MARKETING EMPRESARIAL E SUA IMPORTÂNCIA PARA AS MICROS E PEQUENAS EMPRESAS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th10248201638


Lima, Ester De Oliveira1


RESUMO

O presente artigo objetiva estudar a importância do marketing empresarial, em especial sobre o seu valor para as micro e pequenas empresas. A priori, na primeira seção, analisa-se a história do direito comercial, aferindo bibliografias competentes, fazendo um apanhado histórico acerca da relação do marketing com o comércio em era passada. Na segunda seção, aborda-se a evolução das atividades comerciárias ao longo dos séculos, com a criação do Direito Comercial e o abandono de Leis antiquadas (que não abarcavam todos os tipos de empreendimentos), perpassando, no terceira seção, pelo conceito de empresário e da atividade empresária, de maneira a fundamentar quais benefícios e de que forma o marketing promove o crescimento de micro e pequenas empresas. Conclui-se que o marketing é uma ferramenta utilizada em todas as classificações de empresas, contudo é amplamente utilizada por microempresas e pequenas empresas, que lançam mão da mesma para catalisar o seu crescimento vertiginoso.

Palavras Chaves: marketing, empresas, Empresários.

1 INTRODUÇÃO

O foco desta pesquisa é o marketing empresarial, que comporta o bom funcionamento das empresas. Para tanto, realizou-se um apanhado histórico em artigos científicos e livros sobre o tema para assimilar o que se depreende, de forma concreta, do comércio no mundo, tanto no passado quanto no presente, e de como, por exemplo, os portugueses lançaram mão do marketing com a sua chegada ao Brasil pela primeira vez. Compreende-se que o marketing é um modo antigo e mesmo primitivo que remonta à fundação da estrutura comercial (PATEL, 2021).

O tema foi escolhido para demonstrar que as atividades empresárias existem desde era primitiva, bem antes da sociedade se transformar no atual global capitalismo, só que antes não se visava o lucro, e conforme a sociedade evoluía, as empresas também cresciam, e com isso buscam o lucro, será visto ainda que muitas não conseguiram sobreviver com a competitividade e faliram, e as que permaneceram foi porque investiram em ferramentas de divulgação, portanto será visto que é importante a implantação de métodos que as façam progredir e se firmarem no mercado, por isso estudar e conhecer o marketing é significativo para as empresas.

Nesta pesquisa a finalidade é entender um pouco mais sobre o marketing, principalmente sobre o marketing empresarial, e saber como ele funciona e qual a sua importância para o firmamento, crescimento e engajamento das empresas, principalmente para as micro e pequenas empresas, que atualmente se encontram em maior número no país.

Note-que aqui, que se dedica a segunda seção aos estudos históricos desde o surgimento do comércio, e de como ele passou por várias fases até evoluir se tornando a conhecida atividade empresária. Analisando as bibliografias estudadas, ter-se-á um estudo pormenorizado, no qual a sua finalidade e importância para a sociedade serão reiteradas, perpassando por conceitos e requisitos a serem aferidos para que o marketing possa ser compreendido essencialmente como um método eficaz de persuasão utilizado por grandes empresas para potencializar seu crescimento econômico e acrescer em sua popularidade.

Na terceira seção, pensa-se a conceituação de empresário e de empresa e como esses conceitos dialogam entre si, ao mesmo que na quarta seção se dedica no aprofundamento sobre as micro e pequenas empresas e quais os benefícios e vantagens que elas possuem, e quais as características que as diferenciam das grandes empresas. Na quinta seção, dedica-se um tempo para analisar os tipos e quais as diferentes formas de inserção e utilização do marketing nas empresas. Na sexta seção, aprofunda-se, sobretudo, ao estudo do marketing empresarial e a importância deste para potencializar o crescimento das micro e pequenas empresas.

No presente artigo, utilizou-se algumas ferramentas de pesquisas, a exemplo das presentes pesquisas bibliográficas aplicadas, com estudos minuciosos de livros e artigos científicos, além de haver as pesquisas exploratórias, explicativas e qualitativas, onde houve um breve aprofundamento teórico a respeito do tema, com intuito de construir, fundamentar, fortalecer, de ampliar as afirmações aqui expostas, e de embasar as futuras conclusões sobre a prova do reconhecimento de pessoas.

O método usado foi o dedutivo e o hipotético-dedutivo, no qual serão expostos os pontos de vista de diversos autores, suas opiniões serão enriquecidas por meio das análises pesquisadas através da doutrina, sites, artigos, e da Norma Vigente, todas que abordam discussões e entendimentos importantes sobre o tema, com a intenção de compreender  os fatos lógicos  acerca do mesmo e da sua veracidade.

A implantação do marketing tem um valor social, pois ele contribui com a atividade e com a permanência de uma empresa, que porventura promove empregos, além de que essa estimula a circulação de bens e serviços, que fazem a movimentação financeira no país, corroborando o desenvolvimento do mesmo (PEÇANHA, 2020).

2 O SURGIMENTO DO DIREITO COMERCIAL: DA COMERCIALIDADE À  EMPRESARIALIDADE

A era primitiva foi a época em que surgiu os primeiros sinais de comércio, cuja palavra tem origem do latim, chamada de Commercium, o que significava permuta, compra e venda de produtos ou de valores. Tal troca era feita voluntariamente, a permutar produtos ou serviços por valor monetário ou outros produtos. O homem sempre fez trocas, barganhou excedentes de suas colheitas por animais, ferramentas, cestos, a pender do que mais precisavam. Essas eram feitas por “necessidades imediatas”, unicamente para subsistência, e eram chamadas de trocas diretas, pois não haviam moedas, e nem o intuito de angariar fundos ou adquirir riquezas, por esta razão não há como afirmar que nessa época existia de fato um comércio (PORTO, 2015).

 O primeiro indício de comércio remonta aos nômades, grupos compostos geralmente por uma família, isolados dos outros povos, sem moradia fixa, mudavam de território constantemente. Conquanto autossuficientes, adotaram gradativamente o estilo de vida sedentário, fato que coincide com a introdução da agricultura e o uso de diversos utensílios artesanais. A cada membro era incumbida uma função e este optava consoante suas aptidões: artesanato, confecção de roupas etc. Com os primeiros objetos de metal, surgiram as primeiras moedas, um projeto bem-sucedido para um meio de trocas universal (idem, 2015).

Na Grécia o comércio era a principal atividade econômica dos povos Fenícios, detentores de técnicas avançadas de navegação, descobriram rotas estratégicas para comercializar com um número maior de povos do Mediterrâneo. Os produtos (armas de bronze e de ferro, joias, estátuas etc.) eram fabricados em oficinas de artesanato na Fenícia (idem, 2015). Os gregos inventaram as leis escritas; consequentemente, os contratos escritos. Já em Roma como afirma Filho (2015) o corporativismo era ausente, o comércio era praticado por estrangeiros, e a aristocracia não tinha um apreço por tal atividade, pois a considerava desonrosa. 

Apesar de os povos antigos dependerem do comércio, foi na era medieval que as atividades comerciárias alavancaram de fato, com o surgimento do Direito Comercial. Cita-se três fases: Fase Subjetiva (sec. XII–XVIII), no qual a figura principal era o comerciante; Fase Objetiva (sec. XVIII–XX), inserção do Código de comércio Napoleônico, outorgado em 1808, com enfoque em atos do comércio; por filme, a terceira e última fase, chamada Fase Subjetiva Mais Que Moderna (sec. XX–hoje), com o Código Italiano de 1942, fundando o Direito Empresarial, pondo as empresas em foco (FILHO, 2015)

  Vale ressaltar que na primeira fase não havia a participação do estado. “O Direito Comercial era tido como um direito profissional e corporativista” (MEDEIROS, 2011). Desse modo, cada corporação de oficio possuía as próprias Leis e seu poder judiciário. Quando havia pendências ou lides entre os mercadores, os conflitos eram solucionados por cônsules, que atuavam como juízes, e eram eleitos por seus associados (FILHO, 2015). Nesse período o Código Civil Napoleônico se centralizava em atender os interesses da Nobreza fundiária e do Direito de Propriedade.

 Um ponto importante para o surgimento da profissão do comerciante foi a migração da burguesia do meio rural para os burgos, onde as vendas de mercadorias e bens passaram a ser comercializadas em feiras da cidade. Essa fase era chamada de subjetiva, pois os privilégios abarcavam somente vinculados a certas corporações (FILHO, 2015). Nessa fase o Direito Comercial buscava os interesses comerciais e industriais da burguesia, e nessa havia a forte valorização dos lucros trazidos pelo setor mobiliário (HEMÉTRIO, 2021)

Entre o ano de 1804, do Código Civil Francês, e 1808, do Código Comercial Francês, o qual marcou “a objetivação do Direito Comercial” (FILHO, 2015), era encarregada de regulamentar e disciplinar os atos comerciários. Essa também foi a fase em que fora definido a teoria dos atos de comércio (MENDES, 2009). Porém ele é falho, uma vez que abrange apenas o comércio de Bens, alheando-se de outras atividades como a pecuária. Portanto, a teoria foi abandonada. Cumpre registrar que o Código Civil brasileiro de 1850 era respaldado nessa teoria.

O Código Francês de Atos e Comércio não supria todas as atividades econômicas, culminando no Código Civil Italiano, em 1842, que adota a teoria da empresa, englobando qualquer empreendimento que produza e circule bens e serviços; atividades exercidas pelo empresário. No século XX, período da promulgação do Código do Consumidor (1990), da Lei de Locações (1991), e a Lei de Registro do Comércio (1994), o Brasil, alinhado ao Código Italiano, sanciona o Código Civil Brasileiro em 2002, deslegitimando as leis supracitadas (FILHO, 2015).

Desse modo, a comercialização evoluiu desde os povos nômades, que começou com a troca de bens para a subsistência, adaptou-se ao modo de vida sedentário, transformando-se em agricultura e o que eram um comércio de trocas simples passou a ser um meio de adquirir renda monetária e acumular riquezas, marcando a ascensão do capitalismo. Por meio das atividades comerciais, as primeiras atividades empresariais são instauradas.

3 CONCEITUAÇÃO DE UMA EMPRESA E DE UM EMPRESÁRIO

Uma empresa é composta por atividades econômicas com intento de produção e circulação de bens ou de serviços (NEGRÃO, 2020), sendo a pessoa jurídica que orienta da produção e o fornecimento de bens ou produtos para suprir uma determinada demanda. Desse modo, esta se caracteriza como particular ou privada (SARTORI, 2017). “As empresas são aquelas unidades jurídicas caracterizadas por uma firma ou razão social, que engloba o conjunto de atividades econômicas exercidas em uma ou mais unidades locais” (IBGE, p.15, 2003).

Os dirigentes as empresas são os empresários. Alinhando ao Código Civil Brasileiro de 2002 (CC/02), em seu artigo 966, “Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços”. No entanto no referido Código há exceções quanto as atividades que são consideradas empresárias, sendo exclusas do rol de atividades consideradas empresárias aquelas exercidas pelos profissionais intelectuais, científicos, literários e artísticos, e essa exclusão está descrita no parágrafo único do artigo acima citado.

Parágrafo único – Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.

Assim, há atividades não consideradas empresariais, porém, como em qualquer regra, há uma exceção. As administradoras de planos de saúdes, comercializam serviços intelectuais, pois vendem a prestação de serviços médicos. Ela não seria considerada empresária, entretanto, ainda que comercializem serviços intelectuais, não perdem suas referências empresariais, visto que os serviços médicos prestados são somente o elemento de suas atividades (NEGRÃO, 2020). A exclusão do rol de atividades não empresárias ocorre se a atividade é praticada pessoalmente pelos profissionais (intelectuais, cientistas, literários ou artísticos) caso contrário, será considerada empresarial (idem, 2020).

3.1 CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS

 A empresa é analisada mediante critérios específicos. Uma empresa é privada, se o proprietário for um indivíduo; pública, se de propriedade do estado; mista, em ambos chefiam; autogerida, quando o capital pertence aos trabalhadores. No tocante à atividade econômica, a empresa ocupa o setor primário se obtiver recursos da natureza, como empresas agrícolas, pecuaristas etc.; secundárias, no caso de transformarem as matérias-primas, como a construção civil e a engenharia; terciária, se prestar algum serviço ou comercializar produtos; ou quaternária, se compartilharem dados, como é o caso das empresas de telecomunicação, educação, pesquisa entre outros (a maioria privadas) (SARTORI, 2017)

 Quanto ao número de seus proprietários, considera-se uma empresa individual se pertencer a uma única pessoa, e societária, se pertencer a várias pessoas. Quanto à finalidade divide-se em empresas com fins lucrativos, para as que visam lucro, e sem fins lucrativos caso negativo. Em tamanho, há empresas de micro, pequeno, médio ou grande porte (idem, 2017). As MEIs (Microempresas Individuais) são empresas de pequeno porte, que possuem, à primeira vista, bastantes atrativos, como ausência de burocracias e vantagens quanto às tributações (TORRES, 2021).  Entretanto, para abrir uma Microempresa Individual, existe a chamada Tabela de Atividades Permitidas. O sistema de tributação de uma MEI é chefiado pelo Governo Federal e se considera um empreendedor individual aquele que trabalho com uma pequena empresa própria e para cumprir os pré-requisitos de um microempresário são necessárias algumas regras, como um faturamento limitado a R$ 81.000,00 por ano, sendo que o empreendedor não deve participar como sócio, administrador ou titular de mais de uma empresa, e a empresa deve deter no máximo um empregado, a receber um salário mínimo (ou o piso salarial de sua categoria profissional (TORRES, 2021). As atividades econômicas autorizadas pelo sistema de tributação de uma Microempresa Individual são listadas no site do Governo Federal (2021).

Os pequenos negócios merecem atenção do mesmo modo que empresas mais proeminentes, devido a um índice de crescimento vertiginoso que se multiplica ao longo do tempo; são estes que mais contribuem para o crescimento da economia. As micro e pequenas empresas importam 99% das empresas do país (DUARTE, 2021), observa-se de um total de “476.243” das empresas existente no Brasil, afirma- se que pelo menos 71,7% são micros e 22,6% são de pequenas empresas (Portal da Indústria, 2019).  Com isso elas se tornam importantes não só para economia, mas também por sua essencialidade no setor empregatício.

4 AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS INDIVIDUAIS E SUAS PARTICULARIDADES

Como foi observado anteriormente as Micro e Pequenas Empresas (MPEs) estão em maior número no país e são classificadas com base nos valores de seu faturamento anual bruto, e pelo seu número de funcionários, Daher (2012) reitera que “as micro e pequenas empresas são necessárias para a economia brasileira, devido principalmente por sua capacidade de empregar e sua desconcentração geográfica”, como frisa Anselmo Santos (2012), as mesmas possuem formas de produção e desenvolvimento variáveis, e são as maiores responsáveis pela empregabilidade no país, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, p.15, 2003), diz ainda que elas funcionam como um “Colchão amortecedor do desemprego”, desta forma assumem um papel social importante, como pode ser visualizado no site do Portal da Indústria as mesmas se encontram em diferentes segmentos, havendo uma maior centralização nos ramos de confecções, de móveis, nas vendas de produtos destinados à padarias, embalagens plásticas, impressões, dentre outras.

 As micro e pequenas empresas tiveram seu potencial visualizado na década de 80, com uma crescente redução econômica na década de 1980, que causou um desemprego exorbitante e incorreu avaliação de novos mecanismos empregatícios. Desde então, os pequenos empreendimentos inferem uma solução para abrigar a mão-de-obra carente. Contudo, para o sucesso do mecanismo, os incentivos a essas empresas eram vitais. Conforme o artigo da Constituição Federativa do Brasil de 1988, abaixo:

Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei.

O Portal da Indústria traz outros pontos que devem ser considerados no momento de iniciar uma Micro ou Pequena Empresa, o primeiro seria definir seu tipo societário, havendo as seguintes possibilidades, o Micro empreendedor Individual (MEI), o Empreendedor Individual (EI), a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) e a Sociedade Limitada (S/A). No primeiro (MEI) o empreendedor é o próprio prestador dos serviços, e ele não pode associar-se a outras empresas, no segundo (EI) o empreendedor não possui sócios; em caso de prejuízo, pode responder com o patrimônio jurídico e patrimônio pessoal. No terceiro caso, também não há sócios, mas os patrimônios pessoais e empresariais não se mesclam, portanto, a responsabilidade é limitada. E para a abertura de uma EIRELI exige-se um capital social de até cem vezes o salário mínimo atualizado, além de carecer de, pelo menos, um sócio. Em caso de dívidas, cada um responderá conforme sua parcela correspondente.

4.1 QUAIS BENEFÍCIOS POSSUEM AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS?

 Devido à relevância da MPE, várias iniciativas houveram para o seu desenvolvimento e crescimento. Há órgãos para fornecer mecanismos, como o SESI (Serviço Social da Indústria), um órgão que cede estímulos e iniciativas para o fortalecimento das micro e pequenas empresas. Atuam fornecendo ideias e atos que promovem a competitividade, o aumento da produção, a otimização da segurança e da saúde no setor industrial, financiam e apoiam a melhoria de sua infraestrutura.

 O Portal Da Indústria menciona dois empreendimentos análogos, parcerias com instituições financeiras, como “Banco Interativo de Desenvolvimento (BID)”, e os “Projetos de Gestões Sustentáveis”. Com isso, as empresas analisam com mais cautela as formas para melhor atuarem no mercado e que estas estejam em comum acordo com a sustentabilidade. Ademais, há a inserção de políticas públicas que as favoreçam, equiparado médias e grandes empresas (SANTOS, 2012).

Uma dessas ações foi a criação da Lei que engloba o programa Supersimples e a Lei do Microempreendedor individual. Ambas beneficiam a relação aos pagamentos dos tributos, além de fomentarem a desburocratização na abertura de uma empresa (VIEIRA et al, 2012). Segundo Goularte (2021), para se enquadrar na referida lei deve-se observar “o faturamento, a atividade, tipo de empresa e constituição societária”.  É por isso que esses benefícios funcionam apenas para as MPEs, pois os critérios para usufruir do direito são justamente os mesmos desses pequenos negócios. Conclui-se então que essas leis foram criadas especificamente para estimular e favorecer as micro e pequenas empresas.

A lei do Simples permite aos pequenos negócios o “pagamento do imposto de forma unificada…tributos menores em relação ao lucro presumido da empresa… as empresas com menos de 5 funcionários não precisam ter certificado digital”, e “isenção de algumas declarações como DCTF…”, dentre outros benefícios.(GOULARTE, 2021).

No que se refere aos financiamentos menciona um pensamento de Schumpeter, onde diz que o capitalismo esplandece o real papel das instituições bancárias, pois segundo os bancos os “… os criadores de poder de compra e venda para a promoção de investimentos com inovação…”,  e essa ideia vem do fato que o pequeno e micro empreendedor pode conseguir valores adiantados para fins de manter a administração e o funcionamento de sua empresa, e por meio da flexibilização de crédito, permanece ativo no mercado colaborando com a economia (SANTOS, p.28–29, 2012)

As empresas de micro e pequenos portes são beneficiadas ainda com menos burocracia para a sua abertura, o que facilita o surgimento das mesmas e ainda contribuem para o surgimento de outras,  o tempo de espera para se abrir uma firma era de 107 dias,  no entanto com  a Lei do Supersimples Nacional, esse período pode variar de 5 ou 15 dias para aqueles que fornecerem uma entrada única de documentos, ou de 15 a 30 dias para aqueles não fornecerem,  conforme informações do site do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE, 2016), e esse tempo pode variar conforme o estado.

Vinícius Oliveira (2020), afirma com base em dados do SEBRAE DE 2018, que as micro e pequenas empresas “representam 52% dos empregos, 39% das folhas de salário e 27% do produto interno bruto%, no entanto, mesmo assim muitas não conseguem se manter ativas, e do mesmo modo que crescem, também se autodestroem, como o mesmo complementa que  a “cada 100 novas micro e pequenas empresas abertas, 50% irá fechar nos próximos 5 anos, e como o mesmo afirma isso ocorre por negligência praticada pelo empreendedor, no que que se refere aos “processos administrativos, e por ausência de estratégias, como por exemplo o marketing”.

Com isso percebe-se que as Micro e pequenas empresas possuem grande valor para a sociedade e para o pais, como foi visto os governos buscam incentivar ainda mais a criação dessas MPEs, a união em conjunto com os estados e municípios, e os órgãos de apoio ao empreendedorismo criam diversos benefícios, mecanismos, e facilidades para mantê-las vivas no mercado para que elas continuem a contribuir com o crescimento econômico da nação, contudo mesmo assim algumas não conseguem se sustentar, e alguns dos motivos de tal fracasso, está no fato de não possuírem um bom plano estratégico, uma boa divulgação, ou seja um bom marketing, logo percebe-se que o marketing é uma necessidade para as mesmas.

5. O QUE SE ENTENDE POR MARKETING?

 O marketing no Brasil remonta à invasão portuguesa. Embora com métodos menos elaboradas os portugueses seduziram os indígenas com suas tecnologias inovadoras (PATEL, 2021). O marketing surgiu após o surgimento da industrialização juntamente com as criações das grandes empresas (OLIVEIRA, 2020). Vale frisar que na década de 40, essa ferramenta se firmou nos Estados Unidos como uma ciência, após a Segunda Guerra Mundial, com intuito de alavancar a economia e recuperar os gastos com a guerra. Nos anos 80, o país entrou em crise econômica, desta forma não havia sentido a prática do marketing, e foi a partir dos anos 90 ao século XXI, por meio da internet houve uma evolução dessas estratégias com um crescimento acelerado substancial (PATEL, 2021)

A prática do marketing é considerada uma inovação, pois garante a excelência na administração das empresas num âmbito geral, a tradução do nome marketing significa mercadologia, e esse método segundo Oliveira (2020), transformou o mercado de compra e venda, pois ele engloba uma série de estratégias que influenciam no desenvolvimento das empresas, bem como atrai consumidores, e cabe dizer segundo Neil (2021), que a estratégia é diferente de tática, na primeira se traça um rumo quando se está sem saída, e na segunda é formular um plano quando se há um caminho a percorrer, ou seja a estratégia é o fim que se almeja e a tática é a caminha para um fim conhecido. Para dar mais ênfase à importância do marketing cita-se as palavras de Roesch:

Na área do marketing, concentra-se análises competitivas, do mercado ou comportamento dos consumidores, onde inclui um perfil e análise dos consumidores, definindo os segmentos do mercado, elaborando plano de marketing, onde são utilizados pelas organizações, com decisões nas relações do preço, do produto, da distribuição e da comunicação, bem como a administração de vendas. (ROESCH, P.44, 1996).

 O marketing, destarte, figura como descrito, pois essa ferramenta nada mais é do que estudos de mercado e analisam as novas tendências consumeristas, vislumbrando satisfazer os clientes e atender diretamente às perspectivas almejadas pela empresa. Assim, fidelizará a clientela, um dos seus principais objetivos. Ademais, contribuirá para manter o bom funcionamento e a existência das MPEs e também proporcionará uma maior aproximação com o público, e isso facilitará a escolha do produto os interesses desses (OLIVEIRA, 2020), “as concepções e ferramentas de marketing vêm se remodelando e agregando maneiras e formas de comercializar produtos”. (ANTUNES e PLATT, 2015)

 A ferramenta de marketing também cria programas e ideias inovadoras e ilimitadas, que enfatizam a competitividade de mercado, além de agir na construção de uma relação entre o cliente e a empresa duradoura e comprometida, baseada nesse contexto a estratégia de marketing torna-se uma via de mão dupla, onde de um lado supre tanto as necessidades financeiras e do outro os desejos dos consumidores. A empresa deve prever e suprir as necessidades dos clientes e do mercado em si, e não o contrário (idem, 2020). “O plano de Marketing é uma ferramenta que deve ser regularmente utilizada e atualizada (GOMES, 2005). É como afirma Seitz:

O Plano de Marketing, portanto, integra o planejamento estratégico de marketing, que por sua vez, ao ser formulado, deve considerar não apenas as variáveis controláveis da empresa (variáveis do ambiente interno da organização ou micro ambiente de marketing), mas também as variáveis externas (incontroláveis) que dizem respeito aos ambientes competitivo, econômico, tecnológico, político e legal, sócio-cultural, além, e com os recursos e objetivos da empresa. (SEITZ, 2005, P. 4)

 O marketing “é o que move o mundo […] é a inteligência necessária para que uma empresa defina quais produtos ou serviços podem cativar um público-alvo”, e complementa dizendo que “marketing é uma atividade, conjunto de instituições e processos para criar, comunicar, entregar e trocar ofertas que tenham valor para os consumidores, clientes, parceiros e sociedade em geral”, para reforçar a definição de marketing ele cita frases do pensador que ele considera ser o “pai da administração moderna”, Peter Drucker, que diz o seguinte “A meta do marketing é conhecer e entender o consumidor tão bem, que o produto ou serviço se molde a ele e se venda sozinho” (Peter Drucker apud Neil Patel, 2021).

 Para vender seus produtos os empreendedores utilizam diversos canais que são gerenciáveis, e esses podem ser diretos ou indiretos, e também investem muito nas propagandas, porém as chamadas propagandas em massa perderam sua eficácia e credibilidade, e a nova tendência é o marketing digital, nessas plataformas digitais os consumidores podem agregar suas opiniões e se expressarem sobre a necessidade de possíveis melhorias,  e sobre qual produto lhes agrada mais, e até mesmo indicarem de que maneira gostariam de adquiri-lo, com isso promove a melhor solução e a satisfação do cliente (OLIVEIRA, 2020)

 Entende-se então que o marketing obtém o controle de todo o desenvolvimento e crescimento da empresa, pois ele possibilita como afirma Oliveira (2020) o gerenciamento e o comando dos produtos, de sua promoção, das vendas e até dos preços, pois esses são os alvos da estratégia de marketing, dessa maneira percebese que essa ferramenta traz estabilidade, efetivação da marca, cumprindo  assim  com seu objetivo que é garantir sucesso da empresa e de sua marca, bem como atender as demandas de procura do público consumerista. 

5.1 QUAIS OS 4 Ps DO MARKETING?

marketing possui em seu plano quatro pilares solidificados, que são popularmente chamados de “os 4 Ps”, pois para se manter no mercado não se trata só de vender produtos, ou de focar no resultado,  o objetivo na verdade é a solidificação da marca, como exemplo de empresas que conseguiram tal feito Neil (2021) cita a Tramontina, as Havaianas, Colcci, dentre outras, e os 4 Ps que o mesmo utiliza são o produto, o preço, a praça, e a promoção. (PATEL, 2021).

 O primeiro P é o produto ou o serviço a ser oferecido a empresa deve investir no mesmo, de tal forma que ela possua qualidade, traga benefícios, seja inovador, e que satisfaça as preferências do consumidor e os seduza, e nesses investimentos inclui-se os produtos como o melhor design, exclusivos, aqueles que são novidade, os benefícios e os de produção e funções tecnológicas (PATEL, 2021). O segundo P é o preço, para esse ser definido com fim de lucrar, esse tem que ser um produto que supra a necessidade dos clientes, para isso deve-se planejar estratégias que o valorize e que instiguem o desejo do consumidor, como a empresa Colcci, que possui produtos de qualidade e preços altos. A estratégia foi utilizar propagandas com a Giselle Bundchen, de modo que vendas da empresa subiram. Não se trata do produto, mas da união ponderada de ideias para obter o resultado.

 O terceiro P é a Praça, resumindo é por qual meio seu produto chegará ao consumidor, se é por meio da loja online ou se possui uma loja física, se faz entrega ou se o cliente pega-o diretamente na loja, em ambos casos planeja-se formas e facilidades para que o produto chegue ao máximo de clientes possíveis, mesmo para aqueles que pareçam estar inacessíveis, e essas formas incluem uma boa logística. O quarto P é a promoção que nada mais é, que a publicidade e a propaganda, é a ferramenta que vai divulgar seu produto, nesse aqui trabalhar-se-á o campo da visão, pois as campanhas de divulgação devem ser atraentes, e criadas com um mix de combinações dos quais haja relações com  a empresa, com o produto, com a marca, e com o público-alvo,  e essas exigem o melhor uso das cores, das frases, do slogan, das imagens ilustrativas, e os valores do produto. (PATEL, 2021).

Os 4 Ps são de fato são um conjunto de ações, planejamentos, e estratégias, que levam as empresas ao sucesso, e são essenciais para a o crescimento e desenvolvimento das empresas, se toda empresa se utilizasse deles, elas com certeza seriam sucessoras, ao mesmo tempo que forneceria um serviço de qualidade (PATEL, 2021).

5.2 TIPOS DE MARKETING

  Existem vários tipos de marketing, Neil Patel (2021) aponta dezenove tipos que podem ser utilizados, que são:  marketing digital, marketing online, SEO-marketingOtimização para mecanismos de busca, SEM-marketing dos mecanismos de buscas, marketing de conteúdo, marketing de mídias sociais, marketing de afiliados, Email marketing, Inbound marketing, Outbound marketing, marketing direto, marketing Indireto, marketing social, Endomarketing, marketing Viral, marketing pessoal, marketing de produto e o marketing empresarial.

O marketing digital apesar de seu nome não possui ligação direta com a internet, pois esta modalidade se dá pela divulgação por meio de qualquer meio eletrônico, como exemplo Neil (2021) mencionou as propagandas feitas pelo rádio, o marketing online, nesse aqui sim é feito com o uso da internet, donde os dispositivos mais utilizados são os computadores, tablets, celulares, dentre outros, o SEO  marketing– Otimização para mecanismos de Busca, este auxilia na otimização dos sites das empresas, facilitando a procura nos buscadores como exemplo Google.

O sem-marketing que são mecanismos de busca, como diz Neil (2021), ele funciona com o mesmo propósito do SEO, porém este é pago, onde nesse a empresa pode patrocinar palavras- chaves que facilitem a busca de seus sites nos buscadores da internet, e dependendo do idioma delas podem ter um custo muito alto, por isso só deve aderir a esse, caso tenha certeza do seu retorno financeiro, O marketing se figura bem antes  da internet vir a existir, como ele exemplifica os gibi da Turma Mônica e da Marvel, pois elas vendem os conteúdos presente nas revistinhas, por isso ele qualifica esse tipo de marketing como o ato de “contar histórias” (PATEL, 2021).

O marketing de mídias sociais, como o próprio nome já diz é aquela divulgação que é elaborada especificamente para as redes sociais, como Facebook, Instagram, Twitter dentre outros. Para melhor eficácia, usam-se posts com conteúdo específico para cada público-alvo, segundo ele assim funciona melhor do que fazer compartilhamento de uma só postagem em várias redes sociais (PATEL, 2021). No marketing de afiliados é aquele cuja empresa permite que qualquer pessoa interessada pode divulgar seus produtos ou serviços, e a mesma paga uma porcentagem para o seu afiliado, algumas plataformas que exemplificam essa modalidade são a Hotmart e a Eduzz.

O e-mail marketing tem sido muito eficaz do que as redes sociais, porque para ele os posts nos e-mails possuem maior probabilidade de serem visualizados e lidos, e uma das formas para conseguir as informações dos e-mails dos clientes, é disponibilizar nos sites ou blogs das empresas meios que permitam que o público assinem ou se inscrevam para receberem as atualizações dos conteúdos, o Inbound marketing, nesse o ponto chave é mostrar que seu produto ou serviço é necessário, demonstrando como ele funciona, e se firmando como autoridade qualificada no assunto, e após a venda, o atendimento da empresa deve continuar, pois nesse se cria laços com consumidor.

O Outbound marketing é o mais comum, que se trata dos telemarketing, malas direta, outdoors, para Patel (2021), esse corre o risco de ser mal interpretado e mal visto, porque sua repetitividade pode ser visualizada como um incômodo, é o ocorre nas ligações de telemarketing, o marketing direto, como já diz é aquele direcionado para uma pessoa, para a realização desse faz-se necessário possuir um banco de dados contendo informações do cliente, o marketing indireto é menos invasivo como exemplo ele cita as novelas donde certos famosos são vistos consumindo ou vestindo certa marca, nesse o consumidor fica atraído em comprar para se igualar aos artistas, o marketing social, é usado para criar uma imagem positiva da empresa ,e ele é feito por meio apoios e patrocínio de shows, eventos, concertos dentre outros.

Existe um marketing para cada segmento, a depender da empresa (há meios pagos; outros não, mas o princípio é sempre traçar o planejamento): o endomarketing (produzido internamente, direcionado aos funcionários). O marketing viral (no qual desafio é elaborar uma campanha impactante), marketing pessoal (valorização da imagem do indivíduo), marketing de relacionamento (que possibilita a interação empresa/cliente), marketing de produto (conexão produto/cliente). Por fim, o marketing empresarial (usitado, sobretudo, por micro e pequenas empresas, em vendas diretas). Para as empresas menores, o marketing é essencial (PATEL, 2021).

6 O QUE É MARKETING EMPRESARIAL E SUA IMPORTÂNCIA PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

  O marketing é uma ferramenta imperativa em garantir o bem-estar do público e dos colaboradores da empresa. Seu uso por micro e pequenos empresários promove melhorias que proporcionam a solidificação de suas marcas, porquanto estimulam a formação e a preparação de seus funcionários, impulsionando o sucesso de pequenos empreendimentos (OLIVEIRA, 2020). As microempresas representam a maior parte dos números no Brasil, cerca de 99% dos empreendimentos no Brasil, portanto, sendo de grande importância para a economia brasileira (OLIVEIRA; DENDASCK, 2020).

 O marketing empresarial conhecido como B2B (business to business) é formulado para as empresas que praticam venda direta, como as micro e pequenas empresas. A comercialização direta é fabricada para o consumidor final ou para outra empresa. Em cada situação, formula-se um plano estratégico adequado. No primeiro caso, há de se conhecer o perfil comportamental do consumidor e criar campanhas direcionadas. O segundo lança mãe de persuasão para fisgar os “tomadores de decisão” (há de se ter cautela na apresentação oral e seu produto deve ser testado.  As micro e pequenas empresas unem o marketing B2B e o digital, uma vez que, hoje, o consumidor e o empresário utilizam a internet. Assim, abre-se um canal para promover a interação com o usuário, o futuro cliente, de modo que permite também acompanhar os passos da concorrência, visando manter a liderança. Esse método exige planejamento por turno das empresas para que o produto seja atraente para o seu público-alvo (PATEL, 2021).

 O marketing digital pode ser trabalhado em conjunto com o empresarial, para pesquisar e identificar os atos dos seus concorrentes, e demonstrar aos clientes por meio de conteúdos atrativos porque sua empresa seria a melhor escolha, e de que forma ela supra suas necessidades, e mostrar ao público que a empresa detém o conhecimento do assunto ou do produto, assim produzir meios de gerar leads, esses que são feitos por meio de formulários online preenchidos por pessoas que demonstraram interesse em seu produto ou serviço, ou seja um futuro cliente, e ainda considera-se o uso das redes sociais para potencializar as vendas (PATEL, 2021).  Os avanços tecnológicos resultaram em um novo modelo de marketing, o marketing digital, e a criação da internet foi a força motriz para que isso acontecesse, desse modo, fundando um novo meio de comunicação mais rápido e interativo, o qual permite às empresas manterem a demanda mais próxima do cliente e no qual é possível vender e divulgar seus produtos e serviços com mais celeridade, menor custo e menos burocracia (SILVA et al, 2021).

 Com a tecnologia em transformação velozmente, e, devido a isso, estas originam novas tendências e criam novas possibilidade decorrentes da velocidade da Internet. As empresas que se adequaram a essas mudanças puderam aproveitar um novo cenário de oportunidades à medida que as aplicações comerciais se expandiram, pois as empresas encontraram cada vez mais maneiras de explorar a velocidade, a precisão e a economia dos custos da comunicação pela internet”, ou seja, com o crescimento da internet as empresas possuem maior controle de suas ações e conseguem informações precisas acerca de seus produtos e serviços (idem, 2021).

 Com isso consumidor passou a ter um contato amplo com a empresa e seus produtos e serviços que ela oferece, o cliente pode opinar acerca deles a qualquer instante e em qualquer lugar, e por essa razão as empresas devem se adequar as necessidades desse novo modelo de consumidor. De acordo ano de 2020 houve um agravante da pandemia mundial do COVID-19, o qual impactou a vida do mundo inteiro e, por conseguinte, também afetou o modo como os pequenos negócios exercer sua influência na clientela, uma vez que a instabilidade política e econômica manteve-se acessa e diversa empresas precisaram fechar as porta ou adentra a nova realidade (BORGES, 2021).

 A boa utilização das redes sociais, como o Instagram e o Facebook, e de alguns aplicativos de mensagens, a exemplo do WhatsApp e do Gmail são alguns exemplos da utilização do marketing digital como uma ferramenta para acrescer nos lucros das empresas. A visão de facilidade propiciada pelas redes sociais e o e-commerce, ferramenta pouco mais antiga, embora tenha sofrido um grande aumento devido à pandemia é deleitosa e cômoda para um pública que deseja velocidade e facilidade (e qualidade, é claro), sem necessidade de quebrar o isolamento social para tanto (idem, 2021).

 Mais que um ferramenta para facilitar o comércio, o marketing é, do mesmo modo, uma maneira de para a empresa de dados sobre os clientes, uma vez que alguns aplicativos e softwares permitem determinar, por meio da tecnologia dos algoritmos e de pesquisas feitas por usuários, quais o seus gostos e interesses, o estilo de compras etc. Em posse de ferramentas tais quais essas, é possível explorar novas formas de negócio e promover anúncios com um direcionamento diferente para cada usuário, possibilitando a interação com cliente e colaboradores e fornecedores. (MARINS, 2016)

 A utilização do mercado virtual deixa marcas em todo o cenário da economia, alheando-se do antigo marketplace ou mercado físico, em que o cliente se deslocaria para o ambiente de compra e poderia despender o tempo necessário para comprar e, com isso, poderia vislumbrar todos os produtos da loja. Atualmente, utilizam-se os dados dos usuários para enviar anúncios personalizados que se alteram a cada minuto ou segundo. Um mundo tão transformador como tal faz jus à sua importância para os pequenos empreendimentos, pois com a utilização massiva do delivery, as empresas podem contam com um nível maior de satisfação por parte do cliente (idem, 2016).

  Isto porque o marketing digital oferece recursos para, além de realizar serviços de atendimento aos consumidores, permite coletar o feedback do atendimento ou da qualidade dos produtos. Apesar da aparente trivialidade das avaliações de produtos em sites de compras, elas têm uma importância cabal para os negócios, uma vez que permite ao usuário verificar se o produto é, de fato, o que se percebe pela foto de acordo com a opinião de outros que compraram (MOREIRA et al, 2018)

 O marketing digital visa ampliar serviços e ferramentas, atingindo informações, produtos e serviços a vários tipos de pessoas, de forma generalizada ou por segmentos no meio virtual, assim diminuindo o custo da organização e sendo inserido em toda a rede. O marketing digital depende bastante de softwares específicos, como as redes sociais, para coordenar pesquisa de mercado e desenvolvimento de produtos, desenvolver estratégias e táticas para persuadir os consumidores para a compra proporcionar uma distribuição homogênea de produtos online (idem, 2018).  Devido ao alto índice de desemprego no país, faz com que surjam pequenos empreendedores de forma acelerada e desordenada, como os artesões, os camelôs, dentre outros, o que gera um aumento exacerbado  na competição, e para se manterem ativos no mercado costumam se utilizar do marketing informal, que são habilidades de vendas sem nenhum conhecimento técnico em gestão, tudo levado pelo “jeitinho brasileiro”, embora as suas técnicas sejam mal vistas e criticadas pelo profissionais de marketing, elas de fato funcionam, há que se remodelar o marketing tradicional trazendo uma nova mentalidade, pois o marketing informal é um ato inteligente e que se  encontra em um processo de evolução, já que atinge a sua função (SOUZA, 2014).

7 CONCLUSÃO

 Percebe-se como Porto nos aponta que o ato de comercialização existe desde a era primitiva, sofrendo constantes evoluções ao longo dos anos, no início como foi visto o comércio funcionava como um simples ato de trocas de produtos excedentes de sua produção, para fins de suas subsistências, depois com a migração foram se mobilizando para as cidades e atuando nas feiras, se tornando os comerciários, até por fim chegarem a Era Empresarial, a qual se firma como a conjuntura atual. Os antigos povos não visavam o lucro na época, porém para não ficarem exclusos da era capitalista, tiveram que se remodelarem, o que porventura lhes trouxera benefícios, e isso foi bom para a formação da atual empresa. 

O que se vislumbrou nesse artigo é que, nos primeiros indícios, o comércio era organizado por meio de corporações, de modo que cada corporação possuía suas regras e, quando desavenças surgiam, os cônsules decretavam que cada corporação possuía o seu próprio regramento. Os cônsules eram únicos para uma determinada empresa e eram eleitos por seus associados. Dessa forma, houve a necessidade da fundação o Direito Comercial, que forneceria regulamentos para melhor organizar os atos de comércio. E como afirmou Filho o Comércio alavancou e se transformou na atual empresa, o que foi um grande avanço, e trouxe mais benefícios do que malefícios, pois gerou emprego e renda para a população.

 Com isso, satisfez-se a necessidade de uma legislação pura para o comércio, algo que, nos grupamentos primitivos humanos, não existia. O que havia era um senso comum, respaldado na convivência, em que cada comerciante chegava ao ponto de produzir mais do que necessitava, sem, contudo, produzir precisamente tudo de que necessitava. Nesse ponto, com cada um produzindo além do que precisava para atender às suas necessidades, permutava o excesso com outro que produzia o que lhe faltava para satisfazer às suas necessidades. Sendo assim, era necessária uma maneira de persuadir o outro a executar a compra, surgindo os primeiros resquícios do marketing em si.

 Os benefícios e incentivos dados às MPEs citados pelo SEBRAE e pelo Portal da Indústria são importantes para manter esses pequenos negócios, e como Goularte aponta é importante se atentar para os critérios exigidos que ao meu ver são critérios justos, já que pelo fato delas serem de pequeno porte, detém de um capital menor. Pôde-se notar ainda que, para que uma empresa perdure no mercado, não é primordial apenas uma ser bem localizada e possuir uma clientela assídua, mas é imprescindível que o empresário estude todas as idiossincrasias e peculiaridades de seus consumidores, isto é, os traços de seu comportamento mercadológico, o qual conduza-o a optar por sua marca e não a do concorrente.

Conforme os apontamentos de Patel e Oliveira percebe-se que as estratégias e ferramentas do marketing são extremamente imperativas  e importantes, concordo com essa afirmativa já que servem para que as empresas consigam introjetar na mente de seus consumidores o desejo por comprar seus produtos e serviços no mercado, não apenas atendendo as necessidades de seus clientes, mas surpreendendo-os com benefícios e atributos que seus concorrentes não detêm. Sendo assim, para que as micro e pequenas empresas não necessitem declarar falência em algum ponto da sua existência, é necessário que tais reconheçam a importância da utilização das estratégias, variáveis e ferramentas aqui expostas, a fim de garantir.

 Logo, pressupõe-se que, de fato, o comércio é uma das atividades que delineou o curso da humanidade durante a história antiga e atual e se tornou em algo extremamente importante para o mundo. No Brasil, as microempresas sustentam a receita do país e crescem a cada dia em números, fazendo uso de todo o tipo de propagandas, atraindo um público cada vez maior e mais disperso, sendo, portanto, essencial o uso da ferramenta do marketing empresarial para a continuidade dos negócios no Brasil.

 Também foi visto que as micro e pequenas cresceram e nos momentos de crises foram a saída para amenizar o desemprego no país, e para se firmarem no mercado, foram lhes concedidos benefícios e vantagens diferenciadas das que as grandes empresas, e também percebeu-se que sua existência por si só não foi suficiente para que elas permanecessem ativas no mercado, e que uma divulgação bem elaborada faz-se necessário, daí viu-se a importância dos primeiros indícios das ferramentas do marketing, e como ele evoluiu trazendo benefícios às empresas.  Além disso, a comercialidade e o uso do marketing a benefício da empresa, é, de certo modo, essencial para a persuasão e a aquisição de conhecimento acerca dos desejos e intenções de compra, que culmina em uma aproximação dos envolvidos. Entre os mais diversos acontecimentos no que se refere ao marketing empresarial, pois os problemas podem ser solvidos com mais celeridade e podem ser executados ajustes em anúncios de vendas para os consumidores atraídos sejam exatamente o perfil de clientes com maior propensão para comprar seus produtos e serviços. A melhora na comunicação também ajuda que as vendas sejam feitas em um nível superior e em maior quantidade a depender da qualidade e popularidade do mesmo.  Percebeu-se que há diferentes formas e meios de utilização de tal ferramenta e é possível, desse modo, diagnosticar que o marketing figura como uma ferramenta utilizada com bastante frequência pelas micro e pequenas empresas como meio de se estabelecerem no meio econômico. Em contrapartida, as grandes empresas e as multinacionais lançam mão do marketing como um método eficaz de ampliar o domínio de suas marcas e melhorar as suas relações com o público-alvo e potencializar as suas vendas. A persuasão é uma das formas mais primitivas para a fabricação de uma imagem positiva do produto que se deseja e um meio essencial para existência do comércio no Brasil e no mundo.

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1 Aluna concluinte do curso de Bacharel em Administração da Universidade Estácio de Sá.