A INFLUÊNCIA DA PSICOMOTRICIDADE NA APRENDIZAGEM

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th10249080631


Andressa Nadir Muhl
Divino Rodrigues Sousa
Flávia Caetano Da Silva
Katia Laurinda Da Silva
Profª. Divina Wanderley Barros


APRESENTAÇÃO: Procurando expressar os conhecimentos em Educação Psicomotora, em razão do seu próprio objeto de estudo, isto é o ser humano, e suas relações com o corpo, a psicomotricidade baseia- se em uma concepção unificada da pessoa, que inclui as interações cognitivas, sensoriais, e psíquicas, na compreensão das capacidades de ser e expressar-se a partir do movimento, em um contexto psicossocial. As dificuldades escolares, que surgem através dos problemas de aprendizagem psicomotora, podem afetar varias áreas do desenvolvimento da criança, como desenvolvimento da personalidade, do comportamento, desenvolvimento afetivo, motor, a percepção dos espaços temporais,da motricidade e coordenação, na qual envolve uma grande função dos psicólogos em entender esses comportamentos. A presente pesquisa teve como metodologia um levantamento em diversas bibliografias. O trabalho pode oferecer aos pedagogos e psicopedagogos, subsídios teóricos que lhes possibilitam a compreensão das relações conhecidas entre a motricidade humana e os processos de aprendizagem, tanto no âmbito das atividades predominantes motoras, como das atividades predominantemente cognitivas, apresentando os caminhos mais eficazes e as contribuições e auxilio no diagnóstico que a psicomotricidade possui para o tratamento dos problemas de aprendizagem do paciente na clinica, ou até mesmo na escola. Propiciando aos profissionais, atividades que podem ser utilizadas como instrumento para avaliação e intervenção, em dificuldades psicomotoras leves, subjacentes a problemas específicos de aprendizagem.

Palavras-chave: Dificuldade escolares. Criança. Educação Psicomotora. Problemas de aprendizagem-. profissionais.

1 INTRODUÇÃO

A psicomotricidade é a ciência que tem como objeto de estudo, o homem através de seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo. Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. É sustentada por três conhecimentos básicos: o movimento, o intelecto, e o afeto. Psicomotricidade, portanto, é um termo empregado para uma concepção de movimento organizado e integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito cuja ação é resultante de sua individualidade, sua linguagem e sua socialização. (Sociedade Brasileira de Psicomotricidade).

Procurando articular e sistematizar os conhecimentos adquiridos em educação psicomotora, busco compreender a motricidade humana e o desenvolvimento cognitivo possibilitando o conhecimento da mente e do corpo, em movimento, e assim: valorizar a afetividade da criança, em seu meio educacional; oferecer aos professores e psicopedagogos, subsídios teóricos que lhe possibilite a compreensão das relações conhecidas entre a motricidade humana e os processos de aprendizagem, tanto no âmbito das atividades predominantemente motoras, como das atividades predominantemente cognitivas, apresentando os caminhos mais eficazes; propiciar aos psicopedagogos e professores vivências de atividades, que podem ser utilizadas como instrumento para avaliação em dificuldades psicomotoras leves. É necessário que a educação esteja preparada, para receber essas crianças, com profissionais especializados e qualificados para atender a clientela da escola.  Ter um conhecimento aprofundado, para lidar com os educandos em seu processo de aprendizagem, dando oportunidades as crianças, a se situar no tempo, e no espaço.

Os problemas de aprendizagem psicomotora estão em toda parte, cabe a nós, nos aperfeiçoarmos em nosso campo de ensino, para podermos atender melhor os educandos, oferecendo melhores condições de desenvolvimento e interação. Esse trabalho servirá de apoio para esses profissionais, podendo ser utilizados como instrumento para avaliação, e intervenção das dificuldades psicomotoras leves.

2 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO

Piaget criou o desenvolvimento cognitivo através de estágios que a criança passa desde seu nascimento, os estágios são de estrutura de conjuntos característicos das leis de totalidade, que propicia esquemas formados de outros esquemas anteriores, formando novos esquemas, sendo que cada estágio representa etapas de desenvolvimento para a criança.

Segundo PIAGET: (1999)

A evolução do desenho infantil é solidária ao processo de estruturação do espaço pela criança. Em cada estágio desenvolvimento, observa-se uma forma específica de representação do espaço. (PIAGET, 1999, p. 20)

A criança tem manifestações simbólicas, ou seja, rabiscos que a mesma desenha já com três anos de idade, mas essa garatuja só terá precisão de figura com aproximadamente cinco anos de idade, são imaginações e realidade dos próprios, através das representações do espaço.

O desenvolvimento cognitivo está relacionado ás formas de pensamento da criança em sua fase de desenvolvimento, pois ao longo do tempo a criança muda pensamento, ela adapta aos determinados ambientes que ela vivência. Pode-se observar esse desenvolvimento cognitivo através do comportamento, brincadeiras, como forma de pensamento, as crianças respondem a questões incorretas e diferentes. Para entender sobre isso o psicólogo Jean Piaget desenvolveu um estudo sobre o desenvolvimento motor observando os seus três filhos, pode perceber, que a criança pensa e responde algumas questões de acordo com o que elas vivenciam, e esse (pensamento) raciocínio muda através de adaptação do ambiente e seu comportamento.

O estágio sensório motor é o período do nascimento aos dois anos de idade, fase em que a criança nasce com algumas habilidades existentes em seu próprio ser, como o de sugar o seio da mãe, sacudir o chocalho e distinguir o balançado ou não. Para os bebes tudo aquilo que desaparecem automaticamente não existem mais. Quando a criança está na fase final do sensório motor ela tem a capacidade do auto reconhecimento dela mesma com a imagem refletida no espelho, essa é fase é importante ser valorizada, é a descoberta do “eu” e da sua imagem ao espelho, já começam a andar e a falar e se tornar independentes dos cuidados humanos.

O estágio pré-operacional é a fase dos dois aos sete anos de idade da criança, ressaltando que esta fase está ligada ao desenvolvimento cognitivo, onde a imaginação da fantasia faz objetos virar coisas fascinantes, latas virarem carrinhos, visto que crianças tenham esse progresso de imaginação ela ainda não consegue ver do ponto de vista de um adulto, por que ela não consegue se colocar no lugar de outra pessoa, ou seja, são crianças egocêntricas.

Esses estágios que a criança passa no período do seu desenvolvimento motor são fundamentais ser observados para ajudar nas dificuldades escolares encontradas na pré-escola, período correspondente ao desenvolvimento cognitivo.

O desenvolvimento da criança nada mais é, do que a maturação dos tecidos nervosos, músculos, crescimento dos ossos que vão possibilitar um ótimo desenvolvimento motor quanto esses aspectos não são apresentados na fase de zero a três anos, a criança pode ter algum distúrbio ou doença.

A criança de 0 a 2 anos, nasce dependente de um outro ser, para guiar seus passos, ou seja não é capaz de se cuidar sozinha, precisa de cuidados de um adulto, que sempre terá que adivinhar seus desejos como o choro, entre outros.

Já a criança de 2 a 3 anos consegue se comunicar através da fala, expressando o que sente como fome, sede, sono, frio, ela já possui uma autonomia do desenvolvimento infantil. A criança ao nascer passa por processos de sensações (sensório) ou movimentos (motor) e para que esses processos tenham êxito, é preciso que estimule audição, visão, tato, para que ocorra um excelente desenvolvimento.

Dos 3 aos 4 anos, a criança quer que seus pedidos sejam atendidos e descobre como fazer isso se realizar. Já com 4 a 5 anos consegue carregar seus materiais escolares, seus brinquedos, se identificar com alguns colegas e escolhe suas próprias brincadeiras. Dos 6 aos 7 anos a criança está apta a conseguir realizar tarefas com autonomia e segurança.LINDAL DA VODOFF, (2001), comenta que: “Elbinghaus acredita que a mente armazena ideias a respeito de experiências sensoriais passadas e que as ideias que seguem uma outra, próxima no tempo ou no espaço tornam-se interligadas”.

O ato de ouvir uma musica sentir um ambiente aquecido, sentir uma perna sobre a outra, é uma impressão sensorial, de acordo com os psicólogos. Toda informação que chega aos nossos órgãos dos sentidos é capturada no momento, por um sistema de armazenamento chamado se memória sensorial (MS).

A memória de curto prazo, nada mais é que o armazenamento que é temporariamente 15 segundos. A memória de longo prazo significa o armazenamento de um processo profundo de informação, ou seja, uma forma de recuperar essa memória.

LE BOUCH, (1998) comenta sobre a importância da educação psicomotora:

Emitimos a hipótese de que o objeto principal da educação psicomotora precisamente ajudar a criança a chegar ama imagem do corpo operatório  que concerne não só o conteúdo, mas também a estrutura da relação, entre   as partes e a totalidade do corpo, e uma unidade organizada, instrumento da relação com a realidade. (LE BOUCH, 1998, p. 60)

De acordo com o desenvolvimento inicial da criança pode-se perceber que a fase da psicoafetiva da criança evolui conforme a sua maturação. Existem etapas do corpo como, corpo percebido onde a criança visualiza a imagem corporal de percepção e etapa do corpo representado, isso acontece quando a criança ingressa na escola, onde ela terá acesso ao mundo exterior desconhecido com atividades corporais de motricidade.

Neste momento podemos entendera criança não está em sua fase de maturação, seu corpo não está em unificado então não podemos falar de (EGO). A criança pode ajustar suas funções de espaço de seu cotidiano de vida obtendo as condições necessárias nas situações de pensamento tendo uma ótima função psicomotora desenvolvida.

A imagem do corpo operatório representa todas as ações do ambiente que a criança se encontra porque elas giram em torno do seu próprio corpo com o apoio da educação na escola primaria é importante trabalhar esse aspecto.

A criança de dois anos e meio se limita a um espaço onde o qual é vivenciado por ela. Já a criança de 3 a 6 anos seu espaço é através de representações e dimensões mais amplas.

Quando chega ao final da escola primaria (pré-escolar) a criança conhece a relação entre o corpo e o espaço ao seu redor sendo que ela não é suficiente ainda para assimilar, porque existe uma construção de funções como espaço e tempo topológico, onde a criança a partir da figura sabe distinguir aspectos figurativos do geométrico, uma fase muito importante para o desenvolvimento motor da criança, aos poucos ela vai se diferenciando em linhas horizontais e verticais, lateralidade, esquerda, direita, alto, baixo, linhas paralelas.

A criança só consegue essa assimilação entre 4 aos 6 anos de idade, se desprendendo da visão da imagem do corpo, isso de dá o nome de universo euclidiano, mas que necessariamente precisa de um pouco de referencia, ou seja, um orientador.

2.1 Desenvolvimento da Personalidade

A personalidade é constituída do comportamento e baseia-se em instintos e tais instintos são inconscientes, muitas vezes são agressivos como mudanças de comportamento, como a fome que todo ser humano sente ou até mesmo, a sede, que é um instinto humano.

Algumas ideias e pensamentos o querer saber das coisas como: o porquê disso, ou daquilo são estruturas que fazem parte da construção da personalidade. FREUD (2001), afirmou que a personalidade forma-se ao redor de três estruturas: o ID, o EGO e o SUPEREGO. O ID é a única estrutura presente no nascimento é completamente inconsciente.

O ego é o controle das nossas ações e pensamentos o ego por sua vez procura satisfazer os impulsos do id que é o principio de fazer imediato ou de evitar a dor. O ego é o principio da realidade ele realiza os desejos do id.

O superego não está presente ao nascermos ele só é percebido quando sabemos o que é bom ou ruim, ele serve de guia para o ego como consciência, uma forma de comparar o superego é o cuidado que os pais têm, com as crianças, do que é bom ou ruim para elas.

Existem fases de sexualidade que fazem parte do desenvolvimento da personalidade (fase oral do nascimento aos 18 meses) essa fase os bebes dependem muito dos cuidados dos adultos, para atenderem os seus desejos, como a da alimentação, o prazer de se alimentar, mastigar e morder, as crianças que recebem muita gratificação oral nessa fase podem se tornar crianças gulosas e disponibilidade para brigas e falta de confiança das pessoas de sua volta.

A fase anal dos 18 meses aos três anos e meio de vida é desenvolvido o prazer sexual passa para o ânus, a criança sente prazer ao reter as fezes, se apegam e até choram quando essas fezes são eliminadas.

Ao término dos três anos de idade a criança passa a fase fálica, ciúmes do genitor do mesmo sexo, ou seja, a menina sente ciúmes da mãe com o pai, ela quer ficar no lugar de sua mãe, FREUD (2001) chamou de complexo de Electra. Já os meninos sentem ciúmes da mãe com O pai, eles querem ficar no lugar do pai conhecido como complexo de Édipo.

FREUD, (2001) acreditava que:

No final da fase fálica as crianças perdem o interesse pelo comportamento sexual e entram em um período de Latência. Durante esse período que começa por volta dos 5 ou 6 anos e termina aos 12, os meninos brincam com as meninas e nenhum dos sexos demonstra interesse pelo outro. (FREUD, 2001, p. 35)

É muito importante observar e conhecer a fase do desenvolvimento da personalidade principalmente no ambiente escolar para não cometer erros graves com as crianças, a fase fálica é bom lembrar que muitas escolas separam meninos das meninas, para as brincadeiras não fazendo a interação social das crianças e isso não pode acontecer.

Sendo assim a criança constrói sua personalidade através dos princípios sociais e mentais que passam no decorrer da sua vida desde o seu nascimento.

2.2 Dificuldades Escolares

As dificuldades escolares são focalizadas principalmente na educação infantil, pois ao ingressar na escola a criança passa por um processo de adaptação ao novo movimento, ao qual irá passar como interação social com os demais alunos e professores.

Cada indivíduo tem um comportamento diferente um do outro, esse tipo de ação é chamada de desempenho e muitas vezes as crianças as crianças tem dificuldades de comportamento, características com, fadiga e ansiedade são essenciais que os professores observem esse tipo de atitude comportamental e também afetiva que geralmente a criança enfrenta nos primeiros anos da educação infantil e na alfabetização.

Muitos pais tendem em comparar seus filhos com outras crianças, com ambos da mesma idade, sendo que um sabe mais que o outro, isso jamais pode acontecer lembrando que cada criança tem o seu próprio desenvolvimento psicomotor, ou seja, seu desenvolvimento cognitivo dentro dos seus estágios.

Existem duas dificuldades de desatenção da criança chamando de hiperatividade e hipoatividade que pode ser detectada ainda na escola primaria. A criança hiperativa ela não consegue se focar em um único objetivo, pois ela pensa em tudo ao mesmo tempo e é inquieta, já a criança hipoativa vive no “mundo da lua” não tem atenção aprendida e é sempre muito quieta. Essas dificuldades escolares primárias podem ser vistas e tratadas para que não tenha um processo desfavorável na aprendizagem.

O psicopedagogo pode ajudar muito essa criança, mas com apoio de um psicólogo para detectar o problema e auxiliar essa criança a conseguir progredir no seu desenvolvimento cognitivo.

Sendo assim as dificuldades escolares primarias devem ser observadas desde o inicio da escolaridade infantil, para que problemas futuros sejam evitados, visando também à qualidade de ensino e a percepção de professor que deve estar atento a essas dificuldades psicomotoras que a criança pode ou não passar no seu desenvolvimento.

3 PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM COMPORTAMENTAIS PSICOMOTORAS

A aprendizagem comportamental é muito importante ao qual envolve uma grande função dos psicólogos na questão de poder entender esses comportamentos de ser um aprendiz de suas habilidades, adquirindo novas experiências no decorrer desse processo de aprendizagem.

Os psicólogos medem essa aprendizagem comportamental através da observação da mudança que cada indivíduo tem chamado de “desempenho”. A aprendizagem comportamental necessita ser observável, uma criança, por exemplo, duas pessoas podem se casar, mas a mudança em si só é vista anos mais tarde como o processo até chegar ao casamento e entender o que ele significa na vida dos seres humanos.

MOSQUEIRA, (1984), afirma que: “A psicologia nos proporciona compreensão dos comportamentos humanos, e a educação nos possibilita o ato de orientar ou ajudar a modificar estes comportamentos”.

Existem alguns fatores de problematização do desempenho do comportamento como ansiedade, fadiga e motivação por isso às vezes é muito comum alguma criança na hora da prova “dar branco” mesmo sabendo de todo conteúdo proposto.

Os processos de memória também são muito importantes como a codificação que é o armazenamento e aquisição de informação através desse processo podem se traduzir os conteúdos de uma forma para outra com significados. Pode se codificar também através de prática, ou seja, ela identifica, armazena e depois expõe seus conhecimentos.

PIAGET, GRECO apud. LAJONQUIERRE, (1974) comentando a respeito:

Saber se existe uma aprendizagem das estruturas lógicas e se é redutível ás das estruturas físicas ou se comporta pelo contrário uma espécie de circulo (ou espiral) tal que para aprender ou construir uma estrutura lógica é necessário partir de outras estruturas lógicas ou pré-lógicas que estão diferenciadas por m conjunto de exercícios operatórios ou pré-operatórios até atingirem a nova estrutura. (PIAGET, GRECO apud. LAJONQUIERRE, 1974, p. 102)

A criança no final da pré-escola saberá dissociar se do mundo interior e exterior formulando uma percepção de deslocamento de imagens reprodutoras.

Sendo assim vários aspectos que a criança descobre e visualiza no seu período da imagem do corpo operatório e pré-operatório corresponde a essa realidade de mundo exterior e interior. Isso se dá através dos valores que cada um tem que é passado e adquirido no ambiente social e familiar, a criança constrói valores e deveres e a partir disso que o seu mundo externo se reflete de acordo com o seu mundo interno, ou seja, a criança cria e armazena o que ela acredita ser interessante e através disso ela expõe no dia a dia pelo seu comportamento tanto no convívio escolar ou familiar para que uma eventual mudança ou busca de comportamento seja entendida e orientada para a criança em seu processo de desenvolvimento.

3.1 Dificuldades Escolares Afetivas

A criança que ingressa na escola ou creches que jamais estiveram em ambiente escolar anteriormente a fase de adaptação é uma nova situação que confrontará, nesses casos é muito importante ver a realidade do educando para melhor orientar no seu desenvolvimento e aprendizagem.  A dificuldade também cobrada dos pais implica numa situação turbulenta pelo fato de algumas crianças não atingirem o nível de outras crianças da sua faixa etária. Essa origem afetiva causa problemas de dificuldades escolares como no plano funcional. Contudo se faz necessário trabalhar lúdico, comunicação da linguagem, a importância da imagem do corpo passando segurança para a criança que é superprotegida pela família e melhorar os aspectos funcionais recuperando alguns atrasos para obter boas condições de qualidade de vida.

Existem crianças que tem dificuldades pela matéria ocasionando o desinteresse por conteúdos propostos pela professora e esses problemas muitas vezes são de origem afetiva ou a maneira que o professor apresenta essa matéria para o educando, vale lembrar que a fase preparatória da criança existe uma desatenção da organização da imagem do corpo onde é direcionado a psicomotricidade, ou seja, psicomotora sendo uma criança que possui excesso motor verbal e falta de capacidade de fazer algo na prática à criança geralmente apresenta essas características no final da escola maternal podendo ter um atraso na sua aprendizagem escolar.

É necessário que essa criança com desequilíbrio de atenção seja orientada pela educação psicomotora mostrando a atuação do controle aos seus impulsos motores ou de forma verbal logo na primeira fase maternal para que essa dificuldade seja eliminada gradativamente com trabalho corporal e não com penalidades e necessariamente com o apoio do ambiente familiar.

A escrita é um meio de comunicação primordial na vida do ser humano, ela também é um aprendizado motor que deve ser trabalhado na fase preparatória entre a percepção de espaço, escrita e leitura. A lateralidade esta ligada a esse conjunto, sendo que a sua tradução é assimetria funcional, ou seja, lado esquerdo ou direito, a lateralização de olhar e saber que algo se encaixa em determinado lugar entre outros como a leitura de qualquer frase ou texto que a criança for ler é uma motricidade ocular que todos nós desenvolvemos quando crianças.

A origem afetiva vale lembrar que uma criança jamais deve ser comparada com a aprendizagem de outra e geralmente em alguns casos os pais fazem essa comparação sendo que é inadmissível pelo fato que cada ser humano é um ser único e diferente de qualquer outro, cada criança tem seu tempo, seu desenvolvimento e sua aprendizagem.

Algumas dificuldades também são encontradas nos cálculos matemáticos como formas geométricas, ou seja, espaço representativo e o perceptivo que é desenvolvido nessa fase como espaço e tempo, essa relação pode ser originada e dissociada uma da outra e no período escolar como a inteligência lógica de memorização e representação mental deixando trabalhar o lúdico também nessa faixa etária. Na fase pré-escolar é voltada aos problemas fundamentais do movimento da criança.

Uma criança que ingressa na escola primaria ela depara com um ambiente no para ser adaptado, em seu desenvolvimento é percebido dificuldades na linguagem e na escrita onde o professor pode trabalhar a comunicação perdendo a inibição do educando, muitas vezes vítimas de carências afetivas, elas precisam ter uma recuperação do atraso funcional.

Existe um problema nas escolas chamado de “déficit de atenção”, ou seja, instabilidade psicomotora são crianças com excesso motor verbal e insuficiência de exercer algo, podendo ser diagnosticado no final da escola maternal e provavelmente na escola primária evasão ao atraso escolar pela instabilidade e o desequilíbrio provocado pela falta de estímulos e inibição. A criança através de estímulos irá aprender a diminuir seus impulsos motores ou verbais, ou seja, impedir de fazê-lo.

LE BOUCH, (1998), afirma que a educação psicomotora é fundamental nos primeiros anos de vida de uma criança:

O objetivo da educação pelo movimento é contribuir ao desenvolvimento psicomotor da criança, de quem depende ao mesmo tempo, a evolução de sua personalidade e o sucesso escolar. Nossa posição a respeito deste problema foi fixada na obra O Desenvolvimento psicomotor do nascimento aos seis anos. (1) Lembramos, contudo que a imagem do corpo não é uma função, mais um conceito útil no plano teórico, na medida em que serve de guia para compreender melhor o desenvolvimento psicomotor através das diversas etapas. (LE BOUCH, 1998, p. 90)

Desta forma a imagem do corpo tem a origem de representação de espaço e tempo com o ego dentro da realidade vivenciada, isso ocorre na fase pré-operatória construindo então a sua própria identidade a criança com a sua imagem e o espaço entre si e a realidade é no final da escola primária que a criança, se encontra nesses aspectos mencionados, ela vai descobrir o seu próprio ego já consegue saber o que é uma evolução gradativa dos estágios que uma criança passa.

3.2 Hiperatividade e Hipoatividade

A criança hiperativa é excessivamente impulsiva, tem um dialogo muito longo, não consegue ouvir outra pessoa sem esperar falar primeiro e geralmente age sem pensar nas consequências. O hiperativo pensa em tudo ao mesmo tempo em várias coisas não conseguindo concentrar em um único estimulo deixando de lado as outras. Essa atividade psicomotora explosiva faz com que o individuo não se concentre em um único foco ou objeto porque sua atenção está ligada em todos objetivos ao mesmo tempo tanto que o hiperativo não para está sempre atropelando sempre tudo. Existe uma deficiência de atenção ligada ao hiperativismo é uma dificuldade de concentrar em um objetivo e entender e compreender sobre o assunto e assimilando-o essa desatenção está ligada a hiperatividade e hipoatividade duas dificuldades de aprendizagem.

A hipoatividade está relacionada a um nível muito baixo da atividade psicomotora onde o individuo ainda quando criança não consegue relacionar com muitos alunos tem a memória muito pobre, ou seja, vivem no “mundo da lua”, algumas vezes essas crianças é chamada de boazinha, mas tem pouca interação social com os demais indivíduos ou crianças de sua convivência.

Essas duas dificuldades de atenção psicomotora de aprendizagem são de muita importância de serem detectadas ainda na infância, pois pode prejudicar o andamento normal da aprendizagem ocorrendo um atraso do desenvolvimento escolar, muitas vezes passa despercebida aos olhos humanos.

Se existe dificuldades de aprendizagem é necessário diagnosticar essa dificuldade e souber por que isso acontece e como será sanado este problema, o qual característica para corrigir essas causas de dificuldade.

A hiperatividade atinge cinco por cento das crianças (5%) em fase de indisciplina escolar, é um comportamento que muitas vezes é confundido como indisciplina, mas é característico de distúrbios de atenção, mas é característico de distúrbio de atenção que é de suma importância que o professor conheça sobre como lidar com esse problema, para que saiba como trabalhar diferencialmente para não causar danos ao aluno, podendo trazer problemas no desenvolvimento da criança.

A história do (TADS), transtorno de Déficit de atenção que surge na metade do século XIX, mas somente no século XX foi iniciado o quadro clínico sistemático. O TADS é também um distúrbio de atenção e pode ser acompanhado com a hiperatividade conhecido como (TDAH), causada por ingestão de álcool na gestação, meningites encefalites podem ser origem desse problema.

A hiperatividade, segundo Lancet, (1998), denominado na medicina de desordem do déficit de atenção, pode afetar crianças, adolescentes e até mesmo alguns adultos. Os sintomas variam de brandos a graves e podem incluir problemas de linguagem, memória e habilidades motoras. Embora a criança hiperativa tenha muitas vezes uma inteligência normal ou acima da media, o estado é caracterizado por problemas de aprendizado e comportamento. (ABRICHAIM, 2000, p. 127).

As crianças com problemas de hiperatividade geralmente são frustradas, inquietas discutem muito com os pais e até mesmo com seus professores, pois a criança com esse tipo de problema está ligada em tudo ao mesmo tempo, não consegue focar em um único propósito e esse comportamento é ruim no ambiente familiar e escolar, pois a criança tem a dificuldade de aprender pela falta de atenção. Existem muitas maneiras de tratar de uma criança hiperativa a começar pelo apoio familiar, e também, da escola, sendo essa deficiência do sistema nervoso tem que ser entendida como um problema que pode ser solucionado com apoio psicológico e psicopedagógico para ser diagnosticado e tratado do seu grau de dificuldade que ocasiona na criança.

4 MOTROCIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL E ALFABETIZAÇÃO

Na pré-escola é essencial e primordial a atividade motora para orientar o desenvolvimento da criança e também seu equilíbrio, pois o mundo exterior está sendo conhecido através da gravidade, pois é necessário deixar que a criança tenha acesso ao mundo que o cerca.

LE BOUCH, Jean (1998) afirma que:

As relações de equilíbrio permitem ao corpo equalizar se numa atitude de referencia que propicie a confrontação sensorial e motora com o mundo exterior, em relação às forças da gravidade. (LE BOUCH, 1998, p. 40)

É de sua importância que na escolarização a criança tenha um processo de exercícios que sejam trabalhados, os sentidos para o seu desenvolvimento cognitivo e motor seja construído. No ensino aprendizagem o ato motor são habilidades que sucessivamente melhoram as dificuldades psicomotoras do desempenho do movimento e do comportamento da criança, principalmente dos 3 aos 6 anos período pré escolar, inicio da escolarização.

Os exercícios realizados na escola com a orientação do professor através de corrida moderada delimitando a velocidade e o espaço percorrido pelo aluno, outros tipos de corrida também podem ser realizadas como de ziguezague, em circulo, desvio dos pontos delimitados e saltos. Esses tipos de movimentos são percursos de agilidade que podem ser trabalhados com criança no final da escola primária. Os exercícios trabalhados no inicio da pré-escola são direcionados como movimentos do corpo e das mãos através de atividades como massinhas para ajudar o desenvolvimento da coordenação motora grossa, contos e histórias de vários artistas infantis para o mundo imaginário ser criado e também é importante exercícios com dança que será orientada com o professor, diretamente as texturas também podem ser trabalhadas através do tato fino, grosso, áspero, liso, para que a criança saiba diferenciar e identificar essas texturas básicas.

Sendo assim vale ser executado para ser desenvolvido o lado motor da criança para ter um bom desempenho motor.

4.1 Movimento Corporal e Música

A música e o ritmo são essenciais para o desenvolvimento e a percepção da criança, os sons que são emitidos e capturados são transmitidos através da linguagem. Quando o professor ensina uma musica nova, primeiramente deve cantar essa música para apresentar as crianças para depois começar as palmas como complemento que pode ser usado para enriquecer a música e torna lá agradável. Sons e barulhos são experiências psicológicas criadas pelo cérebro em resposta à estimulação. MORRIS, (2004).

Deve ser observado também o estimulo que essa musica provocará através da letra e do seu contexto, pois a mensagem deve ser pensada de acordo com a faixa etária da criança. O professor deve trabalhar a musica determinando o volume do som que é muito importante, os movimentos corporais podem ser elaborados através de coreografias simples que o próprio professor vai ensinar aos seus alunos. A sensação que chamamos de sons é a interpretação que o nosso cérebro faz do fluxo de reflexo das moléculas de ar “batucando” em nossos tímpanos. MORRIS, (2004).

É importante trabalhar a música na pré-escola para desenvolver tanto o lado do movimento corporal, quanto a imaginação e a linguagem, pois a criança além de tudo isso memoriza a musica que se identifica.

Sendo assim a musica é um meio muito importante para melhorar as condições do movimento no desenvolvimento corporal da criança que precisa desse mundo imaginário musical para a construção do ensino aprendizagem.

Ainda quando crianças ouvíamos muitas cantigas de roda, essas cantigas geralmente vivenciadas na escola principalmente na pré-escola são importantes tanto que sempre crescemos temos a vaga lembrança dessas musicas e isso é guardado para todo o sempre.

Quando se fala de corporeidade podemos entender que se trata do corpo vivido, que sente vontades tem atitudes, e percepção para atitudes e questionamentos. Vistos que a educação é muito importante, entender que as crianças nessa fase percebem quando as aulas são repetitivas, sem dinâmica o professor deve estar sempre em uma formação continuada procurando renovar suas ideias. “Os brinquedos cantados, como o nome já diz são atividades diretamente relacionadas com o ato de cantar e ao conjunto dessas canções, a que chamamos de Cancioneiro Folclórico Infantil.” (VERDERI, 2002).

Essas cantigas que aprendemos na infância são passadas de por geração, mas isso não significa que podemos trabalhar essas cantigas de muitas formas diferentes.

Existem vários tipos de cantigas de roda, podem ser trabalhadas as lentas, moderadas, agitadas, em coro em dupla, ou seja, as cantigas são essenciais para o desenvolvimento cognitivo da criança e da sua motricidade dentro da educação psicomotora.

4.2 Motricidade Humana

Educação física é a atividade recreativa, ou seja, o corpo em movimento.

A educação psicomotora está dentro da educação física que é voltada as atividades do corpo é uma interação entre motricidade juntamente com a parte cognitiva do indivíduo.

Motricidade Humana é uma ciência que estuda o corpo em movimento. Atividades: ato de andar, correr, subir, arremessar, chutar; motricidade quer estar dentro da educação física (Essas atividades são essenciais para terem melhor desempenho físico e motor).

As brincadeiras fora do horário da escola são importantes para o desenvolvimento psicomotor. A motricidade é trabalhada á partir do zero ano de idade, ou seja, o maternal.

Na escola de educação infantil e alfabetização deve servir de subsídios para condicionar o movimento e a inteligência, pois nessa fase a criança se desenvolve através das brincadeiras lúdicas juntamente com o professor que direciona essas atividades psicomotoras com apoio pedagógico de acordo com a faixa etária da criança.

A motricidade humana, ou seja, o movimento tem relação intensiva com a afetividade e também com a cognição.

Segundo WALLON, (1989):

A musculatura possui duas funções: a função cinética, que regula o estiramento e o encurtamento das fibras musculares, e é responsável pelo movimento propriamente dito; e a função postural ou tônica que regula a variação o grau de tensão (tônus) do músculo. (WALLON, 1989, p. 100)

A primeira função do movimento da criança é afetiva, mas no primeiro ano da criança que ela possibilita o movimento como uma construção de exploração cognitiva.

Quando pensamos, por exemplo, sobre um determinado assunto, podem-se perceber as mudanças expressivas faciais ou posturais isso acontece porque nossos movimentos estão ligados a nossa mente, esses gestos são chamados de simulacro.

A motricidade exterior está ligada ao controle sobre o ato motor, sendo que cada indivíduo tem a capacidade que permitem esse controle a partir dos 6 anos, conhecidas como disciplinas mentais, antes dos 6 anos as crianças tem uma pequena ação de controle sobre seus movimentos. A ação motora da criança é concebida através de estímulos que é comandado pelo sujeito, assim a criança passa a ter mais capacidade de se desligar de suas recreações e controlar suas ações em atividades que requerem planejamento.

Existe um sério problema de uma criança permanecer quieta parada e concentrada em um determinado assunto, pois a escola é um fato que pode ajudar a criança, através da consolidação das disciplinas mentais, o controle de suas ações podendo sem trabalhadas de forma lúdica, com brincadeiras que exijam concentração e regras, ou seja, que realmente chamam a atenção da criança.

Sendo assim a escola é um fator muito importante nesse período de desenvolvimento motor cognitivo, pois proporciona um direcionamento com habilidades acentuadas para esse processo motriz que se começa no sensório motor de 0 a 2 anos de idade, visando que a criança nessa fase passa por instabilidades, fragilidades das condutas voluntárias lembrando que é o estímulo que controla o sujeito.

4.3 Coordenação com Jogos e Brincadeiras

O brinquedo proporciona a brincadeira predominante na infância. O brinquedo exerce uma função essencial para o desenvolvimento da criança, assim também tem uma grande influência na infância com a imaginação das brincadeiras faz de conta. “O termo “brinquedo”, empregado por Vygostsky num sentido amplo, se refere principalmente ao ato de brincar.” VYGOSTSKY (1984).

Quando a criança aprende a falar seu mundo imaginário se dedica as brincadeiras ou jogos esportivos. A criança pequena com menos de 3 anos na consegue projetar o que quer fazer dali alguns dias no futuro, pois seus desejos são imediatos  então vale lembrar que brincadeiras com regras ou jogos esportivos são melhores entendidos  após 3 anos da criança.

De acordo com Vygotsky o brinquedo faz com que a criação atua em uma esfera cognitiva que depende muito das movimentações internas, pois o pensamento que muitas vezes era externo passa a ser focada pelas ideias, a criança passa a ter a situação ilusória e imaginária mais precisa no âmbito dos desejos não realizados e compreende-los melhor.

Quando a criança brinca de faz de conta ela provavelmente irá agir com reflexos de algum adulto, por exemplo: se ela brinca de “mamãe” ela irá agir com um comportamento previamente já visto por ela com alguma mãe, a criança se sente bem maior que a realidade.

Sabemos que existem umas significativas distâncias entre comportamento real e o comportamento na hora da brincadeira, mas o mundo imaginário aproxima esses comportamentos na medida em que impulsionam esses desenvolvimentos. O jogo no faz de conta é muito utilizado a imaginação como jogo de amarelinha, por exemplo, onde o corpo se movimenta dentro de um determinado padrão de regras ou mesmo fazer um papel vira um barquinho através da construção e representação mental, quando a criança brinca acaba tomando certo distanciamento da vida cotidiana, abrindo espaço para o mundo imaginário.

O jogo também é visto como recreação desde a antiguidade Grega Romana, pois ao jogar exigem força física, intelectual e escolar. A função lúdica nos jogos é essencial, pois propicia diversão para a criança sendo que potencializa a construção do conhecimento, lembrando que o jogo não deve ser visto apenas como uma brincadeira, mas sim como um fator para o desenvolvimento cognitivo nos aspectos, afetivos, sociais e morais.

Segundo PIAGET, (1967 Pg.95) 28 “O jogo é a construção do conhecimento principalmente nos períodos sensório motor e pré-operatório”.

Existem dois tipos de jogos que podem ajudar muito as crianças, com dificuldades ou distúrbios: são os jogos livres ou os faz de conta, que visa autonomia e a socialização das crianças ou ainda os jogos orientados pelo professor, como os didáticos que podem ter mudanças de postura. O brinquedo e o jogo visando o lúdico não são aceitáveis a metodologia de ensino tradicionalista, onde a preocupação é a aquisição de conhecimentos. O jogo na educação infantil é de suma importância no ensino aprendizagem, para a introdução do lúdico para engrandecer o conhecimento, que a criança passa através do seu desenvolvimento.

Quando vemos uma criança brincando de faz de conta certamente nos passa uma imagem de representação como papéis são desempenhados: A menina se torna mãe, a irmã professora, o menino sendo pai, essas representações que se entrelaçam dentro de um contexto onde não tem diretor de peça, apenas crianças usando o seu mundo imaginário e sentimental. Essa simulação ou faz de conta podendo visar o lado afetivo e social da criança, possibilitando um mundo representativo, propriamente dito.

O jogo simbólico que significa o individual, que proporciona movimentos de atos complexos, usado entre 2 a 4 anos de idade, ou seja, uma simulação de ação pode perceber que muitas crianças ao brincar tendem a imitar barulhos de avião, carros, canhão, ou ainda tem a ilusão de ter amigo imaginário. Essa representação de mundo imaginário também é faz de conta , porque envolve a parte social e a fantasia.

Segundo SINGER (1973) apud, KISHIMOTO, MORCHIDA.

A maior parte dos jogos de faz de conta, também tem qualidade social no sentido simbólico. Envolvem transações interpessoais, eventos e aventuras que englobam outras características e situações no espaço e no tempo. O jogo imaginativo acontece com pares ou grupos de crianças que introduzem objetos inanimados, pessoas e animais que não estão presentes no momento. (SINGER, apud. KISHIMOTO; MORCHIDA, 1973, p. 70)

Lembrando que o brinquedo muda de interesse de acordo, com sua faixa etária, por exemplo, um bebê que gosta de um chocalho, já uma criança de 3 anos gosta de outro brinquedo e assim sucessivamente. Esses reflexos mudam muito quando a criança vai crescendo, o brinquedo comporta uma situação imaginária, também comporta uma regra, ou seja, uma regra própria, que a criança cria.

O brinquedo e a realidade são vistas como símbolos entre fantasia e realidade, que ela mesma cria como bem ou mal, dor, felicidade, um triunfo entre heróis, vitimas, bruxas e bandidos. As crianças que vivem em determinados lugares perigosos tendem a repetir suas experiências de vida em suas brincadeiras.

Sendo assim podemos perceber que o jogo e as brincadeiras infantis fazem parte do desenvolvimento cognitivo que a criança passa ao decorrer de sua formação e vale o professor servir de intermediário desse processo de ensino aprendizagem, através das formas lúdicas do faz de conta, que são riquíssimas para essa etapa de construção do conhecimento.

Pensando nesses requisitos, senti a necessidade de sugerir algumas formas de jogos na educação infantil, por exemplo:

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como conclusão desta pesquisa o principal objetivo , é de oferecer  aos profissionais de educação, subisídios teoricosque lhes posibilitam compreensão das relações conhecidas entre a motricidade humana e os processos de aprendizagem, tanto no âmbito das atividades predominantemente motoras, como das atividades predominantemente cognitivas: apresentando um caminho mais eficaz, contribuições e auxilio no diagnóstico, qua a psicomotricidade possui para o tratamento dos problemas de aprendizagem do paciente, na clínica, ou na escola.

Propíciar aos profissionais, vivências de atividades que podem ser utilizadas como instrumento para avaliação e intervenção em dificuldades psicomotoras leves; subjacentes a problemas específicos de aprendizagem.

Há muito tempo nos educadores, nos preocupamos com o desenvolvimento da psicomotricidade, por perceber a sua importância no decorrer da existência. O mundo é todo unânime em afirmar que o exercicio físico é necessário para o desenvolvimento  mental, corporal, e emocionaldo ser humano, e em especial a criança.

Os problemas de aprendizagem psicomotora, assim também quanto as sua propostas, para o bom desenvolvimento de atitudes que levem a esse desafio ser conquistado no âmbito das salas de aulas, requer maior atenção e estudo, não deixando de se aprimorar cada vez mais. Concluo que este trabalho atingiu os objetivos  propostos, buscando levar auxilio aos profissionais da educação, assim como tambem uma base para que esta proposta seja concretizada.

6 REFERÊNCIAS

DAVIDOFF, Lindal L. Introdução a Psicologia. 3° ed. Pearson Makron Books, 2001

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogo, brinquedo e a educação. 3° ed São Paulo: Cortez.

LEBOUCH, Jean. O Desenvolvimento Psicomotor: do Nascimento aos 6 anos. Porto Alegre: Artes Médicas

LE BOUCH, Jean. Educação Psicomotora: Psicocinética na idade escolar. Ed. Artes Médicas Sul, Ltda 1987.

MORRIS, Charles G. Introdução a Psicologia.6° ed.Pretince Hall,2004

MOSQUEIRA, Juan José Mourinõ. Psicodinâmica do PArender,. 3° ed. Porto Alegre, sulina 1984

PIAGET, Jean. A noção do tempo na criança. Rio de Janeiro, Record, 1986

PIAGET, Jean. O nascimento da inteligência da criança. Rio de Janeiro, Zahar 1978

VYGOTSKI, L.S. A formação social da mente. São Paulo, Martins Fontes,1991

http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicomotricidade. Acessado em 22 de março de 2012.