao compreendermos a construção do cognitivo na fase infantil, podemos entender melhor a importância do lúdico nesta fase tão relevante, em que a criança brinca de “faz de conta” e vivencia o real nas brincadeiras. Segundo G. Brougère (2000), a criança se apodera do mundo ao seu redor para harmonizá-lo com sua própria dinâmica. A brincadeira projeta a criança em um universo alternativo e excitante, no qual ela não só pode viver as situações sem limitações, mas também com menos riscos. A forma e a intensidade de apropriar-se da brincadeira estarão diretamente associadas ao meio e às relações vivenciadas pela criança. A comunicação que ocorre no ato de brincar torna-se uma metacomunicação, à medida que as trocas verbais ou não verbais, implícitas, conferem à brincadeira o lugar da iniciativa e da vontade de cada um, cujas combinações e acordos fazem emergir as ressignificações do cotidiano e da cultura em que está inserida.

A brincadeira implica em tomada de decisão. Nessa troca de sinais, ela tem de ter origem dentro do sujeito que brinca e, para tanto, necessita, primeiramente, da decisão – “quero brincar” -, para, depois, deixar-se mergulhar no universo lúdico do como, com quem, onde. Para brincar, é preciso haver um acordo sobre as regras. No entanto, estas não existem antes das brincadeiras; elas vão sendo construídas durante o ato de brincar, da mesma forma como a flexibilidade dessas regras, diretamente associada à decisão dos limites do real. Com isso ela se torna um espaço de criação, de experimentação e de inovação, em que a cada momento a criança descobre suas competências e suas possibilidades. 

Para compreender melhor o processo lúdico (jogo/brincadeira) na educação infantil, pegamos um jogo simbólico (percurso), com regras e atributos que proporciona à criança o amadurecimento das funções metais de forma prazerosa. O jogo de percurso põe a criança em contato com números e letras, construindo regras que serão utilizadas em sua vida adulta. O brincar é uma atividade comum na infância, na qual a criança interage com o mundo em sua volta, ordena e constrói a realidade. 

A problematização do ensino e aprendizagem, tendo em vista a ludicidade, estão presentes na vida da criança como algo de sua natureza. As investigações         realizadas     revelam        algumas       concepções           construtivistas        e interacionistas, no que se refere ao desenvolvimento e a aprendizagem da criança, está embasada em práticas pedagógicas e saberes que são planejados dentro do espaço escolar. Desse modo, essa pesquisa surge a partir da seguinte problemática: De que maneira o lúdico se constitui como uma ferramenta de aprendizagem no processo educacional da criança? 

O principal objetivo dessa pesquisa foi apresentar o lúdico como estratégia pedagógica para o desenvolvimento cognitivo do individuo na fase infantil. Como objetivos específicos, procurou-se: 

  • Observar o planejamento em que o professor aborda uma brincadeira em sala de aula;
  • Fazer com que os alunos interajam com a brincadeira proposta pelo professor; 
  • Analisar como se dá o ensino e aprendizagem a partir da brincadeira ou jogo. 

Para alcançar tais objetivos, foi necessário dispor de alguns materiais,como por exemplo, frutos do abacateiro, palitos de fósforo, palitos de picolé para, em seguida, construir-se uma mini fazenda utilizando esses materiais a fim de aplicar determinados conhecimentos das seguintes ciências: língua portuguesa, no que se refere a nomes de itens que compõem uma fazenda; matemática no que diz respeito à seriação de animais pertencentes a uma fazenda; estudos sociais no que concerne aos ambientes urbano e rural. Dessa forma, ao se fazer isso, o planejamento que foi elaborado pelo professor será eficaz no processo de aprendizagem.   

O que impulsionou esta pesquisa foi a necessidade de realizar estudos que reforcem a abordagem do lúdico na educação, visto que essa metodologia ainda não é tão recorrente entre alguns profissionais da educação infantil por não utilizarem dessa ferramenta como estratégia pedagógica. 

Essa pesquisa contribuiu para despertar o interesse por essa abordagem metodológica que foge da sistematização de ensino tradicional. Além disso, garante que os discentes ampliem seus conhecimentos através do objeto explorado que consiste na brincadeira. Portanto, esse trabalho de pesquisa tem o intuito de reformular os padrões estabelecidos pelo atual sistema de ensino.

Quanto à pesquisa científica caracteriza-se como de natureza bibliográfica. Para isso, foi preciso conflitar teoria e prática em alguns momentos, nas vivências que o período de estudo me concedeu. Adquiri experiências no contato com turmas de pré-escolar, sendo importante para o desenvolvimento do processo de construção deste artigo. 

Além disso, essa pesquisa também é de cunho qualitativo, pois possibilitará que os alunos entrem em  contato  com  real através  da brincadeira/fazenda. A vivência do autor proporcionou uma rica e vasta experiência dentro de uma escola e essa realidade despertou o seu interesse na ludicidade. 

Em relação ao objetivo, o método utilizado é o explicativo, pois buscou-se os fatos que contribuem para ocorrência da construção do cognitivo pelo lúdico e suas variações e regras. Portanto, como meio de realização, fez-se uma pesquisa bibliográfica, utilizando vários autores para dar embasamento teórico a este trabalho.

Para a realização da pesquisa a respeito do lúdico na educação infantil, os principais autores lidos foram Brougère (2000), Vygotsky (1984), Friedmann (1996), Campaner (1998), Huizinga (2000), Pozas (2011), entres outros.

2 A RELEVÂNCIA DA BRINCADEIRA A PARTIR DA TEORIA.

Este capítulo inicia-se com a apresentação de alguns estudos teóricos sobre a importância do lúdico na educação infantil conforme os autores Pozas (2011), Vygotsky (1984), Palangana (2001).

Em um primeiro momento abordaremos a importância da brincadeira na educação infantil, com base em autores que se debruçaram sobre esse tema. No segundo momento, compreendemos como acontece este processo de ação que leva à aprendizagem a partir da projeção que a criança faz da imitação, do imaginário que levará a apropriação do conhecimento. 

2.1 A ludicidade como ferramenta importante na ação de aprender 

A ludicidade na educação infantil tem sido um assunto muito abordado por diversos autores que tentam explicar, por meio de suas pesquisas, como acontece esse diálogo entre brincadeira e ensino. Sabe-se que a brincadeira está inserida no cotidiano das crianças e tem a finalidade de fazer com que esta adquira conhecimentos e habilidades por meio do simples ato de brincar.  Conforme Pozas (2011, p. 32) “[…] por meio da brincadeira e do jogo, a criança se desenvolve, relaciona-se e constrói seu conhecimento”.  A partir da afirmação da autora percebemos que uma simples brincadeira, por mais boba que possa ser para alguns, faz com que a criança desenvolva habilidades essenciais para o seu desenvolvimento.

Ainda de acordo com Pozas (2011) a brincadeira está presente no contexto educacional desde os tempos remotos, pois, com base nas ideias de grandes filósofos como Platão e Aristóteles, sabe-se que a brincadeira era utilizada na educação greco-romana como ferramenta pedagógica (POZAS, 2011).  

Na afirmação de Brougère apud Pozas (2011) “a brincadeira é uma mutação do sentido, da realidade: as coisas tornam-se outras. É um espaço à margem da vida comum que obedece a regras criadas pela circunstância”, a partir disso podemos entender que, no ato de brincar, a criança pode atribuir novos sentidos aos objetos de que faz uso durante a brincadeira. De acordo com Pozas (2011, p. 35) essa ressignificação das coisas acontece porque “A criança, como o adulto, não se contenta em se relacionar com o mundo real, por isso, lança mão das representações, das imagens e dos símbolos. A cultura é composta de representações”. Sendo assim, para melhor entendimento, podemos ilustrar como uma criança, não contente com a realidade, pode atribuir a uma caneta o significado de microfone, pois, em sua imaginação, tal objeto pode transforma-se no referido equipamento de som no momento da brincadeira. 

Ainda compartilhando do pensamento de Pozas (2011), é nas ressignificações do real, como acabamos de descrever, que o indivíduo realiza novas descobertas e, dessa forma, se desenvolve e adquire novas competências como já falado neste trabalho. Além disso, também “[…] encara novas emoções e frustrações, propõe novas soluções para antigos problemas ou reorganiza soluções antigas em novas escalas” (POZAS, 2011, p. 37). 

Para Vygotsky (1984) o brinquedo é importante para o desenvolvimento da criança, pois de acordo com o autor “No brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu comportamento diário; no brinquedo é como se ela fosse maior do que é na realidade” (VIGOSTSKY, 1984). Além disso, para o autor, as crianças encaram a brincadeira como um ato sério, pois:

[…] para uma criança com menos de três anos de idade o brinquedo é um jogo sério, assim como é para um adolescente, embora, é claro, num sentido diferente da palavra; para uma criança muito pequena, brinquedo sério significa que ela brinca sem separar a situação imaginária da situação real. Para uma criança em idade escolar, brinquedo torna-se uma forma de atividade mais limitada, predominantemente do tipo atlético, que preenche um papel específico em seu desenvolvimento, e que não tem o mesmo significado do brinquedo para uma criança em idade pré-escolar (VIGOSTKY, 1984, P. 118). 

 Segundo Piaget apud Pozas (2011) há três tipos de jogos que correspondem à diferentes fases da vida da criança. São eles: o jogo de exercício; jogo simbólico e jogo de regras. Desse modo, segundo Piaget apud Pozas “Ao manifestar uma conduta lúdica, a criança demonstra o nível de seus estágios cognitivos e constrói conhecimentos” (POZAS, 2011, p. 41)  

No que diz respeito aos jogos de exercício, estes correspondem as primeiras manifestações de conduta lúdica no indivíduo e realizam-se a partir dos reflexos da criança, é nesse momento que ela começa a descobrir o mundo a sua volta. Para Pozas (2011, p. 41):

Nos jogos de exercício, tem-se uma assimilação funcional, ou seja, quando algo se estrutura como forma, apresenta a tendência de se repetir funcionalmente. Essa representação com caráter lúdico resulta na formação de hábitos, os quais, para Piaget, são a principal forma de aprendizagem no primeiro ano de vida e constituem a base para as futuras operações. 

Quanto aos jogos simbólicos, estes dizem respeito ao significado que as crianças dão aos objetos e coisas ao seu redor, eles se caracterizam por sua desconstrução de conceitos estabelecidos como falamos anteriormente, ao ilustrarmos que uma caneta poderia transformar-se em microfone, por exemplo. Para compreendermos melhor vale ressaltarmos Pozas (2011, p. 42):

Os jogos simbólicos são, segundo Piaget, caracterizados pela assimilação deformante. A realidade é assimilada por analogia: como a criança pode ou deseja compreender as coisas, afetiva ou cognitivamente, segundo os limites de seu sistema cognitivo. Isso favorece a integração da criança a um mundo social cada vez mais complexo esses modos de pensar e inventar a realidade são o prelúdio de futuras teorizações das crianças. 

Por fim, temos os jogos de regras que constituem nas relações sociais, ou seja, realiza-se entre dois ou mais indivíduos. Além disso, são seguidos por regras como o próprio nome já diz e também há nesse tipo de jogo a competição, por isso há a presença das regras. Mais uma vez, vale salientar Pozas (2011, p. 42) ao dizer que:

Os jogos de regra contêm as propriedades dos dois tipos anteriores. Dos jogos de exercício, herdam a repetição, e dos simbólicos, a convenção, ou seja, as regras são combinações arbitrárias que os participantes do jogo fazem. O caráter coletivo está na origem desse tipo de jogo, com os participantes dependendo uns dos outros para jogar – daí a assimilação recíproca. O valor lúdico continua presente, pois para a pergunta “quer jogar?” existe uma resposta “sim” ou “não”, na qual sempre estará presente o prazer funcional, prolongado para os que disserem sim, mas também fundamental para os que livremente disseram não. 

Portanto, a partir das discussões vistas nessa subseção, podemos afirmar que o jogo está presente na vida da criança desde o momento em que ela nasce. Também é válido dizer que os jogos contribuem para o desenvolvimento do indivíduo, bem como ao amadurecimento de suas habilidades e competências. A partir desses apontamentos podemos, também, perceber que o brincar faz parte do cotidiano da criança, pois é um aspecto ligado ao mundo infantil. Dessa forma, podemos compreender que é possível o aprendizado por meio da brincadeira.   

2.2 O planejar com intencionalidade fundamenta o lúdico, cognitivo e afetivo.

Nessa subseção, apresentamos a prática em uma turma de pré-escolar. Foi utilizado um planejamento com intencionalidade que facilitou a compreensão do planejamento que está estabelecido na Base Nacional Comum Curricular. De acordo com a BNCC (2017, p. 7) “[…] é brincando que as crianças representam o mundo e simulam as relações existentes imitando, repetindo, transformando e ampliando suas experiências”. O planejar atividades com significado, nas quais as crianças possam experimentar possibilidades e ser protagonistas da ação educativa (BNCC 2017, p. 11).

O planejamento e atuação em sala de aula, em uma turma de pré-escolar II. A professora faz a rotina inicial com os alunos e compartilha uma leitura deleite “visita à fazenda” de sua autoria. Em seu planejamento, a docente busca alcançar o objetivo de transmitir alguns conceitos e interdisciplinar as ciências, a leitura faz um tour pela fazenda, em todos os momentos a professora estimula os seus alunos com uma leitura explicativa, ao encerrar a narrativa, ela dispõe de alguns materiais levados pela própria, frutos do abacateiro, palitos de picolé, palitos de fósforo, cola e papeis. Propõe a construção de uma fazenda e se inicia a brincadeira, nesse momento a professora interage como mediadora e registra todas as ações das crianças.   

PLANEJAMENTO 

Objetivo a ser alcançado: Língua portuguesa (letras iniciais (alfabeto), ampliar o vocabulário, sons dos animais e estimular à escrita). Matemática (Números (quantidade), seriação e conceito grande/pequeno). Natureza e Sociedade (realidades geográficas (zona urbana e rural), formas de trabalho e conhecimento e valorização das diversas paisagens). Permitir à criança o conhecimento de mundo, segundo a BNCC, O eu, o outro e nós. Corpo, gestos e movimentos. Traços, sons, cores e formas. Escuta, fala, pensamento e imaginação. Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações. Sendo direitos da infância: Conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se (BNCC 2017, 8-9).

A brincadeira da fazendinha, fez com que as crianças construíssem o conhecimento de como é uma fazenda e seus espaços. Mostrou a diversidade de animais e alguns de seus aspectos, sem contar que foi uma oportunidade para alguns que nunca tiveram em uma fazenda.

REGISTRO DA BRINCADEIRA:

Participou um grupo de 17 crianças. Durante a leitura as crianças indagaram a respeito da fazendo, 5 dos 17 já conhecia uma fazenda/sítio. O interesse foi unânime, a princípio fizeram os animais: bois, vacas e cavalos. Em um segundo momento 4 alunos fizeram a cerca para guardar os bichos e os demais continuaram fazendo porcos e galinhas, utilizaram os frutos de (abacates e mangas) e palitos de fósforo e pedaços de galhos. Eles separaram os animais por tamanho e colocaram no cercado, o que mais chamou atenção foi os sons dos animais: porco – grunhir/ oinc oinc, boi – mugido/muuuuuu, cavalo – relinchar/hinn in in. Foram feitos 6 bois, 2 vacas, 9 galinhas, 6 cavalos, 7 porcos e 1 leitão, riram bastante com o nome do filhote do porco. Fizeram a comparação de ambiente, os aspectos da cidade e da fazenda. A brincadeira da fazenda foi muito divertida e prazerosa, o desenvolvimento de aprendizado foi satisfatório.  

  4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A importância dessa pesquisa sobre o lúdico na educação infantil deve levar à observação da vivência dos pequenos nos diversos ambientes, com um olhar especial para o espaço escolar e a relevância do ato de brincar, a atividade com jogos, a potencialidade e a criatividade das crianças e a sua contribuição para o desenvolvimento intelectual, social e motor da criança. Demonstra-se com base nisso que o lúdico está presente em toda fase infantil e é caracterizado por ser espontâneo funcional e satisfatório.

É garantido à infância o direito a explorar, descobrir, envolver e criar em uma perspectiva do novo. Através do lúdico é que se dá o desenvolvimento e a aprendizagem do cognitivo, considerando a brincadeira como um ato sério e que traz felicidade e prazer em descobrir o mundo à sua volta. Este direito, assegurado por lei, concretiza a construção do conhecimento através da brincadeira.

Cada criança apresenta um ritmo e uma forma própria de colocar-se nos relacionamentos e nas interações, de manifestar emoções e curiosidade, e elabora um modo próprio de agir nas diversas situações que vivencia desde o nascimento conforme experimenta sensações de desconforto ou de incerteza diante de aspectos novos que lhe geram necessidades e desejos, e lhe exigem novas respostas. Assim, busca-se compreender o mundo e a si mesma, testando de alguma forma as significações que constrói, modificando-as continuamente em cada interação, seja com outro ser humano, seja com objetos.

Uma atividade muito importante para a criança pequena é a brincadeira. Brincar dá à criança oportunidades para imitar o conhecido e para construir o novo, conforme ela reconstrói o cenário necessário para que sua fantasia se aproxime ou se distancie da realidade vivida, assumindo personagens e transformando objetos pelo uso que deles faz.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

POZAS, Denise. Criança que brinca mais aprende mais. Elvira Cardoso, 2011.

GROUGÈRE, Gilles. Brinquedo e cultura. São Paulo: Cortez, 2000.

VYGOTSKY, Levi. A Formação Social da Mente, Martins Fortes Editora LTDA,1984.  

CAMPANER, Isilda. Desenvolvimento e Aprendizagem – A relevância do social, Summus Editorial LTDA, 1998.