REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202409141050
Joana Nyland¹; Carla Oliveira Pereira Santana²; Jones Augusto Rosas Villacrez³; Andreia Marcia Gomes⁴; Carla Fernanda Teixeira Santana Lima⁵; Graziele Beatriz Varreira Arend⁶; Marcilene Bezerra de Carvalho⁷; André Luiz de Queiroz Oliveira⁸; Rosete Lopes França Maciel⁹; Avaetê de Lunetta10; Rodrigues Guerra¹⁰.
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo analisar o conceito de bullying em ambiente escolar e compreender como o bullying afeta a vida social e emocional dos alunos. Para tanto, os procedimentos metodológicos utilizados no estudo bibliográfico são descritos como descritivos, nos quais foram utilizados livros e artigos. Os resultados mostraram que os casos de bullying ocorreram com maior frequência em situações competitivas e em momentos isolados quando os alunos estavam em ambiente escolar. Diante disso, podemos concluir que algo precisa ser feito para garantir que os alunos compreendam o bullying e suas consequências.
Palavras-chave: Bullying Escolar. Aspectos Emocionais. Aspectos Sociais.
1. INTRODUÇÃO
O bullying é uma série de comportamentos agressivos que envolvem intimidação, discriminação, assédio e exclusão. Essa violência ocorre sem motivo aparente e o objetivo de infligir dor é o abuso (Fante, 2005).
Embora a palavra bullying choque e horrorize a todos que a vivenciam, acabamos deixando de lado atitudes agressivas graves, mas por nos acostumarmos com elas e não lhes darmos a atenção que merecem, algumas não afetam um ato físico, apenas aquele simples ato depreciativo apelido e rir com um colega de trabalho podem causar um grande impacto emocional em alguém, deixando a dor gravada em sua vida para sempre.
Em consonância com os temas e questões abordadas, um objetivo central deste trabalho é compreender como o bullying impacta a vida social e emocional dos alunos.
Este estudo caracteriza-se por uma abordagem filológica. Material de pesquisa sobre bullying em ambiente escolar e suas possíveis consequências sociais e psicológicas.
Com o objetivo de coletar o máximo de informações possível sobre as questões pendentes e demonstrar os possíveis benefícios do jogo cooperativo no desenvolvimento das relações interpessoais, este estudo baseia-se no estudo de fatos e fatores vivenciados na prática por educadores e pesquisadores em ambientes escolares, o que leva ao bullying e como isso se relaciona com a vida acadêmica dos alunos.
2. CONCEITUANDO BULLYING
No contexto sociocultural do século XXI, especialmente na nossa sociedade, alcançar o sucesso e a felicidade significa adquirir bens de consumo e perseguir projetos individualistas. Consideramos cada vez menos a dignidade dos outros e as condições ambientais em que vivemos. Dessa forma, crenças e valores orientados para a competição acirrada e o individualismo são promovidos em diferentes contextos sociais como a família e a escola (Branco, Manzini & Palmieri, 2012).
A valorização extrema da competição e do individualismo contribui, sem dúvida, para a progressiva desvalorização da moralidade, entendida como a condição humana de respeito pelos outros (Demo, 2005). No que diz respeito ao desenvolvimento humano, o facto é que num ambiente social onde não há respeito pelos outros, a violência e a indiferença ao sofrimento humano tornam-se comuns.
Diversos estudos destinados a investigar as crenças e valores de crianças, adolescentes e professores têm mostrado que na maioria dos ambientes escolares existem professores que orientam os alunos a serem competitivos ou individualistas (Palmieri & Gomes Pinto, 2012).
Além de situações em que os professores, intencionalmente ou não, levam os alunos a serem competitivos e individualistas, também observamos que frequentemente prevalecem comportamentos negligentes e indulgentes, tanto nas escolas como na sociedade em geral, nas quais as crianças aprendem, inclusive observando o comportamento dos adultos.
Portanto, as famílias e as escolas estão diretamente ligadas ao desenvolvimento das crianças, mas nem sempre investem tempo e energia na gestão dos conflitos de uma forma pacífica e construtiva para reduzir o desrespeito, a discriminação e a violência entre as crianças. Relações infantis e relações adulto-criança. A competição como motivador da aprendizagem e o individualismo como sinónimo de autonomia são crenças convincentes, tal como a nossa cultura valoriza muito a competição para ser o vencedor (Branco, 2003).
Um subconjunto de comportamento agressivo intencional e repetido por parte de um ou mais alunos sem motivo aparente, este termo é entendido como uma definição comum de bullying.
Tão antigo quando a escola, o Bullying surgiu na década de 70 na Suécia, como interesse da sociedade no problema e logo em seguida se estendeu por mais países. Foi quando na Noruega, doze anos mais tarde, em 1982 ocorreu o suicídio de três crianças entre 10 e 14 anos, motivadas pela situação de maus-tratos a que eram submetidos pelos seus companheiros da escola, Este fato teve grande repercussão nos meias de comunicação, mobilizando o governo Norueguês que fizera uma campanha nacional contra o Bullying no ano seguinte.
O termo Bullying mundialmente refere-se a atitudes intencionais, agressivas se tornam repetitivas cada vez mais. Esta prática ocorre em relação à desigualdade de poder, podendo se agregar a fatores relacionados à força física e até mesmo habilidades motoras (LOPES NETO e SAAVEDRA 2003; FANTE, 2005 apud BOTELHO e SOUZA 2007).
Segundo Dreyer (2010), o bullying é definido como todas as brincadeiras que não consideramos ofensivas, mas que na verdade resultam em humilhação, intimidação ou até mesmo perseguição. Apelidos, insultos e ataques verbais podem afetar gravemente aqueles que sofrem com esta situação individual.
Portanto, na vida escolar dos alunos, desde muito cedo, o bullying ocorre muitas vezes na sala de aula e até mesmo fora da sala de aula, e essa situação muitas vezes ocorre de forma involuntária. Para quem comete bullying, é visto apenas como uma brincadeira de criança, por isso os educadores. deve estar sempre atento à situação e saber intervir diante dos fatos.
Para Chalita (2008) o Bullying é um problema considerado mundial e vem aumentando nos últimos tempos. Essa violência pode acarretar consequências graves, até mesmo levar ao suicídio de jovens, por isso, elaborar estratégias de prevenção e combate deste fenômeno no ambiente escolar pode ser um meio de amenizar este problema.
Sem tradução brasileira o termo Bullying com sua origem inglesa é utilizado para definir comportamentos agressivos no âmbito escolar, praticado por ambos os sexos, masculino e feminino. As atitudes de violência (física ou não) ocorrem de forma intencional e repetitiva contra um ou mais alunos. De certa forma os mais fortes utilizam os mais frágeis como alvos de diversão e prazer com a intenção de maltratar, humilhar e amedrontar as vítimas (Moura, 2011, p.25).
SILVA (2009) classifica outras formas de prática de Bullying, entre elas pode se classificar as seguintes:
Agressão verbal que está ligada a xingar, colocar apelido pejorativo, ofender… Psicológico em moral, humilhar, irritar, excluir; Sexual, abusar, assediar; Físico e material, quebrar, bater, empurrar; Virtual caluniar, difamar. (Silva, 2009, p.22-24).
De certa forma a violência faz parte da vida cotidiana, se apresentando de várias maneiras em diferentes locais e grupos sociais. Mesmo vivenciando e fazendo parte da mesma sociedade, cada qual entende violência de uma maneira diferente, no entanto, é estudiosos de várias áreas entre elas Educação, dizem que é fundamental manter uma postura no que se diz respeito aos casos de violências no ambiente escolar, entre estas se destaca os casos de Bullying (Santos, 2011).
2.1 Quem sofre Bullying e suas consequências
Certamente as vítimas de Bullying são as mais retraídas, pois apresentam dificuldades de se defender diante de situações agressivas, chegando a se evadir da escola por não conseguir suportar a pressões que lhe são submetidas (Fante, 2005).
O Bullying segundo Leite (1999) ocorre mais entre meninos, tanto como autores como alvos, os meninos utilizam à força física em relação os mais fracos. Já ente as meninas se caracterizam principalmente como prática de exclusão ou difamação.
Conforme destaca Bandeira (2009) e Silva (2010), as vítimas de Bullying apresentam sintomas comuns como queixas de cansaço, insônia, dor de cabeça, náuseas, dificuldades em se concentrar, alergias, sudorese, tonturas, calafrios, formigamentos e outros que causam desconforto nas atividades cotidianas.
Fante (2005) afirmou que as principais vítimas do bullying são aqueles que são tímidos, não têm habilidades sociais, são sempre retraídos, demonstram inseguranças nas atividades que envolvem coordenação motora, sempre carecem de autoestima, têm dificuldade de se expressar, são pessoas irritadiças e deprimidas.
Nas escolas, ouvimos frequentemente os pais relatarem que muitas crianças não querem ir à escola e têm dificuldades de aprendizagem. Como resultado, estas crianças vítimas de bullying começam a desenvolver problemas relacionados com a escola, como baixo desempenho académico, desatenção, processos de aprendizagem prejudicados, resistência ou recusa em frequentar a escola, transferências frequentes de escola ou abandono de estudos. A grande maioria dos pais nem sequer tem consciência de que estas dificuldades estão relacionadas com o facto de os seus filhos sofrerem bullying na escola.
Neste contexto Cidade (2008, p.26 e 28) afirma:
Existem dois tipos de vítima de Bullying, a “provocada” onde os alvos não conseguem se defender e a vítima “agressora” que também já sofreu com essa violência e busca descontar da mesma maneira outras vítimas. O autor ainda diz que o discriminado pode possuir dons ou características que despertem inveja ou preconceito, pode estar relacionada à religião, classe social e principalmente orientação sexual (Cidade, 2008, p. 26 e 28).
2.2 Práticas de Bullying
Olweus (1997) em um de seus estudos aponta que os casos de Bullying são mais comuns em escolas públicas, onde geralmente as classes são superlotadas e profissionais não tem todos os conhecimentos para lidar com situações de abuso e agressividade entre alunos. O autor ainda discute o aparecimento da violência entre alunos de classes social mais alta contra alunos de classe social baixa.
Os casos de Bullying no ambiente escolar tem se agravado há cada dia, acontecendo principalmente durante as aulas de Educação Física, pois durante as atividades que exige habilidades simples, porém em cada turma encontra-se todos os tipos de alunos, os mais altos, baixos, os que usam óculos, os que são acima do peso e os menos habilidosos no esporte, começando aí o motivo de piada.
Á prática de Bullying é classificada em três maneiras: Bullying direto, Bullying indireto e Cyberbullying (Lopes, 2005).
Segundo os autores Calhau (2010) e Chalita (2008), o bullying direto inclui ameaças, insultos, apelidos depreciativos, ataques físicos (tapas, empurrões, pontapés), comentários racistas, etc.; usar a força física para humilhar os mais fracos. O bullying indireto envolve calúnias, mentiras e disseminação de fofocas que criam isolamento social. Esse tipo de violência é mais frequentemente cometido por mulheres.
Existe também o cyberbullying que ocorre através de espaços virtuais, podendo provocar e caluniar colegas, professores, etc. Esse tipo de violência ocorre tanto entre homens quanto entre mulheres.
Segundo Olweus (1993), lidar com o bullying significa preocupar-se com princípios democráticos básicos como o direito de se sentir seguro e o direito de sentir que a criança está indo bem na escola e na sociedade. Para o autor, os alunos não devem temer ir à escola por medo de serem assediados ou humilhados, nem os pais devem preocupar-se se isso acontecer com os seus filhos (Olweus, 1993).
Calhau (2010) argumentou que os indivíduos que cometem bullying podem ter herdado esse comportamento de parentes próximos, mas adotam atitudes diferentes em locais e situações diferentes, dependendo do nível de estresse psicológico vivenciado.
A prática de Bullying afeta todos os protagonistas acarretando consequências físicas, emocionais de curto e longo prazo. Essas consequências podem atingir no futuro do agressor e de quem sofre a agressão, atingindo futuramente na construção da família, criação dos filhos e até mesmo no decorrer do trabalho (Fante 2005).
Diante do estudo realizado por Linhares, Faria e Lins (2013) as vítimas de bullying sofrem de forma igualitária com as agressões, há diferenças está na forma da violência aplicada. Meninas praticam mais violência psicologia, não apresentando muita força física, já os meninos tendem a praticar a violência física, justamente devido a força e forma física. Há também o bullying que os meninos praticam contra as meninas principalmente durante as aulas esportivas.
O Bullying deve ser analisado de forma geral em todas as disciplinas mas principalmente nas aulas de Educação Física afim de diagnosticar e sanar eventuais problemas posteriormente.
3. CONSEQUÊNCIAS COMPORTAMENTAIS E PSÍQUICAS DO BULLYING
Muitas vezes ficamos chocados com os assassinatos e homicídios causados por jovens, adolescentes e até crianças, o que ocorre em alguns países.
Um exemplo ocorreu no Rio de Janeiro em 2013, quando um jovem entrou em uma escola onde aprendia a andar armado e matou várias crianças e professores antes de cometer suicídio. Segundo a investigação policial, o motivo pelo qual esse jovem se tornou anormal foi porque sofreu bullying dos colegas quando estudava.
Outra notícia chocante ocorreu em 2012, quando um menino de 12 anos cometeu suicídio por não suportar o bullying na escola. O menino era gordinho, recebia os apelidos mais cruéis e, além de apanhar regularmente, o menino se enforcava.
Estes são fatos chocantes sobre problemas emocionais e comportamento agressivo nas escolas, que ocorrem em vários países e muitas vezes por razões que muitas vezes só são reveladas depois de o problema ter ocorrido.
O Bullying pode gerar na vítima graves problemas de socialização, doenças como bulimia e depressão, principalmente quando sofrido por muitos anos, onde as vítimas podem chegar até mesmo a pensamentos suicidas e a situações extremas como os exemplos citados à cima.
O Bullying é a pior forma de violência pois suas vítimas se tornam refém do medo, ansiedade, raiva e angústia por não ter como se livrar da opressão, isso pode acarretar a evasão escolar, e a entrada no mundo das drogas, ou ainda formar pessoas com sérios problemas psicológicos que serão capazes de cometer qualquer tipo de violência no presente ou futuro. As vítimas de Bullying sofre traumas em seu inconsciente e isso faz com que seu desenvolvimento e sua autoestima sejam seriamente prejudicados. Se lembrarmos de uma das leias da física, onde Isaac Newton nos diz que para toda ação existe uma reação, simbolicamente colocando isso no campo aqui estudado o Bullying, podemos dizer que é a ação, ou seja o ato propriamente dito sobre a vítima e a reação são as consequências que a vítima sofrera por causa da agressão. Essas consequências podem ser mais simples ou mais serias dependendo do tempo que a pessoa sofreu o Bullying da sua intensidade e do psicológico de cada um. As consequências do Bullying não acabam quando o aluno sai da escola, suas lembranças e traumas ainda o acompanham e podem gerar problemas sérios para a vida da pessoa, não só no nível psíquico, mas males psicossomáticos como: diarreia, febre, vômito, dor de estomago, dor de cabeça, isso em curto prazo em longo prazo os danos podem ser mais sérios como transtornos de ansiedade e de alimentação como: bulimia, anorexia, bruxismo, alergias, depressão e ideias suicidas. Quantas vezes nos deparamos com pessoas que tem até mesmo medo de falar, pois sempre tem o sentimento que vão atrapalhar ou se intrometer e quando começamos a conversar mais com a pessoa descobrimos que isso foi gerado na época de escola, pois era excluída por seus colegas e sempre era criticada ou atacada quando tentava se expressar, e isso traz consequências serias pois a pessoa cresce já se isolando do mundo, com medo de se socializar com outras pessoas , tem medo de ter uma amizade ou confiar em outra pessoa pois sempre associam isso aos atos de sofrimento do passado. Isso gera problemas tanto de socialização para conseguir formar um círculo de amizades, para se ter um relacionamento de namoro ou casamento, como para arrumar um emprego, fazer uma simples entrevista pode se tornar uma tarefa quase que impossível (Fante, 2005).
Para, Fante e Pedra (1998), apud Curry (1998), a experiência do Bullying é traumática ao psiquismo das vítimas, pois promove o superdimensionamento do registro em sua memória, por causa da forte carga emocional de constrangimento vivenciada.
Daí por diante, seja de fonte extra psíquica ou intrapsíquica, a cada novo estímulo aversivo, gerado pela presença ou lembrança do agressor, novas construções de cadeias de pensamentos se constroem, aprisionando a mente da vítima a emoções desagradáveis e geradoras de desequilíbrio biopsicossociais.
3.1 O papel dos pais na observação diária na educação dos filhos
Segundo a Revista Eletrônica Saberes da Educação, os pais de alunos devem ter uma atenção especial para alguns sinais que podem ocorrer as vítimas de Bullying:
- Problemas de estômago (dor, falta de apetite);
- Transtornos alimentares bulimia, anorexia);
- Irritabilidade / agressividade;
- Medo e recusa de ir à escola;
- Dores e marcas de ferimentos;
- Distúrbios do sono (como insônia);
- Isolamento social/ poucos ou nenhum amigo;
- Ansiedade;
- Mal rendimento escolar;
- Demonstrações constantes de tristeza;
- Atos deliberados de autoagressão.
- Perda de apetite;
- Perdas frequentes de matérias escolares;
- Ter poucos amigos.
3.2 Papel dos alunos que vivenciam a prática de Bullying
Segundo Silva (2009), os alunos que vivenciam o bullying acabam se tornando testemunhas, mas nenhuma ação é tomada. As testemunhas podem ser divididas em três categorias: Testemunhas passivas, que fazem suposições com medo de se tornarem a próxima vítima. Esta categoria inclui pessoas que testemunham casos de violência vividos por colegas, que muitas vezes sofrem consequências psicológicas.
Testemunhas positivas, incluindo estudantes, foram apoiadas moralmente através de risos e palavras de encorajamento, apesar de não serem agressivas, iniciaram os ataques, mas outros os aplicaram, de modo que apenas observaram e agiram como boas pessoas. Ainda existem testemunhas neutras que não demonstram nenhuma sensibilidade ao que testemunharam.
Lopes Neto descreve as testemunhas da seguinte maneira:
A maneira que reagem as práticas de Bullying pode classificá-los como auxiliares (participam ativamente de agressões), incentivadores (estimulam quem agride), observadores (apenas assistem ou se afastam), defensores (protegem os alvos ou chamam alguém para interromper) (Lopes, 2011, p. 48).
Independente da grua de participação o Bullying afeta a todos, causando serias consequências para a sociedade e principalmente para quem sofre.
3.3 Famosos que sofreram Bullying na escola.
As ocorrências de Bullying como sabemos vem se alastrando mundialmente e nem mesmo as pessoas famosas escapam dessa violência, segue abaixo a lista dos famosos que afirmaram terem sofrido desse fenômeno na escola e a maneira que sofriam:
– Fernanda Vasconcellos: sofreu com Bullying no começo da adolescência, segundo a atriz era perseguida por um grupo de meninas que tinham inveja por ela ter relação com um certo rapaz. “Eu ia embora de viatura para casa, a diretora ligava para a polícia ir me buscar, porque meu pai não podia ir. Elas pegavam pedaço de pau, estilete e faca”.
– David Beckham :quando estava na escola era ridicularizado por seus colegas por se dedicar aos esportes e recusar participar de noitadas e bebedeiras, isso fazia com que ele fosse chamado de mulherzinha.
– Gisele Bündchen: escutava apelidos maldosos como, saracura e Olívia palito por ser magra e ter uma estatura alta.
– Fabiana Karla: a atriz hoje serve de inspiração para mulheres do Brasil inteiro, mas já teve que ouvir muitas ofensas por causa de seu peso. Hoje em dia, ela garante que é super bem resolvida com seu corpo e estrela diversas marcas de roupas plus size. “Muitas meninas se espelham em mim. Fico lisonjeada com isso e elas sabem que não sou escrava de ginástica. Minha palavra de ordem é bem-estar”.
– Madonna: por não querer ser igual às outras garotas, se recusava a usar maquiagem e se depilar quando estava na escola, e isso a fez sofre e se tornar alvo para piadas de mal gosto de seus colegas.
Existem diversos casos que nos levam a refletir que o Bullying é uma violência que pode atingir qualquer pessoa e este tem se tornado um problema muito sério. O apoio e ajuda para vencer faz uma grande diferença na vida de quem sofre, estas após vencerem esta importante etapa, geralmente buscam participar de propagandas, campanhas e até mesmo buscam ajudar com essa violência que tem se feito presente no dia a dia de muitas crianças e adolescentes.
4. CONCLUSÃO
Com esta pesquisa conclui-se que adotar medidas de prevenção contra os casos de bullying em ambiente escolar se tornará algo benéfico assim reduzindo os problemas relacionados a dificuldades de aprendizagem e emocional. A escola deve se preocupar com o problema e oferecer aos profissionais cursos de capacitação, formação continuada, dando-lhes suporte para melhor conhecer sobre o assunto e saber como lidar diante da situação.
A escola precisa se constituir em ambiente solidário, onde prevaleça o respeito mútuo entre professores, alunos, direção e família. Cooperação e demais formas sociais de interação não nascem espontaneamente no convívio social, mas são, como todos os outros aspectos do desenvolvimento, favorecidos ou inibidos pelo tipo de práticas e valores predominantes no contexto sociocultural. Assim sendo, o ambiente deve ser estruturado de maneira que, gradualmente, as crianças prefiram cooperar, compartilhar e respeitar o outro a serem agressivas e individualistas.
É preciso estabelecer uma linha de cooperação entre a comunidade escolar na certeza de que com a construção do conhecimento será possível o desenvolvimento saudável de todos, bem como promover a cultura da paz.
Os casos de bullying em geral ocorrem com mais frequência nas aulas de Educação Física, e principalmente durante os jogos que levam a competição. Para que os casos de bullying se amenizem é preciso introduzir com mais ações dialogadas, debates em sala de aula e até mesmo na escola, na certeza de que o assunto será bem discutido e que os alunos possam ter a consciência conceitual e sobre o que realmente é o bullying e as suas causas.
REFERÊNCIAS
BRANCO, A. U. Crenças e práticas culturais: co-construção e ontogênese de valores sociais. Revista Proposições, 17, 139-155. 2006.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS. Brasília: MEC/SEF, 1998. v.8.
CALHAU, Lélio Braga: Bullying: O que você precisa saber identificação, prevenção e repressão. 1ª edição. Niterói RJ: (Editora Impetus, 2010).
CHALITA, Gabriel. Pedagogia da amizade. Bullying: o sofrimento das vítimas e dos agressores. São Paulo: Gente, 2008.
CIDADE, A. P. S. Bullying Escolar – Uma realidade ainda desconhecida. Monografia. 49f. Centro Universitário do Distrito Federal – UDF Coordenação do Curso de Direito, Brasília, 2008.Disponivel em: https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/revistadireitoemdebate Acesso em 29 jun. 2024.
DEMO, P. Éticas multiculturais: sobre a convivência humana possível. Petrópolis, RJ: Editora Vozes. 2005.
FANTE, Cléo. Fenômeno Bullying – Como prevenir a violência nas escolas e Educar para a paz. 2ª edição. Campinas SP: Veros Editora, 2005. Fonte: https://k-secretmagic.blogspot.com.br/2013/01/bullying.html Acesso em 29 jun. 2024.
GGN – O jornal de todos os brasis: Bullying leva estudantes a cometer suicídio. Disponível em: https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/bullying-leva-estudante-acometer-suicidio. Acesso em 29 jun. 2024.
LEITE, R. L. O. (1999) A supervisão dos recreios: Uma medida eficaz na prevenção do bullying.
LOPES NETO, Aramis Antonio; SAAVEDRA, Lucia Helena. Diga não ao Bullying programa de redução do comportamento agressivo entre estudantes. 2 ed. Passo Fundo-RS: Battistel, 2011.
MOURA, Everlaine Santiago de. O bullying na escola: o olhar dos professores. 2011. 73 f. Monografia (Licenciatura em Pedagogia). Universidade de Brasília, Brasília, 2011.Disponível em: http://bdm.unb.br/bitstream/10483/3208/1/ Acesso em 29 jun. 2024.
MORALES, Pedro. A Relação Professor-Aluno: o que é, como se faz. São Paulo: Loyola, 1999.
OLWEUS, D. Bullying at school: What we know and what we can do. Oxford: Blackwell Publishing. 1993.
OLWEUS, D.Bully/victim problems in school: fact and intervention. European of Psychology of Education. University of Bergen. Norway, n.4.p.495-510, 1997. 31 Revista Alto Atral, por Thamires Motta- 18/10/16. Encontra-se em: https://www.altoastral.com.br/famosos-sofreram-bullying/ Acesso em 29 jun. 2024.
PALMIERI, M. W. A. R. Cooperação, competição e individualismo: Uma análise microgenética de contextos de desenvolvimento na pré-escola. (Tese de doutorado não publicada). Universidade de Brasília, Brasília. 2003.
SANTOS, Maradélia Adriano dos. Violência simbólica no contexto escolar: percepções dos alunos numa comunidade escolar. 2011. 60 f. Monografia (Licenciatura em Pedagogia). Universidade de Brasília, Brasília, 2011. Disponível em: http://bdm.unb.br/bitstream/10483/3205/ Acesso em 29 jun. 2024.
SILVA, Elenice da. Corredores de justiça – Combatendo a prática do Bullying nas escolas, educando uma sociedade para a paz. São Paulo: Edição do Autor, 2009.
SILVA, Ana Beatriz Barbosa “Bullying Mentes Perigosas nas Escolas”. 1ª edição. Rio de Janeiro RJ: Editora Fontanar, 2010.
¹Especialização em Neuropsicopedagogia – Universidade de São Paulo
²Mestranda em Educação Inclusiva – UNEMAT
³Especialização em Reabilitação de Lesões – Faculdade Vilas Boas
⁴Mestranda em Educação Inclusiva – UNEMAT
⁵Mestranda em Educação Inclusiva – UNEMAT
⁶Especialização em Neuropsicopedagogia Clínica e Institucional – Centro Universitário Internacional
⁷Mestranda em Educação Inclusiva – UNEMAT
⁸Especialização em Orientação Educacional, Gestão e Supervisão Escolar
⁹Mestranda em Educação Inclusiva – UNEMAT
¹⁰Mestrado em Filosofia – Universidade Federal da Paraíba