ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: UMA PERSPECTIVA DIFERENCIADA VOLTADA A REALIDADE ESCOLAR

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202409081529


Ana Rosa Rodrigues de Souza; Edite Aparecida Camargo da Silva; Larisse Souza Gomes Moreira; Maria Gislaine de Santana; Valdirene Marques da Silva.


RESUMO

O presente projeto de ensino tem como objetivo abranger a alfabetização e letramento nos anos iniciais do ensino fundamental, destacando o letramento por ser um critério a ser reconhecido por não muito tempo, sempre existiu mais não com tanto foco voltado a esse contexto. Para a realização desse trabalho foi feito estudo de livros e sites, a qual deu embasamento sobre os teóricos que defende o ponto a qual pode ser escolhido.

Foi abordado assuntos referente a cada teórico, como se trabalha em um ambiente escolar, foi elencado qual a definição de alfabetização e letramento, os eixos para a escrita, a história da alfabetização, a valorização da cultura escrita e letramento, leitura, produção da escrita, organização do ambiente de trabalho, didática, currículo, entre outros pontos muitos importantes para um convívio escolar.

Através desses estudos pode obter como orientar o docente alfabetizador a organizar as práticas diante do planejamento escolar.

Segundo Jean Piaget que diz: “O professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança descobrir”.

Palavras-chaves: Alfabetização. Letramento. Ensino fundamental. Anos iniciais. Escrita.

INTRODUÇÃO

O presente projeto tem como objetivo esclarecer a função da alfabetização e letramento nos anos iniciais, de que modo tem que ser trabalhado com base aos autores estudados. Foram feitas várias pesquisas em livros e artigos. Nesse exato momento iremos identificar como foi abordado os aspectos que embasou esse projeto, que teve por linha à docência nos anos iniciais do ensino fundamental. Através dos livros estudados, das experiências em sala de aula, pode obter e observar como que está sendo e como pode ser trabalhada esse campo de maneira mais eficaz, fazendo com que as crianças se interessam pelo aprendizado.

Trabalhando essa linha para aprender mais, através de pesquisas, cursos, entre outros. Para poder aperfeiçoar e fazer a diferença em uma sala de aula. Para resolver os problemas e superar os desafios através do planejamento diferenciado para trabalhar em uma sala de aula, organização, didática, currículo, jogos, entre outros meios para poder ajudar na hora de fazer um trabalho de alfabetizador-letrado.

O objetivo global é que através da interação e construção de conhecimento possa desenvolver e ter sucesso no aprender, tirar de foco uma escola com o caráter de mal alfabetizadora. Identificando desde o início os incidentes e as maneiras a ser trabalhada com aqueles alunos.

Vai ser trabalhado leitura, escrita, interação, comportamento, tendo como foco o desenvolvimento integral da criança.

Apresenta-se através do trabalho um modelo de projeto construído pela a pesquisadora Magda Soares e professores de MG, com base em uma organização como tendo um currículo, metas, diagnósticos, avaliação, entre outros modos a ser executado para um melhor desempenho escolar.

O processo de alfabetizar letrando nos anos inicias do Ensino Fundamental, envolvendo mais do que aprender a ler e escrever mas executar esses processos como uma prática social, em seu dia a dia, sendo o letramento nesse sentido o ´´resultado da ação de ensinar e aprender as práticas sociais de leitura e escrita´´ ( SOARES, 2003).

Revisão Bibliográfica

Alfabetização e letramento nos dias atuais

A alfabetização se origina da escrita e leitura, e com essa base podemos destacar o que fez ter essa necessidade foi a comunicação do dia a dia, e que ao inventar a escrita, o homem também fez com que ela continuasse a ser usada e passada para as novas gerações. A alfabetização é um processo inicial de transmissão de leitura e escrita.

Diante das necessidades do surgimento da escrita para o dia a dia da humanidade, Cagliari (1998) confirma que:

De acordo com os fatos comprovados historicamente a escrita surgiu do sistema de contagem feito com marcas em cajados ou ossos, e usados provavelmente para contar o gado, numa época em que o homem já possuía rebanhos e domesticava os animais. Esses registros passaram a ser usados nas trocas e vendas, representado a quantidade de animais ou de produtos negociados. Para isso, além dos números, era preciso inventar os símbolos para os produtos e para os proprietários.

Letramento é o estado em que vive o indivíduo que não sabe ler e escrever, mas exerce as práticas sociais de leitura e escrita que circulam na sociedade em que vive. (SOARES, 2000).

Segundo Soares (2003), foram feitas buscas em dicionários da língua portuguesa quanto ao significado da palavra e nada foi encontrado nem mesmo nas edições mais recentes dos anos de 1998 e 1999. Na realidade, o termo originou-se de uma versão feita da palavra da língua inglesa ´´literacy´´, com a representação etimológica de estado, condição ou qualidade de ser literate, e literate é definido como educado, especialmente, para ler e escrever.

Soares nos relata que o sujeito analfabeto não compreende a decodificação dos signos, mas possui um determinado grau de letramento pela prática de vida que tem em uma sociedade grafo-Centrica, ele é letrado, porém não com plenitude. Uma criança que mesmo antes de estar em contato com a escolarização, e que não saiba ainda ler e escrever, porém, tem contato com livros, revistas, ouve histórias lidas por pessoas alfabetizadas, presencia a prática de leitura, ou de escrita, e a partir daí também se interessa por ler, mesmo que seja só encenação, criando seus próprios textos ´´lidos´´, ela também pode ser considerada letrada.

Segundo Soares (2000) deve-se alfabetizar letrando: Alfabetizar letrando significa orientar a criança para que aprenda a ler e escrever levando-a a conviver com práticas reais de leitura e de escrita: substituindo as tradicionais e artificiais cartilhas por livros, por revistas, por jornais, enfim, pelo material de leitura que circula na escola e na sociedade, e criando situações que tornem necessárias e significativas práticas de produção de textos.

Segundo o que foi dito no parágrafo anterior, não se trata de escolher entre alfabetizar ou letrar; trata-se de alfabetizar letrando. Quando se orienta a ação pedagógica para o letramento, não é necessário, nem recomendável, que, por isso, se descuide do trabalho especifico com o sistema de escrita. Outra fonte de equívocos é pensar os dois processos como sequenciais, isto é, vindo um depois do outro, como se o letramento fosse uma espécie de preparação para a alfabetização, ou, então, como se a alfabetização fosse condição indispensável para o início do processo de letramento.

Soares (2000) pensa que: Os cursos de formação de professores, em qualquer área de conhecimento, deveriam centrar seus esforços na formação de bons leitores e bons produtores de texto naquela área, e na formação de indivíduos capazes de formar bons leitores e bons produtores de textos naquela área.

Segundo Magda Soares tem várias concepções a qual aborda: as facetas da alfabetização; as práticas que abordam: novas perspectivas do ensino, implicação para a alfabetização, aprendizagem das funções da escrita, o que funciona na alfabetização, educação infantil sobre alfabetização e letramento; também aborda concepções e práticas voltada a politico-social que se embasa nas línguas, escrita, sociedade e cultura, relações, dimensões e perspectivas, alfabetização e cidadania.

Segunda o livro de Magda Soares as facetas referem-se fundamentalmente, as perspectivas psicológicas, psicolinguística, sociolinguística e propriamente linguísticas do processo.

A perspectivas psicológicas é a que tem predominado nos estudos e pesquisas sobre a alfabetização. Sob essa perspectiva, estudam-se os processos psicológicos considerados necessários como pré-requesitos par a alfabetização, e os processos psicológicos por meio dos quais o indivíduo aprende a ler e a escrever. As outas perspectivas são importantes porem alguns com poucos números e desenvolvida no Brasil.

Segundo os estudos adquirido, podemos citar que ler é um grupo de habilidades e comportamentos que se passa desde simplesmente decodificar sílabas ou palavras até ler Grandes Sertão Veredas de Guimarães Rosa. Escrever é também um conjunto de habilidades e comportamentos que se estendem desde simplesmente escrever o próprio nome até escrever uma tese de doutorado.

De acordo com os estudos, os conceitos de alfabetização se identificou como ensino-aprendizado da ´´tecnologia da escrita´´, quer dizer, do sistema alfabético de escrita, o que, em linhas gerais, significa, na leitura, a capacidade de decodificar os sinais gráficos, transformando-os em ´´sons´´, e, na escrita, a capacidade de codificar os sons da fala, transformando-os em sinais gráficos. A partir dos anos 1980, o conceito de alfabetização foi ampliado com as contribuições dos estudos sobre a psicogênese da língua escrita, particularmente com os trabalhos de Emília Ferreiro e Ana Teberosky.

As ideias construtivistas chegaram ao Brasil na década de 1980, período no qual ocorreu uma grande divulgação das pesquisas da psicóloga argentina Emília Ferreiro.

Nos anos de 1980, a perspectivas psicogenética da aprendizagem da língua escrita, divulgada entre nós sobretudo pela obra e pela atuação formativa de Emília Ferreiro, sob a denominação de ´´construtivismo´´, trouxe uma significativa mudança de pressuposto e objetivos na área da alfabetização, porque alterou fundamentalmente a concepção do processo de aprendizagem e apagou a distinção entre aprendizagem do sistema de escrita e pratica efetivas de leitura e de escrita

Emília Ferreiro desenvolveu a maior parte das suas pesquisas na Argentina, mais também estudou em Genebra e foi aluna de Jean Piaget. Segundo ela a escrita pode ser compreendida de duas formas distintas: como uma transcrição gráfica das unidades sonoras ou como uma representação da linguagem.

Diante a fala de Emília Ferreiro, a escrita é um processo de construção coletiva, em que diferentes usuários deixam marcas ao longo da história. Diante da análise das escritas infantis, Ferreiro (2010) chegou à conclusão de que as crianças aprendem a ler e escrever por meio da construção de hipóteses. Portanto a construção do conhecimento da leitura e da escrita tem uma lógica individual, embora à interação social na escola ou fora dela.

As fases de construção e aprendizado da escrita são as seguintes: pré-silábica, silábica, silábico-alfabética e alfabética. A primeira fase é aquela que a criança aprende a diferenciação entre desenhar e escrever. Segundo Ferreiro (2010), a criança não se dá ao trabalho de inventar letras novas, ela recebe essa informação social e dedica esforços no sentido de estabelecer critérios para a escrita. A segunda fase é aquela em que a criança utiliza uma letra para representar cada silaba, entretanto, aqui, o valor sonoro da representação ainda não está presente. Conforme escreve ferreiro (2010):

Essas partes da palavra são inicialmente as suas sílabas. Inicia-se, assim o período silábico, que evolui até chegar a uma exigência rigorosa: uma sílaba por letra, sem omitir sílabas e sem repetir letras. Esta hipótese silábica é de maior importância, por duas razões: permite obter um critério geral para regular as variações na quantidade de letras que devem ser escritas, e centra a atenção da criança na variação sonora entre as palavras.

Os conflitos gerados provocam a passagem para o período silábico-alfabético (terceira fase), quando a criança descobre que a sílaba não pode ser entendida como uma unidade. Na escrita alfabética, a criança já compreende o uso das vogais e das consoantes, entretanto, faltando compreender o sentido das normas ortográficas.

Devemos diferenciar a ideia de que o construtivismo de Jean Piaget seja um método de alfabetização. O construtivismo é uma teoria do conhecimento, que afirma que a criança é um sujeito cognoscente, pois constrói hipóteses acerca de um objeto, no caso, a língua escrita.

As escritas espontâneas são um valioso instrumento de avaliação da construção de hipóteses da escrita pela criança. A valorização dessa prática possibilita a expressão da criança e valoriza a manifestação de seu pensamento, bem como os testes de hipóteses.

Emília Ferreiro salientou que a criança que aprende a ler e escrever desenvolver um constante esforço cognitivo no sentido de recriar o sistema de escrita.

Paulo Freire nos alerta, a competência leitora e escritora perpassa outras nuances para além da codificação/decodificação, construindo possibilidades de contextos leitores diversos a partir dos significados e funções de cada objeto/situação/fenômeno. As ideias de Vygotsky indicam que o desenvolvimento da linguagem escrita é resultante de uma construção social, ou seja, da interação dos indivíduos entre si e com o meio, num processo continuo. Segundo ele, a escrita é um sistema de representação simbólica do real, mediando as relações dos sujeitos.

Sobre alfabetismo e letramento, Rojo (2009) entende os dois conceitos de forma muito próxima:

Alfabetismo é, na verdade, um conceito que disputa espaço com o conceito de letramento(s). Se tomarmos a alfabetização como a ´´ação de alfabetizar, de ensinar a ler e a escrever´´, que leva o aprendiz a conhecer o alfabeto, a mecânica da escrita/leitura, a se tornar alfabetizado, alfabetismo pode ser definido como ´´o estado ou condição de quem sabe ler e escrever.´´ ( ROJO. 2009).

O multiletramentos, por fim, abarcam as novas formas de emprego da leitura e da escrita como a linguagem midiática, da informática, internet e tantos outros fenômenos sociolinguísticos.

Segundo os estudos alfabetização vem sendo realizada desde o final do século XlX. Num primeiro momento, restringia-se aos métodos de alfabetização a seguir.

Sintético: aquisição da competência leitora a partir das partes para o todo, dividido em método alfabético, fonético e silábico.

Analíticos ou globais: aquisição da competência leitora a partir do todo para as partes. São divididos em palavração, sentenciarão, global ou de contos.

Segundo Ferreiro e Teberosky (1991), a criança se constitui como ´´um sujeito que aprende basicamente através de suas próprias ações sobre os objetos do mundo, e que constrói suas próprias categorias de pensamento ao mesmo tempo em que organiza seu mundo´´.

O desenvolvimento da língua oral dos alunos, recentemente a linguística e a pedagogia reconheceram a língua falada, de importância tão fundamental na vida cotidiana dos cidadãos, como legítimo objeto de estudo e atenção. Os alunos falantes de variedades linguísticas diferentes da chamada ´´língua padrão´´, por um lado, têm direito de dominar essa variedade, que tem prestigio e é a esperada e mais bem aceita em muitas praticas valorizadas socialmente; por outro lado, têm direito também ao reconhecimento de que seu modo de falar, aprendido com a família e a comunidade, é tão legitimo quanto e, portanto, não pode ser discriminado.

A constituição Federal de 1988, em seu art 6°, determina que ´´são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho. a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e a infância, a assistência aos desamparados na forma desta constituição´´(BRASIL .1988). Ainda de acordo com a CF/88, no art.205. ´´ A educação direito de todos e dever do estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para os exercícios da cidadania e sua qualificação para o trabalho. ´´ (BRASIL, 1988).

Na educação infantil o professor, cujas crianças ainda não possuem uma escrita convencional, pode se tornar um escriba de suas produções orais. Segundo Teberosky (2003), o professor escriba desempenha um papel muito importante: ´´ Quando o professor desempenha o papel de escriba, a criança aprende a participar como produtora de textos aprende a ditar para que o outro produza um texto escrito´´.

Outro documento importante na constituição das reflexões e práticas relacionadas à leitura e escrita são as Diretrizes Curriculares para a educação infantil (2010), que se estabelecem como uma proposta orientadora dos projetos pedagógicos das escolas de educação infantil, levando em conta as variações culturais, econômicas e sociais de cada região brasileira ou mesmo de cada território/comunidade.

A escrita passando a entender como instrumento sendo capaz de introduzir no mundo da informação, possibilitando ao acesso aos conhecimentos históricos e sociais. Para o pensamento da escrita temos a fala de Soares (2006) e Freire (1991) discutem sobre alfabetização e letramento. Soares afirma que, para entrar e viver nesse mundo do conhecimento, o aprendiz necessita de dois passaportes. O domínio da tecnologia de escrita (o sistema alfabético e ortográfico), o que se obtém por meio do processo de alfabetização, e o domínio de competência de uso dessa tecnologia (saber ler e escrever em diferentes situações e contexto), que se obtém por meio do processo de letramento. Freire (1991) afirma ´´não basta saber ler ´´Eva viu a uva´´. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho´´.

O mundo da escrita é responsabilidade da escola, pois devemos ter a consciência de como alfabetizar e letrar uma criança.

Diante do conceito de Freire e Soares o ato de alfabetizar e letrar se considera um desafio para a políticas públicas, pois para Freire não basta só escrever tem que dominar o que escreve, qual o sentido que está sendo escrito.

Para um melhor trabalho e desenvoltura sobre o assunto a qual estamos abordando temos um exemplo de Magda Soares que criou um projeto a qual se chamava alfaletrar nasceu em 2007 em parceria com a professora emérita da faculdade de UFMC, e com a ajuda de professores representante de cada escola. Envolvendo as escolas da rede, da educação infantil ao ensino fundamental l, tendo por objetivo favorecer todas as crianças: competências de leitura e produção textual. ALFALETRAR é um verbo criado especialmente para expressar a concepção de ensino que fundamenta o projeto: alfabetizar que é ensinar a tecnologia do sistema alfabético e ortográfico + letrar desenvolve habilidades de uso da leitura e da escrita em contexto social e cultural = alfaletrar que é alfabetizar letrando, e letrar alfabetizando.

Era formado grupo pela professora representante de cada escola e coordenado por Magda Soares, se reúne semanalmente. Nesses encontros, os professores refletem sobre a pratica, compreendem as teorias que a embasam e estabelecem metas especificas para cada ano escolar, construindo, assim, um currículo vivo e em ação. Segundo a professora Valdirene Pereira de lagoa santa (MG), na rede, pode trabalhar na periferia ou no centro: o trabalho é o mesmo porque já tem um caminho definido. Tem particularidade, mas o trabalho é um só. Segundo Magda Soares o projeto de lagoa santa obtém um currículo, metas e diagnostico. Essas metas, que fundamentam o currículo, são baseadas no desenvolvimento das habilidades que as crianças devem desenvolver. Diante aos conceitos temos a metodologias que envolve a organização do currículo que foi necessário compreender as diversas facetas que compõem a aprendizagem da escrita: a interativa, a sociocultural e linguística. Dessa forma, o professor pode enxergar com clareza os conteúdos a serem trabalhados em cada ano, bem como a sua progressão ao longo dos anos escolares. Para acompanhar se as metas estão ou não sendo alcançadas, o núcleo de alfabetização e letramento realiza, em três momentos do ano letivo, diagnostico de aprendizagem, por meio de instrumentos de avaliação para todos os anos. Dentro a esses expostos, temos os componentes, metas, descritores, instrumentos de diagnostico, tabela para acompanhamento da turma, tabela para acompanhamento da escola, gráfico da rede, percorrido todos os processos, pode-se observar de que maneira o diagnostico permite ao professor analisar se os alunos estão ou não alcançando as metas esperadas, e como cada um está em relação a turma. Esses foram os pontos diante ao projeto executado pela Magda Soares, embora cada autor defende um ponto pela qual uma busca uma meta e metodologias.

Segundo esse projeto que foi falado temos uma base diferenciada a ser trabalhada dentro de uma sala de aula, para um melhor trabalho, mais temos também outros meios e maneiras a ser executada. Segundo a autora diz que o alfabetismo no brasil é muito alto o índice, pois com essas maneiras a ser trabalhada possa ajudar a superar esse ponto.

Segundo o livro de alfabetização de Maria Lúcia castanheira, Francisca Isabel, Raquel as organizadoras destas unidades. Através da leitura feita pelo professor mostrar aos alunos como as silabas é formada, mostrar a elas também que as silabas não só montada CV (consoante e vogal), mais pode ser CCV (consoante, consoante e vogal), entre outros. Pode acontecer também de terem dificuldades nas letras que tem nomes diferentes e som igual no caso de C que pode ter na palavra CIDADE o C com som de ´´S´´, e CARETA o C com som de K, pesquisar maneiras a explicar a essas crianças para elas poder ter uma melhor visão, e até mesmo um melhor desempenho no seu aprender. Por esse motivo podemos dizer que simples memorização das famílias silábicas não é suficiente para levar o aluno a conhecer diferentes valores sonoros representados pelos grafemas, bem como estruturas silábicas variadas.

Trabalhar com gêneros textuais como as cartas, bilhetes e os convites desde a educação infantil faz-se um bom desenvolvimento, pois é fruto do cotidiano dos alunos. O ato de ensinar ler e escrever tem que ser crucial ao professor para que possa fazer um bom trabalho.

Os gêneros textuais é uma forma de alfabetizar letrando, pois dentro de um gênero aparece a variação, argumentação, descrição, exposição, etc. diante desse exposto podemos explorar a curiosidade e o interesse de cada aluno através de como fazer uma carta, fabula, cardápio, receita, entrevista, convite, tirinhas, etc. todos esses itens cada um com um tipo de gêneros favorecendo a leitura e escrita do cotidiano das crianças.

Zilberman (2001), ao analisar em produção literária da época do século XVIII e XIX, constatou que os principais livros para a infância foram escritos por educadores e pedagogos e possuíam um forte objetivo educativo.

Com base no que o autor diz podemos reforçar os estudos através de livros literários, e para ter esses livros tem os programas para as escolas publica que é o programa Nacional de Biblioteca da escola (PNBE), para biblioteca escolar foi instituído em 1997 esse programa é executado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), em parceria com a secretaria de educação básica do ministério da educação SEB/MEC.

O PNBE está invadindo seus livros literários, a qualidade textual, que se revela os aspectos éticos, estéticos e literários; qualidade temática se manifesta na diversidade e adequação dos temos; a qualidade gráfica, que se traduz na excelência de um projeto gráfico capaz de motivar e enriquecer a interação do leitor com o livro. Além desses ajustamentos podendo também escolher obras que apresentam diferentes níveis de compreensão dos usos e funções da escrita e da aprendizagem da língua escrita, o que possibilita formas diferentes de interação com o livro: a leitura autônoma pela criança e a leitura mediada pelo professor. O professor deve orientar aos alunos a ter acesso aos livros que tem nas escolas, para poder fazer proveito do mesmo.

Diante do documento do ministério da Educação conceitua 5 dimensões para o ciclo de alfabetização sobre a oralidade que são: a valorização dos textos de tradição oral, a oralização do texto escrito, as relações entre fala e escrita, a produção e compreensão de gêneros orais e as relações entre oralidade e analise linguística. São para (1°, 2° e 3°) ensino fundamental.

Trabalhar a produção de textos escritos, pois a escrita se diferencia da fala, pois a fala  tem sotaques da cultura que quando escrevemos não pode aparecer exemplo: buneca na fala, boneca para escrever diante ao exposto podemos exemplificar melhor através de: Produção de texto com ajuda de escriba, por exemplo o gênero seja uma carta, o professor vai explicar a finalidade da carta, o destinatário, o remetente, e o que vai ser escrito, com isso o aluno ira ditar o que deseja escrever e o professor será seu escriba, mais o professor sempre orientando e dizendo como começar, desenvolver e terminar uma carta. Produção de texto em dupla: O professor pode organiza-lo em dupla e pedi-lo para escrever a receita de comida que mais gosta. Produção de texto de memória, a criança lembra de alguma música, e produz a escrita no seu caderno. Para crianças que não tem domínio com a escrita alfabética proponhamos a seguinte atividades: legendar foto/imagem com ajuda da escrita, colocar as crianças em dupla na qual uma já esteja na fase ou alfabética ou silábica-alfabética, a criança que está na hipótese da pré-silábica ira falar o texto oral enquanto no outro ira escreve-lo sobre a imagem escolhida, com ajuda da professora depois irá corrigi-lo. Trabalhar também convite para festa, lista de brinquedo.

Segundo os livros e os estágios podemos ver outros meios de atividade como a permanente que são atividades que sempre acontece, podendo ser diária, semanal, quinzenal e mensal, dentro dessa atividade é trabalhada roda de conversa, exploração do calendário, registro da rotina, leitura diária, curiosidade cientifica, hora da notícia e hora da brincadeira. Nessa atividade também podemos aprimorar parte de como descobrir a internet, pois o ministério da Educação tem promovido nos últimos anos, uma maneira para incluir a inclusão digital de crianças, adolescentes, jovens e adultos nas escolas urbanas e rurais por meio do programa (Proinfo) Programa Nacional de Tecnologia e Educação. Essas rotinas escolares e permanentes são amparadas pela autora Alfredina Nery (2007).

Segundo Xavier podemos dizer o letramento digital que diz: considera a necessidade de indivíduos dominarem um conjunto de informações e habilidades mentais que devem ser trabalhadas com urgência pelas instituições de ensino, a fim de ajudar o mais rápido possível os alunos e escrever melhor a cidadania neste novo milênio cada vez mais cercado por maquinas eletrônicas e digitais. (Xavier, 2007).

Organização do trabalho escolar

Uma perspectiva que trataremos sobre a organização da execução pedagógica e sobre os fenômenos interdisciplinares com os quais obrigatoriamente se deparam quando se enfrenta o ensino da língua numa abordagem sociointeracionista.

Segundo os estudos obtidos, nos mostra que as propostas curriculares que vêm sendo construídas a partir das décadas de 80 do século passado têm alguns aspectos em comum, oriundos das tentativas de aproximação desse princípio básico que acima explicitamos:

Tomam como núcleo central do ensino da língua portuguesa o desenvolvimento das capacidades de compreensão e de produção de textos;

Afirmam a necessidade de utilização de textos autênticos e pertencentes a diversos tipos e gêneros textuais;

Propõem práticas de ensino que aproximem as atividades escolares dos usos e funções da linguagem nos ambientes extraescolares, entre outros. Na maior parte das vezes, os objetivos didáticos são em quatro eixos básicos: prática de leitura; produção de textos escritos; análise linguística e língua oral. Esses eixos não são independentes, e que diferentes dimensões da língua se entrecruzam nas práticas de produção e compreensão de textos orais e escritos, exigindo de nós, agentes nesses processos interlocutivos, diferentes habilidades, conhecimentos e atitudes ante os eventos de interação mediados pela língua.

Objetivo principal é levar os alunos a produzir e a compreender textos e que, para isso, eles precisam apropriar-se do sistema alfabético e de normas ortográficas básicas; desenvolver capacidades de localizar informações em textos; elaborar inferências; estabelecer relações intertextuais; estabelecer relações sintático-semânticas entre partes do texto; organizador sequencialmente informações em um texto, atendendo a finalidade proposta e adequando o texto aos seus destinatários; revisar textos quanto ao conteúdo, quanto á clareza, quanto á coesão textual e quanto ao atendimento a normas cultas básicas, ; conhecer diferentes gêneros textuais, lendo e produzindo exemplares desses gêneros; entre outras ações linguísticas. E isso deve ser trabalhado desde a educação infantil.

Segundo Libânio (2000): É o currículo que acontece na sala de aula em decorrência de um projeto pedagógico e um plano de ensino. É a execução de um plano, é a efetivação do que foi planejado, menos que neste caminho de planejar e do executar aconteça mudanças, intervenção da própria experiência dos professores, decorrente d seus valores, crenças e significados.

Segundo o livro a qual estudamos que é letramento e alfabetização de Rosa Maria, Silvia Cristina, Andreia Corrêa. O currículo é o eixo central da ação educativa. Sua finalidade é delimitar atividades conteúdos, experiências dos alunos e também de seus professores. Temos também currículo prescrito, currículo real, currículo oculto esses são tipos de currículos estabelecidos dentro de uma escola. 

Organização didática para uma sala de aula segundo observações são: atividades permanentes; projetos didáticos; atividades sequenciais; atividades esporádicas e jogos. Todas essas formas de organização do trabalho de uma sala de aula favorecem múltiplas aprendizagens. É importante saber que existem algumas estratégias mais apropriadas que outras para determinados objetivos.

Para ampliar o repertorio dos alunos de gêneros textuais, de conhecimentos sobre determinado tema, de suportes textuais, essas atividades são de relevância inquestionável. As atividades de leitura diária pelo professor podem propiciar, acima de tudo, ampliação do grau de letramento dos alunos, desenvolvendo do gosto literário e curiosidade para os diferentes suportes textuais, e também fornece modelos de leitores, conforme já dissemos. Realizando uma ação planejada, temos mais condições de dar conta dessa complexa tarefa que é alfabetizar letrado. Contudo foi uma referência muito importante pois abriu um leque para ser trabalhada em sala de aula, para que os alunos possam ter a liberdade de se expressar e construir seu próprio conhecimento.

3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino

3.1 Tema e linha de pesquisa

O tema abordado é alfabetização e letramento na área da docência. Uma ideia muito importante para os dias atuais, pois buscará forma diferente para trabalharmos com as crianças. Contribui e muito para o futuro dos profissionais da educação.

3.2 Justificativa

Uma linha muito importante, por ser uma base para a reflexão do futuro de cada criança. A alfabetização e o letramento bem elaborados pelos seus educadores melhoram o nível de desempenho dos seus educandos, terá uma

Reflexão boa no futuro, e bom aproveito do que aprendeu. Através das dificuldades apresentadas por muitos alunos nas áreas da leitura e escrita, foi trabalhada a construção das competências necessárias ao aluno, acreditando que cada um será capaz.

3.3 Problematização

O importante saber que base deve tomar diante ao questionamento a ser feito. Qual a importância de alfabetizar-letrando? Uma criança que apenas conhece o sistema de escrita está letrado? Os alunos conseguem discerni os diferentes tipos de textos?

O ato de ler e escrever é uma realidade muito posto no cotidiano das pessoas. Portanto, nem todos os professores obtêm resultados na leitura e na escrita em tempo rápido e isso justifica a busca de novos caminhos na escola. A leitura busca passaporte que permite viaja para ter contatos com outros lugares, ampliar horizontes, desenvolver compreensão e a comunicação. Contudo esse projeto busca ajudar o aluno a desenvolver a pratica da leitura, trabalhando vários gêneros textuais. Portanto o aluno tem que ter o uso de ler revista. Jornais e livros, e se interagir socialmente no convívio efetivo com a leitura e apropriar-se do sistema de escrita.

3.4 Objetivos

Objetivo geral

Colaborar no processo de alfabetização e letramento dos alunos por intermédio de atividades significativas e agradáveis que alimentem o imaginário das crianças e contribuem para o desenvolvimento da leitura e escrita onde os alunos possam interagir com o objeto de estudo.

Objetivo especifico

Valorizar o conhecimento próprios dos alunos;

Desenvolver o gosto pela leitura e escrita;

Realizar leitura fácil com compreensão.

3.5 Processo de desenvolvimento

Com base ao estudo e pesquisas realizadas sobre os teóricos que defende uma alfabetização e letramento através da construção, interação, por hipóteses, por métodos, cada qual tem seu ponto de vista mais todos com o mesmo intuito que a criança possa se desenvolver através do seu potencial.

Segundo Magda Soares que diz: ´´se alfabetizar significa orientar a criança para o domínio da tecnologia da escrita, letrar significa leva-la aos exercícios das práticas sociais de leitura e de escrita. Uma criança alfabetizada é uma criança que tem habito, as habilidades e até mesmo o prazer de leitura e de escrita de diferentes gêneros de textos, em diferentes suportes ou portadores, em diferentes contextos e circunstâncias´´ (Soares 2004).

Através desses pontos e estudos podemos perceber que a alfabetização e letramento trabalhada por gêneros literários, que pode ser abrangido por fabula, conto, poema, poesia, rimas, lendas, entre outros, pode ter um efeito bom para as crianças, por ser uma área que elas se interessam.

Diante a esses pontos foi escolhido o conto para ser trabalhado nesse projeto, podendo dentro do conto contar a história escolhida, ter uma interação de diálogo entre os pequenos, dentro da história de forma lúdica trabalhar a escrita, trabalhar a interpretação, a ilustração da história, como era o local, como que era o pai com o filho, como fez o filho amar os livros, e a visão de mundo que ele ensina seu filho, devemos trabalhar com as crianças também, trabalhar a quantidade de pessoas que aparece na história, falar sobre o ar a natureza, sobre as plantas, as flores, entre muitas outras interpretações que aparecera no conto. O livro escolhido para esse trabalho foi dez bons conselhos de meu pai de João Ubaldo Ribeiro – Companhia das letras. Um livro que seu Pai Emanuel ensinou seu filho João a amar os livros, valorizar o estudo, a vontade de saber sempre mais, com isso contribuiu para a construção de um dos mais importantes autores da literatura brasileira.

Os maneiras a ser contribuída para se trabalhar em uma sala de aula poderá ser através de teatro, com música (trazendo música e através do conto fazer fundo musical), fazer cartaz, encenação dos alunos, podendo também deixar a liberdade das crianças se expressarem, por intermédio da interação poderá também obter a leitura individual e coletiva, elas mesmo poderá construí seu ponto de vista para ser trabalhada, o professor deve achar meios para que seja uma aula prazerosa e participativa para que os alunos sente à vontade para poder sempre querer saber mais.

3.6 Tempo para a realização do projeto

1° dia: Apresentação do gênero textual que é o conto; apresentar o livro ´´Dez bons conselhos de meu pai´´; conhecimento prévio dos alunos; questionamentos sobre o conto; sobre as ilustrações, moral da história.

2° dia: Biografia do autor; Cartaz para o conto, leitura individual, e coletiva; reflexão sobre a moral e elaboração de uma lista dos conselhos do pai.

3° dia: Trabalhar consciência silábica; reescrever pontos do conto com a ajuda do professor e pais.

4° dia: Socializar os pontos a qual foi escrito e colocar no mural para exposição, terá a encenação da história contada aos alunos (portando os alunos nesse momento vai ser espontâneo, pois não estar fantasiado para a cena).

5° dia: Dramatização e ilustração através de teatro as crianças já estarão preparadas para a apresentação. Conversa sobre como foi a realização e a avaliação como pode ter um aprendizado por meio dessas maneiras de aulas.

Cada aula durara por 4 horas, totalizando 20 horas, na qual será uma semana completa.

3.7 Recursos humanos e materiais

Livro “dez bons conselhos de meu pai”;

Cartaz;
Quadro;
Giz;
Tesoura;
Cola;
Lápis de cor;
Atividades impressa;
Roupas para o teatro;
Objetos para o teatro.

3.8 Avaliação

O aluno será avaliado de forma continua e progressiva, respeitando o grau de aprendizado de cada educando. Será através da participação, interesse, motivação e o desenvolvimento das atividades.

4 Considerações finais

Diante do que foi exposto sobre alfabetização e letramento dentro do ambiente escolar e fora dela é um assunto que não se acaba facilmente, porque a sociedade vem trazendo novos padrões de exigências, novos paradigmas, métodos e teorias, para um melhor desempenho nos futuros pedagogos precisa buscar, pesquisar, fazer formação continuada, cursos para poder nos adaptar ao novo e diferente modelo de alfabetizar. O objetivo desse projeto sobre a alfabetização e letramento foi discutir as noções de como faz um bom trabalho diante as teorias, busca chegar perto entre teoria e pratica dentro de uma sala de aula. Demostrar como é viável comtemplar esses dois processos de maneira articulada com a interação e construção do conhecimento do trabalho pedagógico.

Contudo, foi visto maneira de como trabalhar o processo de alfabetizar letrando, com base aos teóricos teve como ter uma visão ampla para melhorar o desempenho em sala de aula. Esforçar para fazer um bom trabalho dentro do lúdico será bem mais proveitoso, pois hoje as crianças estão frente a tecnologias que os chama com mais firmeza, por isso nos pedagogos devemos fazer o diferente com a ajuda desses meios.

REFERÊNCIAS

ALFALETRAR, Projeto alfaletrar, disponível em <https://alfaletrar.org.br/sobre-o-alfaletrar>. Acesso em 25 de agosto 2024.

CASTANHEIRA, Maria Lucia; MACIEL, Francisca Izabel Pereira; MARTINS, Raquel Marcia Fontes. Alfabetização e letramento na sala de aula. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2008.

EDUCAÇÃO, Portal. Artigo, disponível em <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/niveis-do-desenvolvimento-da-escrita-e-as-contribuicoes-de-emilia-ferreiro/45443>. acesso em 10 de outubro de 2019.

ESCOLA, Nova. Livros infantis que disparam boas conversas em sala de aula, disponível em https://novaescola.org.br/conteudo/11657/livros-infantis-que-disparam-boas-conversas-em-sala-de-aula. Acesso em 18 de outubro de 2019.

ROGERIO, Rosa Maria de Freitas; ALMEIDA, Silvia Cristina Herculana; SILVIA, Andreia Corrêa. Letramento e alfabetização. 2017. Londrina: Editora e Distribuidora S.A. 2017.

SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. 7 ed. São Paulo: Editora Contexto. 2017.