MORFOLOGIA E PADRÃO RACIAL DA RAÇA MANGALARGA MARCHADOR

MORPHOLOGY AND RACIAL PATTERN OF THE MANGALARGA MARCHADOR BREED

MORFOLOGÍA Y PATRÓN RACIAL DE LA RAZA MANGALARGA MARCHADOR

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202409200102


Amanda Rocha Cunha1; Ana Clara Silva de Souza de Paulo2; Andressa Cristina Silva Souza3; Andressa Machado de Almeida4; Anna Karolina da Silva Araujo5; Beatriz Bertone Siqueira de Oliveira6; Beatriz Thais Correia Inácio7; Alana Camargo Poncio8


RESUMO: A importância das características morfológicas da raça Mangalarga Marchador adjunto ao padrão racial desenvolvida pela ABCCMM e a sua correlação com a econômica e o preço da raça dados os atributos que valorizam o animal. A presente pesquisa foi fundamentada em uma revisão de monografias, revisões bibliográficas de artigos, livros, teses e revistas oficiais da ABCCMM que apresentaram informações relevantes para o estudo. Com o avanço do tempo, a raça em questão sofreu diversas modificações em virtude dos cruzamentos e seleção de características específicas, que atualmente possibilitou a combinação ideal de beleza, docilidade e resistência, apresentando qualidades morfológicas para a realização de atividades agropecuárias, esporte e lazer. Ademais, a atuação da ABCCMM tem contribuído para a crescente valorização da raça no agronegócio e movimento da economia relacionada ao setor equestre.

PALAVRAS-CHAVE: mangalarga, morfologia, padrão, agronegócio

ABSTRACT: The importance of the morphological characteristics of the Mangalarga Marchador breed in conjunction with the racial standard developed by ABCCMM and its correlation with the economic and price of the breed given the attributes that add value to the animal. This research was based on a review of monographs, bibliographic reviews of articles, books, theses and official journals of ABCCMM that presented relevant information for the study. Over time, the breed in question has undergone several modifications due to crossbreeding and selection of specific characteristics, which currently allows for the ideal combination of beauty, docility and resistance, presenting morphological qualities for carrying out agricultural activities, sports and leisure. Furthermore, the work of ABCCMM has contributed to the growing appreciation of the breed in agribusiness and the movement of the economy related to the equestrian sector.

KEYWORDS: mangalarga, morphology, pattern, agribusiness

RESUMEN: La importancia de las características morfológicas de la raza Mangalarga Marchador está ligada al estándar racial desarrollado por ABCCMM y su correlación con la economía y precio de la raza dados los atributos que valoran al animal. Esta investigación se basó en una revisión de monografías, revisiones bibliográficas de artículos, libros, tesis y revistas oficiales de ABCCMM que presentaron información relevante para el estudio. Con el avance de los tiempos, la raza en cuestión ha sufrido varias modificaciones debido a cruces y selección de características específicas, lo que actualmente permite la combinación ideal de belleza, docilidad y resistencia, presentando cualidades morfológicas para la realización de actividades agrícolas, deportivas y de ocio. Además, el trabajo de ABCCMM ha contribuido a la creciente apreciación de la raza en la agroindustria y el movimiento de la economía relacionada con el sector ecuestre.

PALABRAS CLAVE: Mangalarga, morfología, patrón, agronegocios

1. Introdução

A raça mangalarga marchador originária de Minas Gerais, no Brasil, é um exemplo de como a morfologia e o padrão racial são cruciais na definição da qualidade e valor dos equinos. Desenvolvida a partir do cruzamento de raças introduzidas no país durante a colonização e raças já presentes no território (da Mota, Prado, Sobreiro, 2006), apresenta como principal núcleo formador Lusitanos de Alter, raça trazida pelos portugueses (da Mota, Prado, Sobreiro, 2006). No primeiro momento, a seleção natural conduziu a raça a se adaptar ao novo clima, e a padronizou criando com o tempo um cavalo apto e resistente ao ambiente brasileiro (Ribeiro, et al, 2023). Hoje em dia, a ABCCMM assume essa função, estabelecendo rigorosos padrões morfofuncionais que garantem qualidade, pureza e valor comercial da raça (Mangalarga Marchador, 1991).

Inicialmente a raça foi desenvolvida com o fim de oferecer versatilidade para serviços agrícolas e para o esporte, mas que acompanhasse uma cavalgada confortável (da Mota, Prado, Sobreiro, 2006). Além das características almejadas durante sua criação, a docilidade e resistência também foram alcançadas (Misk, 2015). 

Os cruzamentos realizados ao longo do tempo e o processo evolutivo originaram o conhecido Mangalarga Marchador que apresenta como referencial uma marcha natural e confortável conhecida como “marcha picada” (Hussni et al, 1996). Ademais, esses equinos apresentam admirável temperamento de sela e estruturada morfologia que possibilita qualidade funcional nas mais variadas funções (Ribeiro et al, 2023).

Dentre as aptidões dessa raça, destaca-se ampla utilização das suas características no agronegócio, principalmente lidando com gado. Além da sua destreza na pecuária, essa raça é significativamente indicada para prática de esporte, onde apresenta considerável espaço (da Mota, Prado, Sobreiro, 2006). Práticas como equitação e transporte também podem ser realizações viáveis para essa raça, já que apresenta alta docilidade e resistência (Misk, 2015). Essas funções são garantidas pelas suas múltiplas características, traços morfológicos bem definidos, boa musculatura, proporção corporal e postura, que asseguram resistência e se alinham aos requisitos funcionais e estéticos da raça (Ribeiro et al, 2023).

O nome da raça tem origens distintas. Originalmente “Mangalarga” veio do nome da fazenda que criava esses cavalos. Enquanto o “Marchador” foi acrescentado pela raça marchar ao invés de trotar como comumente observado em outras raças equinas (Ribeiro et al, 2023).

Com a crescente visibilidade da raça, foi fundada uma associação dos criadores conhecida como ABCCMM, organização que definiu o padrão racial, além de gerenciar novos registros, eventos equestres e expandir o conhecimento da raça nacionalmente e internacionalmente se tornando um importante setor dentro da equinocultura (Ribeiro et al, 2023).

Neste contexto, atentarmos para as características morfológicas e de andamento do Mangalarga Marchador no padrão racial, incluindo as ações da ABCCMM ressaltando a importância econômica e o apreço do animal no mercado equestre, englobando os impactos das premiações e da genética na valorização dos animais.

2. Referencial Teórico

2.1 – Diferença entre mangalarga e mangalarga marchador

Mangalarga conhecido como mangalarga paulista e mangalarga marchador também chamado de mangalarga mineira são duas raças que apesar de compartilharem algumas semelhanças, como, origem brasileira durante a época colonial, são raças de Mangalarga de vertentes diferentes, sendo a principal diferença entre elas o tipo de andamento. Mangalarga Marchador apresenta andamento marchado podendo variar entre ideal, batida, picada, legítima e intermediária (Hussni et al, 1996) e o Mangalarga paulista apresenta andamento trotado e galope (da Mota, Prado, Sobreiro, 2006). Diferença entre tamanho e constituição corporal também são observados, sendo o Mangalarga Paulista reconhecido por sua elegância e o Marchador conhecido pela sua ruspidez e resistência por ser mais alto e robusto (Misk, 2015).

As duas raças apresentam organizações próprias, sendo da mangalarga paulista a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga conhecida como ABCCRM (da Mota, Prado, Sobreiro, 2006) e a do Mangalarga Marchador a Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo Mangalarga Marchador conhecida como ABCCMM (Mangalarga Marchador, 2014).

2.2 – Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM)

A ABCCMM conhecida como Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo Mangalarga Marchador, é uma organização sem fins lucrativos, fundada em 1949 e habilitada pelo ministério da agricultura, pecuária e abastecimento (MAPA), que visa promover e assegurar a qualidade da raça Mangalarga Marchador no Brasil (Mangalarga Marchador, 2014) com base em um padrão e beleza que preserva a pureza racial e a marcha verdadeira (Mangalarga marchador, 1991). Segundo a ABCCMM e de acordo com o número de associados a essa organização, a raça Mangalarga Marchador é um dos principais segmentos da equinocultura na América Latina (Misk, 2015), sendo uma das maiores e raças de equinos com numerosos registros genealógicos, gerenciamento de eventos e movimentos no agronegócio (Ribeiro, et al, 2023).

Em 19 de maio de 2014, A raça mangalarga marchador foi considerada pela Lei Federal nº 12.975 como “A raça Nacional” por causa da sua origem brasileira, sendo uma raça com grande representatividade no agronegócio nacional e com crescimento internacional pelas representações oficiais da ABCCMM no exterior, incluindo Estados Unidos, Alemanha, Itália e Argentina, locais que apresentam núcleos de criadores (Mangalarga marchador, 2014).

Para o registro do cavalo na associação da ABCCMM e inclusão no livro fechado de registros definitivos (Mangalarga marchador, 1988) é necessário atender o padrão racial requerido pela instituição, que engloba mensurações de características morfométricas, como a altura, e avaliação do seu andamento, de acordo com a tabela de pontuações. Caso as características necessárias não sejam alcançadas, não ocorre registro do animal (Meira, et al, 2013), ademais, se ausente o andamento marchado ocorrer desclassificação no registro da ABCCMM (Cabral, et al, 2004). 

A ABCCMM conta com exposições, competições e eventos equestres com inúmeras categorias, dentre elas, mirim, potro, jovem, adultos e sênior e categorias distintas para fêmeas e machos (Mangalarga marchador, 1988) incluindo premiações aos cavalos vencedores. Lembrando que os cavalos inscritos precisam atender aos regulamentos requeridos pela associação (Misk, 2015).

2.3 – Características morfológicas e padrão racial

Ao se referir a raça mangalarga marchador, as características morfológicas são de extrema importância uma vez que existe um padrão racial a ser cumprido (Misk, 2015), que além de importante para bom desempenho do animal é crucial para o seu registro na ABCCMM. Esse padrão inclui, porte médio, traços bem delineados, encaixe harmonioso entre as porções do cavalo, ossos robustos, aprumados e boa postura, qualidades que garantem bom equilíbrio e harmonia durante as passadas, possibilitando uma qualidade funcional do Mangalarga Marchador (Ribeiro, et al, 2023).

2.3.1 – Padrão racial e registro

Os critérios morfológicos do padrão racial formalizados pela ABCCMM contribuem para garantir a qualidade da raça Mangalarga Marchador, sendo parâmetro de registro de equinos no livro fechado de registros definitivos (Mangalarga marchador, 1988). Esse livro é um componente essencial para o desenvolvimento da raça, pois reconhece formalmente o padrão racial, pureza e valorização do animal (Mangalarga marchador, 1988).

Dentre as características requeridas pelo padrão racial e posteriormente necessárias para o registro do equino na organização ABCCMM, destacam-se características específicas como, altura da cernelha, os machos precisam de altura entre 1,47 e 1,57 e fêmeas entre 1,40 e 1,54 (Misk, 2015) e peso entre 350 e 550 kg (Ribeiro, et al, 2023). Além disso, há outras características morfométrica enumeradas e documentadas em 6 artigos redigidos em 1950, como, altura na garupa, altura do costado, comprimento da cabeça, comprimento do pescoço, comprimento do dorso, comprimento da garupa, comprimento da espádua, comprimento do corpo, largura da cabeça, largura das ancas, perímetro do tórax, perímetro da canela (Meira, et al, 2013). Com o passar do tempo as características do padrão racial e as medidas mensuradas foram refinadas, removendo as que possuíam valor redundante ou desatualizado (Meira, et al, 2013).

Apesar das mudanças no padrão racial, muitas características da cabeça, pescoço, tronco, membros anteriores e membros posteriores permanecem na avaliação morfofuncional (Ribeiro, et al, 2023).

2.3.2 – Mensurações exigidas pela ABCCMM

Cada medida requerida pela ABCCMM é mensurada e avaliada de acordo com uma tabela de pontuações da própria associação (Meira, et al, 2013).

Altura da cernelha: Medida vertical do solo ao ponto mais alto da cernelha com um bastão perpendicular;

Altura da garupa – Medida vertical da parte central e mais alta da região sacra com um bastão perpendicular;

Altura do Costado – Distância vertical entre o final da cernelha e o cilhadouro (parte côncava do esterno);

Comprimento do corpo – Distância da ponta da espádua à ponta da nádega;

Comprimento da cabeça – Distância entre a crista nucal e a parte medial da arcada incisiva superior;

Comprimento do pescoço: Medida entre a extremidade anterior do arco dorsal do atlas e o ponto central da borda superior da escápula;

Comprimento da espádua – distância entre a borda dorsal da cartilagem escapular e a articulação escapuloumeral;

Comprimento da Garupa – Distância do ângulo externo do íleo ao ângulo posterior do ísquio;

Largura da cabeça: Distância entre as articulações da mandíbula direita e esquerda;

Perímetro torácico: Circunferência medida da base do pescoço até o esterno;

Perímetro da canela do membro anterior: Circunferência medida na parte média do osso do antebraço esquerdo. (Ribeiro, et al, 2023).

2.3.3 – Padrão racial da cabeça

A cabeça desempenha papel fundamental no equilíbrio e agilidade do cavalo, sendo requeridas medidas ideais como comprimento, largura e forma (Ribeiro, et al, 2023).

Destaca-se forma triangular, fronte largo e plano, chanfro amplo, narinas grandes, olhos afastados e expressivos, orelhas médias e móveis e ganachas distantes (Ribeiro, et al, 2023).

2.3.4 – Padrão racial do pescoço

O pescoço deve ser piramidal, com inserções harmoniosas, flexível e musculatura forte, pois é crucial para a agilidade e a velocidade dos cavalos, uma vez que o pescoço é responsável pelo controle dos membros anteriores (Ribeiro, et al, 2023).

2.3.5 – Padrão racial do tronco 

Cernelha bem definida, alta e comprida, costado convexo, costelas arqueadas, peito profundo, largo e musculoso, dorso reto, com musculatura adequada, lombo curto, longo e bem harmonioso no encaixe com o dorso e Garupa longa e musculosa (Ribeiro, et al, 2023).

2.3.6 – Padrão dos membros anteriores 

Espáduas longas, amplas e musculosas, braços longos musculosos, antebraços longos, retos e musculosos, joelhos largos, firmes e flexíveis. Sendo todas as porções com movimento amplo e bem articuladas (Ribeiro, et al, 2023).

2.3.7 – Padrão dos membros posteriores

Coxas com boa inserção e musculosas, pernas longas, musculosas e jarretes firmes e flexíveis. Sendo todas as porções bem inseridas e articuladas (Ribeiro, et al, 2023).

2.3.8 – Padrão racial da pelagem

Em virtude da sua origem com complexa diversidade de raças e combinações e por apresentar mais de 50 variações de pelagens são aceitas as mais diversas pelagens, com exceção dos albinos e despigmentados (Ribeiro, et al, 2023).

2.4 – Andamento 

Diferente de outras raças o mangalarga marchador apresenta marcha como andamento natural e não trote, identificada por passadas amplas, avanços definidos dos membros em diagonal, marcha lateralmente amparada, de quatro tempos, com apoio tripedal e com movimentos simétricos e corretos (Ribeiro, et al, 2023). Essa raça apresenta variações de marcha que recebem diferentes denominações: ideal, batida, picada, legítima e intermediária, sendo a marcha picada o andamento mais característica da raça (Hussni, et al, 1996). É a anatomia diferencial da articulação desses cavalos que possibilita o contato mais suave com o solo e consequentemente maior conforto na cavalgada (Misk, 2015), além do cavalo realizar uma passada completa em 4 tempos, dinâmica que possibilita se deslocar sem perder o contato com o solo, contribuindo para uma cavalgada mais cômoda, principalmente para longas distâncias (Ribeiro, et al, 2023).

No geral as Características que definem o andamento da raça mangalarga marchador são: comodidade, velocidade, simetria, equilíbrio, ampla flexibilidade e passadas desenvolvidas (Mangalarga marchador, 1988)

2.4.1 – Andamento de acordo com o padrão racial

O Andamento é um ponto importante durante o registro do cavalo na ABCCMM, caso haja ausência de andamento marchado já constitui uma justificativa para desclassificação, pois é uma característica essencial no padrão racial da raça Mangalarga Marchador (Cabral, et al, 2004).

Além disso, a marcha deve ser suave e confortável, com uma cadência regular e um movimento fluido, ser simétrica, com as pernas do mesmo lado movendo-se em pares e mantendo um ritmo consistente, uma postura equilibrada, com o corpo bem alinhado e a cabeça e o pescoço em uma posição natural e ser adaptável a diferentes velocidades sem perder a suavidade ou a regularidade (Mangalarga marchador, 1988). 

2.5 – Importância econômica 

Desde o início o cavalo desempenhou um papel crucial na formação econômica, social e política no país, desempenhando funções que facilitam o desenvolvimento humano como montaria, carga e tração. Atualmente os trabalhos realizados pelos cavalos se expandiram, e hoje eles desempenham um papel econômico significativo, principalmente no esporte, lazer e pecuária. Ademais, as associações de raças desempenham papel crucial no desenvolvimento do setor e movimentações financeiras. Desse modo, o agronegócio equestre vem girando bilhões de reais na economia brasileira (Lima, et al, 2006).

A raça mangalarga marchador é um dos principais segmentos da américa latina, sendo uma das principais raças do brasil resultante do seu padrão morfológico, exigido pela associação ABCCMM e pelo crescente destaque econômico devido a expansão da organização, que atualmente apresenta núcleos internacionais. O agronegócio nacional é alavancado pela grande movimentação financeira decorrente da comercialização da raça e eventos equestres oficiais como exposições, leilões e competições (Misk, 2015).

2.5.1 – Valor comercial

A raça mangalarga marchador apresenta características naturais que são ovacionadas, dentre elas uma boa morfologia, um bom andamento, docilidade, resistência e pelagem. Tais características já são justificativas para a valorização do preço da raça no mercado equestre, porém, outros atributos como boa genética e número de premiações elevam o valor do animal (Misk, 2015)

Em equinos uma boa morfologia está intimamente ligada ao seu valor econômico, pois essas características podem alterar a eficácia dos mesmos, impactando principalmente nos resultados de competições oficiais (Meira, et al, 2013), além disso, a marcha é um elemento essencial, sendo sua ausência motivo de desclassificação no registro da ABCCMM e desinteressante para os compradores um Mangalarga Marchador que não apresenta andamento marchado (Cabral, et al, 2004).

Uma boa genética conta com cruzamento de pais bem selecionados, combinando suas melhores características e refinando o melhor da raça, assim, aumentando as chances de a prole ser um marchador de sucesso e apresentar uma morfologia desejável (Misk, 2015).

Outro ponto que alavanca o valor de mercado da raça Mangalarga Marchador é o número de premiações oficiais da ABCCMM. Quanto mais premiações, maior é o preço do animal (Misk, 2015).

3. Conclusão 

A raça Mangalarga Marchador, originária de Minas Gerais, destaca-se pela sua marcha única e organismo adaptado ao clima brasileiro. Inicialmente desenvolvida para trabalho e esporte, a raça combina resistência, docilidade e notável morfologia que a torna adequada para diversas funções. Esse estudo reforça a importância da gestão da ABCCMM, que estabelece rigorosos padrões de qualidade e promove eventos equestres, como um fator crucial para o reconhecimento e valorização crescente da raça. o Mangalarga Marchador tem se destacado tanto no Brasil quanto internacionalmente, sustentado pelo seu desempenho em competições e pela genética refinada consolidando-se como uma raça fundamental no agronegócio, esporte e lazer equestre. 

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1Graduanda em Medicina Veterinária Instituição de formação: Universidade de Vassouras. E-mail: amandarocha.1303@gmail.com
2Graduanda em Medicina Veterinária. Instituição de formação: Universidade de Vassouras. E-mail: ana04.sorriso@gmail.com
3Graduanda em Medicina Veterinária. Instituição de formação: Universidade de Vassouras. E-mail: ra202312764@univassoras.edu.br
4Graduanda em Medicina Veterinária. Instituição de formação: Universidade de Vassouras. E-mail: andressamachadoalmeida@gmail.com
5Graduanda em Medicina Veterinária. Instituição de formação: Universidade de Vassouras. E-mail: araujokarol726@gmail.com 
6Graduanda em Medicina Veterinária. Instituição de formação: Universidade de Vassouras. E-mail: biabiabertone@gmail.com
7Graduanda em Medicina Veterinária. Instituição de formação: Universidade de Vassouras. E-mail: beatriztinacio@gmail.com
8Mestre em Ciências Veterinárias. Universidade Federal do Espírito Santo. E-mail: alanacp@id.uff.br