APPLICATION OF EMOTIONAL INTELLIGENCE ANALYSIS IN CHILDREN’S LEARNING
APLICACIÓN DEL ANÁLISIS DE INTELIGENCIA EMOCIONAL EN EL APRENDIZAJE INFANTIL
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202409180854
Andrews Barcellos Ramos1
RESUMO
O artigo visa demonstrar a relevância da inteligência emocional na aprendizagem e fazer algumas considerações acerca da inteligência e das emoções, como uma possibilidade de melhorar a qualidade do processo ensino e aprendizagem ressaltando sempre que a escola atual não se deve pautar somente no desenvolvimento intelectual, e sim, igualmente envolver-se no seu desenvolvimento emocional como forma de otimização e educação das emoções. O objetivo deste artigo é fazer algumas colocações acerca da inteligência e das emoções, como um dos métodos de melhoria na qualidade do desenvolvimento da aprendizagem na criança na educação infantil. Relata-se sobre o que é “Inteligência Emocional”, qual sua conexão com as emoções – qual a importância disso tudo no seio familiar, na escola e como o professor pode contribuir nesse processo. Como pode ser feito esse letramento emocional; quais serão os possíveis resultados na prática; que pontos desafiadores teremos para a construção da inteligência emocional e isso pode acarretar na vida das crianças, e como se tornarão na fase adulta tendo esse equilíbrio emocional aliado com cognição.
Palavras chaves: Emoção. Comportamento. Inteligência. Aprendizagem.
SUMMARY
The article aims to demonstrate the relevance of emotional intelligence in learning and make some considerations about intelligence and emotions, as a possibility of improving the quality of the teaching and learning process, always highlighting that the current school should not be based only on intellectual development, and Yes, also get involved in your emotional development as a way of optimizing and educating emotions. The objective of this article is to make some statements about intelligence and emotions, as one of the methods of improving the quality of learning development in children in early childhood education. It reports on what “Emotional Intelligence” is, what its connection with emotions is – how important this is within the family, at school and how the teacher can contribute to this process. How can this emotional literacy be achieved; what the possible results will be in practice; what challenging points we will have for building emotional intelligence and what this can entail in children’s lives, and how they will become in adulthood having this emotional balance combined with cognition.
Keywords: Emotion. Behavior. Intelligence. Learning.
RESUMEN
El artículo pretende demostrar la relevancia de la inteligencia emocional en el aprendizaje y hacer algunas consideraciones sobre la inteligencia y las emociones, como posibilidad de mejorar la calidad del proceso de enseñanza y aprendizaje, destacando siempre que la escuela actual no debe basarse únicamente en el desarrollo intelectual, y Sí, implicarte también en tu desarrollo emocional como forma de optimizar y educar las emociones. El objetivo de este artículo es realizar algunas afirmaciones sobre la inteligencia y las emociones, como uno de los métodos para mejorar la calidad del desarrollo del aprendizaje en los niños de educación infantil. Informa sobre qué es la “inteligencia emocional”, cuál es su conexión con las emociones, qué importancia tiene en la familia, en la escuela y cómo el profesor puede contribuir a este proceso. ¿Cómo se puede lograr esta alfabetización emocional? cuáles serán los posibles resultados en la práctica; qué puntos desafiantes tendremos para la construcción de la inteligencia emocional y qué puede implicar esto en la vida de los niños, y cómo se convertirán en la edad adulta teniendo este equilibrio emocional combinado con la cognición.
Palabras clave: Emoción. Comportamiento. Inteligencia. Aprendiendo.
INTRODUÇÃO
As habilidades que compreendem Inteligência Emocional podem ser ensinadas à crianças, com a criação de oportunidades para que elas possam desenvolvê-las. Destaca-se que educar não é uma ação cognitiva, mas um processo baseado em ação. Dessa forma, cabe ao educador contribuir para que as crianças se tornem capazes de resolverem problemas relacionados a emoção, sob preceitos éticos e morais que regulam a sociedade (LEITE, 2014).
Uma criança emocionalmente inteligente pode se sentir e parecer estável, contente e equilibrada. As habilidades emocionais podem ser desenvolvidas com as crianças desde cedo para que elas desenvolvam a inteligência emocional e alcancem melhores resultados no aprendizado e nos relacionamentos. Portanto, entender o desenvolvimento emocional na primeira infância é fundamental para que familiares e educadores possam ajudar as crianças a lidar com suas emoções. O interesse pelo assunto surgiu a partir da observação de crianças no ambiente escolar, que muitas vezes faziam birras, tornavam-se agressivas, chorosas, às vezes inseguras, sem entender o que sentiam. Por outro lado, há professores que têm dificuldade em lidar com essas crianças nos dias de hoje. Com base no exposto, busca-se informações com um ensaio teórico sobre como ocorre o desenvolvimento emocional das crianças desde cedo, levando em consideração o papel da família e do educador no desenvolvimento da criança.
APRESENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Durante a construção deste capítulo, alguns conceitos como Ludicidade e Desenvolvimento Cognitivo foram apresentados de acordo com autores e especialistas dos assuntos. Posteriormente, as definições foram utilizadas no estudo da importância da ludicidade, ao que se refere este trabalho, com enfoque voltado para o desenvolvimento cognitivo na educação infantil, propósito de estudo utilizado, além da aprendizagem que poderá ser desenvolvida a partir do lúdico.
A relação entre a criança, o jogo e a brincadeira são indissociável, embora o sistema educacional vigente muitas vezes não perceba essa interdependência, restringindo a criança de suas necessidades inatas de movimento, expressão e construção do saber a partir de seu próprio corpo. Mesmo inserida em tal contexto, a escola deve enxergar a criança como um ser em constante evolução e, por conseguinte, adaptar-se a essa realidade.
Apesar do ambiente escolar frequentemente ser imbuído de uma atmosfera de seriedade e repressão, isso não inibe totalmente as crianças, que invariavelmente encontram formas de expressar sua essência lúdica, que é inerente ao seu desenvolvimento (CARVALHO et al., 2017). O ato de brincar manifesta-se de diferentes modos, podendo inclusive se apresentar sob a forma de aparentes desavenças e conflitos. A ação educativa, portanto, não pode restringir-se a uma preocupação exclusiva com as estruturas cognitivas; deve abarcar também a expressão corporal em sua completude. Se considerarmos que educar é libertar, é necessário que os processos pedagógicos forneçam subsídios para que tal concepção seja efetivamente concretizada (CARVALHO et al., 2017).
A intervenção psicopedagógica trouxe uma contribuição significativa ao campo da Pedagogia, proporcionando um olhar mais amplo e enriquecedor sobre o processo de ensino-aprendizagem. O desenvolvimento cognitivo da criança é compreendido como um processo pluricausal, abrangente e interligado, que envolve componentes afetivos, cognitivos, motores, sociais, econômicos e políticos (ROCHA, 2017). As dificuldades de aprendizagem, bem como o próprio ato de aprender, deixam de ser vistas de forma isolada, centradas no aluno ou no professor, e passam a ser compreendidas como resultado de uma interação complexa entre ambos, influenciada por uma série de variáveis que devem ser cuidadosamente analisadas pelo professor e pelo psicopedagogo (PIAGET, 1971). Ainda que, para muitos, o lúdico seja visto com desconfiança enquanto recurso didático, é inegável sua contribuição para uma aprendizagem mais eficaz e significativa.
O O ato de brincar constitui uma forma primordial de expressão da criança, manifestada tanto por meio do corpo quanto dos pensamentos. Diferentemente das disciplinas curriculares do ensino fundamental, que muitas vezes promovem a internalização abstrata do conhecimento, o brincar permite que a criança externalize suas ideias e emoções. O tema “O lúdico como instrumento facilitador na aprendizagem da educação infantil” emergiu da constatação de que as metodologias de ensino tradicionalmente adotadas pelos educadores vêm gerando significativas dificuldades de aprendizagem nas crianças (ROCHA, 2017). Através do lúdico, a criança aprende de maneira divertida, estabelecendo conexões entre os conteúdos programáticos e os jogos, deixando para trás o método tradicional de ensino que, em muitas ocasiões, depende exclusivamente do uso do quadro-negro e do giz. Assim, o aprendizado torna-se uma experiência mais prazerosa e envolvente.
O lúdico possui um caráter subjetivo, permitindo sua vinculação ao processo de ensino-aprendizagem, uma vez que o prazer pelas brincadeiras é algo inerente a todos, independentemente de raça, cor ou religião (CARVALHO et al., 2017). Embora algumas disciplinas, como a matemática, não despertem o mesmo entusiasmo nas crianças quanto as brincadeiras, elas são indispensáveis no ambiente escolar e, frequentemente, vistas como obstáculos a serem superados. Nesse sentido, é fundamental aprender a valorizar e enfrentar as dificuldades, pois somente através dessa postura é possível vencê-las (ROCHA, 2017).
O lúdico, no contexto do processo educativo, pode se configurar como uma atividade extremamente enriquecedora, à medida que professores e alunos interagem, construindo conhecimento e promovendo a socialização. A utilização adequada do lúdico permite a atuação na escola de maneira a favorecer a interdisciplinaridade, facilitando a introdução de conceitos de diversas disciplinas. Dessa forma, a aprendizagem de determinados conteúdos torna-se incentivada; por exemplo, ao trabalhar a noção de números com as crianças, o professor pode utilizar brincadeiras que abordem esse tema. No entanto, observa-se que, nas escolas, as brincadeiras geralmente não são aplicadas com fins pedagógicos, sendo tratadas apenas como um passatempo ou uma atividade para preencher o tempo antes do final da aula, sem que haja uma articulação com as outras disciplinas (KOLB; WHISHAW, 2022, p. 55).
O docente pode recorrer ao lúdico como um instrumento pedagógico, tornando as aulas mais dinâmicas e estimulando a participação ativa dos alunos. A aprendizagem mediada pelo lúdico deve ser considerada sob a perspectiva das crianças, visando a compreensão dos conteúdos a partir da reconstrução cognitiva que elas mesmas realizam (PIAGET, 1978). O processo de aprendizagem é garantido através da organização cognitiva dos conhecimentos prévios, os quais as crianças utilizam como base para a construção de novos saberes.
Dessa forma, o professor deixa de ser um mero transmissor de conhecimentos e assume o papel de mediador, facilitando a aprendizagem a qualquer momento. A escola, então, se transforma em um ambiente propício para que a relação entre professor e aluno seja permeada pela criatividade e pela troca mútua de ideias. Paulo Freire, em sua obra, afirma que “ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção” (2001, p. 52). Nesse sentido, é essencial criar em sala de aula situações que incentivem o aluno a fazer questionamentos, permitindo, assim, a construção autônoma do seu conhecimento. O professor deve ser um agente crítico e receptivo, valorizando não apenas suas próprias perspectivas, mas também as opiniões e os pontos de vista dos alunos. No entendimento de Rocha (2017) a palavra Lúdica é derivada de um adjetivo da língua portuguesa da derivação latina de “ludus” e que se alude a toda atividade relacionada a jogos, brincadeiras, divertimento num todo. Desta forma, a ludicidade propiciar as crianças momentos de recreação e de desenvolvimento. A ludicidade permite que experiencias de, ações vividas e com significado em sua essência. Presente desde os primórdios, as atividades lúdicas, acabam estimulando a curiosidade e contribuindo no processo de ensino e aprendizagem das crianças (ROCHA, 2017).
A ludicidade diz respeito ao ato de desenvolvimento humano e metodologia como processo de ensino-aprendizagem. Não há como mencionar o desenvolvimento cognitivo sem antes abordar o conceito de cognição, portanto, Kolb e Whishaw (2022) definiram cognição como:
Cognição refere-se a um conjunto de habilidades cerebrais/mentais necessárias para obtenção de conhecimento sobre o mundo. Tais habilidades envolvem pensamento, raciocínio, abstração, linguagem, memória, atenção, criatividade, capacidade de resolução de problemas, entre outras funções.
A criança é um sujeito, como todo ser humano, que está inserida em uma sociedade e deve ter uma infância enriquecedora no sentido de seu desenvolvimento, seja psicomotor, afetivo ou cognitivo. A criança é também muito influenciada pelo meio social e cultural em que vive. Portanto, quando se pensa sobre a criança, é importante considerar elementos que norteiam o seu desenvolvimento e seu processo de formação do símbolo e, as brincadeiras poderão ser consideradas um meio de desenvolvimento.
A imagem do mundo é criada a partir do desenvolvimento das formas simbólicas. Esta imagem é o produto da conversão do conteúdo perceptivo, da própria apreensão da realidade, em conteúdo simbólico(LEITE, 2014). A função simbólica substitui os objetos reais por símbolos, signos, palavras e representações que evocam na sua ausência.
Na visão de Oliveira (2013) a imitação, em primeiro lugar, é uma prefiguração da representação, isto é, constitui, no decurso do período sensório-motor, uma espécie de representação em atos materiais e ainda não em pensamento. Carvalho et al. (2017) o brincar, é extremamente importante para a formação do sujeito, estando inclusive assegurado, enquanto direito legítimo de toda criança.
É uma necessidade para as crianças e para a construção do seu caráter. O desenvolvimento psicomotor é a base de sua relação com o mundo, pois é através de seu corpo que a criança vai se relacionar consigo mesma, com os outros, com os objetos, ou seja, com o mundo ao seu redor (CARVALHO et al. 2017).
Fortuna (2012) o brincar faz parte desta vivência, da dimensão psíquica, é um fator para o seu desenvolvimento psicomotor. Ao brincar, a criança vive simultaneamente o prazer de agir e o prazer de se projetar no mundo, em uma dinâmica interna que promove a sua evolução e maturação psicomotoras e psicológicas.
A brincadeira é a própria imaginação em ação. No entendimento de Negrine (2014), ao interagir com o meio social, a criança se depara com ações que estão muito além da sua capacidade de realizá-las, assim, utiliza objetos ao seu alcance, imitando ações do universo adulto (pilota aviões, cozinha, atira.
Desse modo, o professor deve ficar atento a essas ações, acompanhar a criança, procurando entender que o brincar faz parte do processo de desenvolvimento e é campo fértil para as aprendizagens. Cabe aos adultos a tarefa de alimentar o imaginário infantil, de forma que as atividades das crianças se enriqueçam, tornando-se mais complexas pelas relações que se vão estabelecendo (OLIVEIRA,2013).
Logo, ao educador cabe a compreensão e o conhecimento da evolução das crianças, pensando que tipo de atividade propor, tendo clareza de intenção, isto é, sabendo o que as crianças podem desenvolver com a atividade proposta.
Um segundo ponto, também fundamental, é o encaminhamento da atividade, ou seja, a definição de como ela será realizada, prevendo a ocupação do espaço e o limite do tempo, de acordo com a natureza da própria atividade, permitindo a realização dos movimentos em sua amplitude.
Assim, pode-se dizer que o brincar da criança não pode ser considerado uma atividade complementar a outras de natureza dita pedagógica, mas precisa ser compreendido como atividade fundamental para a constituição de sua identidade cultural e de sua personalidade. A partir do segundo ano de vida, a criança passa a usar os objetos de forma convencional, ou seja, ela começa a utilizar o objeto de forma apropriada. Neste momento, ela começa a recorrer a miniaturas ou objetos reais para fingir uma ação (por exemplo, pegar uma colher e fingir que está comendo),(PIAGET,1975, p. 55).
Segundo Peres (2013), a brincadeira torna-se simbolicamente mais evoluída quando a criança generaliza a ação a outros personagens e, com isso, ela se torna mais diversificada, generalizando não só suas ações, mas transpondo também seus sentimentos e desejos, como se eles partissem dos brinquedos.
Durante a construção deste capítulo, alguns conceitos como Ludicidade e Desenvolvimento Cognitivo foram apresentados de acordo com autores e especialistas dos assuntos. Posteriormente, as definições foram utilizadas no estudo da importância da ludicidade, ao que se refere este trabalho, com enfoque voltado para o desenvolvimento cognitivo na educação infantil, propósito de estudo utilizado.
Alves (2018) salienta que no entendimento de Platão, a ludicidade que seria o “aprender brincando” era de extrema importância e careceria em ser enfatizado no lugar da violência e da coibição. Para ele, a matemática deveria vir como algo atrativo de jogo para as crianças e não algo obrigatório e eu não despertasse interesse.
Sabe-se, que ao longo da história, o lúdico é estudado e investigado em diferentes áreas do conhecimento, como na psicologia, e, na história, por exemplo. Portanto isso fez com que estudiosos voltassem seu olhar para o lúdico, buscando compreender e identificar a sua influência no processo de ensino e aprendizagem. Um dos grandes méritos espaços lúdicos é de oportunizar a criança em um mundo criado por ela, podemos assim descobrir quando ela vê esta realidade de maneira alterada e os docentes têm papel fundamental na criação desses espaços lúdicos (SILVA, 2019).
Já o desenvolvimento cognitivo se dá através do processo de obter do conhecimento sobre o mundo, ou seja, podemos dizer que desde a infância nos desenvolvemos cognitivamente e adquirimos conhecimento ao longo da vida.
Para Jean Piaget (1940-1945), o ser humano possui uma estrutura biológica que o possibilita desenvolver seu estado mental, para isso, além da interação com o objeto é necessário o pensamento lógico. Há sempre uma relação entre sujeito e objeto a se conhecer, envolvendo fatores complementares como a maturação do organismo deste sujeito, a experiência do mesmo com os objetos e a interação social. Além disso, surge o conceito de “equilíbrio” que fundamenta o processo de desenvolvimento, levando em conta dois elementos: os fatores invariantes, que são estruturas biológicas que predispõe o advento de estruturas mentais, e os fatores variantes, que buscam adaptação do sujeito com o que o cerca. Ou seja, a inteligência não é herdada, ela é construída diante do processo de interação entre sujeito físico e o seu social, social, mas ela depende de como o sujeito assimila as informações que recebe dessas interfaces.
Diante de todo esse processo, Piaget elaborou os níveis de desenvolvimento cognitivo que são divididos em quatro períodos: Sensório-motor (0 a 2 anos); Pré-operatório ou Simbólico (2 a 7 anos); operatório concreto (7 a 12 anos); e operatório formal (12 anos em diante). Com relevância, daremos enfoque aos períodos relacionados à educação infantil, que são eles:
1º Período: Sensório-motor (0 a 2 anos): Este período é fundamental para o desenvolvimento cognitivo da criança, pois ele é a base para todos os outros processos. Esta evolução cognitiva pode ser subdividida em seis níveis: o primeiro são os “esquemas reflexos” que aparecem nos primeiros dias de vida do recém-nascido e são ações espontâneas que respondem a certos estímulos, o segundo nível faz a transição entre o orgânico e o intelectual, o terceiro começa a fazer sentido o “antes” e o “depois”, no quarto há uma transição entre a causalidade mágico-fenomenista e a causalidade objetiva, o quinto nível caracteriza-se pela experimentação e busca pela novidade e finalmente ao sexto nível encontra-se em transição da inteligência sensório-motora para a representação simbólica através da percepção.
2º Período: Pré-operatório ou Simbólico (2á 7 anos): A passagem entre a fase sensório-motor para o Pré-operatório acorre através de lentas transformações, e para Piaget (1940-1945), essa etapa é marcada através de imitações. Estas imitações significam reproduzir um exemplo ou modelo, é como se a criança vivesse o “era uma vez”. Entre os 2 aos 5 anos, o egocentrismo está no auge, e o pensamento imagístico pode ser então observado no jogo simbólico, onde a criança transforma o real a medida em que o jogo se desenvolve.
Nesta perspectiva, Piaget apresenta as atividades como elemento indispensável ao desenvolvimento cognitivo, onde o sujeito constrói seu próprio conhecimento através de ações interacionistas. O conhecimento resulta de experiências, e os jogos, como ato lúdico, se tornam responsáveis pelas primeiras experiências vivenciadas pelo sujeito ainda em sua fase sensório-motor. Assim, “os jogos” se tornam atividades de ampliação das capacidades de quem o pratica, nesta perspectiva obtemos resultados com grande relevância para a formação das crianças. Para Piaget (1940-1945), a ludicidade traz crescimento saudável para quem o pratica, assim como traz a sensação de experiência plena para quem a vivência.
O lúdico nos processos de aprendizagem significa, entre outras coisas, considerá-lo na perspectiva das crianças. Para elas, apenas o que é lúdico faz sentido. Em atividades necessárias (dormir, comer, beber, tomar banho, fazer xixi), por exemplo, é comum as crianças introduzirem um elemento lúdico e as realizarem agregando elementos como os que serão analisados (MACEDO et al., 2021, p. 16).
A educação por meio dos jogos tem-se tornado, nas últimas décadas, uma alternativa metodológica bastante pesquisada, utilizada e abordada de variados aspectos (MACEDO et al., 2021).
Azevedo e Neves (2017) retratam ainda em sua pesquisa que o interesse é crescente, por parte dos acadêmicos do curso de pedagogia em estudos e pesquisa sobre a importância do lúdico no processo de ensino-aprendizagem. Dessa forma e diante do que exposto até o momento surgiu o interesse em pesquisas sobre a relevância do lúdico na sala de aula na Educação Infantil e, após as primeiras buscas e leituras surgiu a necessidade de também dar um foco sobre a função do professor nas atividades lúdicas no ambiente escolar.
O ato de brincar é essencial para o desenvolvimento físico e mental, sendo reconhecido como um meio eficaz de proporcionar uma educação integral. Em contextos naturais de aprendizagem, o brincar desperta um profundo interesse em aprender, ao mesmo tempo que proporciona prazer. O lúdico possibilita a construção do conhecimento de maneira envolvente e prazerosa, garantindo nas crianças a motivação intrínseca necessária para uma aprendizagem significativa, mesmo naquelas que enfrentam dificuldades no processo de aprendizagem ou na aquisição de conhecimento. Damos ênfase às metodologias que se baseiam no “brincar”, facilitando o aprendizado por meio do jogo, da fantasia e do encantamento.
A “arte-magia” do ensinar e aprender, conforme descrita por Rojas (1997), permite que o outro construa seu saber através da alegria e do prazer em realizar as atividades propostas. O jogo e a brincadeira acompanham todas as fases da vida humana, tornando cada etapa da existência mais especial. O lúdico, de certa forma, sempre está presente, adicionando um elemento indispensável às interações humanas, favorecendo o florescimento da criatividade. Neste trabalho, defendemos uma metodologia em que o brincar se torna a essência da ludicidade no processo de aprendizagem. A criança aprende enquanto brinca.
Esta pesquisa se estrutura em três momentos que sustentam a interdisciplinaridade dos sujeitos envolvidos. O primeiro momento é o “faz-de-conta”, que enfatiza a imaginação e a vivência de ideias por meio da literatura infantil. Nessa fase, as crianças dramatizam, contam, vivem e elaboram histórias, criando seu próprio espaço lúdico, utilizando livros de pano como recurso. No segundo momento, o enfoque é dado ao brinquedo e à importância de brincar com outras pessoas, em grupo. Ao brincar com os outros, a criança aprende a viver em sociedade, respeitando regras, seguindo normas, esperando sua vez e interagindo de maneira mais organizada.
No ambiente coletivo, a criança aprende a compartilhar e a participar de um movimento rotativo, essencial para o desenvolvimento da socialização e do diálogo. No terceiro momento de nosso enfoque, destacamos a importância do brincar, jogar e aprender dentro de uma perspectiva multi-interdimensional: envolvendo a integração de conceitos, a comunicação, a troca de experiências e a parceria, articulando teoria e prática. O brincar possui uma relevância tão significativa quanto o estudo formal, pois ajuda a aliviar tensões emocionais, possibilitando que a criança, de forma espontânea, encontre soluções para questões complexas e supere dificuldades de aprendizagem, ao mesmo tempo em que interage com seus pares
Além de todos esses benefícios, o brincar contribui para o desenvolvimento físico, fortalecendo os músculos, aprimorando a mente e facilitando a socialização, além de melhorar a coordenação motora e proporcionar felicidade. Durante o ato de brincar, exercitamos nossas habilidades, ativamos o pensamento, adquirimos conhecimento sem a pressão do estresse ou do medo, e desenvolvemos a sensibilidade e a sociabilidade. Dessa forma, crescemos intelectualmente, emocionalmente e socialmente. Uma infância repleta de brincadeiras proporciona à criança uma experiência de vida mais equilibrada, preparando-a para enfrentar com mais resiliência os desafios que surgirão na vida adulta
A curiosidade e a imaginação são características inerentes à criança, que está constantemente experimentando o mundo ao seu redor. Ela explora suas capacidades e adquire vivências fundamentais por meio das brincadeiras. Participar dessas atividades é uma oportunidade valiosa para que a criança amadureça emocionalmente, desenvolvendo formas mais ricas de convivência. Através da brincadeira, a criança se envolve em jogos que promovem a necessidade de compartilhar e interagir com os outros. Mesmo que em situações competitivas, a parceria estabelecida nos jogos cria uma relação que revela as potencialidades de cada participante, afeta as emoções e testa habilidades, colocando à prova seus limites.
Brincar e jogar são atividades que permitem à criança desenvolver capacidades cruciais para sua vida futura, como a atenção, a afetividade, a capacidade de manter-se concentrada e diversas habilidades psicomotoras e perceptuais. Ao brincar, a criança se torna ativa e operativa. A formação lúdica, por sua vez, proporciona ao educador uma maior autoconsciência, permitindo que ele reconheça suas próprias possibilidades, supere barreiras internas e compreenda de forma clara a importância dos jogos e brinquedos para o desenvolvimento integral da criança, do jovem e do adulto.
A ESCOLA, OS EDUCADORES E O DESENVOLVIMENTO DAS EMOÇÕES
No ambiente coletivo, a criança aprende a compartilhar e a participar de um movimento rotativo, essencial para o desenvolvimento da socialização e do diálogo. No terceiro momento de nosso enfoque, destacamos a importância do brincar, jogar e aprender dentro de uma perspectiva multi-interdimensional: envolvendo a integração de conceitos, a comunicação, a troca de experiências e a parceria, articulando teoria e prática. O brincar possui uma relevância tão significativa quanto o estudo formal, pois ajuda a aliviar tensões emocionais, possibilitando que a criança, de forma espontânea, encontre soluções para questões complexas e supere dificuldades de aprendizagem, ao mesmo tempo em que interage com seus pares.
Além de todos esses benefícios, o brincar contribui para o desenvolvimento físico, fortalecendo os músculos, aprimorando a mente e facilitando a socialização, além de melhorar a coordenação motora e proporcionar felicidade. Durante o ato de brincar, exercitamos nossas habilidades, ativamos o pensamento, adquirimos conhecimento sem a pressão do estresse ou do medo, e desenvolvemos a sensibilidade e a sociabilidade. Dessa forma, crescemos intelectualmente, emocionalmente e socialmente. Uma infância repleta de brincadeiras proporciona à criança uma experiência de vida mais equilibrada, preparando-a para enfrentar com mais resiliência os desafios que surgirão na vida adulta.
A curiosidade e a imaginação são características inerentes à criança, que está constantemente experimentando o mundo ao seu redor. Ela explora suas capacidades e adquire vivências fundamentais por meio das brincadeiras. Participar dessas atividades é uma oportunidade valiosa para que a criança amadureça emocionalmente, desenvolvendo formas mais ricas de convivência. Através da brincadeira, a criança se envolve em jogos que promovem a necessidade de compartilhar e interagir com os outros. Mesmo que em situações competitivas, a parceria estabelecida nos jogos cria uma relação que revela as potencialidades de cada participante, afeta as emoções e testa habilidades, colocando à prova seus limites.
Brincar e jogar são atividades que permitem à criança desenvolver capacidades cruciais para sua vida futura, como a atenção, a afetividade, a capacidade de manter-se concentrada e diversas habilidades psicomotoras e perceptuais. Ao brincar, a criança se torna ativa e operativa. A formação lúdica, por sua vez, proporciona ao educador uma maior autoconsciência, permitindo que ele reconheça suas próprias possibilidades, supere barreiras internas e compreenda de forma clara a importância dos jogos e brinquedos para o desenvolvimento integral da criança, do jovem e do adulto.
É fundamental estimular as crianças a tomarem decisões e criar ambientes que favoreçam a expressão de suas emoções. A criança, especialmente nos primeiros anos de vida, aprende principalmente pela imitação, repetindo os comportamentos que observa ao seu redor. Por esse motivo, pais e educadores devem estar atentos ao exemplo que estão transmitindo (VALE, 2009). Torna-se essencial considerar a inter-relação entre emoção e aprendizagem, entendendo que tanto educadores quanto crianças estão suscetíveis a reações emocionais. Assim, é necessário não apenas dominar o conhecimento científico, mas também compreender as emoções, uma vez que ambos são cruciais para o desenvolvimento integral.
A construção do vínculo entre educador e educando é imprescindível para que o processo de desenvolvimento ocorra plenamente. Paula e Faria (2010) destacam que o professor deve preocupar-se com a educação afetiva, pois ela influencia diretamente o comportamento, a personalidade e as ações cognitivas da criança. A relação educativa deve ser compreendida como uma rede de interações sociais que conectam a criança e o educador, sendo que a dimensão afetiva não pode ser negligenciada. No ambiente escolar, é indispensável a promoção de relações de confiança e prazer, estabelecidas por meio de atenção, gestos, palavras e atitudes. Além disso, é importante definir limites claros e seguros, que possibilitem à criança sentir-se protegida, desenvolvendo, assim, sua autonomia e autoconfiança.
O educador, nesse contexto, deve ser verbalmente instigante, demonstrando habilidades de empatia e capacidade de resposta, estimulando a linguagem das crianças através de interações recíprocas. Ao conhecer melhor o educando, o professor deve respeitar e valorizar suas particularidades e diferenças, proporcionando experiências educativas diversificadas que promovam o desenvolvimento integral de cada indivíduo.
O DESENVOLVIMENTO DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NA ESCOLA
A educação emocional está diretamente ligada a Inteligência Emocional. Sua finalidade é compreender o desenvolvimento emocional das pessoas e capacitá-las a identificar, reconhecer e gerenciar suas emoções é uma tarefa contínua, iniciada no ambiente familiar, estendida à escola e mantida ao longo de toda a vida (VALE, 2009). A implementação da educação emocional nas instituições de ensino se torna cada vez mais urgente, visto que é essencial para o desenvolvimento socioemocional das crianças. A legislação educacional enfatiza a importância do desenvolvimento integral do indivíduo, o que inclui não apenas o aperfeiçoamento das habilidades cognitivas, mas também das emocionais, desde a infância.
Considerar as habilidades socioemocionais do educador é imprescindível, uma vez que ele atua como modelo e referência para seus alunos. Suas atitudes devem estar em consonância com a prática da educação emocional, demonstrando competências que promovam uma prática pedagógica significativa e eficaz no desenvolvimento e na aprendizagem dos estudantes (CASSÁ, 2016).
A alfabetização emocional é fundamental, pois envolve o desenvolvimento de habilidades para reconhecer, nomear e controlar as emoções, resolver conflitos de maneira pacífica e manter um bom convívio social (VALE, 2009). O analfabetismo emocional, por outro lado, pode resultar em impulsividade, falta de concentração, baixo desempenho escolar, agressividade, ansiedade, entre outros problemas. A promoção da alfabetização emocional nas escolas pode servir como um meio para corrigir falhas no processo de socialização que, por vezes, ocorre nas famílias. Para tanto, é necessário que os educadores adotem uma postura diferenciada em suas práticas pedagógicas e participem de programas voltados para essa finalidade (CASSÁ, 2016).
Essa abordagem será mais eficaz quando integrada à família e à comunidade. O ideal é que esses programas sejam desenvolvidos nas escolas desde os primeiros anos, respeitando as diferentes fases de desenvolvimento e estendendo-se por toda a trajetória escolar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este artigo oportunizou compreender a importância do desenvolvimento da inteligência emocional com alunos de educação infantil em instituições de ensino. Proporcionou lições sobre como as práticas educativas podem promover o bem-estar emocional das crianças no ambiente escolar. Por fim, constatou-se que a educação emocional começa na família, passa pela instituição de ensino e continua por toda a vida. Em cada fase da vida da criança existe uma forma mais favorável de estimular o desenvolvimento emocional, o que deve ser feito tanto pelos seus educadores quanto pelos familiares.
Todos os envolvidos na educação de uma criança devem estar atentos e cuidadosos para criar um ambiente que garanta seu desenvolvimento integral. Ao trabalhar com a inteligência emocional dos jovens, eles podem se tornar adultos mais responsáveis e conscientes de suas emoções. No entanto, muitas instituições educacionais e muitos pais ainda não entendem a importância desse aspecto do desenvolvimento. Conclui-se que os profissionais docentes precisam de uma formação que inclua inteligência emocional para que possam trabalhar não só com suas próprias emoções, mas também com as emoções de seus alunos. Os pais e familiares envolvidos no cuidado da criança também devem ser apoiados para ensinar adequadamente e estimular a inteligência intrapessoal.
REFERÊNCIAS
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AZEVEDO, R.; NEVES, C. O lúdico contribuindo na formação de professores da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental. Revista Areté | Revista Amazônica de Ensino de Ciências, v. 2, n. 3, p. 84-94,2017.
KOLB, B. e WHISHAW Q, I. Neurociência do comportamento. São Paulo: Manole,2022.
MACEDO, L.; PETTY, A.L.S.; PASSOS, N.C. Os jogos e o lúdico na aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artmed,2021.
OLIVEIRA, V. B. (Org.). O brincar e a criança do nascimento aos seis anos. Petrópolis, RJ: Vozes,2013.
PIAGET, J. A. formação do símbolo na criança: imitação jogo e sonho, imagem e representação. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
______.O nascimento da inteligência na criança. Rio de Janeiro-RJ: Zahar, 1971.
______. A construção do real na criança. Rio de Janeiro-RJ: Zahar,1975.
______. A formação do símbolo na criança. São Paulo-SP: Zahar, 1973.
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